Ouro Nº 42 - Ano 2

sobre
8 Agosto 2008

azul RAPIDINHA

O sol, de um amarelo quente, mergulha os seus raios na quieta imensidão
de um mar calmo e azul que nos obriga a pensar no Verão e nas férias por
que tanto ansiamos. Embora por estas latitudes os dias de sol e de calor sejam de uma regularidade
bem diferente da do nosso Portugal à beira-mar plantado, a imaginação coloca-nos, por vezes, nas
maravilhosas praias da nossa extensa costa que, de norte a sul, nos proporcionam águas límpidas e
refrescantes onde nos banhamos gostosamente depois de acariciados pelos quentes raios do sol. Tal
como esta bonita e bronzeada loira, de cabelos de sol e biquini de mar. Verdadeiro ouro sobre azul.
Gratificados
Todos sabemos que o velho Bairro Alto dos jornais, dos ardi-
nas, das casas de pasto, e de fado, das prostitutas, dos pre-
goeiros, das pequenas oficinas, gráficas e de outras artes, já não
existe a não ser na memória de quem tenha vivido a ternura dos
cinquenta. Hoje, aquela zona lisboeta, very tipical ainda para os
camónes ou beefes que a demandam, já não é o que era para
os alfacinhas. O ar de mistério e o cheiro a pecado desaparece-
ram daquelas ruas estreitas, foram substituídos pelos decibéis
debitados pelas aparelhagens dos bares, pubs ou discotecas.
Esta invasão de espaços nocturnos de diversão trouxe mais
insegurança ao bairro. Na rua, os chulos e as prostitutas foram
substituídos pelos drogados e pelas meninas queques, não há
facas na liga mas há pistolas no bolso. Raro é o dia em que não
ocorram desacatos, lutas, facadas ou tiros. Por isso, os comer-
ciantes da noite, não satisfeitos com o pouco policiamento da
zona, resolveram unir-se. Vai daí, fizeram contas e decidiram-se
por uma “vaquinha”: se o governo, a câmara e a polícia não
cumprem com o que lhes compete, os cidadãos metem a mão
ao bolso e compram, com mais algum dinheirinho, a segurança
que já pagam. Governo e câmara agradecem. E os polícias tam-
bém... sempre se fazem mais alguns gratificados à conta desta
situação muito pouco gratificante. D.S.

Vale e Azevedo de novo condenado

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou que Vale e Azevedo terá
que cumprir mais cinco anos de cadeia por burla qualificada no caso
Ribafria sem hipótese de recurso. O processo remonta a 1993 e está
relacionado com a apropriação ilícita de 1,5 milhões de euros por parte
500 milhões de dólares
para luta antitabaco
É a oferta de dois multimilionários americanos. Que, parece, não fumam...

do ex-presidente do Benfica.
O corpo e a alma de Ronaldo
Cristiano Ronaldo vai ficar no Manchester United por mais uma
época. A garantia é dada pelo próprio jogador que promete «jogar de
corpo e alma» no clube inglês. Vamos lá ver como os ingleses reagem
ao final desta rábula, onde o dinheiro parece ter-se sobreposto ao
carácter do jovem madeirense.
Viajar sozinho é mais caro
Os condutores que viajarem sozinhos para Lisboa vão pagar mais de
portagem à entrada na cidade, de acordo com uma portaria publicada em
Diário da República. As portagens diferenciadas deverão ser aplicadas
em dias úteis e em certas horas, num espaço de seis meses, segundo
informou a Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do
Tejo, que ainda não definiu um plano objectivo.
Incêndio em restaurante do Porto
Um incêndio destruiu parcialmente um restaurante na zona histórica
do Porto, causando apenas danos materiais. O sinistro declarou-se na
cozinha do restaurante “Simbiose”, no nº 133 da Rua Nova da
Alfândega, num prédio de construção muito antiga.
PUB.
Um deles é Bill Gates, recém-reformado líder da
“Microsoft” e criador de uma fundação beneficente que
até agora prestava atenção a doenças como a SIDA e a
malária. O outro é Michael Bloomberg, criador de uma
grande empresa de informação financeira que leva o
seu nome - Bloomberg LP - e actual mayor da cidade
de Nova Iorque.
Numa conferência de imprensa em
Manhattan, os dois bilionários anunciaram
que vão gastar quinhentos milhões de
dólares em iniciativas antitabágicas.
Bloomberg, que deixou de fumar há trinta
anos, é conhecido há muito pelo seu
activismo na matéria. Fundou uma das mais
importantes organizações privadas na matéria,
a “Bloomberg Initiative to Reduce Tobacco Use”
(iniciativa Bloomberg para reduzir o uso do tabaco),
cuja acção se estende a inúmeros países. A lei pioneira
de 2002 que proibiu fumar nos bares e restaurantes de
Nova Iorque foi obra dele.
Aos 375 milhões de dólares que Bloomberg investiu
e vai investir, somam-se 125 oferecidos por Gates.
Embora o fundador da Microsoft não tenha dedicado
grande atenção ao assunto até agora, o anúncio assinala
uma viragem de direcção na “Bill and Melinda Gates
Foundation”. “O tabaco é uma epidemia que pode ser
combatida”, disse Gates. Os biliões investidos no
combate a doenças muito associadas ao Terceiro
Mundo (embora não exclusivamente) tornaram a sua
fundação uma das principais entidades
filantrópicas no mundo inteiro. Se se pensar
que o gasto público anual em iniciativas
antitabágicas ronda os 20 biliões, percebe-
se a diferença que pode fazer a intervenção
de nomes como Gates e Bloomberg.
O contexto do compromisso agora
anunciado, que se estende por cinco anos, é
o MPower, um projecto global cuja prioridade
são os países pobres e de rendimento médio, para
onde as grandes companhias de tabaco viraram a sua
atenção após verem as suas actividades cortadas no
chamado primeiro mundo com leis que proíbem fumar
em lugares públicos e fazer publicidade ao tabaco na
televisão. Com efeito, é em países como a China, a
Índia e a Rússia que se prevê cresça mais o consumo de
tabaco ao longo das próximas décadas.