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Principio da inerência: os direitos reais têm por objeto coisas corpóreas. Existe uma ligação
entre o direito e a coisa sendo usualmente denominado por inerência. Este principio tem 2
facetas: a inseparabilidade do direito e da coisa (se uma se extingue a outra também) e a
faceta que mais revela para o caso: a possibilidade de perseguir a coisa até onde ela for e com
quem ela esteja – a sequela. Quanto a isto JAV não concorda que a sequela esteja associada à
inerência mas sim à absolutidade. Em relação a isto a afirmação de que o direito real é
absoluto está ligado à oponibilidade erga omnes: a absolutidade do direito real advém da
oponibilidade contra qualquer pessoa que o viole ou esteja em condições concretas de o fazer.
É de notar que a posse não tem oponibilidade em duas situações, sendo para o caso, uma
delas relevante: presente no 1281/2 e utilizando um argumento a contrario, a ação de
restituição da posse não pode ser intentada contra terceiro de boa-fé, ou seja, a posse do
possuidor esbulhado não é oponível a terceiro de boa-fé. Quanto a esta questão mais à frente
a discutimos.
Quanto ao segundo requisito: AO critica a formulação do artigo dizendo-nos que ele induz
falsamente a necessidade de uma repetição da atuação material sendo que apenas é
necessário a tomada do controlo material da coisa, que se pode até consumar num único ato.
É necessário que o possuidor esteja (abstratamente) em condições de atuar duradouramente
sobre a coisa, ou seja, de a conservar debaixo do seu poder. Verifica-se, pois, Ana guarda o
colar.
Quanto ao último requisito, pretende-se negar a posse àqueles que praticam atos materiais de
aproveitamento da coisa às escondidas do possuidor, sem que, afastem este do controlo
material. Porem, em todo o caso, o carater oculto da atuação material do agente não obsta à
constituição de uma posse a favor deste, por apossamento, sempre que este envolva a tomada
do controlo material da coisa. Ou seja, se houver corpus possessório este requisito está
preenchido.
PEDRO DE ALBURQUERQUE COMO DEFENDE QUE AS POSSES OCULTAS NÃO SÃO POSSE
PORTANTO NÃO HAVERIA APOSSAMENTO. A POSSE OCULTA SÓ ACONTECE QUANDO
ANTERIORMENTE HOUVE POSSE PUBLICA.
MENEZES LEITÃO:
DUAS FORMA DE ADQUIRIR 1316 SS. A OCUPAÇÃO E ACHAMENTO. A OCUPAÇAO É PARA BENS
SEM DONO, BENS ABANDONADOS; ACHAMENTO – BENS PERDIDOS. COM BASE NO MESMO
PODEREMOS CONCLUIR QUE A POSSE SERIA TITULADA. MAS O ARTIGO 1259/1 DIZ “QUER DA
VALIDADE SUBSTÂNCIAL DO NEG JURIDICO” – TEM DE HAVER NEGÓCIO JURIDICO, NÃO SENDO
O ACHAMENTO OU A OCUPAÇÃO UM NEGÓCIO JURIDICO. POR ESTA HIPÓTESE A POSSE É NÃO
TITULADA.
Quanto a posse ser pública ou oculta a sua distinção encontra-se no artigo 1262. Como Ana
guardou o colar no seu cofre poderíamos concluir que a mesma será oculta porém será que
um homem médio, tendo um colar de perolas não o guardaria no cofre? A posse é publica
quando possa ser conhecida dos interessados. Esta cognoscibilidade resulta de uma
possibilidade efetiva de conhecimento a partir de um comportamento normalmente diligente
em relação à coisa. Questão do homem médio guardar colar de perolas no cofre. Considero
que a posse é publica. Se fosse oculta o prazo de 1 ano estipulado no artigo 1267/1/d só
decorria a partir da posse se tornar conhecida – 1267/2. E o prazo para o possuir intentar as
ações correspondentes apenas se inicia com o conhecimento do esbulho.
O apossamento é uma forma típica de esbulho e este acontece quando existe privação da
coisa por ato de terceiro contra a vontade de possuidor. Já referido, a lei não prevê a extinção
da posse no momento em que o esbulho fica consumado. O possuidor esbulhado só perde a
posse um ano apos o esbulho. Já passou mais de um ano, tendo o possuidor esbulhado
perdido a posse.
DIANA GANHOU A POSSE ATRAVÉS DO ARTIGO 1263/B. POSSE FORMAL, CIVIL (SE REPORTA A
UM DIREITO REAL DE GOZO), EFETIVA (O POSSUIDOR MANTEM O CONTROLO MATERIIAL DA
COISA COM CORPUS POSSESSORIO), TITULADA (POR COMPRA E VENDA), PRESUME-SE DE
BOA-FÉ, PACIFICA, PÚBLICA.