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vam. Pelo oontrl\rlo, a maior parte das ditu obraa de sociologia da
arte ll~nita.rt\Jll St' a npll<'ar groeselnunffite as regras de Um& mterpre-
tnçio cronológt<'ll n. uma. mat~~'a. n.rtistica. abordada seom preparação
sufirlontt', <'ltqun.nto outrns, n.mda. mais numerosas, recornam apenae a
excmpl08 ràpldn.m(.'nt<' escolhid~ po.ra llustrar e justiftcar teses elabora-
dna a partir de oub"Rs fontrs de mformação.

d Art.o

• \13. obra Socaal mtd


cun da história
c m pl x!.dl.de d:l
da. c1villzaçao;
p r: senta uma.
d d di>ntro de
tnti tloo pÕE',

1- tuatS6n of

., m por aplicar
n und1r du .s cat go-
mestna , ou p r outra., a
• • • • que util121am umàrlamente
4\Ja c6loeb~ e subtil obra sobre
~dade e a mobilldaõe
a.u DAo estabeleceu, com
• 86nea que ~m nenhwn
qu tt4o tJcll m 0111 fornu\ft c os cor 6 df'.soonorrt.•mw o.o p o qn outr08,
ulto., t~m dnlll.ll \11114 vtsdo ju.ortu.
ftll lvtlJznç~ ocldontat.s nit..rlhul mm banta ltnporUlrl.Cia u.o: e em too
prlmf'm pt'Jo. pnlavrn. -c, fl<>hrotudo, d l.'pols da unpn•r n, i)f•la 1 crlt L qt
ttwl~Ao IH bn.rnm a O{>t1na fn.culd l.!l oo fundmnt.'nt(tl<t uo pír1to que, no
a.IIR~ como .no pr enlt•, fK'rv••m, no tOntsmt.o, d1• v<'Jculo c ulgurnos das fonros
l'nMa a ltas e mals ,,rtclt>rl!l('s do p«.msamento.
Seria. pouco ll8onjnlro pura. M. F. Antn.l comparar a sua obrn oom '3.9 quo
acabMn d~ ertttcar l, A que -consagrou à attr· 1taha nu. ele Qualroc~m.to.s é rlca
da ert&ncM.. do oonheclmentos, de 00:1.<; intenções. R eprcs nt.n, no ~nta..nto, a
~a categoria dos t-Malos d e Aociologla de nrt.e, a.o.c; qual::~ d'CVcrno.'i opOr as
mata árl&s 6!'VM, QUt'rendo NJtudar a nelaçáo ~st~>nlr- nos começos do séc. xv,
em entl'e as profundllft 'tra.n..sformações Boc.l:ais e o tiio ex~!)cion:ll
JJ'JoNIUQ&.
...._volVJinento das arte8, o autor optou por nos apr ntnr, }lrimEHro, um quadro

..,.da
~6&ioo da .evoluçllo eoonómtca e socta.l da ~arte no Interior da ddad.!. Em
tndagou até Q'Uie ponto Oi.c; obrns de o rlc conflrmav m, <bpt.ando-se aos
llnpent.ttvoa Ido momento, a curva da evolução Q."io.! 1m troç:ula, oonalul.nrto que a
arte projeotava em obraa especifica.~ oo dh·~rso d ~ d àe. o Sr. Antnl
-.-a M obne de &rtle como factos que • 6 m função de nooes-
. . , . _ e aàllbulçaes de v&llor prêvlwncnt.c co <m ~rtos grupo." prev.l-
fM'edJ• ela eoaiedacle.
A arte eerY'lrfll, sn suma, a~ pod •
~ os eeus dogmas e lmortaliznr id a d•• uma
_,... NISfpftJoa da.t artes eobr.e a IJOClcda<k a.rte t conceb...dn
_ . a aGtlvldlule vAlida de um certo t tpo t 1 ncUv :ui' é,
te I&Ji dl&er, mm\&1• .Aa81m conslder d , n t qu o nbm
da 80C1eltaA:le, enq\&llto grupo dt ru. po11 uca.
. . . . & tiiCOJlOmJa. A arte 6 O.Ul, nA.o t 1 dum gru,oo social
~ por tomv
OODIC18Dcia d e sl m n
~-~~·lf~dadoa de Al\tal prolOIDprn 08 'lrnb :llh
fliD,pOltiDte no deaenvolvunento dum
Mlllfllllflllll~-- •ootad&d••· A •\a& acçlo opôs

Borock, Munlqut, 1888; Dic kkl~­


Grvndbegrtlfe, Munique, 1915,
HaJma LtVY, H l'nri Wolff lin. Sa
do Jastltuto de ·wn.rburg fip.'lre-
dea Bt.bliothek W arlmrg,
.J,......a, oi Warm.rg cuad Gour-

IIMIIIM e ele Stvdirs que cont~


NOentemcmt.e publicada
.. LGtinmt l e Magniftque.
wmtfUil. prapapndlata do. noçlo de uma h'llltórla nut6noma da nrte, em que as ()braa
aparecem c:omo elo• duma aotlvldndc prlvllcglnda, mw; pura.m nt .speculaUnl.
do .-plrtto. m de Walffttn que prav~m loda6 014 toorlals sobre a ,u1.e moeda do
ablolu~ e.trlbulndo-lhe w.11or lntemporu.l n-hl6tórlco, aubtra.ida. 0()6 caprJch<>S 00
blat61ta. Por opoàçlo deve-ee pi'Olltar juKtlQa OA:f vJcncn.<;es Rregl, Wickhoft' ~
.U a Dvomk, que, admitindo tm1bora. qu~ a arte é uma parte da hlstórla das
l4tlU • mesmo da hUttórla. do e&plrlto, nAo del.Xarn de afirmnr o seu valor pooiUvo
Da IICOI& 61 Viena deriva..NII1\ corronbM que po.~u.em J.ncontestável vnlor .ooclológtco.
W. Wtltlbaah moatroU•DIOB a hllstórtn. da a.rte como inStrumento c intérpr-ete d~
uma t...,_- a da Cont.ra-aetorma. O Imstltuto Wa.rbourg formou u.:.piritos da
•fti'llllur& de um SaXl ou do um P.a.nofsky, marcou tortem: nte n relação da art~
. _ 011 lll.Ovlmlllltol do peoeamento especulativo, lél&'>OCiou ao conhec.lmento objectivo
~ b'DIIIl ela. cli&Çilo a. coiWClênclo. oo o.lca.nce inteJ.ectual ds. art~ e do
:RIMl .,... ~ Ga materlOJUzaçl1o dum estilo de vida.. Infelizmente deixou--se
'~·j~J;J~aelltii!IU!IIlte clomlDar por uma ooncepçl1o onda vez mais filc\Sofante da estétioo..
•>;~~, • .,..,.., du obl'M de arte não p ode tter conhecido como umn. pum ~tóna
••·~---. tamb6m alo pocle ser corutldcra.d.l <:J.e,pend ntJe d:1. hlstór; n das idd~.

O Mldo das razões que, por assim dizer, socavaran1 ao primeiro


. ... 1L maior parte das tentativas anteriores, encontra-se sempre
IQIIilbalaJ:O da. arte constituida. como forma de cth :dade autónoma.
certo, relações oom a sociedade,
-6 mas relações por assm1
• • • e de pura dependência. ~'altou el b
dae acti'VIidades art.ísti " ~
!W~Jdj·. • mentais da sociedarle. Pt e
R ll_l_ a. enoara.r L sociolog1a. dn. artt: j~ n conw mna.
bdatóri& ou da. filosofu.1. mn..." cOJn tml d .::. instru-
'*•··.;118
10 noaso 81lc&nce para. estud obiccti\"o,
~--do corpo social a.prt"endldo na sua tot~ida.de .
..,Nrldlmmtal deternuna.r no seu junto o que
de objeatos e facto mental e1a.borador
conhecer dos laç<)$ mais ou menos
•r.m1ees elementos do ('Ortx> so~ial em
--. perpetuidade.
)tresentará então con1o uma j u.sti-
aceiltes sem discussão, mas como
DO concreto, tanto os problen1as
---suporte indispensável do

W&rburg. Pu'& Werrner WEISBACll


a.llftf'e/orma.ttoft, Berlim, 1921.
Ccatre IWfonne et Jr,a, arts e.n
BOtMt4 fi'*'"'- ItaUenn&, 1\Htl.
om o n o"'l''man4iemo r ultante d Nov 11
btr&Da.montle ne domLnlo do pon mento, ncentu
IIRJilO ele um& olvll.'tllaÇAo t onlc L o d Uno, f' não da
~diOII:l.. pelo meoo1, auwa .t.nterpretações teórkRB qu corr
l.~I'ICI& 4ol toauet6el, aJoda no agarramos à.s ooncepçô d
tiJiplra uma apécl de reflpelto rellgt~o a. homm que at
4e co~tul~ um lsbema de sinal" indept>ndent qu pa

que, por uma que! tão de tradlçao, x1 t m no


da. arte que defond m, oencarntçaõa:m.ente, uma con·
. . formaa de vtd& do pn do do que à arte. O que nos
•~••• etutlf.ldos de tod QS cren pu-ituall.stas e de
aeeltem aomo uma verdn.d de faoto esta concepção
12 curtoso vertfl r o ex1guo ug r ocupado já pela
1 Utleratura, ar d c tudo un
de form h
da

:Art (dd. J Fré·


tDbltaiOI .,._ .Uiaaa
IMifJtllaln•be toda a relatAo
lrJiíii!IOltirad& ...-. ~
.-.-1& apld.a:l e fi~
. . . . aat.t9'1dlde do boJDma
*lllo de ..a. 4o mundo
aec.ou llllbar a ane
..... hllt6l'4a da arte ou,
. . . . . art.lltal. OpoD-
~--IIIOU que a GDie& vsa
...... ldltOitco da crSaçlo
OOD8Idelada eomo
~.. ...... - pnalllo IDitaD
lr'NdUUvel a
_... . . . ~ pua
~~--.. o. ,...... .. de
ela
'ba8c& elo
por
-ldol'. Oom
a _.. um eapealllctdade da. arte nem o seu
&
1111• Nu a arte , ao meamo tenJpo, um modo de com.
~~---lO de aaglo qu tntormam a totalidade da expen6ncta;
tDtvial e almb6llca que nio se hmt ta. à elaboração
• • ae aaaocia b n1ats diversas modalidades
lltll!lii'A'•r redulda nem ao pers nalismo nem ao simbohsmo.
~de aina.is, possut mats g~ncrahdade e inde.
~111*>. q pensamento rcl1g1oso. ~. ao mesmo tempo,
.,..mtaç&ea. de instituições.

entre as noções
ftgura vo. esta

da obra de arte
•••do por uma Jd tot.erp .,.,.,
. . diAoulda4e 1. A. plotas, • -
. . . . ~ . . . . . . . da - -
. . . . . . .ido. , _ oatft) tido, .. , .•••

..................

e.
ao
I
polllv• de ~ et

........
• ,...... *'*alo .ao .........

·-te. ~ a IDt.op'&1ll..
pdml.rlo8 I"8DDObtb
a ~

• 116, ~ .... polira


REli e . . . . . de toda a .....

11----
....... ....... .....,. . . . . . . . :ldl...
t••·-...
...................
cs. •
- - - - 16P-W'M"te. iiiD ..
Mqtaawl

........
................
a~stz, a~ •
8'F li ,.,. - .... -
ou fllm<' , lt'V U mpo • f'XIgc' c forçll. Nun< 1. • pode <1 1 c' hJ lr d un ~ • 6 ~<'2
n t()lulldnd~ ~ nNI •ctn ele• umu o ht1éL algo dt>piii•Hlt, Clll JUC o autor pO <X
1

~ouro~e ncumulud~ dn. f:ltlll ''XP''rli'nda, fllnt• t 11'Atdtt nulll Bl t1 mn {jlll' nun 1 1 prn
dus movhnc nto du. observ \.ÇfLO do rc}(l,l. Bnsl.{t lf'Tllbrar qu~Lntll..l 1nt Jl>r '-'•
0
<Ht rt~n:t '-l4, nt~ opostns, 6 ~n.llJCt'ptlv;•l de• prnvocnr CJUfLlqu -r ohra d ' r te d() p cl
nu do pll'~Nlt('. Nn vcrdadl', ttnu>.q c.lJ • concluir r1tt<' não cxl l.('tn lro lB in t.erp%1ct 1~õ
da lmapm, inM unicamente lalt('rprdaçiWB, O ({II C [JÕI' O problrnn.a dn <.J1~,_tfnçú.o
n~Arin. .cntr.o a Imagem c · o ohje-ct.o figurativo.

Em momento algum, nenhuma. obra de arte foi conforme a uma


n!presentaçio mental precisa -que Hcria imagem no sentido psicoló~
gieo e nio figura.tivo do termo. O artista teve por vezes - mas não
neceaa&damente-. num clarão, a visão de uzn fim a atingir; nunca
~ iDatantlneamente, essa intuição, decerto fundamental, mas
Zlio se tivesse tomado o centro dun1a reflexão durá-
1;1Wtllll11é. por conseguinte, sugerir a out.rem são somente o
mas o processo do pensamento no termo

figurativa. --ou melhor todo o objecto figura-


uma. experiência, e, ao m smo t m , o ponto de
wperiênci& que a reint.I odu no pinto do seu
~Jiíllld;o fbro em torno do qu taliz:un depois
de pensamento e n.c ..to. 'f b1 de arte se
~...~ cnatal1zada, ponto d p
OaltNut&m·se os n1últ1I l el m n da ex.pe-
uttat& com a. própna eX} r1êncm.; julgam-se
Um pe~tuo \ni-e-v m entre a. tela,
-~~----~ V8l-SC stabl c

ontinua. reflE.'xão.
~·-~:JIU!atella.nte tanto em relação ao
ao do espe<.' tador.
certa de «ver fosse identi-
com a. interpretação neces-
wn contexto lhe deu. Na
lmaginllrlo nn nlwt <llt nrtivldrul~ <'st-'•tic•a (· JX>A~ivcl, c quP 11no J)( rrtn
{ l lwl '<'t'r lW n.pl!~·n.uclo JHU'a. «.' HimplPSIUPn te ao movim luto . : ·t,.. t t o .L."
rt\lr th llnguiHt h·n.
nnllhH(' dní4 ('Oil(llções <'Speetífiras de estudo do uma nbr,l d,
art h~R.n<)8, J>011anto, n. t'stabc}()Ccr uma distinGão fundament 1 ·ntn
ltnA(c.'m <' nbj~,·tn. A exp<'riênda do film e permite-nos compr-ctndt'r
flclln1 nt a natun'zn desta distinGão. Constituída por 'imagens ~u Ps-
aivu, a. vialo fflmit'll permite-nos apreender configurações que não ~fio
ld ntl a a. n nhum dos elementos que as compõernJ mas integra.ndo-a~.
todavl • uc Bl!lio das figun4" móveis que passam no éoran sem
d o conatitui wn tipo inédito de tran~.missão dn. coisa. vi~ta..
CDmJp d r que os elementos materiais da projecção nunc 1
com o que o cineasta viu no real ou no seu es1,írito, tkm
~~~~a um doa espectadores vê ao reportar-se à sua própri.l
Dtl~W'Iuz.ae, assim, a noção do sinal retransmi~sor c do
lto, todaa as representações figura. ·vas - ni~ mesm0 -
a~
Ntfat1caa- possuem e te aráctcr de rctrnnsmis~ot's . '

. . . .~.-.-G.Ilpo. flxoa ou móveis qu ~~ intcrt- ~nt~·c..a con i~nt~:l


a d um espectad r 1 ~m, n ~ar1an1 rnte. c'~.l
n1o IW sobreponivel a qunlqu r -..tado d ons i~ndn.
••r~lU almacem transmiss rn. bj to flgurathro, .::-eJn "m
por uma su~rssão dl: .. in i-.. rã i~ ~ 1 l r m~1 \ ?
lementoa diferen< ind ltuaçao nao :s • nitt 1.
qu 0 obje<.'to fi .... urati\·o 11ão ~.e. 1fundt'

fia~-·- -..,
com a coisa percepdonad n~) e pu·lttl.

ía11l•• talo
poa.
o dos objt>et01 , on.'t !ui m t ~ri
OOD.fundir. O qu • ' 't ··n
JegHlma
nt mcili
411awn!r, l primt•ir.:\ ' ... t 1, qu 1 " ohj' tos
···~~ uzn. forma do...-: qui.! LO 'P n obj~<.'t( •
tc>nnas. E'Dtrt> o morldQ ' a ~rtt'. ~
todos os outro..... N,\o :x' tr,rtn d \lll\ t
apena., l'~tx>mam Rin:l.k> antt rl(lrmt'lltt·
eaquemas j A elabor.ldo~. M:\..<:: 1,;'\.l."t'
Pertence a.o donunlo do o )j~c t,,
._at611a. quer Sl' tr \h' d,' mu:t t'h •
ftrurado utilizado ant\•riotnwnte:
uma nova ordenn dt• <'Onjun.to
ma•riais utilizn.do.'l (', !'1\lg\'lir,
JIIC..-rlamenbe por uma ~l­
mocloe de conduta ou dt•
Oomo 88 ar\~ (',Qnstttut'nt
um modo 4e a cUvldade c~leta~ ~ natural qu~. ao serem tudet.dM, .,.noont:r rn
8ft dl.IU ea~ci(IW ele n oçõee 1.
Fundada na aet1vld~ p rh1.leg1ad& dft. vi•ttl, atJ.mtu. h. ""xpJ(,ror;A.o, urna
ma.n.Mra dinlmtca. do can1po da perccpc;;t'Lo, a artf• (• um tipo •116 ocmhoc:lmftltti
ln'bfrlecttallsado que pc8fUf oe eeus ~ract.er. pr6pr1Qit e oft 90f.ut lw;trur~ntr.JS ­
lmha. cor, lus, volume, rel~o. etc. NAo 6 objecoo de urn r, gl8bo lfVJCAnl.ó; dos
fanóm-eokli!J; ~ ~teua recol"t::M nAo do o.! do reall no ltOI'J t lrJ() .,.,.n que o nYill u.,parcr,.
no proloogarnento <1e um o utro tipo dP re1lexoo ou ncçllo. A OOr'V'Cllmcta humana
~ ~mpre m:ai,., coerente q ue a percepção por gut> ~P manif>(srttt w.mlprc no tmnpo
Hé. tanta radooallda.de no procearo do pensam('nto plf.vitiCIJ crymo no p~_.aao
do ~eoto verbal, diacurelvo ou rn.a.temátJco. A pJá.c/U~o. P.<julvalc à r. t6r1ca.
O àolnbUo da. arbe nAo é f!llJ o dM imaginaç~ gratuita..-. e dua P,rti(J(;r,eü tncxprinúveis;
altua"'t!!e ~ t.ooos Q\t nivets da activldade soctal O~ 5ell! (•lPmrmt<Y.i ma.terta.t.s São
an&llsé.vets; a imagem declfd\"~l medta.Dte re-gras pnrt1cl11".lr s que consagram a
capec:tt1cidade de um modo de apreensA.o muito pouC() mtudit.do do mundo 001
factos e dos vai~ Segundo cada caso, e. obra dP. arte n parf}(;c ou omno l.l:llla
eetrutu.m_ Dlo debenrWlivel em termos ~ oa.u:galldad,., ou, pelo contrâr.io, como
um objecbo material ou tlguNü~, a que é apllcável a lcl dos grcin.rY.B números c
a eatatfBtk:L
JJnoantftm~DQs em preaença de um vaato rlomblJo qun l\Cproduz, de algum
m~ ll& aua aompla:ldade, a ~nt. d8.5 80cledad qu p u rn nh:e.Js, grupos,
r... de tmdlotnrwl""mo e pertodoe ~doe em qup N!tl mv nç to. • ~tio re ta
d6rida q,_ uma lllllhor api'Oll:laaçAo doe mec.an1Bn1 lnt tu ar.t serâ de
molde a ..,,.,.,.._1108 -m. o comportame1to objec.U o d1f socledadee
da b111t6ria e do prnaate, focDeC~~eDdo·cu>t~ eltm n 1 t:IJ..çúoma.ls
ampla da VIda ele 'ftllaçlo.

IV. O OBJECTO FIG RA TIVO,


OBJ'I'..CrO DE CIVILIZAÇÃO

Ob] "to ÍlgUI"d.·


or d objecto,
•bJeato f1gurativo

••lo D& piMWpeetJvad csto. rápi da


1•111• fot nbjecto de eet.udo sólid o.
t~(',rue8.,~ ~ O 1\.rth~tn.~,
''WJ\
t'XC
1to, u ma d lmu11tl , o ct 1~ 1 g~n1o :n~tf
11
é c- lgun , arHrt nl\ pr<wlnha,
~\lll t'xigln:-f!C·Ul~
8
t \lv~ mnls como \.'l nc ut< d, t'('l °CI Ul• Mutlo J)•lo IC()Jltt, rlo,
rli "'
1t t tH 11, t' 11 l\ o n fun<:nn ' o \'lli)l' •- t \ lt U:1çr1o p er
I do n rll t \ 6 qu.,•
1 0 '
plnn< \ qUt Ido d f unç, <' r ln<lor" <I> H'l tu. 1.! '"'' u c. .1
~OI
Ct'nçu. t r<>ux·· p,trt\ prlnH•irn
nu mon nto em que ., nrtl>tnH lH.

lndlvMual gnt1hn11 o 'll'\1 lugnr n 1 < ctoü d r• cntr o.' lntel<ctuat•, que Dlderot l.rtcr -
' lo pnr <' n I ta r o d u Pl<> o,, r à< t or t ~om,,.,
e O<"h 1 dn., nrt•·s piá<I!eM '· p 1ra •I c.
• BolW!I- rt.., nbrom o <-anü nho fi glúri' mtcloctu <1, ma.•, •obr • tudo, permlt.<-m opor
a o rUfieló da 8<lCll"d \dt• f t•Hd!l l, lmhmdn d,1 cr nç.a do lnuli~mo, uma ord>m de
rnac:A.o «-qimulti\nt'mn<'nt<' ~ n ,\t u m l ,, rae10na1 . A urtf' encontra-se numa ,c;Jtuaçào
privllegtadn. m>s lhnlt<'IS da mturt'Z,\ ,, cl \ a.ntin llurez , xplicltancto, melhor qu
qualquer outra actlvidnde, a l'f•l lçflo dlnl~ctlca do r n.l ,, do imagináriO, que é o
processo d acçlo prlvUegLada do homl'm obr' a naturozn.. Embora, como Le.ssing,
tNlha de do lmbUlr p <-la CN'DÇit duma po ição entre o. p!nlura qu~ f1xa. o
JA.st8Dte momentos ct~ um CJ>'i.: ódio, jn..
a poeala que pernut t' o df'::em olnr d
atrtbul ~ a
••a- ..._ ftauratlva um tPOder ltlH•ttador porque fomec• a possibilidlde d ••
forma ldemtt- a li~.t.o moi 1 ,J .xp rlêncl-1. vLs.u ti. Diderot lntro-
pDalglo marxbta do prohl ~mn, qu t mbém v · ru arte um m.."-trumc.n~o

p
m•••• VS.ID:do mala a reforma dn o
b um Allculo ainda mu to
1 d (30 qu o pen. nme.."lto e COD~l-
m llOl <rllldor do que

o p~~ ~. Para Ma rx. ta n:te plo~~


clenrilllll tJ.ld ob)~emiautónonus
e<:tl\"O d • formas._.,
MMJiel '8Jn Con8 ruc;v "'

robl mn d~ r '.1 o;:õ~ entre a


p n d (\
fvrnt O qun
• dro d \ nc t•lYl"d~ld'
"
,lo m t t t \ P f'pol , ele' li~'!. n dlftlOJZ'<' jfl niín 'PP. trnvn t-nt rc IC> O.t1 1.Btu c um \U\l\ n:
1 tt'lno, nu1a c nlP• o .n·t1st 1 ... os modot-~ d ' rxl ll'!nciu c1o seu tornpo. Por l o, fó Jlt'x:J
,,h pudewm d,..., m.:olV<'J 1 todn ~ ~s 'L on 1~ fundonallt>tn e m nrqullcctutu .c to<J.,19
lf'l tl'nt.nll\:H Ul' nlut· tmm Upologl' dlftT<'IlOitl d l..<i .1.rte.s ll IUVI'ls inlinito.m~tc
\ ,u·ti\Vt'l ~ dn s dift>t't' lllc>., .sor.l.edn<l<>s.

Entret.ru1to, fot nccrssário t odo o decurso de wn século para que


a dimcnsáo da. história cond11zissc a uma apreciação verdadeiramente
nova das relações da arte rom a ordem trmporal de uma época. Ê neccs-
~ário um considerável esforço ele e 11Hlição para en contrar o significado
que puderam ter, para o seu construtor, um zigurate ou uma pirâmide.
E impossivel definir com rigor o sentido de uma obra mais recente
como A Primat,C1"a de Botticelli. Também não conseguimos apre(lnder
com fa.dlidade a imensa contri buiGão das artes do Extremo Oriente,
c as artes primitivas são o objecto quotidiano de uma exegese não raro
contraditória. Mesmo quando restítuimos com u1n~ quase certeza o sen-
tido que se deu & uma obra estrangeira no nosso enquadramento cultural,
o nosso contacto com ela torna-se muito diferente da dos contemporâ-
neos: erudito e não imediato.
lBncontramo-nos aqui em prcst~alça de utna Sltunção fàcllmente admi-
tida. pan. outros sectores do pensamento. Podem hoje recon~tituir,
por exemplo, o sistema. de cálculo dOs ttnt tg ::) g-Íl 10 , emas tnmb · m
en~ &lgtB.as altas representa<;L'l(?~ s.imb6h a 1n terinhzadns em
mornune!~ mu a. admiração cspont 1l1Nl moh\ que nos infunde
a Vi40 dls Pir&midea não implica n l mp1 .1 ío os --eus n1cxlos de
~ e daa suas concepções da v1 ln. O quê I 1e ndcmos é a
~••• io empreendimento, a qunlidnc..lt:.. ds t~ 1ue mprcgada na
*•Ql-
O úlUi!no grau de ('()('t't\nl ia qut' ~ ncionn. a fot~ de
IIIMi~aom.tna.dor da JlUlJ~ria. At rt nd('m trunbém 0 arrojo
~~••-.ctlo de um Euclides vrrift ca11do inb·ins,eoamente a
8U&S matemáticas e obS('lYRlldo que, Pm certa
posslvel o dcs('nvoh-imt'nto da.. gr~mdes
~Ias conc('bemos. igualmente,
sentimo-nos ra.pazt)s de assimilar,
esplrito, wna outra dinl(-c·tica do

•nti.Cio do sucesso. Só achamos


._.,..., afastada da nossa quando
l fn Ycf't' unm a_1,1, , ·i .-
f"lllt.}R
' .• l UÇ }lO g'P l'tll l
nwn t o, Jltttt 1t l<'a tntll a snn ..·, <os vai ore.~ qur.
'
• ( 11 ·~a o (\ • num dado
,,, mpt"l'<\n<h•u n m t <\s lH\gi·n . o seu sucesso A mo-
• R P Prtmit' · noss.a. gcraç-
ptlf t. m ctlll~a o~ .
} H'<'RHnpo~toa U . tva..q n a tnl>cl ida l'"ln q
. • )gtcc)..q d n. Rcn
• ao
ue p:r()(·m·ou
t"tll t,~Jns n~ f nt•mns de P<'ns·l. l ascença, não só em art.
.tl . • m cn o c a.cção N e, mn.q
do l t h <)I..Y() 1solado d \ unt h()ru c • unca se trata norta t
t ) • ~m com um ob . · l' n o.
runb1t'llt<'. ( dtálogo de ahna p ara alma com ~ccto desligado do seu
abso1u t o, t u m. logr o. ~ó 3 preenden , 0
o do homem com 0
l Os o pensament0 d
ront t o, c (\Rl <' sns<.'it n. f'In nós r~acç- _ , e outrem num dado
· F.~· oes nao somente
1nte1ec tu a.ts . ""lR 11 razào profunda p 1 . sent'unentais mas
. t < c a qual o ob]ecto f' ti
necessà r1a.n1 n t', tun obje·cto d e civilização 1 . Igura vo é,

V ARTE E L INGtJA

lDnquaDto. o homem ~ria os objectos usuais no sentido das suas


80Cla.liza.das, cna objeetoo figurativos no duplo sentido, quer
al!ll!l'4ndede&
~ das estruturas qu .. snportam a. sociedade, quer, pelo
OCIIWo. de uma antecipação sobr' outra~ c tr~~ttura..C\ que integram as
i91dades de um grupo na exJ~ t·iênaia pe 1 do indhiduo. Conforme
,..._, a
arte é um elemento de c1 sio ~ocin! ou antes, de dissociação.
JNIII• em 0011ta a s ua dupla funçâo ~ :nte u desestruturante do
..OOID~ aooial, a arte surge, 1wee · ·itrirun nte. c mo realizando. de modo
.:fltlíílll:l•!M), quer no concreto, objt'l't<. n:pl"(' t.:nt r;'" : d~ cren<;-a.s mais
Clluel grupo, quer, pelo contrário. no !l.bstrn to. e~quemas imagi·
te representação. Confonnc o t'R~o. n. n.rtC' é ~a. um ~po
Mlpzojecto. Possui o d u plo aspc{ to d~. . uma. ach~1d:ule tecmc:'l.
~.~ilUDI eapecJtlco de operaç6c.'s intt' lt'<'hlatS. C~m <:'fctt.o. E?'stes d01s
nio são contraditórios. mas expnmrm. slmplcs.mente,
wt:,ono:rn.la. entre as activi.dadrs comuns da soctedade .

.601
Dtstas dua.s forrnas (la nd ividadc> :u1 í.1 t H 11 tL I,,.,r"''ll n. 1 t r • w •u,
{! a. que nH:\lhm· :;;(• <'onlwf'(l. JGntrPt nnt o, 1 o n H1 f. 1 VJ f, ·nu, ,, 1 tiiJt• Ju !'·
a quí' p"rnll h' d(' filt i-la n ~t Hll H c>HHPll<"Ía ~', < om' q 11•·nt rr' u1t, c1r·tAt'l ll t
nar o pu.twl <la :u·t<' na ~m<'i<'dndP.
Setn JH'gar o car úd er Rimbóli <'o da fi rl<·, ll:H J b't i la pt n rHtJ' rtw · • lu.
se linrit n n. inf0rn1ar ntravés de um lipo part i< lllar <J•• nin ~11 ''3 vrtlOJ •·H
t" (.1..~ sistPnHts que ('aract eriT ..a.m outrtas artivtd:Jtl(•n f{tmt.lJJ Wwt 11nin( 1•
tt'm~nh.' verbais. São ínúmrros os que, e>nlret an tA', , f u h, rn da <Jporillni-
dnd c de elaborar uma filologia da arte, mé>tr1<'lo quf·, mui (J J)do < <mtrft-
rio, conduziria a uma compreensão ruclim0-ntar, t • a:ti· P J r ~~ la, d(, f• ·nf•rn(•n<1
que se pretende analisar.

As analogias ~ntrc pa l.wra..'l o ~lnaLi figt Jr u l lvo IIJ• rflcltl~


<'. ('m última anãllse, tudo o QU<" :-te cons<'gu~ f- um 't ('( 'llf'r ~'n ;m v t,· I d 1 f .LCUl-
dades do :homem. Com dema..~iada ~ <'viandadr ,.;,. Ih· trHml o fJO< r tJ, fon n 1r
sistemas slmb6Uoos de carActer ci <'ntífiro ~ pr>cl1lm nt.P :rn l "IIl lc(l-, mns
ignora-se que outras famfllas de sLnais, <>ntr,• out r'O r i f'l U o ou <mor<m,
semram d!t m6dJo a uma lm~Il83. categor ia d,. J' rn lmllf1•:,.ts 1.
do ~ d.1acnmllvo, mBB também r f lcníwR (' por v~
dae cepactdà.,. de um corpo soclOII. ~ v <'r datl" qu • t
lat~••o _.oerbado ao admltlr-sl' qu • a llngu sohr
08
bH~
DJ.....,_
W.
-~
peat&meDto mcon.sclcnt<'. ~~ ~
valores de que n o.rt<" lmpl
t p t-

trJbulr ~ • formar e os marcar com o . f•u


.A. ~ llllet. o C)&l'4cter dlrectnmt"llt,,
aat8llll.ei • • ..._ pe oae. mas, como pri , t 1m r
alta • ........ a.,_ eaperl&ncla não pod , _.;:l·r p I Ih
...._ fAI1".mN 4e expreBI!IIo con\ 'n<'l n t
~-- ··- -· Ole formu pclflcn.." dl' 1m ·u
íMfiU,~g FUPOI nlo ktlclo.d« . lM n s
O estudo dos ('<'md\çc
ao tneiJno tempo, nutorh. lll
ate exemplar . Nt\o t" p
•Já;1D~kl!ke de qualquer tlpo d l'
-~~-•r.~t~• para tomar n um <.1
ollereoe a urna ·oc
MirA a poaaibWdad e de
ou d 1::1tui l ou
muni caçli.C'. N a i)
nudith·o. oomo
todo à !IX rte e
t lclp Çi\.o d \ (\X~"ri~ncl.t ~)Jl't'fltt6rJu rJn c•em e~ pt li tllzuçl\o '1\lf' fll0p!)rc\I(Jn \. à Uh'
um lugnr t'nlt\' n..... Jl n~un~r·n 1 nlf'W.l(t mO< ltmtll qw· o pc•n 1:tnH nto rnnt ln t1co,
nh 1 ~ llJX'r,\tórlo qul• (l 1wus·mwnto t~cni<:<J, Jn h tdrllf>t..l<lil <jtH' o p~"n lnt 1 n.to ,-.·ri 1.

romp:n.\endc-Rc assin1 que a sociologia e a psicologia da artP


t•.·ijrun orn 1~squisas que digam rcspcit<> à g(:nleSC da obra, ora. estudos
qut ~e de-br ucem sobre a coesão d o sistema - daí resulta a duração
tna.ior ou menor da sua c~pansão.
Um sinal plástico é sempre um a reconstituição e nunca uma
1 :-.s tituição. ~ possível a dupla pesquisa co11ducente ao inventário dos
temas figurativos que nele se combinam, bem corno a reconstituição
do processo mental que suscitou a a ctividade combinatória do artista
criador. ~' pdis, importante desenvolver uma. ~rie de estudos destina-
dos a estudar, com mais precisão, um t ipo de actívida.de ainda tão mal
conhecida, me.s que, ma.is do que qualquer outra, nos aproxima dos
segredos do imaginário. Fica sempre próxima. da acção operatória;
sugere gestos e posições, integra. no espaço, lemcn e parsos nos mais
diversos tempos; utiliza. a. ambiguidade, a recip id e, a polaridade
dos sinais e das representaç.ões. Em. nenhum s~tua no plano
do inconsciente; comega. onde aca.ba o virtual. ·n uma e olha
entre o número illfiDito dos pouiv ia. A fomn:L c n-o é reflexo
das aparêDcias; naace a.o nivel doe problent de ordena r
elementos espal"888 com m&ior ou menor d t enho ne-m de se
abastecer IWilD l'8pett6rio de existentes ; a form 1. ~n "'inami.:-,n1o que
não está no objeeto, mas na. impuialo qu lhe dt.:~ou origen1~ l ~lna.l €'ter-
. dt...c- ' l l......:--
mma-se,_.., ~--. 'DO momento em qu se de b ~, 111 f unção da
obra em Gm10. ~- em ~o. Assint, a ri ào de uma
fonna 'as'fn:ítlivel t; deiJcoberta de um teorema. A \ '0< êncb. da obra
estA 110 Dlo DO inicio; 1x"tlo n 1enos de cada
IIMDplea reprodu~ à o de um tipo

os sempre renova-
QQ de instituições.
anos para cá, o
ccrresponde,
de fornla cst anto~n. as tNumr
. .\ • ' ornttl(•o 'fi dtt nrtll' ti
origu1ul''UU1h nt • os pinton\s t'\ lt .
pu , Wllm va. Não por
·~( 11 01" t t "' (r.Jn (•( ta .
prctt')lHlido in~pirnr-~l· cn1 novoH t • • , . ' m ' ·t· mgcnwdade,
ort lflcl8, l' ltJt, HCiltld(J em g ral inter
1t"\~t:a.r~un tna 1, UHlS porqw. \ naun I ~la 11 0 1 • , ' . . ' •
• , < 1'( ns,1nHJJl:t(, tnl.oJNLrrl<mtc
dlfet"l"nt t'. o tllOV1n1ento gl'~al <h. (•voJ 11 n:-1( ) r ·
~ c ; •·u 01 fJHJ a 1e1o 1 •
~no se pre-tende conl istn fazer a. apologí~t. glc,hal do ahstracto,
nu\... nao se pode n egn.r que a. <'Olllple1a. ovolu6i.o <i:t.q arU:·~ dá r elevo a
esta pret ensão dos artistas em. p~u U( i pnn·rn numa rc nov~ão do uni-
~ l
v~rso sens1ve qu e lln. h ora ruc-tual a.bala. a. humanida.df·. Qualquer que seja
I

o valor efé1ner o, ou d urável, dos rcsultdos adrtuiridos, temos, em todo


ú caso, a prova do d esenvolvin1cnto p;1ralclo da6 formas do ~nsamento
plástico, matemático e biológico con1 cnlr)(n·ft.ncoa. Vivemos numa época
que sublinha todas as formas do JWnsam 1to operatório; em outras
épocas -na. Renascença - d eu-se relevo a. :fonnas de pensamento sim-
bólico que vieram sobrepor ..se ao uso dn umn. hab11idarle manual, con-
tribuindo para a descrição de utn \lnive.r , bru nente an1pliado. que
já não aparecia nem como fac to duma. m matéria., ne.n mesn1o
como simples reflexo de un1 1)(1nSl\m n• di, ·no hí rarquizarlo. Outras
civiliza.çõee acredit&ra.m, ou trorn., q\11 o h materializando apa-
rências ou sistemas interprda.ti v ul un1 -o oroenndora da
equilítwio. O unl-
crdem. do universo, contr:ibuín. paru. n. .. u
ll..".a.'.:.(.LU.~..- ·lento dt: forças a
verso ectusl aparece-mos já. nao enm wn n nàear. ~ normal que.
e~lorar, mas como um ca.tnpo dl' f t at~s , d )>,.-nlora.rn ,., meios de
•1PiA.m geNa~'ÔCS d t:"\ uti ..., lS qu .,.l. . tru
peawad:e D6s' ...- . , - - &~ • i qUt.')r no.s lllS -
. figurnln•{) conven Ionn , -
JD.tegrar, quer nwn campo · t , ~ 11:~.ln 1onnis que um.a. percepçao
ero& certos s1s t:m.t~ .. · · ~ induz a
mell.toll d& vid& mod ' .., :.s v tsunis ou aud1t1vas o.s
de.s . sens~Ot ~.. t "\s _, • revcladores que
tiiD'"11d&
· intporWln t. • ~.~.11.. 18
ue-
-~ como mais re&ls, nuus

todne - outros.
n('P<>js dt• ,,.,. dr•rJigJindo t' lll CJIH\ H~'llti lo uma refk ·ao sobt
prõprHl nnhu'('z:• da a<'l ivid:u_fl' :1t'l Í8 1i c•a uos in forma.,· a t ~ull o b1 0
l ( IW l d:t !H'tt' no Ac>ci c•d:Jdc l <'Olllo Hol>r·ra a pn•ssflo CXL'l~oida p ·lu so te~
da h.' ~ol>l"\' a a 1t<', go~ t~tJ ín1noH d,., j ndlC':U , d · forma breve, <' 1 arn ter-
lninn r, alt-."'1lll1HH viaq nl<'1 oclolúgic•:JH d e ac'<'Y'>O.
Como JÚ. fot cllto, t od(J. n tnvc•sliga(:a() t endente a valori?~ar tal
n u tal a~petto p al'tH~ul :n· do d()rnínin da s a.ct.Jividadcs n1entais ou sociais
po~ui u1n cn,rietc1· arbitrfu io. Nc•nhum:1 parlc é, por dcf1nição. t..'~IJ.Ui\'a­
lent\? ao todo. Por outro l:tcJo, Il Ptllnun NHltacto lógico com a substincia
e possível se1n a. subslituiç:~o d o N{c;mtmento indiferenciado dos fenó-
lnCJlos dutna ordetn fragment úria c on espondente a uma divisão tt.~nica,
difctcncial e provisória da. r e alida.d c•. Alt,runs supõem que existe uma
possibilidade de apreensão ilncd1ata do todo sob forma de intuiç.ão.
Não é aqui o lugar para diseutir possibilidades da. fé revelador!l, sen1
dúvida, do todo, mas indJfcrenciado ; hasta v riftcar que nos colocamOs
aqui ao nível da sociologia, que é llllHL rt~n< ia. ra.cton e que. no donúnio
da razão, não existe nenhuma influ~ncia d ·~m d re peito polas leis
do pensamento consciente. O desonvolvun n o d Clvi.H~ ções fez-SP,
quer queiramos ou não, através tlas .. ondu vol\Ul ri
humanos Ligados a funções jnsllt u ctüllUI~ A
prova-nos, fàcilmente, que não xi te nenhunt tu "nunar u1na
acção a não ser escolhendo. O própdo pa1 ·1 d Sl •e cn1 for-
necer às sociedades um meio <1 \ fabr1c·u· >bj t vili~n ão Inate-
rializando uma ordem simultân a.Jnentc t"t p 'll.t tiY.. c 01 rn.tória a
partir de uma fraocion~ão ousadnmcntc dubotada d ::s d >:> da yista

e do ouvido. Só pode haver sociologia da. n.t1f:t'\ ape11as da. U''te, a part1r
d& intenciooalidade.

l.o Sociologia doa grupoa c tipoloyia da""\ l'it·1li~açõe$.- A pri-


meira deligência de uma sociologia da arte será portnnto analisar as
relaoõe8 da a.rte com 08 grupos criadores e utentes d~1s obras. Tenlo
em ooata que tOOu u IOcledadee lio globais, cada. socieàa.de l~ fornu1..da.
por grupoe ~ cuja aoeaio e euja pennanência sflL) d1fe1X'ntes.
A arte 6 Utlai'&r ele eaecatro eDtre U1d1vlduos que pertence In, aliás a clas-
aea •' um elo entre lncUvfduos separados no texnpo
no ~ m.tramcto excepcionahnente preciso
para de factos dist iu tos dos que
atlDifmol PIW ..._fia& o D&pel dos artistas oon1o
~n~pO na ROCl lad~ " COllht ~l'f\ Hl . , I
(JUlro •·
gt upofl qup lhe~ fn.zem
o lHl.s tt '
n.s cncorn ndc . NPs l , l":t..· 0 'lll'''<'tll •
t otuo llldl\ Hluo
ora. lU ..hfl<'lll1l t'stu(lo~, dt• l\ 1 tnihbt t ,. . qut ora. <Hl~~u\iz.·un
• r-,
,
o ·•Ol lU 1. ( U<.'hliL'
dt'~lg\Wis que pcxlPHl des<'rt'Vl'l ~l' l' <'Oll ·t .l . . ...
· .') e pornuu1erw1as

• . X l llll lllHU. Üpologl r,- l U'


furtnns f\ tnnçol'S gt'l'H.lR da tu·t0 ua sor·ieda<l<' p , ., '· a _gcr a dS
llll~hua
. l
a sn
"" . l
10 } <J,n, ~u·t ' confamu ou n· •OH et
ogta b gun~tr-sc-a t m qtl!'
10
sugt'rld O$ po1. ou t.r a..~, Sllr1cs
. <lt' 1.tHllll'l'i
, lo~ ·t ' f'i n ·dt• pus
ch t1c agruparncnto
. -
1 ~ cgar a uma VtAao
mais pem'tr.l;" t~ das red<' s dt' r 'ln~Ü<'s q ut• f or mam a sociedade global.
. , (

A art<' conshtu~ um ~1stema. ntat<'ri:tl lUCJt•ntc em função do qual pode


elaborar-se utn 1nquénto n1u1to aprofundado ou sobre as formas de acti-
vidade intelectual ou téenica Uc LO<Ias aH Hocicdades. o lugar quase
exclusivo que até a qu i se ten1 atribuíd o ao~ testemunhos escritos mas-
carou tanto a iinportância da arte <'Olno drformou a nossa compreensão
dos fenômenos sociais t otais. E po~~í vd utna surpreendente renovação
tanto da história oomo da ~ociologia a. p.u ti r duma exploração metó-
dica das fontes não escritas da hh;túrin las civ1:1zações. A sociologia
da arte é um dos mais adequados instrum nto · para tal empreend!mento.
obra. os que oraentara.m a 8\.l& daspos1çio. Desta forma à procura d
verdadeiros grupos defm1dos pela arte sucederá a procura doe v rda
deuos elementos de cooniena.çao que fazem o carácter orgArueo laa ob
Eat s caracter sao neccssària.rnente organizados e hacrarqu1zudoe Um
objecto ftgurabvo nao é constituído por uma HOma de tra.ç08 vmd d
todos os pontos do horizonte. Só existe na medida em que 1>089\Hr um
t'l mento de coerência interna que determine a coordenaçao daa SUa8
diferentes partes. Empreguei mais acima o termo constelação; pod ,
ta.m.bém, fallar-se de configuração. Segundo a natureza de cada cate.
pia de obras de arte: arquitectura, pinJtura, escultura, música, etc.,
os modos de lipção ddlferem tanto como os tipos exter10tres e como
o uso social do objecto. A obra ora se situa pnncipalmcnte no espaço,
OI'& se deseuvoive no tempo em. função do médio esoolhtdo e do sentido
que estiver particulannente interessado. O único cntério que pernute
eatllbe!leew~!lll~a, ~-•- geral de método é a observação simultânea dos
modo de ligaçao. ~ p r 1
r•lltUta à SOCl log AI
fun
d
.... ~-:1 a raio pela
lapr. ~ dum se#.o
aoc1edade industrie....
•·••re uma. d1stingio Jll\lltto
. . . . .~. o valor e a relaçao de tOdas t .
~
perman t c
18
ou ras
em aparen emente imutávtis. A no ão
u•m~ns-
ues~ mesmo quando
AAftl trequênaia na deseoberrta do elernent ç da novidade procura-s
,_..
elemento,
8 ou a.ntes, este germe de o Inovador
desequilíbrio, ~ · Na reaI1dade, estr
não formal, ma.s causal. Não h ' a ma•or parte das
.AAIMoi'W\nentes da obt·a. Entretanto, é ele que traz ecc .enumel'and
' se ICCon . ~-se ~
l,,.""•ar-· l cons1go a c:r1açao
·ntervm como e1emento de enriquecimento mas . . , : Nao
complexuiade• '
sup ementar. A sua prcs<mça modifica corno
todas prmc1p 10 <1<.·
as relações
Jntemas e externas -tanto ao nível da génesc como llQ nível da com-
preensão- 0 prêvia.m~n~e. existentes, e é_ ele que confere à obra que
JIGIIIUi va.lor de eftcacta, de modelo. E assim que podemos justificar0
._ 4istinção necessária dos métodos, em função da análise, tanto no
___ dos caracteres e da análise como no das estruturas ou das cau-
BIBLIOCii~A I<' I A SELECCIONADA

As ref~rênclo.s ~Sift'n oWú~ ~nconlram-~ apontadas ao longo destl! ca.ptlul0


J unta remos, naturallll.(>nte, as obr~-. fund.arnPnta.tli, indiJ p ável a qualquer cultura
simultAneamente histórl-oo. e .soc1ológ1ca.: Mrrm:u;r, B I<CKHARDT, TAI!'JE, por um
lado, PROU DHON, MARX, M . GUYAU, por outro. O aspecto e•nológico do problPmfl sertl
t rata.do num oapltulo que deve ap a.reo~>r brf'Vl>men no volume consagrado a
«L'Etlmologte:., em L'Hiatoire UniveNel le da Plé...ule; rem ~no.s o leitor, a titulo
ele iDdica.çlo. para os trabalhos d e BoAs e L~.v1-STRAU • No tocante a outra..~ obro.s,
nafertmos, apenas, alguns t rabalhos susoeptiv dA 1ntroduZU" o eitor numa famt-
ll&l'tdada maior com os problem&B da sociologia da art . q o nec rlamente
pmblemaa de cultura.

BoAs -(1'. )... ~ ~rt, 08lo, 1927.


_ ....,..,._..,,- ~rt Mel &xM tJ/, N ova lorqu . 1 47
iiiiMre ., .a•t~~tt•, Peras. 1959.
Clftll BocfiJ~ Ordm', Chlcn
m G El l1
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B-11.".',
'·'li-IOioate der Kunta, Mustk
Ãr G•ellltclloJt
. . • oWJIII, Palia, 19ll.
..... Kdtureoelok> ,, g a fu.r \fn:r

turale, 195
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