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Para leitura e reflexão O que é Matemática Discreta

O que é Matemática Discreta


Algumas observações sobre Lógica,
Teoria dos Conjuntos e Combinatória de Contagem

Sumário
1 Boas vindas 1

2 Matemática Discreta 2

3 Linguagem e Lógica Matemáticas 3

4 Teoria dos Conjuntos 4

5 Combinatória de Contagem 5

6 Últimas palavras 6

1 Boas vindas
Bem vindo a nossa disciplina, Matemática Discreta! Nela vamos estudar
tópicos pertencentes a três grandes ramos desta área da Matemática: Linguagem
e Lógica Matemáticas, Teoria dos Conjuntos e Combinatória de Contagem. Estes
assuntos serão nosso foco principal durante todo o perı́odo. Mas, antes de iniciar
os estudos propriamente ditos, neste primeiro contato, gostarı́amos de dar uma
resposta, em linhas gerais, à pergunta

O que é Matemática Discreta?

Como é de se esperar, por ser relativa a natureza de um ramo da Matemática, esta


pergunta não tem uma resposta fácil; talvez não tenha uma única reposta; e, na
verdade, talvez nem mesmo tenha uma resposta. Por esta razão, vamos nos limitar
a dar uma ideia geral da abrangência dos termos ‘matemática discreta’, ‘linguagem
e lógica matemáticas’, ‘teoria dos conjuntos’ e ‘combinatória de contagem’, de modo
a situar estes conteúdos dentro do vasto campo do conhecimento matemático. Nosso
intuito é suscitar a sua curiosidade para que você se motive ainda mais a estudar
estes assuntos.

1
Para leitura e reflexão O que é Matemática Discreta

2 Matemática Discreta
Quanto ao nome de nossa disciplina, Matemática Discreta . . .
Acreditamos que, a esta altura, a Matemática dispensa apresentações. Todos es-
tamos cientes da sua importância no mundo atual. Cada vez mais dependemos dos
nossos conhecimentos sobre números e figuras geométricas — que são, na prática,
os objetos matemáticos mais utilizados — para entender e resolver problemas do
mundo real. Além disso, a cada dia que passa objetos matemáticos, como conjun-
tos, funções, grafos, matrizes etc. são mais e mais utilizados na modelagem e na
resolução de problemas que estão no centro de nossas atividades cotidianas. Na
verdade, podemos dizer que, atualmente, é impossı́vel fazer uma busca na Internet,
efetuar um pagamento num banco ou planejar os gastos de uma empresa, sem utili-
zar — mesmo que não estejamos nos dando conta disto — resultados matemáticos
altamente sofisticados.
A especificidade de certos problemas nos leva ao desenvolvimento de técnicas
especiais para tratá-los. Esta especificidade está na origem da divisão da Matemática
em grandes ramos, como: aritmética, álgebra, cálculo, geometria, probabilidade, e
muitos outros. Com certeza, você já teve contato com alguns destes ramos no Ensino
Médio, porém isto não foi feito em um contexto formal, uma vez que, usualmente,
a Matemática abordada na escola é limitada a contextos familiares aos alunos.
Uma distinção que costuma ser utilizada para diferenciar as técnicas que estão
na base dos diversos ramos matemáticos é a dicotomia em discreto e contı́nuo.
Em termos gerais, podemos dizer que a Matemática Discreta é o ramo da Ma-
temática que trata de objetos que podem ser vistos como separados um do outro.
Por exemplo, os números naturais, que são usados para contar, são representados
por pontos intervalados em uma reta:

1 2 3 ··· n ···

Este é o arquétipo matemático para a noção de discreção. A palavra discreta vem


do latim discernere, o mesmo que discriminar, separar, distinguir, ver com clareza.
Já a Matemática Contı́nua, de uma maneira geral, trata de objetos que, em-
bora possuindo a sua autonomia e independência um do outro, são melhor tratados
quando considerados como não passı́veis de separação. Por exemplo, os números re-
ais, que são usados para medir, são representados pelos pontos em uma reta densa,
sem “buracos a serem preenchidos”:

··· ···

Este é o arquétipo matemático para a noção de continuidade. A palavra contı́nua


vem do latim contenere, o mesmo que ter junto, segurar, manter unido.
Neste sentido, discreto e contı́nuo dizem respeito as duas ações mais básicas da
Matemática: contar e medir. Mas, em geral, Matemática Discreta lida principal-
mente com a Combinatória e a Teoria dos Números Inteiros. Ela trata de tudo
o que se refere a objetos que podem ser representados finitamente e formam um
todo que pode ser indexado por números naturais. A Matemática Contı́nua lida
principalmente com o Cálculo e a Geometria.

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Para leitura e reflexão O que é Matemática Discreta

Em uma única frase, podemos dizer que a Matemática Discreta é o ramo da


Matemática que abrange o estudo das estruturas matemáticas discretas.
Falando grosseiramente, uma estrutura matemática discreta é qualquer objeto
que pode ser decomposto em um número finito de pedaços ou que pode ser construı́do
passo a passo a partir de pedaços (esta é uma visão um pouco mais abrangente da
noção de discreção explicada acima). Por exemplo, o trajeto de uma viagem, as
peças de xadrez dispostas em um tabuleiro, a decomposição de um número natural
em seus fatores primos etc.
O estabelecimento da Matemática Discreta como uma área da Matemática é
um fato recente. É difı́cil dizer quando os vários conteúdos que a compõem foram
considerados como um todo e passaram a formar um único ramo do conhecimento
matemático. Mas, seja lá qual for esse momento, desde então a Matemática Discreta
é uma das áreas da Matemática que mais se desenvolve, devido ao grande número
de aplicações que possui. Dentre elas, talvez, a mais importante seja na Ciência da
Computação. Tanto o armazenamento quanto a recuperação de dados e o próprio
processo de computação feito pelas máquinas digitais podem ser descritos por meio
de estruturas discretas.
Na verdade, como muitas das nossas atividades envolvem o manuseio de estru-
turas discretas, os conceitos e resultados da Matemática Discreta são úteis para o
estudo de quase todos os problemas em que estamos envolvidos no dia-a-dia.
Em nossa disciplina, os estudos de Matemática Discreta compreenderão apenas
três partes: Linguagem e Lógica Matemáticas, Teoria dos Conjuntos e Combinatória
de Contagem. Mas a Matemática Discreta possui ainda muitos outros ramos impor-
tantes, como Criptografia, Programação Linear, Teoria dos Algoritmos, Teoria dos
Grafos etc. Assim, apesar do nosso conteúdo parecer ser extenso, em nossa disci-
plina tratamos apenas de uma pequena parte deste imenso ramo da Matemática,
chamado Matemática Discreta. Por esta razão, vamos fazer uma distinção e usar a
expressão ‘MD’ quando estivermos nos referindo a nossa disciplina e usar a expressão
‘Matemática Discreta’ para referência a totalidade da Matemática Discreta.

3 Linguagem e Lógica Matemáticas


Para descrever os processos que usamos na análise e na sı́ntese das estruturas
matemáticas, usamos a Linguagem Matemática.
De uma maneira geral, podemos dizer que a Linguagem Matemática é uma parte
da Lı́ngua Portuguesa, modificada pela reinterpretação de certos vocábulos e pelo
acréscimo de algumas palavras e sı́mbolos. Por exemplo,

−b ± b2 − 4ac
2a
e
Não existem inteiros positivos x, y, z e n, n ≥ 2, tais que xn + y n = z n .
são frases tı́picas da Linguagem Matemática.
O domı́nio da Linguagem Matemática tem um aspecto social, pois é através dela
que os matemáticos, professores e alunos se comunicam. Mas seu estudo não é só im-
portante na compreensão e na comunicação das ideias em um contexto social. Muitas

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Para leitura e reflexão O que é Matemática Discreta

vezes, a redação ou a interpretação correta de uma frase da Linguagem Matemática


é um passo decisivo na resolução de um problema. Por exemplo, os processos para
achar as raı́zes de equações sofreram avanços consideráveis nos perı́odos em que os
matemáticos desenvolveram linguagens algébrica adequadas para este estudo.
Já os processos usados nos raciocı́nios que fazemos sobre as estruturas matemáti-
cas são objetos de estudo da Lógica Matemática.
De uma maneira abrangente, podemos dizer que a Lógica Matemática é o estudo
do raciocı́nio usado pelos matemáticos. Ela se ocupa, principalmente, da cata-
logação, da descrição e da correção destes processos de raciocı́nio.
Os estudos de Lógica datam da época de Aristóteles, por volta de 350 a.C., mas
o estabelecimento da Lógica Matemática como uma área da Matemática pode ser
atribuı́do ao ano de 1879, quando Gotlob Frege (leia-se Frê-gue) publicou o livro
‘Ideografia’. Desde então, a Lógica é uma das áreas da Matemática que mais se
desenvolve, devido ao grande número de aplicações que possui. Dentre elas, talvez,
a mais importante seja na fundamentação da Matemática. O estudo dos processos
formais que são utilizados pelos matemáticos no desenvolvimento de sua disciplina
levou à descoberta de resultados profundos e surpreendentes, como os Teoremas de
Gödel, de 1931, sobre a impossibilidade de se formalizar a Matemática, e o Teorema
de Turing, de 1936, sobre a impossibilidade de se computar certas funções.
Além de ser útil para a Matemática Discreta, o estudo da Linguagem e da Lógica
Matemáticas também é útil para o estudo das outras disciplinas. Na verdade, por
tratarem de aspectos que estão presentes no uso da linguagem e do raciocı́nio —
seja na compreensão ou na comunicação de ideias — os conhecimentos obtidos com
este estudo podem ser aplicados em qualquer ramo da Matemática.

4 Teoria dos Conjuntos


Um conjunto é um aglomerado qualquer de objetos. Por exemplo, as seleções
da Copa do Mundo, as estrelas no céu, os números naturais, são exemplos tı́picos
de conjuntos. Os objetos que estão no conjunto são chamados seus elementos. Por
exemplo, Seleção Brasileira, Sol e 1 são elementos destes conjuntos, respectivamente.
Acredita-se que os objetos mais básicos da Matemática são os conjuntos. Isto
quer dizer que:
– um conjunto é um objeto matemático;
– todos os objetos matemáticos podem ser decompostos em, ou construı́dos a
partir de, conjuntos.
Como todos os objetos matemáticos podem ser decompostos ou construı́dos como
conjuntos, os conceitos e resultados estudados na Teoria dos Conjuntos podem ser
aplicados em qualquer ramo da Matemática. Neste sentido, ela é tão fundamental
quanto a Linguagem e a Lógica e, para muitos, não há uma distinção clara entre
estes ramos do conhecimento.
De uma maneira abrangente, podemos dizer que a Teoria dos Conjuntos é o
estudo das propriedades dos conjuntos que independem da natureza dos seus ele-
mentos.

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Para leitura e reflexão O que é Matemática Discreta

Por exemplo, dados dois conjuntos A e B, a interseção de A com B é o conjunto


formado pelos elementos de A que também estão em B. Por outro lado, a interseção
de B com A é o conjunto formado pelos elementos de B que também estão em A.
Um pouco de reflexão nos leva a concluir que fazer a interseção de A com B e fazer
e a interseção de B com A dá no mesmo. Este é um resultado tı́pico da Teoria dos
Conjuntos, pois sua veracidade não depende dos elementos que fazem parte nem de
A e nem de B.
O estabelecimento da Teoria dos Conjuntos como uma área da Matemática pode
ser atribuı́do ao ano de 1873, quando George Cantor (leia-se Cán-tor) publicou um
artigo contendo um resultado surpreendente: a quantidade de números naturais é a
mesma que a quantidade de números racionais. Desde então, a Teoria dos Conjuntos
se desenvolveu em dois aspectos interligados: (1) como um ramo independente de
estudos, com seus conceitos e resultados particulares; (2) como uma linguagem uni-
versal, na qual grande parte das ciências e toda a Matemática pode ser desenvolvida.
Neste segundo aspecto, a Teoria dos Conjuntos assumiu um papel tão importante
que alguns chegam a afirmar que, na verdade, a Matemática é que é um ramo da
Teoria dos Conjuntos.

5 Combinatória de Contagem
Os conjuntos são classificados em finitos, tais como o conjunto das páginas de
um livro, ou infinitos, tais como o conjunto dos números naturais pares.
Muitas vezes, um conjunto finito é descrito de maneira que podemos determinar
facilmente quantos elementos ele possui. Por exemplo, o conjunto dos divisores de
10. Já outras vezes, isto não parece ser tão fácil. Por exemplo, o conjunto de todas
as sequências de movimentos que levam um cubo mágico, dado inicialmente, à sua
solução.
Dado um conjunto finito descrito por um processo qualquer, o problema de
determinar o seu número de elementos é o que chamamos de problema de contagem.
A Combinatória de Contagem é a parte da Matemática que trata da resolução deste
tipo de problema.
A princı́pio, todo problema de contagem pode ser resolvido pela listagem dos
elementos do conjunto. De fato, aparentemente, para determinar o número de ele-
mentos de um conjunto finito dado, basta listar, um a um, de maneira organizada,
todos eles e contar diretamente quantos são.
É claro que esta técnica pode ser usada para determinar de maneira direta o
número de elementos de alguns conjuntos simples, mas sua aplicação não é a mais
adequada, pois em geral pressupõe duas coisas: organização e tempo. Organização,
porque quando o processo para gerar os elementos é muito complicado precisamos de
um método sistemático para gerá-los, de modo a garantir que todos foram gerados
e que nenhum foi gerado mais de uma vez. Tempo, porque quando o número de
elementos é muito grande qualquer método sistemático que apliquemos para gerá-los
vai ser demorado, em função do grande número de tarefas que devem ser executadas.
Assim, o principal objetivo da combinatória de contagem é:
resolver problemas de contagem pelo desenvolvimento e aplicações de

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Para leitura e reflexão O que é Matemática Discreta

técnicas que permitem determinar o número de elementos, satisfazendo


a uma dada especificação, sem que seja necessário listá-los um a um e
contá-los diretamente.

Combinatória de Contagem é apenas um ramo de um conteúdo mais geral, cha-


mado Combinatória. Esta é uma parte da Matemática Discreta que estuda pro-
blemas de existência, contagem, listagem e otimização. Não vamos nos aprofundar
nestas distinções, mas apenas dizer que Combinatória tem crescido rapidamente
nos últimos anos, fazendo contribuições fundamentais para Biologia, Ciência da
Computação, Criptologia, Pesquisa Operacional, Quı́mica, Teoria da Probabilidade,
entre outras. Computadores, redes de computadores, os dados que eles manipulam
e os algoritmos aplicados para este fim, todos podem ser vistos como estruturas
finitas e/ou discretas. Por esta razão, são perfeitos para a aplicação das técnicas
desenvolvidas na Combinatória. Isto faz com que um grande números de estudiosos,
tanto teóricos quanto práticos, se dediquem a esta parte realmente maravilhosa da
Matemática.

6 Últimas palavras
Neste texto, oferecemos apenas uma ideia do que é Matemática Discreta e alguns
de seus sub-ramos. Os três tópicos que destacamos acima serão abordados mais
profundamente nas próximas semanas e esperamos que, dada a importância que
eles possuem para a Matemática, você esteja motivado a estudá-los.
Para obter mais informações sobre estes assuntos, em abordagens similares a que
adotamos em nossa disciplina, ao longo do semestre você pode consultar os livros
que estão listados no Guia da Disciplina Matemática Discreta.

c 2019 Márcia Cerioli e Petrucio Viana


Coordenação da Disciplina MD/CEDERJ-UAB

Atualizado em 27 de janeiro de 2019.

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