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pos)”

Luiz Fernando Rodrigues Torres, 33°


Soberano Grande Comendador

É Possível ?

A
s pessoas de bem assistem, incrédulos, à paga multa, salvo as de trânsito, quando têm as via-
crescente corrupção que assola nosso país. turas apreendidas.
É mais do que vergonhoso, constitui-se em Quando e de que modo veremos reações firmemente
um portentoso atentado ao progresso e à contrárias a tal estado caótico de coisas?
emancipação da multidão de pobres e miseráveis
que a tudo assistem sem esperanças de redenção. Vem-me à mente a curiosa revolta do vintém, quan-
do parte da população carioca se rebelou contra o
A corrupção não é fenômeno endêmico, ao revés é aumento no preço dos bondes. Tiveram que voltar
epidêmico, atingindo a todo o globo terrestre. Em atrás. Eis o que falta: indignação e revolta. Não é
outros países, entretanto, há punições severas, o que possível lermos, diariamente, as manchetes jornalís-
não acontece no Brasil, salvo quanto aos pequenos ticas divulgando roubos de dinheiro e bens públicos;
delinqüentes. apropriações de imóveis pertencentes à União, aos
Leis frouxas ou imperfeitas. Agentes da lei ineficien- Estados e aos Municípios; escroquerias de toda a sor-
tes ou, também corruptos. Juizes e Tribunais con- te; mensalões e outros mais, sem nos escandalizar-
descendentes. Advogados sumamente habilidosos. mos e exigirmos um basta.
Afinal, de quem a responsabilidade? Acredito que nós, Maçons, temos um dever maior,
Exacerbar, ao extremo, as punições, a exemplo de pa- pois, a par do amor à nacionalidade e aos nossos fi-
íses fortemente fanáticos, não é aconselhável, sob pe- lhos e netos, somos Defensores da Humanidade.
na de termos de suportar grande parte de indivíduos De nosso seio, de nossas lideranças, de nossas Lojas,
manetas. Algo, porém, tem de ser feito, sob pena de de nossas almas devem partir o brado de CHEGA!
inviabilizarmos o futuro que legaremos aos nossos
descendentes. É possível que de nosso exemplo, de nossas atitudes,
de nossa luta surja um panorama melhor para a nos-
Nota-se, aqui e ali, algumas ações tendentes a coibir sa sociedade, para o nosso Brasil e para o Mundo.
tais práticas de corrupção.
É possível....
A polícia federal, o M.P. denuncia alguns juizes, bem
intencionados prendem, julgam e sentenciam; ad-
ministradores multam. Logo, porém, outros juizes,
alguns de maior instância ordenam as solturas ou

modificam as decisões judiciais inferiores. Ninguém
VII Reunião de Soberanos Grandes
Comendadores de America do Sul

Rui Silvio Stragliotto, 33º


Membro Emérito
Eduardo E. Paradis, 33º, Sobera- Uruguai, o Sob\Gr\ Com\
no Grande Comendador da Ar- Pedro Retamoso, 33º; da Bolívia,
O Supremo Conselho do Grau gentina, e sua dinâmica equipe. Sob\ Gr\ Com\ Manuel Con-
33º para a República Argentina treras Villalva, 33º; do Equador,
Estiveram presentes além do
foi o anfitrião, e Buenos Aires a Sob\ Gr\ Com\ Guilermo
Sob:.Gr:.Comendador anfitrião,
sede da VII Reunião de Sobera- Eloy Campana Arévalo, 33º; e
e do Ilustre e Poderoso Ir\ Luiz
nos Grandes Comendadores da suas delegações. Os Supremos
Fernando Rodrigues Torres,
América do Sul, ocorrida em 11 Conselhos da França, Inglaterra e
33º, Sob\ Gr\ Comendador
e 12 de setembro de 2008. País de Gales, se fizeram repre-
do nosso Supremo Conselho,
O evento se desenvolveu no Ho- com suas respectivas comiti- sentar pelos IIl\ e PPod\ Irmãos
tel Claridge, onde as delegações vas, os Supremos Conselhos: do Diego de Lora, 33º, e Mungo
foram fraternalmente recep- Paraguai, o Sob\ Gr\ Com\ Luckhart, 33º, respectivamente.
cionadas pelo Il\ e Pod\ Ir\ Jorge A. Goldenberg, 33º; do Riquíssimo temário constituiu
a pauta, com teses apresentadas
pelos Supremos Conselhos da
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,
Paraguai e Uruguai.
O “Sesquicentenário del Supre-
mo Consejo del Gr:.33º para la
República Argentina”
Concomitante ao evento, foi ce-
lebrado o 150º Aniversário de
Fundação do Supremo Conse-
lho para a República Argentina.
Muitas foram as justas e me-
recidas homenagens prestadas


àquele Alto Corpo da Maçonaria
Universal e seu Soberano Gran-
de Comendador, Il\ e Pod\ Ir\
Eduardo E. Paradis, 33º.
tagonistas do fato. Na ocasião, de despedida, marcado pelo sen-
o Sob\ Gr\ Com\ Eduardo timento fraterno.
No Grande Templo, sede da E. Paradis, 33º, recebeu as ma- A comitiva do Sob\ Gr\ Com\
Maçonaria Argentina, a 12 de nifestações e o júbilo dos Supre- Luiz Fernando Rodrigues Tor-
setembro, foi realizada Sessão mos Conselhos presentes, bem res, 33º, foi integrada pelos
Magna no Grau 4º, inaugurando como manifestou sua gratidão a Ilustres e Poderosos Irmãos João
os festejos do Sesquicentenário, todos os presente. Antonio Aidar Coelho, 33º,
oportunidade em que foi resga- Na noite do dia 13, nos salões Membro Efetivo e Grande Ins-
tada historicamente a época da do Claridge Hotel, ocorreu o petor Litúrgico Inspetor Litúrgi-
fundação, com póstumas home- Grande e requintado Banquete co da 1ª Região Litúrgica de São
nagens aos articuladores e pro- Paulo; Victor Conde do Nasci-
mento, 33º, Grande Inspetor Li-
túrgico da 5ª Região Litúrgica de
São Paulo; e Paulo Roberto Pi-
than Flores, 33º, Grande Inspe-
tor Litúrgico da 7ª Região Litúr-
gica do Rio Grande do Sul.
Acompanhando nosso Supremo
Conselho e o Soberano Grande
Comendador, esteve a Grande
Loja Maçônica do Estado do Rio
Grande do Sul, por seu então
Grão-Mestre, Il\ e Pod\ Ir\
Rui Silvio Stragliotto, 33º, Vi-
ce-Presidente da V Zona da Con-
federação Maçônica Interameri-


cana, e que é Membro Emérito
do nosso Supremo Conselho.
SGC Luiz Fernando Rodrigues Torres,
33º acompanhado de seu filho Luiz
Alberto, nora e neta.

SGC Luiz Fernando Rodrigues Torres, 33º, Ir\ Ruy Rocha de Macedo, 33º,
Sereníssimo Grão-Mestre - GO, Antônio Uchôa Sobrinho, 33º, Vereador
em Goiânia, e Ir\ Licínio Leal Barbosa, 33º , Membro Efetivo e Sob\ Gr\
Inspetor Litúrgico - GO.

Esplendor Maçônico em Goiânia


Licínio Leal Barbosa, 33º
Membro Efetivo e Sob\G\ Inspetor Litúrgico - Goiás

Cumpriu-se com magnificência Pinheiro, 33º, Grande Secretá- bre o tema: “A Universalidade do
a programação estabelecida pe- rio Geral do S\ I\. Grau de Cavaleiro Rosa Cruz”.
la Inspetoria Litúrgica de Goiás, No dia 8, às 19:30 horas, reali- Seja-me permitido transcrever o
para as homenagens prestadas zou-se, com as pompas dos Ri- tópico final dessa fulgurante pe-
ao SGC Luiz Fernando Rodri- tuais, a sagração, pelo SGC Luiz ça oratória:
gues Torres, 33º, nos dias 7 à Fernando Rodrigues Torres, “Se a Maçonaria fora simples-
11 de agosto de 2008. O Ilustre 33º, do Templo da Excelsa Loja mente uma instituição cristã,
prócer maçônico viajou àquela de Perfeição “Segredo e Virtude”, não poderiam os judeus, muçul-
metrópole para receber a outorga cerimônia seguida pelo belo ri- manos, budistas e bramanistas
do Título de Cidadão Goianien- tual de Iniciação de 38 Mestres participarem da sua iluminação.
se, que lhe foi conferido pela Câ- Maçons no Grau 4 - Mestre Sem dúvida, a Maçonaria orgu-
mara Municipal da Cidade. Secreto, também presidida pelo lha-se de ser universal porque
Na tarde do dia 7, o Aeropor- Soberano Grande Comendador. em sua linguagem podem con-
to Santa Genoveva foi palco da No dia 9, foi a vez de o Templo versar os cidadãos de todas as
calorosa recepção, em Sala VIP, do Sublime Capítulo Rosa Cruz religiões, porque ante seu altar,
prestada àquele insigne Obrei- “Goiânia” receber sua sagração, os homens pertencentes a todas
ro da Arte Real e sua Comitiva, seguida da belíssima palestra pro- as religiões podem ajoelhar-se, e,


composta pelos Ilustres IIr\ ferida pelo insigne Ir\ Paulo Fer- porque seu Credo pode ser subs-
Jorge Luiz de Andrade Lins, nandes da Silveira, 33.º Membro crito pelos discípulos de todas as
33º, Grande Ministro de Esta- Efetivo e Sob\ Gr\ Inspetor Li- crenças.”
do e Adélman de Jesus França túrgico do Distrito Federal, so-
Às 15:00 horas, transcorreu
um dos pontos altos da Progra-
mação: O SGC Luiz Fernando
Rodrigues Torres, 33º presidiu
a solenidade de Investidura no
Grau 33 de 24 Irmãos que se
haviam preparado longamente
para chegarem ao topo da Esca-
da de Jacó, quando se tornaram
Grandes Inspetores Gerais da
Sublime Arte Real.
A solenidade de Investidura no
Grau 33 foi seguida de edifican-
te palestra, proferida de impro-
viso, pelo sapiente Ir\ Wilson
Filomeno, 33º, Membro Efetivo Foto oficial da Investidura do Grau
e Past Grão-Mestre da Grande Lo- 33 de vinte e quatro novos Inspetores
Machado, Prefeito Municipal
ja Maçônica de Santa Catarina. Gerais da Ordem
de Goiânia; do Deputado Ir\
Encerrando as atividades deste Jardel Seba,33º, Presidente da
histórico dia, foi servido um Ága- Assembléia Legislativa do Esta-
pe de Confraternização no Salão do de Goiás; do Exmo. Vereador
de Eventos “Sob\ Gr\ Comen- Ir\ Antônio Uchôa Sobrinho,
dador Luiz Fernando Rodrigues 33º,e de numeroso contingente
Torres, 33º”, no 1.º andar do Pa- oriundo do Povo Maçônico de
lácio “Mário Behring”. Registrou- Goiás, que prestigiaram a ou-
se a presença de 150 Obreiros do torga do título de Cidadão Goia-
Filosofismo, acompanhados de nense, que foi conferido pela
seus familiares. Câmara Municipal da Cidade ao
No dia 11, às 20:00 horas, en- SGC Luiz Fernando Rodrigues
cerrou-se o Evento com chave Torres, 33º, pelo Vereador.
de ouro, na Câmara Municipal,
com presença de representantes
do Exmo. Sr. Alcides Rodrigues,
Governador do Estado de Goi-
ás; do Exmo. Sr. Íris Rezende SGC Luiz Fernando Rodrigues
Torres, 33º e Antônio Uchôa
Sobrinho, Vereador em Goiânia

SGC Luiz Fernando Rodrigues


Torres, 33º com sobrinhos da
Ordem DeMolay e sobrinhas da
Ordem Internacional das Filhas
de Jó.


Posse e Coração
de Membro Efetivo
para São Paulo
Sob a liderança dinâmica do nos-
so Soberano Grande Comenda-
dor Luiz Fernando Rodrigues
Torres, 33º, o Supremo Conse-
lho recebeu, no dia 26 de junho
de 2008, em seu quadro de Mem-
bros Efetivos, o Ilustre e Poderoso
Irmão João Antonio Aidar Coe-
lho, 33º, Inspetor Litúrgico para
a 1ª Região do Estado de São Pau-
lo. Sua posse e coroação augu-
ra continuado sucesso em sua ju-
risdição, dando aos valorosos Ir-
mãos paulistas, através do Irmão

EVENTOS Aidar, um representante a altura


do Estado de São Paulo, junto ao
Sacro Colégio.

Homenagem ao
Supremo Conselho GM de São Paulo
tem novo Membro Serenísimo Grão-Mestre da M\
Efetivo R\ Grande Loja Maçônica do Es-
tado de São Paulo, Ir\ Francisco
Em reunião do Sacro Colégio do Gomes dos Santos, 33º, recebe da
dia 18 de setembro de 2008, foi 5ª Inspetoria Litúrgica do Estado
Roilton Cunha, 33º Empossado e Coroado o Ilustre de São Paulo. Em 3 de outubro
e Poderoso Irmão Maurício Soa- de 2008, a Comenda da Ordem
res, 33º, Grande Tesoureiro Ad- da Luz, que foi entregue em even-
junto do Supremo Conselho. to que contou com a presença de
autoridades da Grande Loja e do
Supremo Conselho.


Banquete
Ritualístico em
Loja de Perfeição
Com o intuito de celebrar da
melhor forma o Dia do Ma-
çom a Excelsa Loja de Perfeição
“Frei Caneca”, ao Vale de Jaca-
repaguá, 1ª Região Litúrgica / RJ
- presidida pelo T\V\P\M\
Sérgio Antonio Medeiros Viei-
ra, 33º, presenteou seus Obrei-
ros e a Alta Administração do
Supremo Conselho do Grau 33
do R\E\A\A\ da Maçonaria
para a República Federativa do
Brasil com um belíssimo Ban-
quete Ritualístico. O concorri-
do evento aconteceu no dia 28
de agosto de 2008, no auditório
“Venancio Igrejas”.


Dignitários do Grande Oriente do Brasil
regularizados nos Graus Filosóficos
do R\E\A\A\
No dia 24 de julho de 2008 foi do Grau 33 do R\E\A\A\ da
regularizado durante uma Ceri- Maçonaria para a República Fede-
mônia de Investidura ao Grau rativa do Brasil durante uma Ce-
33 o Ir\ Waldemar Alberto rimônia de Investidura ao Grau
Chaves Coelho, 33º, Eminente 33, os IIr\ José Odair Pereira
Grão-Mestre do Grande Oriente Diniz, 33º, Fernando Tullio Co- ro) e Plínio Bolívar de Almei-
do Brasil - Pará. lacioppo Júnior, 33º (Grande Se- da, 33º, que na foto acima estão
............................................ cretário de Relações Exteriores do acompanhados do SGC Luiz Fer-
Grande Oriente do Brasil), Edu- nando Rodrigues Torres, 33º, e
Meses depois, no dia 22 de No-
ardo Gomes de Souza, 33º (Emi- do Ir. Rui Silvio Stragliotto, 33º
vembro de 2008, foram regula-
nente Grão Mestre do Grande (então Sereníssimo Grão-Mestre
rizados no Supremo Conselho
Oriente do Brasil - Rio de Janei- da GLMERGS).

Investidura de 16 novos Inspetores


Gerais da Ordem no Rio de Janeiro
No dia 24 de julho de 2008, nos- Conselho, e também o Ir\Wal-
so Supremo Conselho realizou demar Alberto Chaves Coelho,
uma Cerimônia de Investidura 33 º, Eminente Grão-Mestre do
ao Grau 33 de dezesseis novos GOB-PA.
Inspetores Gerais da Ordem no Parabéns aos novos Inspetores
Templo Nobre do Supremo Con- Gerais da Ordem do Supremo
selho. Dentre os Irmãos Investi- Conselho do Grau 33 do R\E\
dos, destacamos o Ir\ Antônio A\A\ da Maçonaria para a Re-
Sodré Brandão, 33º, um valo- pública Federativa do Brasil !

 roso e muito querido Irmão que


durante mais de vinte anos foi o
fotográfo oficial deste Supremo
Na página seguinte, algumas fo-
tos do evento.
Na foto acima, a turma
dos novos investidos no
Grau 33º em 24 de junho
de 2008.
Na foto do meio, os
novos IInsp LLit, o SGC
e Membros Efetivos.
Na foto abaixo,
o Ir Antonio Sodré
Brandão, 33º ladeado
pelos IIr Adélman de
Jesus França Pinheiro,
33º, Gr Sec do SI e Luiz
Fernando Rodrigues
Torres, 33º, SGC


1

Cidadão Benemérito
Juliano Coelho, 15º

2 O Supremo Conselho do Grau


33 do R\E\A\A\ da Maçona-
ria para a República Federativa
do Brasil teve a honra de receber
no dia 25 de Setembro de 2008,
no Auditório Venâncio Igrejas,
vários Irmãos e amigos na so-
lenidade de entrega do título de
Cidadão Benemérito do Municí-
pio do Rio de Janeiro ao Ilustre e
Poderoso Irmão Luiz Fernando
Rodrigues Torres, 33º, Soberano
Grande Comendador, por inicia-
tiva do Excelentíssimo Sr. Vere-
ador S. Ferraz. O evento con-
tou com a presença de mais de
200 convidados, destacando as
seguintes presenças: Sérgio Mu-
niz Gianórdoli, 33º, Grão Mes-
tre da Mui Respeitável Grande
Loja Maçônica do Estado do Es-

10
pírito Santo; João Guilherme
da Cruz Ribeiro, 4º, Deputado
do Grande Sumo Sacerdote Ge-
ral Internacional para a América

3
Latina; Nei Inocêncio dos San-
tos, 33º; Carlos Roberto Roque,
33º, Sob\ Gr\ Insp\ Lit\ 1ª
Região, Minas Gerais; Joao An-
tonio Aidar Coelho, 33º, Sob\
Gr\ Insp\ Lit\ – 1ª Região,
São Paulo; e Walmir Santana
Bandeira de Souza, 33º, Gr\
Insp\ Lit\ – 1ª Região, Pará,
Jovens DeMolays, Filhas de Jó,
cunhadas da Estrela do Oriente,
familiares, dentre outros Gran-
des Dignitários de nossa Ordem
que nos brindaram com suas
presenças.
Agradecemos, sensibilizados, a
presença dos ilustres convidados
e também aos funcionários do
Supremo Conselho. Todos au-
xiliaram com zelo e boa vonta-
de na organização deste evento
significativo para nossa Cidade e
para a Maçonaria Brasileira.

11
P
ara nós, foi uma surpresa. ..............................................
A platéia lotava o Auditório De certa forma eu me considero
Venâncio Igrejas para teste- um animal em extinção: sou cario-
munhar a homenagem da

Por um triz
ca. E me orgulho disto, como todo
Câmara Municipal do Rio de Janei- bom cidadão se orgulha de sua ter-
ro ao Soberano Grande Comenda- ra. Pertenço à cidade que foi o berço
dor, Ir∴ Luiz Fernando Rodrigues histórico do Brasil, ao centro que o
João Guilherme C. Ribeiro, 4º Torres, que receberia o título de Ci- manteve unido como nação e onde
dadão Benemérito do Município do aconteceram grandes manifestações
Rio de Janeiro. Porém nenhum de políticas e culturais, talvez as mais
nós suspeitava de que testemunha- importantes.
ria uma revelação histórica naquela
noite. A Baía de Guanabara foi descober-
ta pelo navegador Gaspar de Lemos
Permitam que antes eu divague um
pouco. É necessário
para que se avalie me-
lhor a extensão daquela
revelação, sob pena de
não entender o contex-
to ou o mérito do agra-
ciado.

Mapa antigo do Rio de


Janeiro, onde aparece a

12 Cidade de São Sebastião,


conservado na Biblioteca
de Ajuda, em Lisboa,
Portugal.
Apenas seis cidades do Brasil colonial
seriam distinguidas com brasões, como
mostravam as célebres Estampas
Eucalol. Encartadas em sabonetes, de
1930 a 1960, hoje têm apaixonados
colecionadores e foram o encanto
da criançada numa época de poucas
opções de informação.

em 1º de janeiro de 1502. Julgan-


do que a grande baía fosse a foz de
um rio e, obedecendo ao costume de
relacionar os locais descobertos ao
calendário, denominou o local Rio
de Janeiro – daí sendo os habitan-
tes do Estado denominados de flu-
minenses, de flumen, fluminis, rio
em latim.
A Cidade de São Sebastião do Rio
de Janeiro – assim canonicamente
denominada em honra a seu Patro-
no – foi fundada em 1º de março de
1565 por Estácio de Sá, em sua lu-
ta para expulsar os franceses que há
dez anos ocupavam o lugar. Neste
mesmo ano de 1565, a pequena vi-
la recebeu seu brasão, o segundo de
uma cidade do Brasil Colonial. O
primeiro, de S. Salvador da Bahia,
data de 1549. Somente mais qua-
tro cidades da colônia teriam bra-
sões portugueses.
Em 1763, o Marquês de Pombal ral. E tenho, principalmente, con-
orgulhosa cidade-estado, o Estado
transferiu a capital de Salvador para tra a bandeira e o brasão atuais do
da Guanabara.
o Rio de Janeiro. Com a vinda da estado.
Família Real, em 1808, a cidade foi De repente, por um lamentável ex-
feita a sede de todo o império portu- pediente político, o Estado foi risca- Porém, mal sabia eu que o desres-
guês quando o Brasil passou à con- do do mapa, sem qualquer cerimô- peito para com minha cidade pode-
dição de Reino Unido de Portugal, nia. Dizem as más línguas que foi ria ter sido ainda maior, não fosse
Brasil e Algarve (1816). um ato engendrado para disfarçar a pela intervenção do Irm∴ Luiz Fer-
oposição ao governo federal, uma nando.
Depois da Independência, a capital,
vez que a cidade era tradicional e Mas falemos antes da bandeira, do
cognominada ainda como mui Leal
notoriamente “do contra”... Aliás, brasão e do porquê sou contra ambos.
e Heróica pelo Imperador D. Pedro
tão “do contra” e tão desarvorada Parece muita pretensão, não é ver-
I, separou-se do restante da provín-
que votou contra si e contra todos dade? Pois que seja. Continuo con-
cia, passando a Município Neutro.
muitas e muitas vezes... tra. Porque ambos parecem traduzir
Niterói, do outro lado da baía, tor-
Claro que não tenho absolutamente a vontade de apagar o passado, de
nou-se a capital da Província do Rio
nada contra o Estado do Rio. Afi- reduzir o berço histórico à expressão
de Janeiro, em 1834.
nal, no passado éramos parte da mais simples de um município co-
A Cidade do Rio de Janeiro conti- Província do Rio de Janeiro. mo outro qualquer. Só que a histó-
nuou como capital do Império do ria e o bom senso reagem a isto.
Mas tenho, e muito, quanto à ma-
Brasil, status que manteve com a
neira impositiva e quanto à falta de Como já vimos, o brasão da Cida-
república, proclamada em1889, até

13
respeito com que a coisa foi feita, de do Rio de Janeiro data de 1565,
que a sede do governo fosse transfe-
exemplificada pela arbitrária e inex- enquanto o do Estado do Rio de Ja-
rida para Brasília em 1960. Aí, en-
plicável demolição do Palácio Mon- neiro só foi estabelecido exatamen-
tão, durante quinze anos, foi uma
roe, sede histórica do Senado Fede- te quatro séculos depois, em 1965.
A não ser por um breve período logo
após a proclamação da República,
a mui Leal e Heróica Cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro ostentou
em seu brasão a esfera armilar da
bandeira de D. Manuel e as setas
de seu santo padroeiro, depois
superpostas pelo barrete frígio,
símbolo do regime republicano.

Neste brasão, que figura no centro


da bandeira, não há a menor refe-
rência à nossa cidade. Diz o Art.
2º da Lei nº 5588, de 5 de outubro
de 1965: “O Brasão de Armas tem a
forma tradicional dos escudos ado-
tados pelo clero, oval – simbolizan-
do os anseios cristãos do povo flu-
minense – cortado. O primeiro de
azul, representa o céu e simboliza a
justiça, a verdade e a lealdade, com
a silhueta da Serra dos Órgãos, mo-
vente do traço do cortado, destacan-
do-se o pico Dedo de Deus, na cor;
o segundo de verde, representan-
do a baixada fluminense, cortado
de azul, lembrando o mar de suas
praias.” Como se vê, nenhuma re-
ferência à Cidade do Rio de Janeiro.
Na Paraíba, num contexto altamen-
te emocional, o povo resolveu dar à
capital o nome de João Pessoa, polí-
tico paraibano assassinado, acredi-
tou-se, por esbirros da república Ve-
lha. O Nego, o vermelho e o preto
têm uma explicação histórica. Foi o
povo de lá que resolveu mudar.
Então, se houve uma fusão de dois
estados da União, eles deveriam es-

O Palácio Monroe, o pavilhão brasileiro


na Exposição de Sant Louis, EUA, em
1904, recebeu a medalha de ouro no
Grande Prêmio Mundial de Arquitetura.
Concebido para ser desmontado
e reconstruído no Rio de Janeiro,
batizado como Palácio Monroe, em
homenagem ao presidente americano,
tornou-se um dos ícones da cidade.
Foi sede provisória da Câmara dos
Deputados e sede do Senado Federal,

14 entre outros órgãos. Acabou vítima da


inconsequência dos “modernistas” e
do casuísmo político: uma agressão à
cidade e a seu povo.
tar ambos representados no Estado
que se formou. Mas não. E poderia
ter sido pior, muitíssimo pior.
E assim voltamos ao Auditório Ve-
nâncio Igrejas e à revelação históri-
ca de que falei no início.
............................
Discursava o Irm∴ Luiz Fernando
Rodrigues Torres:
“Aproveito para relembrar um fato
importante da minha vida funcio- Capital do Brasil colonial, capital do Reino de Portugal, Brasil e Algarve, capital
nal: quando da fusão dos Estados
do Império do Brasil e capital dos Estados Unidos do Brasil, a cidade do Rio
da Guanabara e do Rio de Janeiro,
de Janeiro transformou-se no Estado da Guanabara em 1965. Entretanto, na
em 1974, fui assessor do Relator da
Constituinte. Sucede que os Depu- bandeira do Estado que resultou da fusão do Estado da Guanabara com o Estado
tados Constituintes, na voz de seu do Rio de Janeiro não há qualquer referência ao berço histórico, transformado
líder, propuseram a modificação do simplesmente em um município como qualquer outro...
nome da cidade para, simplesmen-
te Rio, eliminando o histórico Janei-
ro.”
Não houve, no auditório, quem não estendendo ao atual território pos- no momento certo em que as coisas
arregalasse os olhos. Se isso tivesse teriormente. Inteligência lúcida, o aconteceram.
ocorrido, seria mais do que uma de- Deputado Cláudio Moacir de Aze- Pelo menos, neste caso, estava. Me-
monstração de ignorância e desres- vedo concordou, desistindo da ini- lhor ainda, é um amigo nosso.
peito históricos. Seria uma agres- ciativa.”
são. Que não tenha acontecido sou- Por tudo isto, mais do que se justifi-
Então corremos o risco de sepultar cam palavras do próprio Irm∴ Luiz
bemos o porquê, nas próprias pala-
mais de 400 séculos de História, Fernando:
vras do Comendador:
como se o passado não tivesse va-
“Com enorme esforço e cuida- “... Considero-me justamente me-
lor. Quer dizer, se não houvesse um
do, consegui convencer o deputa- recedor do título de Cidadão Be-
homem culto, com um passado de
do Cláudio Azevedo a não fazê-lo, nemérito, que me foi concedido e,
tradição familiar, com conhecimen-
argumentando com a tradição his- nesta cerimônia, recebo das mãos
to histórico e com poder de persu-
tórica de nossa cidade e que a de- do Excelentíssimo Senhor Vereador
asão, teríamos varrido estupida e
nominação Rio de janeiro a ela foi S. Ferraz.”
ingloriamente do mapa o nome Rio
dada, primordialmente, somente se de Janeiro! Ficamos imaginando Maior razão para este orgulho, im-
quanto de ruim já se fez neste Brasil possível.
porque uma pessoa certa não estava
Não há raízes sem passado, não há
orgulho sem tradição, não há progresso
sem educação, não há cidadania sem
respeito. A ignorância só interessa
aos que se beneficiam dela. Por sorte,
ainda temos políticos com a postura e
visão corretas de seu ofício. Ao Exmo.
Vereador Sebastião Ferraz, parabéns
pela iniciativa da concessão do título.
Ao SGC Luiz Fernando Rodrigues
Torres, a quem este brasão representa,
nosso agradecimento por ter sido “the
right man in the right place at the
right time”. A sorte favorece a mente
preparada.

15
Cavaleiro Rosa Cruz é o espírito universal que pervade e
se difunde por toda a natureza. To-
dos os seres vivos recebem Dele sua
vida. Só há um Deus, que não es-
Grau 18 (2ª parte) tá, como muitos imaginam, senta-
do sobre o mundo, além da orbe do
Tradução livre de J.W. Kreuzer Bach Universo, mas que é tudo em tudo
e que vê todos os seres que habitam

E
se além de toda existência criada, o em sua imensidão, o único Princí-
m oposição ao antropomor-
espírito, libertando-se do sensível, pio, a Luz dos Céus, o Pai de tudo.
fismo das Escrituras judai-
alcança a intuição intelectual des- Ele cria tudo, Ele ordena e dispõe
cas, os judeus de Alexan-
se Ser Absoluto, de quem não po- tudo, Ele é a Razão, a Vida e o Movi-
dria procuraram purificar a
de predizer nada a não ser sua exis- mento de tudo que existe”.
idéia de Deus de toda sua associa-
ção com o humano. Pela exclusão tência, descartando assim todas as “Eu sou a Luz do mundo; aquele
de todas as paixões humanas, ela outras definições porque não con- que me seguir não caminhará na
foi sublimada em algo despido de dizentes com a excelsa natureza da escuridão, mas terá a luz da vida.”
todos os atributos e transcendental. Suprema Essência. Assim falou o Fundador da Religião
O mero Ser, o Bem, em por si mes- Assim Filo estabelece uma distin- Cristã, tal como João, o Apóstolo,
mo o Absoluto do Platonismo subs- ção entre aqueles que são Filhos de reportou.
tituiu a Divindade personalizada Deus no sentido correto, elevados, Deus, dizem as escritas sagradas
do Velho Testamento. Por elevar- por meio da contemplação, ao Ser dos judeus, apareceu a Moisés nu-
mais alto ou que dele alcançaram o ma chama, no meio da sarça e esta
conhecimento, e aqueles outros que não se consumia. Ele desceu sobre
conhecem Deus pela revelação de o Monte Sinai como a fumaça de
Seus atos, [...] aqueles que simples- uma fornalha; Ele apareceu de dia,
mente se atêm ao Logos, a quem ante as crianças de Israel, como um
consideram como o Deus Supremo. pilar de nuvens, e, à noite, como
Estes são filhos da Palavra, não do um pilar de fogo, para dar-lhes luz.
Verdadeiro Ser. “Invocai o nome de vossos deuses,”
Diz Pitágoras que “Deus nem é obje- disse o Profeta Elias aos sacerdotes
to de sentido nem sujeito a paixões, de Baal, “e eu invocarei o nome de
mas invisível, somente inteligível e Adonai; e àquele que responder pe-
supremamente inteligente. Em Seu lo fogo, deixai-o ser Deus.”
corpo Ele é como a luz e em Sua al- De acordo com a Cabala, como de
ma Ele se assemelha à verdade. Ele acordo com as doutrinas de Zoroas-
tro, tudo que existe emanou de uma
fonte de luz infinita. Antes de todas
as coisas, existia o Ser Primitivo, o
Reproduzida milhares de vezes em Ancião de Dias (1), o Antigo Rei de
textos maçônicos, a ilustração de Luz, um título ainda mais notável
William Blake (1757-1827), artista porque é dado freqüentemente ao
e místico inglês, mostra o Ancião Criador no Zend-Avesta, no código

16
de Dias no ato da criação, entre as dos sabeus(2) e aparece nas escritu-
nuvens e de compasso nas mãos, ras judaicas.
personificação da perfeição e da O mundo era Sua Revelação, o Deus
eternidade. revelado, e subsistia somente Nele.
[...] O Universo era seu esplendor A luta entre o Bem e o Mal, na
sagrado, seu manto. Ele era para ser mitologia persa, aqui representados,
adorado em silêncio e a perfeição respectivamente, pelo Rei e pelo
consistia em aproximar-se o mais touro de Arimã.
possível Dele.
Antes da criação dos mundos, a Luz
Primitiva enchia todos os espaços, Perfeito e Bom, revestida em um
de modo que não havia um vazio. corpo etéreo e feita como os anjos
Quando o Ser Supremo que existia nos Céus.”
nessa luz resolveu demonstrar Sua
perfeição ou manifestá-la em pala- Vede, pois, meu Irmão, qual é o sig-
vras, encerrou-se em Si mesmo, for- nificado da “Luz” Maçônica. É por
mou a seu redor um vácuo e lançou isto que o Oriente da Loja, onde a
um raio de luz, sua primeira ema- letra inicial do nome da Divindade
nação – a causa e o princípio de tu- pende sobre o Mestre, é o lugar da
do que existe –, unindo os poderes Luz. Luz, em contraste com trevas,
de conceber e gerar, que tudo per- é o Bem, em contraste com o Mal;
meiam e sem os quais nada pode Luz que é o verdadeiro conhecimen-
subsistir nem por um instante. to da Divindade, o Deus Eterno, pe-
lo qual Maçons de todas as épocas
O homem caiu, seduzido por maus têm buscado.
espíritos mais longínquos do gran-
de Rei da Luz [...] sempre em guerra A Maçonaria continua sua cami-
com as inteligências puras, como os nhada para a Luz que brilha à dis-
Amshaspands(3) dos persas, guardi- tância, a Luz do dia em que o Mal,
ães tutelares do homem. sobrepujado e vencido, desaparecerá
para sempre, quando então a Vida e
No início, tudo era uníssona har- a Luz serão a lei única do Universo
monia, luz divina e pureza. Então o e sua eterna Harmonia.
Criador tomou dos sete reis os prin-
cípios do Bem e da Luz e dividiu- O Grau de Rosa-Cruz ensina três
coisas: a unidade, imutabilidade e A segunda Câmara, revestida de lu-
os entre os quatro mundos dos es- to, com as colunas do Templo par-
píritos, dando aos três primeiros a bondade de Deus; a imortalidade da
alma; e a derrota final e a extinção tidas e derrubadas e os Irmãos em
Inteligência Pura, unida no amor e dor profunda, representa o mundo
na harmonia, mas ao quarto apenas do mal, das injustiças e das aflições
por um Redentor ou Messias, ainda sob a tirania do Príncipe do Mal,
alguns débeis brilhos de luz. O con- onde a virtude é perseguida e o vício
flito entre os espíritos envoltos em por vir – se é que ainda não chegou.
premiado; onde os corretos carecem
trevas, em vão e por muito buscan- Ele substitui os três pilares do velho de pão e os maus vivem em ostenta-
do a Luz Divina, chegará a termo Templo por três que já vos foram ex- ção, vestidos de púrpura e do linho
quando O Eterno vier resgatá-los, plicados: Fé (em Deus, na humani- mais fino; onde a ignorância inso-
livrando-os do invólucro grosseiro dade e em vós mesmos), Esperança lente ordena e o conhecimento e a
de matéria que os aprisiona, inten- (na vitória sobre o mal, no progresso inteligência jazem oprimidos; onde
sificando o raio de luz, ou nature- da Humanidade e em uma vida fu- reis e sacerdotes tripudiam sobre os
za espiritual, que tiverem preserva- tura), e Caridade (o auxílio a quem direitos e amordaçam a consciên-
do. Aí será restabelecida em todo o dele necessita e a tolerância para cia; onde a liberdade se esconde e
Universo aquela primitiva Harmo- com os erros e as faltas dos outros). a subserviência e a bajulação domi-
nia que foi sua bênção. Ser confiante, esperançoso, ser in- nam; onde o clamor de viúvas e ór-
Nas palavras de Marcion(4), o gnós- dulgente – estes, nesta época de fãos, famintos e enregelados em ca-
tico, “a alma do verdadeiro cristão, egoísmo, de pessimismo quanto à sebres miseráveis, sobem aos céus;
adotada como uma criança pelo Ser natureza humana, de opiniões rís- onde homens, querendo sustentar
Supremo, para quem há muito tem pidas e amargas, são as mais impor- mulher e filho, imploram por traba-
sido estranha, recebe Dele o espírito tantes das Virtudes Maçônicas e as lho quando agiotas e capitalistas in-
e a vida divina. Ela é conduzida e verdadeiras colunas de apoio de ca- sensíveis fecham os moinhos; onde
confirmada, por esta oferenda, em da Templo Maçônico. Na verdade, a lei pune a mulher violentada por
uma vida pura e sacra, como a de eles são os velhos pilares do Tem- roubar pão e o estuprador não rece-
Deus; e se como tal cumpre sua ca- plo, só que sob nomes diferentes. be punição; onde o sucesso de um
minhada terrena, em caridade, cas- Porque só é sábio aquele que julga partido político justifica o assassi-
tidade e santidade, irá, um dia, ser os outros com espírito caridoso; só nato e a violência, enquanto a rou-
é forte aquele que é esperançoso; e

17
separada do envelope material, tal balheira fica impune; onde aquele
como o grão maduro é separado da não há beleza maior do que a firme- que fica rico explorando os pobres
casca e como o passarinho se esca- za da fé em Deus, nos outros e em recebem honras e títulos e são en-
pa de seu ovo. Como os anjos, ela si próprio. terrados com fausto e pompa.
compartilhará na proteção do Pai
Cérbero, o cão tricéfalo que adotando seus hieroglifos e as cifras
guardava as portas do Hades dos dos hebreus. Por suas regras princi-
gregos. pais, deviam praticar a medicina ca-
ridosamente, promover a causa das
virtudes, desenvolver a ciência e in-
duzir aos homens a viver como nos
da tirania dos Princípios do mal. tempos primitivos.
Nela brilha a verdadeira Luz que Onde este Grau teve sua origem
emana da Entidade Suprema, onde não é importante inquirir, nem em
não mais se eternizarão o pecado e que diferentes Ritos , países e épo-
as ofensas, a dor e o sofrimento, o cas foi praticado(4). Ele tem grande
remorso e a miséria; onde os gran- antiguidade. Suas cerimônias dife-
des desígnios da Infinita e Eterna rem tanto quanto variam latitudes
Sabedoria se realizarão; e todas as e longitudes. Se fôssemos examinar
criaturas de Deus – percebendo que todas as diferentes cerimônias, seus
o mal aparentemente tão poderoso, emblemas e suas fórmulas, vería-
o sofrimento individual e as ofen- mos que tudo que pertence aos ele-
sas não são mais do que gotas in- mentos primitivos e essenciais da
significantes frente ao grande rio Ordem foi respeitado em cada san-
da bondade infinita – saberão quão tuário. Todos praticam a virtude
vasto é o poder da Divindade e quão para que ela dê frutos. Todos traba-
infinita é Sua bondade. Se alguém lham, como nós, para que os vícios
vir nisso os mistérios peculiares de sejam extirpados pela purificação do
qualquer fé ou credo ou uma alusão homem, pelo desenvolvimento das
a algo que tenha ocorrido, tem o di- artes e das ciências e pela redenção
A segunda Câmara, revestida de reito de como tal interpretar.
luto, representa este mundo onde, da humanidade.
desde sua gênese, as guerras nunca Que cada um de nós interprete os Nenhum [desses Ritos] admite aces-
cessaram nem deixaram os homens símbolos como lhe aprouver. so a seu alto saber filosófico e às ci-
de torturar e matar seus irmãos; on- Para todos nós eles representam os ências misteriosas senão aqueles que
de a ambição, a avareza, a inveja, o princípios fundamentais da Ma- tenham sido purificados no altar dos
ódio e os exércitos de Arimã e Tífon çonaria, suas três maiores virtu- Graus Simbólicos. Que importância
tornam um pandemônio. Repre- des – Fé, Esperança e Caridade – , podem ter as diferenças de opinião
senta, enfim, este mundo afundado o amor fraternal e a benevolência sobre a antiguidade e a genealogia
no pecado, infectado pela grosseria, universal. Não trabalhamos senão do Grau e as suas variedades quan-
afogado em sofrimento e miséria. em prol disto. Estes símbolos não to à prática, cerimonial, liturgia e a
Se alguém vir nela também a dor do necessitam de nenhuma outra in- cor particular de cada tribo de Israel,
Maçom pela morte de Hiram, ou do terpretação. se todos reverenciam o Sagrado Arco
judeu pela queda de Jerusalém, ou As obrigações de nossos antigos dos Graus Simbólicos, fonte primei-
do Templário pela extinção de sua Irmãos Rosa-Cru-
Ordem e pela morte de De Molay, zes eram cultivar a
ou a agonia e a dor do mundo pela amizade, uma dis-
morte do Redentor, tem o direito de posição alegre, a
como tal interpretá-la. caridade, a paz, a
A terceira câmara representa as liberalidade, a tem-
conseqüências do pecado e do vício, perança e a casti-
o inferno que se instala no coração dade; e escrupulo-
humano pelas paixões desenfrea- samente evitar as
das. Se alguém vir nisso o Hades impurezas, a so-
dos gregos, a Gehenna dos hebreus, berba, o ódio, a ira
o Tártaro dos romanos ou o inferno e todas as formas
dos cristãos, ou somente as agonias de vício. Do mes-
do remorso e o aguilhão da consci- mo modo que Moi-
ência, tem o direito de como tal in- sés e Salomão, eles
terpretá-la. buscaram sua filo-
A quarta câmara representa o Uni- sofia da velha teo-
verso livre do domínio insolente e logia dos egípcios,

18 “A segunda Câmara, revestida de luto, com as colunas do


Templo partidas e derrubadas e os Irmãos em dor profunda,
representa o mundo sob a tirania do Príncipe do Mal [...]”
O significado da cruz ansata no Grau 18 é dado pelos antigos egípcios. O
deus Toth ou Ptá é representado carregando a cruz ansata, ou ankh, uma
letra tau com um anel sobre ela. Era um hieroglifo para vida e, com um
triângulo, significava o poder de dar a vida.

ra e inalterável da Maçonaria? Que Mas seu significado peculiar neste


importância podem ter as diferenças Grau é dado pelos antigos egípcios.
de opinião quando todos reveren- Toth ou Ptá é representado nos an-
ciamos nossos princípios e eles nos tigos monumentos carregando em
acompanham nos grandes propósi- suas mãos a cruz ansata, ou ankh,
tos de nossa organização? uma letra tau com um anel sobre
ela. Assim ele é visto nos tabletes
Se, onde quer que seja, Irmãos de
de Shufu(5) e Nob Shufu, constru-
um credo religioso particular te-
tores da maior das pirâmides. Era
nham sido excluídos deste Grau,
um hieroglifo para vida e, com um
isto apenas evidencia como é grave
triângulo, significava o poder de dar
a falta de entendimento dos propó-
a vida. Para nós, então, é o símbolo
sitos e planos da Maçonaria. Por-
da vida, daquela vida que emana da
que sempre que se fecha a porta de
divindade, da vida eterna pela qual
um Grau a alguém que acredita em
esperamos, confiantes na divina
um Deus único e na imortalidade
bondade de Deus.
da alma por detalhes de sua fé, este
Grau deixa de ser um Grau Maçô- A Rosa era antigamente consagrada
nico. [...] a Aurora e ao Sol. É um símbolo
do nascer do dia, da ressurreição da
Atentai, meu Irmão, para nossa ex-
Luz e da renovação da vida. [...] A
plicação sobre os símbolos deste
Cruz e a Rosa, juntas, hieroglifica-
Grau. E então acrescentai as inter-
mente devem ser interpretadas co-
pretações que julgardes adequadas.
mo a Aurora da Vida Eterna, aquela
A Cruz tem sido um símbolo sagrado por quem todas as nações têm an-
desde a mais remota antiguidade. [...]

siado através, esperando a vinda de


um Redentor.
O Pelicano alimentando a prole é
um emblema da benéfica abundân-
cia da Natureza, do Redentor do ho-
mem decaído, bem como da huma-
nidade e caridade que devem distin-
guir um Cavaleiro deste Grau.
A Águia é o símbolo vivo do deus
egípcio Menthra, a quem o faraó
Sesóstris-Ramsés unificou com
Amon-Ra, o deus de Tebas e do Egi-
to Superior, representativo do Sol –
Ra significa Sol ou Rei.
O Compasso encimado por uma
Coroa significa que, não obstante
altas posições alcançadas na Maço-

19
naria por um Cavaleiro Rosa-Cruz,
suas ações devem ser governadas
invariavelmente pela eqüidade e
imparcialidade.
Muitos são os significados que são O monograma de Cristo, com as letras
atribuídos à expressão INRI, ins- gregas R (rô) e C (chi), como figuravam
crita na cruz ansata sobre o assen- na bandeira de Constantino, o Grande.
to do Mestre. O inicado cristão vê Simbolizava tanto o Redentor como a
com reverência as iniciais da inscri- Cristandade em geral.
ção sobre a cruz em que Cristo so-
freu – Iesus Nazarenus Rex Iudeo-
rum. Para os sábios da antiguidade,
mencionados diversas vezes na Bíblia co-
ela estava ligada a um dos maiores
mo povo rico e de intensa atividade como
segredos da Natureza, o da regene-
comerciantes.
ração universal, interpretando-a co-
mo Igne Natura Renovatur Integra (3) Amshaspands, na mitologia persa,
(a Natureza inteira é renovada pelo eram os sete seres divinos que pertenciam
fogo). Já para os Maçons herméti- à corte de Ahura Mazda, o deus supremo.
cos e os alquimistas era o aforisma Não eram exatamente deuses, mas com-
Igne Nitrum Roris Inventur. [...] paráveis aos arcanjos, que lutavam pela
verdade e justiça,, em oposição aos De-
As quatro letras são as iniciais das
vas, criaturas do Mal e seus eternos opo-
palavras hebraicas que representam envolve a alma confusa, oprimida
nentes.
os quatro elementos: Iammim, o pela dúvida e pela ansiedade!
mar o a água; Nour, o fogo; Rouach, (4) Questão de opinião, da qual humilde-
o ar; e Iebeschah, a terra seca. Co- mente discordamos...
Notas:
mo nós o interpretamos, não tenho (5) Shufu é como Pike grafa o nome de
(1) Ancião de Dias, Segundo a Wikipedia,
necessidade de relembrar-vos. Queops, o construtor da Grande Pirâmi-
é um nome para Deus em aramaico (Atik de de Gizé. Nob Shufu é outro nome que
A Cruz em X era o sinal da Sabe- Yomin), registrado na Bíblia Septuaginta
doria Criativa ou Logos, o Filho de aparece também nas pedras da pirâmide.
grega como Palaios Hemeron e, na Vulgata,
Deus. [...] Antiquus Dierum. Encontrâmo-lo no Ve-
(6) A maior parte das fontes registra In
Constantemente vemos o Tau e o Hoc Signo Vinces, por este símbolo vence-
lho Testamento em Daniel 7:9, 13 e 22.
Resh unidos em um monograma, o rás, como no símbolo dos Cavaleiros Tem-
(2) Segundo a Jewish Encyclopedia, os sa- plários, último Grau do Rito de York
T sob o P (r). Essas duas letras, em beus eram habitantes do antigo reino de
samaritano antigo, tal como encon- Sabá, que ficava no sudeste da Arábia,
tramos em Arius, significam 400 e
200, respectivamente, totalizando
600. Este era também o bastão de
Osiris e seu monograma foi ado-
tado pelos cristãos como um sinal.
Na medalha de Constantino, P (rô)
+ X (chi), está a inscrição In Hoc
Signo Victor Eris.(6) [...]
Entrastes aqui em meio a sombras,
vestido de mágoa. Lamentai conos-
co a triste condição da raça huma-
na, neste vale de lágrimas; as cala-
midades que afetam os homens e a
agonia das nações, a escuridão que

No anverso e reverso da jóia do


Grau 18 estão o Pelicano, emblema
da humanidade e caridade que
devem distinguir um Cavaleiro
Rosa-Cruz, e a Águia, representativo
do Sol —Ra significa Sol ou Rei,
ambos sob o Compasso encimado
por uma Coroa. Não obstante altas
posições alcançadas na Maçonaria

20
por um Cavaleiro Rosa-Cruz,
suas ações devem ser governadas
invariavelmente pela eqüidade e
imparcialidade.
A
essa altura, você estará per- Os autores Baigent e Leigh tiveram cialmente suprimida em outros lu-
guntando o que aconteceu sua atenção despertada para a pre- gares. Mas esses historiadores têm
com aquela história do mi- sença dos Templários na Escócia procurado na documentação, mas
to Templário na Maçona- por causa da quantidade de lápides não no solo. Não é surpresa que
ria. Onde é que está a tal conexão? com característica espada reta dos não tenham encontrado evidências
O livro a que nos referimos, The cavaleiros, idêntica às que haviam conclusivas que sim ou que não,
Temple and the Lodge (O Templo e encontrado na França, Espa-nha, porque a maior parte da documen-
a Loja), de Michael Baigent e Ri- Alemanha, Itália e Inglaterra. Es- tação relevante foi perdida, destruí-
chard Leigh, costurou, de forma se foi o ponto de partida para uma da, suprimida, falsificada ou delibe-
habilidosa, uma alternativa para investigação que produziria um dos radamente desacreditada”.
um início dos Templários na Escó- maiores best-sellers sobre as origens Eles traçam a integração dos Tem-
cia, depois que a Ordem foi dissol- da Franco-Maçonaria, O Templo e a plários com diversas famílias impor-
vida na França. Lá, afirmam que Loja. Com sua franqueza habitual, tantes escocesas, através das quais
os Templários ajudaram o Rei Ro- eles declaram que “historiadores – se perpetuaria a tradição Templária,
bert Bruce a derrotar as tropas de especialmente historiadores Maçô- que alcançaria os tempos modernos
Edward II, Rei da Inglaterra na ba- nicos – têm há muito tentado pro- através dos Scots Guards, guarda
talha de Bannockburn, em 24 de ju- var ou desaprovar, definitivamente, pessoal dos Reis de França, “talvez
nho de 1314, dia de S. João, um dia a sobrevivência dos Templários na a mais genuína de todas as institui-
especial para os Templários. (81) Escócia, depois que a Ordem foi ofi- ções neo-Templárias”.(82)
Outro ponto que
eles destacam é a
Capela de Rosslyn,
perto de Edinbur-
gh, riquíssima tan-
to em conotações
com o ritual sim-
bólico Maçônico
quanto pelas liga-
ções com a família

A batalha de
Bannockburn,
pintura mural de
William Hole para
o Scottish National
Portrait Museum,
21
em Edinburgh
O famoso Pilar do Aprendiz da leiros da acusação de heresia, embo-
Capela de Rosslyn. Conta a lenda ra não de violência e outros abusos
que o mestre da construção foi e atos pecaminosos, considerados
a Roma para estudar como esculpir delitos menores pela Igreja.
o pilar. Na volta, porém, encontrou Segundo a excelente reportagem de
o pilar esculpido por um aprendiz, Flávio Henrique Lino, em O Glo-
cuja inspiração veio em sonho. bo de 27 de outubro de 2007, “no
Enciumado, o mestre assassinou pergaminho os cardeais que interro-
garam o grão-mestre da ordem, Ja-
o aprendiz com um golpe de malho
cques de Molay, deixam claro que
na cabeça. ele cuspiu ho chão e renegou Deus
somente com palavras e sem inten-
ção. Para muitos historiadores, o
ritual era apenas uma forma de o
Absolvição tardia, mas cavaleiro iniciado provar sua fideli-
definitiva dade total à Ordem e se preparar pa-
ra o caso de ser feito prisioneiro dos
Bárbara Frale, historiadora italiana
muçulmanos, quando teria de rene-
especializada em história medieval,
gar a religião cristã para preservar a
descobriu em 2001 os documen-
vida”. Como vimos anteriormente,
tos referentes do processo contra os
a valentia, a habilidade e a ferocida-
Templários, que jaziam adormeci-
de dos Templários os marcava espe-
dos, arquivados incorretamente nos
cialmente para o extermínio se cap-
quilômetros de estantes dos Arqui-
turados. Com efeito, a única saída
vos Secretos do Vaticano. Com a
era renegar a fé cristã.
descoberta do chamado Pergaminho
de Chinon (o castelo onde se deu o As atas do “Processus contra tem-
julgamento), viu-se que o papa Cle- plarios” foram editadas em 800 có-
mente V havia absolvido os Cava- pias de uma versão de luxo. Assim,
Sinclair ou Saint Clair, tão intima-
mente ligada à Franco-Maçonaria.
Foi William Sinclair quem fez lan-
çar suas fundações, em 1446.(83)
Outro nome famoso entre Maçons,
Kilwinning,(84) aparece ligado aos
Sinclair – lá Henry Sinclair foi bis-
po em 1541. E outro William St.
Clair foi o primeiro Grão-Mestre da
Grand Lodge of Scotland (Grande
Loja da Escócia), em 1736.
Há ainda uma outra evidência. Em
1689, na batalha de Killiecrankie,
morre John Claverhouse, Viscon-
de de Dundee, aparentado com os
Stuarts. Ele ostentava, segundo
testemunhas insuspeitas, a Gran-
de Cruz Templária. De acordo com
o historiador inglês A. E. Waite, “se
uma Grande Cruz do Templo foi
comprovadamente encontrada no
corpo do Visconde Dundee, é certo
que a Ordem do Templo havia so-
brevivido ou teria sido revivida em
1689”.(85)

Charles Edward Louis John Casimir

22
Silvester Maria Stuart (1720-88), o
Jovem pretendente Stuart, ou ainda,
Bonnie Prince Charlie, neto do Rei
destronado James II,
ponsabilidade do Conselho disseminadora da idéia da origem
de Kadosh, palavra hebrai- Templária da Franco-Maçonaria en-
ca que significa sagrado. tre os Maçons. Hund afirmava ter
Pois “o ritual de Kadosh sido iniciado em uma Loja Templá-
introduz uma inovação ria em Paris, em 1742, e ter sido
considerável: ela coloca apresentado ao Jovem Pretenden-
os Franco-Maçons como te Stuart, Charles Edward, supos-
sucessores dos Templá- tamente o Grão-Mestre secreto de
rios e confia ao Grande toda a Franco-Maçonaria(!), a quem
Eleito, colocado no ci- os membros dessa nova Maçonaria
mo da pirâmide hierár- prestavam inquestionável e inaba-
quica, a missão de vin- lável obediência. Embora Hund te-
gá-los e de consumar nha jurado a veracidade de suas pa-
sua obra interrompida. lavras até o último dos seus dias, a
[...] Mas, assim o cons-
tatamos, a idéia já estava
no ar em Paris, em 1737, e
veremos a lenda Templária O Pergaminho de Chinon:
tomar corpo bem mais tarde a comissão apostólica “ad
na Alemanha e em Metz”.(86) inquirendum”, reunida de 17 a
O Templo e a Loja restaura algo da 20 de agosto de 1308, absolve os
perdida credibilidade de outra evi- Templários e o próprio Jacques
dência. de Molay (Archivum Secretum
John Graham of Claverhouse, A Ordem da Estrita Observância, Apostolicum Vaticanum, Archivum
Visconde de Dundee (1648-89), criada por um nobre alemão, Karl Arcis, Armarium D 218). No
partidário dos Stuarts, morto na Gottlieb von Hund, foi a grande detalhe, o selo do inquisidor.
batalha de Killiecrankie

em 2007, o Vaticano absolve a Or-


dem dos Templários das horríveis
acusações que pesavam sobre ela.
Mas, ainda citando a reportagem de
Flávio Henrique Lino, “o que ficou
registrado na memória da posterida-
de foram as centenas de execuções
de Templários condenados por here-
sia na fogueira, além da culpa im-
plícita que o fechamento da Ordem
deixava no ar”.
De alguma forma, ao menos entre
os Maçons, esta absolvição ocorrera
muito antes de Ramsay. Talvez até
porque, de alguma forma, os deta-
lhes fossem conhecidos pela tradi-
ção oral. Porque, certamente, a Fra-
ternidade Maçônica, com seus altos
princípios, não teria aceito esta as-
sociação com os Templários se não
desconsiderasse tais acusações.

Os Templários nos Altos


Graus
Os Altos Graus do Rito Escocês An-
tigo e Aceito, em sua forma moder-

23
na, são divididos em quatro séries,
cada uma com um Corpo diferente
como responsável. A terceira série,
do 19º ao 30º Grau, está sob a res-
nicações estão mudando o mundo Notas & Referências
numa velocidade que cresce geome- (81) A infantaria escocesa estava organi-
tricamente. Mas o estudo sério ne- zada em quadrados formados por homens
cessita amadurecimento. Por mais armados de longas lanças ou piques, apoia-
fascinantes que sejam, as idéias têm dos no chão e voltados para fora, que a ca-
um período de maturação. valaria inglesa não conseguira romper. Foi
precisamente com essa formação, chama-
Se jamais será provada a contento da schilltrom, que os cidadãos de Flan-
essa conexão Templária, não é pos- dres derrotaram o exército de Filipe IV em
sível afirmar. Apenas diríamos que, Courtrai, na batalha das Esporas de Ouro,
para uma idéia repetidamente desa- em 1302. Os escoceses tinham muitas li-
creditada, hoje ela parece menos ab- gações com Flandres e a Champagne. E os
surda, merecendo mais o benepláci- Templários também.
to da dúvida do que o desprezo pre- (82) Michael Baigent e Richard Leigh,
conceituoso. op. cit.
(83) Michael Baigent e Richard Leigh,
op. cit.
Nada é definitivo, em
(84) Kilwinning, sem dúvida um dos no-
História mes mais destacados da Maçonaria da Es-
Entretanto, do mesmo modo que a cócia, nasceu como uma abadia, fundada
pesquisa farmacêutica, muitas ten- por Hugh de Morville, em 1140, na qual
se diz ter havido uma loja operativa desde
tativas darão em nada. Um cami-
O Barão Karl Gotthelf von Hund (1722-76), o século XV. Esta loja aparece em segun-
nho que se mostrava promissor po- do lugar nos Estatutos de Schaw, de 1599.
criador da Ordem da Estrita Observância, de acabar num beco sem saída. Ve- Hoje, a Mother Kilwinning Lodge aparece
introduzida na Alemanha, da qual os remos os sérios e os charlatães, os na relação da Grande Loja da Escócia com
monarcas Stuart destronados seriam os crédulos e os céticos, os extremados o número 0.
“Superiores Desconhecidos”. e os cautelosos, cada qual com seu (85) A New Encyclopaedia of Freemason-
motivo ou interesse. ry, Arthur Edward Waite, Wings Books,
1970
Assim foi no passado e assim será
Estrita Observância acabou desacre- (86) Histoire des Rituels des Hauts Grades
no futuro, porque o homem conti-
ditada. Maçonniques, Paul Naudon, Dervy, 1972
nua sendo o mesmo, com as mes-
Baigent e Leigh encontraram evi- mas ambições e as mesmas imper-
dências dos partidários dos Stuarts feições, apesar de todo progresso Bibliografia
com a Estrita Observância. Eles tecnológico. Além das obras citadas especificamente,
não têm dúvidas de que o Conde de foram também consultadas:
Não sabemos ao certo qual será a
Eglinton, Alexander Montgomery, The Cambridge Biographical Encyclope-
face da Ordem amanhã. Mas en-
outra das famílias escocesas com dia, edited by David Crystal, Cambridge
quanto o homem for homem, lá es-
ligações com os Templários, teria University Press, 2000
tarão seus anseios e seus ideais – e
sido o misterioso personagem que Collins Dictionary of Dates, Audrey Butler
lá, certamente, estará a Franco-Ma-
Hund confundira com o Príncipe. (editor), Harper Collins Publishers, 1996
çonaria, apesar de todas as dificul-
Este mesmo Montgomery foi um Grã-Bretanha, da série Nações do Mundo,
dades.
dos signatários do atestado de óbito editado por Gillian Moore, Time Life Li-
de Michael Andrew Ramsay... Porque não são simples pedras que vros & Cidade Editora, 1986
constroem seus Templos. São fei- Roma Imperial, da Biblioteca de História
Assim, em termos simplistas, os
tas de Ideais, esquadrejadas pela Universal Life, editado por Moses Hadas,
Templários, ao sobreviver na Escó-
Paciência, suavizadas pela Tolerân- Livraria José Olympio Editora,1969
cia, teriam repassado suas tradições
cia, colocadas com Retidão, firma- The Penguin Atlas of World History, Her-
às grandes famílias escocesas, cujos
das pela Verdade e cimentadas pelo mann Kinder e Werner Hilgemann, Pen-
filhos não primogênitos, ao servir guin Books, 1979
Amor Fraterno.
nos Guardas Escoceses, teriam le-
Enquanto o homem for homem, Dicionário da Idade Média, organizado por
vado à França, para onde iriam os R. H. Loyn, Jorge Zahar Editor, 1990
Stuarts destronados com sua Maço- amará a Liberdade, seja qual for o
preço a pagar. Islamic Calligraphy, Y. H. Safadi, Thames
naria Jacobita e cristã no exilio. Lá, and Hudson, 1978
Von Hund foi iniciado e teria incor- Porque a compreensão do que seja
The Knights Templar, Charles Moeller, in
porado boa parte dessa tradição em a Liberdade e o preço que ela exi- The Catholic Encyclopedia, Online Edi-
sua Ordem da Estrita Observância, ge, essa é a maior dádiva da Franco- tion, Kevin Knight, 1999
que daria origem aos Graus Kadosh, Maçonaria. Idade da Fé, da Biblioteca de História Uni-
parte importante do Rito Escocês versal Life, por Anne Fremantle, Livraria
Antigo e Aceito e dos Cavaleiros José Olympio Editora,1969

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Templários do Rito de York.
Como dissemos no início, estamos
vendo que aspectos novos sacudiram
as velhas teorias, tornando-as atra-
entes para um reexame. As comu-


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