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16/2/2018 - 16/12/2018

A INTERVENÇÃO ACABOU.
Fatos e traumas marcaram esse período.

QUANTO
Quanto custou a intervenção, se pensarmos
na dor provocada pelo assassinato de Ma-
rielle Franco e pela indignidade de ainda não
conhecermos os autores desse crime? Quan-

CUSTOU?
to custou o silêncio das autoridades sobre
as chacinas da Rocinha (em 24 de março) e
da Maré (em 20 de junho) e sobre as denún-
cias de torturas e as oito mortes na operação
das Forças Armadas na Penha, no dia 20 de
agosto, que também vitimou três soldados
do Exército?
Chegamos ao último mês da intervenção
federal na segurança do Rio de Janeiro. O Quanto custou a intervenção em termos de
monitoramento mensal de indicadores de dias sem aulas nas escolas? E de unidades de
diferentes fontes mostra que a política pre- saúde paralisadas? E de tiroteios cotidianos,
dominante foi a do confronto aberto: mui- que paralisam a vida dos moradores, princi-
tas operações, pouca inteligência. Vários palmente nas favelas?
problemas estruturais de segurança obser- Quando pensamos nos custos financei-
vados no estado não se resolveram e alguns ros, surpreende que só pequena parte do
se agravaram. R$ 1, 2 bilhão disponível para o Gabinete
O número de tiroteios cresceu 56% nesses da Intervenção Federal tenha sido utilizada.
dez meses; as mortes decorrentes de ação Foram gastos apenas 6% deste orçamento.
policial aumentaram 36,3%. Os homicídios, O conjunto dos contratos empenhados (ou
que foram mais de 4.422 em 2017, reduziram seja, planejados) soma 60% desses recursos.
Foto: Pedro Pena/ Farpa Foto

–se em apenas 6,7% e continuam no patamar As operações realizadas pelas Forças Arma-
inaceitável de mais de 4.127. A elucidação de das custaram outros R$ 82 milhões e foram
chacinas (53 no período de intervenção) não financiadas pelo Ministério da Defesa atra-
foi prioridade. Durante a intervenção, 103 vés de GLOs (Garantia de Lei e Ordem) entre
agentes de segurança morreram. fevereiro e setembro.
16/2/2018 – 16/12/2018

DEZ MESES DE INTERVENÇÃO FEDERAL


INTERVENÇÃO MÊS A MÊS
OPERAÇÕES NÃO TRANSFORMARAM fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
4.127
A SEGURANÇA PÚBLICA NO RIO DE JANEIRO 508
476 Homicídios Dolosos
441
423
408 Redução de -6,7%
375 380 378 374
358 em relação ao mesmo
período de 2017
668 200mil 204 715 Fonte: ISP
operações mortos em armas Instituto de Segurança Pública
agentes 176
monitoradas operações apreendidas
155
1.287
145
130 127
134 Mortos pela polícia
Fonte: Observatório da Intervenção
109 108 Aumento de +36,3%
102 101
Gastos da Intervenção em relação ao mesmo
período de 2017
Fonte: Base SIAFI (dados de 13 de dezembro)
QUANTO 11.829
Fonte: ISP

Embora os recursos tenham CUSTA A 109.952


11.296
sido aprovados em março, só 11.328

começaram a ser gastos em julho INTERVENÇÃO? 11.206


11.049 10.996
Roubos de Rua
10.831 Aumento de +0,8%
O Gabinete da Intervenção 10.771
10.433 em relação ao mesmo
gastou somente 6% do total 10.213 período de 2017
destinado ao GIF-RJ. Em
Fonte: ISP
números, isso corresponde a
cerca de R$ 72 milhões, dos 918
892
7.417
quais R$ 61 milhões foram
Roubos de carga
destinados às Forças Armadas. 742 752 755
731 725
Já a aplicação dos recursos nos 673 651
Redução de -15,3%
em relação ao mesmo
órgãos de segurança pública 578
período de 2017
estadual ficou limitada a cerca
de R$ 9,5 milhões. fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: ISP
103.486 119.626 16.108.110 30.797.886 71.945.039
Dados referentes à base SIAFI em 13 de
jul ago set out nov dezembro.
109
96
Operações
6% 94%
Crédito extraordinário de R$1,2bi 76 73 76 Monitoradas
67
A cidade do Rio
Número de tiroteios 43
52

33
de Janeiro concentrou
26
17
68% das operações
Fonte: Fogo Cruzado (dados de 16 de fevereiro a 12 de dezembro)
Fonte: Observatório da Intervenção

8.193 902
1013

834 824
876
829 Tiroteios
aumento tiroteios 783 773
5.238 de 56% Fevereiro/Dezembro 2018
722
e disparos
tiroteios Aumento de 56%
Fevereiro/Dezembro 2017 334
303 em relação ao mesmo
período de 2017
53 213 1.203 1.090 103 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Fonte: Fogo Cruzado

chacinas mortes em chacinas mortos feridos agentes mortos


A intervenção federal
serviu para quê?
A intervenção federal, comandada pelas Forças
Armadas, não resolveu os problemas estruturais
da segurança pública do Rio. Se observarmos
questões relacionadas apenas à gestão, verifica-
mos que as forças de segurança continuam a fun-
cionar com base em sistemas obsoletos. Os bata-
lhões da PMERJ ainda não contam com sistemas
automatizados de controle de munições. As viatu-
ras não são monitoradas em tempo real e nem são
automaticamente despachadas para áreas de inci-
dência de crimes, como ocorre em vários locais do
Brasil. Os policiais não adotam o uso de câmeras
no momento das abordagens policiais, procedi-
mento utilizado por polícias em várias partes do
mundo para coibir o excesso de uso da força. A
Polícia Civil continua a não divulgar taxas de es-
clarecimento de crimes. As duas unidades do Ins-
tituto Médico Legal e os 19 postos regionais de
polícia técnico-científica estão sucateados, sem
investimento de recursos na modernização da ati-
vidade de perícia.
Na verdade, o que vimos foi o aprofundamento
de erros históricos: a reafirmação da estratégia
de confrontos armados, gastos concentrados em
grandes operações e a ausência de uma reforma
Foto: Bruno Itan

estrutural da política de segurança, há muito


esperada no Rio de Janeiro.

REALIZAÇÃO

www.observatoriodaintervencao.com.br

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