Sunteți pe pagina 1din 23

CARALLIUS, O NOME INEFÁVEL DO «DEUS MENINO»,

por Artur Felisberto.

Figura 1: Adereço fálico do festival dionisíaco grego do Holoa a festa local dos falos
em honra do deus menino Dionísio e que bem poderia ter tido o nome de *Caralia.
De entre todas as palavras indescritíveis da língua portuguesa a mais
obscenamente explosiva, a mais descaradamente pecaminosa, a mais destrutivamente
imoral é sem dúvida a que nomeia o inefável «caralho» que tem tanto de sexo carnal,
manipulável e tangível, quanto de abstracto impropério e de etérea felicidade!
Caralho é um termo da língua portuguesa usado para designar o membro viril
masculino. O termo encontra correspondente no castelhano carajo, no galego
carallo, e no catalão carall, sendo exclusivo das línguas românicas da Península
Ibérica, não se encontrando em nenhuma outra, incluindo o basco.1
Documenta-se o uso do termo desde pelo menos o século X, surgindo
regularmente nas cantigas de escárnio e maldizer da poesia trovadoresca medieval,
sendo também registado nalguma documentação, além de vários usos antroponímicos
e nas toponímias da Península Ibérica, em particular da Catalunha, onde se destacam
os vários carall bernat.
Porém, o anátema que, sem se saber muito bem porquê, nem como nem de
onde, persegue esta palavra, qual irremissível pecadora ou criminosa criatura
impenitente, não impediu que, depois de vinte séculos de cristianismo, seja uma das
que mais enche a boca do povo português, sobretudo nos falares do Norte que, por via
do galaico-português, são os que mais conservam o espírito original da latinidade e,
quiçá, sobretudo da celtidade ibérica (celtiberidade).
Figura 2: «*Passaralhos».
Estes falos «alados» da boa
sorte eram feitos de bronze fundido
para servirem de suporte a pequenas
campainhas nos vestíbulos das casas de
prostituição de Pompeia. Estes
tocavam com a chegada de «bons ares»
de Zéfiro, (e seguramente bons
clientes!) como os sininhos chineses
da felicidade.

Zéfiro < Chu-Phyr < Ish-Pher,


lit. “o que transporta o filho” ao
colo, ou seja um deus da aurora,
hermético e Crióforo! > Iscur.
Pelo contrário, quando alguém utiliza em vez do dito a palavra «pénis»,
exemplar de um dos poucos, de entre os muitos eufemismo e sinónimos com que se
esconde e protege o “instrumento de trabalho sexual masculino”, a não ser considerado
de baixo calão, ou passa por inglês ou é pedante ou albertinho!
Quem, além de falar calão também o é presume que o trabalhar faz calos
quando na verdade o que se esconde por detrás das conotações eufemistas codificadas
e dissimuladoras que multiplicam as significâncias, alteram e desviam os sentidos e
propositadamente acentuam as ambiguidades das palavras, onde se ocultam os pecados
e os vícios da cultura como derrotas da história, é apenas tão-somente a argúcia com
que os povos oprimidos pelo peso da história, tosquiados como “ovelhas de sacrifício”
das sua cultura em nome de Deus, pervertidos nas suas tradições pelo progresso
massificador ou postos à margem das rotas do futuro, se protegem das intolerâncias da
evolução à força da lógica de terra queimada com que as revoluções se livram do peso
opressivos das memórias da servidão e dos arquivos reais e senhorias do passado! De
certa forma, o calão é tudo o que resta, como cotão no fundo de saco da evolução
linguística, aos que recusaram pagar o preço da servidão no altar de todos os
progressos culturais em nome da dinâmica impiedosa da história.
Durante todo este tempo em que se produziu a poesia trovadoresca, caralho
foi usado como termo próprio para o membro viril, a par de outros como pissa,
membro, pisso e peça. A clara inclinação para o uso de termos como caralho e cona
presente na lírica profana galaico-portuguesa, em particular nas cantigas de escárnio
e mal dizer, denota a sua forte implantação na linguagem falada, assim como uma
inclinação para o "realismo grosseiro", patente no seu uso reiterado em contextos
inequivocamente vulgares, permitindo coloca-los na categoria dos disfemismos.
A naturalidade com que se falava de caralho, carajo ou carallo, até em
documentos públicos, desaparece da literatura após a contra-reforma, passando
desde então a ser considerada uma expressão obscena (ou seja, fora de cena,
inconveniente), mal-sonante, e de uso coloquial ou vulgar. Consequentemente, o
primeiro dicionário elaborado pela Real Academia Española não contempla o termo.
Ora, seria fácil demonstrar que a mística sacrificial, levada ao paroxismo dos
sacrifícios humanos no topo das pirâmides azetecas e de animais no alto dos zigurates,
não tem sido mero simbolismo religioso. Desde os primórdios da civilização que esta
se tem alcançado à custa do “santo sacrifício” da liberdade individual em nome da
“vontade de Deus” que pouco mais tem sido do que a grande consciência colectiva da
humanidade e do “super eu” que justifica a soberania patriarcal e fundamente toda a
normatividade pastoral. Por outro lado, os estratos mais baixos das populações
humanas, porque sendo a fracção mais numerosa do rebanho humano foram sempre a
base sagrada da “pirâmide social” onde o terrível sacrifício, salvífico e civilizador,
começa e que, por ficar sempre imperfeito e incompleto, eternamente se renova e
recomeça!
Sendo o «caralho» lusitano nome dum deus infernal natural seria que tivesse
acabado nos quintos do inferno tanto mais que a sua conotação de deus da sexualidade
e das erecções matinais da matutina Aurora desaconselhava o seu uso por recatados
cristãos.
Quando não há registos cartográficos seguros que nos impeçam de andar à
deriva no mar incerto da linguística embarcar na etimologia popular pode ser a forma
mais fácil de naufrágio.
Penis: Caralho: Penis; equivalent to English dick or prick. Greek charax and
Latin caraculus. Cognate to the Spanish Carajo. A caralho is originally a nautical
term [citation needed], referring to the crow's nest in the top of the mainmast of a
caravel. Since it was an ingrate job to patrol the horizon from the crow's nest, the
expression “vá para o caralho” (“go to the caralho”) began being used by people to
rid of an unwanted peer in an impolite, inflammatory way.
Os portugueses gostam de ver o ego nacional exaltado com referências à sua
gloriosa história trágico-marítima mas obviamente que o «caralho» é termo galaico-
português muito glosado pelos minhotos que andam sempre com ele na boca como os
galegos com o «carallo», que até soa do mesmo modo.
"Se hai umha palavra na língua que identifique ao ethos galego esa é caralho.
Son tantas as expresons nas que se emprega que poderiamos dizer, sem medo a errar,
que o home galego é umha espécie de caralho andante." -- Xabier Vila-Coia.
A origem náutica do «caralho» é altamente discutível porque parece ser um
instituto galaico-português anterior aos descobrimentos e não tem apenas conotações
sexuais negativas, pois, bem pelo contrário, tens as que se lhe quiser dar porque define
como “coisa e coisar” toda a gama de sentimentos e os estados de espírito de um
labrego galaico duriense que de outro modo ficaria inefável.
A antiguidade do termo caralho não oferece dúvidas, nem tão pouco a sua
caracterização vulgar e obscena, patente já no primeiro registo documentado do
termo na língua romance - posto que indirectamente - num privilégio outorgado ao
Mosteiro de São Pedro de Roda datado de 982, onde se regista um mons Caralio,
cujo nome havia sido evitado alguns anos antes numa doação ao mesmo mosteiro,
feita em 974, porque "tem nome desonesto e indecoroso".

Figura 2: El Cavall Bernat és l'Agulla de Montserrat per antonomàsia.


Este mons Caralio, latinização do nome local de uma rocha ainda hoje
conhecida como Puig Carallot, na zona de Cadaqués, juntamente com a ilhota de El
Carallot ou Lo Carallot, rochedo monolítico de 32 metros parte do arquipélago das
Ilhas Columbretes, e com a ilhota de Carall-Bernat, nas Ilhas Medas, constitui um
dos poucos exemplos da preservação explícita do sentido fálico de carall, hoje
geralmente estropiado em cavall, ainda existentes na topografia dos Países Catalães.
Figura 3: Carall Berant a l'esquerra ( aquí en diuen babor), Tascó Gros a la dreta
( estribor) i Tascó Petit al mig.
Estes carall bernat são sempre picos de forma fusiforme e proeminentes na
paisagem, de aspecto fálico. Entre os muitos carall bernat catalães existe uma
montanha sagrada na região de Monserrat, que o pudor local, tal como em outros
lados, já converteu em Cavall Bernat, termo disparatado e sem qualquer relação com
a realidade oronímica que representa, por forma a disfarçar o seu carácter
"obsceno".
Mas o maldito do «caralho» aparece de forma insuspeita onde menos se espera.
Para terminar este arrazoado vou falar de outro rio que também é conhecido por mais
do que um nome, neste caso até são vários, mas nas pontes por debaixo das quais passa, ele
está identificado sempre pelo mesmo nome: rio de Mouros.
Este rio a que os romanos chamavam Caralium Secum (Caralio Seco), viu-se
despojado do seu nome, ao que parece por motivos de decência. Um facto curioso que
encontrei descrito em dois livros:
Numa página do “Notícias de Penela” encontrei o seguinte:
RIO PAU (1) Procede de Alcalamouque, próximo do Rabaçal, e desagua no Mondego,
próximo de Verride.
A chamada (1) vai para o rodapé da página e diz o seguinte:
A este rio, ainda hoje o povo dá também o nome de caral…, nome indecentíssimo que
lhe deu o foral de Germanelo.
No livro Penela, História e Arte, de Salvador Dias Arnaut, encontrei uma página onde
é descrito o Meio Físico do concelho de Penela: Diz o seguinte em relação a este rio:

Figura 3: rio dos Mouros ou rio do Caralio Seco.


…Tem que referir-se o extenso campo do Rabaçal, calcário, sulcado por outra veia de
água, esta frequentemente seca, o rio na Idade Média chamado “Carálio” e hoje, por
decência, mais conhecido por Rio Pau, Ribeira de Alcalamouque, Rio dos Mouros.
Passa em Conímbriga e vai
desaguar no Mondego. Não
resistimos de apresentar neste
momento uma descrição antiga do
Carálio escrita por José Cristóvão,
cura do Rabaçal, em 25 de Abril de
1758: Perto desta vila do Rabaçal
passa um ribeirinho, e não tem nome,
o seu princípio é em uma fonte do
lugar de Alcalamouque, e somente no
tempo de Inverno é que traz água
neste sítio porque de verão se
aproveitam dela livremente os
moradores do lugar de
Alcalamouque. Este riozinho corre do
sul para norte, e se vai meter no
Mondego,
e tem no distrito desta vila uma ponte de pedra de cantaria lavrada com um arco
somente; as margens deste dito regatinho produz (sic) todo o género de frutos, e não tem
arvoredos alguns, e não cria pescado algum nem tem engenhos, nem se metem neste sitio
outros rios nele, nem tem virtude particular as suas águas, nem consta que se tirasse dele ouro
nem tem particularidades mais do que possa dar informação.
Uma desgraça. Uma desgraça de rio. Mas lá que não tivesse nome, não acreditamos.
Tinha-o e bem velho. Mas custava a dizer.
-- http://meioseculodeaprendizagens.blogspot.com/2012/12/rios-com-varios-
nomes.html#ixzz2uBAdvL7N
Todos os comentadores do sobrenome medieval do rio dos Mouros da Serra de
Sicó são unânimes em considerarem que caralium secum é latinório medieval
correspondente a topónimo local que os romanos latinizaram não sendo portanto um
nome de origem romana embora pudesse ser comum à latinidade italiana. Como os
habitantes locais da Serra de Sicó sempre souberam a indecência que o nome
significava suspeita-se que tenha sido sempre um rio do “caralho seco”, vá-se lá saber
porquê! Por nascer na Serra de Sicó ou por andar quase sempre seco? De qualquer
modo comprova-se que o termo é muito anterior à época dos descobrimentos, à
medievalidade da Nau Catrineta e quiçá à própria romanidade.
A primeira menção do carallo galego ocorre numa das cantigas do castelhano
Pedro Burgalês em meados do século XIII, dedicada a uma certa Maria Negra,
mulher já velha e enamorada do trovador, que aqui era representada como sequiosa
de macho e reduzida agora a comprar membros viris, que logo espatifava pelo tanto
uso que lhes dava:
Pois lhe nao non queren durar
E lh´assi morren a malfadada.
E un caralho grande que comprou
Oonte ao serao o esfolou
E outra pissa ten ja amornada.
Poderemos garantir que os galegos do século XIII estavam fortemente
influenciados pela gíria náutica de Vigo, mais piscatória que mercantil? Obviamente
que não!
Os Italianos também têm um topónimo Caraglio que parece remontar à época
romana. A comprovação de que a semântica do nome italiano Caraglio estaria próxima
da lusitana parece estar contida no facto de o artista Gian Jacopo Caraglio se ter
especializado em gravuras eróticas, quiçá por causa da pressão das conotações do
próprio nome ou para lhe fazer jus de modo a que à (má) fama se viesse juntar o
proveito!
No entanto este nome seria um patronímico adquirido a partir do nome da
localidade italiana de Caraglio perto de Cuneo. Em italiano esta associação do
Caraglio e doCuneo não será risível mas em Portugal além da
brejeirice tem um resultado sexualmente explosivo porque o
«Caralho & Cona» constituem o casal de caretos mais
arcaico da lusitanidade que cantam com desaforo em
qualquer cidade em festa as glórias “deus menino” do
«caralho» de todos os tempos e lugares.
Figura 4: At 12 km from
Cuneo, Caraglio was originally a
Roman settlement. The name appears
officially for the first time in a
document of the 1018. But its origins
are remoter as prove some findings of
the iron-age and repeated roman
presences in the site. Gian Jacopo
Caraglio, Italian renaissance artist
known for his erotic engravings.

O Caralho vem à tona


Numa cama de Pentelho.
Quando vai falar à Cona
Leva um barrete vermelho!

«Caralho» < Carallio < Caraglio < *Karakilu > Caracala.


Carabin, Rupert (1862-1932) Caracciolo, Giovanni Battista (1578-1635)
Caraglio, Giovanni Jacopo (c. 1505-1565) Caravaggio, Michelangelo Merisi da (c.
1571 - d. 1610) Carbone, Giovanni Bernado (1616-1683) Carducho, Bartolomé
(1616-1683) Cariani (c.1490-1547). Carles, Arthur B. (1882-1952) Carleton, Anne
(1878-1968) Carlsen, Emil (1853-1932) Carlson, John Fabian (1875-1945)
Carlevaris, Luca (c. 1665-1731) Carlu, Jean (1900-1997) Carmichael, Franklin
(1900-1997) Carmontelle, Louis de (1717-1806) Carnevale, Fra (active 1445-1484)
Carnicero, Antonio (c. 1748-1814) Caro, Sir Anthony (1924 - ) Caron, Antoine
(c.1521-1599) Carolus-Duran (1838-1917) Carpaccio, Vittore (c. 1450/4 - 1525/6)
Carpeaux, Jean-Baptiste (1827-1875) Carpenter, Francis Bicknell (1830 - 1900)
Carpioni, Giulio (1613-1679) Carr, Emily (1871-1945) Carrà, Carlo (1881-1966)
Carracci, Agostino (1557-1602) Carracci, Annibale (1560-1609) Carracci, Lodovico
(1555-1619) Carreño, Mario (1913 - 1999) Juan (1614-1685) Carrier-Belleuse,
Albert-Ernest (1824-1887) Carriera, Rosalba (1675-1757) Carrière, Eugène (1849-
1906) Carrington, Dora (1893-1932) Cars, Laurent (1699-1771) Carter, Keith (1948
- ) Cartier-Bresson, Henri (1908 - ) Carvalho, Flávio de (1899 - 1973)
Um topónimo ainda muito conhecido previste no nome da cidade sardenha de
Cálhari.
Cagliari ou, nas suas formas portuguesas Cálhari, Cálari ou Cálher (AFI:
[/'kaʎʎari/]; em sardo Casteddu) é uma comuna italiana localizada na Sardenha, sendo
a capital e maior cidade da província de Cagliari e da região da Sardenha, com cerca
de 158.351 habitantes.
En el pasado Cagliari se llamaba Krly en el curso de la dominación fenicio-
púnica, mientras que en latín, la ciudad fue llamada Caralis o Calares (plural) o
Karales. Alrededor del siglo XVI Rodrigo Hunno Baeza, un humanista de Cerdeña,
dijo que el nombre Karalis fue derivado del griego κάρα col significado de la cabeza,
ya que Cagliari fue el centro principal de la isla. El sémitista William Gesenius dijo
que el nombre vino de Kar Baalis, significando en la lingua fenicia ciudad de Dios.
Esta hipótesis, pero con algunas diferencias, fue aceptada por Giovanni Spano que
afirmó que Cagliari se derivó del nombre fenicio Kar-El, que también significa
Ciudad de Dios.

Figura 4: Cagliari, denotando a primitiva cidadela de calhaus!


E pronto, se Kar-El é cidade de deus Carbala seria cidade de Baal e estaria tudo
dito quanto à antiguidade e procedência geográfica do nome que assim remontaria aos
tempos e berço da humanidade estando portanto relacionada com Kur < Ki-ur, a terra
selvagem e o monte primordial onde se construiu a primeira cidade.
Karbala (utras grafias: Kerbala, Kerbela) é uma cidade do Iraque, localizada
a cerca de 100 km a sudoeste de Bagdá. Karbala é a capital da Província de Karbala,
e tem uma população estimada de 572.300 habitantes (2003).
Mas óbviamente que vai haver sempre quem recuse ver o óbvio por preconceito
cultural ou puro racismo étnico.
Max Leopold Wagner trazó que el término del lenguaje protosarde Karalis
reflejaba nombres de otros lugares de Cerdeña y del Mediterráneo: Carale (Austis),
Carallai (Sorradile), Karhalis o Karhallis en Panfilia y Karhalleia de Pisfidia
(Turquía). El nombre Karalis se conectaría con nombres tales cacarallai, criallei,
crielle, chirelle, ghirelle (crisantemo salvaje) y garuleu, galureu, Galileu (polen
depositado en la miel, que es de color amarillo a oro), que tiene afinidad con el
etrusco garouleou (crisantemo salvaje).
De facto é difícil descortinal algo de sério na salgalhada etimológica referida
por Max Leopold Wagner a propósito do nome da cidade sarda Cagliari.
Francesco Artizzu señaló que la raíz kar en los idiomas de los pueblos del
Mediterráneo significa piedra y el sufijo al/ar da un valor colectivo, y finalmente el
topónimo Karali habría formado en sentido de pertenencia de la comunidad de la
roca o simplemente lugar rocoso. En cuanto a Kalares plural, Artizzu lo explica por
el hecho de que, a partir de un núcleo inicial, se unirán a otros núcleos vecinos, lo
que aumenta el tamaño de la ciudad. En conclusión, lo más probable es que
Karalis/Caralis tenía un sentido de la comunidad del lugar de origen roca de color
amarillo o blanco..
O romantismo barroco da etimologia de Francesco Artizzu para Cagliari chega
a fazer chorar as pedras da calçada por ser tão banal e fora do contexto histórico e
geográfico. Obviamente que toda a etimologia tem que respeitar os documentos
históricos e no caso de Cagliari respeitar a sua antiguidade fenícia onde era Krly <
Karaly, que passou sem grandes delongas para os romano como Karalis. Este termo
fenício tem comprovação imortal no nome do deus Melkarte, o senhor da cidade e não
precisa de passagens intermédias pelo grego ou outra divagação crioula local. A
origem e semântica suméria já foram referidas como sendo simples e claras,
relacionada com a Senhora do Monte, mãe de todos os guerreiros primordiais.
Na verdade, o étimo Kar- / Car- vai passar para as culturas ocidentais pela mão
e boca dos guerreiros primitivos que em grego arcaico eram os Kouroi que se
fortificavam no cume dos monte para proteger o senhor da cidade que poderia ser
Hércules / Melcarte ou qualquer outra variante divina padroeira da irmandade de
guerreiros.
Mas poderia ter sido Dionísio, o «deus menino» representado como falo gigante
tal como Osíris e o nabateu Duchares eram representados por um obelisco. A
representação mínima dos deuses protectores da virilidade guerreira poderia ser
simplificadamente feita por três gogos, como era o símbolo de S. Estêvão, padroeiro
dos locais de iniciação guerreira. Hermes era entre os gregos um deus das casernas e
também tipicamente ictifálico, representado sumariamente por pedras em formas de
pénis que deram nome a Penedono, penhas e penhascos, pinhas e pinheiros.
Obviamente que o étimo Car- esteve também relacionado desde a origem com montes,
pedras e rochas e calhaus, seguramente com etimologia próxima de Calhiari, tanto
calcárias (< car-car) como graníticas (< granus < Kur-ano) ou outras como argilas de
ocre (<Lat. ochra < Gr. óchra < Kaura?) porque que os homens primitivos sabiam
pouco de geologia!
Na península ibérica e na zona galaico-portuguesa o deus das pedras do caralho
era Carioceco.
Cario-cecus ou Mars Cariocecus era o deus da guerra na mitologia lusitana.
Era o equivalente lusitano para os deuses romanos Marte e para o grego Ares. Os
lusitanos praticavam sacrifícios humanos e quando um sacerdote feria um prisioneiro
no estômago fazia previsões apenas pela maneira como a vítima caia e pela
aparência dos intestinos. Os sacrifícios não estavam limitados a prisioneiros mas
também incluiam animais, em especial cavalos e bodes. É o que diz Estrabão,
"ofereciam um bode, os prisioneiros e cavalos". Os lusitanos cortavam a mão direita
dos prisioneiros e as consagravam a Cariocecus.
Na Lusitânia, além de Cariocesus podem ainda referir-se os seguintes deuses
com esta etimologia:
Car-O < Car-Us < Car-Io < Car-Ieco < Car-Iense
Car-Ia - Deusa dos Lusitanos celtas.
Cauleces < Kaure-ces - Divindade venerada pelos Calaicos.
Car-Neo (Karneios, Carneu, Carneus) – Deus adorado nas planícies da
Lusitânia por povos de origem Celta.

Ver: KAR, «ET VERBUM CARO FACTUM EST!» (***) &


APOLO CARNEIOS. (***)

Leite de Vasconcelos esgrime entre a hipótese do elemento Cário provir do


celta *corio que significa corpo de tropas. A verdade é muito provavelmente outra e
derivarem ambos os termos dos *Kaur-ish  Kaure-ces, antepassados dos Kouros
egeus de que galegos e gauleses descenderiam como os restantes celtas descenderiam
de cretense minóicos, de que surgiu o nome dos minhotos que andam sempre com o
arcaico deus Kar na boca!
Ma-Cario (Macarius, Magario) – Deus da nutrição e protector da natureza.
Está ligado também aos ciclos das estações, principalmente do Verão. Na mitologia
Lusitana é também um Deus naturalista da caça, da beleza e da fertilidade; é uma
divindade instintiva e ciumenta; o Padroeiro dos casamentos, dos jovens e dos
viajantes. Equivalente a Apolo.
Obviamente que Macário, o “kouro de sua mãe” era o “deus menino” filho da
Virgem de Macarena e uma variante do nome de Hermes. As afirmações assertivas
dos mitos valem o que vale a própria mitologia.
Ma-Cario = Car-ma < Har-ma => Hermes.
De Cario-cecus se foi a Car-Ieco e deste a «Caralho».
Cario-cecus > Car-Ieco > Cariego > Carago > Carracho > «Caralho».
Cecus, sufixo frequente em divindades encontradas na Lusitânia, seria o nome
genérico de deus ainda próximo do primitivo nome do filho de Ki, o deus latino do
fogo, Caco.
Kar era um deus de transporte solar na Suméria que de Ki-ur / Kur recebeu a
conotação morfológica com os picos fálicos das serranias e de Ka-ur / Kar a relação
criadora com o ká da vida!
Caria, que se documenta aqui pela primeira vez, não soa, porém, a estranho.
Em Arcos de Valdevez, documentou-se uma divindade para que, dubitativamente, se
optou pela designação de Carus. (*) Recentemente, Juan Carlos Olivares Pedreño12
pôs a hipótese N não muito verosímil, aliás N de ser essa uma abreviatura do
conhecido epíteto de Marte, Cariociecus. Pensamos, com mais este exemplo de
Arronches, que se deve optar, ao invés, por um nome divino, a aproximar, na verdade,
de Cariociecus mas também dos Lares Cairienses, como faz Blanca Prósper (o. c., p.
319), que alude, inclusive, a uma via Cariensi. Recorde-se que María Lourdes Albertos
(o. c., p. 78-79) aproxima o radical Car- da forma indoeuropeia *karo-, na comum
significação de ‘querido’. Um adjectivo, valha a verdade, que quadra bem a uma
divindade…(*) Cf. ENCARNAÇÃO (José d’), Divindades Indígenas sob o Domínio
Romano em Portugal (Subsídios para o Seu Estudo), Imprensa Nacional – Casa da
Moeda, Lisboa, 1975, p. 156-157. -- UMA INSCRIÇÃO VOTIVA EM LÍNGUA
LUSITANA* André Carneiro, José d’Encarnação, Jorge de Oliveira, Cláudia
Teixeira.
Os patronímicos começados por Car- foram até há pouco tempo dos mais
comuns no mediterrâneo ocidental donde se espalhou por todo o ocidente tendo
passado seguramente para as Caraíbas e para a América do sul.
Da Lusitânia arcaica devem ter passado às terras do Brasil onde o deus do
Carago deu nome aos Karajá:
O nome Karajá não é a auto-denominação original. O nome deste povo na
própria língua é Iny, ou seja, "nós". É um nome tupi que se aproxima do significado
de "macaco grande". As primeiras fontes do século XVI e XVII, embora incertas, já
apresentavam as grafias "Caraiaúnas" ou "Carajaúna". Ehrenreich, em 1888, propôs
a grafia Carajahí, mas Krause, em 1908, desfaz as confusões de nomes e consagra a
grafia Karajá.
A Real Academia Espanhola dá carajo como de origem incerta. Houve um
tempo em que se supôs que esse termo tivesse origem biscainha, mas tal suposição foi
posta em causa pois nem Cervantes nem Quevedo, fontes inesgotáveis de todo o tipo
de genialidades e grosserias, o usam uma única vez. Por volta de 1970 havia quem
tivesse por coisa certa que a origem de carajo estava numa tribo índia do Brasil. O
autor americano Carleton Beals pretendeu ter demonstrado no seu livro America
south (1937) que "ajo" é crioulo e não espanhol, dando como origem do termo a tribo
dos carajos evangelizada pelo Padre Anchieta cerca de 1530.5 6 Numa edição
anterior a 1965 do seu "Diccionario Etimológico", Coromines havia proposto que
carajo pudesse ter derivado de uma aplicação humorística do latim tardio caragius,
"bruxo".
Assim, o primeiro equívoco náutico parece decorrer da primeira aproximação
etimológica:
El término carajo –cuya etimología latina probablemente comparte con la
palabra italiana cazzo – es, en lenguaje popular, una de las formas de designar al pene
o bien a un prostíbulo, al mismo tiempo que una interjección de fastidio, como una
sorpresa, o para mostrar la falta de relevancia de algo.
Se cree que proviene del latín cassus o carassus, que por metáfora en jerga
marinera se refería al mástil mayor, y luego por metonimia a la canastilla del palo
mayor o nido de cuervos, de un navío a velas.
- http://correvedile.com/augustogomez/carajo#sthash.YLgIi3rC.dpuf
Portanto o “cesto da gávea” onde o gajeiro gritava terra à vista não seria a
origem do nome do «caralho» até porque não teve sempre esse nome nem sempre a
conotação de castigo pelo que a etimologia proposta tem mais de romance trágico-
marítimo que de certeza histórica. Esta etimologia pode mesmo ser uma mera
confusão com a que leva o termo de «carango».
Carango é ainda uma gíria militar dada aos soldados da infantaria, uma base
do Exército onde estão reunidos os soldados destinados a qualquer tipo de combate.
De resto, parece que o “cesto da gávea” já é uma redundância lusitana!
Le nid-de-pie est plutôt appelé nid-de-corbeau sur les navires polaires.
Anciennement, on l'appelait la gabie car il avait une forme de grand panier (gabion)
où se tenait le gabier de vigie.
"Acima, acima, gajeiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!" – Nau Catrineta.
Por outro lado o termo «casso» < cassus parece ter outro significado mais
próximo de «coisas» como conas e anilhas do que de «caralhos» e pénis.
A origem seria do latim cassus, ou uma derivação, carassus, que em Latim
designa o mastro principal. Destaco o verbete italiano, que tem uma descrição
etimológica bem precisa, revelando a origem no Latim, bem como em espanhol que
menciona a relação entre a expressão carajo como pênis e a associação metafórica
com o mastro principal das naus, e ainda, menciona o castigo do marinheiro infrator
ser amarrado no topo desse mastro, pois de fato nem todas as naus tinham
necessariamente um cesto amarrado à gávea, mas em existindo o castigo, decerto ele
era ainda assim aplicado, como é o caso da verdadeira Caravela cuja gávea não tinha
cesto. – http://www.velhosamigos.com.br/curiosidades/curiosid35.htm
Há qualquer coisa de confuso e impreciso neste artigo porque não se entende
qual seja o verbete que se refere nele. Em italiano mastro principal é albero maestro,
ou seja árvore mestra e deve ser o termo maestro que deu origem ao mastro por
antonomásia. Mas quase seguramente que se estaria a referir ao verbete do respectivo
calão italiano para pénis.
Sinceramente, eravamo alquanto titubanti riguardo al fatto di dar seguito alla
richiesta pervenutaci (da un burlone o da un autentico appassionato di etimologia ?)
dell'etimologia della parola "cazzo", la più popolare del turpiloquio italiano...Poi,
dopo uno studio più approfondito, abbiamo scoperto che l'interpretazione etimologica
di questo diffusissimo "intercalare" è stata ampiamente dibattuta e che sono state
indicate svariate etimologie di cui elenchiamo, di seguito, le più accreditate:
•dalla contrazione dell'italiano capezzolo (a sua volta dal latino capitium e
prima ancora da caput = capo, testa) da cui la parola cazzo = piccolo capezzolo,
piccolo manico;
•dal latino cassus che cioè l'albero maestro delle navi o dal greco tardo
akátion = albero maestro delle navi, cui per analogia potrebbe riferirsi l'organo
maschile nella sua posizione eretta;
•dal latino cattia = mestolo, sempre per analogia con la forma del pene;
•dal verbo latino capitiare da cui anche l'italiano cacciare nel senso di
"infilare, mettere dentro con forza".
Como se comprova o calão italiano cazzo é um caso serio de indecisão
etimológica capaz de tornar impotente qualquer origem para o dito «coiso»!
Não se encontrou nenhum verbete que confirmasse que o mastro real das naves
latinas fosse cassus até porque este termo tem semiologia que não se adequa ao
objecto em causa. Já o termo náutico português «casso» para pequenas bóias de
flutuação das redes, que deriva do latino cassus, parece mais fidedigno.
Cassus = From Proto-Indo-European *ker-, *sker-. See also Ancient Greek
κείρω (keirō, “I cut off”), English shear, Albanian harr (“to cut, to mow”),
Lithuanian skìrti (“separate”), Welsh ysgar (“separate”). See also sharp.
Adjective: cassus m (feminine cassa, neuter cassum); first/second declension;
hollow, empty, devoid of something; lacking; useless, fruitless, vain, futile.
«Casso» • (Lat. cassu, m. s.), adj. nulo; • cassado. = • (Náut.) pequena bola ou
esfera de pau furada de lado a lado, e mais ou menos achatada onde se enfiam os
cabos de laborar para melhor correrem na enxárcia.
Crassus m (feminine crassa, neuter crassum); first/second declension. Dense,
thick, solid. Fat, gross, plump. (of a liquid) Concentrated, thick; turgid. (of the
weather) Heavy, thick, dense; murky. (figuratively) Crass, stupid, dull, stolid.
Pelo contrário, não seria erro crasso aceitar que o antónimo latino de cassus que
era crassus já faria mais sentido enquanto alternativa semântica para mentula.
Ora carasso já estava mais próximo de «caralho» de que terá derivado ou
recebido reforço semântico o eufemismo luso «caraças».
No entanto a deriva semântica dos proto-indo-europeistas pode levar a abalos
temerários de que resultam verdadeiras inversões de sentido piores que um terramoto
linguístico.
Se cassus seria suposto derivar de *ker-, *sker- de que derivará crassus?
Claro que estamos disposto a aceitar que o grego keirō deriva de uma conotação
com a terrível a deusa mãe das Queres, a senhora da morte fatal que cortava
impiedosamente o fio da vida aos guerreiros nas batalhas, o que o suposto Proto-Indo-
European *ker- não faria mais do que confirmar.
Então, na mesma linha de lógica mítica e etimológica, o termo «cortar» do Lat.
curtare derivaria do nome desta deusa que seria originalmente *Kertu a deusa mãe das
cobras cretenses. Mas se o galês ysgar significa separar também o luso «esgalhar»
pode ter a mesma origem e ainda assim produzir galhos úteis para lenha. Notar que nos
jogos semânticos as analogias múltiplas são tão inevitáveis quanto mutáveis. Esgalhar
uma pívia faz jus ao gesto agrícola de esgarçar uma árvore de suas vergônteas tenras
do mesmo modo que o arrigo latino significa ter uma erecção pela semântica da
rigidez, e em português o termo foneticamente mais próximo «arreigar» se cruzou com
as raízes das plantas e passou a ser apenas despontar pela raiz ainda que supostamente
por via do verbo «arraigar» derivado dum suposto novilatino *arradicare quando na
verdade serão meras variantes de evolução endógena em dialecto.
Ora, como a erecção (arrigo) provoca naturalmente a eversão da glande que
toda se «arreganha» e «arregala» como crista de galo entre as pregas do prepúcio
assim o «caralho» se arregaça na «cona» onde se invagina!
Começa a ser evidente que o latino «crassus» tem a ver com a turgescência do
“rigor pénis” (arrigo) dum «caraço» que se «enrija» a «rigor»! Pois bem, o conceito
antónimo de vazio que seria cassus poderia fazer jus ao complexo (de Electra) da
castração feminina provocado por uma deusa mãe Ker ciumenta e furiosa que por
sincope do «erre» transformaria o «carraço» num caso casso e sério de injustiça
sexual...quiçá por desforras de caça com Artemisa / *Kartu-misha.
Quase seguramente que foi a imaginação fértil de marinheiros em tempo de
marasmo que criou o mito do castigo da gáveia como correspondendo a mandar
alguém para a “ponta do caralho” do mastro de vigia, ou seja estamos perante uma
etimologia que é mais consequência do que causa. De resto é essa a opinião mais
acertada do que consideram que «caralho» era apenas a gíria para o mastro real dum
navio e nunca o seu nome corrente.
Un posible origen anterior de esta palabra (apuntado, entre otros, por el
profesor Carlos Alonso del Real), que puede derivar en el ya comentado arriba, es el
término latino caracullum, aplicado a pivotes verticales hincados en el suelo, como los
menhires megalíticos o los empleados en el propio Imperio romano para atar a reos de
castigos físicos (por ejemplo, el que se describe para el azotamiento de Jesús de
Nazaret), de donde devendría la expresión "mandar (a alguien) al carajo" como
sinónimo de enviarlo a lugar nada grato. El carácter fálico que presentan estas
estructuras de piedra hincadas verticalmente en el suelo es evidente, de lo que
devendría fácilmente la elaboración de la metáfora.
(…) La abundancia de rocas graníticas en la zona y su tradicional uso para
elaborar estructuras arquitectónicas desde épocas prehistóricas llevaron a su empleo
para esta función en el cultivo vitícola, constituyendo así un paisaje común el de los
caraculla, que llamaron la atención de los romanos (como aún siguen haciéndolo en
los foráneos). Esto sigue constituyendo una característica distintiva del cultivo de vid
en Galicia, norte de Portugal, Asturias y otras zonas del Noroeste de la Península
Ibérica.
Acaso de lo anterior devenga lo prolífico del término y sus derivados en la
familia lingüística que abarca al idioma gallego (carallo, escarallar, carallán...), al
portugués del norte (caralho, escaralhar, caralhão...) y el asturiano occidental
(caraxo...), donde los hablantes son conscientes, además, de su equivalencia con
"pene".
Sin embargo, es de notar que, a diferencia del término italiano, en ciertas
regiones del ámbito hispanoparlante el significado de carajo como sinónimo de pene
ha sido olvidado o es poco conocido, como es el caso de Argentina o Perú donde se usa
casi exclusivamente como insulto o interjección.
- http://correvedile.com/augustogomez/carajo#sthash.YLgIi3rC.dpuf
A sensação que nos deixa a proposta etimológica de Carlos Alonso del Real é a
de estarmos perante uma mera delação da origem do termo «caralho», da época dos
descobrimentos para a da conquista romana da península. A verdade é que o termo
parece ser significativamente típico da região galaico-duriense onde adquire a
plenitude do seu significado sexual de que os restantes significados são meros
derivados colaterais enfáticos como é o pirete em linguagem gestual.
Este facto comprova a existência de um culto particular ao deus do «caralho»
particularmente intenso na região galaica, possivelmente de origem celta. O «caralho»
parece ser um termo único ibérico com a variante castelhanas carajo por mera tradução
fonética tal como o catalão caraxo é! Mas existem variantes suavizadas como «carai,
carago, carracho, caraças» que possivelmente são formas dialectais esquecidas, e todas
em torno da raiz Car-.
Procurando tradições antigas na história comprovamos que a antiga trindade
Luvita era: Tarhunt, Kubaba & Kar-huha.
Sumer Ish-Kur  Luv. Kar-huha < Kar-Kuca > Kar-aco > Karacho
> «carago & caralho»!
Aralez -The ancient Armenians believed in the existence of these dog-like
creatures gifted with supernatural powers. Their specific function was to lick the
wounds of those killed or wounded in battle, who then recovered or were resurrected
to new life. In the popular mind they were beneficent dog-like spirits who lived in
heaven; at an earlier date they may well have been seen as god-like creatures of a
menial order.
Aray -(also Ara) Old Armenian god of war, known as “the beautiful”.
Probably of common Indo-Germanic origin along with Ares. However, Aray also has
certain characteristics of a dying god who rises again. It is possible that this god lives
on in Aralo, the Georgian god of agriculture.
O mais espantoso é que no “The Assyrian Dictionary of the Oriental Institute of
the University of Chicago (CAD)” letra K se pode ler:
Karabu v; to pronounce formulas of blessing (said of gods and divine powers
and manifestation).
Karalanu see karan lanu (= uma espécie de videira e de vinho dela feito).
Karallu A s; prick, goad (= picada, aguilhão.)
Karallu B s; (a term for happiness = termo para felicidade).
Portanto, é quase seguro que o «caralho» entrou na Península Ibérica por via
semita possivelmente ainda no tempo dos assírios ou dos hititas que os fenícios
reconheceram como tal e mantiveram. Como os italianos nunca reconheceram o termo
como sendo um sinal de felicidade então pode opinar-se que os romanos o terão
recebido dos ibéricos sem o entenderam.
Aray < Haraj < Kara-ku > Carago  *Karallu > Haralo > Aralo.
Aralez < Haralish < Karalish???
< Kar-Helish  Caralliu > «caralho» .< Kar-lulu > Carolu > «Carlos».
Obviamente que nada acontece por acaso no mundo da semântica nem mesmo o
nome do menino Carlinhos, o aluno traquinas das anedotas indecentes dos lusitanos
modernos.
Yarilo is the Slavic god of sexuality and vegetation, and has some very close
correspondences to Dionysos. His name may derive from the root "yary" which means
passionate, virile and uncontrolled. He is usually said to be blonde, dressed in white, and
barefoot, wearing a crown of flowers and riding a white horse. In one hand he holds a
bunch of wheat, and in the other a skull. Wherever he treads, flowers and wheat grow in
his wake. As a popular song says: "Where he sets his foot, the corn grows in mountains,
where he doth glance the grain rejoices."
He is also associated with the god of summer, Kupalo, and with the sun. He had a
festival day on June 4, and his death and burial was celebrated sometime during the
harvest, possibly at the end of June.
A priapic doll was placed in a coffin and carried through the town by an old man
after sunset, to the cries and laments of women. He was buried in an open field, after
which games and dances began.
Kupalo é quase seguramente Apolo. Por sua vez, Yarilo é o que parece ser: um
grande sarilho e um deus do «caralho»!
Siunes Karuiles = Antigas divindades primordiais tomadas pelos hititas aos
sírios e que aparecem na mitologia hitita com nomes como: Nara, Napsara, Minki,
Ammunki, Tahusi, Ammizadu, etc. São por vezes equiparados pelos escribas aos
annunaki babilónios, mas representam também um grupo de velhos deuses que foram
retirados ou banidos do culto pelos novos deuses agora no poder. Estes deuses são por
vezes invocados em tratados para garantia dos juramentos firmados. No mito de
Ullikummi eles tomam conta dos recursos usados para cortar o céu da terra.
Yarilo < Jarillu < Karillum > «caralho».
Kupalo < Kau-Phalo < Kaphalu > Apolo
Karuiles < Karweles < Karhales > Karhalium > «Caralho»
«Suinos» < Siunes < Kiunas < Ki-Anus > «Conos» =>
Karuiles siunes = Karuiles & siunes = «Caralho e Cona»!
Variantes do nome do «caralho».
Caramba! Carais! Caraças!
«Carago»! < carajo < Karhalyo < *Harkal  «Caralho»!
No entanto, onde vamos encontrar referências escritas à interjeição lusa mais
usada pelos minhotos é, não tão paradoxalmente assim, em antigas inscrições nórdicas.

RUNAS DE BOA SORTE


78. Schonen (or Skåne) Bracteate-1 (Skåne, Sweden, 500-550) = laþu laukaR.
gakaR alu = gakaR is interpreted as gauka, ‘the cuckoo bird’. ‘Laukaz evocation.
magic cuckoo’
87. Skrydstrup Bracteate = laukaR || alu = ‘Laukaz’ || ‘magic’. Moltke gives the
same inscription, without translation.

ALU LAU KAR LATHU LAU KAR – GA- LAU KAR


KAR-ALU

LAU-KAR-ALU SALUS ALU HOR ALU


LADU LAUKAR GAKAR ALU
LAUKI - LAUKR - LAUK - LUK means løg (onion and garlic).
LAUK means in:
Russian: luk, Dutch: look; Swedish: lök;
Danish: løg; Frensh: ail; Spain: ajo; Italian: agilo; Latin: alliu(m); German:
Zwiebel and Knoblauch. Engl. garlic.
LAUKI - LAUKR - LAUK - LUK means løg (onion and garlic).
LAUK means in:
Russian: luk, Dutch: look; Swedish: lök;
Danish: løg; Frensh: ail; Spain: ajo; Italian: agilo; Latin: alliu(m); German:
Zwiebel and Knob-lauch. Engl. Garlic
Dänisch: Helbrederen brugte løg til hedbredelsen.
Deutsch: Der Heiler brauchte Lauch zur Heilung.
Englisch: The healer used onion for the healing.
Schwedisch: LÄKAREN brugte LÖK til LAUKAR.
O estranho é que ainda hoje laukar significa alho em islandês.
Enquanto os eruditos não se entendem sobre o significado exacto destas runas
temos a vantagem de poder aceita-las como melhor convier a lógica etimológica aqui
exposta.
Sejam quais forem as “medalhas de boa-sorte” onde se encontram as runas com
as expressões descritas, o deus nórdico nelas representado é sempre Odin, o
equivalente de Dionísio e que entre os nórdicos seria o deus amigável das “festas dos
rapazes”!
De novo o estranho termo germânico Zwiebel vem deitar suspeitas sobre a
origem arcaica do nome do alho.
Zwiebel < Zewi-Wer < Wer-Zeki < Kar-Kiki
> Kar-asho > *car-ajo > «cara-lho»!
KAR is the old Germanic word for for "old man"
Laur-dag = Saturday
ALU = "alere" in Latin.
Obviamente que só por mero acaso se estaria à espera que as runas escrevessem
sempre em latim.
Assim sendo, a semântica da runa ALU com o significado de proximidade
decorre apenas do simples facto de ser quase seguramente um diminutivo genitivo,
como o ulus latino!
Alea jacta est = os dados estão lançados!
Ludi Romani: Agon-alia | Brum-alia | Carment-alia | Cere-alia | Consu-alia |
Diva-lia | Fer-alia | Flor-alia | Furin-alia | Larent-alia | Lemur-alia | Liber-alia |
Luperc-alia | Matron-alia | Meditrin-alia | Mercur-alia | Neptun-alia | - | Pari-lia |
Pagan-alia | Quirin-alia | Robig-alia | Saturn-alia | | Vener-alia | Vin-alia | Volturn-
alia | Vulcan-alia.
Se as festas latinas terminavam todas em “-alia”, ou seja um plural de “alium”,
então, seria este o nome da festa no singular. “Álea”, como significando
especificamente peça dum jogo de dados, seria uma corruptela da forma particular
dum “ludi” de dados que se teria chamado ha-lia com semelhanças com o hitita
Hallya. Na origem mais remota estaria o nome genérico de plantas e flores que
embelezavam as festas.
Assim, alum (hal- ), n., or alus seria, também uma espécie de «alho»,
possivelmente o «alho porro» cujas flores alegravam os festivais verão como ainda
hoje a flor do alho-porro alegra as festas de S. João.
O «alho-porro» = Também conhecido por alho de S. João, usado para
“brindar" as pessoas com o seu odor durante a noite da festa e tocar na cabeça dos
foliões, para dar boa sorte e fortuna.
Alu(us) < Hal- < Har- < Sumer. Kar < Kur = Enki.
Arali (Arallu): Name of the desert between Bad-tibra and Uruk, where
Dumuzi was killed; perhaps also a semi-mythical land from which gold was obtained,
also known as Harallum. Evolved into a name for the Underworld.
Sumer. Lum-Ma = Fecund; Al = Digging.
Se, Lum < Lum-Ma = Lu-ma = Ma-lu, lit “mãe dos homens” = fecunda.
Arali < Arallu < Har-allum, seria lit. “baixio arável e fecundo” < Kar-al-lu,
lit. “o lavrador”.
Este *Karallu do Harallum pode ter sido um dos nomes do deus das portas dos
infernos e da aurora, uma variante de Hércules e Lúcifer.
De facto:
Lúcifer < Lu-ki-pher < Luki-kar = *Karlu-Ki  Karki-lu  *Karal-lu.
Este deus infernal teria relações com o cão da morte que foi Anubis no Egipto e
Aralez entre os arménios, seguramente por acompanhar *Karallu.
Quer isto dizer que a flor, que teria sido genericamente um lilium do alho-porro
teria obrigado os falantes latinos a uma redundância do tipo *Alu-lium, que teria dado
nome aos lírios, “lilium” e aos «alhos», “allium”. Então, o nome mais arcaico do
alhos seria mesmo Kar-?-lium. No entanto, kar-a-lium seria também o singular de
karalia, literalmente as festas de Kar.

Figura 5: Florescência de «alho-porro» de S. João, uma variante natural do tirso


compósito de Dionísio (bastão envolvido em hera e ramos de videira e encimado por uma
pinha)!
“Garlic” = O.E. gar-leac (Mercian), garlec (W. Saxon), from gar "spear" (in
reference to the clove), see gar + leac "leek."
O inglês “Garlic” seria literalmente um “dente de alho” ou apenas, por mera
ignorância étmica, um puro arcaísmo redundante derivado de *kar-lu-kar??? *Gar >
«gar-fo» < gar-ku  for-ku > «fork»! < fourchete  «forquilha»
Leek = O.E. læc (Mercian), leac (W.Saxon) "leek, onion, garlic," from P.Gmc.
*lauka- (cf. O.N. laukr "leek, garlic," Dan. løg, Swed. lök "onion," Du. look "leek,
garlic," O.H.G. louh, Ger. lauch "leek"). No known cognates; Finnish laukka, O.C.S.
luku are borrowed from Gmc.
Sendo assim, e se a língua falada pelas runas do século V fosse aparentada com
os falares celtas galegos e minhotos teríamos que o nome do “caralho” significaria
apenas o que faz sentido ser.
LATHU LAUKAR significaria “uma braçada de alhos”, o que em mitologia
seria um «ano velho», ou seja, os “doze trabalhos de Hércules”. Por sua vez, Laukar
teria sido em tempos a forma nórdica do nome de Hércules.
"Lathu Laukar Gakar alu" could be translated "Load Laukar … "Go Time/
Sun". Folks used their own synonyms and often with the root "GA = Go". The bract
from Odense has the swastika separating the summer seasons while they usually saw
the winter half as a long waiting with no special program for the time. -- Early rune
texts 1
Laukar < Kar-lau > Carlus  Her-kal > Hercules
< Kar-Hallu > «caralho»
Gakar Alu < Sa-kar-alu = Saturnalia = Natal!
Por outro lado, as runas «LATHU LAUKAR - GAKAR ALU» significariam
mitologicamente: “depois dos (dose) trabalhos de Hércules no ano velho que venham
as festas de Saturno e do “Ano-Novo”!
No fim do ano, nas “festas dos rapazes” e do ano novo, os guerreiros neófitos,
transportando a mística cesta dos falos de pau, gritavam:
«Car-allu»!!! seria uma interjeição das Sartunálias e Falofórias dionisíacas que
significaria no inverno algo como “boa sorte, Ó (Sol do Ano) velho”! Na Páscoa, o
grito da «aleluia» seria mais óbvio: a algazarra da rapaziada que terminava os
mistérios dos “ritos de passagem” e já sabia o aeiou, e gritava no solstício da
Primavera Pascoal:
Alelilolu! “O Senhor (El) el-evou-se e il-umina”…já que estaria implícita a
evidência de que o sol acabava de despertar e o Senhor já tinha ressuscitado!

Ver: PARECENÇAS (***)

Quem estivesse à espera de encontrar uma correlação quase linear na mitologia


comparada acabaria por desanimar logo na análise comparativa da mitologia greco-
latina que, mesmo esta e apesar da proximidade e das inevitáveis influências mútuas
sub-reptícias entre ambas aos longos dos longos tempos pré-históricos, permaneceram
ainda assim diversas no que diz respeito ao nome dos deuses. No entanto, não
reparamos já que mesmo na mesmíssima região mítica os deuses acabaram por revelar
tantos epítetos quanto diversos nomes locais a denotarem a existência de dialectos
regionais nem sempre foneticamente permutáveis? De facto, o único aspecto capaz de

1
http://freepages.history.rootsweb.ancestry.com/~catshaman/22erils1/0runetxt.htm
revelar invariâncias significantes na análise linguística do nome dos deuses é a lógica
que presidiu à sua construção na medida em que se pode inferir que o nome dos deuses
arcaicos eram menos do que isso e pouco mais do que frases invocativa constituindo
como que uma espécie de definição mística da sua funcionalidade particular no vasto,
difuso e pragmático domínio ideológico da mitologia.
Mutinus < Mutunus = A Roman fertility god who was invoked by women
seeking to bear children. He was depicted as ithyphallic or as a phallus. Also the
Roman form (Mutinus) of the Greek Priapus.
Mutinus < Mutu(m)nus
< *Mut-Minus, lit. «Minus o filho da deusa mãe -Mut»!
Ora bem, Mut era nem mais nem menos do que o nome Egípcio da deusa mãe
primordial do silêncio mortal e do parto da aurora. Mutino era o “deus menino” que de
tão inefável ainda não sabia falar!

Figura 6: Pastor em pânico com uma epifania de Pan, o deus cabrão do «caralho» erecto,
ou brincadeira das festas gregas dos rapazes?
Mut era também a esposa de Amom que era igualmente uma forma do antigo
deus Min, o deus do priapismo Egípcio! De resto Mutinos deve ter tido relações
etimológicas com o deus egípcio Montu que as teve seguramente também com
Amom.
Mutinus <= *Mut-Anu = Ma(u)-An-ut > Maun-tu > Montu
> Mean-Chu < Min-Chu (>«Manso»).

Ver: MONTU (***) & MIN (***)


Claro que as analogias da mitologia latina com a egípcia deverão ter ocorrido
por intermediário a antiga cultura minóica, precisamente a terra do culto fálico do
Minotauro!
Por outro lado, o deus Montu / Menthes era um deus caprino como Belzebu e
todos os deuses fálicos e “filhos dum cabrão”!

CATANO & CAETANO


O termo catano encontra-se registado no Dicionário de Expressões Populares
Portuguesas (Lisboa, Ed. Perspectivas & Realidades, 1984), de Guilherme Augusto
Simões (que, por sua vez, remete para O Calão – Dicionário da Gíria Portuguesa, de
Eduardo Nobre, 1980), como sinónimo de «pénis», sendo usado como «expressão de
contrariedade, cujo significado se liga a pénis».
Trata-se, portanto, de uma palavra do domínio do calão, não registada em
nenhum dos dicionários etimológicos, mas a que a Infopédia remete para a palavra
catana — que, por sua vez, é de origem japonesa, segundo o Grande Dicionário
Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa, pois designa um determinado tipo de
espada japonesa. É de referir, no entanto, que a bibliografia específica sobre a
origem das expressões e locuções correntes não contempla o caso da expressão
popular «ir tudo para o catano».
Portanto, não há qualquer relação entre o termo catano e Marcelo Caetano.
Se a Infopédia diz que não há qualquer relação entre o termo catano e Marcelo
Caetano...pé porque não há mesmo!
Mas, que diabo do «catano e do catrino» tem a catana (ainda para mais
japonesa!) a ver com as contrariedades do pénis? A Infopédia desconhece que
«catrino» é uma gíria eufemística alternativa deste calão que por sua vez parece ser
uma alternativa eufemista não ao pénis, que o comum dos falantes do castiço
desconhece, mas do «caraças, carago (do castelhano carajo!, «caramba!») e caralho»!
Mas a que raio foram os falantes tugas buscar o nome de Caetano? À catana japonesa
seguramente que não nem a mais lado algum porque sempre teve por cá pelo menos
desde o tempo dos etruscos que tinham uma deusa lunar e filha do sol nocturno Suri
chamada Cata.
Catha/Kavtha (and other spellings) Goddess who shared cult with Śuri at
Pyrgi. Etruscan inscriptions refer to her as ‘‘daughter,’’ and she has been connected
with a reference in Martianus Capella (Appendix B: Source no. iii.4) to ‘‘the daughter
of the Sun.’’ Colonna 1992, 98–99; de Grummond 2004, 357–361. -- THE RELIGION
OF THE ETRUSCANS, Nancy Thomson de Grummond and Erika Simon.
Cata era a deusa filha do sol dos pequenos passos e das quedas súbitas e não
teria nada de sexual como Tesan, a deusa da aurora e das erecções matinais! No
entanto, enquanto deusa que subia da terra ao 6º céu, era também seguramente uma
deusa do êxtase sexual e filha do sol que mais não era do que o deus do «caralho».
Cath < Catha < Cavtha > Cav(i)tha => Lat. cavu > «cavidade».
«Cauda» < Lat. cauda < Cautha < Ki-a-tu, a que sobe da terra ao seu.
Figura 7: Mysia, Pergamon, cistophoric tetradrachm.
Pois bem, só quem desconhece as “festas dos rapazes” 2 é que não sabe que não
há «caretos» sem «caraças» porque é preciso andar muito beatificado para não dar
conta que o carajo espanhol é o nome do «caralho» em dialecto ibérico porque as
pessoas não escolhem eufemismos ao acaso nem por mera analogia fonética ou pela
rima para ocultarem o nome inefável de divindades místicas. Então, começa a
entender-se melhor o interdito que rodeia alguns termos do calão que não pode ser
meramente explicados por tabus sexuais de origem judaico cristã! Se a «vulva» e o
«pénis» nunca foram inefáveis por serem eruditos demais termos houve, como
«vagina» ou «pila», que nunca tiveram interditos relevantes assim como quase todas as
restantes variantes, ou seja, há calões que são mais chulos que outros!
O hábito de colocar nomes nos órgãos sexuais existe desde que o homem
adquiriu algum tipo de cultura. Os nomes que são dados e falados no dia-a-dia e que
são repassados de "boca em boca" para milhões de pessoas ao redor do mundo, são
considerados parte da cultura popular e de natureza chula, i. e., informal e não
adequados com os "bons costumes" e até imoral do ponto-de-vista de algumas
religiões.
Alguns nomes têm a origem evidente, outros são parte de alguma cultura local
ou parte de algum histórico ou evento não necessariamente identificado. Alguns são
meros trocadilhos e outros apenas alguma provocação com conotação sexual.
Os nomes mais utilizados no cotidiano são estes: buceta, vagina, vulva, xana,
xoxota, piriquita, xereca e perseguida. (A seguir, há uma lista infindável de alguns
nomes conhecidos utilizados para designar o órgão sexual feminino) -- 3
No entanto, desta lista infindável apenas Cona, Conão, Conassa, Conacha são
inefáveis nomes da deusa mãe dos cónios dos Algarves!
O curioso é que em lista idêntica de nomes para pénis de origem brasileira, por
sinal bem menos apetrechada, (sinal da pouca relevância que o machismo brasileiro dá
2
...tão famosas hoje em dia nas feiras das vaidades autárquicas e na banca rota do nacionalismo europeu,
onde as misérias de família duma casa portuguesa feita dum fado da Amália são vendidas a retalho na feira da
ladra de Lisboa à mistura com alheiras de Mirandela!
3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_nomes_populares_para_a_vagina
a este instrumento de trabalho masculino?) não aparecem algumas das variantes mais
fortes para o «caralho» das Caldas, comuns no nordeste transmontano.
Com tanta variedade de nomes que a censura sacra
nunca perseguiu há que suspeitar que o interdito de
alguns termos mais fortes do calão lhes é inerente por um
tabu sexual muito forte de possível origem arcaica
relacionado com a inefabilidade dos antigos cultos de
mistérios que mais não eram que formas evoluídas de
cultas de “festas de rapazes” patrocinadas pelos cultos de
mistérios antigos. Ora este interdito estaria relacionado
com o nome do conteúdo das cestas místicas dos cultos
de mistério que seriam afinal o «caralho, ou seja, o pénis
de Osíris nos mistérios de Ísis, e os falos e omphalos nos
diversos cultos helenísticos.
Cista (or cista mystica), a basket used for housing sacred snakes in connection with
the initiation ceremony into the cult of Bacchus (Dionysus). In the Dionysian mysteries a
serpent, representing the god, was carried in a box called a cista on a bed of vine leaves. This
may be the Cista mentioned by Clement of Alexandria which was exhibited as containing the
phallus of Dionysus. The cista mentioned in the mysteries of Isis may also have held a serpent,
the missing phallus of Osiris. The fertility festival of the women of Arretophoria included
cereal paste images ‘of serpents and forms of men,’ in other words, phallic symbols.

S-ar putea să vă placă și