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INTRODUÇÃO
O interesse pelo tema surgiu após dados apresentados por alguns pesquisadores que
dedicaram estudos à classe profissional militar, evidenciando um aumento crescente de
transtornos psicológicos nessas organizações. A Tenente Coronel (QOS) Maria Cristina
Garcia Costa, em sua tese de mestrado “ ATENÇÃO, SENTIDO” ENTRE A POSIÇÃO
QUE PARALISA E A ATIVIDADE QUE TRANSFORMA - UM ESTUDO EM SAÚDE
MENTAL ENTRE POLICIAIS MILITARES” relata que em 22 anos exercendo a função
como Psicóloga da PMMG pôde constatar o alto número de absenteísmo decorrente de
transtornos mentais. Segundo a autora, várias são as queixas por parte dos militares a respeito
das suas vivências ocupacionais nas instituições. Dentre elas, a sensação de perseguição por
parte dos superiores hierárquicos se destaca entre as demais queixas.
A autora ainda destaca o temor que os militares sentem ao se relacionar com seus
superiores devido aos pilares da hierarquia e disciplina, os quais investem aos mais antigos
o poder de a todo tempo corrigir os subordinados em pequenos detalhes. Tais correções,
quando exacerbadas, trazem reflexos negativos na carreira deste, pois esses acentos vão para
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a ficha disciplinar do servidor. Estas anotações tem a finalidade de avaliar o conceito do
militar para fins de promoção, transferência, etc.
Essa relação de poder horizontal e vertical estimula um ambiente em que exista
ocorrências de assédio moral, podendo ocasionar o adoecimento físico e/ou mental destes
profissionais.
O trabalho do militar é caracterizado por uma rotina estressante que o torna suscetível
aos diversos tipos de adoecimento. Diante do exposto, podemos citar as forças policiais
militares que carregam consigo um lema e uma grande responsabilidade de “servir e
proteger” a sociedade, mas que muitas vezes são alvos de contestação social por serem vistos
como uma categoria truculenta e repressora. Neste sentido, não são levados em conta a
singularidade, subjetividade e sensibilidade por trás de todo armamento e equipamento, ou
seja, o trabalhador que desenvolve essa atividade. Dessa forma, com tais julgamentos são
ignorados os sofrimentos que os policiais militares estão expostos. Diante disso, nosso
questionamento é: quais as consequências psicológicas advindas das relações de poder nas
instituições militares?
Assim, a justificativa central e norteadora deste trabalho é que ele seja mais uma
forma de compreender a ocorrência do assédio moral dentro das unidades militares e como
isso afeta psicologicamente o servidor. Através de revisão bibliográfica, buscamos conhecer
as vivências dentro destas unidades e de que forma ocorrem esses assédios, tendo como base
as consequências psicológicas que sofrem os servidores que lá atuam.
Para classificar a metodologia da pesquisa, foi adotada a tipologia de Vergara (2000),
especificando suas características quanto aos fins e aos meios. Desta forma, quanto aos fins,
a pesquisa pode ser denominada como exploratória, também possuindo características do
tipo descritiva, pois se destina a realizar uma análise sobre as consequências psicológicas
advindas do assédio moral dentro das instituições militares, através de um estudo
sistematizado desenvolvido com base em materiais publicados.
Quanto aos meios, a pesquisa empregou a Pesquisa Bibliográfica, através de um
estudo sistematizado com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes
eletrônicas, isto é, materiais acessíveis ao público em geral. Foram pesquisados e lidos
diversos artigos técnicos publicados em revistas, congressos e seminários que tratassem do
tema em questão. Assim, foram reunidos materiais para a composição da estrutura e
argumentação sobre o tema proposto.
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ÉTICA E MORAL NAS INSTITUIÇÕES MILITARES
De acordo com Soares (2015, p. 3, apud LEMBO, 2002, p.77) a ética pode ser
conceituada como “o conjunto de regras de comportamento e formas de vida que busca
permitir às pessoas a realização do valor fundamental da existência: o bem”.
Já o termo “moral” pode ser definido como aquilo que dita os costumes e as diversas
formas de agir. Assim, a moral enquanto norma de conduta, explica as situações particulares
e cotidianas. Já a ética, destituída de papel normatizador, torna-se examinadora da moral
(PASSOS, 2004, p. 22).
Os valores impostos dentro das instituições militares são pautados em compromissos
assumidos perante os trabalhos internos e externos destinados à sociedade.
A ética militar é o conjunto de regras, normas e padrões que estimula o profissional
a agir de determinada forma partindo do sentimento de dever e pertença, seguindo aspectos
rígidos que foram construídos a partir de uma cultura que permeia até os dias atuais. Tal
cultura orienta grande parte dos comportamentos, práticas sociais, símbolos e tudo aquilo
que foi passado de geração em geração a partir do convívio em sociedade.
Os atos dos militares dizem respeito a sua honra pessoal. Como referente documento
da Polícia Militar de Santa Catarina:
Entretanto, pode-se observar alguns regulamentos que pautam tal postura e conduta
em algumas instituições militares. Com isto é possível encontrar referências de códigos de
conduta específico da profissão, o chamado “pundonor militar”. Conforme Almeida e
Christmann:
Para serem eticamente defensáveis, é preciso demonstrar que os atos com base no
interesse pessoal são compatíveis com princípios éticos de bases mais amplas, pois
a noção de ética traz consigo a idéia de alguma coisa maior que o indivíduo. Se
for defender a minha conduta em bases éticas, não posso mostrar apenas os
benefícios que ela me traz. Devo reportar-me a um público maior (ALMEIDA e
CHRISTMANN, 2002, p. 13-14).
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Dessa forma, quando se fala em relações estabelecidas socialmente pelos homens,
não podemos ignorar o fato de que toda relação está intimamente relacionada com a
organização do poder na sociedade. Há sempre alguém que manda e alguém que obedece.
Porém, tal estrutura é baseada na organização do poder existente na sociedade, em que as
pessoas que pertencem à elite da sociedade adquirem o poder de determinar as regras gerais
que irão controlar o comportamento social. Assim, determina-se o que é certo e errado, o
que é moral e imoral, delineando a cultura de um povo.
De acordo com o Decreto Nº 4.346, de 26 de Agosto de 2002, segundo o Art. 14, a
Transgressão Disciplinar é definida como “toda ação praticada pelo militar contrária aos
preceitos estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensiva à ética, aos deveres e às
obrigações militares, mesmo na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que afete
a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe”.
O Regulamento Disciplinar do Exército define como o fato do militar manifestar-se
publicamente a respeito de assuntos políticos-partidários apenas aos militares da ativa, não
alcançando os militares da reserva e inativos.
O ASSÉDIO MORAL
De acordo com Vólia Bonfim Cassar (2015) o assédio moral é “o termo utilizado
para designar toda conduta que cause constrangimento psicológico ou físico à pessoa”.
Portanto, a conduta imoral no trabalho configura todo comportamento abusivo, com intuito
de perseguir, maltratar, desprezar, humilhar e/ou rebaixar o indivíduo ocasionando danos à
personalidade, dignidade física/psíquica e honra do indivíduo.
O assédio moral é definido como a exposição de um indivíduo a uma circunstância
humilhante ou de afronta perante a uma determinada situação. É um ato abusivo que ocorre
reiteradamente no exercício de suas atividades. Pode ser definido como um tipo de violência
que afeta a qualidade de vida do indivíduo, ocasionando doenças físicas, psíquicas e que
causam a desmotivação no trabalho, além de infringir princípios éticos.
Segundo Silva (2015, p.589, apud BARRETO, 2006, p.188), o assédio moral
materializa-se em situações ou atos praticados, com maior frequência, por um superior
hierárquico contra um grupo de trabalhadores (as) ou contra um indivíduo em particular,
tendo como finalidade forçar a demissão ou o pedido de demissão.
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Dessa forma, como consequência, o indivíduo carregará consigo o peso de inúmeros
sentimentos que poderão se manifestar, tais como: angústia, medo, raiva, desvalorização,
conflitos internos e externos. E ainda gerando interferência ativa ou passiva, de forma a
impor um bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos. Isso faz
com que apresentem possíveis quadros depressivos que poderão causar danos maiores como:
insônia, mudanças de apetite, problemas no aparelho digestivo, perda de energia ou fadiga
acentuada, baixa produtividade ocasionada pela desmotivação no trabalho e
automaticamente o afastamento da organização do trabalho.
Vale ressaltar que a Constituição Federal de 1988 (CF/88), norma fundante da
República Federativa do Brasil, mais especificamente em seu art. 5º, incisos V e X, prevê
que aquele que sofrer dano moral ou à imagem será indenizado. Na sequência, estabelecem
os arts. 186 e 927 do Código Civil vigente, ou seja, em norma específica respaldada pela
Carta Magna, que a pessoa causadora de um dano físico ou moral, ou que infringir direitos
contra terceiro comete ato ilícito, devendo repará-lo, sendo estes institutos aplicados nas
relações cíveis.
Nas relações trabalhistas o legislador cuidou de criar o artigo 483 da Consolidação
das Leis do Trabalho (art. 483 da CLT) e suas alíneas que trazem as hipóteses, as quais
podem levar a rescisão do contrato de trabalho na incidência do assédio moral, tendo a vítima
o direito de receber integralmente as verbas rescisórias e indenizações trabalhistas, mais
indenização pelo assédio moral como forma de punição do assediador:
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Em continência ao artigo 483 da CLT, existe o art. 146A do Projeto de Lei nº
4.742/2001 (PL 4.742/01) da Câmara dos Deputados Federais, de autoria do até então
deputado Federal Marcos de Jesus, que repudia o assédio moral e traz pautas que conferem
o ato como crime, visando a combater de modo mais evasivo os abusos praticados pelos
empregadores e/ou superiores hierárquicos contra seus subordinados:
I - a soberania;
II - a cidadania;
Diante do exposto, uma vez que através do assédio moral, tem-se intenção em
praticar atos desabonadores, isso visa diminuir a autoestima do assediado, fazendo-lhe
sentir-se como grande culpado de determinada situação, ferindo a dignidade e a integridade
física e psíquica.
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O ASSÉDIO MORAL E AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS
Pânico e fobias .. ..
Pesadelos .. ..
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Os transtornos psicológicos comportamentais fazem referência às reações agressivas
ou a forma como o indivíduo reagirá.
Art. 14. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas.
A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro
da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações;
dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antigüidade no posto ou na
graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à
seqüência de autoridade.
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,
regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e
coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse
organismo.
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§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as
circunstâncias da vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e
reformados.
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função, mudança de escala, horas de trabalho em excesso, mudanças na região de trabalho,
falta de condições no trabalho, podendo até mesmo forçar a exoneração do cargo.
Assim, apesar da estabilidade trabalhista, os servidores não estão impunes ao assédio
moral. Os mesmos atuarão em instituições com relações verticalizadas de “poder” (o
assediador não necessariamente precisa ser um superior hierárquico) e poderão em suas
relações passar por situações autoritárias, desumanas, em que pode prevalecer o desmando,
o medo, além de outros fatores que poderão ser o ponto de partida para tornar o militar mais
suscetível a descontroles psicológicos.
Ao se abordar o assédio moral no âmbito militar, deve-se ter muita cautela. SILVA
(2005) deixa nítido que não devemos confundir submissão com hierarquia e disciplina, que
são os pilares da instituição.
Uma das maiores especialistas mundiais sobre o tema, a psiquiatra Marie-France
Hirigoyen (2002) classifica a violência perversa como qualquer manifestação abusiva, com
condutas hostis, mas muitas vezes de aparência inofensiva, que são exercidas entre
companheiros de trabalho, atentando contra a personalidade, dignidade, saúde física e
psíquica, podendo inclusive colocar em perigo o emprego e degradar o ambiente de trabalho.
Além disso, tais atitudes criam diversos resultados desastrosos de difícil demonstração, sem
o intuito ético de melhorar o serviço, mas sim desfazer-se da pessoa. São diversas atitudes
de agressão que menosprezam, intimidam, discriminam, ridicularizam ou punem,
normalmente durante o horário de trabalho e no exercício de suas funções, através de práticas
que lesam a dignidade do indivíduo, originando o sofrimento psíquico e físico, com outras
consequências multifacetárias. Conforme o Ministério da Justiça e Cidadania,
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Quando se reconhece o perigo do Assédio Moral, damos um passo positivo na
construção da dignidade do trabalhador. Em outros termos, a noção de cidadania não pode
prestar-se apenas como fundamento para a liberdade contratual, mas deve se inserir
igualmente no interior da instituição.
O assédio no âmbito militar torna-se um fenômeno de risco de gravíssima patologia
que crava questões profundas referentes ao desrespeito aos mais elementares princípios da
Administração Pública, sobre vícios institucionais e sobre deturpação concernente à
organização do trabalho e gestão de pessoas.
Em sua tese de mestrado a Tenente Coronel (QOS) Maria Cristina Garcia Costa da
PMMG relata os dados de absenteísmo através do Programa de Avaliação Psicológica
(PAN) do Sistema Integrada de Gestão de Saúde (SIGS). Esta pesquisa mostra que as
licenças médicas por transtornos mentais foram à quarta causa de afastamento na PMMG
em todo o estado de Minas Gerais no período de 2003 a 2013, sendo que os praças,
precisamente soldados e sargentos, licenciaram mais que os oficiais.
O estudo da autora citada teve como objetivo identificar os transtornos que mais
atingem os policiais que estão em tratamento no Núcleo de Atenção Integral à saúde (NAIS)
da PMMG, enfatizando aqueles que estão inclusos na Classificação de Transtornos Mentais
e de Comportamento (CID 10). Através da análise das pastas médicas dos militares que
estavam em acompanhamento psicológico, a autora pode constatar que os distúrbios
relacionados ao estresse e à ansiedade se destacavam entre outros, fazendo com que os
policiais fossem licenciados ou afastados devido a tais transtornos.
O que a autora pode constatar em seu estudo é que os licenciamentos devido à
violência decorrente das atividades de rua eram justamente aqueles de menor tempo de
afastamento e que os policiais não sentiam necessidade de acompanhamento psicológico ou
de afastamento prolongado. Em contrapartida, quando procuravam o serviço de Psicologia
com sintomas de insônia, ansiedade, irritabilidade e falta de motivação, estes associavam as
queixas a troca de comando, reclamando do excesso de autoridade e do abuso de poder,
aumentando significativamente o número de licenças. Em alguns casos analisados, o
agravamento desses sintomas e a falta de acompanhamento psicológico levaram o assediado
a tentar o suicídio.
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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM RELAÇÃO AO ASSÉDIO MORAL
Cabe ao psicólogo [...] analisar todos os fenômenos humanos na sua relação com
a instituição nos seus variados aspectos objetivos, dinâmicos e na sua estrutura
enquanto ambiente de atuação, onde o trabalho psicológico na prática tem um
maior espaço de significação social (LIMA, SILVA e SANTOS 2015, p.2 apud
BLEGER 1984).
No caso da Polícia Militar, os trabalhadores estão sob grande carga de tensão, além
do desgaste emocional e físico, pois precisam se envolver com o sofrimento alheio de
pessoas que precisam de seus serviços. Por se tratar de uma profissão em que o profissional
precisa estar disposto a se doar pelo outro, uma gama de sentimentos os envolve, como:
aflição, estresse, preocupação, ansiedade, angústia, etc.
Existem ainda uma série de situações que afetam diretamente o cotidiano profissional
desses militares, como: as relações de comando, o relacionamento interpessoal, o
cumprimento de tarefas, os padrões de obediência e desempenho funcional, além das
questões de satisfação e motivação para o trabalho.
Conforme Barbosa (2016), o índice de estresse é alarmante, produzindo indivíduos
com níveis preocupantes de sofrimento psíquico. Segundo Correa et al., (2010, p.12) “[...]
trata-se de um conjunto de comportamentos que, voluntária ou involuntariamente, leva a
vítima ao desequilíbrio e à instabilidade emocional”.
Assim, é de suma importância que as instituições de trabalho ofereçam algum tipo
de suporte psicológico, atuando de forma eficiente no auxílio a indivíduos acometidos de
problemas que influenciam em sua qualidade de vida no trabalho.
A Psicologia Institucional compreende uma forma de intervenção psicológica com
significado social. Nela, o psicólogo tem o objetivo de promover a saúde dos colaboradores
da mesma, a partir das relações grupais e pessoais (BLEGER, 1984).
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A Psicologia Organizacional contemporânea enfatiza que o psicólogo na instituição
considere a interação das características do trabalhador, qual a natureza do seu trabalho, sua
estrutura organizacional e o ambiente externo (ZANELLI, 2002).
A visão do psicólogo atuante nas instituições não se limita em apenas tratar o sujeito,
pois ele tem o entendimento da importância do contexto, onde suas intervenções se tornam
mais eficientes, seja na perspectiva da Psicologia Institucional ou da Psicologia
Organizacional.
Diante disso, a atuação do psicólogo junto às instituições militares tem uma função
transformadora, podendo oferecer melhores condições de saúde aos trabalhadores, o respeito
às suas subjetividades e às suas questões, a abertura de espaços de discussões onde eles
verbalizem seus incômodos utilizando do “espaço público da palavra”, podendo criar
melhorias em relação aos problemas apontados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Diante disso, vale destacar a importante contribuição do psicólogo em âmbito militar,
tendo em vista que ele não apenas auxiliar, mas faz com que o profissional consiga melhorar
o convívio entre os colegas, tornando o local de trabalho um ambiente satisfatório,
melhorando seu bem-estar psíquico como um todo.
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REFERÊNCIAS
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moral. Caderno de administração, v.19, n.2, Maringá, 2010. Disponível em:
http://eduem.uem.br/ojs/index.php/CadAdm/article/view/16361 Acesso em 27 nov.2019.
COSTA, M.C.G. Atenção, sentido: entre a posição que paralisa e a atividade que
transforma - um estudo em saúde mental entre policiais militares. Belo Horizonte, 2016.
16
SANTA CATARINA. Instrução da Polícia Militar. Módulo I. Florianópolis:
Diretoria de Instrução e Ensino – DIE, 1998.
SILVA, Ociana Donato da; RAICHELIS, Raquel. O assédio moral nas relações de
trabalho do(a) assistente social: uma questão emergente. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n.
123, p.582-603,Sept.2015.Available
from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
6282015000300582&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 27 de nov. 2019.
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