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No Ensaio “O Que é Ciência” do autor Paul Davies parte-se do pressuposto que a verdadeira ciência

é aquela que se baseia na descoberta do que está por trás dos fenômenos naturais. Descobertas essas
que não podem ser encontradas de outra maneira que não através do método científico que é capaz
de prever um fenômeno através da análise das interações que o antecede. Para que algo seja ciência
não basta apenas que funcione, pois assim existiria apenas a ciência como caráter utilitário. Sendo
necessário portanto saber o motivo pelo qual as coisas funcionam.

Para o autor o conhecimento científico vai além da cultura, pois a cultura é baseada em crenças que
não foram provadas através da observação metodológica. Ela se baseia em suposições que não
podem ser reproduzidas a fim de se verificar se com determinadas variáveis um sistema reage de
forma já prevista pelo observador. Quando se inicia um estudo científico já se sabe onde deseja-se
chegar, ou seja, o que se quer descobrir (baseando-se nas indagações que fazemos inicialmente
acerca do mundo que nos cerca).

De fato os conhecimentos adquiridos através das culturas chinesa, maia, aborígene entre outras
podem sim ter auxiliado em muitas das descobertas as quais temos acesso atualmente. Como hoje já
se sabe, existem muitas influências advindas do pensamento desses povos em muitos dos avanços
científicos contemporâneos, ditos pelo autor como “mais refinados” como por exemplo a influência
do tratamento feito através da acupuntura na medicina alternativa ou na bússola como orientadora
que atualmente cede lugar aos modernos aparelhos GPS entre outras tecnologias. Todavia creio que
para o autor não se pode classificar essas descobertas como ciência, pois não descrevem a maneira
como as coisas funcionam apenas sabe-se que elas funcionam, pois são baseadas na observação
através do processo de tentativa e erro.

Querer descobrir algo através da observação é o passo inicial do ato científico, porém o método
científico não pode ser reduzido a isso, pois caso fosse muitas coisas que não são ciência poderiam
ser classificadas como tal.

A observação racional dos fenômenos por essas culturas fazem parte de uma parcela ou um passo
do que se pode considerar como ciência, pois o conceito de ciência é mais amplo e advem da
filosofia grega que o vincula à racionalidade, de onde vem o cogito de Descartes “penso, logo
existo!”. Onde temos que o nascimento da Filosofia está intimamente ligado ao termo physis que é
a busca da observação e da explicação da natureza.

A questão do relacionamento entre a visão científica e a religiosa diz respeito ao fato de que ambas
prevem uma pré determinada ordem dos fenômenos que foram criados por um ser ou força superior
a tudo, que seria o onipotente das religiões monoteístas ou o grande evento (Big Bang) para os
cientistas.

Com base no que está relatado considero que Paul Davies apesar de aparentemente ter uma visão
preconceituosa e eurocêntrica da ciência , não deve ser condenado a beber cicuta (um poderoso
veneno) assim como Sócrates, pois o autor apenas deseja demonstrar que a diferença que torna não
científico o que os povos antigos produziram através de sua cultura e científico a ciência que os
cientistas europeus inicialmente produziram através de suas teorias deve-se apenas à uma maneira
de prevenir que o conceito de ciência torne-se banal, ou seja, não baseado no método. Teoria esta
também vista em Aristóteles que considerava assim como Platão que "o conhecimento sensível é
limitado e inexato onde não se deve atribuir às ideias uma existência independente e reduzir coisas
materiais a um reflexo de coisas ideais". Sendo que através da limitação imposta pela definição
distingue-se o que é ciência, como algo que se embasa no método do que não pode assim ser
considerado, como os descobrimentos fundamentados através de suposições baseadas na
observação dos fenômenos por tentativa e erro.

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