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UNIVERSIDADE DO ALGARVE
APONTAMENTOS
DE
OPERAÇÕES HOTELEIRAS I
CAPITULO I
1. A EVOLUÇÃO DA HOSPITALIDADE
1.1. A história da hospitalidade 06
1.2. A hotelaria através das épocas 07
1.3. O que pretende a clientela actual 11
2. A EMPRESA HOTELEIRA
2.1. Definição de hotelaria 12
2.2. Definição de hotel 12
2.3. Classificação dos empreendimentos turísticos 14
2.3.1. Divisão funcional de um hotel 17
2.3.2. Divisão estrutural (o edifício) 18
2.4. O organograma da empresa
2.4.1. Definição de organograma 19
3. OS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS
3.1. Os similares de hotelaria 19
3.2. Os estabelecimentos hoteleiros tradicionais 20
3.2.1. Hotéis de cidade 20
3.2.2. Hotéis de estadia/hotéis de estação 21
3.2.3. Hotéis de termas/hotéis de cura 24
3.2.4. Hotéis de estrada 26
3.2.5. Hotéis de trânsito 27
3.2.6. Hotéis de aeroporto 28
3.2.7. Pensões 29
3.2.8. Pousadas 30
3.2.9. Estalagens 30
3.2.10. Residenciais 31
3.3. As Cadeias hoteleiras 32
3.3.1. As Cadeias de Hotéis Nacionais e Internacionais 33
3.3.2. Os Hotéis – Tipos de contratos 43
6. A RECEPÇÃO
6.1. Introdução 61
6.2. A recepção e a portaria 62
6.3. Definição de recepção 62
6.3.1. Sua importância no contexto geral 62
6.3.2. Relações internas da recepção 63
Direcção 63
Contabilidade 64
Cozinhas 64
Restaurantes e bares 64
Andares 64
Serviços técnicos 64
Outros 64
6.3.3. As relações externas da recepção
Agências de viagens 65
Companhias de transporte 65
Comércio local 65
Organismos oficiais 65
Entretenimentos diversos 65
Actividades culturais e espectáculos 66
6.4. Subdivisão da recepção 66
6.5. As funções da recepção 68
6.6. O pessoal da recepção 73
6.7. Horários da secção (conforme o CCT em vigor) 76
6.8. Equipamento da recepção 77
7.A PORTARIA 80
7.1. O equipamento da portaria 81
7.2. O controlo das chaves na portaria 81
8. OS SERVIÇOS HOTELEIROS 85
9. AS MODALIDADES DE HOSPEDAGEM 87
9.1. O preço diário contratado 88
9.2. Legislação em vigor 88
CAPITULO II
1. A PRÉ-CHEGADA & OS SERVIÇOS DE RESERVAS DO HOTEL
1.1. A segmentação do mercado - análise de dados 113
1.2. Pré-chegada do hóspede 116
1.2.1. Os serviços de reservas no hotel 119
1.2.3. Alguns dos tipos de reservas garantidas (guaranteed reservations) 123
1.2.4. A natureza da reserva – quem reserva? 125
1.2.4.1. As reservas electrónicas 127
1.2.5. O Processamento de reservas individuais 136
1.2.6. O processamento de reservas em grupos 138
1.2.6.1 A reserva de grupos 142
1.2.7. Reservas de “allotment” 147
1.2.8. A determinação da disponibilidade de quartos 149
1.2.9. Problemas com reservas 149
CAPITULO III
A GESTÃO DA RECEPÇÃO
1.1. Cálculo de estatísticas operacionais 189
1.2. A análise da informação 193
1.3. Receitas reais versus receitas potenciais 193
1.4. Receita potencial de quartos 194
1.5. Preço médio ideal 195
1.6. Relatórios 198
1.7. Demonstração de resultados 198
1.8. Técnicas de previsão 202
1.9. Fórmula para previsão de disponibilidade de quartos 204
1.10. Algumas noções sobre preços 206
CAPITULO I
Os ricos tinham as suas associações para onde convidavam os seus amigos para sumptuosas
refeições. Os convivas, estendidos em sofás, apoiados em coxins, coroados de flores,
perfumados, formavam círculos à volta das mesas, entre os quais circulavam os criados e os
escravos carregados com travessas, especiarias e bebidas.
Na Europa Ocidental, a hospitalidade foi igualmente praticada, como no Oriente pelos Gauleses
e Anglo-Saxões.
Segundo os princípios das diversas religiões parecem tê-la desenvolvido. Nos tempos Bíblicos,
o viajante, a quem primeiramente se lavavam os pés, ocupava o lugar na mesa comum; além
disso, recebia antes de partir, alguns víveres que lhe permitiam continuar o seu caminho.
No Século XIII, os trovadores viram baixar-se diante de si as pontes levadiças, das sombrias
casas solarengas, e abrir-se facilmente as portas das cabanas. Os meios de locomoção
melhoraram com o desenvolvimento da civilização, a frequência da hospitalidade diminuiu
grandemente.
No decorrer dos anos, estes abrigos bastante primitivos, transformaram-se em botequins, onde o
negociante e o peregrino podiam beber mediante um pagamento. Estas casas eram denominadas
por CASAS DE BEBIDAS e eram por vezes muito bem frequentadas, aí costumava-se assar a
caça e grelhar o peixe, o cliente sentia-se feliz por poder encontrar o que comer. Conforme o
local onde se encontravam, estes botequins tomavam uma certa importância.
Mais tarde, as grandes cidades do IMPÉRIO ROMANO tiveram verdadeiros hotéis com vários
andares; o pessoal era composto de escravos, que asseguravam aos hotéis um conforto bastante
medíocre.
Só nos fins do século XIX, é que a hotelaria se tornou uma verdadeira indústria mais
exactamente em 1889, um jovem suíço, de nome CÉSAR RITZ, de temperamento
revolucionário aliado a um génio hoteleiro de vanguarda e uma clara visão das necessidades do
futuro, é convocado pelo HOTEL SAVOY de Londres, para reorganizar os seus negócios, em
declínio. Ritz triunfa plenamente, nesta missão difícil, como aliás, já tinha acontecido no seu
próprio país, ao dirigir o GRANDE HOTEL de Lucerna. Ritz não se contentou só com este
sucesso. Conseguindo capitais necessários, funda ele próprio uma sociedade e, em pleno
coração de PARIS, na Place Vendôme, constrói em 1898, o primeiro hotel com o seu nome.
Este tinha, na sua maioria quartos com casa de banho privativa. Seguem-se o Hotel de Londres
em 1905, o de Budapeste em 1918, o de Nova Iorque, o de Montreal, o de Madrid, etc.
Ritz torna-se assim o verdadeiro pioneiro das cadeias de hotéis e o seu nome passa a ser
sinónimo de “grande conforto moderno”. Depressa a experiência de Ritz, coroada de êxito,
encontra admiradores e adeptos, surgindo então numerosas sociedades hoteleiras que se
propõem construir hotéis de grande conforto.
Foram chamados PALACES que apareceram em França na Cote d’Azur, na Suiça nas grandes
estâncias de Inverno que começaram a estar na moda: o caso da Alemanha, Áustria e, sobretudo
nas estâncias termais, nas grandes capitais; Paris, Roma, Londres, Berlim, Madrid, etc., e até
nos pontos mais longínquos, como por exemplo, o Egipto, onde na cidade do Cairo sua capital,
os Hotéis Luxor e Assuão gozavam de um clima excepcional. Todos estes hotéis irão atrair toda
essa clientela rica, ávida de conforto, de luxo e de sol.
Durante uma quinzena de anos, ou seja, até ao segundo conflito mundial de 1939, a hotelaria
internacional viveu prósperos dias, fruto não só dos seus esforços, mas também das grandes
despesas de publicidade feitas pelos próprios governos. Mas infelizmente, o período de guerra
que durou até 1945 veio pôr um travão à expansão deste turismo, que se afigurava prometedor.
Só terminada a guerra e com o desenvolvimento da aviação comercial, a hotelaria retoma o
grande impulso que todos nós conhecemos. A redução das distâncias que houve então, pode
calcular-se, se dissermos que as grandes viagens transatlânticas entre Nova Iorque e Londres,
que antes demoravam uma semana, passam a fazer-se em apenas 12 horas. A hotelaria europeia
esforça-se, nesta altura, por corresponder às grandes possibilidades abertas por este meio de
transporte e os investimentos hoteleiros multiplicam-se. No entanto, não tendo sabido progredir
ao ritmo exigido pelo aperfeiçoamento das técnicas de aviação, são as grandes Companhias
Hoteleiras Americanas que acabam por preencher essa lacuna.
Eis pois a conclusão a tirar desta breve exposição sobre os meios de transporte aéreo: o HOTEL
ÁREA tornou-se e tornar-se-á, cada vez mais um PARALELO DA AVIAÇÃO COMERCIAL,
estando por isso, intimamente associada com o novo tipo de clientela que constitui o turismo
dito de massa e que é um contributo importante para a indústria hoteleira.
Perante este facto, é necessário que saibamos esquecer pouco a pouco a hotelaria de GRANDE
LUXO, concebida para um tipo de clientela que vai desaparecendo, para nos adaptarmos às
novas necessidades, aos novos sistemas de gestão, que devem acompanhar a democratização do
turismo a que gradualmente se vai assistindo, sendo uma realidade na nossa época.
Por esta razão, actualmente todos os países investem cada vez mais em escolas de Hotelaria e
Turismo, as quais proporcionam a formação de quadros que garantirão a prestação de serviços e
a gestão de Empreendimentos em padrões cada vez mais exigentes e actualizados.
O futuro obriga a uma introdução de novos serviços para a clientela, mas, devido ao crescente
uso de sistemas automáticos, deverá verificar-se uma redução nos efectivos de pessoal. Para se
enfrentar esta previsão, torna-se essencial encontrar soluções para evitar a “desertificarão
humana” do Hotel há medida que equipamentos mais sofisticados vão sendo instalados, assim
como novas técnicas de serviços.
Em larga medida, viver é uma questão de comunicação. Todos comunicamos, de manhã a noite,
sobretudo no nosso mundo moderno, onde a maior parte das pessoas ganha a sua vida
comunicando. Na sociedade moderna, pessoas diferentes comunicam de formas diversas e
podemos dizer que o modo como comunicam é o seu modo de vida – é a sua cultura. Como
profissionais do turismo, uma das coisas mais importantes que fazemos é comunicar.
Dentro da Empresa em que trabalhamos existe permanente comunicação quer com colegas,
superiores, por quem nos rodeia e o mais importante, O CLIENTE.
Na nossa vida profissional a relação interpessoal é uma realidade diária, nelas o diálogo é a
pedra fundamental. O Hotel é um verdadeiro mundo de operações, detalhes e rotinas de
trabalho que não aparecem directamente no dia-a-dia do Hotel. Nos bastidores figuram pessoas
com actuações indispensáveis à boa manutenção dos aspectos operacionais
Parte destes temas podem ajudar a uma melhor compreensão do mundo hoteleiro e do turismo
no geral, mas não chega, há que inovar, acompanhar a evolução do mundo, estudar o cliente e
os serviços, esta é a complexidade da Indústria Turística.
Nos nossos dias, já não existe, portanto, o problema dos conventos, dos albergues rudimentares
ou dos castelos, mas sim estabelecimentos dirigidos por profissionais, cuja missão é reservada
aos viajantes, BOM ACOLHIMENTO, O CONFORTO E O BEM-ESTAR.
Apoio e Suporte, área instrumental, habilitante da tomada de decisões por parte dos órgãos do
Turismo de Portugal, I.P., a nível de apoio jurídico e contencioso, financeiro, recursos
humanos, tecnologias e comunicação.
O Turismo de Portugal, I.P., prossegue ainda a actividade de regulação e fiscalização dos jogos
de fortuna e azar.
Existem ainda outras entidades que intervêm no acto preparatório da emissão da licença de
utilização turística, nomeadamente as autoridades de saúde, o serviço nacional de bombeiros, os
órgãos regionais de turismo (regiões de turismo) e os representantes das estruturas associadas
dos promotores (patronais/empresariais).
a) Os Estabelecimentos Hoteleiros
“São empreendimentos turísticos destinados a proporcionar alojamento, mediante
remuneração, com ou sem fornecimento de refeições e outros serviços complementares
(acessórios ou de apoio), desde que se destinem à frequência do público em geral”.
Podem ser classificados nos seguintes grupos:
Hotéis, Hotéis Apartamentos ou Aparthotéis, Pensões, Estalagens, Motéis, Pousadas.
Categorias
Os estabelecimentos hoteleiros, são classificados nas categorias dos respectivos grupos de
acordo com o estabelecido no Decreto-Regulamentar nº 36/97, e em função do preenchimento
dos requisitos mínimos das instalações, do equipamento e do serviço:
Pensões
Classificam-se, atendendo, à qualidade das suas instalações, dos seus equipamentos e
mobiliário e dos serviços que oferecem, nas categorias de albergaria e de 1ª, 2ª e 3ª categorias
Estalagens
São estabelecimentos hoteleiros instalados em um ou mais edifícios, que pelas suas
características arquitectónicas, estilo do mobiliário e serviço prestado, estejam integradas na
arquitectura regional e disponham de zona verde envolvente.
Classificam-se atendendo à sua localização, à qualidade das sus instalações dos seus
equipamentos e mobiliário e dos serviços que ofereçam, nas categorias de 5 e 4 estrelas.
Motéis
São estabelecimentos hoteleiros situados fora dos centros urbanos e na proximidade das
estradas, constituídos por unidades de alojamento independentes, com entrada directa do
exterior e com um lugar de estacionamento privativo e contíguo à unidade de alojamento.
Classificam-se atendendo à sua localização, à qualidade das suas instalações dos seus
equipamentos e mobiliário e dos serviços que oferecem, nas categorias de 3 e de 2 estrelas.
Pousadas
Foram estabelecimentos hoteleiros explorados pela ENATUR- Empresa Nacional do Turismo (
agora integradas no Grupo Pestana). Instaladas em imóveis classificados como monumentos
nacionais ou de interesse regional ou municipal e ainda em edifícios que pela sua antiguidade,
valor arquitectónico e histórico, sejam representativos de uma determinada época, e se situem
fora de zonas turísticas dotadas de suficiente apoio hoteleiro.
Classificam-se atendendo à sua localização e ao tipo de edifico, bem como à qualidade das suas
instalações dos seus equipamentos e mobiliário e dos serviços que oferecem, nas categorias de:
Pousadas instaladas em edifícios classificados como monumentos nacionais;
Pousadas instaladas em edifícios classificados de interesse regional ou municipal.
Aldeamentos Turísticos
São os empreendimentos destinados a proporcionar mediante remuneração, alojamento
temporário, com ou sem serviços acessórios e de apoio, em conformidade com as características
e tipo de estabelecimento. Classificam-se, atendendo à sua localização e ao tipo de edifício,
bem como à qualidade das suas instalações dos seus equipamentos e mobiliário e dos serviços
que oferecem, (obrigatoriamente Recepção, e eventualmente piscinas, campos de jogos e
estabelecimentos de restauração e bebidas) nas categorias de 5, 4 e 3 estrelas.
Apartamentos Turísticos
São estabelecimentos constituídos por edifícios independentes, ou fracções, mobilados e
equipados destinados a proporcionar mediante remuneração, alojamento e outros serviços.
Classificam-se, atendendo à sua localização e ao tipo de edifício, bem como à qualidade das
suas instalações dos seus equipamentos e mobiliário e dos serviços que oferecem,
(obrigatoriamente recepção, e eventualmente piscinas, campos de jogos e estabelecimentos de
restauração e bebidas) nas categorias de 5 e 2 estrelas.
d) Conjuntos Turísticos
São instalações enquadradas num espaço demarcado, funcionalmente interdependente, que
integrem para além dos empreendimentos hoteleiros e dos meios complementares de
alojamento, estabelecimentos de restauração e de bebidas, declarados de interesse para o
turismo.
Nota: outros tipos de acomodação cujos problemas são similares aos da hotelaria objecto maior
do nosso estudo:
Empreendimentos de timeshare, parques de campismo, navios/cruzeiros, hospitais,
residências de terceira idade, residências de estudantes, campos de férias, etc.
Um hotel compõe-se de um modo geral de um edifício construído de raiz para esse fim,
podendo eventualmente ser adaptado, possuindo vários pisos. Os andares superiores são
reservados para quartos de dormir, suites, ofícios e copas de andar. Os andares inferiores ou
intermédios para salões, restaurantes, cozinhas, bares, etc.
Modernamente existem hotéis que possuem um andar especial, chamado PISO TÉCNICO onde
poderão eventualmente funcionar as centrais eléctricas, o aquecimento, ar condicionado,
portanto as instalações técnicas que estariam implantadas na cave com excepção do economato,
visto ter obrigatoriamente de estar instalado na cave, devido à recepção de mercadorias, tendo
sempre um acesso ao exterior. Quando o panorama o permite, o último andar do hotel é
geralmente reservado, para um restaurante panorâmico, bar ou piscina.
Organograma da empresa?
Consiste a representação gráfica das relações hierárquicas e funcionais entre os respectivos
órgãos. Deverá evidenciar a estrutura geral do empreendimento e suas divisões, ajudando ao
mesmo tempo a compreensão da hierarquia de responsabilidade e de funções. A continuidade
dos circuitos de trabalho, as vias de comunicação do estabelecimento deverá estar, também,
suficientemente bem representadas no referido organograma.
No entanto a sua classificação está dependente, da localização, isto quer dizer que se o similar
se encontrar só, sem estar anexo a qualquer empreendimento do grupo, ela terá a classificação
segundo a sua categoria e segundo os termos previstos na lei. Se encontrar fazendo parte
integrante de um estabelecimento hoteleiro terá de ter a classificação correspondente.
Considerandos:
Nos países que têm um passado turístico e uma hotelaria antiga:
Construídos já há muito temp e de “rejuvenescimento difícil”;
Pouco adaptados às necessidades do turismo moderno “estruturas ultrapassadas”;
Nem sempre bem situados “em relação aos novos meios de transporte”;
Categorias: Todas
Situação: No centro das cidades
Capacidades médias: Mínimo 100/120 camas
Máximo 800/1200 camas
Construção: Sem tipo definido “incaracterística”
Clientes: Clientela heterogénea, contentando-se com um conforto médio. No entanto alguns
Características particulares
Quartos
Telefone automático interno e externo – serviço de mensagens;
Serviço de despertar;
Bar automático ou frigorífico tipo minibar;
Casa de banho;
Rádio e difusão de programas seleccionados;
Televisão, vários canais;
Internet, circuito interno de vídeo e TV;
Room-service;
Serviço de lavandaria;
Etc.
Restaurantes
Restaurante tradicional;
Grill-room;
Snack-bar;
Serviço de andares “room-service”.
Animação
Bar;
Sala de leitura;
Sala de TV.
Categoria: Todas
Situação: Mar, montanha, lago, rio e campo
Capacidades médias: Mínimo – 50/70 camas
Máximo – 1 000 camas
Construção: Imóveis modernos, vivendas antigas, castelos, antigos mosteiros, etc.
Clientes: Os “turistas” individuais, (caça, pesca, equitação) ou, em grupos, como é o caso dos
participantes em congressos, seminários, estes antes e depois da estação principal.
Nota: falamos em estação principal devido a este tipo de hotéis serem como o seu próprio nome
indica, hotéis sazonais, isto quer dizer que têm uma estação alta e uma estação baixa.
Características particulares
Quarto
O conforto será de acordo com a categoria.
Nota: nestes hotéis deve-se atrair o mais possível o cliente para fora do quarto a fim de lhe
vender os serviços do hotel “bar, piscina, restaurante, jogos, etc.”.
Restaurantes
Subsistem várias tendências:
Tradicional
Sala de jantar para hóspedes;
Restaurantes para os “passantes”;
Nova
Restaurante tradicional;
Restaurante típico onde os hóspede e passantes vão livremente.
Nota: “passante”, é o cliente que vai apenas ao hotel como visita, ou melhor, vai ao hotel e
utiliza apenas o bar o restaurante ou outro serviço qualquer, que não seja o serviço de quartos.
Uma variante da nova tendência permite aos hóspedes, que permanecem uma temporada, tomar
aí as suas refeições, de entre uma lista de estabelecimentos que decidiram colaborar com o
hotel, ou mesmo vários hotéis da zona. Quando um hotel possui uma piscina ou um jardim
“parque” poder-se-á instalar um buffet serviço livre, permitindo assim que os clientes possam
almoçar ao ar livre. Nos grandes estabelecimentos existe por vezes um ou vários “Cocktail -
Bar”.
Animação
Segundo a situação geográfica e as categorias dos hotéis os divertimentos e desportos são
repartidos ao nível da estância ou do estabelecimento. Nas categorias mais elevadas, os
divertimentos e desportos são previstos, tanto dentro como fora do hotel e reservados a clientes.
Os animadores estão cada vez mais divulgados e ajudam os clientes a escolher os seus
passatempos. Não esquecer as crianças … e os pais que gostam de estar livres, portanto,
organizar serviço de BABY-SITTING.
Nota: estes hotéis são, na maior parte das vezes sazonais ou seja:
Uma estação (Inverno ou Verão);
Duas estações;
Verificando-se a nova tendência de muitos procurarem ficar abertos todo o ano. É o caso dos
hotéis no Algarve, pois devido à sua situação são sazonais e gozam de duas estações. “Alta” &
“Baixa”.
Categorias; Todas
Situação: Estâncias Termais (fontes de água, iodo, radioactivo, etc.).
Estâncias: Climáticas (mar e montanha).
Capacidades Médias; Mínimo: 100/150 camas
Máximo: 500/600 camas
Construção; No estilo da estância
Clientes; Banhistas e suas famílias ou então turistas que procuram calma.
Características particulares
Restaurante e estabelecimento de bebidas
Restaurante tradicional
Grill-room
Cocktail-Bar
Animação
No que respeita à animação, os divertimentos e desportos, neste tipo de hotel, tem relação com
o estudado anteriormente, mas sem dúvida com distracções de acordo com as possibilidades
físicas dos banhistas, pois estes são muitas vezes doentes. Por vezes existe um casino junto do
hotel que pode ser frequentado pelos clientes do hotel, mas também por outros habitantes das
estâncias.
O Casino é composto:
Salas de jogos – “roleta, bacará, etc.
Nigth club;
Dancing;
Sala de cinema – teatro – concerto;
Bar e grill.
Facilidades específicas
Temos de ter em atenção que uma estância termal ou de cura, poderá não ter sempre esta
designação, pois nem todos os hotéis são designados de termal. Para que isto aconteça deve
haver:
Um estabelecimento termal no hotel ou contíguo. Em certos casos só os clientes podem
ser tratados no estabelecimento, mas existe outro, chamado “público” que recebe
clientes de outros hotéis;
Cuidados especiais dispensados aos quartos por parte do pessoal médico. Em certos
hotéis deste tipo, a água para os banhos é distribuída em cada casa de banho;
Quando a cura consiste em beber água pela manhã, o pessoal leva ao quarto a primeira
água, e, em seguida o cliente dirige-se à fonte, se puder deslocar;
Cozinha de regimes é preciso que sob vigilância médica, um especialista em dietética
elabore, em colaboração com os cozinheiros, os menus-regimes previstos para cada ano.
Além de tudo isto deverão ser organizados acontecimentos muito variados para os
clientes que estão impossibilitados de praticar desportos.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 25
Serviços de Front & Back 26
Back Office
Características particulares:
O restaurante é uma sala de jantar, muitas vezes com decoração “rústica”. Muito raramente e só
nas categorias superiores, ver-se-á instalado aí um BAR, e, por vezes nas categorias inferiores
um café. Animação não existe, devido à brevidade da estadia. Estes hotéis servem de etapa aos
turistas que circulam nos grandes circuitos de férias. À noite depois de um dia fatigante ao
volante, os automobilistas procuram:
Um quarto com duche ou banho;
A calma e o sossego;
Uma refeição ligeira, mas não fraca “especialidades regionais”;
Um ambiente sossegado e eventuais contactos com o hoteleiro;
Melhor conhecimento da região;
No dia seguinte de manhã, uma partida agradável, um bom pequeno-almoço, a conta
preparada rapidamente, bagagens prontamente instaladas no carro, um adeus sorridente .
3.2.5.HOTÉIS DE TRÂNSITO
Categoria: Todas
Situação: Em frente das estações de caminho-de-ferro, (algumas vezes marítimas)
Capacidades médias: Mínimo: 20 camas
Máximo: 200/400 camas
Clientes: Na maioria passageiros por 1 ou 2 noites ou mesmo por algumas horas entre dois
comboios.
Características particulares
Quarto
Instalações de acordo com a categoria do hotel
Animação
Rádio, TV, Etc. - Segundo a categoria do hotel
A maior parte dos hotéis de categorias superiores, funciona 24 horas sobre 24 horas. Pode
alugar-se um quarto, não somente por uma noite, mas também por exemplo, enquanto se espera
por uma correspondência, ao que se chama, e segundo o país:
“Over-day-tariff ou Tariff du jour ou Day use”
Certos hotéis de trânsito praticam o aluguer por fracção de oito horas. Enquanto num hotel de
passagem poder-se-á requisitar um quarto de meio-dia, a meio dia. Neste tipo de hotéis poder-
se-á alugar um quarto por menos tempo, sendo as tarifas diferentes, de acordo com as horas.
Para assim funcionarem este tipo de hotéis requerem uma autorização especial, para poderem
alugar os quartos várias vezes ao dia. Em Portugal esta prática não se utiliza, pelo menos por
enquanto.
Características particulares
Em primeiro lugar: insonorização total
Animação
Televisão
Piscina
Sala de leitura e de trabalho
Música, tanto nos bares como por vezes no próprio restaurante do hotel.
Lojas,
Para um hotel situado no aeroporto, é preciso prever algumas lojas, tais como:
Quiosques - jornais, tabacos, recordações;
Cabeleireiro;
Agências de viagens;
Outras facilidades
Para terminar, é frequente ver, nestes hotéis, empregadas de quartos a fazer limpezas durante a
noite. A direcção deverá ter o cuidado suficiente, para que os serviços de recepção-caixa e
portaria funcionem de uma maneira satisfatória assim como o serviço de andares.
3.2.7. PENSÕES
Estabelecimentos hoteleiros onde as condições de alojamento, de alimentação, têm um aspecto
familiar. Alugam-se quartos “muitas vezes no mínimo por um mês”, com pequeno-almoço e
jantar ou mesmo as três refeições. Situam-se quase sempre nas cidades, ou em certas estâncias
de férias.
Não existe qualquer tipo de animação, tendo apenas um local para dormir e comer, como os
ancestrais da hotelaria.
Pela lei portuguesa as Pensões de cinco estrelas podem tomar a designação de Albergaria, em
substituição da de Pensão, quando preencherem os seguintes requisitos:
Ocuparem a totalidade de um edifício ou uma parte completamente independente,
constituindo as suas instalações um todo homogéneo, e, disporem de acesso directo aos
andares para uso exclusivo dos clientes;
Disporem de instalações, equipamento e serviço de nível excepcional em relação ao seu
grupo;
Possuírem recepção/portaria;
Estarem equipadas com bar, que poderá estar integrado na zona de estar;
Terem todos os quartos casa de banho privativa, sendo 20% deles com casa de banho
completa e os restantes com casa de banho simples (casa de banho apenas com duche +
restantes apetrechos);
Ar condicionado em todas as zonas públicas e privadas dos hóspedes.
Nestes estabelecimentos a zona de estar e a sala de refeições devem estar separadas.
3.2.8. POUSADAS
Destinam-se a albergar forasteiros e sobretudo fornecer-lhes alimentação, devendo pelo seu
estilo e cor local, integrar-se tanto quanto possível no pitoresco da região, tendo em vista o
objectivo principal, o da propaganda turística dessa mesma região. Normalmente estes
estabelecimentos hoteleiros são construídos pela ENATUR, ou são edifícios cedidos pelo
Estado português e entregues à ENATUR, sendo a exploração feita por esta entidade à qual se
juntou recentemente um parceiro privado.
3.2.9. ESTALAGENS
Segundo o dicionário Robert (dicionário técnico) é uma “casa muito simples, situada
geralmente no campo, que aloja e serve refeições, mediante um pagamento”.
Capacidades médias: A maior parte das vezes a estalagem é pequena, portanto aquela que na
sua essência o é, geralmente a sua capacidade máxima não ultrapassa as 20/30 camas.
Normalmente a estalagem é uma casa rústica de construção antiga, mas que tende a desaparecer
e é substituída por estalagens modernas.
Estes estabelecimentos, de boa qualidade, rodeados de parques e jardins, situam-se for a dos
aglomerados e têm como originalidade a gastronomia. Na sala de jantar muito simples, pode-se
comer a cozinha regional, preparada pelo próprio gerente ou pela mulher deste.
As estalagens tinham geralmente uma lareira no átrio para aquecer todo o ambiente e um
candeeiro a petróleo para a iluminação. Mas o progresso chegou e apesar de todo o quadro
rústico a que este tipo de exploração hoteleira obriga, deve ser substituído tanto quanto
possível. A clientela compõe-se de turistas de passagem, e também de clientela de passagem
que vai almoçar, uma boa refeição ao jeito da região.
3.2.10. RESIDENCIAIS
Categorias: Todas
Situação: Cidades e também noutras regiões
Capacidades médias: Entre 20 e 100/120 camas, havendo algumas excepções com 250/300
camas.
Nota: o carácter da capacidade é um pouco subjectivo, visto neste caso ser bastante variável.
Trata-se de um estabelecimento ao estilo da região. Aluga quartos por dia, por semanas ou por
mês. Assegura a limpeza dos locais com mudança de roupa. Só é servido o pequeno-almoço.
Uma residencial não possui restaurante nem estabelecimento de bebidas. Portanto é um
estabelecimento simples, só com um quarto e pequeno-almoço. Por vezes pode-se encontrar um
restaurante-snack que funcione no mesmo imóvel, mas tratando-se de uma exploração
independente.
Desvantagens:
Há a salientar que as cadeias com uma organização altamente centralizada podem tornar-se
bastante burocratizadas, criando dificuldades à mudança.
Existem 2 tipos de cadeias hoteleiras:
Cadeias voluntárias,
Cadeias integradas.
Cadeias voluntárias
Formadas por hotéis independentes que unem os seus esforços no sentido de se promoverem em
conjunto, através de uma imagem de marca, criteriosamente estudada e com o fim de
oferecerem um mais alto nível de serviço. No entanto, cada hoteleiro continua senhor da sua
gestão e cada hotel mantém a sua identidade própria.
Cadeias integradas
Vários hotéis pertencentes a mesma empresa ou administração, orientados da mesma forma,
situados no mesmo país ou em diferentes países ou continentes.
Quando se diz “orientados da mesma forma”, esta não pode ser rígida, pois depende da
realidade dos países onde estão situados os hotéis e da sua legislação.
Assim, as cadeias integradas têm uma administração central que planifica o crescimento da
cadeia, a política de investimento, a repartição geográfica, a hierarquia e formação do pessoal,
assegurando um sistema de gestão e a mesma qualidade de serviços em ambientes semelhantes.
Inquéritos efectuados provam que a maior parte dos viajantes procura a qualidade, sem luxo e a
preços razoáveis, que só um nome acreditado lhes pode garantir. Com uma publicidade
centralizada e uma organização de reservas eficaz, cada hotel tem a vantagem com despesas
reduzidas, de possuir uma clientela internacional.
Relativamente ao pessoal, podem-se fazer com certa facilidade trocas de pessoal entre os vários
estabelecimentos associados sem perda de tempo na sua formação, visto que este já está
habituado aos métodos que a cadeia adopta.
Para os investidores
Podem ser feitas grandes economias, não só no que se refere à construção mas também à
aquisição do mobiliário e material, graças às racionalizações, às experiências adquiridas e as
compras em grandes quantidades. Relativamente a resultados, as cadeias hoteleiras provaram
que a sua taxa de ocupação é superior em cerca de 10% em relação à dos estabelecimentos
independentes.
Para o pessoal
A cadeia dá-lhes a possibilidade de formação e de promoção mais rápida que os
estabelecimentos independentes, além de lhes possibilitar ainda transferências entre hotéis da
cadeia.
Características da organização
O sistema adoptado por estas cadeias é o seguinte: a administração central e as administrações
regionais reservam-se apenas a função de traçar as linhas gerais que a exploração deve seguir,
cabendo aos hotéis a escolha dos meios de execução.
A administração central ocupa-se das decisões de maior importância: compra e venda de hotéis,
compra por grosso de roupas, porcelanas, vidros, tapetes, televisores, etc., afim de que haja em
todos os hotéis uma certa uniformidade na qualidade dos materiais e equipamentos.
Cada hotel, dentro dos limites das directrizes impostas pela administração central, goza de uma
grande independência. São assim, evitados inconvenientes duma centralização demasiadamente
vincada. Libertos de toda a coação ditatorial, os directores do hotel podem deste modo, dar
prova de iniciativa e de imaginação.
Direcção-Geral
O director é a entidade responsável pela boa “marcha” da empresa. É ele que, pela sua filosofia,
lhe dará impulso, lhe fixará uma linha de conduta, lhe determina os fins a atingir. Impor-lhe-á
uma unidade de doutrina, que é uma das condições essenciais numa sã descentralização.
A doutrina geral pode ser divulgada através da organização de reuniões ás quais assistirão os
directores regionais dos hotéis.
Baseando-se no plano de contas estabelecidas por este departamento, cada hotel manterá a sua
Departamento de Compras
A direcção deste departamento é responsável pelas compras por grosso de certos artigos
“standard” necessários a toda a cadeia, tais como: roupa, vidros tapetes, televisores, amenities,
entre outros.
Poderíamos pensar que um artigo tão insignificante como as carteiras de fósforos, por exemplo,
não afecta grandemente um orçamento. No entanto, se considerarmos que a encomenda anual
de uma cadeia como a Intercontinental ultrapassa 10.000.000 caixas, compreenderemos,
facilmente o interesse de uma compra de conjunto.
Departamento de Subsistências
Desempenha o papel de aconselhar os directores regionais sobre tudo o que diz respeito à
alimentação e bebidas.
Para os restantes problemas as divisões regionais e hotéis são livres nas suas actividades, visto
que as bebidas e especialmente a alimentação devem corresponder aos hábitos e necessidades
de cada pais.
Vendas
A actividade principal deste sector é o estabelecimento da política de promoção de vendas. Esta
divide-se em:
“Promoção externa” – que tem por fim atrair a clientela, servindo-se das diversas formas de
publicidade, de estudos de mercado, de relações com agências de viagens, etc.
“Promoção interna” – que visa a conservação da clientela por meio de um serviço sempre
melhorado. Também procura dar a conhecer os serviços que o hotel pode fornecer, utilizando,
para isso, os meios de informação adequados, panfletos, cartazes, entre outros.
Para ajudar a direcção local no desempenho desta função, a administração central, através da
direcção regional, enviará ao hotel, um certo número de documentos destinados aos diversos
departamentos interessados e que dão, para cada um deles, numerosas sugestões. O fim em
vista é o de assegurar uma percentagem de ocupação máxima, assim como a maior actividade
possível no domínio de congressos, banquetes e recepções.
Publicidade
Dada a importância dos meios de que dispõem as cadeias de hotéis empregam, em geral, os
métodos mais modernos e os mais caros, tais como a televisão e os anúncios, em revistas de
luxo e jornais quotidianos mais importantes. Toda esta publicidade é planificada por
especialistas do ramo que não têm forçosamente, uma formação hoteleira particular. Isto,
quanto à “Publicidade Externa”.
Relações Públicas
Este sector esta encarregado de fazer uma publicidade muito menos directa, mas nem por isso,
menos importante. O seu trabalho consiste em manter contacto com os representantes da
autoridade, com associações patronais e com todas as outras personalidades susceptíveis pela
sua influência de facilitar as actividades da cadeia.
Controlo Geral
Este departamento tem funções directivas, pois estabelece as regras sobre a maneira de executar
o controlo.
Os seus “inspectores” fiscalizam o funcionamento dos serviços na sua região, redigindo depois
os relatórios destinados a esclarecer o chefe da administração. Têm no entanto, uma autoridade
muito limitada, podendo apenas exigir dos serviços, que estes lhes deixem consultar todos os
documentos e lhes dêem o conhecimento detalhado da sua actividade. Não têm a faculdade de
lhes dar ordens sobre a execução das suas tarefas. As ordens que houver a dar depois serão
transmitidas pela via hierárquica normal.
Tendo descrito sumariamente as questões mais típicas que incumbem ás diferentes divisões da
administração central, constatamos que as suas actividades consistem, principalmente, na
fixação dos objectivos e na indicação dos meios a empregar para os atingir.
Generalidades
As administrações regionais servem de intermediário entre a central e os hotéis, a fim de
garantir a uniformidade em todos os estabelecimentos.
As suas principais funções consistem em vigiar e controlar a marcha das actividades dentro da
sua região. Têm os seguintes departamentos:
Regra geral, uma cadeia de hotéis respeita a autonomia de cada uma das unidades, no que diz
respeito à gestão e finanças. Cada hotel tem a sua própria contabilidade com a condição,
apenas, de se manter fiel à linha traçada pela administração regional.
Departamento de compras
Está dividido em três sectores:
Compra de alimentos
Compra de bebidas
Compras diversas
Este departamento trabalha em estreita colaboração com os hotéis da sua região. Os directores
de cada hotel não são obrigados, a seguir todas as prescrições deste departamento. Eles podem,
se julgarem mais vantajoso, adquirir as mercadorias na própria localidade onde se encontra o
hotel, sem que sejam obrigados a comprar através da administração regional.
Departamento de vendas
A sua função principal é de aumentar sempre o volume de vendas na sua região, tendo o
cuidado de nunca se afastar dos princípios ditados neste campo, pelo departamento de vendas
da administração central.
Ocupando-se, geralmente, das vendas em vários países, este departamento delega uma parte da
sua autoridade a representantes especializados que se encontram nas diferentes áreas regionais.
Estes, com base em estudos do mercado, enviar-lhes-ão relatórios sobre os hábitos e
necessidades particulares da clientela de cada área.
Os responsáveis deste departamento devem ter conhecimento profundo de tudo o que diga
respeito à técnica de vendas, dando provas de bom senso, especialmente no que se refere ás
propostas e sugestões a fazer.
Nos restantes aspectos, os hotéis são livres na sua actividade publicitária, elaborando o seu
programa de acordo com as necessidades da clientela.
Departamento de pessoal
Sendo a direcção geral que se ocupa do recrutamento dos especialistas para os postos chave,
tanto da administração central como da regional e hotéis, é em contrapartida este departamento
de pessoal que tem a missão de estudar o mercado de trabalho, assim como as condições sociais
dos diferentes países a seu cargo.
* Os horários de trabalho e os salários devem ser fixados de acordo com a legislação vigente de
cada país.
Direcção-Geral
O director do hotel, ainda que subordinado à administração regional, goza de uma grande
liberdade de acção. Isto traz-lhe, evidentemente, numerosas responsabilidades. Antes de mais,
ele deve ser um organizador e um administrador.
Tem, também, um certo número de deveres para com a administração regional. Perante esta é
particularmente responsável por tudo o que diz respeito à administração do imobilizado,
instalações e pelo cumprimento de todas as directivas vindas dos seus superiores.
Para levar a bom termo a sua missão, o director dispõe de um pessoal qualificado que manterá
ao corrente, cada um no seu domínio para que se possa dar o progresso.
Franchising
Contrato mediante o qual uma cadeia hoteleira atribui a um concessionário a utilização da sua
marca ou dos seus produtos e serviços, com o compromisso assumido pelo 2º de proceder à sua
venda e ao pagamento de um direito de uso de marca.
Custo de franchising
Segundo o clausulado do contrato, o pagamento de uma % sobre o volume de vendas, por
exemplo. Este tipo de contrato é bastante utilizado, pois o proprietário, se bem que perca uma
parte da sua independência, pois é submetido a controlos regular, beneficia contudo dos estudos
e das experiências da cadeia para o projecto e para os conselhos futuros.
Contrato de exploração
Contrato segundo o qual uma cadeia hoteleira toma de aluguer um estabelecimento pronto a
funcionar, para efectuar por sua conta e risco a respectiva exploração, pagando uma taxa ou
renda fixa ou variável.
Joint-Venture
Associação entre 2 ou + empresas, com o objectivo de executarem em comum uma tarefa ou
projecto determinado, por intermédio de uma pessoa jurídica criada e controlada pelos
participantes.
Cadeias Internacionais
Choice Hotels, Marriott International, Hilton Hotéis, Carlson/Radisson SAS, Sheraton (Star)
Cadeais de Fast-Food/Restauração
Macdonald´s, Pizza-Hut, burguer King, Rancho, etc.
Director de hotel
É o funcionário que dirige a unidade, organiza, planeia, coordena e controla o funcionamento
das diversas secções e serviços de um hotel, hotel-apartamento ou motel; aconselha a
administração no que diz respeito a investimentos e à orientação financeira, económica e
comercial. Pode representar a administração dentro dos âmbitos dos poderes que por sua vez
lhe sejam conferidos, é ainda responsável pela gestão do pessoal dentro dos limites fixados no
seu contrato de trabalho.
Director de alojamento
É o funcionário que dirige e coordena a actividade das secções do departamento de
alojamentos. Auxilia o director de hotel no esforço da ocupação máxima da capacidade de
alojamento, determinando os seus custos e elaborando programas e planos de acção. Pode
eventualmente substituir o director.
Director comercial
É o funcionário que organiza, dirige e executa os serviços de relações públicas, promoção e
vendas da unidade ou unidades hoteleiras. Elabora os planos de marketing e vendas, estuda os
mercados nacionais e internacionais, assim como as oscilações dos fluxos turísticos.
Director de produção
«food and beverage manager», é o funcionário que dirige, coordena e orienta o sector de
comidas e bebidas da unidade hoteleira.
Subdirector de hotel
É o funcionário que auxilia o director de hotel no desempenho das suas funções. Substitui o
director nas suas ausências.
Assistente de direcção
É o funcionário que auxilia o director do hotel na execução das suas funções e pode substitui-lo
no impedimento ou ausência, tem a seu cargo a coordenação prática de diversos serviços e pode
ser encarregado da reestruturação de determinados sectores.
Controlador
É o funcionário que verifica as entradas e saídas diárias das mercadorias e efectua os
respectivos registos; assim como determinados serviços de escrituração inerentes à exploração
do estabelecimento. Controla e mantém em ordem os inventários parciais e geral. Verifica
periodicamente as existências, stocks no economato, etc.
Fornece aos serviços de contabilidade os elementos de que estes carecem e controla as receitas
das secções. Informa a direcção das faltas, quebras e outras ocorrências no movimento
administrativo.
Controlador de caixa
É o funcionário que emite as contas/facturas dos consumos nas salas de refeições/bares, recebe
as importâncias respectivas, elabora mapas de movimento da sala em que presta serviço.
Auxilia nos serviços de controlo, recepção e balcão.
Trintanário
É o funcionário encarregado de acolher os hóspedes e clientes à entrada do estabelecimento,
facilitando-lhe a saída e o acesso às viaturas de transporte, indicar os locais da recepção,
coopera de modo geral na execução dos serviços de portaria. Pode ainda, quando habilitado,
conduzir viaturas.
Bagageiro
É o funcionário que se ocupa do transporte das bagagens dos hóspedes e clientes, da
arrecadação das bagagens e eventualmente do transporte de móveis e utensílios e outros
pequenos serviços.
Porteiro de serviço
É o funcionário que se ocupa da vigilância e controlo, da saída e entrada de pessoas e
mercadorias.
Mandarete
É o funcionário que se ocupa da execução de pequenos serviços dentro e fora da unidade. Pode
ocupar-se da condução dos elevadores destinados aos clientes, assim como do asseio dos
mesmos e das zonas públicas do estabelecimento.
Governanta de andares
É o funcionário que providencia a limpeza e arranjo diário dos andares que lhe estão confiados,
coordenando toda a actividade do pessoal sobre as suas ordens; ocupa-se da ornamentação da
unidade, (arranjos florais), asseio e decoração das salas e zonas de convívio, examina o bom
funcionamento do equipamento dos quartos (móveis, cortinados, equipamento diverso),
zelando pela sua conservação ou substituição quando necessário. Mantém a reserva de roupa e
material de limpeza e faz a sua distribuição. Pode acompanhar os hóspedes, verifica a ocupação
dos quartos, guarda objectos esquecidos pelos clientes, supervisiona o serviço de roupas dos
hóspedes, envia relatórios diários para o seu superior.
Empregada de quartos
É o funcionário que se ocupa do asseio, arranjo e decoração dos aposentos, bem como dos
locais de acesso e de estar, do recebimento e entrega das roupas dos hóspedes e ainda a troca e
tratamento das roupas.
Chefe de mesa
È o funcionário que chefia e orienta todos os trabalhos relacionados com o serviço de mesa,
Escanção
É o funcionário que se ocupa do serviço dos vinhos e outras bebidas, verifica a existências na
cave do dia, providenciando para que as mesmas sejam mantidas. Durante a refeição mostra a
lista/carta das bebidas aos clientes e aconselha o vinho apropriado para as diferentes iguarias
seleccionadas.
Empregado de restaurante
É o funcionário que serve as refeições e bebidas aos clientes. É o responsável por um turno de
mesas. Executa ou colabora na preparação das salas e arranjo das mesas para as diversas
refeições, prepara as bandejas, carros de serviço e mesas destinadas aos clientes.
Supervisor de bares
É o funcionário que coordena e supervisiona o funcionamento de bares sob orientação do
director ou assistente de direcção responsável pelo departamento de F&B.
Barman
É o funcionário que prepara e serve as bebidas simples ou compostas, cuida da limpeza e
arranjo das instalações do bar e executa as preparações previas ao balcão.
Chefe de cozinha
É o funcionário que organiza, coordena, dirige e verifica os trabalhos de cozinha e grill nos
restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares, colabora na elaboração das ementas e das
listas/cartas de restaurantes.
Cozinheiro
É o funcionário que se ocupa da preparação e confecção das refeições e pratos ligeiros, elabora
ou colabora na elaboração das ementas, recebe os viveres e os outros produtos necessários à
confecção das refeições.
Chefe/Mestre pasteleiro
É o funcionário que planifica, dirige, distribui e coordena todas as tarefas/trabalho de pastelaria.
Chefe de compras/economato
É o funcionário que procede à aquisição e transporte de géneros, mercadorias, e outros artigos,
sendo responsável pelo regular abastecimento do estabelecimento. Calcula os preços dos
artigos a adquirir com base na política da empresa. Armazena, conserva, controla e fornece às
secções as mercadorias e artigos necessários ao seu funcionamento.
Controlador de room-service
É o funcionário que atende e coordena o serviço para os quartos dos hóspedes. Tem ao seu
cargo o controlo das bebidas e alimentos destinados ao room-service.
Vigilante
É o funcionário que exerce a vigilância, verifica se tudo se encontra em conformidade e zela
pela segurança do estabelecimento. Elabora relatórios das anomalias verificadas.
Director de golfe
É o funcionário que dirige, orienta e coordena o funcionamento de todas as secções e serviços
existentes no campo de golfe e nas instalações de apoio. Organiza o calendário desportivo e
promove a realização de torneios e competições. Ocupa-se das relações públicas.
Tesoureiro
É o funcionário que tem a seu cargo as operações de caixa e registo do movimento relativo à
gestão corrente. Recebe o numerário e outros valores e de acordo com os relatórios/folhas de
venda, prepara folhas de pagamento, etc. Pode ainda preparar os fundos destinados a serem
depositados e tomar as disposições necessárias para os levantamentos.
Apesar das suas estruturas variáveis, logicamente adaptadas às diferentes unidades, estes
organizam-se segundo os seguintes departamentos:
DEPARTAMENTOS:
Alojamentos, Comidas e Bebidas, Comercial, Administrativo e Financeiro, Recursos Humanos
Serviços Técnicos, Outros.
Alojamentos
O grupo de recepção compreende, normalmente, os locais e serviços consagrados à recepção,
acolhimento e convívio de clientes, tais como: Recepção, Caixa, Portaria, Telefones, Salões, e
Andares/Lavandaria e Limpezas, etc.
Alimentação e Bebidas
O grupo de produção consiste, geralmente, nos sectores de venda de comidas e bebidas; Bar,
Cozinha, Pastelaria, Cafetaria, Room-service, Economato, Banquetes, Outros.
Comercial
Integram o grupo comercial, os serviços de publicidade, promoção e vendas, prolongados do
exterior, pela rede de representantes e vendedores, ao serviço da unidade hoteleira.
Administrativo e Financeiro
Agrupa os sectores responsáveis pela contabilidade, gestão provisional (compras) e controlo de
toda a exploração, competindo-lhe ainda, a definição da política financeira da empresa.
Recursos Humanos
A importância do pessoal no conjunto da exploração, justifica as crescentes preocupações de
organização dos respectivos serviços, e, os cuidados dispensados às instalações colocadas à sua
disposição. Daí que o pessoal represente por si só um importante sector, que deverá merecer a
mais criteriosa atenção dos responsáveis da exploração.
Serviços Técnicos
É o sector responsável pela assistência técnica e fornecimento de energia, vapor, água quente,
etc., competindo-lhe ainda, assegurar a manutenção, em condições ideais de utilização das
instalações e equipamento do estabelecimento; engenharia, oficinas, caldeiras, ar condicionado.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 52
Serviços de Front & Back 53
Back Office
Breve apontamento
O departamento de alojamentos é o maior contribuinte para a rentabilidade financeira de um
hotel, conforme o demonstram as estatísticas publicadas.
A estabilidade das vendas ou a procura do mercado e a estrutura de custos determinam,
conjuntamente, o que se designa por orientação do negócio (business orientation);
Na indústria hoteleira, alguns estabelecimentos operam com baixos custos fixos,
alcançando relativa estabilidade no volume de vendas: hospitais, cantinas escolares e
universitárias, etc.
Outros estabelecimentos pelo contrário operam com elevada percentagem de custos fixos e
estão sujeitos a elevada instabilidade nas vendas; hotéis, aparthotéis, hotéis de resort e
operações similares.
Hospitais Mercado
Cantinas Custo Orientado
Orientado
Esta orientação básica reflecte uma forma de abordagem dos reais problemas dos
estabelecimentos hoteleiros. Assim, num negócio de mercado orientado, a análise de custos não
assume aspectos tão preponderantes para efeitos de controlo da gestão, como o controlo das
vendas. O que, na prática, obriga ao desenvolvimento de eficientes e detalhados relatórios
diários sobre as vendas e sua composição, ocupação, preços e outros factores que afectem o
volume de negócios do estabelecimento.
Todavia, e em alguns dos sectores operacionais de hotéis e similares, muitos dos custos são de
natureza variável, havendo, portanto, oportunidade para o seu controlo e correcção de acordo
com o volume de vendas. O que permite concluir que os problemas de controlo e registos
contabilísticos devem ter incidências muito especiais sobre as vendas, nas empresas de mercado
orientado - o caso da indústria hoteleira, de uma forma geral. Nas empresas de custo orientado,
devem ser mais incisivos sobre os respectivos custos.
Aos factores mencionados têm grandes implicações em relação aos serviços de recepção de um
hotel, nos diversos aspectos de funcionamento. A recepção é um dos principais pontos de venda
do hotel. Os seus empregados devem ser treinados para convencerem os potenciais hóspedes a
ficarem alojados no hotel. Ou ainda dar conhecimento aos clientes habituais de novas opções de
serviços e vantagens da sua utilização. Os Estabelecimentos hoteleiros dispõem normalmente,
de variados pontos de venda, tais como o restaurante, room-service, bar, lavandaria,
cabeleireiro, animação, sauna, golfe, etc.
É sempre possível à recepção de qualquer hotel chamar a atenção dos hóspedes apara os
diversos serviços que o hotel oferece. Para atenuar as dificuldades do conhecimento das, por
vezes numerosas, facilidades e serviços oferecidos aos clientes, obrigou muitos hotéis à criação
e distribuição de directórios de serviços, que são habitualmente colocados nos quartos ou
entregues no acto do registo do cliente.
A mentalização de que o pessoal da recepção é também a de vendedor, conduz à prática de
saudáveis relações públicas e a um melhor conhecimento do produto hoteleiro oferecido.
Criticas públicas a outros empregados e outros sectores do mesmo hotel devem ser evitados.
A recepção deve manter um nível de custos aprovado pela direcção. Além do que, deve
salvaguardar as receitas geradas na unidade. Estas funções, especialmente as de contabilização
e recebimento das receitas, requerem cuidados extremos. A exactidão e eficiência são de grande
importância para o hóspede e para o hotel, nada mais desagradável que a demora resultante da
MISSÃO E CARACTERIZAÇÃO DA
ANÁLISE DO ANÁLISE DO
AMBIENTE INTERNO SWOT AMBIENTE EXTERNO
( Forças e Fraquezas ) ( Oportunidades e Ameaças )
OBJECTIVOS
ESTRATÉGICOS
FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS
37
Intangibilidade do Serviço
As modernas abordagens destes problemas reconhecem que os hoteleiros não são simples
vendedores de produtos tangíveis, como camas limpas e boa alimentação. As indústrias fabris
produzem produtos e objectos que podem ser tocados pelos consumidores. Nos serviços, o que
na maioria das vezes é avaliado são as acções, esforços, desempenhos. Após a prestação de um
serviço, ao comprador nada resta de tangível, despendeu o seu dinheiro para pagar um serviço,
mas nada ficou para além dessa compra, o cliente não retira objectos que utilizou no hotel, etc.
A grande dificuldade que a hotelaria enfrenta é, pois, a de que os hóspedes deixam o hotel
apenas com a memória das suas experiências. O que constitui o mais importante desafio, tornar
o intangível em tangível, criando uma poderosa imagem dos serviços hoteleiros, para que o
produto apareça aos potenciais clientes com uma imagem de tangível. Parte das respostas estão
ligadas ao reconhecimento de que cada serviço fornecido por um hotel deve satisfazer as
expectativas criadas aos clientes que se pretende atrair. De outra forma os clientes sentem
insatisfação.
Por exemplo, os clientes que escolheram um hotel económico ficarão surpreendidos se o hotel
tiver um serviço de acompanhamento aos quartos por um colaborador da recepção. Da mesma
forma ficarão desiludidos se um hotel de padrão elevado e preço, os quartos não estiverem
convenientemente limpos quando acedem ao quarto.
Uma das estratégias mais eficientes que os hotéis devem adoptar para aumentar a confianças do
consumidor é cultivar a satisfação dos clientes. Uma vez assegurada a consistência do produto
ou serviço oferecidos, cria-se a confiança do consumidor, que se transformará em porta-voz da
garantia dos serviços a consumir. Esta consistência está, naturalmente, ligada ao controlo e
segurança de qualidade.
Sazonalidade do negócio
A indústria hoteleira opera num cenário com flutuações de negócio de mês para mês, de dia
para dia, de hora para hora. A percentagem de ocupação constitui o primeiro indicador da
actividade de um hotel. Exprime que percentagem, dos quartos disponíveis para venda fora na
realidade vendida.
Oferta e a Procura
As indústrias fabris são muitas vezes capazes de estabelecerem um ajustamento correcto entre a
oferta e a procura, através de adequadas gestões dos níveis das existências. Na indústria
hoteleira não se podem armazenar serviços, nem promover a gestão dos níveis de existências
desses serviços. Além de que os quartos de um hotel ou os lugares de um restaurante são
relativamente fixos.
Na hotelaria a oferta é normalmente fixa, não pode ser aumentada pela expansão do próprio
estabelecimento. E quando a procura excede a oferta, a gestão incide ao nível da própria
procura.
MISSÃO E CULTURA
A MISSÃO DA EMPRESA VAI AJUDAR A DEFINIR AS NECESSIDADES ES-
PECÍFICAS DO NEGÓCIO, RELATIVAMENTE AO MEIO AMBIENTE EM
QUE ACTUA, DE MODO A ATINGIR OS OBJECTIVOS DESEJADOS PELO
NEGÓCIO EM QUESTÃO.
MEIO AMBIENTE
FACTORES FACTORES
CULTURAIS SOCIAIS
HOTEL
FACTORES FACTORES
ECONÓMICOS POLÍTICOS
FACTORES
NATURAIS
OUTROS
38
Diferenciação de preços.
Nesta situação os preços elevados são mantidos durante períodos de alta procura, enquanto
preços baixos são praticados em períodos de fraca procura. É uma táctica diferente da
redução de preços, em que a prática de baixos preços é utilizada durante um período longo,
para estimular a procura, e captar alguma parcela de negócio da concorrência.
Muitos problemas podem resultar quando a redução de preços é utilizada como estratégia
de concorrência. Uma delas é a natural resistência dos consumidores quando o
estabelecimento pretender voltar a praticar os seus preços normais. Além do que o preço
não é a maior determinante na procura hoteleira.
Estas estratégias de marketing, que permitem ajustar a procura à oferta, implicam a adopção de
várias acções que incluem, a contratação temporária de pessoal, maximização da eficiência e
aumento da participação do consumidor.
A adopção das novas tecnologias tem permitido reduzir o trabalho intensivo no processo de
produção de muitas indústrias fabris. Todavia, na indústria hoteleira e da restauração, as
despesas com o pessoal constituem o maior factor de custo operacional. A variação dos quadros
de pessoal, de acordo com as flutuações da procura nem sempre é possível e é condicionada
pela legislação laboral vigente. A maior participação do consumidor no processo de produção
teve sucesso nas operações de fast-food. Sendo que muitos grupos de consumidores mantêm
resistência à participação nesta novas tendências nos serviços da hotelaria e restauração.
6.A RECEPÇÃO
6.1. Introdução
Os serviços de acolhimento são aqueles que prestam apoio e serviços de ordem diversa ao
cliente, desde a sua chegada, durante a sua estadia e na altura de saída de hóspede. Estes
serviços são inerentes a qualquer tipo de estabelecimento hoteleiro que tem à sua disposição
dos seus clientes o serviço de locação de quartos.
Durante muitos anos, após o surgimento dos primeiros hotéis palácios até ao início da
proliferação dos hotéis de cadeia, originários dos E.U.A. Os serviços de acolhimento
encontravam-se diferenciados em vários sectores estanques e em muitos casos disseminados no
hall do hotel em vários balcões de apoio ao cliente. Tal tendência veio a ser destruída pela nova
vaga de gestão hoteleira imposta pelos hotéis de cadeia com uma filosofia de gestão mais
cuidada, vocacionada para o lucro e eficiência dos serviços, começando pois a optar-se pela
centralização e unificação dos vários serviços prestados ao cliente no mesmo local, trazendo
esta medida vantagens de ordem diversa que mais tarde serão abordadas. Na hotelaria actual é
frequente ouvir-se a designação de “front-office”, que visa definir sinteticamente todos dos
serviços de acolhimento a prestar ao cliente, unidos num só sector.
Se por um lado se conclui que era vantajosa a unificação dos diversos serviços num só, mais
completo e de maior eficiência, levando esta medida a um aumento acentuado da qualidade de
serviços e a uma redução significativa no número de pessoal necessário à realização dos
diversos trabalhos. Por outro lado conclui-se que era essencial devido à diferença do tipo de
serviços prestados continuar a manter de certa forma diferenciados os serviços de recepção e
portaria, principalmente nos hotéis de nível médio e alto de categoria, assim como nos hotéis de
média e elevada capacidade alojamento. Isto porque a principal e importante diferença entre
estas duas secções consiste em:
RECEPÇÃO ...........................................mais vocacionada para os serviços internos;
PORTARIA .............................................mais vocacionada para os serviços externos.
Devemos entender a recepção como o conjunto de todas as subsecções que dela fazem parte,
estes serviços como já foi referido, também são conhecidos por “front-office”.
Define-se pois recepção, como sendo o centro coordenador do hotel, responsável pelo
acolhimento e acompanhamento dos clientes alojados ou não e servindo de elo de ligação entre
a direcção e os clientes e vice-versa. Solicita ainda a execução das ordens emanadas pela
direcção e clientes a todas as secções do hotel.
A recepção está estritamente associada à primeira e última recordação levada pelos clientes que
visitaram o hotel. É pois de primordial importância o excelente funcionamento e a eficiência
dos serviços por ele prestados, pois caso algo falhe nos serviços de acolhimento logo toda a
imagem dos restantes serviços do hotel poderão ser avaliados por analogia.
No ponto de vista do cliente a recepção é encarada como o local onde todos os seus problemas,
mesmo com os serviços internos e até externos, que nada têm a “ver” com esta secção, são aqui
apresentados para obtenção de respostas adequadas.
Na hotelaria actual os factos que distinguem um bom hotel dos restantes, são na realidade a
qualidade dos serviços e a personalização dos mesmos, hotéis da mesma categoria, áreas de
quartos, equipamentos, serviços complementares, etc., apresentam diferente aceitação por parte
dos clientes devido exclusivamente ao relacionamento humano que se deverá generalizar aos
serviços da unidade, e em particular nos serviços da recepção.
O chamar o cliente pelo seu próprio nome, ser bom fisionomista, saber as preferências dos
clientes e chegar a criar à sua volta um ambiente favorável e quase “familiar”, é factor e
sinónimo da obtenção da máxima satisfação para os hóspedes e divulgação positiva da imagem
dos serviços do hotel junto de potenciais futuros clientes.
Hoje em dia, tal factor é de tal forma determinante que uma cadeia de hotéis utilizou a nível
mundial nas promoções e publicidade assim como nos planos de formação a seguinte frase:
“..no nosso hotel, pequenas coisas dizem muito!”
Incentivando os seus funcionários a terem cada vez maior sensibilidade para a importância do
atendimento personalizado, como um factor chave na avaliação que os clientes fazem da
qualidade dos serviços do hotel.
Logicamente a importância da qualidade dos serviços prestados alarga-se para além dos
hóspedes do hotel até aos visitantes, passantes e outras pessoas que pelos mais diversos motivos
no seu dia-a-dia contactam com os nossos serviços.
Direcção
A direcção tem que estar sempre ao corrente de todo o movimento de hóspedes no hotel, os
clientes do dia, as chegadas previstas e as saídas, todos os indicadores de gestão devem estar
sempre actualizados, pois sempre que a direcção solicitar qualquer tipo de informações deverá
obter uma resposta rápida e precisa sobre o movimento do serviço de alojamentos, tais como:
resumo do movimento diário, reclamações, avaria, estatísticas, análise dos resultados, relatórios
diversos.
Contabilidade
O contacto com a contabilidade reveste-se da maior importância pois todas as receitas, mapas
de resultados, movimentos de créditos e pagamentos são para aí canalizados e existe sempre um
sem número de problemas que têm que ser resolvidos entre ambas as secções.
Cozinhas
Diariamente a recepção deverá informar a cozinha do número de pequenos-almoços, almoços e
os jantares previstos, assim como algum pedido especial dos clientes e movimento de refeições
de grupos. Deverá a recepção também estar sempre informada acerca dos menus do dia ou
outras sugestões.
Restaurantes e Bares
As secções de distribuição deverão estar sempre informadas acerca do movimento de hóspedes
no hotel, respectiva modalidade de hospedagem, movimento de grupos, pedidos especiais,
reservas, entre muitos outros tipos de informações trocadas entre ambas as secções.
Andares
O contacto com os andares é indispensável no que respeita a previsões de chegadas e partidas,
mudanças, preferências particulares de hóspedes, controlo de hóspedes quarto, reparações,
serviços de lavandaria, perdidos e achados.
Serviços Técnicos
Relações de primordial importância estabelecem-se entre estas duas secções, por um lado a
recepção está constantemente a ser informada pelos hóspedes de problemas técnicos existentes
nos quartos, e por outro, quartos bloqueados não permitem a sua venda!
Outros
Conforme a dimensão do hotel outras secções podem existir, como o room-service, discoteca,
piscinas, lojas, health-club, etc., e também nestes casos o contacto com a recepção é
importante.
Agências de Viagens
Contactos constantes são mantidos com as agências de viagens, pois os serviços cada vez são
mais utilizados pelos clientes.
Por outro lado são os contactos mantidos pela portaria, no que diz respeito a reservas,
informações, confirmações entre outros pedidos feitos pelos clientes aos balcões da portaria.
Companhias de Transporte
Reservas, confirmações de bilhetes, cancelamentos, informações diversas entre outras; são
efectuadas ela portaria a pedido dos hóspedes do hotel.
Comércio Local
Deverá a portaria conhecer e manter contratos com vista a prestar informações a poder
recomendar aos clientes certas zonas comerciais, lojas recomendadas, etc...
Organismos Oficiais
É de toda a conveniência que, por diversos motivos, o hotel mantenha as melhores relações
com organismos oficiais, tais como: Direcção Geral do turismo, Comissões regionais de
turismo, Câmaras Municipais, Policia de Segurança Pública, Bombeiros Municipais, etc.....
Entretenimentos Diversos
O conhecimento profundo do meio envolvente e as suas atracções de animação (vida nocturna,
gastronomia, paisagísticas, desportos, etc.) é importante para poder informar e satisfazer os
pedidos dos clientes, tais como: casas de fado, discotecas dos mais diversos estilos, casas de
espectáculos (cabarets, casinos, bares), parques temáticos, reservas naturais, e outras
facilidades.
Actividades Culturais e Espectáculos
A portaria deverá estar sempre ao corrente de todo o tipo de actividades permanentes ou
pontuais que decorrem na área onde se localiza o hotel. Manifestações culturais como:
exposições de arte, espectáculos musicais, teatro, etc. devem ser amplamente divulgados.
DIRECÇÃO
DEPARTAMENTO DE ALOJAMENTOS
RECEPÇÃO
Correspondência
Área de elevada responsabilidade para os elementos da Recepção ou da Portaria. Tem por
objectivo controlar a entrega ou recebimento de correspondência da parte dos hóspedes. Deve-
se informar logo que possível o hóspede de que tem correio, podendo-se colocá-lo no chaveiro
respectivo (forma tradicional), ou caso exista sistema informático que o permita, então
devemos recorrer ao serviço de mensagens para dar conhecimento ao hóspede. Desta forma, ele
consegue através do sistema instalado no quarto (luz no telefone) verificar que tem uma
mensagem, entrando logo em contacto com a recepção. Normalmente existe um livro de registo
de correspondência.
Reservas
Área responsável pela aceitação de reservas e confirmação das mesmas ou não. Com um
responsável directo por este serviço, coordena toda o movimento de reservas, mantém os
pedidos de reserva em dia, informa os outros departamentos do número de hóspedes a chegar
ou a partir, refeições, ou outras alterações, etc. Mantém um contacto muito importante com as
Agências de Viagens no que respeita a pedidos de reservas. Apoia os responsáveis de vendas
(Director Comercial).
Acolhimento
É a área da recepção que se ocupa do acolhimento do hóspede e suas formalidades, completa
todos os procedimentos legais e apoia o hóspede durante a sua estadia. Na chegada deve
informar o cliente de todo o funcionamento da unidade, disponibilidade, localização do quarto
(se possível acompanhar o hóspede), informar de algo em especial, verificar se o cliente fica
satisfeito com o quarto atribuído, etc.
estrangeira, registo de cofres, etc. Os cofres podem estar localizados tanto nos quartos como na
recepção. O cliente deve preencher um formulário próprio para esse fim.
Estatísticas
A recepção deve elaborar os mapas que têm como a finalidade o registo de hóspedes no que se
refere a entradas/saídas, nacionalidade, nº de pessoas (pax) em determinado mês, registo de
refeições, valores contabilísticos nos diferentes departamento/secções, nível de facturação de
agências de viagens, etc.
Existem já integrados em todos os sistemas informáticos diversos tipos de listagens que nos
permitem retirar qualquer tipo de informação necessária para satisfazer e responder assim a
perguntas colocadas por vários departamentos ou sistemas de controlo.
Controlo de Chaves
A recepção/portaria é o local em que se encontram depositadas, as chaves para o
funcionamento da unidade (chaves dos quartos, “mestras”, áreas de serviços, elevadores,
quadros eléctricos, etc.). Deve existir um controlo adequado de todo o movimento de chaves, o
hóspede não necessita de registo na medida em que tem o seu cartão que lhe deve ser sempre
solicitado quando efectuar o pedido da chave do seu quarto. Se for um funcionário, o mesmo
deve escrever o seu nome legível, indicar o dia a hora e a finalidade para que levantou a chave
e posteriormente registar a sua devolução.
Informações
A recepção deve manter todas as informações disponíveis bem visíveis, um painel de
informações completo, desde os horários de abertura dos restaurantes, bares, piscinas, ginásios,
transportes, acontecimentos na comunidade, etc. Disponibilizar dossiers com informações úteis
para utilização por parte dos clientes. Em certas unidades existe um "jornal" dos
acontecimentos importantes a decorrer na semana, na unidade ou na localidade.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 69
Serviços de Front & Back 70
Back Office
Telefones/Fax
A recepção tem por função atender todas as chamadas telefónicas e passá-las para destino
solicitado (serviço). Quando é recebido um fax ou mensagem, deve entregar-se logo que
possível ao destinatário. Muitas das vezes os clientes pedem para enviar um fax, nesta medida é
importante que os funcionários saibam trabalhar com o telefax ou outro sistema de informação
existente na unidade (Internet).
Nos últimos anos, as telecomunicações têm sido um dos campos da ciência que mais evolui.
Existem, no mercado, os mais variados sistemas e quase todos têm agregado um módulo de
contabilização de chamadas, que ajuda o hotel a receber o correcto valor do custo dessas
chamadas, acrescentadas do respectivo mark-up (valor acrescentado ao custo da chamada para
pagamento das despesas do hotel em pessoal, equipamento, etc.).
A maior parte das vezes a operadora não é vista pelo cliente. A imagem que a telefonista
projecta é pois limitada ao tom de voz e às palavras que usa. Quando uma pessoa chama a
central telefónica, seja do interior ou do exterior do hotel, esta pessoa está muito consciente do
tempo que a operadora demora a atender, das palavras que usa quando responde e de quão
eficiente, amigável e prestimoso é o tom da sua voz. Estes factores transmitem uma imagem, e
não só a imagem de quem atende, mas também a do estabelecimento.
Portaria de Serviço
É a porta pela qual devem entrar e sair todos os funcionários, local onde se encontra o
respectivo relógio de ponto. Esta porta é geralmente vigiada por um porteiro que vigia ou
confere todas as entradas de mercadorias para a área do economato ou outro destino.
Bagagens
Da responsabilidade do bagageiro ou mandarete que depende das ordens do chefe de recepção
ou da portaria quando existe. Este serviço deve ser organizado de uma forma clara e rápida. Em
geral deve-se ter em conta o elevado número de bagagem a entrar ou a sair da unidade nos dias
de grande fluxo. Deve existir uma sala de bagagens para este fim.
Nos clientes de grupo, por ser uma quantidade de bagagens elevada para envio imediato,
utiliza-se o seguinte método:
Contagem das bagagens, com informação escrita no processo do grupo;
Colocação de etiquetas para bagagem ou marcação do número de quarto através de giz;
Distribuição gradual pelos andares e quartos;
A rooming list que serviu para o check-in servirá para o check-out.
As Tecnologias na Hotelaria.
No turismo moderno, as tecnologias, são a base de todo o sistema de reservas, permitindo uma
eficiência de gestão impensável há alguns anos atrás. A globalização crescente do negócio
turístico que se traduz numa interligação cada vez maior entre os produtores, retalhistas e os
consumidores, implica um crescente envolvimento das novas tecnologias de informação e
comunicação.
Telecomunicações
A importância das tecnologias divide-se aqui em duas vertentes, a comunicação interna entre os
vários departamentos e secções da unidade e, as relações com as entidades externas, podendo
assumir várias formas, sistemas digitais de telefone, teleconferências ou outros meios
audiovisuais.
Gestão de Quartos
Engloba a parte do sistema informático que nos fornece, informações acerca da ocupação dos
quartos, as chegadas/saídas, assim como outros pedidos especiais/listagens diversas. Permite
efectuar o escalonamento das actividades das governantas de andares, distribuição do serviço,
assim como a utilização de serviços de despertar, etc.
Back-Office
Traduz a tradicional gestão financeira e administrativa, que engloba os pagamentos, as
compras, o controlo de inventários, os relatórios de gestão, entre muitas outras operações.
Subchefe de Recepção:
E o funcionário que coadjuva e substitui o chefe de recepção no exercício das suas funções.
O Recepcionista de 1ª
É o funcionário que se ocupa dos serviços de recepção, designadamente do acolhimento dos
hóspedes, da contratação do alojamento e demais serviços, assegura a respectiva inscrição nos
registos do estabelecimento, atende os pedidos e reclamações dos hóspedes, emite/apresenta e
recebe as respectivas contas, prepara e executa a correspondência da secção e o respectivo
arquivo, elabora ainda as estatísticas dos serviços. Poderá ter de efectuar determinados serviços
de escrituração inerentes à exploração do estabelecimento. Nos estabelecimentos que não
possuam secções separadas de recepção/portaria poderá ter de assegurar os serviços comuns.
Recepcionista de 2ª
E o funcionário que colabora com o recepcionista de 1ª.
O seu carácter:
O recepcionista deve ter uma conduta correcta para todos os clientes seja qual for a sua
condição social, origem, nacionalidade. Deve abster-se de julgar pessoalmente qualquer atitude
dos clientes. Não faz críticas, não dá o seu parecer sem que lhe seja solicitado e quando tal
acontece – fá-lo sempre com o maior tacto. Evita excentricidades, e adopta uma higiene pessoal
irrepreensível.
Apresenta-se resumidamente o perfil humano e profissional do recepcionista:
Qualidades morais, profissionais e físicas.
Uma postura correcta.
Gestos sóbrios que facilitem o relacionamento com os clientes e hóspedes.
Modo de expressão cordial.
Boa visão e audição.
Inteligência emocional (apreender com facilidade as mensagens dos diferentes púbicos).
Raciocínio rápido.
Adaptabilidade a públicos diferentes.
Consistência profissional na acção (resistência física/psíquica).
Comunicabilidade e gosto pelas relações publicas.
Simpatia natural, auto-domínio.
Respeito pela pessoa humana.
Cultura geral e conhecimentos linguísticos.
Etc.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 75
Serviços de Front & Back 76
Back Office
Horário fixo
È aquele cujas horas de início e termo são iguais todos os dias e que se encontram previamente
fixadas de acordo com a presente convenção, nos mapas de horário de trabalho submetidos a
aprovação da I.G.T.
Horário flutuante
É aquele cujas horas de início e de termo podem ser diferentes em cada dia de semana mas que
se encontram previamente fixadas no mapa de horário de trabalho, havendo sempre um período
de descanso de dez horas, no mínimo, entre cada um dos períodos de trabalho.
Horário flexível
É aquele em que as horas de início e termo dos períodos de trabalho e descanso diários podem
ser móveis dentro dos limites previamente acordados por escrito.
Horários rotativos
São aqueles que sofrem variações entre as diferentes partes do dia - manhã, tarde e noite, bem
como os períodos de descanso.
A recepção é uma secção que funciona 24 horas, sendo por isso necessário o trabalho por
turnos, que serão mais ou menos numerosos conforme a localização o movimento de hóspedes
o volume de serviço na secção, etc. na sua elaboração.
HORÁRIO SEMANAL(exemplo)
Nomes 2ª Feira 3ªFeira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
Chefe F F A A A A A
Subchefe A A F F B B B
Recep. 1ª A A A A F F A
Recep. 1ª F F B B B B B
Recep. 2ª B B F F A A A
Recep. 2ª B B B B F F B
Auxiliar F F C C C C C
Auxiliar C C F F C C C
O BALCÃO DA RECEPÇÃO
E evidente que todo este conjunto deverá ser tomado em conta, e estudado em pormenor pelo
arquitecto ao planear o projecto do hotel, pois caso contrário pode ser tarde para observar estas
características funcionais. Devemo-nos lembrar que é nesta secção que o cliente toma o seu
primeiro contacto com o estabelecimento, portanto essa primeira impressão terá que ser
forçosamente boa.
Não devemos esquecer que a recepção é o cartão de “boas vindas” do hotel. O contacto físico
com o hotel aliado ao contacto humano é factor determinante na criação de uma imagem do
hotel. Existem vários tipos de balcão e de localização, a decoração de um hall de entrada, dá o
seu “toque” final à personalidade da unidade.
Dimensões do balcão
O balcão da recepção deve estar em harmonia com as dimensões do hall de entrada, com a
capacidade do hotel, serviços a prestar e com a sua categoria do estabelecimento. Por vezes
entra também em consideração o espaço disponível, problema que não existirá se a área do hall
tiver sido bem planeada. Considerar nos estudos aspectos tais como (a altura da plataforma
destinada ao cliente e a sua largura, a plataforma de serviço e o aproveitamento dos espaços
interiores).
O interior do balcão deverá ter ainda algumas facilidades, como por exemplo:
O balcão deve dispor de espaço para os recepcionistas trabalharem sentados e iluminação
adequada (a posição sentada para atender um cliente não é aceitável).
Nota: quanto aos pavimentos da recepção, alcatifas mosaicos sintéticos etc., não devem ser
utilizados pelo facto de ser um ponto de passagem o que provoca seu rápido desgaste.
OUTRO EQUIPAMENTO
Para além do balcão da recepção, encontramos ainda o seguinte equipamento:
Secretárias, mesas e respectivas cadeiras;
Arquivos, de preferência metálicos, de maiores ou menores dimensões;
Ficheiros rolantes ou fixos;
Mesas rolantes de trabalho;
Sistema Hardware (sistema informático);
Cofre principal e cofres individuais para os hóspedes;
Cacifos para as chaves de todos os quartos do hotel (modernamente o sistema está
informatizado (cartões magnéticos), o que dispensa as chaves);
Cacifos numerados para colocação de correspondência ou outra informação para os
hóspedes;
Calculadoras;
Relógio;
Datadores, numeradores, carimbos diversos, furadores, agrafadores, etc.
7. PORTARIA.
A portaria de noite
Nas grandes unidades as tarefas e responsabilidades da portaria da noite não são inferiores às da
do dia.
O porteiro da noite toma a responsabilidade da secção e de grande parte do hotel. Tem de zelar
e vigiar o funcionamento das luzes, ar condicionado, aquecimento das águas entre outros, deve
ter um conhecimento geral de toda a estrutura física do hotel.
O balcão da portaria
As chaves dos quartos nas unidades hoteleiras deverão ter características especiais. Existem
casas especializadas no seu fabrico e o hoteleiro não deverá menosprezar este facto quando
chegar o momento da escolha.
Controlo de Chaves
O controlo das chaves é algo que a recepção/portaria deve ter particular atenção, para evitar
perdas, roubos, entre outras coisas. Esta função pode ser realizada através da recepção ou da
portaria, difere de hotel para hotel.
As chaves dos quartos só poderão ser entregues mediante a identificação do cliente através do
cartão de hóspede, outro documento ou pessoalmente. As chaves são entregues directamente ao
porteiro em serviço no balcão da portaria/recepção. Durante a noite será feito um controlo de
chaves através da listagem de ocupação e o chaveiro (veremos mais adiante modelos avançados
tecnologicamente).
As "chaves - passe" poderão ser utilizadas pelos porteiros em serviço durante os respectivos
turnos. Deverá ser assinado o livro de protocolo em todas as situações.
Fechaduras electrónicas
Podemos definir que um sistema computorizado de fechaduras de portas tem que considerar no
mínimo os seguintes factores:
Segurança, rapidez, simplicidade, controle, instalação fácil, interface (interligado ao sistema
computorizado em uso no hotel), capacidade de ser aumentado, boa e rápida resposta na
assistência.
As fechaduras têm a capacidade para trabalhar sozinhas ou ligadas a um computador
(oferecendo neste caso alguns serviços extras, nomeadamente o acesso check-in e o
cancelamento no check-out, etc. Com possibilidade de emissão de relatórios de utilização).
Chaves “inteligentes”
As chaves plásticas, com a banda magnética, que os hotéis dão actualmente aos hóspedes para
abrir as portas dos quartos, começam já, hoje em dia, a serem substituídas em muitos hotéis por
cartões com um chip incorporado que serve, também, para outros fins tais como adicionar o
nome do cliente, duração da estadia, número da conta e do cartão de crédito, etc.
As chaves inteligentes, já usadas em muitos hotéis, são feitas contendo um circuito integrado.
Dão ao cliente acesso ao quarto e a todas as facilidades do hotel. Pois os clientes podem utilizá-
las para mandar lançar consumos feitos na sua conta. O “chip” regista também o histórico do
cliente e as suas preferências.
Hoje, já é possível que o cartão que serve de chave quartos, sirva ainda para:
Crédito e pagamento – pode ser usado como cartão porta-moedas, pagar em qualquer POS,
máquinas que vendem cigarros, bebidas, etc.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 84
Serviços de Front & Back 85
Back Office
8. OS SERVIÇOS HOTELEIROS
(tema já abordado anteriormente)
1º Alojamento
O alojamento continua a ser o principal serviço do hotel e não será exagerado dizer que a
grande “fatia” das receitas provém precisamente da venda de quartos. A área do alojamento
será portanto um sector ao qual se deve dar especial atenção não só por esta ser a maior fonte
de receita e de rentabilidade, mas também pelo facto de ser esta área melhor posicionada para
“entender” e dar respostas adequadas à evolução dos hábitos e aos desafios próprios de uma
sociedade em mutação permanente. Requisitos esses, que têm a ver com a dimensão,
decoração, equipamento, mobiliário e serviços no geral.
2º Refeições
O hotel satisfaz uma outra necessidade primária, a necessidade de alimentação. Normalmente
um ou mais restaurantes poderão existir no mesmo hotel ou unidade, sendo o restaurante
tradicional, o mais comum.
Outros tipos de restaurante poderão existir como por exemplo:
Grill, Snack/Coffee Shop, Restaurante Típico, Self-Service, etc.
Nestes estabelecimentos deverá estar à disposição dos clientes uma variedade de pratos que vão
desde a cozinha portuguesa à internacional, podendo existir ainda outros de “novas
tendências” da restauração.
3º Bares
Para além das bebidas tomadas no restaurante como parte integrante duma refeição, o hotel
dispõe de um ou mais bares, onde o cliente poderá tomar qualquer tipo de bebida. Normalmente
existe um bar no lobby, um bar interior com serviço de esplanada ou na piscina.
O seu horário de funcionamento tende geralmente a acompanhar o movimento dos hóspedes na
unidade. Podem ser servidos diversos tipos de bebidas; típicas, aperitivos, digestivas e ainda o
serviço de chá/café etc.
4º Lazer / Animação
As distracções têm um papel fundamental na vida da unidade hoteleira, e muito em particular
nos hotéis de estadia onde essas actividades atingem um leque bastante completo.
Dessas distracções podemos enumerar:
As salas de jogos, bibliotecas, dancings, piscinas, ténis, golfe, hipismo, animação para
crianças e adultos, etc.
Para isso normalmente existe um responsável que coordena todo este serviço. O tipo de
distracções numa unidade tem a ver com as características próprias, a localização, os clientes, o
meio em que está inserido e o objectivo proposto pela direcção.
5º Outros serviços
O hotel pode ainda alugar salas de reuniões, serviços de conferências, banquetes, passagens de
modelos, exposições, etc. Pode ter no seu recinto uma área de serviço de lojas, bazares,
cabeleireiros, etc.
Outros serviços que pode efectuar de modo directo ao cliente é o de lavandaria/rouparia.
Podemos referir que num grande número de hotéis encontramos o health-club (tratamentos de
beleza/saúde)
9. MODALIDADES DE HOSPEDAGEM
1º Aposento (AP)
Modalidade de hospedagem que consiste na locação de um quarto ou apartamento, sem que o
hóspede tenha direito ao pequeno-almoço, mais comum mos hotéis-apartamentos. Podemos
acrescentar outra definição em que o aposento é o serviço que consiste na locação de um quarto
e suas instalações privadas por um período máximo de vinte e quatro horas, o qual termina
sempre, salvo convenção em contrário, às 12 horas de cada dia.
1º - ABREVIATURAS:
Condições de alojamento:
AP. Apartamento
SG. single = Quarto de cama individual = 1|-
DB. Double = " " " casal = 1|x
TW. twin = " " 2 camas individuais = 1|=
Suite. = conjunto de um ou mais quartos com wc, sala/s em anexo.
TO = Estúdio - Capacidade 2 Pax.
T1 = Apartamento - 1 quarto - Capacidade 4 Pax.
T2 = Apartamento - 2 quartos - Capacidade 6 Pax.
T3 = Apartamento - 3 quartos - Capacidade 8 Pax.
Modalidade de Hospedagem:
AP. Aposento
APA. Aposento + pequeno-almoço
MP. Aposento + pequeno-almoço + 1 refeição
PC. Aposento + pequeno-almoço + almoço + jantar
Abreviaturas em inglês
AP . Apartment
BB . Bed and Breakfast
HB . Half Board
FB . Full Board
Allotment
Conjunto de quartos reservados por um período determinado mediante um contrato entre o
estabelecimento e uma agência.
Factura de extras
Abertas aos clientes portadores de vouchers ou que solicitem uma factura independente da
factura de alojamento, o cliente paga directamente (despesas extra contrato).
Factura pro-forma
É apresentada a uma entidade responsável pela reserva, discrimina o custo do serviço solicitado
pela reserva (orçamento).
Forfait
Tipo de contrato praticado pelas agências de viagens incluindo não só o pagamento adiantado
das reservas como os transportes, ou serviços extras solicitados pela mesma.
Free-sale
Venda livre de quartos de uma unidade por uma determinada agencia ou representante.
Net price
Também conhecido por - Net - é o preço feito pela unidade à agência de acordo com a
modalidade escolhida e já com todas as taxas incluídas.
Night stop
Entrada de um grupo de pessoas sem reserva à última da hora; um avião que não pode
prosseguir viagem por razões imprevistas, implica instalar os passageiros num hotel para ali
passarem uma noite até poderem prosseguir viagem.
No show
Cliente com reserva não deu entrada no hotel na data prevista.
CXL
Cliente cancelou a reserva.
Over booking
O hotel aceita um maior número de reservas do que a sua capacidade real para determinada
data.
Passante
Cliente que utiliza os serviços do hotel, mas não se encontra hospedado.
Pendente
Conta normalmente de uma agência ou instituição, que fica a aguardar ordens para seguir para
a contabilidade geral/serviços administrativos.
Tour guides
Guia de uma agência, responsável por um determinado grupo de clientes.
Transfer
Transporte de clientes com guia de/ou para um determinado local (aeroporto).
Wake up
Serviço de despertar.
Quarto bloqueado
Diz-se que se encontra bloqueado, quando um quarto está temporariamente fora de uso,
manutenção, limpeza geral, etc.
Rappel
Ocupação de um quarto depois de ter sido fechado o diário de clientes, resolvendo-se a situação
dando entrada duas vezes e uma saída do cliente no diário do dia seguinte.
Release
É um período limite fixado no contrato de allotment até ao qual o hoteleiro se compromete a
manter/aceitar uma reserva da determinada agência.
Ex: 7 dias - 14 dias - 21 dias.
Rooming list
Designa-se por rooming list, a relação de um grupo de clientes previamente discriminados por
quartos que o responsável do grupo elabora e entrega à recepção ou reservas, tem por finalidade
facilitar a entrada dos clientes no hotel (check-in) ou outras.
Check in time
Hora a partir da qual o hóspede tem direito a ocupar o quarto (14.00 Horas) do dia de chegada.
Podem existir contratos, em que a hora de entrada pode variar, geralmente tem a haver com
agências de viagens com um elevado número de clientes, horário dos aviões, transfers, etc.
Comprovante
Todos os documentos de despesas que obrigam ao seu lançamento no diário de clientes
" main-courrant” e ao seu débito na factura do hóspede.
Os comprovantes podem vir de diversas secções (restaurante, bares, piscina, sauna, etc.)
respeitam a consumos efectuados pelos hóspedes, a quem é pedida a assinatura e nº de quarto
(sistemas manuais). Nos sistemas actuais informatizados estas operações de imputações estão
claramente facilitadas.
Back-to-back
Bloquear os quartos dos hóspedes/grupos que tenham chegada prevista para o dia "X"
coincidindo com os dos outros hóspedes/grupos que saíam nesse mesmo dia (comum nos voos
charter).
City ledger
Na saída o hóspede terá somente de assinar a factura, a qual será enviada para pagamento
posterior.
Express check-out
A forma mais fácil e rápida de dar saída aos hóspedes.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 93
Serviços de Front & Back 94
Back Office
Até 31 de Julho de cada ano - Hotéis, Hotéis - Apartamentos, Aldeamentos de Luxo e de 1ª.
Até 31 de Outubro de cada ano - Restantes estabelecimentos hoteleiros com interesse para o
turismo.
Nota: só será feita uma declaração por cada ano.
Requisitos.
Impressão do monograma, nome, categoria, endereço completo, nrº de telefone/fax,
(deve incluir o indicativo da área e do pais), e-mail, etc.
Boa qualidade do papel e do envelope.
Impressão cuidada do cabeçalho.
Colocar especial atenção na escolha da impressão, tipo de letra, etc..
Disposição do texto cuidada.
Bom conhecimento das regras gramaticais, vocabulário e pontuação.
Isenção de rasuras.
Uso de frases afirmativas.
Ser claro, preciso e sucinto na redacção.
Cortesia e amabilidade.
A correspondência deverá ser expedida com a devida rapidez. Uma carta comercial figura
como um “embaixador” da empresa junto do destinatário, por isso, a sua redacção exige todos
os cuidados.
Não devemos esquecer que grande parte das vendas e contratos são efectuados através de
correspondência. Muitos hotéis criaram e utilizam aquilo a que se chama "cartas tipo" para
racionalizar os serviços de correspondência, modernamente existem já programas informáticos
com o serviço de correspondência integrado.
Assim qualquer tipo de carta a pedir informações, obriga a uma resposta imediata e cuidada por
parte da unidade. Aproveita-se para incluir na carta, um desdobrável com fotografias do
estabelecimento, indicando a maior parte dos serviços de que o cliente pode beneficiar, assim
como a tabela de preços e modalidades de hospedagem.
Devemos também informar os clientes dos métodos de pagamento e o valor necessário para
efectuar a confirmação da reserva.
2º Ofertas.
As cartas enviadas pela unidade aos potenciais clientes, indicando todas as possibilidades de
estadia, preço, prazos de confirmação e do depósito, chamam-se ou são classificadas para
arquivo de “OFERTAS”. Os duplicados dessas cartas devem ser arquivadas nas pastas de
arquivo respectivas e devem-se colocar por ordem cronológica ou alfabética.
3º Pedidos de reservas.
Muitos clientes futuros escrevem para o estabelecimento fazendo um pedido de reserva para um
ou mais quartos, ou outros serviços que a unidade oferece.
Nos pedidos de reserva, devemos ter em atenção os requisitos solicitados pelo cliente, como o;
tipo de alojamento, o nrº de pax, data dos ck-in e ck-out, modalidade de hospedagem, a
localização do alojamento (visita mar, montanha, etc.), a hora de chegada, etc.
Existem todavia alguns cuidados tais como a indicação do nº de quarto, que salvo
pedidos de clientes habituais não devem ser mencionados, já que tal procedimento
implica correr o risco de não ser possível dar esse quarto ao cliente quando da sua
chegada.
Quando a unidade hoteleira não tem possibilidade de alojar o cliente na data pretendida,
devemos informa-lo dessa impossibilidade e indicar-lhe outra/s data/s possíveis.
Se nos for possível, podemos também indicar ao cliente outras alternativas de
alojamento em outra unidade/s locais, etc.
13.1.AGENTE DE VIAGENS
Designa toda a pessoa física ou sociedade qualificada pelas disposições legais do seu país,
tendo como principal actividade reservar quartos e outros serviços nos estabelecimentos
hoteleiros, companhias aéreas, rent-car, organização de viagens “packages”, etc.
Retalhistas
A agência de viagens retalhista ou intermediária é aquela que vende os programas das agências
grossistas ou dos tour operators, títulos de transporte (ferroviário, marítimo, aéreo e
rodoviário), e ainda títulos de estadia em hotéis. Poderão também organizar pequenas excursões
ou viagens. Poderá ainda tratar da obtenção de passaportes, fazer seguros de viagens, aluguer de
automóveis com ou sem condutor.
Tour operator
Tour operator ou agência de viagens operadora é um tipo de agência que não deixa de ser uma
intermediária, dado que exerce toda a actividade da agência retalhista. No entanto, para além da
sua actividade de retalhista aparece-nos como uma empresa oferecendo aos seus clientes um
conjunto de serviços, os quais se podem denominar por “viagem organizada”, e que
compreende geralmente serviços de empresas transportadoras, tudo isto combinado e oferecido
aos clientes mediante um preço global.
13.2.VOUCHERS
Definição
Os bons ou vouchers são documentos emitidos pelas agências de viagens pelos quais é
solicitado a um hotel ou similar, ou ainda a uma empresa de transportes, a prestação de
determinados serviços a um cliente ou grupo de clientes. Existem quatro tipos de vouchers; de
estadia, de depósito, de crédito ilimitado (full credit), de recomendação.
Uma cópia do voucher pode também ser utilizada como reconfirmação da reserva.
1º Voucher simples/estadia.
Nele devem figurar de forma clara os serviços a prestar, especialmente as datas de chegada e a
de partida, só podem dizer respeito aos serviços hoteleiros correntes (quarto, refeições, extras).
2º Voucher de depósito
Como o nome indica, só cobre uma quantidade determinada que o cliente depositou na agência
como garantia da sua reserva. No check-in deve apresentá-lo, pois funciona como um depósito
antecipado, ou então no acto do pagamento da factura do hotel para que lhe seja creditada essa
importância
4º Voucher de Recomendação
Este tipo de Voucher menos vulgar, serve unicamente para recomendar ou apresentar um
cliente a um hotel. No entanto, a agência tem também o direito à comissão habitual.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 99
Serviços de Front & Back 100
Back Office
Baixa estação
Definida pelo uso local, sujeita a contratos particulares segundo as condições do mercado local.
Contrato hoteleiro
Contrato pelo qual um hotel se obriga, perante um agente de viagens, a fornecer serviços
hoteleiros a um viajante cliente da agência.
Depósito de garantia
Depósito antecipado de uma parte de valor de reserva, feito pelo agente de viagens ao hotel, e
que deverá ser reduzido do montante total da factura ou restituído em caso de anulação regular
do contrato hoteleiro.
Depósito antecipado
Segundo a vontade das partes, o valor antecipado pedido pelo hoteleiro pode tomar a forma de
sinal, ou de depósito de garantia.
Tarifa de hotel
Lista de preços dos diferentes serviços fornecidos pelo hotel, separadamente ou em conjunto e
publicados oficialmente para serem aplicados.
Agentes de reserva:
As reservas de alojamento podem ser efectuadas pelas seguintes vias:
Pelo próprio ou interposta pessoa
Agências de viagens
Transportadoras (companhias aéreas)
Outras unidades hoteleiras
Empresas
Meios de reservas:
Os contactos com o hotel efectuados pelos agentes anteriormente mencionados, podem ser
efectuados da seguinte forma:
Por via oral (directamente ao balcão ou pelo telefone)
Por escrito (carta, fax, internet)
o Para que o contrato seja válido (sempre necessária uma confirmação escrita de
ambas as partes).
Circuito da reserva.
1º - O cliente faz o pedido de reserva.
2º - O hotel verifica as disponibilidades e informa o cliente.
3º - O cliente confirma a sua reserva (por escrito).
4 º- O hotel confirma a reserva ao cliente (por escrito).
Atenção
Quando o pedido é feito através de telefone ou balcão, solicitar sempre a confirmação
por escrito, e-mail, telegrama, carta, fax, etc;
Na impossibilidade de obtermos a reconfirmação escrita, informar até que hora está
confirmada a reserva;
Reservas efectuadas através de hotéis/companhias aéreas ou de agências com voucher
de apresentação, realçar sempre a hora limite.
Agir de mesmo modo quando uma agência de viagens solicita uma reserva com o
processo de voucher de apresentação (pagamento directo);
Eventualmente pode-se solicitar o envio de depósito, para confirmação de reservas de
grande quantidade de quartos, (congressos, reuniões, banquetes, etc);
Nota: com as “facilidades” criadas com a chegada das novas tecnologias a generalidade
dos equipamentos e documentos que vamos apresentar estão a ser gradualmente
substituídos, vamos todavia mencioná-los no nosso estudo.
A organização do sector de reservas está baseada no plano de reservas pois permite que se
conheça em qualquer altura as disponibilidades e a situação das reservas no futuro (semana,
mês, anos). Este plano é indispensável em estabelecimentos hoteleiros de média e grande
capacidade e sobretudo nos de características sazonais, devem ser de fácil consulta, operação
rápida e simples.
As características dos quartos do estabelecimento hoteleiro deverão estar indicadas ou
impressas sobre o plano. Nos hotéis em que os quartos são standardizados já não é necessário
uma vez que as características são idênticas.
Exemplo:
Número do quarto
Situação (vista, andar, etc)
Capacidade dos quartos
Tipo ( db, tw, sg, etc)
Instalações sanitárias (se existir diferenças)
Arranjos especiais (tv, mini-bar, etc)
As informações relativas às reservas serão efectuadas sobre o plano à medida que os
pedidos forem chegando, tais como:
Eventualmente o nome do cliente ou grupo
Data de chegada
Data de saída
Pedidos especiais
Etc.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 102
Serviços de Front & Back 103
Back Office
PAPEL QUADRICULADO
Plano de reservas outrora muito utilizado pela maioria dos estabelecimentos hoteleiros de
menor dimensão. É constituído por uma folha de papel quadriculado onde se inscrevem a lápis
as reservas.
Verticalmente - os nrºs dos quartos e suas características.
Horizontalmente - os dias do mês respectivo.
As reservas são feitas a lápis, a fim de poderem ser apagadas facilmente no caso de anulação,
ou no de ser necessário efectuar uma mudança.
Vantagens
Económico, facilidade de arquivo
Inconvenientes
Má apresentação apaga-se facilmente (por engano), suja-se com facilidade, etc.
Estes inconvenientes poderão ser eliminados se for utilizado um vidro sobre a olha de papel
quadriculado ficando com melhor apresentação, mas mais caro pois requer o uso de canetas
especiais para escrever sobre o vidro.
MODULEX
Consiste numa placa constituída por uma série de saliências horizontais, nas quais são
encaixáveis bandas de diversos tamanhos, correspondentes às várias estadias futuras
(normalmente usado em unidades antigas e de grande dimensão).
OUTROS PLANOS:
DISPOGRAPH, MAGNETOPLAN, MOVIGRAPH OU K.S. PLANING BOARD
Boletim de reserva
É o impresso utilizado para registar os pedidos de reservas efectuadas ao balcão da recepção ou
pelo telefone. A vantagem da sua utilização é que permite mais rapidamente obter os elementos
da reserva (check-list).
Agenda de reservas
É um livro composto por folhas volantes ou não, numeradas e datadas que servem para a
inscrição cronológica das reservas efectuadas.
Dados que devem constar na agenda:
Nº do quarto, tipo de quarto, nome do hóspede, nº de pessoas, hora de chegada, modalidade de
hospedagem, data de saída
O sistema de folhas volantes é o mais aconselhado servindo para todo o tipo de unidades
hoteleiras.
Index
Para grandes unidades hoteleiras onde se verifica um grande número de reservas diárias, é
aconselhável utilizar, além da agenda de reservas, outro registo, mas por ordem alfabética.
Quando o sector de reservas desconhece a data de chegada do cliente ser-lhe-á fácil encontrar a
sua inscrição se mantiver um registo alfabético ou informático.
No índex devem constar as seguintes informações:
Data de pedido de confirmação.
Reserva efectuada por (correio, fax, etc.).
Nome.
Agencia ou pessoa que reservou.
Etc.
Boletim de anulação
Idêntico ao anterior e ao boletim de reserva, utiliza-se sempre que um cliente solicite a
anulação de um pedido de reserva.
Arquivo de reservas
Reservas pendentes: muitos dos pedidos de reserva que são solicitados pelo telefone ou outros
meios, para se considerar confirmados, necessitam de uma confirmação por escrito e o envio de
um depósito. Todos os pedidos de reserva nas condições anteriores, serão arquivados num
dossier que podemos titular de RESERVA PENDENTES.
Reservas confirmadas: todos os pedidos de reserva confirmados serão arquivados numa pasta
de RESERVAS DO MÊS. O arquivador está dividido em meses e cada mês é constituído por
bolsas individuais, uma para cada dia. Deste modo, os pedidos de reservas e as respectivas
confirmações serão arquivadas por ordem cronológica, isto é, no dia previsto para a chegada do
cliente.
Reservas canceladas: quando um cliente faz um pedido de reserva de um aposento para um
determinado período, e informou o sector das reservas do seu cancelamento, o responsável das
reservas, retira a respectiva reserva e coloca-a numa pasta de RESERVAS CANCELADAS.
Reservas falhadas: acontece algumas vezes, clientes que formalizaram os seus pedidos de
reserva e que, por qualquer motivo, não compareceram no dia da chegada. Então, o responsável
arquivará os respectivos pedidos numa pasta de NO-SHOWS.
Previsão de chegadas:
Com base na agenda de reservas, o recepcionista elabora todos os dias uma Lista de Chegadas
para a semana, ou actualiza a mesma, de modo a informar os restantes departamentos.
Equipamento em uso nos hotéis desactualizados ou de menor dimensão, que permitem obter
com facilidade os dados relativos aos aposentos.
O quadro possui distintivos que nos indicam se o quarto está: pronto a ser ocupado, reservado,
livre, ocupado, bloqueado, em preparação ou em mudança.
Quando ocupado deverá indicar o seguinte: Nome, data de chegada, data de saída, número de
pessoas, nacionalidade, modalidade de hospedagem, e preço diário contratado.
O SISTEMA HORIZONTAL
Quadro de quadrados justapostos, numerados, em ordem crescente e correspondendo a cada
linha horizontal um andar. Em cada quadrado introduz-se: uma ficha permanente com as
características fixas do quarto (inventário), uma ou várias fichas temporárias distintivas dos
quartos (ocupado, reservado, em manutenção, etc)
SISTEMAS VERTICAIS
Quadro “Val-rex”
Bandas de aço com fendas horizontais equidistantes, correspondendo a cada fenda um quarto,
onde se introduzem ficha de formato “T”, e a cada banda vertical corresponde um andar. A
base superior da ficha deverá ficar visível e o corpo vertical introduzido na fenda. Existem dois
tipos de fichas de acordo com a sua utilização: a permanente e a temporária
Ficha permanente – De cor (por vezes, a cada andar corresponde uma cor), com a indicação de
todas as características fixas do quarto: na parte visível coloca-se o número do quarto, tipo do
quarto (single, double, twin, suite, etc.) e preço. Na parte inferior colocam-se as louças
sanitárias e inventários. Como o nome indica, não deverá ser retirada do quadro e todas as
modificações na estrutura do aposento deverão ser anotadas.
Quando de uma ocupação coloca-se a ficha temporária com as condições de contrato. Quando
da partida inverte-se a ficha temporária inscrevendo-se a vermelho o número do quarto. Ao
receber a comunicação da governanta de que o quarto está pronto, retira-se a ficha temporária,
ficando unicamente a permanente.
No caso de reservas poderá colocar-se uma ficha da cor que se tenha convencionado para as
reservas. Aplica-se sobretudo nos hotéis com grande diversidade de aposentos.
Quadro Room-rack
É um quadro de recepção do tipo vertical, outrora muito difundido pelos hotéis de quartos
standardizados.
A ficha permanente é substituída por uma placa aderente à parte superior da fenda e o
indicativo das características do quarto reduzidas ao mínimo, onde se inscreve o número do
quarto, tipo (single, duplo, twin, etc.) e o preço.
Torre alfabética
São bandas de aço com fendas horizontais equidistantes, montadas em formato de torre
hexagonal ou octogonal, etc., subdivididas pelas letras do alfabeto.
Funcionamento
Quarto ocupado – sinalizado pelo rack com condições de hospedagem
Quarto a vagar – sinalizado pelo rack sobreposto por uma mica de cor
Quarto reservado – sinalizado unicamente por uma mica de cor.
Pelo room rack poderemos obter estatísticas: Nacionalidades, tipos de clientes (homens de
negócios, turistas, etc.) Reservas efectuadas (agências, firmas, sem reservas, no-shows, etc
Racks
Os racks são arquivos de informação, contendo dados vitais para a rentabilidade do hotel, e
melhorar a eficiência dos serviços aos hóspedes. Os racks podem ser de variados tipos e
armazenarem informações diversas, incluindo slips, sobre os quartos e reservas dos hóspedes,
índices de clientes registados, correio, mensagens, chaves, vouchers, etc.
O sistema inventado pela Withney Duplicating Check Company de Nova York, da qual recebeu
o nome, tornou-se popular em todo o mundo. Tinha a vantagem de poupar trabalho burocrático
e de combinar globalmente o trabalho de reservas, recepção e serviço de informação (baseado
nos rack slip’s que podiam ser impresso em cores diferentes para designar diferentes reservas,
tratamento de clientes, tarifas e status, etc.).
O sistema computorizado gere o Front Office de uma forma integrada e com evidentes
vantagens económicas relativamente ao “Sistema de Withney Rack”, (economia de pessoal,
controlo das operações, rapidez e rigor nos serviços prestados, etc.).
Podemos considerar outros Módulos (ligados em interface com a PMS – Property Management
System):
Telefones, POS (Pontos de Vendas), Marketing&Vendas, Gestão de Energia, Sistema de
Fechaduras Electrónicas, Gestão de Alimentação&Bebidas, Circuito de Vídeo, Verificação
e Pagamentos de Contas nos Quartos, Minibares, etc.
Nem todas estas aplicações operam da mesma maneira e as suas diferenças dependem dos
sistemas e das marcas que os comercializam. Contudo, as aplicações de Front Office são
comuns em todos os sistemas e marcas que se encontram no mercado.
Nota: Como podemos observar na figura, o ciclo do cliente coincide num sistema
computadorizado com os diferentes módulos que constituem o sistema do FO.
Módulo de Quartos
Movimento Movimento
Estado do Hotel Estado do Hotel
Fora de Exploração Governanta
Perfil Histórico Fora de Exploração
Perfil Histórico
Nota: Os módulos de serviço de andares, portaria, operam em alguns sistemas como sub-
módulos.
O Módulo de Reservas
Modulo de Reservas Permite à pessoa que recebe o pedido de reserva, saber
É possível ainda, se o hotel estiver integrado num sistema centralizado de reservas, que as
mesmas passando através de um interface sejam feitas directamente no sistema sem ter que
passar pelas Reservas. Adicionalmente, o sistema permite a formulação de vários tipos de
relatórios e previsões, auxiliares fundamentais na gestão do Departamento de Alojamentos.
O Módulo de Recepção
Chegadas
Mantém a informação actualizada sobre o estado dos
Clientes noApelido
Hotel quartos, indica quais a marcar em função do preço do
Nome
Perfil do Cliente
Walk-in do tipo reservado ou pretendido, antes ou durante o check
Clientes Todas as chegadas in e coordena a maior parte dos serviços prestados ao
Companhia
MensagensAgente cliente.
Grupo Este módulo substitui, com vantagem, todo o equipamento
Tipo de Reserva
Hora de Chegada que existia no sistema manual ou mecânico. Os racks que
Nome do Bloco davam aos recepcionistas a possibilidade de visualizar
Nº de Confirmação
Já registado qualquer situação referente a quartos, com um simples
olhar, são substituídos por quadros e gráficos apresentados
nos monitores, com a mesma informação mas com maior rigor e quantidade. Apenas um
exemplo, enquanto no sistema de racks para indicar a situação de um quarto, era necessário
uma série de slips ou marcadores, no sistema computadorizado, se o quarto não estiver pronto
para ser alugado (limpo), o computador não “autoriza” a sua atribuição e ao mesmo tempo
indica qual a sua real situação (sujo, fora de serviço, etc.)
O Módulo de Caixa
Acesso às contas Neste módulo as contas dos clientes são mantidas
Lançamentos electronicamente, eliminando a necessidade de lançamentos
manuais, pois o sistema encarrega-se de lançar na respectiva
Passantes
conta, todos os consumos que o cliente vai tendo durante a sua
Caixas estadia.
Contas a receber Para este efeito, todos os pontos de venda, que podem originar
receitas estão no próprio sistema ou a ele ligados através de
Check-out rápido
interfaces. No check out, as contas pagas através de cartões de
crédito, vouchers ou outras formas de crédito, são automaticamente enviadas para a
Contabilidade, para futuro recebimento. Este módulo aumenta ainda a capacidade de controlo
das contas e da Auditoria nocturna.
Estado do Quartos
O Módulo de Gestão de Quartos
Serviço de Governanta Como todos os módulos operam interligados, este pode trabalhar
toda a informação recebida dos outros módulos e produzir uma
Fora de Serviço
série de relatórios, informações estatísticas e previsões, que são
Overbooking
auxiliares precisos da Gestão do Departamento.
Histórico dos Quartos A opção o “Estado dos quartos” dá acesso a um quadro que
mostra toda a situação dos quartos no hotel nesse preciso
Manutenção
momento.
O “Serviço de Governanta” dá acesso ao sub módulo de Governanta (Andares). A opção “Fora
de Serviço” mostra todos os quartos que estão fora de serviço ou de ordem e a justificação para
estarem nessa situação.
A opção “Overbooking” mostra um quadro que indica os dias em que o hotel está em
overbooking e qual o número de quartos em falta.
CAPITULO II
Adicionalmente, o registo das reservas de acordo com a origem constitui um importante meio
auxiliar para o departamento de vendas e de marketing, utilizando os dados obtidos para
detectar novos mercados, rácios por tipos de clientela, mudanças de tendências e o impacto de
novos concorrentes surgidos no mercado.
3. Mercados
É indispensável identificar os mercados que são atraídos para o hotel, e a razão ou razões
porque são atraídos. Tais mercados podem incluir clientes individuais em turismo, em
negócios, ou grupos turísticos e especiais (como golfistas, tenistas, etc.), seminários, reuniões,
convenções, ou apenas grupos de familiares.
Além de que importa registar o método utilizado para as reservas, para cada um dos mercados e
que podem incluir os sistemas de centrais de reservas, telefones directos dos hóspedes, agências
de viagens, clientes directos internet, empresas ou ainda outras unidades hoteleiras.
Para uma viagem de negócios, salientam-se imediatamente dois factores como sendo de
primeira importância: local e experiência.
Custo é importante para um viajante individual, apesar de que possa ser a empresa a pagar a
conta. Recomendações pessoais e reserva feita pela empresa também têm uma forte
influência.
Quando se selecciona um hotel para turismo/lazer, custo surge como o factor mais importante,
seguido de perto por local e experiência pessoal.
Fase em que o potencial cliente decide sobre o hotel a escolher. A sua decisão, como
comprador de serviços, pode ser influenciada por vários factores, incluindo experiências
anteriores satisfatórias ou não, a publicidade, referências de terceiros, localização, imagem do
hotel baseado no nome, etc. Estes factores são designados como influências de compra,
predispõem o potencial cliente a efectuar a reserva num determinado hotel, em detrimento de
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 117
Serviços de Front & Back 118
Back Office
RAZÕES DA ESCOLHA EM %
1 Localização 56
2 Aspecto 50
3 Preço 46
4 Serviços: Restaurantes, etc. 23
5 Reputação 22
6 Animação 10
7 Bom Serviço 9
Os factores mencionados demonstram como podem ser enfatizados pelo pessoal de reservas de
um hotel, a localização e características do hotel, as facilidades de transportes, os preços e
serviços disponíveis.
Muitos clientes fazem reservas em vários hotéis, e a sua decisão final será tomada após a sua
chegada e verificação das opções consideradas (esta situação verifica-se sobretudo nas cidades,
ou onde a concorrência não permita praticar o sistema de reserva garantida).
Assim o processo de reservas envolve o primeiro contacto importante do potencial cliente com
o hotel. Vários factores, entre os mencionados anteriormente, podem influenciar o cliente na
sua escolha.
Recentemente esta atitude mudou bastante e nos tempos modernos todas as empresas
hoteleiras e do turismo no geral incluem e consideram nos seus orçamentos o
investimento em publicidade em relações públicas como indispensável e para executar.
Podemos assim definir as Reservas como o departamento que faz o controlo eficiente e rentável
do fluxo de entradas e saídas dos hóspedes, auxiliando no planeamento antecipado das
ocupações e assegurando a disponibilidade dos quartos à chegada do cliente.
Qualquer que seja o sistema, ele deve contemplar as seguintes necessidades básicas:
Yied Management (sistema de informação de reservas que propõe os preços ideais a
vender no momento em que é feita a reserva).
Este sistema tem tido, nos últimos anos, um grande desenvolvimento na hotelaria. Lida com
tarifas e tem por finalidade informar os profissionais do Front Office, quando recebem uma
reserva para determinado dia, qual o preço de venda e tipo de quarto que é o “indicado”. O seu
fim é institucionalizar a prática de maximização da venda de alojamento e duma efectiva
ocupação dos espaços vendáveis, controlando o preço e o inventário de quartos, ao mesmo
tempo que melhora o serviço.
O Mercado tende a estar cada vez mais segmentado, por outro lado os hoteleiros sabem por
experiência própria, que a competição para angariar clientes é cada vez maior e que as agências
de viagens, os operadores turísticos, as empresas ou clientes individuais todos pretendem
negociar tarifas preferenciais. Temos assim que quanto mais o mercado se fraccionar, mais os
segmentos de mercado tendem a aumentar. As tarifas do hotel resultam de um trabalho
conjunto dum grupo de especialistas, que deve incluir sempre o Director-Geral da unidade,
responsável último pela institucionalização dos preços, e os Directores Comercial e de
Alojamento.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 120
Serviços de Front & Back 121
Back Office
PERFIL DO CLIENTE
PESSOAL HISTÓRICA
Data da chegada
Nome Data da partida
Morada/telefone/fax Nº do quarto
Companhia Preço do quarto
Nºde passaporte/BI Total de Comidas
Nacionalidade & Bebida
Cartão de crédito Total de despesas
FFP (frequent flyer Desejos especiais
program) e Nº de Observações
cartão
Qualidade de VIP
As fichas (cardex’s) são actualizadas, pelo sistema, automaticamente cada vez que o cliente
estiver no hotel.
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 121
Serviços de Front & Back 122
Back Office
A negociação do allotment deve ser ponderada tendo em vista evitar a perda de outras
oportunidades de negócio e a preços padronizados de maneira a evitar a proliferação dos
mesmos.
Nota: os dados são registados no cardex do cliente, esta informação está na recepção é de fácil
acesso e requer o maior cuidado na sua aplicação por parte dos profissionais.
Confirmação da Reserva
Uma reserva que é aceite pelo hotel deve ser confirmada. A confirmação permite mostrar ao
cliente o interesse do hotel pela sua visita, além de que serve para confirmar que está de acordo
com o seu pedido, no que refere a datas, preço, tipo de quarto, etc. Quando se trata de uma
reserva individual directa, é importante a correcta recolha do endereço, telefone e fax do cliente
para entre outras vantagens enviar a confirmação da reserva utilizando-se para o efeito modelos
padronizados.
Pedidos de reserva
O processo da reserva começa com um pedido, existindo diferentes maneiras de um cliente
contactar um hotel para reservar um quarto. O modo como uma reserva chega a um hotel
chama-se canal. Os canais podem ser classificados do seguinte modo: Canais tradicionais e já
tratados anteriormente na abordagem histórica desta matéria (carta, telefone, telefax, telex, etc.)
Reservas computorizadas
À media que os canais mais tradicionais vão ficando “ultrapassados”. As novas tecnologias
tomam lugar de destaque e aqui se incluem também as reservas via Internet ou por E-mail.
Reservas directas
Reservas feitas pessoalmente ou interpostas pessoas ao balcão dos hotéis. É importante
salientar, que seja pela rapidez, economia de custos e de processos, ou conveniência dos
clientes, todos os métodos acima indicados (incluindo mais tradicionais) estão ainda em uso
corrente.
No-Show
Um dos maiores inimigos do hoteleiro no que respeita às reservas são os no-shows, que como
sabemos são reservas que não se concretizam, isto é, o cliente que fez a reserva não chega, nem
se dá ao incómodo de a cancelar.Levando em linha de conta que alguns hotéis chegam a ter
percentagens superiores a 10% de no-shows, fácil é calcular o prejuízo que muitas vezes é tido,
por terem ficado sem ocupar quartos que facilmente poderiam ter sido vendidos. Por esse
motivo, torna-se necessário que os profissionais que aceitam reservas, procurem
sistematicamente a sua confirmação.
Empresas (corporate)
As empresas concordam com o pagamento de eventuais no-shows verificados,
procedimento normalmente registado em contrato.
O hotel concorda em manter sob reserva um quarto para um cliente, até um determinado tempo
limite (18:00horas). Caso o cliente não compareça no hotel até ao limite de tempo estabelecido,
o hotel pode alugar o quarto a outro cliente.
Notas:
Reservas confirmadas (confirmed reservations)
A confirmação de uma reserva permite ao hotel a obtenção dos elementos de identificação
do cliente. A confirmação por escrito, estabelece a intenção material de ambas as partes em
produzir um registo, fixando os elementos desse contrato; datas de chegada e saída, preços,
tipos de quartos, número de pax etc. A confirmação oral admite o respeito pelos mesmos
princípios.
Agências de Viagens
Hoje em dia, a grande maioria dos turistas ou das pessoas que viajam não partem de casa
antes de terem assegurado o hotel no local de destino.
Antes de viajar, o cliente dirige-se à sua agência habitual, escolhe o seu programa de
viagens e a agência encarregar-se-á das reservas dos meios de alojamento e de todos os
meios de transporte necessários.
O cliente verá assim o seu trabalho simplificado, e dirigir-se-á a uma agência de viagens
como se dirige a um supermercado para efectuar a compra dum determinado produto.
As reservas feitas por agências de viagens poderão ser individuais ou em grupo.
Centrais de Reservas
Uma central de reservas é um departamento que se ocupa das reservas de vários
estabelecimentos hoteleiros, estabelecimentos estes, que geralmente são objecto da mesma
exploração.
As reservas são centralizadas num só local, são tríadas consoante o desejo dos clientes e
enviadas para os hotéis a que se destinam. Este trabalho é hoje em dia computorizado.
Podemos também encontrar centrais de reservas que foram formadas por um conjunto de
hotéis isolados, dentro de uma única região, cujos proprietários se associaram e formaram
um departamento único que recolherá os pedidos de reservas, os dividirá pelos vários
hotéis, consoante as características e categorias, preços, requeridos pelos clientes. Cada
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 126
Serviços de Front & Back 127
Back Office
hotel manterá a central ao corrente das suas disponibilidades tendo como objectivo evitar
contratempos, as vantagens de “escala” são evidentes, pessoal mais especializado e
contenção de custos nos equipamentos, etc.
Hotel representatives
Empresas independentes que servem como agentes promotores dos hotéis, actuando junto
de mercados de origem de vendas.
Passantes (Walk-in)
As pessoas que ficam alojadas num hotel sem reserva constituem uma parcela muito
importante do negócio hoteleiro, atingindo, em muitos casos, cerca de 30% da ocupação
total.
Correio
Os pedidos de reservas efectuados por este método constitui um volume substancial em
qualquer hotel. Por em exemplo, em grupos como a Hilton até recentemente cerca de 50%
das suas reservas eram geradas por solicitações enviadas por correio.
Chegadas em reserva
Paridas antecipadas
Estadias prolongadas Ficheiro Histórico
Boletim de Reserva
Ao aceitar uma reserva, uma vez estabelecida a data da estadia, a disponibilidade do hotel para
a aceitar e o tipo de quarto que satisfaz os desejos do cliente, há que recolher uma série
sequencial de dados que preencham simultaneamente as necessidades do perfil do cliente e da
reserva.
b) Os requisitos mínimos
Ao desenhar um sistema informatizado para um hotel, levando em linha de conta todas as suas
especificidades, existe um número mínimo de opções que não podem ser dispensadas para que
o módulo de reservas funcione com capacidade e entre elas devem estar as seguintes:
Um inventário flexível aceitando diferentes tipos de quarto (pelo menos 30);
Disponibilidade futura ilimitada;
Capacidade ilimitada de aceitar reservas;
Disponibilidade com actualização imediata;
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 129
Serviços de Front & Back 130
Back Office
As Reservas Electrónicas
Durante décadas, o telefone e o telex foram os principais meios usados para fazer
reservas em hotéis;
Clientes individuais ou agências obtiveram durante anos, informações acerca dos hotéis
através de guias como Fielding’s, Fodor’s, Hotel&Travel Índex, etc;
As dificuldades nos tarifários eram enormes, pois após a consulta destes guias,
normalmente tinha-se de efectuar uma consulta de actualização ao hotel;
Esta realidade está hoje ultrapassada com o sistema de reservas electrónicas, o qual dá aos
agentes envolvidos, uma cumplicidade garantida de que as condições contratadas serão
cumpridas. Não existe forma de “torcer” estas condições num espaço electrónico. Por outro
lado, o grande desenvolvimento neste tipo de reservas demonstra que os clientes estão a obter
melhores preços nas suas reservas electrónicas.
Contudo, foi nos anos 70 que se começou a assistir, com grande desenvolvimento, à instalação
de terminais em agências de viagens, que as habilitavam a fazer reservas de lugares nos aviões
sem ter que usar o telefone.
No fim da década, assistiu-se à inclusão neste sistema, de reserva de hotéis e outros serviços
relacionados com a indústria de viagens e na década seguinte (anos 80) a reserva de hotéis,
através deste sistema, aumentou exponencialmente de modo a transformar, em ter5mos
hoteleiros, um mero sistema de distribuição, numa das mais poderosas armas do marketing
actual. Hoje em dia é difícil encontrar uma agência de viagens que não possua o seu terminal
GDS e este aumento é essencialmente devido à circunstância de ser possível obter um número
de confirmação da reserva num lapso de tempo que em circunstâncias normais demora menos
de dez segundos.
E ainda, para além do que se disse, vai ser necessário conseguir que os preços resultantes duma
gestão “Yied”, possam imediatamente ser postos à disposição dos compradores através dos
mesmos terminais. Quem queira estar disponível para receber reservas através deste sistema,
deve estar ligado a cada GDS.
Para simplificar e aumentar a velocidade de todo o processo os GDSs estão comutados com
outros serviços especializados em reservas de hotéis ou em outros serviços hoteleiros.
Tomemos como exemplo a UltraRes que é o primeiro serviço automatizado de gestão de
reuniões e congressos (Meetings & Conventions), serviço que pertence à THISCOÔ, uma
divisão do Pegasus System, Inc., uma companhia com créditos firmados na distribuição
electrónica de serviços hoteleiros. Este serviço lançado em 1997 provou de tal maneira a sua
eficiência e rapidez que foi quase imediatamente recomendado pela IACVB (International
association of Convention and Visitors Bureau), como o modelo standard para a entrega
electrónica de rooming-lists.
Como funciona este sistema que poupa nos custos, no tempo de entrega e nas imprecisões
anteriores? Em vez de produzir uma longa lista de clientes para enviar para cada hotel, este
sistema envia um ficheiro para a Ultra Res contendo as reservas para os múltiplos hotéis. A
Ultra Res transforma as listas de quartos em reservas individuais, que são passadas à
UltraSwitchâ, que é uma firma comutadora da THISCOÔ que estabelece as comunicações entre
as centrais de reservas das companhias hoteleiras e os GDSs usados pelos agentes de viagens e
a internet. Utilizando ligações dedicadas, os pedidos de reservas são dirigidos aos sistemas de
reservas de cada hotel, onde são reconhecidos e reservados automaticamente. Os números de
confirmação são devolvidos pelo hotel e fazem o circuito inverso ao da reserva. Este sistema
reduz o trabalho de 100 a 200 páginas de listas feitas manualmente em 1 hora de informação
transferida electronicamente.
A principal razão porque os sistemas centrais de reservas dos hotéis estão ligados aos sistemas
centrais de distribuição global é para dar uma maior abertura aos agentes de viagens. Nos EUA,
mais de 96% dos agentes de viagens tem, hoje, um terminal GDS. Não obstante os números
verdes de telefone - chamadas grátis (800), serem ainda a maior fonte de origem de chamadas
para reservas, as que são feitas através e um GDS estão a aumentar continuamente.
A maior companhia do mundo situada neste campo das telecomunicações é a SITA (Société
Internationale de Telecommunications Aéronautiques), fundada em 1949 por um grupo de
companhias aéreas internacionais como uma cooperativa de acordo com a lei belga.
As unidades hoteleiras recebem no seu terminal as reservas individuais que já foram
confirmadas, pois os centros de dados possuem, para que isso possa ser feito, o inventário das
disponibilidades de cada hotel.
No caso de o CRO estar ligado directamente ao sistema computorizado de reservas da própria
unidade hoteleira, a reserva entra directamente no sistema sem ser visualizada. O conhecimento
de que foi feita é obtido através de uma lista diária de produção de reservas, fornecida no fim
de cada dia de trabalho. Todas as grandes cadeias hoteleiras têm os seus próprios sistemas, nos
quais têm investido muito dinheiro e esforço no sentido de as tornar mais acessíveis aos
clientes, mais rápidas e completas nas respostas que dão às informações que lhe são pedidas.
As companhias hoteleiras têm escritórios de vendas, estrategicamente espalhados pelo mundo,
mas cada hotel funciona também como ponto de vendas, qualquer que seja o hotel pretendido.
Para ligar todo este complexo sistema de reservas existe um centro de dados com terminais em
todos os hotéis e escritórios assim o cliente individual ou o agente de viagens quando acedem a
um hotel ou um centro global de reservas é-lhes fornecido um completo serviço de reservas que
inclui: localização e descrição dos hotéis, disponibilidade e facilidades sobre os quartos dos
hotéis, preços garantidos de quartos na moeda em que são cotados e qualquer outro serviço do
hotel, sejam na área de negócios ou de lazer. Este sistema foi desenhado para dar, em linha (on
line), as informações que o cliente requer, reservar o quarto e dar o número de confirmação.
locais, regionais ou globais. Entre eles, um dos maiores e mais conhecidos a Utell
International.
5. Internet
É o sistema de maior expansão mundial no campo das reservas em hotéis. Muitos directores de
hotéis independentes e de muitas cadeias hoteleiras olham o uso da Internet e a sua
navegabilidade a nível mundial como um efectivo meio de gestão e marketing. Muitos deles,
insatisfeitos com os sistemas baseados nos GDSs devido aos altos custos envolvidos, acham
que a Internet lhes abriu novas oportunidades, que os favorecem em aumento de reservas e
consequentemente de receitas. A tecnologia está disponível para um sistema baseado na
internet, e esse sistema proporciona informação actualizada, simples e compreensiva,
possibilita uma acção directa entre o hotel e o seu cliente e permite-lhes obterem uma
confirmação sentados em frente do seu computador. E os clientes podem ser viajantes de
negócios, associações, turistas individuais (lazer), grupos, tour séries, incentivos, organizadores
de reuniões, membros de governo, ou corpo diplomático, agentes de viagens, gestores,
funcionários, etc. na realidade se entrar na Internet, facilmente se apercebe da enorme
quantidade de sites, que o consumidor tem à sua disposição, e que se apresentam sob os
aspectos mais diferenciados.
A maior parte dos sites, são de cadeias hoteleiras e hotéis individuais que variam
tremendamente, desde hotéis com apenas um nome a um endereço aos mais sofisticados em
informação e design. Como escreveu Ron Mader (Travel in the Age of Internet, News, Trends
& Facts, 1998) a internet é a rádio dos anos 20, com a diferença de que agora existe muito mais
interacção. Um dos mais populares usos da Internet é a orientação de viajantes, especialmente
os que já são “navegadores” com prática dentro do sistema. Naturalmente que para os
profissionais da indústria turística que não têm tempo a perder e devem ter uma resposta rápida
às suas questões, existem os sites que lhe podem rapidamente resolver os problemas, com uma
informação adequada e uma visibilidade completas para a escolha dos locais pretendidos, como
o exemplo seguinte:
Fundado em 1995, o WorldRes é uma rede de distribuição para a indústria hoteleira baseada na
internet. Os hotéis recebem automaticamente páginas Web e capacidades de receber reservas
em linha no site “Places to Stay” - lugares onde ficar (http://www.placestostay.com), um
serviço de reservas para o consumidor da WordRes para hotéis, estalagens e instalações de
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Serviços de Front & Back 137
Back Office
resort, uma linha livre para receberem as suas próprias reservas e a capacidade para obter
reservas de outros parceiros praticamente de qualquer lugar ligado à Internet. O WorldRes foi
desenhado para ligar facilmente com qualquer site da Web que tenha listas de hotéis com
capacidade para aceitar reservas usando apenas uma linha do inventário que cada hotel
controla. A missão do WorldRes é ajudar os hotéis a aumentar os seus lucros e a baixar os
custos de distribuição usando a sua tecnologia na Internet e os parceiros que têm sites na sua
rede.
Baseado nestes dados, pode então determinar-se se há ou não disponibilidade de quartos para o
período solicitado. Em caso afirmativo, devem então obter-se as restantes informações, que
compreendem:
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Back Office
Nome do hóspede.
Endereço completo.
Número de telefone.
Número de pessoas e idade de crianças (se for o caso).
Previsão do horário de chegada ao hotel.
Nome e outras informações que se considerem úteis, da pessoa que faz a reserva (se for
um terceiro).
Outras informações adicionais como; meio de transporte, horário de chegada, etc.
No caso de se tratar de uma reserva sem garantia, deve ser explicada a política do hotel em
relação ao limite do tempo de chegada. As informações devem ser repetidas ao cliente, como
parte integrante da confirmação da reserva. Este método deve ser utilizado, quer se trate de uma
reserva oral ou por escrito.
A informação de preços
Cada hotel adopta uma política diferente na fixação e confirmação de preços aos clientes.
Recusa de reserva
Alguns hotéis e em especial os de RESORT adoptam o sistema de lista de espera (waiting list).
Como devemos proceder nestes casos?
O cliente é avisado da não existência de disponibilidade no momento.
Anota-se o nrº de telefone ou outro contacto do cliente.
Quando não é possível encontrar uma solução, auxilia-se o cliente a escolher datas
alternativas.
Estes procedimentos têm a vantagem de criar uma atmosfera de bom relacionamento com os
potenciais clientes do hotel.
Preço – categoria dos quartos a reservar, segundo o preço indicado nas tarifas.
Comissões – indicar o montante da comissão a deduzir (%) ou se os preços são “net” (comissão
já deduzida).
Número de pessoas – número de pessoas máximo previsto. Número mínimo garantido (15-20).
Repartição dos quartos – Número de quartos de 2 camas, 1 cama individual e de casal.
Geralmente 3 quartos de 2 camas dão direito a 1 quarto individual.
Restaurante
Primeira refeição tomada no hotel e a que horas;
Outras refeições e indicação das ementas;
Se os vinhos estão incluídos no preço e qual a qualidade;
Pequenos-almoços servidos nos quartos ou na sala de pequenos-almoços;
Pequeno-almoço continental ou à inglesa.
Mesa de refeições
Disposição, uma só mesa ou pequenas mesas de “X” pessoas;
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Back Office
Se o hotel possui vários restaurantes indicar em qual deles as refeições serão servidas.
Saída
1. Dia, hora, depois de que refeição, qual o meio de transporte.
Guia e “chauffeur”
Número de guias, estadia grátis para um guia por grupo de 15 pessoas. O hotel deverá ainda
conceder uma estadia gratuita suplementar por cada mais 20 pessoas. Refeições do Guia Local,
geralmente em conjunto com os membros do grupo.
Pagamento
Adiantado;
Quando da partida do grupo efectuado directamente pelo guia;
Factura a enviar à agência com “voucher”, depois da saída do grupo, assinado pelo guia.
GRUPO AMÉRICA
Chegada: 5 de Maio 200? às 12:30 horas para almoço
Partida: 7 de Maio 200? às 07:00 horas depois do Peq. almoço
P/C
Número de pessoas: 23 + 1
Mr. N. Romix
Mrs. N. Romixis 1x2 205
Mr.J. Lacerda
Mrs. M. Lacerda 1x2 303
Etc.
Guia. Malu Malu 1x1 502
Obs. Os vinhos, café e água são pagos directamente pelos clientes.
A partir destas informações elaborar-se-á uma “rooming list” que será enviada às secções com
a indicação da hora da chegada e a hora de partida dos passageiros do voo..?.da companhia de
aviação...?, da hora e do local onde serão servidas as refeições, no caso de serem tomadas no
hotel. Para a preparação de chegadas dos clientes procede-se precisamente como se indicou
para a recepção a um grupo, fazendo para que tudo decorra o mais rapidamente possível. Um
funcionário da companhia de aviação deverá acompanhar o grupo devendo pagar em numerário
ou em cheque a conta apresentada, ou assinar a conta se esta for apresentada aos escritórios da
companhia.
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Back Office
02
05
Como pudemos verificar na nota introdutória a reservas para grupos, pode envolver uma grande
variedade de contactos: organizadores de seminários, empresas de convenções, operadores
turísticos, agentes de viagens.
Quando não se tomam as devidas precauções, as reservas de grupos podem originar diversos
problemas. Normalmente, quando um grupo selecciona um hotel, o seu representante contacta o
departamento de vendas. O espaço disponível é então negociado para um determinado número
de quartos designado como “bloco”. As reservas são muitas vezes recebidas directamente de
individuais, sendo deduzidas ao total de quartos do bloco reservado.
Embora os procedimentos sejam aparentemente simples, podem por vezes surgir alguns
problemas, pelo que se indicam algumas sugestões para os contrariar:
Qualquer que seja o tipo de grupo reservado interessa sempre obter o maior número possível de
informação, tal com já foi referenciado para as reservas individuais e no check list anterior:
Os preços pré negociados
Número e tipo de quartos a manter no bloco.
Data limite a partir, da qual o hotel poderá dispor dos quartos não reservados.
Data de envio de listas de ocupação (rooming-list).
Exigências de depósito antecipado - se for a política do hotel - para os quartos
reservados, valor e data de pagamento.
Serviços reservados, e facilidades.
Nome do responsável pelo grupo e seu contacto.
Outros:
É importante conhecer o grupo negociado: o seu perfil, especialmente sobre
cancelamentos, no-shows, reserva de última hora, etc.
Certificar-se de que todas as políticas do hotel estão de acordo com o planeamento do
grupo.
Apresentação do director ao organizador do grupo, bem como do pessoal de reservas.
Fornecer, ao organizador, com intervalos regulares, listas de participantes, já registados.
Corrigir eventuais erros, imediatamente após serem detectados.
Confirmar as reservas de delegados das convenções, com prioridade sobre as restantes.
Após a chegada do grupo, elaborar listas em duplicado para o organizador e outros
elementos da organização da convenção. O computador pode preparar essas listas por
ordem alfabética e por número de quartos.
Nas séries de grupos para além do dossier principal de reserva (Master Group File) da
série e do operador constituir dossiers por cada grupo com todos os detalhes registados
na capa.
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Serviços de Front & Back 145
Back Office
A análise dos grupos deve ser feita pormenorizadamente nas reuniões de Yield ou análise das
reservas (director alojamentos, director comercial, supervisor de reservas, etc). Esta análise é de
uma significativa importância, porque permite verificar com exactidão o estado em que se
encontram os grupos e evitar que, por exemplo, grupos já cancelados, estejam ainda com
estatuto de reservado, ou que outras situações similares continuem “adormecidas”.
Para evitar contratempos de última hora, dois dias antes ou na véspera da chegada dos grupos
(sobretudo nos de maiores dimensões e volumes de serviços), é de toda a conveniência a
realização de uma reunião dos responsáveis pelos departamentos envolvidos na operação (Front
Office, Banquetes, Serviços Técnicos, etc.) e os responsáveis do grupo para que sejam revistos
os pormenores respeitantes à operação dos quartos, refeições, salas/montagens, animação,
audiovisuais, etc.
Inventário
Os grupos devem ser inseridos no sistema com bastante cuidado pois pela quantidade de
quartos que normalmente envolvem, qualquer erro tem uma expressão significativa no
inventário. O mesmo se exige par as alterações que ocorram antes ou durante a estadia do grupo
das quais destacamos as mais correntes.
Extensão da estadia – muda a data de saída;
Saída antecipada (early departure) – saída em data anterior à previsão;
Mudança de quarto – single para suite, 1 para 2 quartos ou 2 para 1, etc. etc;
Chegadas antecipadas (early check-in) – clientes chegam antes da hora do check-in;
Chegadas sem reserva (walk-in) – novas reservas a inscrever.
Follow-ups
O coordenador de grupos (group coordinator) ou quem desempenhe a sua função deve manter
uma agenda onde serão inscritos nas datas correspondentes os “follow-ups”, que devem ser
feitos aos grupos reservados no hotel, a fim de manter uma actualizada informação sobre os
mesmos, tanto no que se refere ao número de quartos reservados, como ao cumprimento das
condições de pagamento.
Solicitação, ao organizador do grupo, da situação do bloco, com intervalos de 90, 60 a
30 dias antes da convenção.
Factor de utilização
A experiência indica que, no que se refere a espaço reservado para grupos, qualquer que seja a
organização que o reserva, a mesma peca sempre por excesso. Chegando a atingir os 50% de
quebras, razão pela qual os hotéis devem precaver-se (criar inclusive penalidades) sob pena de
suportar elevados prejuízos.
Finalização de um grupo
Quinze dias antes da chegada de um grupo, o hotel deve ter em seu poder as informações
básicas necessárias para poder começar a preparar o grupo, e elas são:
1. Rooming List 8incluindo pedidos especiais).
2. Refeições e seus horários.
3. Hora da (s) chegada (s) e número de voo (s).
4. Instruções sobre bagagens.
5. Nome do operador local (se existir).
6. Instruções sobre contas e seus pagamentos.
Bloquear quartos
Se a ocupação permite, é sempre preferível bloquear os quartos para um grupo antes da
chegada, de maneira a que o processo do check-in possa ser acelerado.
Quando se começa a fazer a atribuição dos quartos, consideram-se sempre em primeiro lugar,
os pedidos especiais constantes do “rooming-list”, como VIP’s, quartos comunicantes ou
adjacentes, etc. ou outros pedidos especiais, que o hotel se tenha comprometido a satisfazer.
No caso de grupos que se repetem consecutivamente (grupos back to back) é aconselhável o
uso dos mesmos quartos, para simplificar tanto o processo de atribuição de quartos, como o
trabalho do serviço de andares.
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Back Office
A atribuição de quartos leva também sempre em consideração que os grupos devem ser
alojados com os quartos o mais junto possível, para facilitar o trabalho de todos os
departamentos, ex: andares, room-service, etc. assim como da portaria na distribuição e/ou
recolha das bagagens.
Serviço de Banquetes
Os serviços que os grupos possam ter, referentes a refeições, “coffee-breaks” aluguer de salas,
equipamento audiovisual, etc. é tratado pelo Departamento de Banquetes (nos grandes hotéis)
ou pelo director de F&B (nos hotéis de menor dimensão), razão pela qual devem ter informação
em tempo real de todas as negociações e alterações relacionadas com os serviços da sua
responsabilidade.
Envelopes
Em muitos hotéis usam-se envelopes especiais, onde são colocadas as chaves dos quartos, para
além de outros materiais que seja necessário fornecer aos clientes na chegada, tais como mapas
da cidade, rooming-list, informações sobre os tours, etc. O nome do cliente e o número do
quarto atribuído devem ser escritos na frente do envelope em caracteres grandes e legíveis.
Factura pró-forma
Quase sempre, as agências de viagens ou outros organizadores de grupos, pedem aos hotéis que
lhes enviem uma factura pró-forma (corrigida no final com a definitiva com todas as alterações)
A fim de lhes permitir calcular as despesas do grupo, ou para envio de depósitos ou pagamentos
antecipados.
Check-In
O check-in de grandes grupos deve ser feito numa área separada, previamente preparada para o
efeito (balcão separado com todos os envelopes). Isto, porque assim, se evitam grandes
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Back Office
Antes da chegada do grupo, já devem estar prontos os cartões do hotel (keypass), com o
número de cada quarto reservado, que são distribuídos pelos clientes à medida que eles vão
entregando os passaportes para conferir (estes dados devem ser obtidos quando a reserva é
efectuada pois facilitam bastante estas formalidades). A assinatura do cardex (quando
impresso) ou cópia do cartão de crédito podem auxiliar nas dúvidas de assinaturas em serviços
no hotel. Normalmente esta presente um responsável do hotel e é oferecido um “welcome-
drink”.
Uma “roomin list” deve ser dada aos bagageiros, pela portaria, a fim de que estes possam
distribuir as bagagens o mais rapidamente possível, pelos respectivos quartos.
Existem por vezes pequenas trocas a fazer na distribuição dos quartos e a recepção dará
satisfação aos clientes, se isso lhe for possível. No entanto, nenhuma reclamação feita pelo
cliente directamente ao balcão da recepção deve ser aceite, o guia deve servir sempre de
intermediário entre o cliente e o hotel, pois é ele o responsável pelo grupo.
Para cada quarto do grupo é aberta uma conta onde são lançadas as despesas pessoais
efectuadas por cada membro, as quais são pagas directamente por eles, antes do check-out.
A conta do grupo é enviada à contabilidade para efeitos de posterior cobrança deduzida de
eventuais depósitos antecipados.
A grande distinção entre eles, para além de outras cláusulas mencionadas no contrato, é que o
Allotment com release tem um prazo pré-fixado, no qual o agente de viagens ou operador
turístico tem que informar o hoteleiro de quantos quartos vai efectivamente ocupar, não
havendo neste caso lugar ao pagamento dos quartos não ocupados.
No Allotment Firm ou garantia não existe qualquer release e por isso é usual que ao hoteleiro
seja garantido o pagamento dos quartos não ocupados. Geralmente este tipo de contrato tem
uma duração de um ano. As condições dos contratos de concessão de allotment variam de
acordo com os interesses das partes envolvidas, mas estão naturalmente associadas às
condições do mercado.
Alertamos a importância destes factos, pois na prática acontece por vezes, chegarem ao F.O.
reservas já fora do release, ou ultrapassar o nrº de quartos contratados, o que poderá criar uma
situação de overbooking.
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Back Office
Em sistemas manuais deve ser estabelecido e mantido um livro de controlo de reservas. Este
livro, com uma página, para cada um dos 365 dias, deve ser actualizado, sempre que o hotel
receba algum CXL ou alterações de reservas. As páginas diárias devem ser conferidas com o
rack de reservas, para detectar eventuais erros.
Nos sistemas informáticos hoje generalizados, os relatórios são disponibilizados pelo próprio
sistema. Sempre que o número total de quartos de cada categoria são vendidos, o sistema aceita
ou recusa reservas adicionais para cada tipo de quarto, em relação data/período/ocupação total.
O sistema pode manter em memória reservas a longo prazo, até que sejam chamadas pelo
operador. Pode também indicar disponibilidades futuras de quartos, com períodos em aberto,
fechados, ou para eventos especiais, etc.
Nrº de pessoas.
Tipo de alojamento.
Quem efectuou a reserva.
1º, obter o nome sob quem se encontra a reserva, ou data de chegada ou saída. Com
estes dados permite cancelar a reserva ou alterá-la da forma mais correcta.
Questionar o cliente se deseja reservar uma data alternativa. Em caso negativo, exprimir
ao cliente que lamenta o facto, e ficar ao dispor para uma reserva futura.
Encerramento do processamento
No final do dia há uma série de actividades a completar. Em primeiro lugar devemos assegurar-
nos:
Do correcto arquivo das reservas que tenham sido aceites ou de anteriores reservas que
tenham sido alteradas. (nos sistemas não automatizados são arquivadas duas cópias da
reserva, uma por ordem alfabética pelo último nome do cliente e outra por ordem
cronológica de chegada.
Outras das funções das reservas nos sistemas não computorizados, é o de retirar todas as
reservas previstas para o dia seguinte (são colocados o dossier designado por “FILE”), e
encaminhadas para a recepção.
Em alguns hotéis é também preparado o pré-registo do hóspede, para que este, à sua
chegada, apenas assine o boletim de registo – nomeadamente os VIP.
Nos sistemas modernos informatizados, a listagem pode ser obtida a qualquer momento.
No sistema podemos também preparar os boletins de registo para hóspedes a chegar,
com reserva antecipada, eliminando a fastidiosa perda de tempo no acto da chegada do
cliente.
Os elementos do F.O. esquecem muitas vezes, que a sua principal função é a da venda de
quartos ou serviços da unidade (F&B, etc.) a potenciais compradores.
O principal problema é que muitas vezes
o F.O. não procura convencer o potencial
cliente, apenas está preparado para
informar sobre os preços praticados pela
unidade.
Vários métodos e iniciativas podem ser seguidas, para “convencer” o hóspede sobre a
categoria da unidade e dos seus serviços, criando condições para a sua aceitação.
Se o preço ainda não estiver determinado, ou se não houver pedidos especiais relativos a
preço, tipo de quarto, etc., o recepcionista, usando o seu melhor julgamento, deve tentar
fazer a melhor venda possível (Upselling – técnica que consiste em vender um quarto
começando do preço mais baixo para o mais alto, enfatizando as mais valias que cada
preço comporta. O contrário será Downselling), procurando sempre enfatizar as mais-
valias do quarto que está descrevendo.
A expressão facial é de maior importância no acto de venda. O tão publicitado "sorriso "
continua a produzir excelentes resultados.
Objectivo do Registo
É uma das mais importantes fases do contacto entre hóspede e unidade hoteleira, inclui todo o
processo de registo do cliente, atribuição do alojamento e indicação dos serviços disponíveis.
São informadas as condições do contrato (para os clientes com reserva é relembrado, para walk
ins/passantes é efectuado todo o processo).
A vantagem, em relação ao sistema manual, é que toda a informação histórica está arquivada,
os ficheiros são criados automaticamente e são facilmente acessíveis, ao mesmo tempo que
pelo facto de os dados necessários já estarem inscritos no formulário de registo tornam o check-
in muito mais rápido e evitam que o cliente tenha de repetir todas as formalidades necessárias.
2.2. O “CHECK-IN”.
Os passantes ou “walk-in”
Dirigem-se simplesmente ao hotel e questionam sobre a possibilidade de alojamento, sem
passarem portanto pelo prévio processo da reserva. Ao pessoal da recepção compete, em
primeiro lugar, determinar as necessidades de alojamento dos hóspedes, detalhes que incluem o
período de estadia, localização preferencial do quarto, etc. Após acordo das partes, procede-se
ás operações de check-in, normais e já referenciadas. É a partir do momento que o hóspede
chega ao quarto que lhe foi atribuído que se inicia a estadia.
Ainda no Check-in
Cliente sem bagagem e sem reserva, deverá depositar um montante, superior a uma
noite de estadia;
Introduzir de imediato a ocupação do quarto no sistema informático, (nos sistemas
antigos manuais registava-se na agenda a hora do check-in e sinalizava-se no quadro de
recepção)
Abrir a factura e informar as secções através do “aviso de chegada” (automático no
sistema informático);
Nos sistemas manuais - com os dados do dossier “file” e do “cardex”, abre-se a factura.
Inscreve-se a entrada no “livro de recepção” e no “diário” ou “main-courant”, arquiva-
se a factura e correspondência no carro de facturas.
Os cardex’s durante a estadia ficam na recepção por ordem alfabética “hóspedes
presentes” ou junto às facturas, e servem também para os registos de polícia. São
arquivados após a saída (depois de efectuadas as anotações respeitantes à estadia) por
ordem alfabética no arquivo geral
Os hotéis podem dispor de uma grande variedade de quartos e os seus tipos são dos mais
variados, desde o quarto padrão individual até a mais luxuosa suite. Embora existam definições
diferentes, conforme os hotéis, as mais vulgarizadas são as seguintes (utiliza-se a terminologia
mais divulgada internacionalmente):
Single
Um quarto ocupado por uma pessoa, com uma ou mais camas. O preço é debitado para
uma pessoa.
Double
Um quarto ocupado por duas pessoas, podendo ter uma ou mais camas.
Queen
Um quarto com uma cama “queen-size”, ou seja uma cama extra longa e extra-larga,
com cerca de 2 metros por 1,5 metros.
King
Um quarto com uma cama “king-size”, com cerca de 2x2 metros, que pode ser ocupada
por uma ou duas pessoas.
Triple
Um quarto ocupado por três pessoas. Pode ter uma cama dupla e um divã ou duas camas e um
divã.
Quad.
Ou quádruplo, um quarto ocupado por quatro pessoas. Pode ter duas camas ou mais
Twin-double ou double-double
Um quarto com duas camas duplas ou duas camas queen, ocupado por uma ou mais
pessoas.
Studio
Um quarto com uma cama “studio”, um sofá convertível em cama. Também designado
por “executive room”.
Mini-suite ou júnior suite
Um quarto com área de estar. Pode também haver pequeno quarto ligado à sala.
Suite
Uma sala ou salão ligado a um ou mais quartos espaçosos e WC..
Twin
Um quarto com duas camas: camas para uma pessoa, com cerca de 1,9x1,0 metros.
Pode ser ocupado por uma ou mais pessoas.
Connecting rooms
Dois ou mais quartos com diferentes portas de entrada do exterior, e uma porta
comunicante interna, pela qual os hóspedes podem circular, sem necessidade de utilizar
o exterior dos quartos.
Adjoining rooms
Quartos sem partas de comunicação interior, localizados próximo uns dos outros.
GENERALIDADES
O alojamento dos hóspedes constitui a fase seguinte à do registo. O objectivo da gestão dos
alojamentos; é o conhecimento da situação de ocupação dos quartos, as necessidades dos
hóspedes actuais e dos futuros compromissos de reservas seja para individuais ou para grupos.
Os sistemas informatizados modernos vieram dar um impulso de eficiência na gestão das
operações de alojamentos, evitando os erros frequentes nos sistemas manuais e mecânicos
outrora utilizados.
Numa unidade com elevado movimento de entradas e saídas, qualquer alteração na situação dos
quartos deve ser imediatamente comunicada à recepção. Uma informação actualizada exige
uma estreita colaboração e coordenação entre as secções de recepção e de andares. Há uma
série de sistemas que nos permitem manter actualizada a situação dos quartos. As mais comuns
são o room-rack e os sistemas informatizados:
A governanta recebe essa lista no dia seguinte, para distribuição ao pessoal da sua secção
(andares). Uma das primeiras tarefas a efectuar pela governanta é proceder a uma verificação,
registando a situação de cada quarto no relatório da governanta - housekeeper´s report. Esta
informação é comparada com o relatório da recepção, e qualquer anomalia deve ser logo
verificada. Quando os quartos se encontram limpos e inspeccionados, a governanta notifica a
recepção de que se encontram vagos e prontos a ocupar.
Ao fim do dia a governanta deve entregar um relatório final da situação dos quartos, é uma
forma de assegurar que a recepção tenha o rack actualizado sobre as disponibilidades, para as
entradas da noite ou passantes (walk-ins).
Sistema computorizado
Num sistema informático integrado, os andares e a recepção têm acesso directo à situação dos
quartos. Quando um cliente sai do hotel, é feito o registo no sistema, e os andares, através do
seu terminal podem consultar que esse quarto está em processo de saída e necessita de limpeza.
Após a limpeza e verificação, o quarto é colocado no sistema como livre e pronto a ocupar.
A contagem dos quartos deve ser feita regularmente, para que o Director de alojamentos ou o
Chefe de Recepção estejam sempre informados da exacta situação de disponibilidade de
quartos, especialmente em períodos de grande ocupação e movimento de entradas e saídas, em
que a situação está sempre em constante mudança. São aconselháveis pelo menos quatro
contagens diárias:
1 Manhã cedo Para informação do Chefe de Recepção
2 11 horas Permite ver a possibilidade de extensão da estadia
3 15 horas Informação para o turno da tarde
Depois de conferidas as discrepâncias, as reservas não garantidas
4 18 horas
contam como quartos livres
2.5. CAIXA
O Caixa terá sempre presente que estes objectivos têm que ser rigorosamente cumpridos,
porque quando as despesas não são bem registadas, quando as contas estão actualizadas ou se
há falta de controlo, os problemas surgem inevitavelmente na altura em que a conta vai ser
paga.
O Caixa desempenha, ainda, outras tarefas, como fazer câmbios de moeda estrangeira, aceitar
valores para guardar nos cofres, etc., mas a sua preocupação principal deve ser, a de que o
check-out seja para o cliente o colorário de uma estadia bem passada.
Lançamentos despesas
Sistemas Manuais (Main-Courant, etc.)
Todos os comprovantes chegados à recepção devem ser imediatamente lançados no diário e
anexados à factura no carro de facturas;
Sistema Electromecânico
Mais usado na restauração, e praticamente em desuso na hotelaria, onde apenas é utilizado
as pequenas unidades ou de suporte nas informatizadas.
Sistemas Computorizados
Normalmente on-line, permitem imputações imediatas na factura da recepção das despesas
realizadas nas secções.
No sector caixa deve existir uma importância em dinheiro, que será individual, ou seja cada
caixa possui o seu fundo de caixa ou de maneio, para lhe facilitar os trocos e lhe dar a
possibilidade de efectuar câmbios. Também pode haver um fundo de caixa colectivo, para
todos os caixas. Contudo, este processo é pouco recomendável por ser ineficaz e morosa a sua
transferência.
Arrumação de caixa:
Os funcionários da caixa devem ter as suas gavetas dispostas de maneira a permitir-lhes ter
divisórias para cada tipo de notas e moedas e para a arrumação das diferentes notas
estrangeiras, que lhe foram entregues para pagamentos.
Transferência de caixa:
Quando existe uma caixa única com um só fundo de maneio, e um funcionário deixa o serviço
para dar lugar a outro, deve haver de parte aparte um controlo de caixa, a fim de cada um
prestar contas individualmente e responsabilizar-se pelos seus eventuais erros.
Entrega de fundos:
Os fundos de caixa ou de maneio, apesar de ficarem na posse dos funcionários de caixa, são
pertença do hotel. Poderão efectuar-se periodicamente conferências de caixa pelo responsável
dos serviços de controlo e assistidas pelo chefe do sector a fim de evitar que os funcionários
utilizem este fundo para outros fins.
Caixa da noite:
Só em hotéis de grande capacidade existe este funcionário. Geralmente quem se ocupa da caixa
durante a noite é o recepcionista ou o porteiro da noite, o qual possui também um fundo de
caixa, que é transferido todas as manhãs para o 1º caixa a entrar de serviço.
Cofres:
Depósitos de jóias e valores em cofre próprio: após a chegada ao hotel, o cliente pode
pretender guardar um certo número dos seus bens (dinheiro, jóias, documentos, etc.).
Alguns hotéis oferecem a possibilidade de guardar esses bens com uma certa segurança no
próprio quarto que o cliente vai ocupar. Esses hotéis dispõem de um pequeno cofre ou
gaveta/forte instalados no quarto, dentro do guarda-fato ou noutro local bastante discreto
obedecendo a certas normas de segurança. Ao cliente será entregue uma chave, que
devolverá aquando da sua saída, responsabilizando-se pela mesma, caso venha a perder-se
ou extraviar-se.
Depósito de jóias e valores no cofre do hotel: Os hotéis geralmente dispõem de um cofre
que poderá ser Cofre-Forte ou “Caixa/Cacifos” que será colocado à disposição dos clientes
para guarda dos seus valores de maior ou menor dimensão. Estes cofres estão instalados em
local próximo da recepção sendo o pessoal de caixa (Recepção ou Portaria) responsável
pelos mesmos.
Os dois sistemas mais conhecidos para fechar e abrir certos cofres individuais são os
seguintes:
1. Cada cofre individual possui 2 fechaduras com 2 chaves distintas (uma chave fica em
poder do hóspede, outra fica na recepção/caixa).
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Serviços de Front & Back 164
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2. Cada cofre individual possui uma fechadura com duas chaves (uma chave individual
por cada cofre que é entregue ao hóspede e uma chave “passe”, comum a todos os
cofres individuais que fica na posse da recepção/caixa.
3. Para abrir o cofre, o caixa dá a primeira volta e o hóspede a segunda. Para fechar, será
em ordem inversa, primeiro o hóspede, depois o caixa. Nenhum poderá abrir o cofre
sem o outro portanto.
Documentação de depósitos:
Os objectos de valor, jóias e dinheiro serão depositados pelos clientes no cofre do hotel, sendo-
lhes passado um recibo. O caixa ou o recepcionista terá o cuidado de colocar esses objectos ou
dinheiro num envelope, que fechará, pedindo ao cliente que o assine, colocando por cima fita
adesiva transparente, ou então lacrá-lo-á. Os recibos que se passam aos hóspedes deverão ser
passados em duplicado, a fim de que o caixa saiba o que guardou.
Características do cartão:
Nome do hóspede;
Número e preço do quarto;
Data de entrada;
Data prevista de saída;
Número de pessoas (pax) que ocupa o aposento;
Modalidade de hospedagem;
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 164
Serviços de Front & Back 165
Back Office
No cartão deve ainda constar textualmente a seguinte menção: "Conserve este cartão
para utilizar no caso de reclamação perante os serviços oficiais de turismo." O texto
do cartão deve ser escrito em português e se possível em inglês, francês e alemão, (em
função da nacionalidade que constitui a frequência dominante da unidade).
A factura.
Assim que o hóspede é registado, o recepcionista deve proceder à abertura de uma factura ou
conta, onde serão registados os débitos e créditos que possam ocorrer durante a estadia do
cliente.
A factura indica normalmente o nome do hóspede, endereço, empresa, datas de ck-in/out, nrº de
quarto, nrº. de pax e preços. Para efeitos legais, todas as facturas são numeradas, e podem ter
diversas cópias, de acordo com as necessidades da unidade. Se a estadia do hóspede é curta, ou
se ocorrem poucos débitos, uma factura torna-se suficiente. Em caso contrário utilizam-se
múltiplas facturas, devendo sempre fazer-se referência à factura anterior (sistema manual ou
mecânico), nos actuais sistemas informatizados a emissão sequencial é automática.
No ck-out solicita-se a factura do hóspede ao sistema, que por sua vez solicita a forma de
pagamento. O método do pagamento é introduzido de acordo com as formas solicitadas ao
cliente - cash, cartão de crédito, moeda estrangeira, outros .
Pagamentos antecipados
Os clientes pagam, por vezes, antecipadamente a sua estadia.
Cartões de crédito
Existem vários tipos de cartões de crédito - Visa, Amex, Master, JCB, etc. A sua aceitação
mesmo em unidades com políticas bem definidas pode ser confuso. Muitos hotéis estabelecem
procedimentos por fases, sobre a forma correcta da aceitação do cartão de crédito.
Facturação directa
Muitas unidades autorizam que as despesas possam ser pagas posteriormente pelas empresas,
ou outras entidades relacionadas com os hóspedes. Estes créditos devem ser aprovados pela
direcção. No ck-out solicita-se ao cliente a assinatura da conta que por sua vez deve ser enviada
de imediato para a respectiva empresa/entidade pagadora.
Vouchers/programas especiais
Muitas vezes os clientes apresentam-se no F.O., com vouchers emitidos por agências de viagens,
companhias aéreas, etc. O F.O. deve estar informado dos acordos estabelecidos para honrar tais
documentos. Na aceitação de vouchers deve ter-se especial atenção sobre eventuais
divergências no acordado previamente; preços, serviços, data, condições. O voucher é uma
forma de pagamento que exige a mesma atenção dispensada a outras formas de pagamento
(recomendação, voucher de depósito, estadia, ful- credit”)
Outras: E ainda Eurocheques, etc.
É uma situação que ocorre com frequência em quase todas as unidades, especialmente com
passantes. Mas por vezes acontece, também, com hóspedes de reservas confirmadas. É
imperativo que o hotel tenha políticas estabelecidas, para que o pessoal do F.O. saiba reagir em
tais situações.
Quando uma unidade não pode alojar um passante ou cliente que diz ter uma reserva, devem
considerar-se algumas soluções, sobretudo como já referimos se o cliente está mesmo
convencido de ter efectuado a reserva:
Perguntar ao cliente pela confirmação da reserva;
Averiguar a possibilidade de o cliente ter efectuado a reserva em outra unidade, (o nome
pode ser semelhante);
Confira na frente do cliente; a agenda de reserva, nos sistemas informatizados é muito fácil
verificá-lo, o planning nos sistemas mais antigos;
Confirme as datas, nomes, quem efectuou a reserva;
Confirmar o arquivo de reservas, telex, fax, correspondência;
Se a reserva foi efectuada através de agência de viagens, contactá-la em horário laboral para
possíveis esclarecimentos.
Se é evidente que o cliente não efectuou a reserva, procure chegar a uma solução de acordo
com as possibilidades que se oferecem internas ou em alternativa procurar encontrar na área
hotéis semelhantes.
O objectivo deste trabalho é promover as boas relações com os clientes. O apoio, a boa
vontade, a simpatia, são alguns dos elementos que podem ser usados como factores positivos.
Por vezes, e por erros cometidos, um cliente com reserva garantida ou confirmada, não pode ser
alojado na unidade.
Em situações críticas de ocupação, alguns princípios devem ser estabelecidos, para evitar
situações desagradáveis:
Nomear um elemento do F.O. Para se encarregar e tomar as decisões necessárias, quando se
prevê uma situação de overbooking. Este funcionário deve, interromper todas as transacções no
F.O. e determinar o curso da acção.
Ter acesso a todos os dados relevantes e proceder a uma apurada contagem dos quartos
disponíveis. Verificar se não há “sleepers”, quartos vagos, que por erro se encontram
mencionados como ocupados (situações mais frequentes nos sistemas mais antiquados).
Comparar o relatório da governanta com o room rack (ocupação na recepção);
Comparar o room rack com as contas, se não conferirem, quais são os erros?
Telefonar para os quartos que deveriam ter sido desocupados. Procurar “acelerar” os chek-
out ainda não efectuados;
Verificar os quartos em manutenção, “out-of-order”;
Todos os elementos devem ser consistentes quando discutirem a falta de alojamento com os
hóspedes, de preferência atendidos em local separado do F.O.
Dar a melhor atenção a estas situações na recepção, pode ser uma excelente oportunidade de
promover a unidade seja para individuais ou grupos:
As verificações de disponibilidades e esforços para encontrar soluções devem ser
“percebidos” pelo cliente;
Convidar o hóspede a voltar no dia seguinte, quando hotel já disponha de vaga;
Incluir este hóspede na lista VIP,
Oferecer uma lembrança ao hóspede ou uma outra cortesia
3.1 OFICIAIS:
Livro de Reclamações:
Encontra-se à disposição dos clientes, e apresenta-se com folhas pautadas em 35 linhas e
numeradas. É obrigatório o termo de abertura e outro de encerramento, o registo da numeração,
assim como é obrigatório estar rubricado pelos serviços de Turismo da Região. As unidades
devem enviar aos mencionados serviços, em carta registada dentro de 48 horas, a cópia integral
das reclamações apresentadas.
A INDICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DESTE LIVRO, DEVE ESTAR EM LOCAL BEM VISIVEL NA RECEPÇÃO.
Este livro será constituído por folhas fixas ou volantes todas numeradas.
O livro divide-se em:
Chegadas
Saídas
Mudanças
A página esquerda serve para a inscrição de chegadas;
A página direita serve para a inscrição das partidas;
Em baixo estão mencionadas as mudanças.
Total de saídas
Quartos livres
Prolongamentos de estadias
Mudanças
Nota: As inscrições no Livro de Recepção (entradas e saídas) efectuam-se a partir das facturas.
Livro de Ouro
Livro com encadernação cuidada, que deve ser posto à disposição do cliente, quando este
pretende assinalar a sua passagem no estabelecimento.
Livro de Comunicações
É o livro em que o chefe de recepção anota todas as comunicações e ordens de serviço
consideradas importantes para conhecimento do seu staff.
Mudança de quartos;
Mudança de preço de quarto;
Mulher/Marido que chega para se juntar ao conjugue;
Instruções especiais para grupos que a chegar;
Clientes sem bagagem;
Clientes que chegam sem voucher;
Etc.
Livro de Achados
Nele se inscreve pelo número de ordem, a descrição do objecto, local onde foi encontrado, dia e
hora, pessoa que o encontrou e as observações.
Aviso de Chegada
É um boletim emitido pela recepção, para transmitir às secções a chegada de um hóspede ou
grupo. Normalmente o departamento de reservas/recepção, envia diariamente ou nas vésperas
uma lista de chegadas previamente elaborada manualmente ou retirada do sistema informático.
A transmissão verbal destas listas não devem ser aceites.
Aviso de Mudança
Quando se efectua qualquer mudança, deve ser dado conhecimento às secções interessadas.
Deste modo o departamento de reservas ou recepção, deve emitir o aviso de mudança que fará
circular pelos departamentos e secções. Deve-se ter em conta o motivo da mudança, quer seja o
preço, tipo de alojamento, avaria no quarto, limpeza, e outros factos dependentes. Devemos ter
em atenção a sua alteração no room rack, sistema informático, livro da recepção, etc., (em
função do sistema implantado na unidade).
Aviso de Saída
Este boletim é uma cópia do boletim de chegada, a única diferença é que serve para as secções
terem em conta os consumos de última hora que o cliente possa efectuar nesse dia, informado a
recepção de imediato. Isto acontece sobretudo nas unidades em que o sistema continue a ser
ainda manual, podendo inclusive estes consumos cobrados directamente na secção. Se a
unidade estiver informatizada podemos proceder normalmente na medida em que os POS, em
rede, garantem os débitos na conta do hóspede até ao check - out.
Relatório da Governanta
Após os quartos terem sido controlados pela governanta de andares, esta deve preencher um
relatório de controlo de quartos a enviá-lo para a recepção, posteriormente este documento vai
ser comparado com o room-rack. Verifica-se assim, os quartos livres, ocupados, manutenção,
limpeza e se o nrº de pax por cada quarto, está de acordo com a lista de hóspedes. Deste modo
quando a recepção verificar alguma divergência, deve tomar as medidas adequadas (nos novos
sistemas informatizados todo este trabalho é executado on-line).
Lista de Hóspedes
A lista de hóspedes é uma lista elaborada diariamente pela recepção, tendo em vista informar
todas as secções dos hóspedes alojados na unidade. Esta lista é elaborada manualmente a partir
do room rack, caso exista sistema computorizado, basta solicitar essa mesma informação que
está disponível em qualquer sistema informático com um programa de front office.
Relatórios - resumo
Uma das grandes vantagens dum sistema computorizado de Front Office é a produção de
relatórios que servem para o verdadeiro conhecimento tanto do serviço como da operação,
tornando-se por isso óptimos auxiliares da gestão do departamento.
A Auditoria Nocturna produz uma grande gama de relatórios, dos quais se devem
antecipadamente seleccionar, apenas, os que interessa obter. Caso contrário, a sua diversidade e
quantidade pode confundir em vez de esclarecer e informar.
Exemplos:
Lista de Hóspedes
Lista de Chegadas
Lista de Saídas
Lista de Grupos
Lista de Anulações de Reservas
Lista dos Depósitos
Lista de discrepâncias nos preços de quartos
Relatório dos Caixas
Relatório da Governanta
Lista de No Shows
Relatório das Estatísticas
Lista de Clientes VIPs
Relatório do Director
Lista de quartos disponíveis
Lista de quartos 000 (bloqueados/fora de serviço)
Lista de Mudanças
Lista de Receitas
Lista dos limites de Crédito
Lista de Contas
Para fácil identificação de cada quarto, indicam-se os códigos que definem a situação em que se
encontram os mesmos (exemplo):
1- Quarto livre e pronto VR
2- Quarto livre e limpo VC
3- Quarto livre e sujo VD
4- Quarto ocupado e pronto OR
5- Quarto ocupado e limpo OC
6- Quarto ocupado e sujo OD
7- Quarto em manutenção (bloqueado) VM (000)
CHECK-IN
Processo de Check-in
(Etapas Básicas)
Preparação para a chegada dos hóspedes (pré - registo);
Criação de um registo;
Atribuição de quarto e seu respectivo preço;
Estabelecimento de método de pagamento;
Entrega de chave ao hospede;
Satisfazer os pedidos especiais;
Acompanhando e dando direcções essenciais ao hospede.
Chegadas antecipadas
O que fazer em caso de chegadas antecipadas, ou chegadas que mesmo previstas, não haja
alojamento disponível:
• Ver se há alojamento alternativo disponível;
• Se não, pedir desculpa pelo facto. Fazer registo, mas sem atribuir alojamento;
• Pôr bagagem em local próprio;
• Oferecer bebidas comidas;
• Obter alojamento o mais rapidamente possível.
RECEPÇÃO (TURNOS/TAREFAS)
TURNO DA MANHÃ
Durante este turno deverá ser verificado e preparado o trabalho desse dia.
7:15 - Verificação de todas as reservas do dia e pedidos especiais.
Listagem de quartos prontos e chegadas previstas.
Se os quartos ainda não estiverem bloqueados pelo recepcionista é necessário faze-lo de
imediato dando prioridade aos VIP
9:00 - Verificação do relatório de andares e se necessário preenchimento do relatório de
discrepância.
11:30 - Tirar relatório ocupação, meias pensões, grátis para Restaurantes.
12:00 - Conferir o relatório da governanta.
12:30 - Verificar se já foram efectuadas as saídas previstas, se não, contactar clientes.
15:00 - Tirar relatórios para governanta.
15:15 - Verificação de todo o trabalho feito nesse turno.
TURNO DA TARDE
15:30 - Conferir as reservas do dia; verificar as saídas previstas; actualização das listagens
(quartos vagos, chegadas).
16:30 - Conferir o ocuppancy report por segmento de mercado e regime de alojamento.
17:30 - Elaboração da previsão dos vips para o dia seguinte.
18:00 - Tirar relatórios para as caixas de Restaurantes.
18:30 - Conferir o último relatório da governanta.
20:00 - Conferir reservas para o dia seguinte.
22:30 - Tirar e conferir listagens de grupos in-house.
23:00 - Verificar todo o trabalho feito nesse turno.
23:30 - Actualização de listagem para o turno da noite.
No caso de chegarem clientes sem reserva deve-se informar a governanta.
Verificar se ficam sempre quartos limpos.
TURNO DA NOITE
Este turno tem como função principal conferir e corrigir o trabalho feito durante o dia e como
tal tem que:
Conferir nomes e preços no ocupancy report
Conferir processos arquivados na caixa da recepção
Confirmar regime de alojamento
Verificar alterações de preço
Todo este trabalho tem de ser efectuado antes do encerramento do computador.
Além disso tem que preparar o trabalho do dia seguinte:
Verificar todas as reservas
Bloquear quartos se possível
Elaborar a lista de vips
Tirar as fichas de registo na impressora
Preencher cartões de identificação
Verificar se os clientes já tem histórico e atribuir o mesmo quarto que na estadia
anterior ou similar
Elaborar lista de cots e camas extras
Estas rotinas tem que ser efectuadas todas as noites podendo-se corrigir e evitar erros
desnecessários.
ACOLHIMENTO – CHECK-IN
O primeiro contacto que um hóspede estabelece com o Hotel, é com um recepcionista, como tal
a sua imagem deverá de ser bastante cuidada, demonstrando eficiência, cortesia e simpatia. O
recepcionista deverá de estar familiarizado com a disposição do Hotel, suas facilidades e
tarifas, de modo a não ser somente aquele que recebe mas também aquele que vende, para isso
necessita de dispor de motivação suficiente para poder propor ao cliente serviços que vão de
encontro aos seus desejos, conforme a sua personalidade, posição social nacionalidade ou
possibilidades financeiras.
CHECK-OUT
O check-out é a parte final do ciclo do cliente. É talvez, a última oportunidade que temos para
interagir face a face com o hóspede. Como sempre é também uma outra oportunidade para
demonstrar o nível de serviço da unidade.
Os objectivos principais no check-out são:
Fazer o balanço da conta do hóspede;
Actualizar os registos do front-office após a saída (inclui o “room status”);
Causar uma última impressão.
Dar-lhe razão
Falar o indispensável não criticar
Ser amável e atencioso
Pedir desculpa
Prometer melhores serviços
Mesmo que as reclamações não possam ser resolvidas na recepção, à que dar a máxima atenção
aos clientes.
Relativamente a problemas que sabemos “à priori” que o hóspede vai seguramente reclamar
(ex: uma hora à espera do room service), à que estar preparado para lidar de forma cortês e
paciente.
☻ Impressos de Mensagens
☻ Impressos de Declaração De
Responsabilidade (Animais)
(Clientes)
☻ Clientes sem Crédito
J. Caetano – Operações Hoteleiras I 183
Serviços de Front & Back 184
Back Office
☻ Envelopes de Grupo
☻ Impressos de Discrepâncias
☻ Instruções de Grupo
☻ Impresso de Estatísticas de
Segmento de Mercado
☻ Impressos de Resultados de
Exploração
☻ Estatísticas Mensais de
Nacionalidades
5. OS CONTRATOS HOTELEIROS.
Espécies de contratos hoteleiros:
1º - Os contratos para viajantes individuais
2º - Os contratos para viajantes em grupo/s
Depósitos antecipados.
1º - O hoteleiro poderá condicionar a aceitação da reserva ao montante de um depósito
antecipado (sinal ou depósito de garantia). O montante antecipado terá sempre a característica
de depósito de garantia salvo se o hoteleiro especificar previamente que se trata de sinal.
Se o hoteleiro pediu um depósito antecipado, a conclusão do contrato hoteleiro só se tornará
definitiva a partir de efectivação desse depósito ou da apresentação de um documento
comprovativo.
2º - Após a sua recepção o hotel deverá acusar a recepção do depósito antecipado o mais rápido
possível.
3º - O montante do depósito antecipado será igual ao preço dos serviços reservados (quarto,
refeições, extras, etc.) para uma estadia de uma noite na estação baixa, e de três noites para uma
estadia na estação alta.
6º - Em caso de anulação da reserva nos prazos, quer contratual, quer convencional, e sempre
que tenha sido feito um depósito ou pré-pagamento, o hoteleiro reembolsará esse montante, nos
30 dias que seguirem à data de anulação.
5.3. ANULAÇÕES
Principio da anulação escrita
Toda a anulação deve ser feita por escrito e datada (carta registada, fax, telex, mail, etc.)
1º - Toda a anulação verbal ou telefónica feita pelo agente ou outros, está sujeita a uma
confirmação escrita do mesmo. Para que esta anulação à data da sua comunicação verbal, tenha
efeito, a confirmação escrita deve referir-se expressamente a essa data.
Toda a comunicação escrita partindo do hoteleiro e referindo-se à anulação verbal dispensa o
agente de viagens de uma reconfirmação escrita.
2º - As condições e prazos de anulação total ou parcial do contrato hoteleiro assim como o
montante da indemnização eventual, devida em caso de anulação fora do respectivo prazo,
serão objecto de um acordo especial para cada tipo de contrato.
2º A indemnização devida pode ser fixada por base o preço do FORFAIT para cada viajante cuja
reserva seja anulada, como segue:
O contravalor dos serviços reservados equivalente à estadia de uma noite, no caso de
estadia inferior a 3 noites.
1º - O agente de viagens enviará ao hotel a lista da divisão dos clientes por quarto - ROOMING
LIST - antes da sua chegada, o hotel responsabiliza o agente pelas dificuldades que poderão
surgir no caso do não cumprimento desta obrigação.
As condições de pagamento são normalmente fixadas por acordos prévios de ambas as partes.
2º - É recomendada ao hotel a concessão de uma gratuitidade ao representante da agência
(normalmente para o guia do grupo).
CAPITULO III
A GESTÃO DA RECEPÇÃO
A função de management inclui um número de funções, que incluem:
PLANEAMENTO
Decidindo quais os objectivos a perseguir e como distribuir os recursos para os alcançar. Entre
as tarefas de planeamento da recepção podem incluir-se o aumento do preço médio por quarto
ocupado e a redução do tempo exigido para o check-in dos clientes:
ORGANIZAÇÃO
Coordenando autoridade e indicando as relações das funções. O desenvolvimento do
organograma do departamento é importante.
PESSOAL
Preenchendo as posições criadas pelo organograma. Inclui o recrutamento e selecção dos
candidatos qualificados.
DIRECÇÃO
Inclui a orientação dos empregados para as metas e objectivos do hotel, treinamento para o
desempenho eficiente das funções, e motivação dos membros do pessoal para a execução dos
serviços com entusiasmo e confiança.
CONTROLO
Avaliando e corrigindo as actividades do pessoal. Estas funções constituem uma rede
interligada.
RELATÓRIOS
Os relatórios têm várias finalidades, entre as quais poderão ser mencionadas:
Revisão das operações;
Isolamento das áreas de problemas, para indicar onde as acções comparativas se tornam
necessárias;
Indicação de índices aceitáveis ou não.
J. Caetano – Operações Hoteleira I 190
Serviços de Front & Back 191
Back Office
Um relatório com o qual o chefe de recepção deve trabalhar diariamente é o relatório do dia
(daily report). Este relatório indica a actividade financeira de um período de vinte e quatro
horas (actualizado com a conciliação do caixa, contas bancárias, receitas e contas a receber,
para os diários do hotel). Fornece os dados de input, se já está implantado um sistema
informatizado, constitui uma fonte de informação estatística para a direcção e administração,
fornecendo elementos comparativos das operações com outros exercícios económicos
anteriores.
Os relatórios diários contêm informações sobre as vendas globais, vendas a dinheiro, contas a
receber e estatísticas gerais das operações. Normalmente incluem informações acumuladas no
mês e comparações com outros períodos (mês anterior e mesmo mês do não anterior).
Uma das mais importantes informações do relatório diário é o das estatísticas operacionais.
1. Percentagem de ocupação:
Admitindo que um hotel tem 400 quartos para serem alugados a hóspedes, e que, durante o
ano foram ocupados 116.800 quartos, a percentagem de ocupação anual será de 80%.
116.800
% DE OCUPAÇÃO ANUAL = ------------------------------------- X 100 ........ = 80%
400 QUARTOS X 365 DIAS
1ª fórmula
2ª fórmula
NÚMERO DE HÓSPEDES
NÚMERO DE HÓSPEDES = ---------------------------------------------------
POR QUARTO OCUPADO NÚMERO DE QUARTOS VENDIDOS
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exemplos práticos:
Se nos exemplos anteriores, os 116.800 quartos vendidos tivessem sido ocupados por 137.400
hóspedes, os valores da ocupação múltipla seriam:
137.400 – 116.800
% OCUPAÇÃO = ------------------------------------------------------ X 100 ....... = 17,6 %
MÚLTIPLA 116.800
137.400
NÚMERO DE HÓSPEDES= ------------------------------------- = 1.176
POR QUARTO OCUPADO 116.800
Os hotéis devem escolher uma das fórmulas de ocupação múltipla e aplicá-la, de uma forma
consistente, nos seus relatórios.
Estes rácios da hotelaria fazem parte de um grupo designado de “rácios de actividade”.
Este rácio representa a receita média obtida por cada quarto ou unidade vendida, e obtém-se
pela aplicação da seguinte fórmula:
RECEITAS LÍQUIDAS DE QUARTOS
PREÇO MÉDIO POR = ----------------------------------------------------------------------
QUARTO OCUPADO NÚMERO DE QUARTOS VENDIDOS OU OCUPADOS
Especialmente nos hotéis de “resort” há interesse em conhecer a receita média por hóspede,
baseada no número de hóspedes no hotel, incluindo crianças. A fórmula de o calcular é a
seguinte:
RECEITAS LÍQUIDAS DE QUARTOS
RECEITA MÉDIA = ----------------------------------------------------------------------------
POR HÓSPEDE NÚMERO DE HÓSPEDES NO HOTEL
As estatísticas operacionais constantes do relatório diário, devem ser analisadas pelo chefe de
recepção para determinar e comparar os indicadores globais e mais relevantes da actividade
desta área de negócio.
Assim, quando se analisam as estatísticas das receitas obtidas, deve ter-se presente a ocupação
múltipla registada. Quando aumenta (verifica-se no rácio), a receita média por quarto vendido
normalmente também aumenta, deve-se ao facto de os quartos terem sido ocupados por mais de
uma pessoa, pagando o preço de ocupação dupla em norma superior ao de ocupação individual.
Em contrapartida a receita média hóspede tem tendência a descer à medida que aumenta a
ocupação dupla na unidade hoteleira, tal facto, deve-se à norma de praticar um preço superior
mas não o de duplicar o preço do quarto quando se verifica a ocupação dupla.
Uma outra técnica na análise de receita de quartos é a comparação da receita real com a receita
potencial – (o total máximo de receita que poderia ter sido realizada pela unidade hoteleira).
Antes de analisarmos esta técnica, convém ter presente que normalmente as unidades
hoteleiras integram várias categorias de quartos, essas diferenças são baseadas nas áreas,
vistas, qualidade dos equipamentos e decorações, tipos de camas, etc.
As tarifas mais baixas praticadas são normalmente designadas por preço standard, e as de
nível mais elevado de “luxo”.
Cada categoria de quarto tem um preço normal (ou de balcão) baseado no número de
pessoas que o ocupam. Este preço normal, de balcão ou de rack, é estabelecido pela
direcção/administração, e deve constar do rack de quartos ou, em sistema informatizado da
respectiva memória do computador.
Os recepcionistas esperam vender os quartos a esses preços. Salvo quando, por motivos
especiais, não é possível conseguir a sua venda por tais tarifas.
A utilização de preços especiais deve ser rigidamente controlada. Devem ser observadas as
condições que levaram à prática desses preços.
Para calcular a receita potencial máxima de quartos deve multiplicar-se o número de quartos de
preço de determinada categoria, pelo preço de ocupação dupla dessa categoria. Quando estes
cálculos forem aplicados a todas as categorias, os resultados finais exprimem a receita máxima
potencial.
RECEITA MÁXIMA
150 quartos duplos, preço de 80,00 €......................................12.000,00 €
150 quartos duplos, preço de 90,00 €......................................13.500,00 €
17 suites, preço duplo de 120,00 €...................................... 2.040,00 €
Total potencial de receita máxima........................................27.540,00 €
O hotel dispõe de 317 quartos disponíveis, obtendo uma ocupação de 76% = 240 quartos
ocupados – e uma percentagem de ocupação múltipla de 36% = 326 hóspedes. Tendo a sua
receita real atingido 18.040,00 €.
A firma Laventhol and Horwath desenvolveu o cálculo da diária média ideal, o ponto de
qualquer hotel no qual os quartos são vendidos ao melhor preço para o tipo de cliente.
Exemplo prático:
ESTRUTURA DE PREÇOS
Tipo de quarto Número Single Double
Duplo (double-bed) 150 70,00€ 80,00€
Duplo (double-double) 150 75,00€ 90,00€
Suite 17 100,00€ 120,00€
CÁLCULOS:
1ª FASE
TOTAL 18,110,00€
2ª FASE
Quartos de preços mais elevados vendidos em Ocupação Single
17 suites 100,00€ 1.700,00€
150 duplos 75,00€ 11.250,00€
73 duplos 70,00€ 5.110,00€
18.060,00€
Mais: Ocupação Dupla (86 quartos)
17 suites 20,00€ 340,00€
69 duplos 15,00€ 1.035,00€
1.375,00€
TOTAL 19.435,00€
3ªFASE
Média dos Preços (mais económicos e mais elevados):
75,46€ + 80,98€
---------------------- = 78,22€ (PREÇO MÉDIO IDEAL)
2
O preço médio diário actual, comparado com o preço médio diário ideal constitui uma medida
de avaliação da eficiência de venda dos quartos a clientes de maior capacidade económica. Na
hotelaria considera-se como valor aceitável a obtenção de 95 % do preço médio ideal.
Não sendo obtido tal valor, os preços não se encontram estabelecidos de acordo com a procura
ou os recepcionistas estão subalugando os quartos. O efeito provável dos grupos, pelos preços
especiais praticados, pode ser avaliado por selecção de períodos em que tal prática mais afecte
as receitas obtidas.
1.6. RELATÓRIOS
Em hotéis com sistemas informatizados, estes relatórios são hoje facilmente obtidos, indicam
os quartos que não foram vendidos ao preço estabelecido pela direcção. Na posse destes
relatórios, o director pode analisar e determinar as causas da prática de preços de venda
inferiores aos fixados.
QUARTOS
Data
Receitas
Hóspedes Temporários:
Individuais
Empresas
Grupos
Convenções
Organismos Oficiais
Hóspedes residentes
Outras receitas
Total Receitas
Descontos
Receitas Líquidas
Despesas
Ordenados e salários
Outras despesas com o Pessoal
Total de despesas com Pessoal
Outras despesas:
Comissões a intermediários
Contratos de limpeza
Transporte de clientes
Lavandaria e limpeza a seco
Roupas
Artigos operacionais
Reservas
Uniformes
Despesas diversas
Total de outras despesas
Total de despesas
Lucro departamental
ESTATÍSTICA DE QUARTOS
Quartos ocupados
4 Individuais 25
5 Grupos 30
6 Residentes 45
7 Total quartos ocupados 100
8 Ocupados por convidados 24
9 Quartos ocupados por hóspedes 124
10 Ocupados pelo hotel (temporariamente) 35
11 Quartos utilizados 159
12 Quartos vagos 341
13 Quartos disponíveis para venda 341
14 Quartos em manutenção 38
15 Quartos disponíveis 303
Percentagem de ocupação
16 Individuais % 5%
17 Grupos % 6%
18 Residentes % 9%
19 Ocupados com facturação % 21%
20 Ocupados por convidados % 5%
21 Ocupação de hóspedes % 26%
22 Ocupados pelo hotel % (temporariamente) 7%
23 Ocupação total % 33%
Número de hóspedes
28 Individuais
29 Grupos
30 Residentes
31 Hóspedes facturados
32 Hóspedes convidados
33 Total de hóspedes
34 Número de hóspedes por quarto
35 Número de quartos com ocupação múltipla
36 Ocupação múltipla %
37 Chegadas
38 Estadia média
A estatística sobre quartos é também mencionada no Uniform System, e deve ser anexa à
demonstração de resultados ou apresentada em mapa separado. No entanto deve ser elaborada
de forma consistente.
Todas estas estatísticas, se não forem comparadas, têm um interesse bastante limitado. É a sua
comparação com orçamentos, resultados anteriores e suas variações que podem alertar a
direcção para as acções correctivas que se tornam necessárias.
As previsões devem ser elaboradas por todos os chefes de departamento, indicando o volume
estimado de negócio e o número de empregados necessário para o realizar.
Muitos hotéis dispõem de uma equipa de quadros, que normalmente reúne semanalmente, com
o director, para discutir as previsões de chegadas e saídas de hóspedes, volume de serviços de
alimentação, bebidas e banquetes.
A capacidade de prever números de ocupação para um determinado dia é uma das tarefas mais
difíceis de desenvolver. Torna-se mais fácil e mais precisa quando se utilizam números
acumulados, factos e fórmulas.
Os hotéis que disponham de sistema informatizado têm à sua disposição uma base de dados,
que lhes permite, com facilidade, produzir vários gráficos, indicando os níveis futuros de
ocupação.
Utilizando estes recursos, pode estimar-se com certa segurança o número de quartos
disponíveis e a ocupar em determinado período.
Portanto teria 135 quartos disponíveis no dia que foi analisado para a previsão.
Número de overstays
Percentagem de overstays = -------------------------------------------------- x 100
Número de saídas previstas
Número de passantes
Percentagem de passantes = --------------------------------------------------- x 100
(walk-ins) Total de chegadas
De acordo com as exigências do hotel, podem ser preparados diferentes relatórios de previsão.
As previsões de receitas e despesas são preparadas em bases anuais e trimestrais, como parte
integrante do processo orçamental do hotel.
Seja como for, no negócio hoteleiro, como noutros, a actualização de preços por via dos
fenómenos da concorrência, da inflação e de novos produtos é uma constante, pelo que é ainda
uma área bastante debatida.
De uma forma global há uma série de elementos que concorrem para a fixação de um
determinado preço, no nosso negócio destacam-se:
Histórico;
Previsão sobre evolução do nosso mercado;
Experiência de quem dirige sobre a situação em análise;
O nosso produto face aos concorrentes (ou seja, o que temos realmente para oferecer)
Assim sendo, o chamado preço de balcão é cada vez mais incerto, sendo o preço real a aplicar
decorrente de um sem número de variáveis que podem afectar a operação (concorrência,
contratos, causas externas, etc.).
Ainda assim, podemos entender o preço de balcão como o elemento básico, que nos permite
iniciar uma abordagem sobre a questão das tarifas. Durante muitos anos a fórmula aplicada na
determinação do preço de venda do quarto baseou-se na proporção de 1,00 € de preço médio,
equivaliam a 1000,00 € de custo de investimento.
Exemplo:
Num hotel de 200 quartos com um custo total de 16.000.000,00 €, o preço de custo de
investimento por quarto seria de 80,000,00 €, e por conseguinte o preço médio de venda balcão
de 80,00 €.
Esta fórmula de 1/1000, de custo de cada quarto foi estabelecida em face de determinados
parâmetros, correctos para a época (taxas de ocupação estabilizadas, taxas de retorno bem
definidas, baixa ou nenhuma inflação, etc.) que com o tempo vieram a ficar bastante
desajustados.
A American Hotel & Motel Associatinon definiu um método para a fixação dos preços
mínimo por quarto, conhecida como Fórmula Hubbart.
1ª Fase:______________________________________________________________________
1. RESULTADO LÍQUIDO
(Capitais Próprios X (% ROI ou ROE desejável))
2. RAI
(Resultado Líquido: (1 - Taxa IRC))
(+)
3. Despesas Financeiras
(Empréstimo Bancário X Taxa Juro %)
(+)
4. Previsão para Amortizações e Reintegrações + Impostos + Seguros
(Custos Fixos)
=
5. TOTAL RECEITA ANTES IMPOSTOS E JUROS
(+)
6. Previsão de Custos Operacionais
(não distribuídos pelos departamentos)
(=)
7. (TDERI)
(Total de Despesas Estimadas e Retorno do Investimento)
2ª Fase:______________________________________________________________________
7. TDERI
(-/+)
8. Contribuição dos Outros Departamentos
(excluídos Alojamentos)
(=)
9. (TRRQ)
(Total que deve ser Realizado em Receitas de Quartos)
3ª Fase:______________________________________________________________________
9.TRRQ
(+)
10. (*) Custos Directos Alojamentos
(Quartos Ocupados Anualmente (X) Custo Directo por Quarto)
(*) Quartos Ocupados anualmente = (nº quartos hotel x 365) x Taxa ocupação
(=)
11. RECEITA/PROVEITOS ALOJAMENTOS
(:)
(*) Quartos Ocupados Anualmente
=
12. PREÇO MÉDIO QUARTO (necessário)
Neste ponto, como é lógico, o estabelecimento não tem lucro, nem prejuízo.
Nestes termos, verifica-se lucro a partir do momento em que as vendas excedam o total dos
custos correspondentes ao «ponto morto», ou prejuízo, quando o total das receitas for inferior
aos referidos custos.
Para a determinação do «ponto morto», deverão considerar-se os elementos que concorrem para
o resultado final:
As receitas e os custos.
Relativamente aos custos, haverá que distinguir, ainda, entre custos fixos e custos variáveis.
(receita) 2.500.000,00 €
--------------------------- = 50,00 € (receita média dormida)
(dormidas) 50.000
1.250.000,00 €
X= ---------------------------------- = 35.715 dormidas
35,00 €
Podemos assim verificar que o ponto morto será atingido às 35.715 dormidas.
Se considerarmos, por outro lado, que a unidade em questão dispõe de 180 camas, esse mantém
aberto todo o ano, verificamos que às referidas 35.715 dormidas corresponde a taxa de
ocupação de 54,5%.
35.715
X= ------------------ x 100 = 54,5 %
65.700 (potencial)
3. YIELD MANAGEMENT
O Yield Management é uma estratégia de negócios que foi inicialmente implantada pela
indústria de aviação, nomeadamente pela American Airlines e United Airlines, na tentativa de
optimizar as suas receitas. Desde então tem sido adoptado pelos hotéis, empresas de rent-a-car
e até restaurantes. Basicamente o Yield Management pode-se definir como:
Vender o inventário certo, ao cliente certo, na altura certa, ao preço certo. Portanto, o
Yield management para os hotéis é a capacidade de vender o quarto certo, ao cliente
certo, na altura ou pelo período de tempo certo, e ao preço certo. É a possibilidade de
vender uma capacidade fixa com o maior lucro possível.
Os conceitos por detrás do Yield Management podem facilmente ser analisados na indústria da
aviação. O retorno poderá ser rendimento por “lugar sentado/milha” ou rendimento por
“passageiro/milha”, sendo que as companhias aéreas habitualmente oferecem várias classes
diferenciadas pelo preço: 1ª classe, bussiness class, world traveller (classe económica). Se as
companhias aéreas não conseguem preencher os seus aviões com clientes de 1ª classe, tentam
fazê-lo oferecendo as tarifas mais reduzidas.
É criado um balanço entre o desejo de preencher todos os lugares e o desejo de vender lugares
ao preço mais elevado. Devido à natureza do produto das companhias aéreas, um lugar vazio
representa uma oportunidade que é perdida. As companhias aéreas têm que decidir quantas
tarifas com desconto podem vender, tendo a certeza que têm lugares suficientes para vender a
clientes de última hora ao preço de venda inicial e sem desconto.
Nas companhias aéreas este problema tem sido resolvido através do Yield Management
(conceito com maior sucesso utilizado em indústrias de capacidade fixa), utilizando uma
combinação de gestão do produto - lugar sentado e as ferramentas de preço para atingir o
máximo rendimento. Outras empresas de serviços, tais como hotéis, os rent-a-car, os cruzeiros
e as empresas de logística, têm percebido o sucesso do conceito Yield Management na indústria
de aviação e têm tentado adaptá-lo ás suas empresas. Em cada uma destas indústrias, Yield é o
rendimento conseguido por cada unidade de produto disponível.
Por exemplo:
Yield para um cruzeiro é o rendimento que se consegue por cada cabine disponível (unidade de
produto), enquanto que na indústria hoteleira o Yield é o rendimento que se consegue por cada
cama disponível.
Estas indústrias têm uma capacidade fixa, todas têm os seus mercados segmentados e uma
procura definida para os serviços oferecidos. Quando as empresas de serviço estão limitadas
pela capacidade, o sucesso financeiro fica mais dependente da habilidade do gestor na sua
utilização.
Todavia as empresas que aplicam as práticas de Yild Management têm de ser cuidadosas. É que
esta técnica concentra-se basicamente na maximização do lucro, sendo que as empresas que o
utilizem poderão fixar-se nos lucros a curto prazo, ignorando os lucros a longo prazo que
podem resultar da melhoria do serviço, ou do ajustamento do produto. Os resultados podem ser
desastrosos, dado que o gestor ao concentrar-se unicamente no uso eficiente dos recursos,
poderá esquecer o serviço, o que levará à perda de clientes e consequentemente a uma perda
financeira considerável a médio longo prazo.
A prática de preços diferenciados praticados pelas companhias aéreas, é melhor aceite pelo
facto de a concorrência ser restrita neste negócio, o que de facto não acontece na generalidade
da indústria hoteleira. Um cliente que descobre que está a pagar um preço superior por um
serviço (quarto idêntico ao de outro cliente), que reservou umas semanas antes, poderá
simplesmente recorrer a outra unidade; contrariamente a um cliente de uma companhia aérea
que, depois de estar no ar, não pode por razões óbvias alterar a sua reserva ou mudar de
companhia aérea.
Os desafios na indústria hoteleira são gerir a incerteza das chegadas dos clientes e o período de
tempo da sua estadia, por isso existe a necessidade de utilizar instrumentos de gestão
sofisticados, tais como, a previsão, a programação linear, e a utilização de modelos
probabilísticos.
Uma economia em que as questões o quê, como e para quem, relativas à afectação de recursos
são essencialmente determinadas pela oferta e pela procura nos mercados. Esta forma de
organização económica as empresas motivadas pelo objectivo da maximização dos lucros,
compram factores de produção, produzem e vendem bens. As “famílias”, de posse dos seus
rendimentos, dirigem-se aos mercados e determinam a procura de bens. A interacção da oferta
das empresas hoteleiras e da procura das “famílias”determina então preços e as quantidades de
bens.
De acordo com Samuelson & Nordhaus (1993), os preços coordenam as decisões dos
produtores e dos consumidores num mercado. Os preços mais elevados tendem a reduzir as
compras dos consumidores e a retrair a produção. Os preços mais baixos estimulam o consumo
e estimulam produção. Os preços são o pêndulo do mercado.
A função da procura
Tanto o senso comum como uma cuidadosa observação científica demonstram que a
quantidade que as pessoas procuram de um bem depende do seu preço. Quanto maior for o
preço, mantendo-se o restante constante, menor a quantidade que a pessoas pretendem comprar.
Quanto menor é o preço do mercado maior é a quantidade comprada. Existe uma relação
definida entre o preço do mercado de um bem e a quantidade procurada desse bem.
Nesta perspectiva existe um grande número de operadores hoteleiros a actuarem com diferentes
valores para o produto que oferecem e com as diferentes capacidades financeiras do cliente. A
esta realidade chamamos a elasticidade preço da procura.
As procuras dos produtos diferem na sua elasticidade. Quando a uma variação de 1% no preço
corresponde uma variação superior a 1% na quantidade procurada, então temos uma procura
elástica em relação ao preço. A uma variação de1% no preço corresponde uma variação inferior
a 1% na quantidade procurada, então temos uma procura rígida em relação ao preço.
A hotelaria tem todas as condições para aplicar o sistema de Yield Management pois os seus
custos variáveis sã normalmente baixos, os custos fixos altos, tem padrões de procura variáveis,
tendo a capacidade para criar novos padrões e segmentar os clientes consoante as suas
necessidades.
Yield Management é a gestão de várias técnicas aplicadas por muitas indústrias, que tem como
função a maximização dos recursos, tentam maximizar o lucro através da gestão de vários
factores, que incluem o preço, volume de vendas, etc.
Em alguns casos estas decisões são tomadas devido à baixa ocupação e então os descontos são
oferecidos para atrair os clientes em época baixa. Noutros casos as decisões são tomadas devido
ao excesso de procura e também devido ao comportamento dos clientes, sobretudo na
frequência de no-shows.
O Yield Management é considerado pelo sistema informático dos hotéis como um rendimento
estatístico, como forma de obtenção da receita máxima. Existem variados métodos de obtenção
do rendimento estatístico, pretendendo-se adoptar o mais adequado para os objectivos
pretendidos:
As companhias aéreas aplicam o Yield Management há muito mais tempo que as outras
indústrias, e os clientes estão habituados a pagar diferentes tarifas pelo mesmo voo, e de que
irão receber benefícios especiais se aceitarem certas restrições. Neste sentido apesar de estarem
a comprar um lugar no voo semelhante, estão a comprar produtos diferentes, devido às
restrições associadas.
Noutras indústrias tais como hotéis e cruzeiros, as restrições óbvias podem não estar em
questão, apesar dos clientes poderem pagar diferentes preços dependendo da altura em que
fazem a sua reserva.
Um cliente que paga mais por um serviço similar e que não consegue perceber a diferença no
serviço, poderá considerar a situação injusta, logo se os clientes considerarem o Yield
Management como injusto, o elevado rendimento resultante desta política poderá ser de curto
prazo.
Um sofisticado software para Yield Management poderá perfeitamente relacionar os preços dos
quartos com a procura dos mesmos e a partir daí simular cenários de venda.
A utilização informática tanto nesta área como em qualquer outra não tem capacidade de
decisão, é antes um forte instrumento de apoio a qualquer gestor que depois ele sim tomará
decisões. A técnica Yield Management baseia-se muito em decisões, tomadas à medida que
surgem as situações.
As unidades hoteleiras de cinco estrelas enfrentam uma grande pressão tarifária causada pelos
preços das unidades de quatro e três estrelas;
Muitas unidades hoteleiras obtêm todos os anos elevados volumes de vendas, contudo não têm
capacidade para evitar perdas de potenciais receitas durante os períodos de maior procura.
A contabilização dos custos e receitas inerentes à aplicação do Yield Management, bem com a
análise dos resultados das diferentes variáveis a curto e médio prazo, de forma a saber se é
compensador ou não a utilização desta estratégia é fundamental.
Companhias aéreas
Duas pessoas no mesmo voo, sentadas na mesma classe, podem ter pago preços diferentes,
dependendo de quando adquiriram a passagem aérea.
Telefones
Tarifas diferentes para determinados horários.
Vídeo Clube
Alugue dois filmes em dias de semana, leve um grátis.
Cinema
À Segunda-feira o preço do bilhete é mais barato.
BIBLIOGRAFIA
EI – AH&MA (1992). Front Office Quality Service - Exceding Guest Expectations. Michigan,
E.U.A: The Educational Institute of the American Hotel & Motel Association.
EI – AH&MA (1993b). Safety and Security - Everyone’s Job. Michigan, E.U.A: The
Educational Institute of the American Hotel & Motel Association.
EI – AH&MA (1995). Yeld Management - Concepts And Application. Michigan, E.U.A: The
Educational Institute of the American Hotel & Motel Association.
MATA, Américo (2003). Front Office – Operação e Gestão – Lisboa: Perfácio Lda. Editora
SERRA, Francisco (1996). Manual de Técnica Hoteleira. Faro: ESGHT/Ualg. Não publicado.
STEADMON, Charles E. e Kasavana, Michael (1995). Managing Front Office Operations (3rd.
Ed.). Michigan, E.U.A: The Educational Institute of the American Hotel & Motel Association.