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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS (FFLCH)


CURSO DE LETRAS - GREGO CLÁSSICO
Língua Grega IV e VI
PROF.: Daniel Rossi Nunes Lopes 2o semestre de 2006

MÉTRICA GREGA
A métrica grega compreende os metros líricos, i.e., (i) os metros cantados, com
acompanhamento musical, da poesia monódica e coral (lírica monódica, lírica coral, monódio e
cantos corais do drama), (ii) os metros recitativos, sem acompanhamento musical, da poesia
épica e das partes dialogadas do drama e (iii) os metros recitativos com acompanhamento
musical. Esse segundo tipo de recitação era chamado parakataloghv e foi usado pela primeira
vez por Arquíloco, como diz Plutarco (cf. Sobre a Música, 28).

I - NOÇÕES GERAIS
A disciplina que trata da arte da versificação pode ser dividida nas seguintes partes: prosódia,
métrica e estrófica. A prosódia estuda a quantidade das sílabas que constituem a palavra. Os
símbolos que indicam a duração quantitativa das sílabas são ± (breve) = 1 tempo ou mora
(crovno") e – (longa) = 2 tempos ou morae. A métrica se ocupa da unidade métrica que constitue o
verso ou o grupo de versos: a menor unidade métrica é a dipodia (suzugiva), conforme a
denominação dos metricólogos antigos. A estrófica trata do estudo da constituição métrica dos
cantos. Estes são alguns termos técnicos usados nos estudos de métrica grega:
(i) acefalia - queda de uma sílaba no início de um verso.
(ii) catalepse - queda de uma sílaba no final de um verso.
(iii) hipercatalepse - acréscimo de uma sílaba no final de um verso.
(iv) anáclase – mudança de lugar, no metro, de uma sílaba longa com uma sílaba breve.
(v) iato (casmw/diva) - quando duas vogais com função silábica são contíguas.
(vi) anceps (ajdiavforo") - sílaba que, pela posição particular no colon ou no verso (no início ou no fim),
pode ser indiferentemente longa ou breve.
(vii) sinízese (sunivzhsi") - consiste em considerar, numa mesma palavra, como uma única sílaba duas
sílabas consecutivas. Por ex: qew'n, a[nqea, porfurevh/, povlio".
(viii) sinecfônese (sunekfwvnhsi") ou sinalefe (sunaloifhv) - é um caso especial de sinízese; consiste em
considerar duas sílabas, uma no fim, a outra no início da palavra, como uma única sílaba. Por ex:
ejgw; ou[te, ejpei; ou[te, h] oujk.
(ix) cesura (tomhv) - pausa métrica depois do fim de uma palavra.

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(x) diaíresis (diaivresi") - pausa métrica que coincide com o fim de um metro.

II- PROSÓDIA

(A) REGRAS BÁSICAS


- As sílabas que contêm w, h e ditongos serão sempre longas nos versos.
- As sílabas que contêm a, i, u podem ser longas ou breves (divcrona), dependendo do contexto dos versos
(i.e., da necessidade métrica).
- As sílabas que contêm o, e serão sempre breves nos versos.
- Quando as sílabas que contêm o, e, a, i, u são seguidas por duas consoantes (incluindo as duplas
consoantes z, x, y), elas serão longas.
- EXCEÇÃO: quando houver esta combinação p t k f q c b d g (i.e., mudas) + l m n r (i.e., líquidas), a
sílaba anterior não será necessariamente longa. Ex: patrov" pode ser longa-breve ou breve-breve. Esse
procedimento é conhecido como correptio attica.

(B) CASOS PARTICULARES


- Uma vogal longa seguida de vogal se abrevia (abreviamento em iato). Uma vogal longa ou um ditongo no
final de palavra se abrevia quando a palavra seguinte começa com vogal, por ex: Troivh/± ejn eujreivh/ (...) (Od.,
I, v. 62). Esse fenômeno também acontece no interior de uma palavra, como em Homero, por ex: h{rw±e".
- Em Homero, há fenômenos particulares que podem ser talvez explicados pela necessidade métrica, por ex:

ajndroth'ta = ˘ ˘ - ˘ (Il., XVI, v. 857). Um caso realmente singular é este:


Trw'e" d! ejrrivghsan o{pw" i[don aijovlon o[fin (Il., XII, v. 208). O o de o[fin é longo; isso pode ser explicado
talvez pelo fato de a aspiração da consoante alongar a vogal precedente.
- A necessidade métrica explica as diversas grafias: !Acilleuv" e !Acileuv", !Odusseuv" e !Oduseuv". Os
simples l, m, n, r, s e Û podem alongar a vogal precedente, por ex: ai\ya d! ejpi—; neurh'/ (...) (Il., IV, v. 118)
- Uma sílaba que se encontra entre cinco sílabas breves, ou que seja a primeira de três sílabas breves é
considerada longo, por ex: metekiv—aqon, aj—qavnato".
- Em muitas palavras, as vogais ambíguas (a, i, u) não possuem uma quantidade fixa, especialmente na
poesia homérica, por ex: #A—re", #Aÿre" (...) (Il., V, v. 455), em que a sílaba inicial é primeiramente longa, e
depois breve.

III- PRINCIPAIS PÉS


1) DÁCTILO ( “dedo”): - ˘ ˘

2) ESPONDEU: - -

3) ANAPESTO: (“inverso”, i.e., dactílico invertido): ˘ ˘ -

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4) JAMBO: ˘ -
5) TROQUEU ou COREU (ou um iambo invertido): - ˘

6) TRÍBRACO: ˘ ˘ ˘

7) CRÉTICO (“Cretense”): - ˘ -

8) PEÔNIO (de peã): - ˘ ˘ ˘ ou ˘ ˘ ˘ -

9) BÁQUIO ou BAQUÍACO (i.e., “de Baco”): ˘ - -

10) CORIAMBO (i.e., coreu/troqueu + iambo): - ˘ ˘ -

11) EPITRITO: - ˘ - - ; - - ˘ - ; ˘ - - - ; - - - ˘

12) DÓCMIO ou DOCMÍACO: ˘ - - ˘ -

IV - MÉTRICA

1- HEXÂMETRO DACTÍLICO (metro homérico por excelência): consiste em seis pés, dactílicos
ou espondeus:
- ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - -ÿ

1.1 - Cesura

a) Pentemímera ou masculina (penqhmimerhv"): - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - || ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - -ÿ


b) kata; to;n trivton trocai'on ou feminina: - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ || ˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - -ÿ
c) Heptemímera (eJfqhmimerhv"):- ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - || ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - -ÿ
d) Diaíresis Bucólica: - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | || - ˘ —˘ | - -ÿ
e) Tritemímera (triqhmimerhv"):- ˘ —˘ | - || ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - -ÿ

OBS: (1) As cesuras mais usadas são a masculina (ou Pentemímerae) e a feminina;
(2) A cesura Diaíresis Bucólica tem esse nome devido a sua freqüência na poesia bucólica alexandrina;
(3) A cesura Tritemímera é acompanhada geralmente por uma Heptemímera ou por uma Diaíresis Bucólica. É uma cesura
secundária.

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2- TRÍMETRO JÂMBICO ou SENÁRIO DE SEIS PÉS (metro trágico-cômico por excelência, em
suas partes dialogadas): consiste em três duplas de pés jâmbicos (ou dípoda):

˘— - ˘ - | ˘— - ˘ - | ˘— - ˘ -ÿ

2.1- Cesura

a) Pentemímera (penqhmimerhv"): ˘— - ˘ - | ˘— || - ˘ - | ˘— - ˘ -±
b) Heptemímera (eJfqhmimerhv"): ˘— - ˘ - | ˘— - ˘ || - | ˘— - ˘ -±
c) Mediana: ˘— - ˘ - | ˘— - || ˘ - | ˘— - ˘ -±

3- DÍSTICO ELEGÍACO (metro da elegia e do epigrama): metro composto de 1 hexâmetro


dactílico e de 1 pentâmetro alternados:

- ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - ˘ —˘ | - -ÿ
- ˘ —˘ - ˘ —˘ - || - ˘ ˘ - ˘ ˘ -ÿ

BIBLIOGRAFIA

- GENTILI, Bruno, La Metrica dei Greci, Firenze: Casa Editrice G. D’ Anna, s.d.

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