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MORANGO
Ana Carolina Araújo dos Santos
A sequência de aminoácidos de cada proteína na célula e a sequência nucleotídica
de cada RNA são especificadas pela sequência nucleotídica do DNA da célula. Um
segmento de uma molécula de DNA que contém a informação necessária para a síntese
de um produto biologicamente funcional, seja proteína ou RNA, é denominado gene.
Uma célula costuma ter muitos milhares de genes, e moléculas de DNA, não
surpreendentemente, tendem a ser muito grandes. O armazenamento e a transferência da
informação biológica são as únicas funções conhecidas do DNA. (LEHNINGER, 2014).
O morango é um fruto comumente utilizado nas práticas de laboratório de extração
de DNA porque são muito macios e fáceis de homogeneizar, produzem pectinases e
celulases, que são enzimas que degradam a pectina e a celulose, presentes nas paredes
celulares das células vegetais. Além disso, os morangos possuem oito cópias de cada
conjunto de cromossomos, sendo assim, é uma fruta que é fácil a extração do DNA.
A prática teve como objetivo compreender a técnica de extração da molécula de
DNA do morango, observando também o aspecto dessa mesma molécula. E também,
compreender o papel da maceração, do uso do detergente, do uso do sal e, finalmente, do
uso do etanol.
De acordo com Lehninger (2014), molécula de DNA é composta por uma fita
dupla de nucleotídeos. As duas cadeias unem-se através de pontes de hidrogênio entre as
bases nitrogenadas dos nucleotídeos. As cadeias de nucleotídeos são formadas por uma
pentose associada a um ou mais grupos fosfato e a uma base nitrogenada. O DNA é
composto por uma desoxirribose e um grupo fosfato. As quatro bases nitrogenadas
contidas no DNA são: adenina, citosina, guanina e timina. Ao macerar o morango no
início do experimento é possível permitir que uma grande quantidade de moléculas de
DNA sejam liberar e assim obter melhor rendimento no processo de extração do DNA,
visto que, quanto mais se macera a fruta maior será sua superfície de contato com a
solução de lise e melhor a ação da solução sobre as células.
Utiliza-se água morna no procedimento com a finalidade de melhorar a ação do
detergente através do aumento da agitação das moléculas proporcionado pela mudança
de temperatura evitando assim a desagregação do DNA. E a adição de detergente se dá
devido a membrana plasmática e membrana nuclear serem compostas principalmente por
lipídeos por uma bicamada de fosfolipídios e os lipídios são insolúveis em água. Logo, a
função do detergente é desestruturar as moléculas de lipídeo das membranas desfazendo
as ligações fosfolipídicas. Dessa maneira, as membranas sofrem ruptura ocasionando na
desintegração do núcleo e cromossomos, deixando o DNA e as proteínas, dispersas no
álcool.
REFERÊNCIA
NELSON, D. L. et al. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed. [s.l.] artmed, 2014.