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Universidade Rovuma

DCSF. Curso de Sociologia com Habilitação em Desenvolvimento Rural, 3oano,

2019

Cadeira de Sociologia Ambiental

Issa Caimo Adremane

O presente resumo feito a partir da obra intitulada a natureza, a biodiversidade e o


conhecimento local: qual o papel dos cientistas sociais, pertencente a autora Maria Paula G.
Meneses. Ela procura analisar o papel das ciências sociais em relação a natureza, dando mas
ênfase a questão da biodiversidade. Esta autora baseia-se na ideia de que a conservação da
biodiversidade é vista como uma mercadoria económica e uma questão política. Visto que, a
biodiversidade constitui uma importante necessidade para a humanidade devido ao seu valor
estético.

Em princípio, Meneses (1999), procura explicar porque que a biodiversidade é vista como
uma mercadoria económica. A autora remete-nos na ideia de que os valores económicos da
biodiversidade podem ser de modos estéticos e tecnológicos. O valor estético considera que a
apreciação da beleza da natureza esta implícita na qualidade do ser humano, porque o valor
estético da natureza torna-se mais fundamental se considerarmos o impacto económico dos
turistas do primeiro mundo que visitam Moçambique.

Ora vejamos, a autora cita Geach (1999), que segundo o qual, o ambiente surge como o valor
principal para o desenvolvimento da região, contudo a África austral foi beneficiada com uma
variedade e riqueza de recursos naturais que eles colocam a região numa posição dianteira
quando se têm em conta as vantagens para o turismo. Com efeito na região da reserva especial
de Maputo na zona da chamada elephant coast company os promotores deste projecto
defendem que, e o ambiente ecológico, social e económico é o principal património da África
Austral e é ao mesmo tempo a base da indústria das viagens e turismo.

Neste sentido, Geach (1999), citado pela autora, diz que, ao definir esta região como área de
beleza virgem, este empreendimento turístico contesta certas formas de utilização dos
recursos na zona por parte da comunidade, utilização esta que poria em causa a viabilidade
turística da área, uma vez que os pescadores fazem machambas e criam cabritos, mas os
turistas não pagam para ver cabritos e bois.
Diferentemente do valor estético, o valor tecnológico da biodiversidade de acordo com
Meneses (1999), é mais palpável, pois a pesquisa biológica tornou-se um negócio importante.
Para a autora, a flora moçambicana, tal como acontece na maioria dos países tropicais, é
imensamente rica em plantas medicinais, uma parte das quais é conhecida desde há muito e
das quais os princípios activos foram já isolados ou sintetizados, fazendo parte da
farmacopeia dos países industrializados onde são vendidas a altos preços.

Entretanto, para Meneses, a planta há bastante tempo que é utilizada por vários terapeutas
tradicionais da África do sul no tratamento de varias doenças, incluído actualmente o HIV –
SIDA. Deste modo, para a autora, após recolha de informação e depois de aturado trabalho de
laboratório, vários produtos comerciais medicinais começaram a aparecer no mercado.

No entanto, no que se refere ao saber e saberes, a autora diz que, o que realmente se verifica é
que a discussão sobre os conhecimentos medicinais é um locus à volta do qual é possível
agrupar ambientalistas e comunidades para conversar, atribuindo-se a este conhecimento
prático local um estatuto de importância relativa, que apenas pode ter significado se
apropriado e transformado pelo saber cientifico. Tal como Santos (2000) citado pela autora,
diz que o caso do turismo, manter, transformar algo equivale a dizer que, no espírito do actual
desenvolvimento capitalista, é necessário atribuir-lhe um valor, seja estético, cientifico.

Portanto, nas ideias de Meneses, no que tange o papel das ciências sociais, é importante frisar
que o conhecimento local é um espaço de luta e de contestação. Aqui, os investigadores
sociais são solicitados a reavaliar sua posição dentro dos contextos políticos e económicos
mais vastos, o qual operam em torno do conhecimento ambiental das comunidades locais
indígenas e da própria biodiversidade.

Nesse sentido, a autora diz que, para os cientistas sociais, uma das possíveis alternativas ser
contextualizar a sua pesquisa em termos de conhecimento local e biodiversidade, procurando
perceber como se processa a interacção entre os homens e a natureza a nível local e global, e
quais as situações criticas criadas da articulação do local/global.

Em jeito conclusivo, percebe-se que, o papel da pesquisa social no que diz respeito a
conservação dos recursos naturais, tem sido de extrema importância, visto que, tem ocorrido
uma grande participação dos cientistas sociais nos aspectos referentes a necessidade de grupos
locais. O conceito de conhecimento local, contem uma dualidade, porque o conhecimento
local e a biodiversidade são entendidas simultaneamente em construção e reais.

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