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noticias.uol.com.br

Em três meses, coronavírus se


aproxima de mortes de pandemia de
H1N1
Rodrigo Mattos Do UOL, no Rio de Janeiro 24/03/2020 04h00
6-8 minutos

Em menos de três meses, o novo coronavírus já registra um total


de mortes que se aproxima de todos os óbitos da pandemia de
H1N1 (Influenza A), ocorrida durante 16 meses nos anos de 2009
e 2010. Pelos números da OMS (Organização Mundial da Saúde),
foram 14.652 casos fatais pelo novo vírus, enquanto a antiga gripe
matou um total de 18.449 durante o período de surto.

Esses números são para óbitos comprovados em laboratório na


pandemia, pelos critérios da organização de saúde — há casos em
ambas as doenças não reportados, e as estimativas são de
números bem maiores de mortes.

A comparação de dados da OMS e dos países mostra que há


maior letalidade percentual do novo coronavírus. Uma das
explicações de infectologistas é de que havia antivirais já
desenvolvidos para tratar o H1N1 no surgimento da pandemia de
2009. Além disso, era um vírus mais próximo de outros que já
circulavam, o que criava alguma imunidade na população.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem comparado as

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pandemias dos dois vírus para defender que há um exagero em


relação à reação ao novo coronavírus. À RecordTV, na noite de
domingo, afirmou: "O número de pessoas que morreram de H1N1
no ano passado foi da ordem de 800 pessoas. A previsão é de que
não chegará nesta quantidade de óbitos no coronavírus. Tem
certos números que têm que ser levados em conta".

Bolsonaro se referia ao número de mortos pelo H1N1 em 2019


que, de fato, foi de 796 casos. Durante a pandemia, foram
registrados 2.060 óbitos pelo vírus Influenza no Brasil, em 2009, e
outras cerca de 100 mortes no ano de 2010, quando o país já
distribuíra vacina à população. Isso foi durante o período de dois
anos. Mas a comparação mostra que o coronavírus tem gerado
mais mortes em períodos curtos.

Como histórico, em abril de 2009, a OMS recebeu notícia de


transmissão sustentada de um novo vírus Influenza A (H1N1) na
região do México e dos EUA. Em junho daquele ano, a entidade
declarou a pandemia da doença. E manteve o status de pandemia
até agosto de 2010. Em seu último relatório, registrou as 18.449
mortes no mundo, em um total de 651 mil casos. Em casos oficiais,
a letalidade seria de 2,8%. Mas estudos posteriores estimaram um
número bem superior de mortes e de casos: a letalidade foi
avaliada em 0,026%.

Já o novo coronavírus foi identificado na China em 8 de janeiro de


2020 — já havia pessoas com doenças respiratórias na província
de Wuhan, epicentro do vírus, desde dezembro. A OMS declarou
pandemia da doença em 12 de março. E, agora, até o final da noite
de ontem, a organização apontava as 14.652 mortes para um total
de 334.981 casos confirmados em laboratório. Em casos oficiais, a
letalidade seria de 4,37%.

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Estimativas ainda são imprecisas sobre a letalidade do coronavírus


com variações em cada país: há números que variam de 0,7% a
6%. No Brasil, o Ministério da Saúde confirma 1.891 casos de
infectados com a covid-19, com um total de 34 mortes. Isso levaria
a uma letalidade em casos oficiais de 1,79%.

"Tem alguns elementos que ajudam [o coronavírus a ser mais


letal]. A gente conhece [a H1N1] há mais tempo. Já havia antivirais
— Tamiflu e Relenza — para Influenza. Já havia uma unidade
residual de imunidade para quem fora submetido à gripe. Por isso,
a menor letalidade dos casos de H1N1. Quando existe uma
população vacinada regularmente para Influenza, tem algum efeito
também, porque há uma semelhança ao vírus que já corria. O
quadro tende a ser mais brando por tudo isso", afirmou o
infectologista Edmilson Migowski, professor em doenças
infecciosas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para ele, o potencial de transmissão entre os dois vírus é


semelhante. Mas lembrou que o Brasil, por exemplo, passou a ter
vacina contra H1N1 já em 2010, o que reduziu o efeito da
pandemia naquele ano. Por enquanto, não há nem antivirais, nem
vacina de ação comprovada contra o novo coronavírus, embora
sejam realizados testes com diversas substâncias.

Outro fator apontado pelo infectologista da UFRJ é que, em dez


anos, o sistema de notificação no mundo tornou-se mais eficiente.
"Aumenta a percepção de mortes também", disse ele.

Aumento do contágio mundial

Cristiana Meirelles, infectologista pediátrica formada no Instituto


Fernandes Figueira da Fiocruz, entende que ainda é cedo para

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determinar se há maior letalidade do novo coronavírus em relação


a H1N1. "Não tem um dado muito fidedigno, porque não sabemos
todos os casos. Quando começar a fazer teste em massa, vai ter
um número de letalidade mais certo", disse ela, que lembrou que
várias pessoas não apresentam sintomas e, por isso, não vão a
hospitais.

Meirelles ressaltou que, de 2009 para 2020, houve um crescimento


da globalização, o que aumentou a possibilidade de contágio
mundial.

"O número de viagens é ainda maior, a globalização é ainda maior.


Quase o mundo inteiro, menos a Antártica, tem casos. Favorece a
disseminação."

E acrescentou que, no caso de H1N1, havia antivirais para


combater a doença e uma vacina já em estudo. "Vacina já estava
em estudo antes. Não foi de 2009 para 2010. Influenza tem umas
mutações frequentes. Todo ano tem que fazer uma nova vacina."

Medidas restritivas mais brandas

Governos de diversos países adotaram medidas restritivas bem


mais brandas durante a pandemia de H1N1. No Brasil, houve
inspeções sanitárias nos aeroportos, e as férias escolares do meio
do ano foram prorrogadas em alguns Estados. No exterior, houve
interrupção de aulas em pontos dos EUA e do México, com
isolamento em algumas poucas cidades.

Agora, governos do Rio de Janeiro, de São Paulo e de outros


Estados impedem a circulação de pessoas e o comércio. E,
mundialmente, foram adotadas medidas de supressão para evitar
contato social em boa parte dos países atingidos pela pandemia

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que já chegou a 189 nações.

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