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Primeira Clínica x Segunda Clínica

Celso Rennó Lima

Antes de iniciarmos a leitura do texto, vale aqui uma palavra sobre um dos itens da
proposta que lhes foi apresentada e que pode muito bem ser resumida por: “uma
leitura à luz da segunda clínica de Lacan”.
Eu vou tentar em poucas palavras, e com alguns esquemas tentar resumir algumas
diferenças entre o que se costuma denominar primeira clinica e segunda clinica:

1 - Clinica do desejo x clinica do gozo.


A primeira clínica pode ser definida, como nos propõe Jacques Alain Miller como
“clínica freudiana” ou “clínica do desejo” e a segunda clínica como clínica do sinthoma.

2 – Sintoma como metáfora x sinthoma como modalidade de gozo.


Uma outra forma de diferenciar uma abordagem da outra será pelo viés do sintoma: A
primeira clinica é a clinica do sintoma enquanto metáfora. A segunda é do sinthoma,
que eu vou escrever aqui com th, como modo, ou modalidade de gozo.

3 – Interpretação como busca da significação (Significante/significado – Sintoma como


Metáfora) x Interpretação como leitura de uma escritura (Letra/gozo – Sintoma como
modalidade de gozo que desliza metonimicamente sob a barra [jouis-sens]).
Uma terceira diferenciação pode-se fazer pelo víeis da interpretação. Na primeira
clinica temos uma interpretação que busca significação. É uma interpretação que se
sustenta no binário significante/significado ou, como já mencionado na metáfora. Na
segunda clinica, a interpretação seria a leitura de uma escritura, quando não se tem
mais uma preocupação com a busca de significado, mas sim a tentativa de localizar o
gozo que desliza sob a barra, sob a cadeia significante. Este gozo que desliza sob a
cadeia significante Lacan chamou de “jouis-sens”. Em português acabou ficando
“sentido-gozado”. Como toda tradução nunca é satisfatória, aceito de bom grado
sugestões melhores.
Então nós temos aqui a metáfora,
S
s
e aqui a metonímia.
S1 - S2

4 – Clínica estruturalista (Discontinuista - sim/não NP - Classificatória) x Clínica


borromeana (Elástica, gradual – não oposicionista - generalização da foraclusão).
Na quarta possibilidade, na primeira clinica, a clinica estruturalista. É uma clinica que
se sustenta na perspectiva das estruturas clínicas neurose, psicose, perversão. É uma
clínica que sustenta a hipótese de que entre o sujeito e o mundo existe uma estrutura
que faz a mediação. É uma clínica que sustenta o binário sim/não ao Nome-do-Pai.
Aqueles que já são familiarizados com Lacan sabem que neurose e perversão estão
de um lado, são duas estruturas que deram seu sim diante do altar edípico.
Consentiram com a Bejahung fundamental. Em outras palavras, aconteceu a
assimilação do traço unário. Do outro lado permanecem aquelas que se estruturam em
torno da não assimilações do traço unário, que são os psicóticos.
Na segunda clinica, Lacan já pensa, a partir da constatação, de que a foraclusão,
representada pelo não consentimento ao Nome-Do-Pai, é generalizada. Em outras
palavras vamos encontrar em todo sujeito a presença da foraclusão, uma vez que faz
parte da estrutura, vamos dizer assim, o fato do simbólico nunca recobrir todo o real. A
estrutura topológica do Nó Borromeu é que possibilita esta articulação, por isso esta
clínica é chamada de borromeana e tem com característica não ser oposicionista, mas
sim ser gradualista. Ela é elástica.
5 – Ponto de Capitonagem x Nomes do Pai
Com isso, nós podemos estabelecer uma outra diferenciação, a quinta. Essa clínica se
sustenta naquilo que Lacan chamava de pontos de Capitonagem. Que podemos
representar, com aquilo que Lacan chama a célula básica do seu grafo, que pode ser
assim descrita: A emissão de uma mensagem vai em direção ao lugar do Outro e,
deste ponto vai desenhar uma resposta, marcando esse dito em dois pontos e
estabelecendo um sentido qualquer.
Os pontos de Capitonagem, são pontos em que duas cadeias se cruzam e se enlaçam
num ponto. Este ponto diz da presença de um significante que pode produzir um
sentido na medida que existe uma lei que permite que a mensagem possa ter uma
decifração no código. Esta é a lei do pai que permite haver um ponto de basta,
produzindo sentido.
Na segunda clinica, no lugar de um Nome-do-Pai que sustenta esta articulação
estabelecida a partir do lugar do Outro, do lugar do código, Lacan propõe uma
pluralização dos Nomes-do-Pai.
Como conseqüência disso, um sexto ponto:

6 – Suplência da ineficácia da Metáfora Paterna - Sintoma (Fobia p.ex) x NP como


uma suplência (Aqui tanto o sintoma como o Nome do Pai tem a função de
enlaçamentos)
A suplência na primeira clinica é descrita como uma solução do sintoma em função da
ineficiência da metáfora paterna. Por isso a clinica da fobia, da obsessão, da histeria,
da depressão. Na segunda clinica, o próprio Nome-do-Pai juntamente com o sintoma,
são suplências. Então o Nome-do-Pai, perde esse status de ser aquele que faria a
estrutura e se ele falhar recorre-se a uma suplência. Ele próprio vai entrar como
suplência na clinica da foraclusão generalizada: o Nome-do-Pai com suplência

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