REVOLUÇÃO INGLESA E O CARÁTER BURGUES – (W.

Neto)

– avanço dos pesquisares marxistas  “As transformações políticas, econômicas e sociais da

Inglaterra do século XVIII tornaram possível a Revolução industrial do séc. seguinte”.
Ao adotar o ponto de vista de que a Revolução Inglesa libera as foeças que amarravam o
desenvolvimento inglês, estamos adotando a tipologia burguesa.

Críticos do caráter burguês :

 Lawrence Stone
 H. Trevor – Roper
 Austin Woolrych

1. Explica a Revolução como uma “crise dentro do próprio regime” e não numa crise que
envolva toda a sociedade.
Destaca a distancia das elites quantos aos problemas sociais => desprestigio geral das
instituições do governo geral. (p.41)
 Critica o postulado da luta de classes para o século XVII.
 Reforça a passividade das massas, dos arrendatários e dos trabalhadores agrícolas.
 Reforça a neutralidade ou divisão da burguesia.

2. A crise geral européia do século XVII se caracteriza como uma crise nas relações entre
sociedade e Estado.
 Critica que a Revolução inglesa seja desobistruidora do desenvolvimento
capitalista.Para ele ou se prova que os homens que fizeram a Revolução Inglesa
desejavam o resultado do desenvolvimento capitalista o que sem ela não teria
desenvolvimento capitalista.
 É importante compreender a relação da crise entre Estado e sociedade => na década
de 1640, a Inglaterra apresenta uma corte inalterada, numa rígida estrutura política =>
com o desenvolvimento do capitalismo, a desarticulação da sociedade  crise

A criticas apontam para:

 falta de definição clara das classes em conflito. (p.43)
 de não se encontrar uma proposta manifestadamente burguesa nos grupos que lideram o
movimento.
 se prevalecer essa atitude , nunca se compreendera o caráter progressista da revolução
Inglesa.
 nenhuma revolução se faz com programa determinado nem a burguesia é uma classe
homogenia e que não se expõe abertamente

Para se compreender a revolução é necessário

A) Procurar o sentido geral do processo no seu todo e as classes que dela obtém
ganhos ou ganhos ou perdas no final.
B) Observar as conseqüências advindas das transformações ocorridas no conjunto
da sociedade.
Defensores do caráter burguês
Ia.L.Morton – O 1º a propor uma explicação marxista para a historia da Inglaterra e afirmar na
década de 30 –“ a guerra civil foi uma guerra de classe”.

1940 – C.HillI afirma o mesmo.

Tanto críticos como defensores marxistas reconhecem que existem pontos nebulosos na
revolução, mas que é importante dizer que a Revolução burguesa na Inglaterra não é uma
invenção do marxismo mesmo que:
A) O longo parlamento seja apenas reformista e não revolucionário.
B) Não aparecer um conflito claramente declarado entre duas classes.
C) A burguesia não esta a frente do movimento. (p.45)
Não devem estes fatos obscurecer a visão do assunto.
ARRUDA: é impossível de se ver uma linha divisória nítida entre as classes em conflitos,numa
realidade capitalista em formação.
HILL: “Revolução Burguesa não é a revolução na qual a burguesia faz a luta(...), mas uma
revolução cuja a ocorrência limpa o terreno para o capitalismo”.

O cerne da questão é: “após a Revolução Inglesa as condições básicas estavam dadas

para o livre desenvolvimento das relações capitalistas.”

Surgia : uma nova classe a açambarcar lucros.

Uma nova maquina governamental
Um novo pais
Uma nova forma de produção ganhava contornos fundamentais para se desenvolver
plenamente nom século seguinte.

Importante: Revolução Inglesa e revolução Industrial são interligações cruciais

REVOLUÇÃO INGLESA – M. Florenzano

Monarquia, Parlamento e Reforma

– O Estado era fraco => não se possuía os instrumentos básicos para efetivar o poder
centralizado: exercito permanente
autonomia financeira
burocracia
– Parlamento forte
– Igreja Reformada

– analise das razões que explicam evolução particular da monarquia inglesa enquanto
no continente o Absolutismo se consolidava. (p.76)
– ausência de poderoso e permanente exercito. (p.76)
– ausência de autonomia financeira. (p.79)
– burocracia reduzida (p.80)

– Parlamento – função de aprovar,votar em caráter extraordinário, medidas econômicas e ou

políticas para a monarquia = no continente era diferente e se trasnformou em particular,
porque:
 Na Inglaterra so existia uma única Assenbleia desse tipo.
Não existia divisão entre clero,nobreza e burguesia – a câmara de Lordes e Comuns =>
distiguia a propia nobreza. (p.81)

 alto clero  burgueses

Câmara de Lordes  alta nobreza Câmara dos comuns  gentry

– A aristocracia rural dominava a administração local (juizes de paz) e o Paelamento.

(p.82)
– Reforma – As razões de Henrique VIII eram mais de caráter político. (p.83)

– A política Absoluta dos Stuarts (1603-1640)

– Jaime I – tentativa de criar uma base econômica independente e sua aproximação com a
Espanha

Resultado :  disputas violentas com o parlamento

 descontentamento da gentry e burguesia urbana.
Amadureceu as contradições em seu reinado

Bases intelectuais da Revolução – (p.87)

A) Puritanismo
B) Direito Comum
C) Pais em oposição à corte

Carlos I – encontra a Inglaterra (1625) nitidamente desfavorável à tentativa de implantar

programa político de caráter absolutista.
– mais é o que rei vai fazer
 tributos reais, política social, etc.
 rei passa à ofensiva =. Política global que procura criar instrumentos que o poder monárquico
carecia.
 caminha em sentido contrario às forças sociais, econômica e religiosas => oposição ao
Rei
1637 – Ship Money – Recusa em pagar
1639- 1640 – Inicio da revolta geral contra o pagamento da taxa.
REVOLUÇÃO INGLESA –
Modesto Florenzano

As transformações econômico-sociais.
– industria têxtil
Desenvolvimento econômico – construções navais
– produção de carvão

Desenvolvimento no campo => sentido capitalista

Criação de mercado int. para produção agrícola.
Negócios com lã

A crescente divisão do trabalho e a expansão do mercado int.

“Havia se originado no interior de uma estrutura econômica ainda feudal um incipiente,

mas dinâmico núcleo capitalista” (p.69).
 Londres – centro do núcleo => cidade da Europa.

O desenvolvimento econômico => repercussão profunda na estrutura social – alterações de

cima para baixo.

Segundo L. Stone:
 As terras : passaram da alta aristocracia  gentry
Dos arrendatários e jornaleiros  camponeses proprietários yeomen
Passaram também para os comerciantes pequenos e mercadores ricos
Resultado – deslocamento das riquezas da Igreja e coroa, dos ricos e pobres para = classe
média e média alta

Nobreza inglesa e sua aptidão para o comércio. (p.72)

Duas circunstâncias explicam esse comportamento:
 Precoce desmilitarização da nobreza inglesa
 Grandes desenvolvimento dos negócios da lã e comércio marítimo paralelo com o 1°
– os nobres que deles participaram  enriqueceram
– os que não participaram  empobreceram e perderam suas terras ara gentry

Resumo: Na Inglaterra a classe de proprietários de terras (aristocracia rural) ao mesmo tempo

em que se orientava para o capitalismo não abandonava o estilo de vida nobre.

Perry Anderson ; “As classes propiedade rurais – eram em geral, civil por suas origens,
comerciantes por suas ocupações, plebéia – por sua posição”.

Para Modesto: a classe dominante não era a o séc.XIX, uma verdadeira burguesia, mas uma
aristocracia senhorial. (p.73)

Os camponeses – vitimas dos enclausures => desarticulação da comunidade aldeã 

separação do camponês da terra.

Relação burguesia e Estado –

 Uma pequena fração da burguesia, aquela ligada aos negócios externos dependiam da
proteção da coroa.
 Os manufatureiros e os comerciantes = ligados ao comercio interno era mais independentes
do Estado e sentiam se tolhidos pela política de monopólio da coroa.

“eram contrários à interferência do estado na economia e partidários da liberdade de

produção e comercio” (p.75)
O perigo da New Model ARMY – P.107

Entra em cena os Levellers –

Disputa de poder entre presbiterianos e independentes
– O acordo do povo – projeto político dos niveladores
– fim dos niveladores pouco tempo depois –1647 – a ajuda mútua ainda se mantém devido à
guerra.
Com o fim da monarquia e proclamado a República => independente.
Não procuram satisfazer as reinvidicações dos niveladores => esmagados por Crowew em
1649.
1637-1640 – Recusa da burguesia em pagar o imposto marítimo
1639 – Revolta na Escócia – Invasão da Inglaterra pela Escócia.
1639 – Parlamento curto
1640-1653 –Parlamento logo
1640-1642 – A grande Rebelião – Ruptura entre Rei e parlamento, o Parlamento inicia uma
oposição ao Rei, abolindo seus principais instrumento do poder moarquico – A luta do Inicio foi
constitucional.
1641 – Revolta da Irlanda – A unidade da posição se desfaz dois grupos se formam em luta:
Rei e Parlamento – Carlos I prepara o contra-ataque, e forma um exercito relista.
1642-1648 – Guerra Civil –entre Carlos I e o Parlamento Inglês
 forças parlamentares: puritanos – pequenos proprietários rurais e comerciantes
– artesãos das cidades
– economia ais avançadas sul-leste
Os componentes do exercito eram os cabeças redondas
Forças reais – anglicanos e católicos da Inglaterra e da Irlanda
– Lordes
– Alta nobreza possuidora de terras
– militarmente - cavaleiros
–Norte-Oeste – semifeudais

1644 – Cromwell – Reorganizam o exercito contra o Rei–

– novo exercito modelo
1645 – fim da batalha militar
1646 – Carlos I se rende aos escoceses – Novo partido: niveladores
1647 – rivalidade entre Parlamento e exercito.
 conselho do Exercito => democracia
 acordo do povo – constituição dos niveladores
 O rei foge – tem inicio a guerra civil

1648 – recapturado o Rei

Crowell recompõe o exercito e expulsa os realistas do Parlamento

1649 – Carlos I é executado – monarquia declarada “desnecessária”. Abolida a Câmara dos

Lordes – Proclamação da República

República de Crowell –1649-1658 –

1658 – Morte de Crowell – assume seu filho Ricardo, que não consegue exercer o cargo com a
energia necessária.
1660 – Ricardo abdica – Carlos II assume – inicia-se a Restauração dos STUART –fim para
alguns da revolução burguesa que modifica a monarquia,mas não a destrói.
Formação de dois partidos : Wigh e Torie
1688 – Revolução gloriosa Wighs e Tories se unem na luta contra o Rei Jaime II – sem
participação das massas populares – não teve agitações.
Stuart : Jaime I (VI Da Escócia)
Carlos I (1625-1649) – deposto e decapitado
Carlos II –1660-1685
Jaime II – 1685-1688

 Absolutismo de fato com a dinastia Tudor – séc.XVI

Pacto entre rei e classes abastadas, devido a divisão entre não ser ainda clara.
séc.XVII – situação política sofre mudanças com os STUART.
– a divisão entre as classes se crisaliza
– burguesia e pequena nobreza proprietária da terra  interesses únicos em –desenvolvimento
pacifico e comercio legal.
O conflito entre as classes sociais se evidencia na disputa entre os reis (Jaime I e Carlos I) e
respectivos parlamentos, onde a burguesia, através da Câmara dos Comuns, tornava-se mais
expressiva.
Parlamento :representantes das Camadas mais elevadas  nobreza,clero e burguesia
enriqecida.
 “Jaime I procura conduzir a política de modo a afirmar o poder monárquico em detrimento ao
Parlamento”.
 tentativa de estabelecer :
–O Absolutismo de direito =. Direito divino
–E praticas econômicas que fortalecesse a Antiga ordem feudal e a monarquia
Por exemplo: imposto, monopólio imposto alfandegário.
 A política absolutista dos Stuart,se defronta com a Igreja
Esta dependia da coroa desde o sec.XVI => Comunhão de interesses
Com a ruptura entre coroa e burguesia => Oposição entre puritanos e Igreja Anglicana.
A oposição religiosa era conflito entre dois sistemas sociais e respectivas ideologias:
 puritanos ou presbiterianos – Igreja organizadas para difundir as formas de pensamento
políticos e econômico conveniente a classe mercantil
 Anglicanos – comprendidos com a velha ordem social e política medieval.
a luta pelo controle da Igreja => definir a natureza da sociedade (era o meio de
comunicação)
 Com as rendas provenientes das terras menores => pequena nobreza feudal mais
dependente da Corte
 a medida em que se torna menos útil à burguesia => a monarquia se torna indispensável aos
cortesãos e à aristocracia.
 A própria monarquia proprietária de terras, tinha suas restrições a uma mudança fundamental
de ordem feudal para uma capitalista.