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INTRODUÇÃO
AOS ESTUDOS
HISTÓRICOS
MISSÃO
VISÃO
EDITORIAL
Seja bem-vindo!
Além disso, temos que nos valer dos diversos focos, métodos científicos e abordagens
para que assim saibamos contextualizar e compreender conceitos de tal época e
inclusive suas implicações que até hoje se fazem presente e influente. E necessário
também sabermos contextualizar e diferenciar o olhar presente do olhar do passado.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS 38
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
1 METODOLOGIA DA
HISTÓRIA
Nesta unidade iremos conhecer e compreender o estudo histórico como campo de
saber. Além disso, discutiremos os métodos e modelos de ensino atuais, buscando
trazer uma reflexão acerca da construção do saber histórico.
Atualmente é necessário pensar, analisar e discutir para que possamos dar aos alunos
a capacidade de desenvolverem uma formação crítica. Desta maneira, formaremos
cidadãos críticos, não iremos somente capacitar, mas ampliar, observar, descrever,
identificar semelhanças e diferenças na contextualização de períodos atuais e mais
longínquos, que consigam estabelecer padrões entre o passado e o presente de for-
ma crítica.
No entanto, ainda nos deparamos com a educação tradicional, que se limita ao qua-
dro negro e às aulas expositivas. Com esse método de ensino, é muito provável que
tais alunos se tornem apenas reprodutores de conteúdos, sem análise crítica, pois
além de não ser um método interessante e que chame a atenção dos discentes, é
Hoje em dia a tecnologia chega para agregar valores na construção do saber, porém
ainda é pouco ou mal utilizada. No entanto, também deve se ressaltar que muitas
escolas ou não têm acesso a essas tecnologias, ou não têm professores capacitados
para manuseá-las.
A tecnologia, cada vez mais sofisticada, permite que conexão, comunicação e infor-
mação se tornem instantâneas e acessíveis a todos por meio de celulares, TV, com-
putador e claro a internet. Ainda existe uma discussão sobre essa informação instan-
tânea e acessível, como uma fonte digamos inesgotável nos mais variados assuntos,
ainda não ter sido realmente assimilada, adaptada e muito menos as implicações
que tudo isso pode gerar.
Numa análise detalhada, um ser humano para ser considerado incluso no mundo,
precisa conhecer informações concebidas por ele como importantes. Segundo vários
autores, o conhecimento, é aquilo que dá significado e sentido ao mundo que o ro-
deia.
Diante dessas informações, é notório que o modelo tradicional não atende mais a
demanda educacional. Assim, para a melhor construção de um saber histórico, o
professor deve se embasar em fontes diversas: documentos escritos, literatura, cine-
ma, músicas, fotografia, registros orais, iconografia, quadrinhos, museus, o campo é
amplo.
te aquilo que era moderno, se torna obsoleto, tais questões merecem uma melhor
discussão, pois a educação e as práticas pedagógicas não acompanham essa evolu-
ção.
A educação necessita de uma melhor revisão e análise a fim de alcançar uma maior
aproximação com a tecnologia e com a realidade do aluno, com o intuito de transfor-
mar o aluno em um cidadão crítico para ele que possa se inserir com maior qualida-
de no mercado de trabalho que se encontra em constante transformação.
É preciso criar uma nova forma educacional, a fim de evitar a formação de mais alu-
nos com defasagens; um ambiente propício para a prática do ensino, em que a inte-
ração facilite o aprendizado. Hoje em dia, o estudo a distância também passa a aten-
der uma gama de alunos de várias localidades, oferta aulas em teleconferência com
o intuito de tirar dúvidas. Nessa modalidade de ensino os alunos assistem às aulas,
estudam e tiram suas dúvidas num simples acessar de um computador.
Assim, cabe aos que trabalham com a educação dialogar com o mundo moderno e
como as novas formas de ensino oferecidas nele.
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
2 INTRODUÇÃO DA HISTÓRIA
DA CULTURA MATERIAL
Nesta unidade, iremos conhecer tanto os paradigmas teóricos e metodológicos,
quanto o lugar dos objetos nas relações sociais. Através dos objetos podemos fazer a
contextualização de um período político social e do imaginário social que eles criam.
Também veremos a ligação entre as diversas disciplinas.
Dentre critérios históricos uma divisão em partes, pois a História da cultura material
se assemelha à História da cultura, da política e das mentalidades. Se a história políti-
ca aborda as relações de poder e a cultura e a história cultural, o imaginário, a história
da cultura material traz a própria vida material dos homens que vivem em sociedade,
incluindo objetos que constituem a base material gerida, organizada em sociedades
que vão de utensílios e habitação até alimentos.
É válido salientar que o estudo não se encontra nos objetos, e sim no seu uso, no valor
econômico e na própria cultura.
Aos olhos do historiador não esta, por exemplo, o estudo não está no tecido em si,
mas no vestuário, na moda da época, e até mesmo na política que pode interferir
quanto ao estilo de vestimenta que pode ser usado por uma classe e não por outra,
nos mostrando a diferença social numa comunidade, bem como sua tendência po-
lítica.
alimentação, aos bens, aos móveis e também aos grupos sociais que se estuda.
Desta forma, o historiador a partir destas informações pode ter condições de fazer
análises necessárias ao seu estudo.
Tomemos como exemplo que ao se estudar cidades muradas, muito comuns na ida-
de média e início da idade moderna, o historiador pode ter a compreensão desta so-
ciedade, como é viver em cidades muradas, seus medos, suas rotinas, qual segurança
é passada aos moradores frente aos riscos. Nos casos de cidades que são abertas,
existirão características muito diferentes.
Ao beber da história econômica, a história material irá focar nas ferramentas, no ma-
quinário, na matéria-prima, nos meios e instrumentos de produção e na moeda.
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
3 HISTÓRIA IBÉRICA
Nesta unidade, veremos a formação da Península Ibérica, os povos que se constituí-
ram, as invasões e dominações que ajudaram a forjar a região, a formação dos Esta-
dos Nacionais, o papel primordial da realeza e as grandes expansões marítimas.
Contudo, com a queda do império Romano, a Igreja Católica foi o elo que restou, a
partir daí o crescimento de poder e riqueza aumentou vertiginosamente.
Porém, isso não trouxe calmaria quanto aos territórios e reinos na região destinada,
onde hoje é a Espanha. Inicialmente tal fato se deu, pois até então Portugal era su-
bordinado aos reinos de Leão e Castela, onde D. Afonso era um mero conde portuca-
lense.
Mas quando houve união dos reis, se tornando o Reino da Espanha, a estabilidade
tomou conta região. Desta forma, Portugal e Espanha se tornam os primeiros Estados
Nacionais.
Com união entre realeza e burguesia aliada ao conhecimento do obtido pelos muçul-
manos, puderam sair através do Atlântico, fazendo a chamada Grandes Navegações.
A formação de um território unificado tem o Rei como chefe absoluto, onde ele era
a lei e se baseava na teoria do direito divino. A língua e a moeda unificada trouxeram
certa soberania entre os súditos como as outras nações.
feudos, que continuaram a existir, mas todos eram vassalos do Rei. Em muitos casos,
certos reis eram tidos como milagreiros devido ao cargo divino.
Outro fator que contribuía para o poder do rei era ter uma economia exercida pela
burguesia, que trazia maior circulação de moedas através do comércio. Foi baseado
nessa ideia que começaram a buscar produtos em locais longínquos a fim de encon-
trar produtos e metais preciosos através da navegação.
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
4 AMÉRICA PORTUGUESA
(BRASIL COLÔNIA)
Nesta unidade, vamos conhecer o processo da conquista do território brasileiro, con-
textualizar o período e os motivos da colonização portuguesa nos Séculos XVI e XVII,
além de analisar as relações entre Metrópole e Colônia e as relações sociais e econô-
micas do Brasil Colonial.
Apesar do domínio das costas africanas, da “rota da seda”, a Espanha havia chegado
antes nas Américas e tomado a maior parte da região, além da descoberta do ouro
e da prata.
Bula Papal inter coetera 1492 – Além das posses obtidas por Portugal e Espanha
não terem limites próprios estabelecidos, e países como França e Inglaterra também
exigirem direitos, havia um risco iminente de possíveis embates entre os países ibé-
ricos e a possibilidade de posses de franceses e ingleses. O Papa intervém e além de
impor limites territoriais, justifica: ”Sem uma boa catequização não pode haver uma
boa colonização”. O intuito era evitar o embate de dois países católicos, que ao invés
de lutarem deveriam se espalhar nas conquistas, disseminar a fé cristã, evitando que
países Protestantes tivessem domínios territoriais.
A realeza nunca quis desembolsar nada para colonizar o novo mundo, a melhor ma-
neira era convencer pequenos nobres, judeus que se tornaram cristãos novos e perse-
guidos a investirem no novo mundo, com a promessa de uma vida melhor.
Semelhante, mas não igual ao Feudalismo, terras eram cortadas virtualmente do in-
terior ao litoral, onde o poder era exercido pelo Capitão donatário a fim de controlar
custos, colonizar, povoar e gerar produção.
4.1.3 FORAL
4.1.4 SESMARIAS
Tanto a cultura negra como a nativa contribuiu na inserção de sua cultura na região,
além de miscigenarem através de relações que geravam filhos. A partir do século XVI,
a chegada africana se deu na casa dos milhões.
O objetivo em se ter uma colônia é que esta possa trazer lucros à metrópole por meio
da extensão do reino no além-mar. Com isso, Portugal se utiliza do Pacto colonial que
visa proibir a liberdade comercial com outras regiões, podendo apenas comercializar
com a Metrópole. Desta forma, a metrópole compra matéria-prima da colônia de
forma bem mais barata que a venda da produção da manufatura para a colônia. Para
fazer a colônia dependente da metrópole, é proibido que a colônia se torne autossu-
ficiente.
Ainda nos dias atuais, o Brasil vive e depende das suas exportações de matérias-pri-
mas, o uso do plantation e a compra da sua matéria-prima em formas de maquinofa-
tura. Essas práticas estão interligaras no processo político econômico do Absolutismo
e Mercantilismo.
Diferente da Espanha, Portugal não encontra metais preciosos em suas áreas de do-
mínio, e sim produtos e especiarias que não são existentes na Europa.
Num sistema escravista, o racismo é aberto e usado pra justificar a exploração destes
como sósias e não como pessoas e assim, são tidos como seres inferiores, sem alma.
Na verdade não é o racismo que cria a escravidão e sim o contrário.
O surgimento de poderes paralelos, exercidos pelos senhores de terras era até uma
coisa natural, devido à distância da Metrópole para exercer uma total vigilância, a
própria realeza fazia vista grossa, pois, de certa forma, estes donos de terras além de
produzirem, exerciam a ordem em seus domínios.
Ainda em dias atuais, os grandes proprietários de terras exercem este mesmo poder.
Nesse momento colonial a região nordeste se destaca, por exemplo, a Bahia e Per-
nambuco, Salvador inclusive é a capital da colônia.
Outro fator a destacar é o não conhecimento total da colônia ainda sendo desbra-
vada. No início da colonização do Brasil, chegou-se a ter uma ideia de que a região
poderia ser o Éden, devido à colorida e diversificada fauna e flora, além da pureza dos
Desta maneira, neste primeiro momento, o Império luso além-mar segue proporcio-
nando altos lucros através do monopólio do açúcar.
Na Europa, o açúcar era procurado desde a antiguidade, por isso, sempre teve valor
elevado, agora, em grande quantidade, é acessível a mais pessoas, mas ainda é um
produto da elite, utilizado durante reuniões consideradas especiais, como remédio e
como bem em testamentos. Ter dentes podres era sinônimo de status sociais, pois se
o açúcar estraga os dentes e nem todos têm acesso, denotava poder e riqueza.
Outro ponto importante é que existia uma necessidade de povoar o novo mundo e
tendo em vista que Portugal é menor do que vários Estados brasileiros, o povoamen-
to se dava pela mestiçagem e também por degredos muitas vezes exercidos pela
Inquisição e uma frase era muito comum: ”Deus me livre do Brasil.”.
Além disso, os membros do clero pediam ao Rei por meio de cartas que mandasse
mulheres brancas e cristãs, pois os costumes nativos eram muito mais liberais que a
cultura cristã europeia. Havia relação sem casamento, amancebamentos e filhos fora
do casamento ou sem a prática deste, o que fez se eternizar outra frase: ”Não existe
pecado abaixo da linha do Equador”, sendo até frase de música no Século XX.
OBJETIVO
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que possa:
5 HISTÓRIA MEDIEVAL
Nesta unidade, iremos estudar e compreender o processo de formação do período
denominado como Medieval ou Feudalismo, o processo histórico e a visão desta de-
terminada época de forma criticável contextualizada.
É necessário lembrar que somos filhos de nosso tempo, e que as pessoas da Era Me-
dieval, eram como nós vivendo de acordo com seu período e também se considera-
vam modernos. Portanto o que seria essa Idade Média?
Bem, se voltarmos há mais de 1500 anos, na Europa, a paisagem era inversa aos dias
atuais, as cidades eram pequenas exceções em um “mar vegetal”, portanto a relação
do homem com a natureza era extremamente interligada a cultura, a economia, a
religião e a própria sobrevivência.
O Império Romano do Ocidente teve como uma das principais causas de sua queda
as invasões bárbaras protagonizadas pelos povos germânicos que habitavam a região
a leste das fronteiras do Império. Ao lado da decadência da economia escravista e
da desestruturação militar, as invasões bárbaras foram apontadas por historiadores
como um dos principais processos que levaram ao fim do maior império da Antigui-
Outro laço muito forte deste período é a religião, no caso o Cristianismo, esse vínculo,
faz da Igreja Católica a Instituição mais poderosa do Sistema Feudal.
As artes medievais eram uma forma de propaganda religiosa de como ser um bom
cristão. O conhecimento era restrito a alta casta do clero, as demais pessoas eram
literalmente analfabetas, a única informação que tinham vinha da Igreja de onde se
baseavam as leis, os costumes cotidianos e os rituais.
Desta forma, a hierarquia social tinha uma justificativa religiosa e a definição social
era rígida e imutável.
A higiene era pouco recomendada pela própria igreja, chegando de um a dois ba-
nhos por ano, a mulher era vista como a pior tentação e era pouco respeitada por
ser descendente de Eva, a Igreja financiava prostíbulos com o intuito de preservar as
mulheres ditas de bem, para que não caíssem no pecado, já que o sexo era o pecado
mais mortal de todos e por isso todos já nasciam pecadores.
Morar num feudo era sinônimo de proteção contra a fome, guerra e peste, e geral-
mente mal se saiam de lá, era considerado um grande perigo. Outro fato, é que não
existia a ideia de indivíduo, todos eram fiéis à Igreja, ou servo e vassalo de um Senhor
e ao Rei.
Corveia - Trabalho feito nas terras onde morava o senhor feudal durante 3 a 4 dias.
Manso comunal - Parte do Feudo onde era comum o encontro da nobreza que iam
caçar cavalgar e os servos trabalharem.
Manso laborial - Local onde os servos moravam, trabalhavam e faziam suas trocas de
produtos com outros servos.
produtivo não tinha como finalidade a troca mas sim a venda, já que o necessário já
estava garantido.
OBJETIVO
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que possa:
6 IDADE MODERNA
Nesta unidade vamos compreender a formação dos estados nacionais na Europa, a
partir dos processos culturais e religiosos. Além disso, vamos conhecer as principais
razões da Reforma Protestante.
A centralização dos novos Estados Nacionais, no entanto, não pode ser compreendida
sem levar em consideração, também, a discussão sobre a humanidade americana e
seus consequentes resultados políticos que repercutirá profundamente no contexto
da disputa colonial e no ideário político da Europa ocidental durante a formação dos
Estados europeus. Entre Espanha e França (onde se travou a primeira grande disputa
pela hegemonia europeia no momento de formação dos Estados modernos), antes;
no florescimento da refinada civilização holandesa do Seiscentos (fundamentada na
predominância comercial) e nas revolucionárias mudanças econômicas, políticas e
sociais da Inglaterra entre os séculos XVII e XVIII (aviamento de uma inédita revolução
industrial), depois; a América manterá uma função interlocutória fundamental para
a elaboração de um novo ideário político que devia transformar profundamente a
história europeia e que, ao mesmo tempo, resultará na “europeização” do mundo e
na “mundialização” da história. Nessa perspectiva e a partir de sua contextualização
histórica serão analisados, por consequência, os temas historiográficos do Antigo Re-
gime, do Iluminismo e da Revolução. Tratará, portanto, de estudar o processo de de-
sagregação e transformação que atingiu o mundo ocidental na segunda metade do
século XVIII e que redimensionou ou alterou profundamente a política, a economia,
a sociedade, as idéias e a mentalidade do homem moderno. No entanto, essas trans-
formações já vinham acontecendo e acabando por se vingar e posteriormente, com
as transformações no Sistema Feudal, além das transformações que ainda viriam a
prosperar na Europa, levou à queda do Sistema Feudal.
6.2 RENASCIMENTO
Os valores da antiguidade clássica são retomamos por artistas e escritores que con-
cordavam que tais valores eram superiores ao de seu período.
Assim, acreditavam que tudo tinha uma explicação lógica e científica, sendo tais
ideais propícios para o desenvolvimento da experiência científica e do pensamento
racional e lógico, batendo de frente com os ideais pregados pela Igreja.
Esse período do Século XIV é conhecido como a Baixa Idade Média. A Igreja sendo
criticada e perdendo seu poder hegemônico obtido como o Feudalismo, as diversas
mudanças também contribuíram para a perda de força dos senhores feudais, mas,
duas classes se sentem insatisfeitas: a realeza (por querer mais poderes) e os burgue-
ses (que almejavam maior expansão comercial travada pelo Sistema Feudal) que fa-
zem uma união de interesses, o Rei apoiaria os burgueses contra os senhores feudais
que os queria como servos, e os burgueses financiariam o poder Real em troca de
comércios lucrativos, assim se dá o processo dos Estados Modernos.
Antes deste período, existiram Cidades-Estados, Impérios, Reinos, porém não havia a
concepção de Estado no formato como concebemos hoje.
Para que se tornasse possível a formação dos Estados Nacionais, era necessário ter
uma política e uma economia definida.
6.3.1 ABSOLUTISMO
• Poder absoluto nas mãos do Rei. Apesar da ainda existência dos feudos, to-
dos são vassalos do Rei. Por isso, os países surgidos são também chamados
de Monarquias Nacionais.
6.3.2 MERCANTILISMO
• Protecionismo econômico.
• Monopólio comercial.
• Vendas de indulgências.
• Simonia.
Desta maneira, parte do Clero insatisfeito, pedia uma reforma religiosa, prontamente
negada, pois a igreja não acompanhava os novos tempos.
Assim, após algumas propostas de reforma negada, muitos clérigos saíram Protes-
tando, ganhando a alcunha de protestantes. Dois clérigos se destacam, Martinho Lu-
tero e João Calvino. É válido lembrar que quem contrariasse a Igreja era tido como
herege e poderia ser punido pela Inquisição.
Assim, Lutero afixa um cartaz com 95 teses em contrariedade com a postura da Igre-
ja. Ele acaba se refugiando em território alemão, onde foi protegido por um nobre, a
nobreza alemã via com bons olhos, pois adquiririam os territórios pertencidos à Igreja.
• Fim do celibato.
• Teoria da Predestinação.
João Calvino também contribui com suas ideias, inicialmente na França e depois foge
para Suíça, seu país de origem. As ideias atraíram grandes burgueses e Monarquias.
6.4.1.1 ANGLICANISMO
Seu desejo era casar-se com Ana Bolena, com o objetivo de ter um filho homem.
Assim, ignora a negativa da Igreja, rompe laços e cria o Anglicanismo, que na verdade
era uma mistura de protestantismo e catolicismo, em que o Rei era o chefe da Igreja,
além de retirar as terras da Igreja Católica e repassá-las aos nobres.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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