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O Paradoxo da Codificação
Todo gene contém pelo menos um acentuador. Ao contrário dos genes em si,
cujas regiões codificantes são prontamente identificadas em virtude da
gramática bastante simples do código genético, as regiões acentuadoras não
podem ser reconhecidas tendo como base apenas suas seqüências de DNA, e
devem ser identificadas experimentalmente. Geralmente, os acentuadores são
formados por centenas de pares de bases de comprimento e podem estar
localizados em qualquer um dos lados do gene, ou mesmo em uma seqüência
não-codificante dentro dele. Eles podem também estar a milhares de
nucleotídeos de distância do gene.
Dispositivos em Evolução
A evolução dos acentuadores não está, de forma alguma, limitada aos genes
que afetam a forma corporal, nem apenas a moscas-das-frutas e peixes
estranhos. Uma série de exemplos de mudanças evolutivas em seqüências
regulatórias que alteram a expressão gênica foi demonstrada para
características humanas também.
CONCEITOS-CHAVE
- Uma vez que os genes codificam as instruções para a constituição do corpo
dos animais, os biólogos esperavam encontrar diferenças genéticas
significativas entre eles, refletindo sua grande diversidade de formas. Mas, na
verdade, descobriram que animais muito diferentes possuem genes muito
semelhantes.
- Mutações em dispositivos que controlam a expressão de genes que definem
as formas do corpo, e não nos genes em si, têm sido uma fonte significativa de
diferenças evolutivas entre animais.
DETECTANDO O DISPOSITIVO
TAMI TOLPA
Em Busca de Dispositivos
Um dos principais limitadores do ritmo de
descoberta de acentuadores humanos tem sido a
dificuldade de identificar onde eles residem nas
vastas regiões não-codificantes do genoma
humano. Os biólogos têm agora usado o poder de
preservação da seleção natural para farejar
seqüências de DNA não-codificante que ficaram
surpreendentemente bem conservadas ao longo
das grandes escalas do tempo evolutivo, na esperança de detectar
acentuadores.
Endless forms most beautiful: the new science of evo devo and the
making of the animal kingdom. Sean B. Carroll. W. W. Norton, 2005.
The making of the fittest: DNA and the ultimate forensic record of
evolution.Sean B. Carroll. W. W. Norton, 2006.