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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

RCF
Nº 71004739397 (N° CNJ: 0050277-73.2013.8.21.9000)
2013/CÍVEL

CONSUMIDOR. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


DANOS MATERIAIS E MORAIS. BLOQUEIO
INJUSTIFICADO DE CARTÃO DE CRÉDITO PRÉ-
PAGO EM VIAGEM AO EXTERIOR. REVELIA. ATO
ILÍCITO. DEVER DE RESTITUIR O VALOR
DEPOSITADO. DANO MORAL CONFIGURADO.
QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$
3.000,00 QUE NÃO COMPORTA REDUÇÃO, POIS
FIXADO EM CONSONÂNCIA COM OS CRITÉRIOS
DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE,
ALÉM DE ESTAR EM CONFORMIDADE COM OS
PARÂMETROS ADOTADOS PELAS TURMAS
RECURSAIS CÍVEIS EM CASOS ANÁLOGOS.
SENTENÇA CONFIRMADA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS.
RECURSO DESPROVIDO.

RECURSO INOMINADO PRIMEIRA TURMA RECURSAL


CÍVEL
Nº 71004739397 (N° CNJ: 0050277- COMARCA DE PORTO ALEGRE
73.2013.8.21.9000)

BANCO BONSUCESSO RECORRENTE

AROLDO BARBOSA RECORRIDO

PAULO GENRIQUE PENTAGNA RECORRIDO


GUIMARAES

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.


Acordam os Juízes de Direito integrantes da Primeira Turma
Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do
Sul, à unanimidade, em negar provimento ao recurso.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

RCF
Nº 71004739397 (N° CNJ: 0050277-73.2013.8.21.9000)
2013/CÍVEL

Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes


Senhores DR. PEDRO LUIZ POZZA (PRESIDENTE) E DR.ª FABIANA
ZILLES.
Porto Alegre, 27 de janeiro de 2015.

DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA,


Relator.

RELATÓRIO
Trata-se de recurso inominado interposto por BANCO
BONSUCESSO S/A contra a sentença de fls. 93/95 que julgou procedente a
ação, condenando os réus, à restituírem, solidariamente, o montante de R$
2.679,10, bem como ao pagamento de R$ 3.000,00 a título de danos morais.
Em suas razões, sustentou a parte recorrente que efetuou o
cancelamento do cartão para se resguardar de uma possível fraude no
cadastro do cartão de crédito. Disse que foi realizada notícia-crime de uma
possível fraude praticada pelo Sr. Norberto Leandro Gauer no contrato
objeto do presente litígio. Mencionou que foi verificada uma inconsistência
nos dados informados no momento da contratação do cartão-dinheiro.
Relatou que, em virtude da fraude, o saldo credor referente ao depósito
permanece bloqueado. Aduziu que inexistem danos morais a serem
indenizados. Salientou que o valor foi arbitrado em valor desproporcional e
desarrazoado. Ao final, requereu a reforma da sentença.
Oferecidas contrarrazões, vieram os autos para inclusão em
pauta de julgamento.
É o relatório.

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2013/CÍVEL

VOTOS
DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA (RELATOR)
Eminentes colegas.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do
recurso interposto.
A sentença não merece reforma, devendo ser mantida por seus
próprios e jurídicos fundamentos, a teor do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
Acrescento que constitui ato ilícito o bloqueio de cartão de
crédito, fundado em suspeita de fraude, sem aviso prévio do consumidor.

O quantum indenizatório fixado em R$ 3.000,00 não


comporta retoque, pois arbitrado de acordo com os critérios da
razoabilidade e proporcionalidade, estando em consonância com os
parâmetros utilizados pelas Turmas Recursais Cíveis em casos
análogos.
Nesse sentido:
CONSUMIDOR. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. BLOQUEIO INJUSTIFICADO DE
CARTÃO DE CRÉDITO EM VIAGEM AO EXTERIOR.
DANO MORAL CONFIGURADO. CARÁTER
PUNITIVO-DISSUASÓRIO DA MEDIDA. QUANTUM
INDENIZATÓRIO MAJORADO. PRECEDENTES DAS
TURMAS RECURSAIS. O autor, em viagem ao
exterior, - Buenos Aires, Argentina -, teve obstado o
uso de cartão de crédito administrado pela ré, fato que
restou não contestado pela parte adversa.
Injustificável a conduta adotada pela instituição
demandada, consistindo em falha na prestação de
serviço, impedindo a fruição do documento de crédito
pelo requerente, que dele necessitava para aquisição
de bens e pagamento de serviços no exterior.
Bloqueio mantido, sem prévio aviso e sem que
houvesse inadimplência, o que causou inegável
constrangimento e limitações de ordem financeira ao
demandante, autorizando condenação a título
punitivo-dissuasório. Quantum indenizatório fixado em
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R$ 1.000,00 que comporta majoração para R$


3.000,00, a adequar-se aos parâmetros adotados
pelas Turmas Recursais Cíveis em casos análogos.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso
Cível Nº 71004478103, Primeira Turma Recursal
Cível, Turmas Recursais, Relator: Marta Borges Ortiz,
Julgado em 18/02/2014)

RECURSO INOMINADO. SERVIÇOS BANCÁRIOS.


CARTÃO COTAÇÃO VISA TRAVEL MONEY.
RECARGA DISPONIBILIZADA APÓS O PRAZO
FIXADO PELO RÉU. FRUSTRAÇÃO DE
UTILIZAÇÃO DE VALORES QUE SE DARIA EM
VIAGEM AO EXTERIOR, EUA/NOVA YORK,
CAPITAL DO CONSUMO. DANO
EXTRAPATRIMONIAL CONFIGURADO.
Considerando que o demandante viajou para Nova
York, em época festiva, do dia 27/12/2012 até
02/01/2013, local sabidamente com imensas ofertas
para compras, sem poder utilizar o crédito que havia
sido prometido creditar em seu cartão por falha do
requerido, a toda evidência, tal situação desborda do
mero descumprimento contratual. Embora o
demandante tenha seguido viagem e logrado êxito em
utilizar o crédito em outro local (Miami/EUA), tal fato
não exime a responsabilidade do banco demandado
em disponibilizar a quantia contratada na data
previamente estabelecida. Quantitativo indenizatório
fixado em R$ 2.500,00. RECURSO PROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71004724720, Primeira Turma
Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Marta
Borges Ortiz, Julgado em 11/11/2014)

Voto, pelo exposto, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO,


mantendo-se a sentença de primeiro grau por seus próprios fundamentos.
Diante do resultado, condeno a parte recorrente ao pagamento
de custas e honorários advocatícios, estes fixados em 20% sobre o valor da
condenação.

É o voto.

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DR.ª FABIANA ZILLES - De acordo com o(a) Relator(a).


DR. PEDRO LUIZ POZZA (PRESIDENTE) - De acordo com o(a) Relator(a).

DR. PEDRO LUIZ POZZA - Presidente - Recurso Inominado nº


71004739397, Comarca de Porto Alegre: "NEGARAM PROVIMENTO AO
RECURSO. UNÂNIME."

Juízo de Origem: 4.JUIZADO ESPECIAL CIVEL-F.CENTRAL PORTO


ALEGRE - Comarca de Porto Alegre

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