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CARTA DE PASTORES E LÍDERES EVANGÉLICOS

A Associação de Pastores Evangélicos de Pelotas – APEPEL, em face


da presente pandemia do novo coronavírus, denominado COVID-19, manifesta
que está engajada na aplicação de ações de prevenção e controle neste
período de isolamento social, como também presta a sua contribuição no
enfrentamento desta crise que afeta não somente a área da saúde e da
economia de nosso município, como um conjunto de outros graves problemas
que prejudicam o bem estar e a qualidade de vida do individuo. Portanto, em
cooperação com as demais Lideranças Evangélicas de Pelotas, a APEPEL
vem à presença da Prefeitura Municipal de Pelotas, bem como dos membros
do Comitê de Crise, para tornar público o seu posicionamento e reiterar a sua
total disponibilidade a fim apoiar as iniciativas do poder executivo pelotense.
Com base no trabalho intelectual do pesquisador Samuel Wall,
reiteramos que estamos conscientes quanto a realidade do atual momento
social por qual passamos, como compreendemos e apoiamos todas as ações
implementadas através da Prefeitura de Pelotas, as quais, acreditamos,
buscam somente resguardar e preservar a vida humana diante de um vírus tão
assolador. Entendemos que neste tempo em que diversas fontes de
informações não oficiais, que promovem fakenews, devem ser enfrentadas com
a pura verdade dos fatos. Neste sentido, salientamos que confiamos nas
informações prestadas pela Prefeita Paula Mascarenhas à comunidade
pelotense.
Contudo, resta comprovado o PAPEL indispensável da Fé na VIDA
HUMANA. Destaca-se a existência de dados científicos que apontam para a
experiência religiosa e a prática da espiritualidade como fatores indispensáveis
para a completude do ser. Note-se ainda que ambas as esferas deste
específico saber são eficientes meios para promover um seguro alicerce
existencial; pois auxiliam o indivíduo a exercer a sua própria cidadania com
excelência e respeito pelo bem coletivo.
No artigo “Impacto da religiosidade na relação entre pais e filhos
adolescentes”, de Ana Paula Sesti Becker, Tânia Paza Maestri e Sueli
Terezinha Bobato, constata-se que a ‘religiosidade’ e a ‘espiritualidade’
exercem papel fundamental na conduta do indivíduo dentro do ceio familiar e
no universo da sociedade, sendo as mesmas foco do artigo supracitado.

De acordo com Liz (2011), a religiosidade refere-se ao conjunto de


crenças e práticas estabelecidas por uma religião na vida de um
indivíduo, com base em um sistema de adoração ou doutrina
específica partilhada por um grupo. Portanto, a religiosidade está
relacionada a uma instituição religiosa, por meio da qual o indivíduo
segue uma crença ou prática proposta por determinada religião. Já o
termo espiritualidade norteia questões voltadas ao propósito da vida e
à razão de viver. Não se limita a tipos específicos de crenças ou
práticas e pode ou não estar relacionada à religiosidade, podendo
haver aproximação entre os dois conceitos na vida pessoal de quem
a pratica (Liz, 2011; Paiva, 2011).

Frente à relevância de estudos que investiguem o impacto que a


religiosidade e a espiritualidade exercem nas relações familiares e na
sociedade contemporânea, esta pesquisa tem como objetivo analisar
a qualidade da relação entre pais e filhos adolescentes a partir da
aderência a um movimento cristão. Para tanto, propôs-se a descrever
as práticas religiosas desenvolvidas por pais e adolescentes que
frequentam o movimento; identificar os significados atribuídos à
prática religiosa na percepção desses participantes; bem como
analisar as repercussões dessas práticas na relação familiar entre os
adolescentes e seus pais1.

A prática da fé desenvolve a unidade da família debaixo de preceitos e


valores importantes, primeiramente em seu próprio ambiente, mas a posteri,
também exerce influência na relação da família com a sociedade por forjar no
individuo à compreensão da sociedade livre e democrática, a qual foi
construída em cima de pilares de honra, respeito e observância aos direitos
individuais. E ainda que sabedores de que o poder público pelotense tem
realizado todos os esforços necessários para proteger nossos cidadãos,
contudo, entendemos que a prática da fé também deve ser objeto de atenção
para a perfeita saúde do indivíduo. A prática da fé por intermédio dos seus atos
litúrgicos também provê suficiente estabilidade psicossocial ao indivíduo,

1BECKER, Ana Paula Sesti; MAESTRI, Tânia Paza e BOBATO, Sueli Terezinha.Impacto da
religiosidade na relação entre pais e filhos adolescentes. Arq. bras. psicol. [online]. 2015, vol.67, n.1, pp.
84-98. ISSN 1809-5267.
desenvolvendo neste o equilíbrio necessário para vencer os transtornos
desencadeados por esta crise por qual atravessamos.
Veja ainda o alerta que a BBC Brasil publicou em seu sítio artigo
intitulado “Coronavírus: o impacto da doença na saúde mental de adolescentes
e jovens”2, de Sarah Kendrick, psicoterapeuta da entidade Shout, descrevendo
que a pandemia resultará em um forte impacto nos jovens e adolescentes com
problemas de saúde mental.

A crise gerada pela covid-19, doença causada pelo novo


coronavírus, tem um forte impacto na vida de jovens com
problemas de saúde mental pré-existentes. A perda da rotina, o
fechamento das escolas e o cancelamento das provas são alguns dos
fatores envolvidos3. (Grifo Nosso)

Observe-se nesta mesma linha de estudos, o artigo “Saúde mental em


tempos de coronavírus”4 publicado pela SANARMED.

O anúncio dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que


estávamos diante de uma pandemia do novo coronavírus gerou
diversas mudanças no funcionamento da sociedade: pessoas em
quarentena, cidadãos preocupados por não poderem ficar em casa,
funcionários trabalhando em home office, escolas, universidades e
comércios fechados. Diante de tal cenário, para além da saúde física,
é necessário dar-se uma atenção especial também para a saúde
mental, que pode sofrer com crises de ansiedade e picos de
estresse, o que, consequentemente, pode afetar também o sistema
imunológico. (Grifo Nosso)

E como é de conhecimento público que a problemática da pandemia do


COVID-19 não irá refletir apenas na saúde biológica e/ou mental das pessoas,
pois vemos começar desde o princípio, da necessária decisão de afastamento
e isolamento social das pessoas, o fechamento no município tanto de inúmeras
empresas e como de negócios autônomos, mantendo-se apenas em
funcionamento dos serviços essenciais. Porém, segundo especialistas, em
breve há grande possibilidade de entrarmos em um período de severa
recessão na economia nacional, e por extensão, é plausível pensar que este
possível evento também se estenderá ao nosso município; haja vista, a
realidade de que muitos pelotenses também tiveram que acionar o seguro-

2 Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-52157980.


3 Ibidem.
4 Disponível em https://www.sanarmed.com/saude-mental-em-tempos-de-coronavirus.
desemprego no presente momento. Segundo o artigo publicado pelo
Observatório Social do Trabalho, da Universidade Federal de Pelotas, sob o
título “Pelotas (RS) e Rio Grande (RS) apresentam saldos negativos no
balanço do emprego formal em dezembro e no acumulado do ano de 2019”5,
fechamos o ano com saldo negativo de empregos formais.
Segundo o estudo “Crises econômicas, mortalidade de crianças e o
papel protetor do gasto público em saúde”6, produzido por Cesar Augusto
Oviedo Tejada, Lívia Madeira Triaca, Nathiéle Hellwig Liermann, Fernanda
Ewerling e Janaína Calu Costa, publicado na SciELO, demonstrasse que os
resultados de uma crise econômica além de afetar diretamente a saúde
pública, incidem grande impacto na taxa de mortalidade infantil.

Uma crise econômica é uma situação em que a economia de um país


se deteriora rápida e substancialmente. Usualmente, durante uma
crise, o Produto Interno Bruto (PIB) diminui e o desemprego aumenta.
A literatura empírica mostra efeitos contraditórios da crise econômica
na saúde da população. Usando dados em nível agregado, um grupo
de economistas identificou que a crise pode ter um efeito benéfico na
saúde, reduzindo a mortalidade total e por diversas causas
específicas9-11. No entanto, outro estudo usando dados em nível
individual, encontrou um efeito negativo, indicando que piores
condições econômicas reduziriam a saúde da população9. Estes
estudos focam em diferentes medidas de saúde e grupos
populacionais.

A grande maioria dos estudos sobre o efeito das crises econômicas


sobre indicadores de saúde focam na população economicamente
ativa. Porém, a saúde das crianças também pode ser fortemente
afetada, através de diferentes mecanismos (Figura 1). Em nível
agregado, as crises econômicas afetam diretamente os recursos
orçamentários do governo podendo levar a uma redução dos gastos
com saúde. Este efeito é provavelmente mais forte em países de renda
baixa e média e naqueles que possuem fracos sistemas de bem-estar
social6. Um outro possível efeito, está relacionado ao aumento da
pobreza e extrema pobreza e à possível redução dos gastos sociais
dos governos12,13. Em nível individual, a crise impacta a renda familiar,
afetando decisões familiares, inclusive em relação a gastos com
cuidados com a criança6. De acordo com a Figura 1, a crise pode ter
efeitos negativos e positivos sobre a saúde infantil. Quedas da renda
familiar ou aumentos do desemprego, principalmente em países de
média e baixa renda, podem afetar negativamente a saúde infantil.
Com uma menor renda familiar, se reduz o gasto destinado a cuidados
com a saúde, prejudicando a saúde das crianças, e como

5
Disponível em https://wp.ufpel.edu.br/observatoriosocial/2020/01/28/pelotas-rs-e-rio-grande-rs-
apresentam-saldos-negativos-no-balanco-do-emprego-formal-em-dezembro-e-no-acumulado-do-ano-de-
2019/
6 TEJADA, Cesar Augusto Oviedo et al . Crises econômicas, mortalidade de crianças e o papel protetor do

gasto público em saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 24, n. 12, p. 4395-4404, Dec. 2019 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
1232019001204395&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Apr. 2020. Epub Nov 25, 2019.
https://doi.org/10.1590/1413-812320182412.25082019.
consequência pode haver um aumento na taxa de mortalidade infantil6.
Por outro lado, estando em casa os pais podem prover um melhor
cuidado para as crianças, diminuindo a mortalidade infantil14.
Adicionalmente, contrações econômicas podem melhorar a saúde
infantil através da redução da poluição do ar15 e de comportamentos
prejudiciais à saúde – consumo de bebidas alcoólicas e fumo pelos
pais – e do aumento na probabilidade de cuidados neonatais e ações
preventivas11,16.7

Figura - Impacto de crises econômicas na taxa de mortalidade infantil.8

Segundo o estudo supracitado, é possível concluir que crises


econômicas também podem contribuir para a morte das pessoas,
principalmente das crianças; sendo notável no presente estudo esta correlação
entre a queda do PIB e o aumento da TAXA DE MORTALIDADE.

Poucos são os estudos na literatura que analisam os impactos de


crises econômicas na saúde infantil. Os estudos existentes
observaram que as taxas de mortalidade infantil aumentam
quando o PIB per capita diminui6,8,14,17,19 e quando as taxas de
desemprego7, e de inflação aumentam7. No entanto, estes estudos
estão baseados em grupos de países, seja de alta renda19,20, ou de
média e baixa renda5,7,14,17,18. Apenas um relaciona países de alta,
média e baixa renda6. (Grifo Nosso)

O presente estudo contribui com a literatura ao analisar o efeito de


crises econômicas na mortalidade infantil através de uma análise multi-
países para o período de 1995 a 2014, com países de baixa, média e
alta renda. Adicionalmente, buscou-se avaliar a modificação deste

7 TEJADA, Cesar Augusto Oviedo et al . Crises econômicas, mortalidade de crianças e o papel protetor do

gasto público em saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 24, n. 12, p. 4395-4404, Dec. 2019 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
1232019001204395&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Apr. 2020. Epub Nov 25, 2019.
https://doi.org/10.1590/1413-812320182412.25082019.
8 Ibidem.
efeito de acordo com o nível de renda do país e entender como os
gastos públicos em saúde podem interferir nesta relação9.

Um estudo impactante com o título “Crise económica, saúde e


doença”10, realizado por José António Pereira de Jesus Antunes, Equipe de
Tratamento de Toxicodependentes do Eixo Oeiras-Cascais e Administração
Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP, relaciona o aumento de taxas
de homicídios, divórcios, doenças e mortalidades diretamente ligada crise de
saúde e crise econômica.

Os estudos publicados sobre a situação grega mostram uma


associação entre a baixa de rendimentos e as taxas de homicídio, de
divórcio e de mortalidade (Giotakos, Karabelas, & Kafkas, 2011) e os
suicídios entre 2007 e 2009 aumentaram 17%. A principal
explicação para esta evolução terá a ver com ver com a dificuldade
em suportar altos níveis de endividamento pessoal e familiar
(Kentikelenis, et al., 2011).11 (Grifo Nosso)

Existe pouca evidência publicada sobre o impacto da crise económica


em Portugal no campo da saúde. Mas alguns indicadores e os poucos
estudos realizados esboçam um panorama preocupante. Um dos
estudos realizados em Portugal, tentando quantificar os impactos da
crise na saúde da população duma região do Alto Minho, aponta para
um aumento das tentativas de suicídio de 47% no sexo feminino e
de 35% no sexo masculino entre 2011 e 2012 e estima que, os casos
de depressão tenham aumentado em 30% nesta região, durante o
mesmo intervalo de tempo, enquanto os internamentos compulsivos
subiram 76% o que poderá ser atribuível ao agravamento das
situações clínicas de doença mental, devido à desadequada adesão à
terapêutica (Barbosa, 2013 como citado em OPSS, 2013). Entre 2011 e
2012 o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (INFARMED)
verificou um aumento de 7,6% na aquisição de antidepressivos e
estabilizadores de humor. Os ansiolítico e hipnóticos tiveram um
ligeiro aumento de 1,5% no mercado ambulatório.12 (Grifo Nosso)

Resta comprovado que frente ao cenário de crise, é impossível negar


que há aumento dos problemas psicossociais na população tanto durante como
após intenso estresse. E como no presente momento de nosso município,
9
TEJADA, Cesar Augusto Oviedo et al . Crises econômicas, mortalidade de crianças e o papel protetor do
gasto público em saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 24, n. 12, p. 4395-4404, Dec. 2019 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
1232019001204395&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Apr. 2020. Epub Nov 25, 2019.
https://doi.org/10.1590/1413-812320182412.25082019.
10 PSICOLOGIA, SAÚDE & DOENÇAS, 2015, 16(2), 267-277 - EISSN - 2182-8407 - Sociedade

Portuguesa de Psicologia da Saúde - SPPS - www.sp-ps.com - DOI:


http://dx.doi.org/10.15309/15psd160211
11 PSICOLOGIA, SAÚDE & DOENÇAS, 2015, 16(2), 267-277 - EISSN - 2182-8407 - Sociedade

Portuguesa de Psicologia da Saúde - SPPS - www.sp-ps.com - DOI:


http://dx.doi.org/10.15309/15psd160211
12 PSICOLOGIA, SAÚDE & DOENÇAS, 2015, 16(2), 267-277 - EISSN - 2182-8407 - Sociedade

Portuguesa de Psicologia da Saúde - SPPS - www.sp-ps.com - DOI:


http://dx.doi.org/10.15309/15psd160211
como constatamos em todo o mundo, vivenciamos o difícil cenário diante desta
pandemia cujo vírus possui considerável taxa de disseminação; e por não
haver uma vacina disponível no curto prazo, tendo possíveis medicamentos
para combate em fase de pesquisa, consideramos que há necessidade de
isolamento/afastamento social como medida confiável.
Porém nesse cenário catastrófico, a Igreja, a Fé, a Religiosidade e a
Espiritualidade têm comprovadamente um papel vital nesse processo. A Igreja
tem esse poder de transitar entre o transcendente e imanente, Ela consegue
através desse poder, trazer ao coração do indivíduo esperança e possibilidade
de um futuro melhor através da religiosidade e espiritualidade. Estudos
realizados e publicados dão respaldo a Igreja através da religiosidade e
espiritualidade levar o indivíduo há um equilíbrio físico, emocional e espiritual
para enfrentar questão cruciais da vida, questões como estas brilhantemente
abordadas no texto científico, “Religião e saúde mental: desafio de integrar a
religiosidade ao cuidado com o paciente”13, produzido por Rose Murakami;
Claudinei José Gomes Campos.

Existe uma rica multiplicidade de temas abordados nos estudos sobre


religiosidade e saúde mental, tanto em estudos com contornos mais
qualitativos e etnográficos, como nos quantitativos epidemiológicos,
que abordam desde transtornos mentais leves, até quadros mais
graves, como a ansiedade e as psicoses respectivamente.
Diversos estudos indicaram que, de modo geral, as dimensões de
espiritualidade e religiosidade estão associadas à melhor
qualidade de vida(13-23), com melhores resultados para as pessoas
que estão se recuperando de doença física e mental, ou que tenham
menores alternativas de recursos sociais e pessoais(17,22), sendo
que indivíduos pouco religiosos, com bem estar espiritual baixo ou
moderado apresentam o dobro de chances de apresentarem
transtornos mentais, e cerca de sete vezes mais chance de ter
algum diagnóstico de abuso ou dependência do álcool(13,16).
Existe uma forte associação positiva entre o envolvimento
religioso e saúde mental. Estudos epidemiológicos indicam a
influência de fatores religiosos sobre um conjunto diversificado de
resultados, incluindo drogas, depressão e etilismo, comportamento
delinqüente, suicídio, e certos diagnósticos psiquiátricos(17,23).

A influência positiva da religiosidade sobre a saúde pode ser


causada devido à mobilização de energias e iniciativas
extremamente positivas, que fortalece o indivíduo, fazendo com que
ele tenha condições de lidar mais eficazmente com suas condições,

13 MURAKAMI, Rose; CAMPOS, Claudinei José Gomes. Religião e saúde mental: desafio de integrar a

religiosidade ao cuidado com o paciente. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 65, n. 2, p. 361-367, Apr. 2012
. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672012000200024&lng=en&nrm=iso>. access on 25 Apr. 2020. https://doi.org/10.1590/S0034-
71672012000200024.
incentivando-o a aceitar a terapia(14,17). Desse modo, ele passa a
apresentar potencial ilimitado para melhorar a sua qualidade de vida(14).

A religiosidade implica em uma mobilização de energia positiva, a


fé. As pessoas que têm fé sentem-se mais fortes para enfrentar
dificuldades e continuar a lutar pela sua sobrevivência, acreditando
que serão curadas dos seus males(15,20). A fé faz o indivíduo acreditar
numa provisão sobrenatural, capaz de intervir favoravelmente em
sua situação concreta de vida e, especialmente, no caso do
adoecimento mental, no curso da doença e nos seus efeitos na
vida quotidiana. (Grifo Nosso)

Além do mais, estudos comprovam que a Igreja, através da interação


com indivíduo pela religiosidade e espiritualidade leva o SISTEMA NERVOSO
e SISTEMA IMUNOLÓGICO trabalharem conjuntamente para uma mudança
da saúde num todo. Isto é impressionantemente exposto no artigo
“Religiosidade e enfrentamento em contextos de saúde e doença: revisão da
literatura”14 produzido por Juliana Bernardes de Faria e Eliane Maria Fleury
Seidl - Universidade de Brasília, que trazem em seu arcabouço, que a rede de
suporte e apoio da Igreja/Religião através da interação melhora o SISTEMA
IMUNOLÓGICO do indivíduo

Esses autores fazem referência ainda à conexão corpo-mente


explicitada em pesquisas de psiconeuroimunologia, campo
interdisciplinar que estuda as relações entre os sistemas nervoso e
imunológico. Ao analisar esses dados, verifica-se que as cognições
podem mediar estados fisiológicos, influenciando a efetividade
imunológica e, direta ou indiretamente, a saúde. Dados de revisão
bibliográfica, em que se analisam as contribuições dessa área de
pesquisa entre 1939 e 2001, corroboram essa idéia ao concluir que a
modulação imunológica produzida por estressores ou por
intervenções psicossociais pode conduzir a mudanças de saúde,
com evidências diretas em casos de doenças infecciosas (Kiecolt-
Glaser, McGuire, Robles & Glaser, 2002). Nesse sentido, a
religiosidade compreendida como parte do sistema de cognições
do indivíduo, poderia estar afetando a saúde por intermédio dessa
interface psiconeuroimunológica. Essa seria uma das possíveis
hipóteses explicativas, nessa abordagem, das influências positivas
das crenças religiosas nos estados de saúde, em especial, em
enfermidades diretamente relacionadas ao sistema imunológico.

Por fim, Siegel e cols. (2001) destacam o papel da religião na


facilitação do acesso a redes de suporte e de integração social
nas instituições religiosas e suas congregações.
Complementarmente, Ellison (1994) observa que pessoas costumam
recorrer a instituições religiosas em tempos de doenças severas,
pelo fato destas estarem historicamente identificadas com a oferta

14 FARIA, Juliana Bernardes de; SEIDL, Eliane Maria Fleury. Religiosidade e enfrentamento em contextos

de saúde e doença: revisão da literatura. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 18, n. 3, p. 381-389, dez.
2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722005000300012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 25 abr. 2020. https://doi.org/10.1590/S0102-
79722005000300012.
de apoio emocional, prática assistencial e caridade aos enfermos
e necessitados. (Grifo Nosso)

Com base, não apenas na FÉ na qual depositamos nossa PLENA


CONFIANÇA, mas com os argumentos científicos supra citados,
compreendemos e cremos que como IGREJA em PELOTAS, que temos um
compromisso com está FÉ e com todos os membros de nossas comunidade,
mas também, com todos os munícipes que necessitam nesse tempo de
incertezas de uma mão estendida e amiga com conforto e esperança.
Para isto rogamos a Prefeitura Municipal de Pelotas, na pessoa da
Prefeita Paula Mascarenhas e ao Comitê de Crise do COVID-19 que possam
receber e analisar esse importante papel da IGREJA em nosso município e na
vida dos seus munícipes, bem como, as sugestões para que a mesma possa
cumprir sua missão e papel nesse tempo, bem como, ser um braço auxiliar do
governo municipal no combate ao COVID-19.
A IGREJA se compromete diante do Governo Municipal e do Comitê de
Crise COVID-19:

1. Observar todas as recomendações de higienização de seus

templos para a realização de suas celebrações;

2. Observar todas as recomendações sanitárias;

3. Obrigatoriedade dos presentes à audiência das celebrações o

uso de máscara e/ou o fornecimento na entrada dos templos;

4. Higienização com álcool gel na entrada dos templos, bem como,

a disponibilidade dele ao público presente;

5. Afastamento social de 2 metros os assentos;

6. Proibição de interação social;

7. Recomendação da faixa de risco, menores de dez (10) anos de

idade e gestantes ao não comparecimento as celebrações;

8. Redução do tempo das celebrações;

9. Devida ordem e distanciamento na saída das celebrações.


Rogamos ainda que com todos os cuidados e proibições acima, as
demais que o Governo Municipal entendo necessário:

1. Templos com grandes capacidades (a partir de 1000 lugares),

desde que observadas todas recomendações, cuidados e

recomendações possam ter um teto de público de 200 pessoas;

2. Templos com capacidade menor, seja observada a

proporcionalidade de 20% da capacidade total até o teto de 200

pessoas;

O governador Ronaldo Caiado editou um decreto liberando as igrejas


para realizarem duas celebrações por semana com 30% da capacidade dos
templos.

As celebrações religiosas poderão ser realizadas até duas vezes por


semana na maior parte do estado. Em outras 19 cidades, entre elas
Goiânia, poderá ocorrer no máximo uma vez por semana. Também
estão na lista das que poderão ter apenas uma celebração semanal
municípios como Anápolis, Rio Verde, Itumbiara, Jataí e Luziânia.

Nas atividades, fiéis terão de usar máscaras e deve ser dada prioridade
a aconselhamento individual. As igrejas deverão disponibilizar produtos
para higienização de mãos e calçados, respeitar 2 m de distância entre
os fiéis, proibir o acesso de pessoas de grupo de risco e suspender a
entrada quando ultrapassar 30% da capacidade do estabelecimento15.

O ex-Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também entendia o


papel crucial da Igreja neste tempo:

Nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,


defendeu a abertura das igrejas: “Só não se aglomerem. Mas rezem,
orem. Fé é um elemento de melhora da alma, do espírito. Pastores,
padres, preguem pela televisão, pela internet. As pessoas precisam,
façam suporte telefônico”, disse.16

É do senso comum que o ente religioso é um cidadão ordeiro.

15Disponível em
https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/coronavirus/2020/04/20/NWS,137779,70,1668,NOTICIAS,219
0-GOIAS-LIBERA-IGREJAS-SALOES-BELEZA-CONSTRUCAO-MAS-EXIGE-USO-MASCARAS.aspx
16 Disponível em https://www.camara.leg.br/noticias/648609-decreto-que-libera-igrejas-e-lotericas-de-

isolamento-repercute-na-camara/
Rogamos ao Governo Municipal e ao Comitê de Crise COVID-19 a
ponderação dos argumentos e fatores acima expostos para que a IGREJA
possa realizar seu chamado e auxiliar nosso município.

Certo de sua atenção e apreço.

Atenciosamente,

Fabrício Costa Ávila


Presidente APEPEL

Pelotas, 27 de abril de 2020.

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