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Capítulo Um

— É perseguição se sou paga para o fazer? — Faço uma bolha


de chiclete quase tão grande quanto a minha cabeça, depois de fazer
a pergunta para a minha irmã MJ através do telefone. Ela estoura
quando pulo ao som de uma faca batendo com força sobre a tábua
de corte de mármore. Às vezes acho que ela se tornou uma chef para
que pudesse esfaquear coisas. Ela é assustadoramente boa nisso.
Talvez a melhor da cidade.

— Quem se importa? — Ela retruca antes que a faca atinja a


tábua novamente. — Seu novo hábito com chiclete é irritante. — diz
antes de fazer outro corte duro. É um pouco nojento também. Minha
mandíbula dói da grande bola de chiclete agora sem sabor. Tenho
que continuar adicionando mais alguns para manter o sabor. Agora
fiquei sem chiclete e sem sabor. Pego a revista no assento ao meu
lado, rasgo um pedaço e cuspo meu chiclete nele. Tenho que lembrar
de jogar fora antes que MJ volte para o carro dela, já que o está me
emprestando. Ela nunca o usa e tenho o lugar perfeito para
estacionar, então eu também não me mudei. Uso-o para o trabalho,
o que significa que apenas me sento nele e observo as pessoas — no
momento apenas uma pessoa. Não queria perder a vaga, então
peguei o metrô para casa, deixando o carro parado no lado de fora
do prédio que eu estava rondando, quero dizer, vigiando.
Este tem que ser um dos trabalhos mais chatos que já tive. Isso
diz muito por que já tive diversos empregos até este
momento. Mascar chicletes é tudo o que há para fazer neste carro
enquanto sento e espero. Tenho que manter meus olhos treinados
na porta. Cometi o erro de jogar no meu telefone e por duas vezes
perdi meu alvo. Não vou fazer isso de novo. Por que tem que ter um
Pokémon Go stop1 neste edifício? A tentação de jogar no telefone é
muito grande. A única coisa que me impede de fazer isso é que quero
vê-lo novamente e realmente não quero falhar em outro trabalho.

— Ele está sempre trabalhando. — digo ao telefone. Pensei que


ser uma investigadora particular seria divertido. Deveria saber
melhor. As aulas on-line que fiz foram super chatas. Acredito que
todas as aulas são chatas, exceto daquela vez que fui para a escola
de palhaços, isso foi divertido. Mesmo que eu tenha fracassado.
Meus olhos se movem para o espelho retrovisor. Uma pequena
marca, que a maioria das pessoas não percebe ainda permanece na
minha testa. É um lembrete constante, da primeira e última vez que
tentei fazer malabarismos.

— Então ele não é um bastardo traidor? É apenas um maníaco


por trabalho? — MJ para de cortar como se não pudesse
acreditar. MJ acredita no pior de todos. Nós tivemos pais bem
ruins. Ela foi a minha rocha ao longo dos anos. É quase oito anos
mais velha que eu e mais mãe às vezes que uma irmã. Ela me
criou. Ela assegurou-se de me levar com ela quando saiu de casa, eu
tinha apenas dez anos na época. A única pessoa para quem ela não é
espinhosa, sou eu.

1
Pokémon GO: é um jogo eletrônico de realidade aumentada voltado para smartphones. Os PokeStop são locais
onde o jogador consegue algumas vantagens referentes ao jogo.
— Não sei. — Admito. Talvez esteja transando com a
secretária? É tão clichê que é chato e já que seu assistente é um
homem, isso significa que é gay. Não sei o que essa mulher quer que
eu descubra sobre ele. Não me deu muita informação. Sei que não é
casado. Isso eu descobri com uma checagem de
antecedentes. Minha cliente, no entanto, usava uma aliança de
casamento. Quando perguntei, disse que ela era a pessoa que
fazia as perguntas. Como foi super agressiva, então me deixei
levar. Preciso desse emprego e finalmente ser bem sucedida numa
profissão. Minha irmã sempre se destaca em tudo que faz e quero
isso para mim. Não tenho ciúmes dela. Só quero ser boa em alguma
coisa, qualquer coisa. Quero fazê-la orgulhosa de mim também. Ela
não parece se importar com minhas mudanças intermináveis de
carreira. Sempre sorri e diz que vou encontrar minha paixão em
breve. Que nem tudo tem que acontecer de imediato.

— Checou suas redes sociais? — Ouço MJ pousar a faca. Os


cliques suaves que ouço me alertam para o fato que ela já está
pesquisando. Ela sempre mantém um pequeno laptop no balcão
quando cozinha. Seu vício sempre foi reality show e assiste-os
enquanto trabalha na cozinha. Já me fez assistir muitos desses
shows. Sei que faz isso de propósito, então tem com quem conversar
sobre eles.

Ela não vai admitir seu vício secreto para mais ninguém, então
sou a única a quem atualiza sobre o que está acontecendo nesses
programas de TV. MJ nunca admitiria, mas ama fofoca. Contanto que
não estejam envolvidas nela. Ela está mais interessada comigo
fazendo essa coisa investigação privada do que pensei que ficaria,
mas agora estou entendendo o porquê. Isto é um reality show
acontecendo bem na frente dela e ela está vivendo-o através de
mim. Pena que está acabando noutra noite super chata, exceto
quando realmente temos um vislumbre de Maddox Castile. O
homem mais quente que já vi num terno em toda a minha vida. MJ
nunca concordaria com isto. Nossos gostos diferem na maioria das
coisas. Ficaria sentada neste carro por uma semana só para ter um
vislumbre, esse é o nível de quão atraente Maddox é.

Sua carteira de motorista diz que tem um metro e oitenta e pesa


mais de noventa quilos. Sua cor de cabelo é preta e seus olhos são
tão verdes quanto uma esmeralda. Não diz a parte esmeralda, mas
deveria. Tenho que admitir que essa foto foi uma das razões pelas
quais aceitei este trabalho, mas isso não me preparou para a
primeira vez que realmente o vi de perto. Nada poderia ter me
preparado para isso.

Minha mente volta ao dia em que fiquei cara a cara com


Maddox. Até o nome dele é lindo. Estava observando ele como todos
os outros dias. Estava esperando no meu carro, que ele deixasse seu
prédio de escritórios para que o pudesse seguir para casa. Tinha
certeza que tinha tempo. Ele sempre sai mais tarde. Geralmente
horas depois de todos os outros saírem e eu estava no carro por
cinco horas neste momento. Deveria ter sabido que minha bexiga
nunca seguraria aquele Slurpee2 gigante. Fui a única culpada. A
máquina Slurpee esteve quebrada por uma semana inteira, mas logo
naquele dia, estava funcionando na loja de conveniência. Meu bom
senso saiu pela janela quando comprei o maior tamanho
disponível. Não tinha pensado sobre o fato de que o que entra tem
que sair. Quem pensa em ter de fazer xixi? É algo que você só faz

2
Slurpee: é uma bebida gaseificada congelada, vendida exclusivamente nas lojas da 7-Eleven
quando tem vontade. Só que agora, trabalho num lugar que você não
pode fazer isso.

Pensei que poderia facilmente entrar no prédio e usar o


banheiro no saguão. Não pensei que teria que passar pela segurança
do prédio primeiro. Não havia como voltar desse ponto. O
segurança scaneou minha licença e me deu um passe para usar o
banheiro. Consegui entrar muito bem, mas sair é que não. Maddox
esbarrou em mim. Ok, talvez eu tenha esbarrado nele. De qualquer
maneira, meu pequeno corpo voou, batendo no chão de
ladrilhos. Quando olhei para cima e vi em quem esbarrei, entrei em
pânico. Ele tentou me ajudar, mas saí correndo do prédio.

Maddox gritou para eu parar, chamando a atenção do guarda


de segurança. Não sei o que o guarda estava pensando naquele
momento, mas tentou me agarrar. Aposto que pensou que tivesse
roubado alguma coisa. Mal consegui passar por ele e saí pela
porta. Continuo esperando que Maddox tenha se esquecido de mim,
mas agora tenho que ter muito cuidado para não ser vista.

Minha recordação é interrompida quando MJ surge com nada.

— Ele não está em nenhuma rede social. — Ela parece


chocada. Tenho Instagram, mas é só isso. Está cheio de fotos de
comida que comi. Só abri uma conta para poder seguir MJ. É, em
certo sentido, parte de seu trabalho tirar fotos e fazer vídeos do que
ela prepara. Às vezes, faz um clipe de uma viagem de compras,
prepara comida, posta receitas ou coloca uma foto do produto
acabado. O número de seguidores que ela tem é uma prova de que
chef incrível ela é.
Eu sabia que ele não tinha redes sociais. Inferno, tenho certeza
que o homem não tem uma vida social de todo. Ele vai para o
trabalho e é basicamente isso. Se a mulher que me contratou acha
que ele está tramando algo, está errada. Não está fazendo
absolutamente nada. Eu vi-a entrar e sair do prédio
algumas vezes. Talvez deva começar a procurar as pessoas ao redor
dele? Não tenho nada para apresentar neste momento. Ela vai
acabar me demitindo e não serei mais paga para seguir
Maddox. Tenho que aumentar minhas habilidades de investigadora
privada se quiser ficar empregada.

— Que horas são — Pergunto quando vejo Maddox sair do


prédio. Ele está saindo cedo.

— Um pouco depois das duas. — responde enquanto meus


olhos vão para o relógio no painel.

— Tenho que ir!

— Hey, eu estava indo...

Interrompo-a, terminando a ligação. Ele pode finalmente estar


tramando para alguma coisa! Pulo do carro, tentando me misturar
com as pessoas na rua enquanto o sigo. De repente não me sinto tão
animada em pegá-lo fazendo algo que não deveria estar fazendo. A
realidade disso chega mais perto de casa do que deveria.
Capítulo Dois

— Ela está seguindo você.

— Acredito que é o trabalho dela. Não posso ficar chateado com


alguém tentando ganhar a vida. — digo ao telefone.

— Posso ligar para a polícia agora? — Meu assistente suspira.

— E estragar a minha diversão? — Faço uma pausa ao lado do


prédio do banco e ajusto minha gravata enquanto uso o vidro para
espiar minha perseguidora.

— Ela pode ser perigosa.

— Apenas posso esperar ter essa sorte. — Olho por cima dos
meus óculos escuros para dar uma olhada melhor na brilhante loira
avermelhada, que está fingindo ter grande interesse num bando de
pombos que se reuniram perto de seus pés. Ela está me seguindo há
duas semanas e, além de uma reunião casual no saguão, fica
escondida em seu carro. Para meu desânimo. Esperava que me
confrontasse, mas suponho que não é assim que a perseguição
acontece, e é por isso que hoje deixei o trabalho mais cedo, para
forçar o contato, algo que Grant acha que é uma ideia terrível.
— Você teve esse atentado contra sua vida há dois
meses. Talvez você devesse levar isso a sério. — Meu pobre
assistente soa como se sua sagacidade tivesse acabado.

— Vá em frente, então, e me leia o dossiê que sei que compilou


sobre ela e cada parente seu, assim como todos os seus conhecidos
desde a creche. — Tenho que colocar sua mente à vontade ou não
vai ser muito receptivo quando eventualmente a trouxer para o
escritório. Não é como se ela pudesse continuar fazendo
vigilância. É terrível nisso. Notei-a no primeiro dia em que se
instalou fora do escritório. Você não pode não notá-la. É alta, seus
cachos loiro-avermelhados e seu corpo é voluptuoso. Espero
sinceramente que eu seja seu primeiro trabalho, do contrario tem
uma série de fracassos tristes em seu passado.

— Luna Mae Higginson tem uma irmã mais velha, sem


irmãos. O nome da irmã é Mary Jane Higginson, mais popularmente
conhecida como Mad Chef.

— Mad Chef? — Repito, não tenho certeza se ouvi Grant


corretamente, já que minha atenção está concentrada em Luna. Que
nome perfeito para esta beleza. Repito em silêncio, deixando as
sílabas rolarem ao redor da minha língua como um uísque fino.

— Sim, tem um perfil no Instagram e é famosa por cortar


coisas. Tem habilidades loucas com a faca. É meio assustador, na
verdade.

Mesmo que não possa ver Grant, sei que está estremecendo. Ele
acha as mulheres em geral assustadoras. Uma mulher com boas
habilidades com faca provavelmente requer um sedativo. O incito a
um tópico diferente.
— E os pais de Luna?

— Não estão presentes desde que Luna tinha dez anos. Sua
irmã se mudou com a idade de dezoito anos e levou Luna com
ela. Não há outros parentes com os quais mantenham contato.
Moram juntas em Oak and Fourteenth Street nos últimos dois anos,
numa casa que Mary Jane comprou depois que conseguiu seu
primeiro contrato de patrocínio com uma... — Ouço um engasgo.

— Empresa de facas? — Suponho.

— Sim. Isso. Enfim... – prossegue. — Luna teve muitos


empregos, mas não ficou em nenhum deles. Ela fez de tudo, desde
entregar pizzas, de onde foi demitida porque se perdeu, mesmo que
os carros tenham GPS, para um serviço de telegrama cantado, onde
foi demitida porque não sabia cantar ou fazer malabarismos.

— Malabarismo?

— Acho que ela escreveu em seu aplicativo que sua habilidade


era malabarismo, mas era ruim o suficiente para que uma das bolas
a atingisse entre os olhos numa festa infantil. Sangrou como um
peru decapitado no Dia de Ação de Graças e teve que ser levada para
a sala de emergência. Acho que os pais não ficaram felizes.

Meus lábios se contraem. Luna tirou um pouco de pão da bolsa


e está picando-o em pequenos pedaços para os pássaros. Mais se
aproximam como se estivessem enviando mensagens silenciosas de
que o jantar está sendo servido.

— É o trabalho mais recente dela, é este de vigilância?

— Sim. Embora não consegui descobrir quem a contratou.


— Continue trabalhando nisso. É o único componente
importante. — A situação das aves está ficando fora de
controle. Começo ir em direção a Luna.

— O que planeja fazer?

— Espero que ela me pegue, me amarre e faça coisas terríveis


ao meu corpo.

Grant começa a engasgar.

— Foi muita informação?

— Sim.

— Arquive um relatório com o Recursos Humanos. —


sugeri. Os pássaros estão prestes a dar um golpe de estado e
derrubar a pequena mulher.

— Estou te mostrando o dedo agora.

— Como você deveria, Grant. Como você deveria. Tenho que


desligar agora porque minha querida menina está prestes a ser
comida por um bando de pombos. Começou a alimentá-los, ficou
sem pão e agora está cercada.

Ando direto para os pássaros saqueadores, pego a mão de Luna


e a arrasto pela rua até que esteja livre dos terroristas de penas.

— As pombas são ratos com asas. — digo a ela, afastando o


cabelo do rosto corado. — Nunca as alimente ou vão tentar te comer
viva quando você ficar sem comida.
— Isso nunca aconteceu comigo antes. — diz, com a voz um
pouco trêmula. — E já alimentei pombos antes.

— Estes pássaros do centro foram criados para serem maus. —


Coloco meu braço em volta dela e a conduzo ao restaurante mais
próximo, que por acaso é um que serve grelhados que está fechando
no meio do dia para que eles possam se arrumar para o horário do
jantar, mas o maitre me reconheceu e afugentou os garçons que
tentaram fechar a porta na minha cara.

— Sr. Castile, é uma honra ter você no nosso estabelecimento.


Lamento dizer que nossas grelhas foram desligadas para que
possam ser limpas antes do jantar.

— Não há problema. Nós vamos querer um pouco de pão,


qualquer sobremesa fria que você tenha e um chocolate quente para
a senhora e um uísque para mim. Algo leve dos anos 80.

— Claro. Se puderem vir por aqui. — Ele nos leva a uma sala de
jantar privada e nos fecha lá dentro.

Coloco Luna numa cadeira e me sento ao lado dela.

— Então esta é a segunda vez que nos encontramos. Acho que


é apropriado nós trocarmos nomes. — E números de telefone e
qualquer outra informação vital, tal como se você tem um
namorado, porque terá que romper com ele imediatamente antes de
eu ter que descartar seu corpo.

— É, ah, Luna. Luna Higginson.

— Maddox Castile. — Pego sua mão gelada e esfrego entre as


minhas. — E o que é que você faz para viver, Srta. Luna?
Capítulo Três

Sua mão quente tira o frio que se instalou nos meus ossos. Pulei
do carro muito rápido, deixando minhas luvas e chapéu para trás.

Abro minha boca e a fecho. Já disse muito. Continuo fazendo


tudo o que quer que eu faça. Primeiro deixei que me puxasse pela
calçada até a um restaurante. Depois disse-lhe meu nome
verdadeiro. Por que não lhe dei outro? Inventar algo? Qualquer
coisa que não o meu nome real. Ah, isso mesmo, porque ainda estou
em choque.

Ele me agarrou. Não o vi chegando e lá estava ele em cima de


mim. Ok, talvez não em cima de mim e talvez estivesse me
salvando. Quem estou enganando? Estou inventando razões pelas
quais isso não é minha culpa. Falhei novamente. Não vejo uma saída
disto. Vou ser demitida.

— Você não quer me dizer? — Seu polegar começa a esfregar


para trás e para frente na minha mão, não me ajudando a
pensar. Juro que está lutando com um sorriso. Por que ele tem que
ser tão bonito? Por que estou pensando em como ele é bonito num
momento como este? Se recomponha, Luna. MJ mentiria
diretamente em seu lindo rosto e não se importaria nem um
pouco. Seja como MJ, é o que eu continuo dizendo a mim mesma em
minha mente.

— Estou entre empregos. — meio que minto. Isto é o melhor


que posso fazer sob pressão. Não posso nem mentir direito! Não
consigo fazer nada certo. A mesma mulher de antes retorna com
nossas bebidas e uma cesta de pão. Ela parece conhecer
Maddox. Seus olhos vão para nossas mãos juntas, alargando-se com
a visão. Por que estão se ampliando? É porque ele tem uma
namorada que todo mundo conhece? Isto contaria como traição? Sei
que se Maddox fosse meu, não iria querer que esfregasse o polegar
em outra mulher, mesmo que fosse apenas na mão dela.

Ela pulou no segundo em que ele entrou pela porta, disposta a


fazer qualquer coisa por ele. Então não sou só eu. Ele tem algum tipo
de poder especial que faz as pessoas fazerem as coisas antes de
pensar nelas. Vou em frente e acho que tem algo a ver com o seu
rosto bonito. Um olhar, e você faz o que ele quiser.

Puxo minhas mãos da sua, esperando que isso ajude a me


recompor. Envolvo-as em torno da xícara de chocolate quente. O
chantilly no topo parece fresco do tipo que um chef acabou de
fazer. Preciso colocar minhas mãos em algo para não ficar mexendo
elas no meu colo. É uma mania que tenho desde que me lembro. MJ
diz que é um sinal de que estou nervosa ou ansiosa.

— Hmm. — responde enquanto gira o uísque em seu copo, mas


não bebe. Provavelmente acha que sou uma folgada sem trabalho
agora. Ele está pensado profundamente sobre a resposta que
dei. Mantenho minhas mãos grudadas naquele chocolate quente
porque, com ele me encarando, a vontade de jogar minhas mãos no
meu colo é quase irresistível. Poderia ter lhe dado tantas outras
respostas, mas escolhi a que levaria a uma tonelada de perguntas. O
que mais deveria dizer? Não acho que explicar que na maioria dos
dias eu moro fora do seu prédio de escritórios é uma resposta
adequada. Ele seria o único fugindo de mim desta vez.

— Poderia precisar alguém no meu escritório. — finalmente


diz, ainda não tomando um gole de seu uísque .

— Eu... — Estou sem fala. Não sei nada sobre imóveis ou como
desenvolvê-lo. É então que lembro que não deveria saber o que faz
para viver ou qualquer outra coisa sobre ele. Meu curso on-line não
me preparou para essa situação. Nunca houve a menção sobre o
que fazer se a pessoa que você está investigando lhe oferece um
emprego. Tenho certeza que nunca deveríamos encontrá-los.
Provavelmente por isso é que não nos foi explicado. Pego meu
chocolate quente, tomando um grande gole para tentar pensar no
que devo fazer.

— Perdão? — Essa é a única coisa que posso pensar em dizer


depois de tomar metade da bebida, quase me queimando no
processo de tentar empatar. Não sou boa sob pressão.

— Meu escritório é extremamente carente de pessoal. Preciso


de mais ajuda.

Tomo outro gole do meu chocolate quente e penso em


como corrigir isso. Poderia fazer como da última vez e sair
daqui. Por alguma razão, acho que ele vai me pegar desta vez. De
alguma forma, parece relaxado, girando o uísque em sua mão, mas
seus olhos dizem que poderia me atacar a qualquer momento, se
necessário. Não quero fugir. Ele me salvou. Foi apenas de pombos,
mas me salvou.
Se eu trabalhar em seu escritório, poderei observar cada coisa
que faz. Terei acesso à agenda dele, ao seu espaço pessoal e, o mais
importante, a ele. Este dia realmente mudou para melhor. Serei
capaz de manter meu trabalho e dar algo a minha cliente. Ainda não
falhei. Ainda posso salvar isto.

— Em que linha de trabalho você está? — Pergunto como se já


não soubesse. Ele sorri para mim e finalmente toma um gole de seu
uísque. Desta vez está me fazendo esperar ou está tentando
esconder seu sorriso.

— Estou no desenvolvimento imobiliário. — diz com um olhar


divertido no rosto. Relaxo e entro no espírito e começo a fazer
perguntas sobre o que isso implica. Ele responde a cada um delas,
mas depois de cada uma delas parece que quer rir. — Meu
assistente Grant precisa de alguém para ajudar no escritório para
ajudar a aliviar a carga para nós.

— Você trabalha muito. — Minha respiração para quando


percebo o meu deslize.

— Trabalho? — Ele dá um grande sorriso desta vez, não o


escondendo.

— Só estou supondo, já que se o seu assistente precisa de um


assistente. — Whoa, estive perto. Estou ficando melhor nisto de
mentir.

— Você estará me ajudando. — Quase parece possessivo


quando diz isso.

Aceno, grata por não ter sido pega. Não faço muitas perguntas
sobre a descrição do trabalho, porque isso realmente não
importa. Estou aceitando este trabalho, não importa o que
aconteça. Vou passar todo o meu tempo com Maddox em seu
escritório e tecnicamente vou ser paga duas vezes para fazer isso. É
uma vitória para mim.

— Tudo bem. — concordo.

— Agora que temos isso resolvido, podemos desfrutar das


sobremesas. — Como se na sugestão, a garçonete as deixa sobre a
mesa. Talvez tenha esquecido porque estava nervosa, mas tenho
certeza de que não me perguntou nada sobre minhas experiências
passadas. Esse pensamento fica perdido quando ele traz uma colher
cheia de cheesecake para minha boca.

— Você começa amanhã. — acrescenta. Resmungo meu acordo


em torno do cheesecake. Esse trabalho é maravilhoso.
Capítulo Quatro

— Não preciso de ajuda. — Grant ferve.

— Sei que não precisa. Pode gerenciar três CEOs com os


olhos vendados e as mãos amarradas. No entanto, minha querida
menina precisa ser capaz de me vigiar e que melhor maneira de
fazer isso do que trabalhar ao meu lado?

— Ela foi demitida de todos os trabalhos que teve antes,


incluindo o telegrama cantado. Esses trabalhos não têm pessoas
suficientes que querem estes empregos, para que possam despedir
trabalhadores assim. Quem quer se humilhar constantemente por
vinte dólares por hora?

— Ela não encontrou o emprego certo ainda. — digo enquanto


folheio o correio da manhã. Alguns contratos para assinar e alguns
convites. Coloquei um de lado. É um evento de moda e caridade que
pode interessar a Luna. Todos os vestidos me lembram de doces. Ela
ficaria deliciosa numa dessas roupas e eu adoraria tirá-la de todas
aquelas camadas volumosas antes de comê-la como a sobremesa
que ela é.

— O que exatamente eu deveria arranjar para ela fazer? Não é


como se precisássemos de uma malabarista aqui.
— Como você apontou, ela não é particularmente habilidosa
nessa área, então essa é uma coisa que não a mandaremos fazer. —
Além disso, se tocar em alguma bola, será a minha e só tenho duas
delas, uma para cada uma de suas mãos macias. — Estou colocando
uma mesa no meu escritório para supervisioná-la pessoalmente. —
Dou um tapinha em Grant. — Dessa forma, não vai interferir no seu
trabalho.

— No seu escritório? Mas nós fazemos reuniões privadas e


confidenciais lá. Não podemos ter uma espiã lá!

— Ela vai ser minha esposa, assim posso prometer que tudo o
que disser lá... — aceno para as paredes forradas de nogueiras –
...será o menos privado que ela saberá sobre mim.

Grant estremece.

— Odeio quando faz referências heterossexuais.

— É terrível. Prometo que vou sempre manter as cortinas


fechadas sempre que Luna estiver comigo, para que não o
escandalizemos.

Grant caminha até sua cadeira e cai atrás de sua enorme mesa
de aço e vidro.

— Para ser honesto, pensei que este dia chegaria há muito


tempo.

Arqueio minhas sobrancelhas em surpresa.

— Você pensou que eu iria me apaixonar há muito tempo?

Ele sacode a cabeça.


— Não. Quando comecei a trabalhar para você, pensei: ‘Ah, aqui
está mais um babaca rico brincando com o dinheiro da família. Ele
provavelmente tem mulheres aqui em cima em seu escritório o
tempo todo’. Mas você não teve nenhuma e eu meio que me
acostumei com isso.

— Você vai gostar de Luna. Ela é doce e de bom coração, mas


não projetada para o mundo corporativo.

— Para o que é projetada?

Foder é meu pensamento imediato, seguido pela maternidade.

— Ser mimada por mim. — é o que digo desde que Grant está
cansado da minha besteira hetero.

— OK. Quando ela está chegando? — Ele se resignou por agora,


mas sei que quando conhecer Luna, ele vai se acalmar. Grant
trabalhou comigo por sete anos, então sei que está se sentindo um
pouco desequilibrado com a forma como o nosso pequeno mundo
vai mudar. Vai ser para melhor. Grant precisa de férias, mas como
sou viciado em trabalho, ele não tem uma há anos porque não
acredita que alguém possa trabalhar como meu
assistente. Provavelmente está certo.

Mas uma vez que me case com Luna, vou tirar bastante
tempo. Decido dizer isso a ele.

— Quando levar Luna para a França para a nossa lua de mel,


você finalmente poderá fazer aquele cruzeiro que tem falado por
anos.

O rosto de Grant se ilumina.


— Esse é um bom ponto. — pega o receptor em sua mesa. —
Em quanto tempo disse que estávamos celebrando este
casamento? Próximo fim de semana? Se ligar hoje, ainda poderei
reservar uma suíte no próximo cruzeiro para Bahamas.

— Tudo depende de Luna e quanta informação ela precisa


enviar para seu cliente. Falando da minha querida menina, aqui está
ela.

Grant se vira para as portas envidraçadas que separam meu


escritório interno dos elevadores. Luna está lutando para equilibrar
um copo de isopor do tamanho de sua cabeça, uma bolsa grande o
suficiente para colocar o computador de Grant e seu telefone.

Grant começa a ficar de pé, mas o impeço. Tenho o privilégio de


cuidar de Luna e ninguém mais. Saio do escritório e consigo
capturar o copo antes que caia no carpete.

— Bom dia, Luna.

— MJ, estou aqui. Tenho que ir.

O telefone escorrega e eu apanho-o também.

— Obrigada. — ela faz uma careta. — MJ é minha irmã. Estava


preocupada com meu novo emprego.

— Ficaria feliz em enviar um dossiê de meu histórico para que


ela possa ter certeza de que sou um cidadão decente e honesto.

Os olhos de Luna se arregalam.

— Está falando sério?


Posso ver as rodas girando em sua cabeça. Este meu dossiê
pode ajudar na investigação dela.

— Sim. São todas informações públicas, claro, mas organizadas


num só formato. Também tem informações sobre meu status
financeiro e investimentos. É algo que forneço a potenciais
parceiros de negócios para a verificação de diligência.

— Hum, está bem. Seria ótimo.

— Entre. Vou pedir a meu assistente que lhe dê uma cópia para
que possa fornecer à sua irmã.

Conduzo Luna para dentro do escritório. Grant está lá com uma


bandeja para o copo e o telefone. Deposito os itens.

— Grant, esta é a Luna, nossa nova contratação para o


escritório. Luna, este é Grant, que é o meu assistente
indispensável. Não teria um quarto da minha fortuna hoje se não
fosse pelo seu competente trabalho. — Grant se orgulha sob o elogio
e não fica muito chateado quando eu faço o meu pedido. — Luna
precisa do meu arquivo de verificação de perfil. Acredito que sua
irmã está preocupada que eu possa prejudicar a sua pequena. —
Coloco minha mão em torno da parte de trás da cabeça de Luna.

Ele acena porque sabe que não vou ceder.

— Prazer em conhecê-la, Luna. — diz. — Apertaria sua mão,


mas há isto. — Ele segura a bandeja.

— Não está tudo bem. Quero dizer, você não precisa


segurar minhas coisas para mim. — Ela se lança para ele, quase
derrubando Grant.
Agarro-a e puxo-a de volta a tempo de evitar uma colisão. Posso
ver porque o malabarismo não funcionou. Sua coordenação poderia
precisar de algum trabalho. Escondo um sorriso e desloco meu
aperto do seu bíceps para o cotovelo para conduzi-la em direção ao
meu escritório.

— Como pode ver, não há espaço aqui para outra mesa e Grant
gosta de sua privacidade, por isso vamos colocá-la em meu
escritório.

— Seu escritório? — Ela guincha.

— Sim. Dessa forma, pode ficar de olho em mim. — Um olhar


um pouco horrorizado atravessa seu rosto expressivo. Me esforço
para manter o meu em branco. — Por que não entra em meu
escritório e nós podemos discutir toda a extensão de suas tarefas?
Capítulo Cinco

Sento no sofá gigante para onde Maddox me direcionou. Ele


realmente disse aquilo ou ouvi errado? Assim posso ficar de olho
nele? Ele me topou? Meu coração começa a bater no meu peito ao
ser pega. O que isso poderia significar? Ele não pode saber, ou não
teria me dado este trabalho, certo? Quem contrataria alguém que
eles sabiam que estava sendo pago para segui-los? Ninguém em sã
consciência faria isso. Talvez ele seja maluco. Talvez seja eu a louca
por aceitar esse trabalho.

— Luna. — Sacudo quando sinto Maddox tocar minha


bochecha, chamando minha atenção para ele. Não percebi que se
inclinou sobre mim no sofá para fazer isso. Estava tão perdida na
minha cabeça sobre ser pega que esqueci de prestar atenção ao que
estava dizendo ou fazendo. Meu coração desacelera o batimento
quando meus olhos se encontram com seus, verdes brilhantes. Uma
sensação de calma rola sobre mim. Me dá um sorriso suave e gentil
que encontra seus olhos. Homens como ele não deveriam ser
imbecis? Ele é sempre tão caloroso e legal comigo.

— O quê? — Questiono. Vou perder este emprego. Dois


minutos e eu quase derrubei seu assistente e agora não estou
prestando atenção ao que quer que estivesse dizendo para
mim. Estava tão ocupada me preocupando em perder um emprego
que estou prestes a perder outro.

— Vou ter uma mesa para você em breve, mas o sofá vai
funcionar por enquanto? — Ele olha em direção a sua mesa. Sinto
falta de seus olhos instantaneamente. Quem estou enganando? Senti
sua falta a noite toda desde que nos separamos. Graças a Deus por
minha irmã intrometida, porque contei toda a experiência que
Maddox e eu tivemos. Tudo, desde os pombos até ele me oferecendo
este trabalho. MJ é louca por detalhes. Queria saber tudo e eu
estava feliz em lhe contar. Era como reviver a noite inteira com ele
de novo. — Ou posso ter uma cadeira trazida para cá e nós podemos
compartilhar. — Seus olhos voltam para os meus. Isso parece
perfeito, mas de jeito nenhum seria capaz de pensar direito se
estivesse tão perto dele o tempo todo. Nunca vou fazer nada do meu
trabalho.

— Posso esperar pela minha mesa. — Mordo meu lábio inferior


entre os meus dentes. Mesmo quando digo as palavras, elas não
soam como o que quero realmente fazer. Eu realmente quero
compartilhar sua mesa, mas não quero parecer um incómodo no
meu primeiro dia. Ele pode começar a pensar que estou no caminho.

— Você não quer estar perto de mim? — Brinca. Oh cara, eu


quero, mas estava empolgada com a minha própria mesa. Nunca tive
um trabalho em que tivesse uma mesa antes. Poderei ter exagerado
um bocadinho para isso.

— Trouxe coisas para a minha mesa. — deixo escapar, então


não digo o que estou realmente pensando. Estou quase certa que
saltar para cima dele seria desaprovado pelo Recursos Humanos.
Temos mesmo esse departamento aqui? Percebo que nem sequer
fiz muitas perguntas sobre a descrição do meu trabalho. Já estou
quebrando tantas regras quando se trata do meu trabalho de
investigadora privada. Pelo menos acho que sim. Será que quebrar
outra faz tanta diferença? Quem vai saber que eu estou quebrando
elas, além do MJ?

— Nós podemos colocá-las na minha. — Sua mão cai longe da


minha bochecha. – Nossa. — corrige. É então que vejo que ele tem
minha bolsa na mão. Não me lembro dele tirando ela de mim. Eu
acho que foi quando eu quase derrubei o seu assistente. Essa foi a
segunda vez que me salvou de me machucar.

Leva minha bolsa até sua mesa, colocando-a em cima. Olho em


volta e vejo como tudo é limpo e brilhante. O lugar parece
profissionalmente decorado. Não acho que minha minúscula
estátua de elefante rosa ou as molduras em glitter das minhas fotos
com MJ, vão combinar com seu escritório.

Pulo do sofá quando ele começa a tirar as minhas coisas da


bolsa. As coisas que trouxe comigo agora estão começando a parecer
bobas.

— Está tudo bem. — Pego o globo de neve da Dolly Parton de


sua mão. Suspiro quando desliza para fora da minha mão, mas, como
o celular, ele apanha-o. Ele tem reflexos muito bons.

Ele o segura, sacudindo-o antes de colocá-lo em sua mesa com


um sorriso torto.

— Talvez você devesse estar me observando. — murmuro. Ele


está me ajudando mais do que eu a ele. Posso ser mais problema do
que vale a pena.
Eu retrocedo. As palavras da minha mãe estão rolando na
minha cabeça. Não vejo essa mulher há mais de uma década e lá está
ela em minha mente, pronta para me colocar para baixo como de
costume. Ela sempre dizia as mesmas palavras para mim: Você é
mais problema do que você vale. Elas sempre ficaram comigo. Não
importa o quanto tentei com essa mulher, nunca fui boa o suficiente,
mesmo com apenas dez anos de idade. Agora estou com medo
pensando como ela estaria certa. Estou à beira de perder mais
um emprego. Tento me lembrar de MJ. Ela é minha mãe agora e está
sempre orgulhosa de mim. Sempre que tenho uma das minhas ideias
de trabalho malucas ou escolhas de carreira, MJ sempre me apoia. É
a primeira a me encorajar e a última a julgar.

— Assistiria você o dia todo, todos os dias. — Maddox se inclina


para mais perto de mim. Me esqueço de tudo enquanto seu hálito
quente se encosta contra meus lábios. Então ele está lá, sua boca
escovando a minha.

— Ele continua tocando. — Pulo me afastando de Maddox para


ver Grant em pé na porta. Ele está com uma expressão chocada no
rosto. Provavelmente a mesma que estou usando neste
momento. Maddox Castile acabou de me beijar? Trago meus dedos
aos meus lábios. Isso realmente aconteceu? Ele me beijou. Espera,
isso conta como um beijo? Foi apenas um toque de nossas
bocas. Lambo meus lábios, vendo se posso saboreá-lo.

— Você vai fazer algo sobre este telefone tocando? Talvez


colocar em silencioso enquanto você está no trabalho. — Grant se
aproxima me entregando o telefone.

— Sinto muito. — Corro para apertar o botão aceitar a


chamada. — Não posso falar, estou no trabalho, — digo a MJ. Meu
rosto aquece. Não tenho certeza se é por causa do quase beijo ou
estar fazendo algo que não deveria estar fazendo no trabalho. Acho
que beijar o chefe está na lista de algo que você não deveria fazer.

— Ele é um idiota? — Ela responde, e todo o sangue sai do meu


rosto quando percebo que devo ter apertado o viva voz quando
atendi a ligação.

Meus olhos voam para Maddox, que ri.

— Não para ela. — ele responde. — E ela pode ter seu telefone
no trabalho. — Ele lança a Grant um olhar. Não parece zangado, mas
parece que eles podem compartilhar uma conversa silenciosa com
um olhar como MJ e eu podemos fazer.

— Ela pode fazer o que quiser. — Seus olhos voltam para os


meus. Meu coração palpita. Maddox mais uma vez fazendo tudo
melhor para mim.

— Não, ele não é um idiota. — digo a MJ, não admitindo que


talvez possa estar apaixonada por ele.
Capítulo Seis

Não é exatamente uma declaração de amor, mas está


perto. Empurro Grant para fora do escritório e pego o kit de boas-
vindas que tinha feito os Recursos Humanos prepararem para
Luna. Ela coloca o telefone longe enquanto me sento ao lado dela. É
algum tipo de tortura não ser capaz de puxá-la para o meu colo para
um beijo adequado. Não deveria ter cedido à tentação e escovar os
lábios, mas ela estava tão perto e seus lábios eram tão beijáveis que
só um monge teria sido capaz de resistir. Talvez nem mesmo um
monge.

Agora que estou sentado ao lado dela, é quase impossível


manter minhas mãos para mim. Sua saia preta é desajeitada e
enrugada, como se a tivesse tirado do fundo do armário, onde a
jogou depois da última vez que a vestiu, cerca de seis anos atrás.
Adiciono “compras” à minha lista de itens para fazer com ela. Não é
que eu particularmente me importe com o que usa, porque mesmo
com a saia preta e a simples blusa de algodão branco com a mancha
de café perto do colarinho direito, ela ainda é o anjo mais quente e
mais fodível que já vi. Ainda assim, sou forçado a participar de
muitos eventos de caridade e eventos do setor e não quero que ela
se sinta desconfortável.
— Aqui está o seu crachá. — Entrego a ela um
pequeno retângulo de acrílico preso a uma corrente de ouro. O
gerente de RH realmente conseguiu isso. O ouro é um belo
toque. Minha querida menina não precisa de nylon barato
pendurado no pescoço. — Crachá padrão. — acrescento quando
hesita em colocá-lo.

— Seu assistente...

— Grant. — forneço.

— Certo. Grant usava o dele com algo entrançado.

— É cânhamo. — minto. — Grant é muito consciente do meio


ambiente. Todas as suas roupas são feitas de fibras naturais e
tingidas com pigmentos de frutas.

— Sério? — Ela vira a cabeça para olhar na direção


do escritório do lado de fora , apenas para ser bloqueada pelas
sólidas paredes de nogueira. — Não teria adivinhado. Isso é muito
legal, mas aposto que é caro, né?

Ótimo. Tenho que começar a usar roupas com consciência


ecológica? Ternos assim existem? Eles são tingidos com tinta de
lula? A lista do pobre Grant está crescendo a cada segundo que estou
sentado ao lado da minha futura esposa. Mas é o que acontece
quando as pessoas entram em sua vida. As coisas mudam e, neste
caso, para melhor.

— Muito. Entendo que a responsabilidade ambiental é


importante para você? — Terei que ter toda a casa refeita em
madeira natural, vidro e pedra. Aquela mesa de acrílico que minha
mãe me comprou para o Natal terá que sair.
— Certo. Eu reciclo. Não fazem todos? Isso é o mínimo que
podemos fazer. Faria mais, mas é difícil encontrar coisas que não
custem uma casa inteira. Você provavelmente não sabe o que quero
dizer. — Ela enruga o nariz. — De qualquer forma, esqueça. Não é
importante.

Pego sua mão e aperto.

— O que é importante para você é importante para mim.

— É? — Ela parece surpresa.

Lembro a mim próprio que Luna está aqui porque veio me


espionar, não porque está pronta para fugir para Las Vegas para se
casar. É triste dizer, mas é verdade. Vou dar tempo para se
adaptar. Ela tem que planejar o casamento, afinal de contas, e isso
não pode ser realizado da noite para o dia.

— Claro. Quero que fique neste emprego por um longo tempo.

— Provavelmente deveria ser mais consciente


ambientalmente, mas além de reciclagem, não faço muito mais.

— Podemos melhorar juntos. — sugiro. — Qualquer idéia que


tenha sobre como melhorar, inclusive eu, quero ouvir.

— Ah, não acho que estou qualificada para isso. — diz. — Na


verdade, acho que não estou qualificada para fazer nada disto. Achei
que gostaria que atendesse telefones. Talvez fazer alguma
apresentação, não... — ela acena uma bela mão no ar. — coisas reais.

— O que você fazia, antes de te salvar do aglomerado de


pombos? — Pergunto, como se não conhecesse toda a sua história.
Ela encolhe os ombros.

— Muitas coisas. Fui a uma escola de palhaços. — Faz uma


pausa, provavelmente esperando que eu mostre algum tipo de
choque, mas simplesmente aceno com a cabeça para que continue
como se a escola de palhaços fosse perfeitamente natural. —
Entreguei pizzas, mas isso não funcionou porque o GPS estava
quebrado e continuei me perdendo. Pedi um sistema GPS diferente,
mas disseram que não estava quebrado. — Seu pequeno queixo se
inclina para cima, como se esperasse que a desafiasse sobre isso.

— Tenho certeza de que estava quebrado.

— Certo. Estava mesmo. Trabalhei em loja de roupas, o que era


bom, mas tiveram que me demitir porque sempre que alguém
perguntava se suas roupas pareciam bem, dava
uma opinião honesta em vez de mentir para que comprassem
mais. Meu chefe não gostou disso.

— É importante ser ético.

— E então. — diz, respirando fundo, — Me inscrevi para um


serviço de telegrama cantando, dizendo-lhes que tinha esse curso de
palhaço. Fui demitida e, sinceramente, foi melhor. — Ela levanta as
palmas das mãos. — Não posso fazer malabarismos. Bati minha
cabeça com um limão tão forte que fui cortada. Vê? — Ela afasta o
cabelo. — Esta é minha cicatriz.

Me inclino até que meus lábios estejam contra sua doce pele.

— Deve ter doído. — murmuro. — Vou ordenar para que


acabem com todos os limoeiros.
Quero fazer mais do que pressionar meus lábios contra sua
testa. Quero lambê-la da cabeça aos pés. Quero acariciar o lugar
secreto atrás de sua orelha e ver se isso a faz estremecer. Quero
colocar minha língua contra seus mamilos até que endureçam como
a ponta de uma bala. Quero descansar suas costas contra as
almofadas do sofá de couro, empurrar sua saia e me banquetear com
o néctar entre suas pernas até que esteja chorando por misericórdia.

Uma pequena mão sobe e pressiona o meu peito. Não sei se está
me afastando ou se preparando. De qualquer forma, me forço a
recuar. Este é o primeiro dia dela comigo. Não quero assustá-
la. Alcanço a pasta do RH.

— Aqui está o nosso manual do RH. Se tiver algum problema,


está livre para comunicá-lo para Cathy. Ela é uma ex-detetive e leva
todas as queixas a sério. Se você se sentir desconfortável,
comunique imediatamente a Cathy. Ela tem poder sobre todos aqui,
inclusive eu.

— Uau. OK. Isso soa como um bom sistema. — Ela pega o


manual. — O que quer que eu faça?

— Preciso que planeje um evento para mim. Será um encontro


íntimo para a minha família e amigos e deverá ter cerca de cem
pessoas. Terá que ter comida, um bar completo, uma banda e uma
pista de dança.

— Soa como um casamento. — sorri.

Um largo sorriso se estende pelo meu rosto.

— Exatamente como um casamento.


Capítulo Sete

— Você escolheu flores e preparou uma degustação de bolo? —


MJ pergunta enquanto sua faca corta os vegetais. Ela fatia e corta,
nem mesmo olhando enquanto faz isso. Tem toda a atenção focada
em mim. Costumava me assustar quando ela se aproximava de
mim, mas agora eu já aguardava por isso. Sua faca age como uma
parte dela. Não precisa nem olhar para o que está cortando. Sabe
exatamente o que está fazendo.

— Escolhi Buttery Bake Shop.

MJ geme, deitando a cabeça para olhar o teto.

— Deus, esse lugar é tão bom.

MJ pode cozinhar, mas não pode assar. É a única coisa que não
domina na cozinha. Mal posso carregar a máquina de lavar louça
sem quebrar alguma coisa. Fazer um bolo, ou cozinhar qualquer
coisa nem pensar. MJ e eu realmente gostamos do lugar
onde moramos, então nós duas concordamos que eu deveria ficar
fora da cozinha. Posso ter queimado uma coisa ou duas no meu
tempo, mas quem está realmente contando?

Hoje foi divertido. Maddox estava ao meu lado me perguntando


o que eu achava que ficaria legal. Cada coisa que dizia ele assentiria
de acordo. Sorria e parecia orgulhoso das minhas escolhas. Senti
como se estivesse realmente fazendo algo certo. Não queria que o
dia de trabalho acabasse e me senti mal por recusar seu convite para
jantar, mas já tinha prometido a MJ que estaria em casa para lhe
contar sobre o meu primeiro dia. Juro que pareceu desapontado por
um momento, mas me disse que a família era importante. Tão triste
quanto estava por perder uma refeição com ele, me encantou que
entendia que a família era importante. Sei que veio de uma maior
que a minha. Sempre foi só M J e eu.

— Este trabalho parece maravilhoso. — Sua cabeça se volta


para baixo, fazendo com que seu cabelo preto que ela tem num
coque bagunçado mude com ela. Ela sempre consegue ter o visual
de coque bagunçado. Você pensaria que eu seria uma mestre em
fazer de algo uma bagunça, mas não é assim que as coisas
funcionam. Quando tentei fazer o cabelo bagunçado, acabou ficando
perfeitamente perfeito. Só eu conseguiria estragar o coque
bagunçado. — Além disso, está recebendo o dobro do pagamento.

Estou recebendo mais do que já recebi na minha vida.

— Não. — admito. — É mais como quadruplicar o


pagamento. Tenho a papelada mostrando meu salário hoje.

MJ estreita seus olhos escuros.

— Ele não está pedindo para você fazer outras coisas, não é? —
Mordo meu lábio e balanço a cabeça negando, mas ela está me
observando. — Desembucha.

— Ele pode ter escovado a boca contra a minha. — admito. Ela


estala a língua, um hábito que faz quando está pensando. Não quero
que pense mal dele, então corro para acrescentar: — Ele me disse
que se houvesse algum problema ou se me sentisse desconfortável
posso ir ao Recursos Humanos.

Ele não é um cretino tentando transar com sua assistente. Bem,


não parecia assim. Não tem sido nada além de bom para mim, me
salvando dos pombos, certificando-se que eu não derramava o copo
gigante em mim mesma quando tropecei no elevador, me
encorajando neste trabalho mesmo que não tenha
nenhuma experiência de escritório. Não sabia que havia homens
como ele no mundo. É refrescante e me faz pensar se isso é algo que
tenho procurado. Posso ter cometido alguns erros hoje, mas nunca
senti que estava bagunçando tudo. Maddox estava lá comigo a cada
passo do caminho como uma mão orientadora.

Sou a única com um segredo. Sou a única com comportamento


inapropriado nesta situação, se estamos sendo honestos. Ele
praticamente convidou uma perseguidora para sua vida, pensando
que eu realmente precisava de um emprego. Ele está sendo gentil e
estou me aproveitando disso. A culpa desta situação está
ameaçando me comer viva. Não sou boa em ser evasiva. De um jeito
ou de outro, vou quebrar e isto vai explodir na minha cara. Pelo
menos vou ter a MJ. Ela sempre estará lá por mim.

Ela coloca a faca para baixo antes de começar a colocar os


legumes numa panela.

— Eu pesquisei. — MJ admite. Diz isso sem desculpas. Não


fiquei chocada por ter procurado Maddox. Aposto que descobriu
mais sobre ele do que eu. Eu poderei saber sobre publicidades e
coisas que você poderia procurar no Google, mas ela pode obter os
detalhes sujos. Sempre sabe das fofocas. Acho que cozinhar para os
ricos e famosos tem mais vantagens do que só o dinheiro. — Ele está
limpo. Talvez muito limpo. — Estalou a língua novamente.

Eu ri. Ela não quer que ele seja um idiota, mas não gosta que ele
é todo bom e honesto sem nenhuma mancha. Meu telefone toca.
Pego, esperando que seja uma mensagem de Maddox, mas vejo que
é o endereço de e-mail de investigadora que configurei. Clico na
caixa de correio, sabendo que preciso responder à Sra. June em
breve. Ela vai querer uma atualização. Não contei sobre ser
contratada ainda; algo está me segurando.

Vejo que é outro e-mail de Freddy Malachi. Acho que o nome é


falso. Tem que ser porque esse nome é assustador. Me mandou um
e-mail alguns dias atrás sobre um trabalho de investigação. Apaguei
o primeiro e-mail por causa do nome. Quando MJ viu que coloquei
meu anúncio de investigadora privada no Craigslist3, me fez deletá-
lo e me disse para não pegar nenhum cliente que viesse daquele site.
Insistiu que parasse de postar fotos minhas com meus anúncios. Ela
acha que é muito perigoso ter essa informação tão facilmente
disponível. Pense na ironia disso. MJ não quer que as pessoas saibam
como me pareço, mas estou fazendo propaganda de serviços para
entrar na vida das pessoas por dinheiro. Tentei argumentar,
mostrando que os outros investigadores usam fotos, mas ela não
estava aceitando. Ela apontou que eles são todos homens velhos e
eu ia ter pessoas assustadoras me procurando e ela teria que cortar
esses filhos da puta. Acho que ela estava fazendo uma grande
tempestade num copo de água, mas mantive isso para mim
mesma. Não quero que ninguém seja cortado e ela pode estar

3
Craigslist é uma rede online que disponibiliza anúncios gratuitos aos usuários. São anúncios de
diversos tipos, desde ofertas de empregos até conteúdo erótico.
certa. Este Freddy está empurrando os limites. Clico no e-mail para
dizer que não estou aceitando mais trabalhos, mas grito quando vejo
um pau.

— O quê? — Ela gira do fogão para olhar para mim.

— Tenho um pau no meu telefone. — Viro meu telefone para


mostrar a ela .

— Não quero ver essa merda. — Aperto apagar, fazendo um


favor a nós duas. — Bloqueie este e-mail, Luna. — diz usando seu
tom de mãe em mim e me certifico de fazer isso. — Te falei sobre o
anúncio da Craigslist. — Ela balança a cabeça, voltando a cozinhar.
O cheiro de bife enche a sala e desejo que Maddox estivesse aqui
para provar a comida de MJ. De onde vem esse pensamento não sei,
mas parece certo, ele estar aqui conosco.

— Quando provaremos esses bolos? — Ela desloca meus


pensamentos para longe da foto do pau. Sei que provavelmente se
sente mal por praticamente me repreender como uma
adolescente. Respeito MJ e ela é como uma mãe para mim, então não
fico ofendida quando usa esse tom. Sei que sempre tem meus
melhores interesses no coração e não quer que nada de ruim
aconteça. Pode ser difícil sermos as melhores amigas, irmãs e ela ser
como mãe para mim, mas fazemos com que funcione.

— Amanhã. — Me animei até o meu e-mail apitar. Eu olho para


o meu telefone novamente.

— Você não tem que dizer nada a ela. — diz MJ enquanto vem
para ficar ao meu lado para olhar o meu e— mail. — Poderia parar
de trabalhar para ela. Manter este novo trabalho.
Isso parece legal. Isso também significaria que falhei noutra
carreira. O que aconteceria se Maddox descobrisse como nos
conhecemos? Também me demitiria. Isso doeria. Só eu
poderia me colocar numa situação como esta. Tenho que seguir
adiante com essa coisa de investigadora privada, embora não me
sinta bem fazendo isso. Odeio o quanto estou em conflito sobre tudo
isso.

Observar um estranho é uma história completamente diferente


de observar alguém que é gentil com você e parece ser uma pessoa
genuína. A única coisa que posso fazer é levar um dia de cada vez,
mas já me sinto tão dilacerada e só passei um dia com Maddox. O
que vai acontecer quando passar mais tempo com ele? Vou me
apaixonar loucamente. Isso é exatamente o que vai acontecer ou
pode já ter acontecido. Isso é assustador de pensar também. Sei que
serei a mesma sobre o amor. Vou acabar sendo a garota maluca
contratando um detetive para segui-lo. Entendi. Maddox não fez
muito hoje, mas gostei de estar perto dele. Seria uma mentirosa se
dissesse que não queria que tentasse me beijar novamente. Um beijo
real dessa vez. Quero saber se tem gosto daqueles cafés doces que
Grant está sempre trazendo para ele.

— Qual é o nome dela? — MJ pergunta, tirando o telefone da


minha mão e buscando por ela. Faz o clique com a língua e sei que
sua mente está correndo novamente. Posso dizer pelo pequeno
beicinho nos seus lábios que MJ não se importa com a mulher. Pode
não saber quem é, mas MJ tem um bom senso sobre as
pessoas. Estou supondo que está recebendo uma vibe ruim dessa
minha cliente anônima. Inferno, não sei quem ela é, mas estou
começando a ficar curiosa sobre o motivo de me contratar. Mais
importante, quero saber por que precisa de alguém para seguir
Maddox Castile. Por que quer tanta informação sobre o meu
Maddox? Para mim e até para MJ ele parece estar subindo e subindo
no conceito. Não consigo encontrar uma falha. Espera. O ouvi dizer
algo sobre não gostar de queijo cremoso. Quando olhei para ele
como se fosse louco, ele disse-me que eu poderia comer o seu. Foi
assim que voltou a ser perfeito novamente.

— Oh merda. — sussurro.

— Sim, você tem uma grande paixão por seu chefe. — MJ diz,
lendo minha mente. Ela está sempre dois passos à frente. Me lembra
um pouco de Grant. Aqueles dois iriam se dar bem ou matar um ao
outro. Agora, eles poderiam ter seu próprio reality show.

Meu telefone toca e sorrio quando vejo que é um texto desta


vez. MJ coloca um prato de comida na minha frente.

Maddox: Amanhã você é minha novamente.

— Acho que ele também gosta de você. — MJ cutuca meu


ombro.

— Você parece realmente bem com tudo isso.

— Você está sorrindo. — Ela cutuca seu ombro com o meu. –


Ele tem sido bom para você. Não começou hoje. Está acontecendo há
algumas semanas.

Ela está certa. Tem sido. Minha própria pequena obsessão com
Maddox crescendo a cada dia. Quando cruzei a linha de
investigadora para perseguidora?
Maddox: Vou trazer café da manhã. Queijo creme extra.

Começo a responder, mas ele me ultrapassa nisso.

Maddox : Também.

Olho para MJ, que como sempre está sendo intrometida. A vejo
dando um meio sorriso. Acho que gosta dele, mas não vai me deixar
saber disso. Ainda não pelo menos. Ela é mais uma pessoa de
esperar e observar, se não consegue ter uma idéia de como as coisas
podem sair. Gostaria de ter a mesma paciência.

Luna: Isso é muito fofo.

Maddox: Só para você.

MJ puxa meu cabelo.

— Coma. Você vai se sentir melhor depois que sua barriga


estiver cheia. — É a resposta dela para tudo.

Começo a comer, rezando para que, por uma vez, tudo não
exploda na minha cara. Quantas vezes uma garota pode realmente
estragar tudo?

Posso realmente ter todo o azar do mundo? Mesmo se sair do


outro lado com Maddox, quanto tempo ele vai querer ficar? Enfio
um pedaço de bife na minha boca. Ele derrete como sempre. Não
vou pensar sobre a minha mãe biológica agora. Ela não vai estragar
isso para mim. MJ me ama. É tão difícil acreditar que talvez Maddox
possa achar meus defeitos cativantes, ou talvez eu esteja o
alcançando. Neste ponto, vou pegar qualquer coisa, desde que possa
segurá-lo um pouco mais.
Capítulo Oito

Luna chega cedo, sem o copo de isopor gigante, mas usando a


mesma saia feia com uma blusa diferente. Seus pés estão enfiados
num par de sapatos gastos. Ela está sorrindo, mas seus olhos
parecem cansados.

Pego sua mochila gigante e lhe entrego uma xícara de café e o


bagel.

— Há queijo creme no meu escritório.

— Você é um anjo. — geme depois de engolir um gole saudável


do café.

Meu pau se levanta no som gutural.

— E você estará recebendo café novo a cada hora.

Cada minuto, se continuar fazendo esses barulhos. Se é assim


que ela responde a uma boa xícara de café de manhã, o que faria se
acordasse com meu rosto entre as pernas, chupando seu clitóris e
lambendo sua boceta suculenta?

— Sr. Castile, tem uma ligação na linha um. — A voz de Grant


rompe minha fúria sexual.
Me esqueci que meu assistente está sentado em sua mesa, não
que teria mudado algo. Estar perto de Luna torna meu autocontrole
inútil. Quando a vejo, meu pensamento primordial é como quero
levá-la ao chão, arrancar suas roupas e fazer amor com ela até que
goze muitas vezes para que não consiga fazer qualquer coisa além
de se enroscar nos meus braços e dormir.

— Sr. Castile, seu telefonema? — Grant limpa a garganta e olha


significativamente para o telefone.

— Certo. Vou atender no meu escritório. Sua mesa chegou,


Luna. Por que não entra e dá uma olhada?

— Minha nova mesa? — Seus olhos brilham.

Grant quase voa sobre sua mesa na pressa para chegar ao meu
lado.

— A ligação é com Leo Davids sobre o acordo de Londres.

O acordo de Londres é um acordo de investimento de dois


bilhões de dólares para reformar um bloco de prédios antigos em
Picadilly Circus, em Londres. Eu tenho trabalhado nisso com Davids
por quase um ano agora. Só falta uma unidade para comprar e estão
esperando uma quantia obscena de dinheiro por ela. Davids tem
trabalhado no último vendedor e o telefonema é provavelmente
para dizer se teve sucesso ou fracassou. Grant não quer que Luna
saiba dos detalhes, mas ela será minha esposa, o que significa que
saberá tudo sobre mim, até o último número da minha conta
bancária.

— Tudo bem, Grant. Luna entende que tudo isto é confidencial.


Minha querida menina quase engasga com o bagel. Pobre
criança, a culpa está devorando-a. Esperançosamente, ela me
contará a verdade um dia destes ou Grant descobrirá quem a
contratou e nós poderemos atacar a situação desse ângulo.

— Vá para o escritório, Luna. — A empurro suavemente em


direção à porta. Grant desliza para fora do caminho, mas não sem
me dar uma carranca.

— Você fez algum progresso no projeto Lua? — Dirijo por cima


do ombro enquanto sigo Luna para o escritório.

— Ainda não. — Ele solta um suspiro. — Acho que vou mudar


isso na minha lista de prioridades, uma vez que poderia afetar todo
o resto do nosso negócio.

— Por favor, faça. — Fechei a porta atrás de mim. Luna parece


um pouco perdida.

— Não havia uma estante de livros aqui? — aponta para a


parede do fundo que agora contém um aparador branco e um Monet
que comprei há alguns anos e tive na minha cobertura até a noite
passada. Em frente ao quadro e ao aparador há uma mesa branca e
dourada combinando com uma cadeira de escritório branca com
uma manta de pêlo para que sua bunda não fique dolorida.

— Havia.

— E havia cadeiras aqui. — Ela aponta para o espaço que está


ocupado atualmente por sua nova mesa.

— Sim. — Pego meu telefone. — Sinta-se à vontade para


explorar e mudar as coisas se não gostar delas. Olá, Leo, desculpe
por mantê-lo esperando. Meu escritório está passando por algumas
mudanças.

Leo Davids me atualiza, e olho uma das melhores mudanças do


momento enquanto ela caminha, explorando todo o novo mobiliário
e obra de arte.

— O banco não vai vender, mas a família quer. Estão precisando


desesperadamente do dinheiro para sustentar esta velha casa de
campo mofada. — Leo late ao meu ouvido.

Luna se senta na cadeira. Seus olhos se arregalam quando


esfrega a mão sobre o pêlo macio. Minha garota adora texturas
suaves e sedosas. Não posso esperar para substituir todas as suas
coisas por produtos de luxo. Se há alguém neste mundo que merece
ser banhado em seda e peles, é ela.

— Qual é o problema do banco?

— Dinheiro, claro. Querem mais do que o valor de mercado,


desde que compramos o quarteirão inteiro. Se soubesse que o
dinheiro iria direto para a família, pagaria imediatamente, mas a
taxa fiduciária nessa propriedade é de quase quinze por
cento. Pessoalmente acho que alguém no banco coagiu o antigo
dono a assinar isso porque ninguém concorda em pagar a um
administrador tanto dinheiro.

— Então, vamos ao tribunal ou pagamos o excedente excessivo


ou simplesmente trabalhamos em volta da propriedade.

— Essa unidade é no centro. É precisamente no centro da rua


virada para o sul, que tem a vista mais bonita.
— Então fazemos com que todas as outras ruas fiquem mais
bonitas e esquecemos a rua virada para o sul. Isso será para o
estacionamento e lixo.

Luna começou a abrir gavetas. E encontra o cartão de crédito


preto que tinha emitido em seu nome e o segura, confusão escrita
em todo o rosto.

— Tenho que ir, Leo. Confio em você para tomar a decisão


certa, seja ela qual for. — Interrompo a ligação e atravesso a sala. —
Isso é para você.

— Para o planejamento da festa? — Pergunta.

— Para isso e qualquer outra coisa que queira usá-lo. — Enrolo


minha mão ao redor da parte de trás de sua cabeça. Seu cabelo é
macio e sedoso. Deve ter tomado banho recentemente porque há
uma ligeira umidade em seus cachos. Me inclino e inalo o cheiro do
xampu. É fresco e leve, com um toque de limão. Enfio meus dedos
pelos fios e massageio seu couro cabeludo. — Você deveria ir a um
spa e fazer alguns tratamentos. Esse trabalho pode ser estressante.

— Eu comecei ontem. — protesta. — Não tive tempo suficiente


aqui, para ser estressante.

— Grant discordaria. Agora, está tudo aqui ao seu gosto?


Qualquer coisa que devemos mudar?

Ela balança a cabeça levemente, com cuidado para não


desalojar minha mão. Seus olhos se arregalam quando movo minha
palma da parte de trás de sua cabeça até o queixo. Estico meu
polegar para cima e esfrego seu lábio inferior, puxando para baixo
até que possa sentir a parte úmida molhando a ponta do meu
polegar.

— Se há algo que quer, só precisa dizer a palavra.


Capítulo Nove

Minha respiração para quando seu polegar puxa meu lábio


inferior. Todo o meu bom senso sai pela janela quando olho para
aqueles olhos verdes. Eu ia ser profissional hoje. Reiterei isso para
mim mesma mais que uma vez na subida do elevador até aqui. No
entanto, quero desesperadamente que me beije. Um beijo
verdadeiro desta vez, mas sou muito tímida para me inclinar e
roubar um.

Minha língua sai rapidamente, tentando roubar um gosto


dele. Tudo que sinto é o estúpido e maravilhoso café que tomei
momentos atrás. Nunca pensei que iria amaldiçoar café, mas
Maddox me fez fazê-lo. Provavelmente ele poderia me convencer a
fazer muitas outras coisas.

Preciso prová-lo melhor. Ouço-o gemer quando minha língua


faz contato com seu dedo. Ele não para de deslizar para frente e para
trás. Não sei há quanto tempo estamos assim. Talvez tenha sido
apenas um segundo, mas estou perdida nele por um momento.

Minha mente não alcançou as palavras que ele está


dizendo. Seus lábios estão se movendo, mas estou tão perdida no
momento que não consigo compreender o que está vindo de sua
boca. Fecho meus olhos para tentar me controlar. Sua mão cai do
meu rosto e imediatamente sinto falta do seu calor. Meus olhos
se abrem, perdendo o que diz novamente. Disse que poderia ter
qualquer coisa que pedisse?

— Luna, tenho a Fairytale Boutique na linha para você. — Meu


olhar voa para Grant, que está de pé na porta. Olho de volta para
Maddox, que não se move de onde está. Há algo pesado em seu olhar.

Ele está tão perto que parecemos pertencer um ao outro. Nós


não parecemos mais um chefe e sua assistente, mas mais como um
casal. Seus olhos estão focados em mim, não se importando que
Grant esteja nos vendo assim. Não é assim que começam os
boatos? Esta é a segunda vez que Grant nos flagra sendo mais
íntimos do que deveríamos ser. Oh Deus, e se ele está apenas
acostumado com isso! Não, não vou acreditar nisso. Não quero, mas
sei que um dos meu defeitos é ser muito crente. Aprendi isso do jeito
mais difícil, muitas vezes.

Rapidamente me viro e vou para minha mesa. Juro que ele ri


quando ando direto para a minha nova cadeira. Ele me virou do
avesso. Meu corpo está quente com seu toque e ainda estou
tentando ver se consigo encontrar um gosto sutil dele na minha
língua. Meu foco precisa estar neste trabalho. Tenho que continuar
me lembrando de que tenho um trabalho a fazer. Um que posso
fazer de uma cadeira super confortável e uma mesa maravilhosa.

— Obrigada, Grant. ‘ guincho muito alto quando pego o telefone


para atender a florista. Maddox fica lá me observando. Ele não tem
trabalho para fazer hoje também? Não posso pensar com ele tão
perto.
— Nós só queríamos confirmar que precisa destas flores para
este sábado, Sra. Castile.

Isso me leva de volta à realidade.

— Senhorita Higginson. — corrijo a mulher ao telefone.

— Soa muito bem. — diz Maddox, em pé perto o suficiente para


ouvir o que a mulher está dizendo. Seu rosto parece tão sério. Soltei
uma risada estranha, tentando esconder minha necessidade de
concordar com ele. Parece muito legal. Luna Castile, digo na minha
cabeça. Parece perfeito.

— Luna Castile.— A florista que lê mentes diz através do


telefone, transmitindo meu pensamento em voz alta.

— Higginson. — digo a ela. As sobrancelhas de Maddox


franzem juntas. Pela primeira vez, acho que fiz alguma coisa
errada. Olho em volta da minha mesa para ver se derrubei
algo. Talvez meu café tenha sido derrubado de lado, sujando minha
nova e bonita mesa. — Higginson Castile. — digo apressadamente
enquanto tento concertar a bagunça que fiz, mas não encontro nada.

— Higginson Castile? — Foi o que acabei de dizer? Oh meu


Deus, foi.

Maddox solta uma risada.

— Luna Higginson. — eu digo finalmente.

— Tem certeza? — Pergunta a mulher. Não tenho certeza de


nada agora. A única coisa que sei é que preciso tirar esta mulher do
telefone antes que tenha que me arrastar para debaixo da mesa com
vergonha.
— Chame-a de Castile. — Maddox diz alto o suficiente para a
mulher ouvir. Sua voz cai só para mim. — É mais fácil e está tudo
bem. Como disse. Soa muito bem. — Ele se vira, voltando para sua
mesa. O vejo se sentar casualmente. Não está bem! Vou começar a
rabiscar o nome. Eu sou uma doodler4 e sei que poderia fazer o
nome Castile parecer tão bonito com as minhas canetas.

Imagine o quão legal meu nome ficaria escrito com as canetas


que Maddox me deu. Estou rabiscando com a melhor caneta . Meus
pequenos rabiscos vão ser incríveis. Já sei que vou ceder à tentação
e serei pega. Nem vou me incomodar tentando esconder isso neste
momento.

— Pensei que tinha razão. — ela diz com uma presunção. —


Sábado? — pergunta novamente.

— Sim, sábado. — confirmo. Afasto meus olhos de


Maddox. Poderia olhá-lo o dia todo se me deixassem. Realmente
preciso planejar essa festa. Estou ficando sem tempo. Quem faz algo
tão grande no último minuto? Alguém que o possa pagar. Isso é
certo. Pego o cartão de crédito preto, brincando com ele na minha
mão.

— Perfeito. Tenho alguém a caminho para deixar amostras


frescas. Ele deve estar aí sem demora. Se há algo que não goste ou
queira mudar, por favor me avise e nós cuidaremos disso para você.

— Obrigada. — Estou animada para ver as flores. Escolhi rosa


claro e dourado como as cores do evento. Peônias rosa combinadas

4
Doodler: é o tipo desenho ou esboço realizado ao acaso, quando uma pessoa está distraída ou ocupada.
Uma Doodle é alguém que possui o habito de fazer desenhos rabiscados.
com pequenas rosas em dourado. Estou morrendo de vontade de as
ver pessoalmente. Sempre amei o quão grandes as peônias podem
ficar. Elas começam com botões pequenos que parecem escondidos
mas florescem e ficam maiores do que você pode imaginar.

— De nada, Sra. Castile. — diz antes de desligar. Meu coração


dá um pulo quente de desejo. Desligo o telefone, tentando voltar ao
trabalho. Me perco nas configurações das mesas por um tempo. Não
tinha ideia de que poderia haver tantos tipos de toalhas de mesa
para escolher. É ridículo a quantidade de opções. Não consigo
escolher meu favorito.

— Desisto. — Caio de volta na minha cadeira, olhando para a


tela do computador. Num instante Maddox está ao meu lado. Quase
pulo porque não sei como se moveu tão rápido.

— O que há de errado, querida menina? — Pergunta. Ele


continua me chamando querida. E me pergunto se é um termo que
usa com todas as mulheres, como Larry da padaria próxima da
minha casa, que chama todo mundo de gata. Nós não temos tido
contato com muitas mulheres para eu descobrir.

— Não consigo escolher uma toalha de mesa. —


admito. Quando digo em voz alta, sei que parece bobo. Estúpido
realmente. A tarefa é tão fácil. Ele disse para eu pegar o que quisesse
e agora eu estou incomodando-o com o que eu deveria fazer. Ele me
contratou para fazer este trabalho e eu deveria estar cuidando disso
sozinha.

— Há muitas opções para escolher. — Ele balança a cabeça,


olhando para a tela do computador comigo. Ele estar irritado com
elas também me faz sorrir.
— Essas me lembram seus olhos, então por que não essas? —
Aponta para umas que eu já havia separado. Realmente gosto
dessas, mas pensei que poderia ser muito feminino. Não reajo ao seu
comentário sobre meus olhos. Guardo esse pequeno elogio para
mais tarde.

— Tem certeza? Quero fazer tudo certo. Todos os seus amigos


e familiares vão estar lá. Estou curiosa para saber porquê que eles
estão se reunindo para comemorar, mas não me atrevo a
perguntar. Se quisesse que eu soubesse, já teria me dito. Pode ser
uma festa surpresa.

— Nunca vi nada mais impressionante do que seus olhos. Então


é claro que é a escolha perfeita. — Ele se vira, deixando-me sem
palavras. Meu telefone toca, lembrando-me de voltar ao
trabalho. Quando olho para baixo, meu coração cai. É um texto de
June. Ela nunca me manda mensagem. Tudo sempre foi feito por e—
mail. Nós conversamos por telefone uma vez e nos encontramos
pessoalmente uma vez também.

June: Por que não está respondendo ao meu e-mail?

Droga. Acho que envia para ela um recibo de leitura para saber
que vi o texto.

June: Almoço hoje ou está demitida.

Vou falhar. Novamente. Talvez seja hora de acertar as minhas


contas.

— Posso ir almoçar? — Olho para Maddox.


— Claro, vou pegar o seu almoço. — Está de pé, pronto para o
conseguir agora, aparentemente. — Ia pegar antes da degustação de
bolo ao meio-dia, mas podemos comer agora, se quiser. Não te dei
café da manhã o suficiente?

Meu bagel estava perfeito. Na verdade ainda estou um pouco


cheia. Tinha o melhor queijo creme que já provei.

— Esqueci do bolo. — lambo meus lábios, colocando meu


telefone de volta. Não quero ir a lugar nenhum agora.

— Vou sair e volto. Preciso resolver algo, é rápido. — Não tenho


que comer com June. Quero comer os bolos de degustação com
Maddox e comer qualquer comida maravilhosa que vai nos trazer
para o almoço. Com o jeito que ele e MJ me alimentam, nunca serei
capaz de caber num vestido para o sábado. Espera. Nem sei se sou
convidada. Não mandei para mim um desses convites
extravagantes.

— Chamo um carro para você? — Sua mão desce na minha


cadeira. Não parece muito feliz com a ideia.

— Não, vou ficar bem. ‘ Levanto-me, pegando meu telefone. —


Vou ser rápida. — Dou a Maddox um último longo olhar antes de me
virar para a porta. Agarra meu cotovelo num aperto firme, mas
suave, me voltando para ele. Sua boca desce sobre a minha,
roubando meu fôlego por um momento, em choque por estar me
beijando. Suspiro quando sua língua desliza ao longo da costura da
minha boca pedindo um convite.

Separo meus lábios, obtendo meu primeiro gosto real


dele. Tem gosto de hortelã e algo mais que não posso
explicar. Aprofunda o beijo e me vejo empurrando meu corpo para
o seu, querendo estar mais perto. Quando se afasta estou sem
fôlego. Dá um passo para trás de mim. Não consigo ler seu rosto, mas
odeio o espaço entre nós agora.

— Vá, minha querida. — pensei que ia dizer outra coisa. Parecia


que estava na ponta da sua língua. Me viro, e saio meio correndo de
seu escritório antes de voltar e me jogar nele. Grito um até mais
tarde para Grant quando aperto o botão do elevador uma e outra
vez. Finalmente abre. Caio dentro, apertando o botão do
térreo. Quando as portas finalmente fecham, minha mão vai para
meus lábios, ainda o sentindo ali.

Meu telefone toca de novo e sei que é June. Exigindo seu


encontro durante o almoço. Tem todo o direito. Está me pagando
por um trabalho. Só eu poderia estar falhando em dois empregos ao
mesmo tempo.
Capítulo Dez

— Deixe-me ver se entendi. Estamos observando sua nova


contratada que por acaso está te perseguindo, mas você não se
importa, porque vai se casar com ela. — Meu irmão, Cullen, ergue a
cabeça e me examina para ver se perdi a cabeça.

— Está correto. — bato na tela. — Podemos ampliar? As


câmeras no meu escritório têm um recurso de zoom. — Luna está
sentada em frente a uma mulher que nunca vi antes.

— Porque pagou uma fortuna por isso. Esta é uma câmera de


segurança num café. Nós temos sorte que eles até tenham uma. —
puxa meu dedo para longe. — Já contou a mamãe?

— Não. A própria Luna não tem consciência dos meus planos e


acredito que a noiva deve saber antes da mãe do noivo.

— Sim, você ficou maluco. Gastou muito tempo no seu grande


escritório nesse arranha-céu e não se deu conta que não pode
simplesmente escolher como você faz com comida, carros e
imóveis.— Cullen morde o pão.

— Não escolhi nada. Ela veio até mim. — A mulher em frente a


Luna está agitada. — Por que não temos áudio?
— Porque me ligou há uns dez minutos para exigir que
invadisse um sistema de segurança num café a um quarteirão do seu
escritório e, se não fizesse isso, alguém poderia morrer.

— Sim, esse alguém era você. — Eu franzo a testa enquanto a


desconhecida bate a palma da mão na mesa. — Se alguma coisa
acontecer com Luna, então alguém terá que pagar.

— Sou seu irmão.

— E é por isso que te chamei em primeiro lugar.

— Para um irmão mais novo, você pode ser um verdadeiro


tirano.

— Você é o único com um distintivo. — lembro. — Essa mulher


parece perigosa para você? Está batendo na mesa muito forte.

— Nah, o pior que vai fazer é jogar um copo de água no rosto


da sua garota.

— Não gosto disso. — Assisto a cena em preto e branco na tela


á minha frente. — Terá que prender a mulher se fizer isso.

— Sob quais acusações?

— Assédio. Violação da paz. Conversar agressivamente contra


minha esposa.

— Você não é casado.

— Nós seremos em breve. Acho que você está bravo agora,


porque encontrei alguém, e você será o único a enfrentar a ira de
nossa mãe.
Cullen afunda em seu assento.

— Não me lembre. Pensei que você morreria solteiro. Disse que


as mulheres eram um incômodo que só queriam seu dinheiro.

— Luna não é uma mulher. É uma deusa que não foi descoberta
por meros mortais.

— Ok, tudo bem, mas já que é um mero mortal, imaginei que


seria solteiro pelo resto da sua vida. Mas, aqui está você, querendo
casar com uma garota que não conhece e que provavelmente está se
encontrando com alguém que a contratou para encontrar material
para te chantagear.

— O que há para encontrar? Trabalho, como, durmo e volto a


trabalhar de novo.

— Outra razão porque pensei que seria solteiro pelo resto da


sua vida. Mas em resposta às suas perguntas, se ela soubesse de algo
para chantageá-lo, não teria que contratar sua investigadora.

— Futura esposa. — corrijo. Tomo o café da mão do meu irmão


Cullen e dou um grande gole. A mistura rançosa e queimada bate na
minha língua como um soco. Tusso.

— O que diabos está bebendo? — Empurro o copo de volta em


sua mão, ignorando o sorriso.

— Se fizer ele ruim, ninguém vai querer beber. — Inclina a


cabeça para trás e engole o resto do conteúdo antes de amassar o
copo em seu punho.

— Horrível. Não posso acreditar que um garoto da Park Avenue


como você iria sucumbir a beber café queimado.
— Este é um café feito há dois dias, também. — Balança o copo
esmagado na minha cara com orgulho.

— Quantas pessoas na sua delegacia sabem que pode comprar


esta cafeteria?

— Um, só o capitão e isso porque mamãe fez essa doação


obscena para o fundo das viúvas e órfãos, num esforço para me
conseguir uma promoção.

— E foi promovido. — indico. Luna está agora tentando


explicar algo para a outra mulher. Não parece que as palavras dela
estão causando impacto.

— Mas tive que devolvê-la porque quero ganhar essa merda


por conta própria. — Cullen bate no distintivo preso ao cinto. — Eu
mereço e o time me respeita por isso.

Não respondo, não que sua declaração precise de uma, mas


porque Luna está em pé agora. A outra mulher também está. E não
parece feliz. É hora de sair.

— Vamos lá.

Minha mão está na maçaneta da porta quando ele pergunta.

— Nós dois?

— Sim. Você tem o distintivo. Pode precisar prender essa outra


mulher.

— Com base em quê?

— Assediar minha esposa.


— Ela não é sua esposa ainda.

— Ela vai ser.

A mulher desconhecida sai tempestivamente do café.

— Quero cada centavo de volta na minha conta até o final do


dia.

— Posso pagar na próxima semana.

— Hoje! — Grita a mulher, com o cabelo loiro e liso tremendo


de raiva.

Luna faz uma careta e pede desculpas pelo que soa como a
quarta ou quinta vez.

— Pagarei de volta. Cada centavo, mas não sou paga até a


semana que vem.

— Quanto ela deve a você? — Pergunto.

As duas mulheres se viram e olham para mim com


surpresa. Sorrio para Luna, puxando-a para o meu lado.

— Senti sua falta. — dou um leve beijo em sua testa.

Um grito de raiva soa tão alto que os pássaros de Nova Jersey


se assustam. Me volto para a mulher.

— Existe algum problema?

— Você deveria ser meu. — grita. — Você pertence a mim! —


Um dedo vermelho treme de raiva quando aponta para mim.
— Sinto muito. — sussurra Luna. — Sinto muito sobre tudo
isso.

— Não sinta.

— Afaste-se dele. — A mulher agarra o braço de Luna.

Empurro Luna pelas minhas costas e direciono uma expressão


decepcionada para o meu irmão.

— Pensei que disse que ela não era violenta.

— Não. Eu disse que ela estaria mais propensa a jogar água no


rosto de Luna, mas isso foi antes de você decidir jogar gasolina no
fogo. Estou revendo minha opinião.

— Como sabe o meu nome? — Luna chia atrás de mim.

— Luna, este é meu irmão Cullen. Cullen, minha futura esposa.

— ESPOSA? — Gritam as duas mulheres em coro.

— Sim. Vamos nos casar no sábado.

— Oh, Cristo. — diz Cullen, pegando suas algemas, ao mesmo


tempo em que a mulher desconhecida se lança para mim com as
garras de fora.
Capítulo Onze

Grito por trás de Maddox, que está entre June e eu. Cullen
agarra-a antes que possa chegar a Maddox. Fico lá em choque que
ela tentou atacar Maddox. Ok, talvez isso não seja tão chocante. A
certa altura, quando estava sentada à mesa com ela, pensei que ela
saltaria sobre a mesa e me bateria.

Desisti. Não houve escolha. Ela não concordou comigo no


começo, mas depois de alguma forma transformou tudo nela me
demitindo. Desistir ou ser despedida, não me importei. Só queria
limpar as minhas mãos com este caso, porque depois daquele beijo,
sabia que não podia falar nada sobre Maddox. Não poderia nem
mesmo dar-lhe o documento que me deu com todas as informações
financeiras dele. Não me importava que tivesse dito que era um
registro público. Ainda parecia errado. Não queria trair a sua
confiança e entregar o papel parecia como se estivesse fazendo isso.
Suas ações durante o almoço me fizeram sentir agradecida por não
ter dado nada que pudesse usar contra Maddox. Ela é mais louca do
que todos nós. Acho.

Ou talvez eu esteja em choque por Maddox ter dito que vamos


nos casar neste sábado. Tudo se encaixa, esta festa que estou
planejando é o nosso casamento. Empurro esse pensamento maluco
porque não há maneira de eu estar organizando meu próprio
casamento. O evento que estou organizando é neste fim de
semana. Não estou nem namorando Maddox.

Quem se casa sem fazer certas coisas primeiro? Você sabe,


como ir a encontros como namorados, ficar noiva, e acima de tudo,
com a futura noiva sabendo que se vai casar. Estou começando a
sentir que realmente estou num dos reality shows que a MJ ama
muito.

— Quero uma ordem de restrição. Ela nunca deve se aproximar


da minha querida menina novamente. — Maddox envolve um braço
em volta de mim, me puxando para perto. June está algemada, sem
poder ir a lugar nenhum. Cullen tem um firme controle sobre ela,
mas Maddox age como se ela pudesse me atacar a qualquer
momento.

— Querida menina? — June grita tão alto que meus ouvidos


doem. Quero corrigi-la e dizer esposa, mas isso também me deixaria
louca porque não sou sua esposa. Meu nome não é Luna Castile, não
importa quantas vezes o rabisquei. — Ela é sua perseguidora, é o
que ela é! Ela te contou que está te observando há semanas? Que
estou pagando a ela?

June deixa todas as cartas na mesa. Pode muito bem mostrar


tudo. Isso é o que MJ chamaria de um show de merda. Ela iria
amar. Talvez não, se estivermos no meio, mas de longe estaria
gostando disto. Para ser honesta, desde que estou no meio de tudo
isto não tenho certeza de como vai responder quando contar tudo a
ela. Se estivesse aqui, June estaria em pior situação do que agora,
com algemas nela. Não há como MJ defender alguém que age de
maneira ameaçadora para mim. Embora desejasse que estivesse
aqui para me consolar, estou feliz que não esteja por sorte de June.
— Me perguntei quem estava pagando. É um pouco
decepcionante ouvir que não estava me perseguindo por sua
própria vontade, mas vou perdoá-la. — responde Maddox.

Cullen balança a cabeça. É claramente a única pessoa sensata


aqui. Olho para Maddox. Seu rosto completamente sério.

— Você sabia? — Pergunto.

Seus olhos abaixam para encontrar os meus.

— Te trouxe para mim.

Meu coração palpita. Sem June não teria conhecido


Maddox. Nunca teria tido aquele beijo que virou meu mundo de
cabeça para baixo. Agora está sendo invertido novamente e não sei
o que está acontecendo ou não. Quem está certo ou errado
aqui. Mais importante ainda, não sei quem é louco e quem é sensato
neste momento.

— Tenho que ir. — Tento me afastar de Maddox, mas ele não


me deixa ir.

— Onde quer ir? — Procura no meu rosto por algo. Se


encontrar algo, deve me deixar saber porque nem eu entendo o que
estou fazendo agora. Só sei que preciso sair daqui. Nunca consigo
pensar direito quando estou tão perto de Maddox. Porque tudo que
quero é dizer para irmos para a degustação de bolos.

— Casa.

Sinto seu corpo endurecer.


— Deixe-a ir, Maddox. Está assustada. — Cullen aconselha.
June continua tagarelando. Não estou ouvindo.

— Deixe-me levá-la? — Ele deixa seu braço em volta de mim


cair, mas não se move do meu lado. Dois policiais uniformizados
entram, levando June de Cullen.

— Você não presta como investigadora privada. — June grita


enquanto é escoltada. Os eventos de hoje foram esmagadores e só
quero chegar em casa para MJ neste momento. As últimas palavras
de June me atingiram, aquela insegurança profunda dentro de mim
que minha mãe cimentou lá. Nunca vou ser boa em nada. Maddox
merece algo melhor que isso. Vou estragar tudo como esposa
também. Sei de que tipo de família veio. É linda e brilhante. Tive um
vislumbre de todos eles na minha pesquisa e todos eles estão
estabelecidos, tendo essas grandes vidas. Cada um deles é realizado
em suas carreiras.

— Posso ir sozinha para casa. — Passo por trás de Maddox. Ele


começa a se mover em minha direção, diminuindo o espaço entre
nós, mas Cullen o detém.

— Tudo bem. — diz Maddox. Não tenho certeza se está falando


com seu irmão ou comigo.

— Pelo menos deixe um dos meus oficiais te levar para


casa. Isso fará com que meu irmão se sinta melhor.

— Tudo bem. — concordo, não gostando do olhar no rosto de


Maddox. Ele parece desconfortável.

— Vou mandar os bolos para sua casa. — diz Maddox quando


me viro para sair. Deveria dizer não. Que deveria ser demitida e que
não vamos nos casar, mas concordo com a cabeça. Digo a mim
mesma que é porque quero o bolo e não porque ainda estou
planejando essa festa. Casamento, minha mente corrige
mentalmente.

— O policial Kane vai levá-la. — Cullen diz, apontando para o


policial segurando a porta aberta para mim. Ele ainda tem a outra
mão em Maddox, não deixando o irmão ir embora. Uma parte de
mim quer se virar e pular nos braços de Maddox. Meu corpo anseia
por beijá-lo novamente, mas estou sempre fazendo as escolhas
erradas. Então faço o que acho que é uma coisa sensata e saio. Não
importa o quanto queira ficar. Entro no carro do polícia que
silenciosamente me leva para casa.

Envio um texto para MJ, aliviada quando me diz que está em


casa e não no meio da produção de vídeos. O caminho parece
demorar uma eternidade. Quando chego no carro da polícia, MJ sai
pela porta da frente antes que eu possa abrir a porta do carro.

— Ele só está me dando uma carona. Não estou em apuros. —


corro para dizer o motivo. Ela estreita os olhos para o policial.

— Estou apenas trazendo-a para casa como o detetive Castile


disse para fazer, minha senhora.

— Obrigada. — MJ dá-lhe um aceno de cabeça antes de me


puxar para a casa. — Há bolo em todos os lugares.

Quando entro na cozinha, vejo o que quer dizer. Não tenho ideia
de como ele conseguiu ter todos esses bolos aqui, mas ele fez.

— Desembucha. — ela me diz enquanto me entrega um


garfo. Então eu faço. Conto tudo. Até sobre o beijo.
— Ele sabe que o está perseguindo todo esse tempo? — Ela não
consegue envolver sua mente em torno disso também. Olha em
volta da cozinha. — Estas são suas amostras de bolo de casamento.
– sussurra, grita. Não posso dizer se está chateada ou
maravilhada. Pelo jeito que continua comendo os bolos, acho que
não está brava. Ainda não pegou uma faca, então é um bom sinal.

Z Vou telefonar e dizer que estou doente amanhã. Preciso de


um dia para compreender tudo isso.

MJ acena com a cabeça em concordância. Envolve seu braço em


volta de mim e me puxa para um grande abraço.

— Vamos comer o máximo que pudermos desses bolos.


Amanhã podemos conversar sobre tudo e dar sentido a isso.

Abraço-a apertado, aproveitando o conforto que está me


proporcionando. Sempre posso contar com ela.
Capítulo Doze

— Ela ligou e disse que está doente para te evitar, então talvez
a resposta certa, seria não vigiar sua casa.

— Não posso permitir que esteja desprotegida. E se a mulher


louca voltar? Não posso acreditar que a deixou sair sob fiança. —
Lanço ao meu irmão um olhar de desgosto. Eles prenderam June
Franklin por tentativa de agressão e a deixaram sair duas horas
depois com uma fiança de mil dólares. Cullen sugeriu que a
seguíssemos, mas eu anulei isso. Não estou saindo do lado de Luna
até que esteja usando meu anel e June Franklin tenha sido tratada.

— Não pode perseguir as pessoas indefinidamente. Existem


leis e outras merdas. — Cullen me entrega um sanduíche
embrulhado em papel.

— Devia haver leis melhores. — digo irritado enquanto aceito


sua oferta de jantar.

— Você deveria ter concorrido para um cargo político. Mamãe


queria que você o fizesse, mas você disse a ela que preferia enfiar o
seu pau no liquidificador. — Cullen espia pela janela enquanto
empurra o sanduíche em sua boca.
— É verdade. — Não temos uma câmera dentro da casa da Chef
Louca, infelizmente. Seu sistema de segurança é baseado
exclusivamente em sensores de movimento, em vez de visuais. Era
mais barato assim, explicou Cullen. Grant está no processo de
contratar uma empresa de segurança para atualizar o sistema para
que possa ter certeza de que Luna está segura o tempo todo, o que
não vai acontecer até que estejamos casados e ela esteja na minha
cama. — Vamos comprar este prédio e depois derrubá-lo. Luna e
sua irmã ficarão sem lar e ela será forçada a morar comigo.

— OK. Pare. — Cullen afasta os olhos da pequena casa para me


prender com seu olhar de policial, o que diz eu vou te derrubar e te
afastar por um longo tempo. Ele conseguiu obter esse olhar desde
que era criança. Irmãos mais velhos podem ser um saco.

Cruzo meus braços e me inclino contra a janela.

— Continue. Conte-me como é primitivo pensar dessa maneira


e que nós, como sociedade, devemos ter evoluído a partir da
mentalidade das cavernas.

Meu irmão abre a boca e depois fecha. Tenta novamente


enquanto olho para ele, finalmente, deixa cair a cabeça no volante e
bate nele algumas vezes.

— Como você está mesmo em nossa família? Savannah te


mataria se soubesse que está perseguindo alguém.

— Não estou perseguindo alguém. Estou cuidando da minha


futura esposa.

— Queimando sua casa. — afirma Cullen com descrença.


Ele não entende porque não conheceu a mulher certa. Está
navegando pela vida pensando que não há ninguém lá fora que
possa afetá-lo no nível básico. E está errado. Alguém virá e o deixará
de quatro.

— Estava apenas revendo minhas opções. — Vou ter que ver se


a casa significa algo para Luna. Se tiver um significado profundo,
nunca faria uma coisa dessas. Além disso, gostaria de mudar todos
seus pertences primeiro, para que nenhum de seus preciosos
artefatos, nem qualquer um de sua irmã, fossem tocados.

— Talvez devesse ficar com A Chef Louca. Vocês dois seriam


bons juntos.

— Já estou apaixonado pela irmã, mas, por favor, sinta-se livre


para perseguir a Chef Louca você mesmo. Ela seria boa para
você. Afinal, você realmente queimou água.

— É impossível queimar água. Queimei a panela,


caramba. Esqueci que o fogo estava ligado uma vez...

— Acho que foi em torno de meia dúzia de vezes. — o


interrompo suavemente.

— Talvez duas vezes e vocês nunca me deixam esquecer.

— Todos nós tivemos que nos mudar para o Mark Hotel por
três semanas enquanto nossa casa estava sendo reformada depois
do incêndio que você começou.

— Foda-se. Você e Savannah adoravam ficar no Mark. Todo


mundo mimava vocês dois, trazendo um maldito sorvete no meio
da noite.
— O serviço de quarto era muito bom. — reconheço. Levanto
os binóculos novamente. Me pergunto que sabor de sorvete Luna
gosta. Vou ter que perguntar ao Grant. Falando em Grant, me
pergunto quando o dossiê de June Franklin chegará. Opto por ligar.

— Estou juntando tudo agora. — diz ao telefone. Sua voz é


atormentada. — Mas os detalhes importantes são isso. June
Franklin e você se sentaram juntos na reunião do Conselho do
National Arboretum and Garden Society no último ano.

— Não me lembro dela. — Vou em muitas reuniões,


francamente. É uma das coisas que pretendo eliminar depois de me
casar. Não terei mais tempo para essas tarefas. Espero que Luna e
eu possamos começar uma família imediatamente. Finalmente
encontrei algo que me trouxe de volta à vida. Os dias de trabalho
para matar o tempo acabaram para mim.

— Claramente. De qualquer forma, de acordo com a declaração


da polícia, você prometeu almoçar com ela e não seguiu em frente.

— E por isso estou sendo perseguido?

— Acho que ela construiu em sua mente que vocês tinham algo
e quando não a levou para almoçar, estava convencida de que a
estava traindo. E contratou Luna para te espionar e obter provas de
seu caso que poderia usar para chantageá-lo em casamento.

— Me chantagear com o quê?

— Olha, não sou eu quem escreveu este roteiro. Estou lendo do


relatório da polícia, que me custou muito dinheiro e vários favores
para adquirir. Por que não poderia perguntar ao seu irmão?
— Porque Cullen é muito mais do tipo leis e ordem e eu não sou.

Cullen faz uma careta.

— O que vai acontecer com June?

— Ela se declarou culpada, ou melhor, gritou com a polícia que


é claro que estava perseguindo você porque é isso que se faz quando
está apaixonado por alguém e que não deveria ser responsabilizada
por suas ações quando tentou te bater por sua infidelidade.

Mal ouço a última parte porque a primeira parte chega muito


perto do meu caso atual, porque não foi essa a desculpa que acabei
de dar para o Cullen? Abaixei os binóculos que ainda estou
segurando com a outra mão.

— Vamos pagar a multa de June e pedir à polícia que não a


processe. Marque uma reunião com ela.

— Vou fazer isso.

— Perfeito. — Grant desliga primeiro. Seguro o telefone no


ouvido mesmo depois que o beep irritante começa.

— O que foi isso?

— Você está certo. Nós não deveríamos estar


perseguindo Luna. — termino a ligação e coloco meu celular no
bolso do meu terno.

Cullen me dá um sorriso sombrio.

— Vou te levar para casa.


— Não.” estendo minha mão. — Não posso deixá-la, mas ficar
sentado fora de sua casa sem o seu conhecimento não seria
apropriado também. — Alcanço a maçaneta da porta.

Cullen se inclina sobre o console para gritar comigo.

— Então o que vai fazer?

— Vou entrar. — Disse a Luna que íamos nos casar, mas nunca
expliquei o porquê. Nunca expliquei que a amava desde o primeiro
momento em que a peguei me espionando. Que minha vida
costumava ser sobre números e aquisições e a busca incessante do
próximo negócio até que ela aparecesse. Que quero pegar a sua mão,
colocar o maior diamante que ela puder carregar e fazer amor com
ela um milhão de vezes por dia até que nossos orgasmos
literalmente ameacem acabar com a gente. Que vou amá-la até que
eu dê meu último suspiro. Preciso dizer essas coisas e ela precisa
ouvi-las. Se, depois de tudo isso, optar por não se casar comigo, vou
me jogar no rio.
Capítulo Treze

— O que está fazendo? — MJ pergunta enquanto digito no meu


celular.

— Dizendo á padaria qual bolo nós escolhemos. — Olho para


cima do meu telefone. Estamos sentadas na sala assistindo a
reprises de HouseWives. MJ continua se levantando e indo até a
janela para espiar entre as persianas. Não tenho ideia do que está
fazendo.

— Para o casamento que não está acontecendo? — Levanta


uma sobrancelha para mim.

— Deveria deixá-los saber qual bolo era o melhor. — Este não


é o único e-mail que respondi. Ainda estou planejando essa
festa. Liguei para o trabalho, dizendo que estava doente mas ainda
estou fazendo as coisas. Ok, não liguei, mas enviei um e-mail para
Grant, que então enviou uma foto das flores que foram deixadas no
escritório. Depois disso as coisas se transformaram rapidamente
numa bola de neve. Antes que percebesse estava de volta ao
planejamento de um casamento que não está acontecendo . —
Levamos uma eternidade para decidir! — Acrescento em minha
defesa.
MJ luta com uma risada. Está achando tudo isso muito
engraçado.

— O que você continua olhando de qualquer maneira? —


Coloquei meu telefone de lado depois que enviei o e-mail. Ela foi até
a janela mais de dez vezes. Deve haver algo interessante
acontecendo.

— Este cara quente. — Ela não disse aquilo. Começo a levantar


para ver de quem está falando. Não me lembro de ela já ter falado
sobre de alguém assim antes, exceto o subchefe que colocou fogo em
si mesmo. — Ele está com o seu futuro marido. — Congelo.

— Maddox? — Meu coração começa a acelerar. Fiquei um


pouco desapontada que não tenha batido á nossa porta. Só recebi
um texto dele que dizia que sentia minha falta. Não respondi de
volta. Sei que disse a ele que queria ir para casa. Preciso limpar
minha mente e não posso fazer isso quando ele está perto. Acho que
estava errada porque minha mente continua vagando com
pensamentos sobre ele. Há uma necessidade em mim que está
crescendo a cada hora que estou longe dele. Quero conseguir mais
daqueles beijos que tem me dado. Continuo planejando este
casamento porque isso me mantém ocupada e me impede de ligar
para Maddox. Quase mandei uma mensagem ou liguei umas cem
vezes. Estou tentando me manter forte, mas minhas razões para
estar chateada estão desaparecendo rapidamente.

Já não acho que esteja louca. Agora me sinto triste. Uma dor oca
se formou no centro do meu peito e sei que apenas Maddox pode
consertar. Nenhuma quantidade de bolo preencherá o vazio que
agora existe lá. Ando até a janela para roubar um olhar eu
mesmo. Quando olho para baixo, vejo-o olhando para mim através
de um par de binóculos. Está focado em mim e quando me vê
sorri. Por alguma razão decido que deveria dar um pequeno aceno.

Ele está me perseguindo. Por que acho isso quente?

— Ele está vindo5! — Digo quase gritando quando olho para


baixo novamente. Está saindo do carro com seu irmão Cullen em
seus calcanhares. Não posso deixar de sorrir. Como as coisas
mudaram.

— Não está, ainda não. — Bato no braço de MJ com a sua piada


suja. Mais uma vez estou chocada com algo que ela disse. Deveria
estar acostumada com as merdas que pode dizer às vezes, mas dizer
que um cara é quente e falar sobre ele gozando, me surpreende.

— Ele está lá fora há horas. É meio fofo. — Ela dá de ombros. —


Quero dizer, se você vai acabar com alguém, deve ser alguém que
goste mesmo de você. Ele parece inofensivo.

— Você acha que deveria ficar bem com tudo o que ele fez? —
Minha boca se abre. Já fiz merda também. Fui paga para segui-
lo. Descobrir o máximo de informações que pudesse sobre
ele. Sentei fora do prédio do seu escritório diversas vezes o
observando.

— Quero dizer, não sou fã das mentiras e ainda não te pediu em


casamento, mas você também mentiu. Ele só estava tentando
facilitar tudo para você. É muito protetor com você.

5
No texto original é utilizada a palavra Coming que em inglês tem vários significados mas também
significa quando a pessoa tem um orgasmo. Esse trocadilho também é usado outra vez no texto.
Isso é verdade. Desde o momento em que Maddox entrou na
minha vida, tudo o que fez foi para meu benefício. Comecei a
conectar todas as coisas enquanto MJ e eu comemos todo o bolo. Ele
tem me dado pistas o tempo todo. Estava sempre dizendo pequenas
coisas para me alertar da maneira como se sentia sobre mim. Estava
muito perdida em meus pensamentos para me concentrar nelas.

Uma batida soa na porta. MJ começa a arrumar o


cabelo. Demoro um segundo para perceber que está se certificando
de que está com tudo no lugar. Cullen é fofo e tudo, mas não é quente
como Maddox é.

— Vou perdoá-lo. — digo a ela. Não sei por que questionei se o


faria ou não. Sempre soube que isto acabaria comigo o
perdoando. Também tenho meu próprio perdão que preciso
conseguir antes que possamos seguir em frente.

— Acho que depois de todo o planejamento para casamento


que ainda está fazendo, isso seria um fato.

— Só estou fazendo o meu trabalho. — lanço de volta em minha


defesa antes de virar e pisar em direção à porta. Abro para ver um
Maddox desgrenhado. Ainda parece lindo em seu terno enrugado e
cabelo que está apontado para todos os lados. Parece que passou
muito os dedos por ele. Quero que passe seus dedos por cima de
mim. Meu rosto aquece. Minha mente foi para lá rapidamente. Tem
sido assim desde a primeira vez que o vi. O queria desde o começo,
mas me convenci a acreditar que estava apenas fazendo meu
trabalho. Cada segundo que o assisti adicionou fogo ao crescente
amor que estava florescendo dentro de mim. Cada descoberta que
fiz de sua vida me fez apaixonar mais profundamente.
— Sinto muito, minha querida menina. — ele corre para
dizer. Talvez pense que vou bater a porta em sua cara. Eu não. Em
vez disso, me jogo para ele. Que me pega. Não há palavras que
qualquer um de nós possa dizer neste momento. Nós dois nos
abraçamos com força, como se nunca fossemos nos soltar. Sua mão
está no meu cabelo me segurando contra seu peito. Posso ouvir a
batida do seu coração enquanto seus dedos acariciam meu
cabelo. Sinto-me amada e protegida ao mesmo tempo. Ele se inclina
para trás, cutucando meu queixo para que olhe em seus lindos
olhos. Escova os lábios de novo nos meus enquanto sussurra que
sente muito.

— Maddox. — Essa é a única palavra que digo antes que outro


beijo caia em meus lábios. — Também sinto muito. Fui apanhada na
coisa de investigação mas não estava preparada para me apaixonar
por você. — As palavras escapam antes que possa para-las. Não há
nada de leve sobre a maneira como sua boca desce sobre a minha
neste momento. Derrama tudo o que tem em nosso beijo. Sua boca
possui a minha.

— Não usarei um vestido. — diz MJ. Maddox se afasta do


beijo. Os olhos de MJ voam de nós para Cullen, que está abertamente
a olhando.

— O que está olhando? — Ela finalmente lhe diz. — Tire uma


foto, por que não tira? Dura mais tempo.

— Ok. — Cullen pega o telefone e tira uma foto.

— Você não fez isso.


Cullen encolhe os ombros. Como se dissesse Eu faço o que eu
quero.

— Cobro por fotos. — É verdade. Ela ganha dinheiro com suas


fotos. Normalmente é ela com comida ou uma faca, mas ainda assim.

— Que tal deixarmos as crianças sozinhas, vou te comprar café


e algo da padaria?

— Não. — MJ agarra sua bolsa da mesa ao lado da porta da


frente. — Quero uma cerveja e um bife.

Cullen sorri para seu olhar severo. Pela primeira vez posso
realmente ver o quanto ele e Maddox são parecidos, apenas os olhos
de Cullen são azuis. Você pensaria que ele é um filhote adorável que
fez algo desobediente, mas é fofo demais para ficar bravo com a
maneira como Cullen está sorrindo para ela.

— Depois de você, pedaço de bolo. — Não se move, mas faz um


gesto para ela passar.

MJ olha para mim.

— Ele está empurrando. — Acena para Cullen como se ele não


pudesse ouvi-la. — E você. — aponta para Maddox, cujo aperto em
mim aumenta. — Sim, você sabe o que estou dizendo. — Ela não diz
nada, mas MJ pode dar um aviso apenas com uma olhada.

— Eu também a amo. — Maddox diz a ela, mas seus olhos


voltam para os meus. — Prometo cuidar dela.

— Sim, até que a morte separe seus caminhos. Não me faça ser
a morte. — Com isso, MJ deve sair porque ouço a porta se fechar.
— Você também me ama? — Me aconchego mais perto dele.

— Ia te dizer logo após dizer que estava arrependido, mas você


me ultrapassou nisso, querida menina. Por que mais eu estaria
tentando me casar com você?

— Como ia me fazer casar com você? — balancei minha cabeça,


mas não consigo parar de sorrir porque é tudo tão ridículo e louco,
mas realmente eu não sou assim? Ele viu alguns dos meus pontos
negativos e ainda estava se esforçando para se casar comigo. MJ tem
que estar certa. De alguma forma ele acha meu jeito
cativante. Minha mente lembra todas as vezes que estraguei algo e
quando lhe contei sobre meus empregos anteriores. Toda vez foi
rápido para tentar fazer tudo ficar bem. Até colocou a culpa nos
outros por mim.

— Ia fazer você se apaixonar por mim. Não é isso que os


homens devem fazer quando encontram a mulher da sua vida? Ama-
as incondicionalmente. Fazer com a vida juntos se torne melhor.

Ele fez a minha vida melhor.

— Como posso melhorar sua vida? — Vi por mim mesma como


fez a minha dez vezes melhor. Este é o primeiro emprego que já
gostei. Ainda não tenho certeza se é um trabalho real, mas não me
importo com isso neste momento. Tudo o que me importa é estar
com Maddox.

— Você me seguiu, querida menina. Como era minha vida antes


de você?

— Chata. — admito. Tudo o que fez foi trabalhar.


— Era mesmo. Então você estava lá. — Observo seu rosto. Um
olhar sonhador se instala sobre ele como se estivesse lembrando
daquele dia.

— O que eu estava fazendo? — Não sei quando ele descobriu.

— Só sendo você. — diz facilmente .

— Estou um pouco confusa. Sou meio que...

Me interrompe.

— Perfeita. Você é perfeita.


Capítulo Quatorze

Eu beijo-a. Não o roçar dos lábios contra sua testa ou o toque


sussurrante que compartilhamos antes. Não. Desta vez, deslizo
minha língua entre seus lábios, obtendo um gosto dela. Um gemido
escapa de sua boca quando se derrete contra mim.

Timidamente, sua língua sai para explorar. A ponta bate na


minha, fazendo meus joelhos quase dobrarem. Isso não é beijar. Isso
é fazer amor com nossas bocas. Devorei-a como o pedaço macio de
carne que ela é, um delicioso e bem assado que foi feito na cozinha
de uma deusa, formada pelos ingredientes mais preciosos e raros da
despensa.

A luxúria surge na minha corrente sanguínea. Quero rasgar sua


roupa e afundar na sua boceta com o meu pau duro como pedra,
através do seu calor molhado e apertado até que exploda ao meu
redor. A seguro mais perto. Seus mamilos estão duros e cutucam
meu peito. Alcanço e pego um de seus seios pesados na minha
mão. Ela arqueia as costas instintivamente, querendo mais. Minha
querida menina é tão sensível. Belisco seu mamilo até que seus
gemidos se tornam pequenos gritos. Uma perna esbelta se enrola
em volta da minha coxa enquanto busca alívio.

Puxo meus lábios dos dela.


— Querida, querida, já fez isso antes?

Ela me olha confusa, os olhos fixos nos meus lábios. A parte da


frente da minha calça de lã de mil dólares se torna excruciante e
apertada. Claramente ela nunca fez isso antes. Inferno, ela pode
nunca ter beijado antes. A pego e a levo para a superfície plana mais
próxima, que é um sofá de couro escuro chocolate.

Ela cai para trás, seus dedos apertando meus ombros. Me


afasto. Ela choraminga em decepção.

— Preciso fazer algo para você em primeiro lugar. — murmuro.

Sua blusa está presa sob as costas, apertando-se contra os seios


inchados. Ela trocou a saia de trabalho preta para um moletom
marinho. Cuidadosamente, trabalho sua camisa acima de sua
cabeça. Suas mãos alcançam seu sutiã, mas a paro.

— Não. Vamos mantê-lo. Só por um momento. Deixe-me


explorar você. Quero descobrir onde estão suas zonas
erógenas. Quais partes do seu corpo te fazem gemer e quais partes
te fazem chorar. — Traço um dedo ao longo de sua clavícula,
parando quando alcanço a cova de sua garganta. — Quais toques te
fazem selvagem.

Pressiono suavemente, mas com firmeza. Seus olhos crescem


enquanto suas vias aéreas estão apertadas. Com a mão livre, rolo um
mamilo coberto de algodão entre o polegar e o indicador. Luna
quase voa do sofá em resposta.

— Gosta disso, não é? — Pergunto.

Ela balança a cabeça em silêncio.


Passo a mão pela garganta, sentindo a pulsação da vida sob a
palma da minha mão, a constrição de sua garganta quando respira,
o aperto de suas cordas vocais quando soltou um gemido de prazer.

Empurro o sutiã para o lado, deixando-o aprisionar sua carne,


segurando-a em cativeiro para a minha boca. Ela poderia gozar
assim, com minha mão em sua garganta e minha língua em seu
peito. Ela é tão sensível.

Seus gritos sufocados me excitam. Meu pau pulsa em sua


própria prisão. Minha luxúria ruge para que tire minhas roupas e
reivindique esta fruta madura como minha. Luto de volta. Ela
precisa gozar primeiro. Precisa saber como é uma libertação antes
que possa ter a minha.

Solto seu mamilo e ataco o outro. Ela se arqueia de novo, quase


me derrubando. Não posso obter o suficiente do seu gosto. É doce e
salgado e puramente viciante. Há mais uma parte dela que eu
preciso desesperadamente na minha boca. Me movo para baixo.

— Espere. — chora. — Isso foi bom.

— Querida, isso vai ser bom também. — Coloco minha mão


entre suas pernas. — Dói aqui, não é?

Ela balança a cabeça, seu belo rosto enrugado franzindo o


cenho.

— Sim. Isso dói.

— Vou fazer isso ir embora. — Pressiono a palma da minha mão


em seu osso pélvico.

Ela aperta e tenta fugir do alcance.


— Não. Volte aqui em cima. — E aponta para seus mamilos
brilhantes. — Isso foi bom.

Sua boca formou o mais amável beicinho e estou tentado a


subir de volta ao seu corpo e beijar seus lábios até que o beicinho
seja substituído por uma luxúria de deixar sua boca aberta, mas sua
boceta está tão perto. Respiro fundo e o cheiro de sua excitação
enche meus pulmões. Não. Sua boca terá que esperar.

— Isto vai ser ainda melhor.

Pego as bordas da sua calça e puxo.

— Espere! — Grita, ficando de pé.

— O que é isso?

— Não estou com um calcinha bonita.

— O quê?

— Não posso fazer isso. — Ela se arrasta para o final do sofá,


colocando os joelhos contra o peito. — Não sabia que ia ver minha
calcinha. Não combina.

— Não importa. — A alcanço de novo, mas desta vez ela pula de


pé.

— Não. Se vamos fazer isso, eu deveria tomar banho, colocar


perfume em todos os lugares e ter certeza de que estou na minha
melhor lingerie. — E corre para um quarto e bate a porta.
Me levanto e começo a andar, mas meu pau latejante e pesado
me atrapalha. Amaldiçoando, reajusto-me e então manco até a
porta.

— Querida, te juro que não me importo com o que está


vestindo. Só me importo com o que está por baixo e posso garantir
que tudo é lindo.

— Oh Merda. As coisas da minha irmã são todas de tamanho


diferente. — lamenta.

Caio contra a porta. Minha ereção é tão grande e tão dolorosa


que estou preocupado que meu pau caia se não gozar e não pode ser
pela minha mão, não com Luna tão próxima.

— Querida. Querida. — repito quando meu primeiro pedido é


ignorado. Minha luxúria se inflama. — Maldição, Luna. Não dou a
mínima para o que está vestindo. Tudo o que quero é você!

A porta abre segundos depois. Luna fica lá com a boca aberta.

— Acabou de amaldiçoar?

Arrasto uma mão instável pelo meu cabelo.

— Sou conhecido, por de tempo em tempo, perder minha


paciência e uma maldição pode escapar.

Ela bate as mãos e pula para cima e para baixo como um coelho
adorável.

— Estou tão feliz. Você parecia tão perfeito e suave e legal o


tempo todo, então quando estava tirando minha calça de moletom,
entrei em pânico.
— Notei. — Passo a mão na minha testa.

— Você não é perfeito.

— Nem um pouco. Cullen, meu irmão mais velho, diz que tenho
um grande pau na bunda. Minha irmã acha que sou
insuportável. Acho que só minha mãe me tolera. Grant imagina que
vai me estripar a cada meia hora.

Luna se joga em meus braços.

— Não vai acreditar em como isso me faz feliz. Sou uma


bagunça e estava preocupada que isso acabaria sendo demais, mas
agora que sei que essa coisa legal que você está fazendo é apenas um
ato, me sinto muitíssimo mais confortável.

— Que tal excitada? Se sente excitada? — Pergunto


esperançosamente, puxando suas pernas em volta de mim, para que
se encaixem na minha cintura.

— Muito excitada. Extremamente excitada.

— Posso tirar suas calças e devorar sua pequena boceta então?

Ela enterra o rosto vermelho na curva do meu pescoço e


balança a cabeça. E ouço um leve ‘Sim’.
Capítulo Quinze

Relaxo meu corpo no dele. Estou excitada. Mais do que


excitada. Aquele segundo de pânico que tive momentos atrás se
esvai. Não sei como, mas ele sempre me faz sentir mais à
vontade. Nenhum de nós é perfeito, mas acho que somos perfeitos
um para o outro. Nós dois temos nossas próprias peculiaridades.
Uma das minhas é que sou um grande desastre na maioria das vezes,
as suas ainda estou descobrindo, mas a possessividade que tem
comigo está funcionando para mim. Se loucura no amor é uma
peculiaridade, ambos sofremos com disso. Estou aprendendo que
um homem como Maddox vai atrás do que quer. Ele deixou isso bem
claro quando decidiu me perseguir de volta.

Beijo seu pescoço, respirando-o.

— Querida menina, me diga qual é o seu quarto. — Seu corpo


está completamente duro agora. E o aperto que tem no meu corpo
aumenta.

— A porta rosa. — digo antes de lhe dar outro beijo.

— Não sei por que perguntei. — Não tem como não ver a porta
do meu quarto. Quando nos mudamos, MJ e eu pintamos toda a casa
juntas. Disse que queria uma porta rosa. Ela me disse para fazer isso.
— Você pode pintar todas as portas rosa quando chegarmos a
nossa casa.

Sorrio contra seu pescoço. Este homem realmente deve me


amar.

— Não me importo com a cor das portas. — Digo. Minhas costas


pressionam contra meu colchão. A pilha de travesseiros que estava
em cima da cama continua voando para todos os lados. — Contanto
que esteja com você. — Olho para ele. Está acontecendo. Finalmente
vou conseguir fazer mais do que beijar Maddox Castile. O homem
que estou apaixonada desde o momento que o vi sair de seu prédio
de escritórios. Não admira que June estivesse tão louca. Não ter
Maddox seria devastador. Definitivamente poderia concordar com
ela. Maddox Castile é o suficiente para enlouquecer qualquer
mulher. Felizmente para mim, está num bom caminho.

É uma loucura pensar que passei de não conhecer esse


sentimento para pensar que agora não posso viver sem
Maddox. Aconteceu em um piscar de olhos, mas a realidade é que
mudou minha vida. Minha espontaneidade finalmente funcionou a
meu favor. Ele se inclina, me beijando novamente. Desta vez é um
pouco mais lento. Gemo em sua boca. Ele desce para o meu pescoço,
colocando beijos de boca aberta.

— Maddox. — Suspiro seu nome e ele continua me beijando.

— Viu? Nem sequer vi sua calcinha. — Meus olhos se


abrem. Não tinha notado que os fechei quando estava me beijando
em todos os lugares. Também não o senti puxar minha calça de
moletom. — Quero ver o resto.
Aceno de acordo quando puxa o resto da minha roupa,
deixando-me nua debaixo dele. Vejo seus olhos viajarem pelo meu
corpo. Uma fome que nunca vi antes cresce nos olhos neles. Sua mão
vem ao meu estômago.

— Quero um sabor. — Minha respiração para por um


momento. Meu corpo vibra de desejo para que coloque sua boca em
mim lá embaixo. Quantas noites me deitei na cama e pensei
nisso? Cada uma delas desde que coloquei os olhos nele pela
primeira vez.

Sua mão desce muito devagar. Levanto meus quadris,


querendo seu toque agora.

— Puta que pariu. — rosna quando seus dedos se arrastam


pelos lábios da minha buceta. — Tão molhada para mim já.

— Para você. — concordo. Nem fico molhada quando me


toco. Meus quadris se levantam quando seu dedo toca meu
clitóris para frente e para trás, seu leve toque quase me leva ao
orgasmo. Meu corpo está implorando por mais de seu toque. Cada
carícia me faz desejar a próxima.

— Para eu comer.

Concordo com a minha cabeça, mas não acho que me veja fazer
isso porque a sua boca já está em mim. O primeiro toque de sua
língua no meu clitóris me faz gemer seu nome. Aqueles olhos verde
esmeralda olham para mim quando toma seu próximo gosto. Nossos
olhos se prendem um no outro enquanto ele continua a me provar.
Minha mão se move para seu cabelo para segurá-lo contra mim.
Preciso tocá-lo. Meu corpo precisa de cada chupada, mordida e
lambida que está disposto a dar. Ele rosna contra minha boceta
enquanto desliza um dedo dentro de mim. Aperto em torno dele,
precisando tanto dele que meu corpo não quer deixá-lo ir.

— Tão fodidamente apertada. Pode sentir como sua pequena


boceta está chupando meu dedo, querida menina? Quantas vezes
você se tocou e gozou com o meu nome em seus lábios? — A única
coisa que posso fazer é gemer em resposta. Já fiz isso muitas vezes.

— Maddox. — Balanço minha cabeça para frente e para


trás. Parece que estou me desfazendo. Já me dei orgasmos antes,
mas isso é diferente. Não sei o que isto é.

— Tenho você. Sempre cuidarei de você. — Não sei se é sua


língua ou palavras, mas eu gozo. Tudo dentro de mim se solta e uma
sensação como nenhuma outra balança meu corpo enquanto grito
seu nome uma e outra vez.

Minha mão solta o aperto forte que estava dando. Meu corpo
todo se derrete na cama enquanto ele se arrasta pelo meu corpo.

— Para eu não fugir de você novamente? — Fecho meus olhos,


sorrindo para ele.

— Só me prometa que nunca mais vai fazer isso, amor.

Isso só me faz sorrir mais. Ele me ama e vamos nos casar. Como
que esta pode ser minha vida agora?

— Se continuar fazendo isso comigo nunca mais vou ser capaz


de me mexer. Quem dirá fugir. — Não que eu vá fugir
correndo. Tenho problemas em andar na maioria dos dias.
— Acho que você nunca vai se mover de novo porque vou fazer
isso mais e mais até que me implore para parar. — Sua boca desce
sobre a minha. Meu gosto ainda está fresco em seus lábios. O peso
do seu corpo tem o meu zumbindo em antecipação. Meus dedos
acariciam suas costas largas enquanto ele possui minha
boca. Envolvo minhas pernas ao seu redor, me balançando contra
ele.

— Você tem roupas demais. — Começo a puxá-las. Agora é a


minha vez de vê-lo.

— Posso consertar isso. — Ele me ajuda a começar a tirar suas


roupas. Seu telefone começa a tocar.

Ele murmura outra maldição que gosto muito mais do que


deveria.

— É o toque de Grant. — Solto minhas pernas do seu


entorno. Não quero deixá-lo ir, mas e se for sobre o casamento? De
repente me sinto muito noivazilla só de pensar em algo que não vai
estar do jeito que planejei. Tento me acalmar. MJ e eu
costumávamos assistir esse show juntas e chamávamos todas
aquelas mulheres de loucas. Não serei uma delas.

— Grant. — Maddox diz quando atende o telefone. Seus olhos


estão em mim enquanto sento ajoelhada.

— É o casamento? Algo está errado? — Deixo escapar. Os olhos


de Maddox vão das minhas coxas para os meus olhos.

— Aquela mulher. — me diz.


— Que mulher? — Sussurro. Isso é um segredo que não consigo
lembrar?

— Não vou dizer o nome dela enquanto estamos assim. — Ele


faz um gesto com a mão para o meu corpo nu. Realmente esqueci
que estava nua. Meus olhos vão para o seu pênis, que está tentando
se libertar de suas calças. Lambo meus lábios pensando no gosto
que tem.

— Estamos a caminho. — diz antes de terminar a ligação. Tiro


meus olhos de sua ereção. Então lembro.

— Oh. June. — Me esqueci dela. — Espera. Temos que ir vê-la?

Maddox acena um sim para mim. Caio de volta na cama.

— Tinha planos de perder minha virgindade. — Faço beicinho.

— Não até que você me torne num homem honesto. — Maddox


diz para mim. Isso me deixa de joelhos.

— Está falando sério?! — Grito. — Isso vai demorar uma


eternidade. — Ok, não realmente uma eternidade. Não foi há apenas
algumas horas que pensei que tudo estava acontecendo
rápido agora está no ritmo de um caracol.

— Venha. — Ele estende a mão para mim.

— Novamente? — Sorrio enquanto coloco minha mão na


dele. Ele me puxa da cama. Envolvo meus braços em volta do seu
pescoço. Meus pés balançando no ar.

— Depois de lidarmos com isso, sim, de novo. — Me beija antes


de colocar meus pés no chão. — Não se preocupe, querida
menina. Há muitas maneiras pelas quais podemos nos divertir antes
do casamento. Pretendo te mostrar cada uma delas.
Capítulo Dezesseis

Grant nos cumprimenta na porta.

— Ela está na sala de conferências A.

— Pode arranjar algo para Luna comer?

Luna pega meu paletó.

— Espera. Não acha que eu deveria ir com você? A última vez


que a enfrentou, ela te atacou.

— Acho que você pode ter sido seu alvo, querida menina. —
Puxo sua mão da minha manga e escovo um beijo suave contra a sua
testa. — Vou ficar bem. Se precisar de você, chamarei.

Grant a leva embora enquanto encontro June. A mulher magra


fica de pé quando entro. Seus olhos estão vermelhos e funga um
pouco quando me aproximo da mesa. Gesticulo para que se sente.

— Entendi que nós nos sentamos junto numa reunião do


Conselho de Arboretum.

Seus olhos se iluminam.

— Então se lembra?
Sacudo minha cabeça. Não. Não adianta dar falsas esperanças.

— Grant, meu assistente, fez algumas buscas e descobriu essa


informação para mim.

— Oh. — Ela cai de volta em sua cadeira. — Por que estou aqui
então?

— Porque estou prestes a me casar e quero fazer tudo o que


estiver ao meu alcance para garantir que o dia especial de minha
esposa seja perfeito. — Deslizo uma pasta em sua direção. — Há um
cheque e você pode fazer o que quiser com ele. Pode enviar para
uma instituição de caridade. Pode depositá-lo na sua própria conta
bancária. Em troca, promete nunca chegar a menos de três
quilômetros da minha esposa.

Sua boca cai aberta.

— Três quilômetros? Isso exigiria que saísse da cidade.

— Além disso, vou retirar todas as acusações de agressão. —


continuo como se não tivesse falado. — Se optar por não assinar,
então serei forçado a acionar meus advogados, bem como usar
qualquer influência que o nome de Castile possa ter.

Ela olha fixamente para mim com os braços cruzados.

— Sei o que é estar obcecado por alguém. Me sinto assim com


Luna. Desde o primeiro momento em que a vi, tive que ter ela. Não
me importava que estivesse me seguindo. Todas as manhãs
procurava por ela e todas as noites adormecia com sua imagem em
meus sonhos. Se é assim que é para você, entendo, mas você deve
saber de seus próprios sentimentos o quanto essas emoções são
consumidoras. Meu conselho para você é que encontre uma nova
obsessão, alguém que retorna seus sentimentos com a mesma
intensidade. Você será muito mais feliz.

Ela hesita, mas só por um momento. Então a mão dela


estica. Coloco uma caneta na sua palma e ela começa a assinar. Grant
é muito minucioso, assim como minha equipe de advogados, por
isso demora alguns minutos antes de terminar.

Pego os papéis e dou-lhe um aceno brusco quando sai. Coloco


os papeis na mesa de Grant e vou encontrar minha esposa .

— Resolvido, Luna?

Ela levanta os olhos do telefone, os olhos brilhantes, os lábios


curvados em um sorriso gentil.

— Você terminou tão rápido?

— Sim. Não havia muito a dizer.

Luna pega sua bolsa e se junta a mim.

— Tudo correu bem?

— Claro. Vamos escolher o seu anel.

A levo para o Mark Hotel e faço check-in para a nossa suíte na


cobertura, que servirá de base para nossos preparativos para o
casamento. Grant me diz que a vila em Aix-en-Provence foi
reservada para a lua de mel. Trinta acres de terra com um lago e
uma piscina, é um retiro perfeito para nós dois.
— Eles vendem anéis num hotel? — Luna exclama enquanto a
conduzo pela porta dupla preta que leva à sala da suíte. A suíte de
dois andares tem uma sala de jantar com capacidade para doze
pessoas, juntamente com uma cozinha completa e acesso a um
terraço privativo na cobertura.

— Eles fazem por mim. — digo. Com certeza, a sala de estar com
seus oito metros e claraboia foi transformada num shopping
particular. Há prateleiras de vestidos, caixas de sapatos e bandejas
de anéis. Levo uma Luna ligeiramente atordoada para um sofá.

— Vamos começar com os anéis. — anuncio.

Dois homens avançam com Monsieur Charaund ao lado.

— Trouxe para vocês uma variedade de pedras, como pediu,


junto com configurações em ouro rosa e platina. Pensei que este era
particularmente adorável. É um diamante cor-de-rosa raro, de sete
quilates, cortado em coração.

Luna ofega, estendendo a mão para tocá-lo e depois recuando


rapidamente.

— Pode tocar em qualquer coisa. — Pego sua mão e a coloco na


bandeja, com a palma aberta e dedos estendidos sobre as pedras
preciosas. — Não há nada aqui que esteja fora dos limites.

— Isto é muito lindo.

— Não como você. — Pego o anel de diamante cor-de-rosa na


sua configuração de platina e o deslizo no dedo anelar esquerdo de
Luna. E se encaixa perfeitamente. Seus olhos brilham e sua boca
forma um círculo perfeito, um que gostaria de enfiar meu pau. —
Nós escolhemos esse. Próximo! — Estalo meus dedos
impacientemente. De repente, quero que todos se vão, para que
possa despir Luna até que não esteja usando nada além do meu anel
de diamante de doze milhões de dólares em seu dedo. Gostaria de
ver aquela mão em volta do meu pau, com o diamante brilhando à
luz do sol enquanto me masturba.

— O vestido. — ordeno. Ao meu lado, Luna ri. — O que é tão


engraçado?

— Você. — Ela dirige um olhar mal intencionado para o meu


colo, onde a minha ereção fez a sua presença conhecida.

— Não há nada que possa fazer sobre isso. Você existe. Você
está respirando. Por isso, meu pau está em alerta.

Alguém limpa a garganta. Tiro meus olhos de Luna para ver


uma atendente de vendas com o rosto vermelho segurando uma
caixa.

— Isso é para a madame. São roupas de baixo para o vestido.

Luna se levanta e pega a caixa.

— Onde posso me trocar?

A vendedora aponta para uma tela colocada na extremidade da


sala.

— Ali está bem.

Luna vai nessa direção enquanto cuido da conta do anel. Os


joalheiros partem, me deixando com uma estilista e suas duas
assistentes femininas. Grant fez um bom trabalho com a equipe. Ele
sabia que não seria capaz de suportar um pau ao redor de Luna
enquanto estava se vestindo ou se despindo. Meu temperamento
teria sido explosivo e provavelmente teria machucado alguém.

Luna sai de trás da cortina com um roupão fino preso em torno


de seus ombros.

— Isto está... nunca coloquei um desses antes. Não sei se estou


fazendo certo.

Eu responderia, mas minha língua está em algum lugar no meio


da minha garganta. Luna é uma visão em rosa e branco. Seu corpo
está envolto numa peça rígida do tipo espartilho que empurra seus
seios para o alto e aperta sua cintura já pequena. Ligas penduradas
na parte de baixo do espartilho, fazendo cócegas no topo de suas
coxas nuas. Um pequeno pedaço de seda cobre seu sexo. Minha boca
molha e meus músculos se contraem. A pele nua que consigo ver
está ficando rosada. Não posso esperar para transar com ela.

— Venha aqui. — Faço um gesto para se aproximar.

Ela dá um passo e depois para, olhando em volta. É então que


percebo que há outras pessoas na sala.

— Fora. — Aponto para a porta. Ninguém se move. — Fora! —


Grito. Todos correm para a porta. Me viro para Luna. — Você.
Aqui. Agora. — Aponto meu dedo em direção ao chão próximo a
mim.

Me sento de volta no sofá e abro minhas pernas, observando


com olhos famintos enquanto Luna caminha em minha direção.
— Pensei que estávamos esperando o casamento. — diz. Não
sei se está me provocando ou se está falando sério. Tudo o que sei é
que estou morrendo de vontade de tocá-la.

Deslizo a mão entre as pernas dela, seguro seu sexo e empurro-


a para frente, forçando-a a se apoiar em meus ombros.

— Nós vamos, mas como disse há mil coisas que posso fazer
para você e que pode fazer para mim que não envolvem meu pau
dentro de sua boceta.

Puxo a renda para o lado expondo sua boceta escorregadia aos


meus dedos.

— Está molhada. — Deslizo dois dedos dentro dela. — O que te


excita, querida menina? O jeito que o espartilho te mantém apertada
ou o pensamento de eu estar dentro de você?

— Ambos. — suspira.

Mexo com meus dedos e bato em seu clitóris com o polegar.

— Um dia desses, vou entrar em você com tanta força e por


tanto tempo que você vai sentir no dia seguinte. Meu esperma vai
escorrer, encharcando sua calcinha e cobrindo suas coxas
doces. Não será capaz de se mover sem pensar em mim e no meu
pau e como te fodi tão bem. Não está certo?

— Sim. Deus sim. Foda-me, forte. — Luna chora.

Faço como me ordena, fodendo-a com força com uma mão


enquanto a outra se atrapalha com o zíper da minha calça. Puxo meu
pau duro como pedra e bombeio no ritmo.
— Você vai comer meu pau também, não é?

Ela balança a cabeça furiosamente.

— Vou enfia-lo entre seus deliciosos lábios e vai engoli-lo


inteiro.

— Sim, quero seu pau na minha boca. — geme. Seus lábios se


separam e sua respiração sai curta e rasa.

— Então goze para mim para que possa usar seu gozo como
lubrificante. Mostre-me o quanto me quer, querida menina. — Sua
boceta segura meus dedos, apertando-as com força enquanto
balança contra a minha mão. Dirijo a base da minha palma contra o
seu sexo e ela se esfrega, fodendo minha mão, com a cabeça jogada
para trás seu cabelo caindo como uma cascata e a luz do sol beijando
seu corpo torneado.

— Oh, Deus, sim! Isso parece tão boooooooom! — A última


parte da palavra é engolida pelo seu grito enquanto goza na minha
mão.

Meu próprio orgasmo está a um fio. Puxo sua boca para a


minha, devastando seus lábios, comendo sua boca como se fosse a
única refeição que teria permissão para comer antes que me
atirassem por um canhão.

Ela tem gosto de doce e parece seda. Tiro até a ultima gota do
seu gozo, em seguida, envolvo minha mão encharcada contra meu
pau latejante. Não posso nem formar palavras. Mal posso beijá-la
corretamente. Um véu de luxuria desce sobre meus olhos enquanto
trabalho minha mão no meu pau. Seu gozo lubrificando acelera meu
orgasmo minha porra sai em um fluxo tão forte que manchas pretas
enchem meus olhos. É uma coisa boa que estou sentando.

Luna desmorona em meus braços.

— Podemos nos casar amanhã?

Rio.

— Não, mas vou comer essa pequena boceta hoje e amanhã.

— Posso chupar seu pau?

Meu pau saciado se anima.

— Querida menina, pode fazer o que quiser.

Encho seu rosto com beijos. O espartilho está sujo com minha
porra e o gozo dela, mas agora é minha roupa favorita em todo o
mundo.

— Estamos comprando uma dúzia desses. — digo.

Ela apenas balança a cabeça e depois me beija novamente.


Capítulo Dezessete

— Parece uma princesa. — MJ diz atrás de mim. Olho para o


espelho olhando para o meu vestido. Realmente pareço. Meu cabelo
cai sobre meus ombros nus. O estilista fez exatamente o que pedi
com meu cabelo e maquiagem. Tenho sido mimada desde o
momento em que acordei esta manhã. MJ e eu ficamos na cobertura
ontem à noite enquanto Maddox ficou na casa de Cullen. Grant
cuidou de todos os detalhes e Maddox forneceu os meios para fazê-
lo. Olho no espelho, não acreditando que isso é realmente a minha
vida.

— Vou me casar. — Meu olhar encontram os de MJ no espelho.


Ela está sorrindo para mim. Tenho certeza que seus olhos estão
cheios de lágrimas não derramadas, mas não digo nada. Faço um
pequeno balanço para ajustar o vestido em volta de mim. A vejo pelo
espelho enquanto se aproxima de mim.

— Feche seus olhos, Luna. — Sinto ela tocando meu


cabelo. Tento espiar, mas ela me pega. — Anda lá. — Faço o que diz
com um grande sorriso no meu rosto. E não consigo tirar nada
dela. Suas mãos no meu cabelo me acalmam. Algumas das minhas
primeiras lembranças são de MJ arrumando meu cabelo. Quando
era pequena, sempre me ajudava a me preparar para a escola. A
memória faz meu sorriso tremer um pouco com emoção. Ela era
uma criança, mas sempre cuidou de mim. Devo tudo a ela. Há tantas
palavras que quero dizer neste momento.

— Pode abrir os olhos agora. — Quando olho para o espelho,


vejo MJ limpar uma lágrima de seu olho. Viro minha cabeça para ver
o que fez no meu cabelo. Mesmo que tenha escondido atrás de uma
mecha do meu cabelo, vejo exatamente o que acrescentou.

— Eu sabia, roubou meu prendedor de cabelo quando éramos


mais jovens! Todo esse tempo negou, mas aqui está. Isso nem pode
ser considerado algo emprestado, já que é tecnicamente meu. Além
de ser um presente roubado.

— Só estava mantendo a salvo. — Ela se inclina, e beija minha


bochecha. Não é necessário explicar, sei que está falando da nossa
mãe. Aquela mulher pegou e vendeu qualquer coisa que pudesse
colocar as mãos. O prendedor não valia muito, mas às vezes ela
levaria as coisas apenas para ser má. Está é MJ, no
entanto. Sempre se certificou de que eu fosse cuidada e que
estivesse segura. Gostaria de poder ter feito o mesmo por ela. Sei
que pode cuidar de si mesma, mas é bom ter alguém em quem se
apoiar. Quero que encontre seu próprio Maddox. Alguém com quem
combine. Nós sempre teremos uma a outra mas isso é
diferente. Quero que também tenha essa felicidade que sinto.

— Sempre fez isso por mim. — Me viro para olhá-la.

— Não. – Ela sorri através de suas lágrimas. — Este é um dia


feliz e estamos mantendo assim.

— Você está certa. — Nós duas sabemos o que a outra significa


para nós. — Só ia dizer que te amo.
— Também te amo. — Ela sorri novamente, as lágrimas
começam a desaparecer.

Me entrega duas pequenas caixas com um pedaço de


papel. Uma caixa é rosa e a outra azul, ambas embrulhadas em
veludo.

— Maddox queria que te desse isso.

Abro a nota primeiro.

Minha querida menina,

A caixa rosa é sua e a azul é da sua irmã. Sempre foram vocês


duas e sempre serei grato por tudo o que MJ fez para proteger essa
sua doce inocência. Hoje não só você ganha uma família, mas MJ
também. Nós todos já amamos vocês duas, mas sei que o vínculo entre
vocês é profundo e esta é a minha maneira de mostrar que nunca vou
tentar separá-las. Que na verdade admiro isso e vou protegê-lo
porque significa algo para você, o que faz com que signifique tudo
para mim.

Vejo você em breve minha esposa. Te amo.

Para sempre seu,

Maddox, seu futuro marido.

— Esta é sua. — digo a MJ, entregando-lhe a caixa azul. Ela olha


para a nota.
— Ele realmente é um bom homem. — Suspira, parecendo feliz
por mim. Nós duas abrimos nossas caixas.

— Oh meu Deus. — nós duas dizemos ao mesmo tempo. No


interior há medalhões presos a lindas correntes. Quando os
abrimos, dentro de cada um há uma foto tirada no primeiro dia em
que nos mudamos para o nossa casa juntas. MJ está me segurando
perto; nós duas estamos com sorrisos enormes. Acho que é porque
sabíamos que apesar de estarmos sozinhas nós poderíamos fazer
isso juntas. Estávamos começando uma nova fase de nossas
vidas. Agora estamos prestes a iniciar outra.

— Não nos saímos nada mal. — cutuca. É verdade.

— Graças a você. — A lembro. Ela nunca se dá o crédito


merecido. Colocamos os colares uma no outra.

— Você também, irmãzinha. Me deu uma razão para me


esforçar para querer ser uma pessoa melhor. Trabalhar mais para
garantir que tivéssemos o que precisávamos. Acho que nunca
entenderá a alegria que traz à vida das pessoas. Acha que é um
desastre, mas na verdade é aquela faísca na vida que todos nós
precisamos. O tipo de pessoa que se levanta quando cai e tenta
novamente. Pensa que todas essas profissões fracassadas são
pontos negativos. Nunca pensei isso. Você estava procurando por
algo e estava determinada a encontrá-lo, não importa quantas vezes
tenha falhado em sua busca. Isso é inspirador.

— Acabou de dizer que não devemos chorar! — Não posso


parar as lágrimas que caem. MJ as limpa para mim.
Agora tenho tudo que preciso. Meu algo novo, Maddox e este
vestido, meu algo velho e o ‘emprestado’ sendo o prendedor que MJ
deslizou no meu cabelo. Dobro a nota que Maddox escreveu em tinta
azul, colocando-a no meu decote por segurança por enquanto. É
meu algo azul.

Ela agarra minha mão.

— Agora vamos te casar. Acho que encontrou o que estava


procurando este tempo todo e ele não está tão pacientemente à
espera. — Nós entrelaçamos nossos dedos e saímos para fora do
quarto em que nos vestimos. Quando as portas são abertas vejo
Maddox ao final do corredor e quase começo a chorar. MJ aperta
minha mão, lembrando-me de me manter controlada. Ela solta
minha mão, colocando seu braço no meu enquanto caminhamos
pelo corredor juntas.

Maddox me encara quando diz você está linda enquanto me


aproximo do altar. Ele dá alguns passos pelo corredor em minha
direção como se não pudesse esperar mais um segundo para estar
ao meu lado. MJ levanta meu véu, depois coloca minha mão na
dele. Antes de tomar seu lugar ao meu lado, ela sussurra algo no
ouvido de Maddox. Suas sobrancelhas se levantam e ele quase
parece um pouco assustado por um breve segundo. MJ dá um
tapinha em seu ombro e caminha para ficar ao meu lado do altar. Ela
tem um sorriso diabólico no rosto.

Fico sem palavras. Estou me acostumado com isso agora.


Sempre que estou perto de Maddox, nada mais importa. Meu
cérebro não está funcionando plenamente, mas assim como no
primeiro momento em que o conheci, ele me ajuda e não me deixa
tropeçar em meus próprios pés.
O juiz diz a Maddox que pode beijar a noiva. Não precisa ser
dito duas vezes. Sei que estava se contendo desde o minuto em que
as portas se abriram para mim e MJ. Acho que a única razão pela
qual não andou pelo corredor e me levou foi porque sabia que era o
direito de MJ me entregar. Para mostrar a todos que ela acreditava
nele.

Quando terminamos nosso beijo, eu coro, lembrando que


estamos na frente de quase cem pessoas. Maddox tem uma grande
família com muitos amigos. Todo mundo foi tão acolhedor desde o
primeiro momento em que Maddox me apresentou a todos. Sua mãe
quase derrubou Maddox para chegar até mim em sua empolgação
sobre nos casarmos. Ela é uma mãe doce e amorosa e estou feliz que
Maddox tenha tido isso em sua vida. Estou feliz por tê-la em minha
vida também.

Todo mundo solta um grito alto quando Maddox me pega em


seus braços, me levando para fora do salão. Tenho certeza que ouvi
sua mãe dizer algo sobre netos. Enterro meu rosto em seu pescoço,
uma mistura de constrangimento e riso me dominando.

— Vejo todos vocês na festa. — ele grita, deixando todos para


trás. Nós estamos no mesmo hotel em que ficamos e tenho a
sensação de que meu marido está me levando para a nossa
suíte para finalmente fazer amor comigo. Todos os outros terão que
esperar. Nós esperamos tempo suficiente. Maddox vai me fazer uma
Castile em todos os sentidos que puder.
Capítulo Dezoito

Minha esposa. Mal posso acreditar que tenho uma. O sangue


corre tão quente e grosso em minhas veias, é difícil me mover, falar
ou pensar.

— Venha. — consigo dizer. Pego a mão dela e a conduzo pela


entrada e pela longa galeria até o quarto principal.

Seu véu se foi e seu cabelo flui ao redor de seus ombros.


Pequenos caracóis de cabelo curtos se enrolam nos lados do seu
rosto. Parece um anjo, um que estou prestes a corromper. Durante
a cerimônia e a recepção, pensei no que está vestindo debaixo do
vestido. Aquele espartilho de renda branca com as ligas segurando
meias brancas de seda. Pretendo tira-las com meus dentes.

Jogo meu paletó sobre a cama e abro os botões negros da minha


camisa.

— Espere. — diz com a palma levantada como um sinal de


parada.

Paro no meio do movimento.

— O que é?
Ela se abaixa no chão, a saia branca de seu vestido ondulando
ao redor dela como uma nuvem.

— Quero te provar. Você disse que podia.

E assim, meu controle quebra. Vou até ela e inclino seu queixo
para trás.

— Quer meu pau grosso em sua boca, é isso que está querendo?

Ela acena com a cabeça ansiosamente. Sua pequena língua rosa


dispara como se já pudesse sentir o meu gosto.

Abro minha calça com uma mão e puxo meu pau duro para fora,
colocando a cabeça vermelha contra seus lábios.

— Se me quer, então me chupe. Me mostre. — A última parte é


mais um pedido do que um comando.

Luna separa os lábios e chupa a ponta para dentro. Sua língua


rola ao redor da cabeça, movendo sua boca sobre meu eixo. Meus
joelhos ficam moles.

— Está ficando molhada? Chupar seu homem te excita, Luna?


— Aperto seu queixo e sua boca se abre mais. Mergulho
superficialmente naquele espaço quente e úmido. Ela geme e envia
vibrações através do meu pau para minha espinha.

Sou muito grande para que consiga tomar mais do que a


metade na sua boca, mas ela está ansiosa e com fome, chupando
tanto de mim quanto pode. Seus olhos brilham com necessidade
enfatizada pelo rímel e delineador borrados. Batom rosa mancha
sua boca e meu pau duro.
Já posso sentir meu orgasmo pronto para explodir. Mas não
quero gozar na boca da minha querida menina. Não dessa vez. Desta
vez vou afundar entre suas pernas, tirar sua virgindade e a encher
seu útero com minha porra.

— Ainda não, querida. — digo. É mais uma ordem para mim do


que um aviso para ela. Me afasto da sua boca. Ela faz um som de
profunda decepção. Meu pau balança dolorosamente de acordo. —
Vamos te tirar desse vestido.

Há tantos botões minúsculos, ganchos e fechos no maldito


vestido que estou quase enlouquecendo. Na metade ameaço pegar
uma faca. Apenas a mão macia no meu braço e a pergunta
sussurrada de ‘E a nossa futura filha?’ me impede.

Juntos, conseguimos tirá-lo do seu corpo e depois fazemos o


mesmo comigo.

— Você é tão lindo. — ela engasga, passando a mão sobre o meu


abdômen. — Não esperava isso debaixo de seus ternos.

Capturo sua mão errante.

— Pensou que era suave sob todas as minhas roupas? — Coloco


a palma da sua mão diretamente sobre a minha ereção. — Não,
querida menina. Sou duro aqui o tempo todo.

Seus dedos se fecham ao redor do meu pau.

— Todo o tempo?

Bombeio em seu aperto.


— Todo o tempo. Quando eles trouxeram sua mesa, tudo o que
conseguia pensar era em te dobrar sobre a superfície branca,
levantar sua saia e te foder por trás até que estivesse gritando meu
nome.

— Não sei se Grant gostaria disso. — me provoca.

— Grant que se foda. — A levanto e a atiro na cama. Suas pernas


se abrem. Pego meu pau carente e esfrego a cabeça contra os lábios
da sua boceta encharcada. — Eu vou te foder. — sussurro antes de
capturar sua boca.

Ela se abre e a fodo com minha língua e meu pau, estendendo


seu corpo até que invada todos os seus sentidos.

Ela está encharcada, mas não facilita a entrada do meu pau


grosso em sua pequena e apertada boceta.

Solto sua boca, descansando meus lábios contra sua bochecha.

— Ainda está comigo, querida? — Aperto seu peito, rolando o


mamilo entre meus dedos.

Ela arqueia debaixo de mim, deslizando mais profundamente


em meu eixo.

— Maddox! — grita.

Seguro sua bunda e mantenho-a quieta para que não possa se


machucar.

— Cuidado, querida. Você é uma menina pequena e sua boceta


é tão apertada.
— Mas eu quero — Ela se contorce no meu pau. — Eu preciso...
— Ela para, incapaz de articular exatamente o que está pedindo.

Como quando entrei na sua boca, dou bombadas curtas e


devagar, em sua boceta quente, esperando que suas paredes se
acostumem ao meu redor. Minhas bolas se apertam. Vou gozar em
breve e preciso que goze comigo.

Deslizo a mão entre nossos corpos e encontro seu clitóris


necessitado. Ela grita de novo quando pressiono o polegar contra
ele. Trabalho aquele conjunto tenro de nervos com a mesma atenção
e intensidade que eu dei aos seios. Seu corpo colapsa ao meu redor,
me sugando por dentro.

Sua respiração vem em intervalos curtos, cronometrada com o


impulso do meu pau e a batida das minhas coxas contra as dela. O
prazer aumenta, uma avalanche de sentimento correndo pelas
minhas veias, pronto para explodir.

— Goze para mim, querida menina. Goze para mim, agora


mesmo!

Ela arqueia o corpo inteiro. Sua cabeça cai para trás. Suas costas
se curvam. Seu quadril empurrado para frente. Sua boceta aperta
em volta de mim. A penetro mais fundo, fodo-a mais, amo-a mais do
que qualquer homem poderia amar uma mulher que valoriza. Gozo
dentro dela até que me sinto fraco.

— Te amo, Luna Castile, e vou te amar até o último suspiro sair


do meu corpo. — prometo.

— Oh, Maddox, também te amo. — Seus olhos preciosos se


enchem de lágrimas. As lambo e começo a amá-la novamente.
Epílogo

— Apenas me dê o que vim aqui buscar e ninguém se


machucará. — Os olhos de Grant apontam para a pasta na minha
mão. A palavra Londres está na etiqueta da pasta. Não sei sobre o
que é o negócio de Londres, mas sei que Grant está sempre falando
sobre isso.

— Dê a minha pasta e lhe darei a sua. — Agito a pasta na


minha mão. De quem foi a idéia de ter uma festa de revelação
surpresa para os bebês? Minha. Droga. Parecia divertido, mas a
revelação está tão distante. Preciso fazer tantas coisas antes que os
bebês cheguem aqui.

— Você descobrirá esta noite. — Grant tenta racionalizar. –


Onde conseguiu essa pasta? — pergunta, dando um passo mais
perto de mim. Dou um passo atrás. Ele vai tentar pega-la de
mim. Estreito meus olhos para ele. Não há como tirar essa pasta das
minhas mãos.

— Só me dê a pasta. — Sei que os resultados estão em sua mesa


e aposto que colocou numa pasta. Ele etiqueta e organiza tudo.
— Luna, seja razoável. Sabe que não posso te dar essa
informação. Você foi a única que definiu essas regras malucas e me
disse que mesmo que implorasse não deveria entregar. — Sei que
está certo, mas não percebe que não posso fazer isso por mais um
segundo sem saber? Está me deixando maluca.

— Só quero saber qual o sexo dos meus bebês! — deixo meus


olhos ficarem um pouco chorosos, o que não é tão difícil nos dias de
hoje. Meus hormônios estão me deixando louca. Teria feito
Maddox dizer a Grant para me dar os resultados, porque ele iria,
mas Maddox soltou uma risada quando tive a ideia de uma festa de
revelação do sexo. Deu de ombros e disse que poderia fazer o que
quisesse.

Sei que a risada foi porque sabia que não iria conseguir
esperar. Estaria implorando pelos resultados. Meio que sabia disso
também. É por isso que a festa de revelação foi marcada para o
mesmo dia que o nosso ultrassom. Pensei que ter que esperar só
algumas horas não me deixaria tão nervosa. Estava errada.

— Oh não, não Luna! Você não vai usar o cartão de emoção


comigo. Ainda não está conseguindo essa pasta.

— Droga. — Praticamente bato meu pé. Quase usei todos os


truques que tenho na manga e ele não está quebrando. Não há nada
na pasta. Está vazia. Fiz isso enquanto Maddox estava no
telefone. Estou ficando sem tempo. Ele nunca me deixa ir longe
antes que venha me procurar.

— Querida menina.
Grito quando Maddox coloca a cabeça para fora da porta de seu
escritório. Grant pega a pasta da minha mão, abrindo-a.

— Não fique nervosa. — Maddox acaba com o espaço entre


nós. Sua mão vem protetoramente para minha barriga.

— Ele roubou minha pasta. — Aponto para Grant. Que me olha


quando vê que está vazia. Tenho que lutar contra um sorriso. Amo
Grant. Nós nos aproximamos. Brigamos como se fossemos irmão e
irmã. Pobre Maddox fica preso no meio. Obviamente sou sua
favorita. Grant provavelmente não me ama de volta por causa disso,
Maddox sempre fica do meu lado, mas sou a razão pela qual ambos
trabalham menos. Droga, Maddox nunca trabalha, a menos que me
seguir conte como um trabalho. Acho que conta. É o que costumava
fazer para viver.

— Dê a ela a pasta. — Maddox diz a Grant. Ele tenta entregá-lo


para mim.

— Não essa. — murmuro.

— O negócio com Londres está resolvido, não? — Maddox pega


a pasta vazia da mão de Grant. Então começa a rir. Sei que está
pondo tudo junto.

— Querida menina, vou te dizer o sexo dos gêmeos se quiser


saber. — E entrega a pasta vazia de volta para Grant.

— O acordo está feito. — Grant responde a pergunta de Maddox


presunçosamente. Ainda não sei o que o negócio de Londres é ou foi,
mas Grant está feliz com isso. Bem, presunçoso, tudo deve ter
corrido bem.
— Grant, pode nos dar um momento?

Grant deixa a pasta na sua mesa.

— Vejo vocês na festa. — pega sua bolsa, indo para o elevador.


Todos nós sabemos o que significa quando Maddox diz a Grant para
nos dar um momento. Alerta de spoiler. Não vai ser um
momento. Meus mamilos apertam porque sei o que está por vir.

Maddox desce a mão de pela minha barriga. E se inclina,


sussurrando para os nossos gêmeos.

— Vamos colocar a mamãe mais a vontade. Não é bom ela ficar


nervosa. — E coloca um beijo lá. Minha pequena barriga já está
aparecendo. Ela cresceu rápido, entre MJ e Maddox me alimentando
e havendo dois bebês dentro de mim, não há como para-la. Não me
importo. Estava tão animada quando acordei uma manhã e vi a
pequena protuberância se formando. Maddox está gostando
também. Está constantemente me esfregando lá. E está sempre
falando com nossos bebês.

Ele caminha até a mesa de Grant, puxando a pasta.

— Mas se nós soubermos, o que acontecerá com a festa


surpresa? — Mordo meu lábio, esperando Maddox me dar um
motivo pelo qual está bem nós descobrirmos agora e ainda estar
tudo bem em termos a festa. Maddox caminha de volta para mim,
segurando a pasta na mão. Pega minha mão com a sua livre e me
guia em seu escritório até o sofá.

Onde tenho pequenos cochilos de vez em quando, se ele tem


que entrar no escritório para alguma coisa. Sempre me perguntei
por que tinha um sofá em seu escritório em primeiro lugar. Descobri
que era porque muitas vezes ele dormia nele. O homem realmente
trabalhava muito antes de eu entrar em sua vida.

Nós ainda estamos fazendo um bom uso do sofá, no entanto.


Maddox sempre me quer perto e tenho tendência a cochilar,
especialmente agora que estou grávida. Ele me dá um beijo antes de
voltar para a porta do escritório, ouço o som dela sendo trancada.
Uma onda de calor bate entre as minhas coxas ao pensar no que está
por vir. Mordo meus lábios enquanto me mexo no meu lugar.

No caminho de volta para mim, puxa uma das cadeiras do


escritório em frente ao sofá, sentando-se nela. A pasta com as
informações que preciso saber ainda está em sua mão. Se inclina
para trás na cadeira com um sorriso muito sexy no rosto.

— O que está disposta a fazer pela informação contida nesta


pasta, querida menina?

Sorrio, me levantando e caindo em seu colo.

— Hmm. — Bato em minha boca com o dedo como se estivesse


pensando. — Não acho que tenha que fazer nada para obter essa
informação de você. — Me viro em seu colo, então estou montada
em cima dele, minhas pernas caindo em ambos os lados da
cadeira. Balanço de um lado para o outro, e a ação me faz esfregar
contra seu pau duro. O vestido que estou vestindo sobe. — Tenho?
— inclino minha cabeça para o lado. Quando vai responder, paro
ele. Já sei o que vai dizer. — Mas vou te dar o que quiser. — Digo as
palavras que teria me dito.

Ele solta a pasta que cai no chão. Suas mãos vêm para meu rosto
enquanto toma minha boca em um beijo. O beijo é profundo, doce e
cheio da promessa de que essas palavras para nós dois são
verdadeiras.

— Vou te dar o que quiser. Até guardaria meu último suspiro


para você.

Meus olhos começam a lacrimejar. Não são os hormônios desta


vez. Ok, talvez um pouco, mas meu marido é tão doce e perfeito.

— Faria o mesmo por você. — Me inclino, beijando-o desta


vez. Ele se levanta, nos movendo de volta para o sofá, seu corpo
descendo sobre o meu.

— Estamos tendo um menino e uma menina. — me diz.

— Deveria ter imaginado. — rio. Todo mundo ficava me


perguntando se quero um menino ou uma menina. Isso foi antes de
sabermos que eram gêmeos. Não sabia dizer qual preferia. Não
sabia. Queria os dois. Maddox me prometeu que teríamos um de
cada sexo. Pensei que queria dizer que continuaríamos tendo bebês
até que isso se tornasse realidade. Deveria ter percebido que de
alguma forma ele conseguiria fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

— Disse que poderia ter qualquer coisa que quisesse. — Ele


corre o nariz pelo meu pescoço, me enchendo de beijos. Solto um
pequeno suspiro.

— Qualquer coisa. — concordo, sentindo sua mão deslizar sob


meu vestido e minha calcinha sendo puxada.

— Quero comer sua boceta até que você goze para mim. – Abro
mais minhas pernas em convite. Sou dele para ser tomada. Quem
saberia no primeiro dia em que comecei a seguir Maddox que ele se
tornaria meu? Finalmente encontrei algo que sou boa. Sei que nunca
vou falhar nisto. Fui feita para ele e para a maternidade. Ele nunca
me deixará.

Nós nos capturamos um ao outro.

FIM

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