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Teve inicio em Salvador, Bahia, de acordo com as lendas contadas pelos mais velhos,
algumas princesas vindas de Oyó e Ketu na condição de escravas, fundaram um
terreiro num engenho de cana. Posteriormente, passaram a reunir-se num local
denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Jeje-Nagô pretextando a
construção e manutenção da primitiva Capela da Confraria de Nossa Senhora da
Barroquinha, atual Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha que, segundo
historiadores, efetivamente conta com cerca de três séculos de existência.[1]
Olorun também chamado Olodumare é o Deus supremo, que criou as divindades ou Orixás
(Òrìsà em yoruba). As centenas de orixás ainda cultuados na África, ficou reduzida
a um pequeno número que são invocados em cerimônias:
• Exu, Orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das
pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Na África cada Orixá estava ligado originalmente a uma cidade ou a um país inteiro.
Tratava-se de uma série de cultos regionais ou nacionais. Sàngó em Oyó, Yemoja na
região de Egbá, Iyewa em Egbado, Ogún em Ekiti e Ondo, Òsun em Ilesa, Osogbo e
Ijebu Ode, Erinlé em Ilobu, Lógunnède em Ilesa, Otin em Inisa, Osàálà-Obàtálá em
Ifé, subdivididos em Osàlúfon em Ifan e Òságiyan em Ejigbo
Ritual
O Ritual de uma casa de Ketu, é diferente das casas de outras nações, a diferença
está no idioma, no toque dos Ilus (Atabaque no Ketu), nas cantigas, nas cores
usadas pelos Orixás, os rituais mais importantes são: Padê, Sacrifício, Oferenda,
Sassayin, Iniciação, Axexê, Olubajé, Águas de Oxalá, Ipeté de Oxum,…
Hierarquia
Referências
1. ↑ Silveira, Renato da. Candomblé da Barroquinha. Editora Maianga, 2007. ISBN
8588543419
• VATIN, Xavier. Rites et musiques de possession à Bahia. Paris: L’Harmattan, 2005.
Ver também
• Candomblé
• Candomblé Bantu
• Candomblé Jeje
• Nação Xambá
• Omolokô
• Religiões afro-brasileiras
• Templos afro-brasileiros
Ligações externas
• Kẅe Seja Nanguby
• Candomblé Ketu
• Blog Dedicado ao Candomblé AlaKetu
Orixá
Na mitologia yoruba, Olorun é o deus supremo do povo yoruba, que criou as
divindades chamadas orixás (em yoruba Òrìsà; em espanhol Oricha; em inglês Orisha)
para representar todos os seus domínios aqui na terra. Os orixás, que não são
considerados deuses, são cultuados no Brasil, Cuba, República Dominicana, Porto
Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, México e Venezuela.
Estão divididos em orixás da classe dos Irun Imole, e dos Ebora da classe dos Igbá
Imole, e destes surgem os orixás Funfun (brancos, que vestem branco, como Oxalá e
Orunmilá), e os orixás Dudu (pretos, que vestem outras cores, como Obaluayê e
Xangô).
• Exu, orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das
pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
• Ogum, orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
• Oxóssi, orixá da caça e da fartura.
• Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca
• Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
• Ayrà, Usa branco, tem profundas ligações com Oxalá e com Xangô.
• Obaluaiyê, orixá das doenças epidérmicas e pragas, orixá da cura.
• Oxumaré, orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.
• Ossaim, orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todas elas.
• Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do rio Níger
• Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios, e protetora dos recém
nascidos.
• Iemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos orixás.
• Nanã, orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
• Yewá, orixá feminino do Rio Yewa, considerada a deusa da beleza, da adivinhação e
da fertilidade.
• Obá, orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô, é a deusa do amor.
• Axabó, orixá feminino da família de Xangô
• Ibeji, divindade protetor dos gêmeos
• Irôco, orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
• Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
• Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira.
• Onilé, orixá do culto de Egungun
• Onilê, orixá que carrega um saco nas costas e se apóia num cajado.
• Oxalá, orixá do Branco, da Paz, da Fé.
• OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do
mundo e dos corpos humanos.
• Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, orixá da adivinhação e do
destino, ligado ao Merindilogun.
• Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
• Oranian, orixá filho mais novo de Odudua
• Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká
• Olokun, orixá divindade do mar
• Olossá, Orixá dos lagos e lagoas
• Oxalufon, Qualidade de Oxalá velho e sábio
• Oxaguian, Qualidade de Oxalá jovem e guerreiro
• Orixá Oko, orixá da agricultura
África
Na África cada orixá estava ligado a uma cidade ou a uma nação inteira; tratava-se
de uma série de cultos regionais ou nacionais.
Sàngó em Oyo, Yemoja na região de Egbá, Iyewa em Egbado, Ogún em Ekiti e Ondo, Òsun
em Ilesa, Osogbo e Ijebu Ode, Erinlé em Ilobu, Lógunnède em Ilesa, Otin em Inisa,
Osàálà-Obàtálá em Ifé, Osàlúfon em Ifon e Òságiyan em Ejigbo.
Brasil
No Brasil, existe uma divisão nos cultos: Ifá, Egungun, Orixá, Vodun e Nkisi, são
separados pelo tipo de iniciação sacerdotal.
Em cada templo religioso são cultuados todos os orixás, diferenciando que nas casas
grandes tem um quarto separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em
um único (quarto de santo) termo usado para designar o quarto onde são cultuados os
orixás.
Alguns orixás são só assentados no templo para serem cultuados pela comunidade,
exemplo: Odudua, Oranian, Olokun, Olossa, Baiani, Iyami-Ajé que não são iniciados
Iaôs para esses orixás.
A Iyalorixá ou o Babalorixá são responsáveis pela iniciação dos Iaôs e pelo culto
de todo e qualquer orixá assentado no templo, auxiliada pelas pessoas designadas
para cada função. Exemplo o Babaojé que cuida da parte dos Eguns e Babalosaim que é
o encarregado das folhas.
Apesar de serem de origem daomeana, Nanã, Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Yewá, são
cultuados nas casas de nação Ketu, mas são muito raros os Iaôs que são iniciados,
houve casos de passar vinte ou trinta anos sem se iniciar ninguém para esses orixás
que são cultuados em locais separados dos outros.
Existem orixás que já viveram na terra, como Xangô, Oyá, Ogun, Oxossi, viveram e
morreram, os que fizeram parte da criação do mundo esses só vieram para criar o
mundo e retiraram-se para o Orun, o caso de Obatalá, e outros chamados Orixá funfun
(branco).
Existem orixás que são cultuados pela comunidade em árvores como é o caso de Iroko,
Apaoká, os orixás individuais de cada pessoa que é uma parte do orixá em si e são a
ligação da pessoa, iniciada com o orixá divinizado; ou seja, uma pessoa que é de
Xangô, seu orixá individual, é uma parte daquele Xangô divinizado, com todas as
características, ou arquétipos.
Existe muita discussão sobre o assunto: uns dizem que o orixá pessoal é uma
manifestação de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orixá divinizado,
outros dizem ser uma incorporação mas é rejeitada por muitos membros do candomblé,
justificam que nem o culto aos Egungun é de incorporação e sim de materialização.
Espíritos (Eguns) são despachados (afastados) antes de toda cerimônia ou iniciação
do candomblé.
Ver também
• Tabela Orixas-Voduns-Nkisis
Tabela Orixas-Voduns-Nkisis
Idioma
Tipo
África
Brasil
Cuba
Haiti
Mitologia Africana
Candomblé
Palo, Santeria
Vodou
Yorùbá
Òrìsà
Deus=Olodumare Olorum
Olodumare
Èsù/Elégbára
Exú/Elegbara
Eleggua
Ògún
Ogum
Oggun
Ogoun Ferraille
Òsóòsì
Oxóssi
Ochosi
Otin
Otin
Erinlè
Inlè-Ibualama
Inle
Logunedé
Sàngó
Xangô
Chango
Ogoun Shango
Obalúaiyé
Obaluaiyê
Babalu Aye
Òsùmàrè
Oxumaré
Ochumare
Aida Wedo
Òsanyìn
Ossaim
Osain
Ossange
Oya-Yánsàn
Oyá-Iansã
Oya
Ogoun-Djamsan
Òsun
Oxum
Ochun
Yemoja
Iemanjá
Yemaya
Nanã Buruku
Ananu
Nanan bouclou
Obà
Obá
Oba Nani
Yewa
Yewa
–
–
Axabó
Ayao
Ìbejì
Ibeji
Los Ibeyis
Marassas
Iroko
Iroko
Irocco
Egúngún
Egungun
Eggun
Onilé
Òsàla
Oxalá
Ochanla
–
Òrìsà-nla/Òbàtálá
Orixá-nlá/Obatalá
Obatala
Ogou-Batala
Òrúnmìlà-Ifá
Orunmila-Ifa
Orula
Odùduà/Oduduwa
Odudua
Oddua Aremu
Òrànmíyàn
Oranian
Bayanni
Obañeñe
Olóòkun
Olokun
Olokun
–
Olóssa
Olossa
Òrìsàlufan
Oxalufan
Òrìsàjiyán
Oxaguian
Ochagriña
Òrìsà Oko
Orixá Oko
Oricha Oko
Papa Zaka
Asowuano
–
Agallu
Ewé–Fon
Vodun
Deus=Mawu
Deus=Mawu
Elégbá
Legba
Eleggua
Papa Legba
Lissá
Loko
Papa Loko
Gu
Ogou
Heviossô
Jebioso
–
Sakpatá
Sakpata Agroniga
Sagbata
Dan
Dambala
Bessém
Agbê
Agwe
Ayizan
Ayza
Agassu
–
Agué
Aguê
Aziri
Ezili
Fa
Angola-Congo
N’Kisi, M’Kisi
Vários nomes
Deus=Nzambi, Zambi
Aluvaiá
–
Bombo Njila
Pambu Njila
Vanjira
Nkosi
Roxi Mukumbe
Kabila
Mutalambô
–
Lambaranguange
Gongobira
Katendê
Nzazi
Loango
Kaviungo, Kavungo
–
Kafungê
Kingongo
Nsumbu
Hongolo
Kitembo, Tempo
Matamba
Bamburussenda
–
–
Nunvurucemavula
Nvumbe
Kisimbi
Samba_Nkisi
Ndanda Lunda
Kaitumbá
–
Kokueto
Zumbarandá
Nvunji
Lembá Dilê
Lembarenganga
Jakatamba
Kassuté Lembá
–
–
Gangaiobanda
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Obtido em “http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_Orixas-Voduns-Nkisis”
Categorias: Candomblé | Tabelas
Categoria oculta: !Esboços sobre religiões afro-brasileiras
Bibliografia
• VATIN, Xavier. Rites et musiques de possession à Bahia. Paris: L’Harmattan, 2005.
• VERGER, Pierre Fatumbi, Sobre os orixás e o candomblé na África.
• Orixás na visão de Carybé – Portal Robério de Ogum