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Em forma de retrospectiva, segue os principais eventos que marcaram a formação do planeta e de seus
habitantes, os seres vivos.
1º evento: Formação da Terra há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, nesse período o planeta era
extremamente quente equivalente a uma imensa bola de fogo, não abrigando nem uma forma de vida.
2º evento: Passados milhões de anos após a formação do planeta, a Terra entrou em um processo de
resfriamento gradativo, essa alteração originou uma estreita camada de rocha em toda a Terra.
3º evento: Com as mudanças ocorridas na temperatura do planeta, que foi se resfriando, foi expelida do
interior da Terra uma imensa quantidade de gases e vapor de água. Esse processo fez com que os
gases formassem a atmosfera e o vapor de água favoreceu o surgimento das primeiras precipitações,
um longo tempo de chuva ocasionou a formação dos oceanos primitivos, que possuíam cerca de 20 cm
de profundidade.
4º evento: A formação dos oceanos foi fundamental para o surgimento da vida no planeta, pois a origem
da vida veio dos seres aquáticos. Dessa forma surgiram primeiramente no plantae as bactérias e algas,
além de microrganismos, isso há cerca de 3 bilhões e 500 milhões de anos.
5º evento: Essas primeiras formas de vida foram importantes para o surgimento de outros seres.
Surgiram então, oriundos dos microrganismos, os invertebrados dentre eles medusas, trilobitas, caracóis
e estrela-do-mar, além disso, desenvolveram plantas tais como as algas verdes, todos os seres vivos
desse momento habitavam ambientes marinhos.
6º evento: Pouco tempo depois algumas espécies de plantas marinhas desenvolveram a capacidade de
se adaptar fora do ambiente aquático migrando para áreas continentais, dando origem às primeiras
plantas terrestres.
7º evento: Os animais terrestres tiveram sua origem a partir do momento que algumas espécies de
peixes saíram da água dando origem aos anfíbios e posteriormente aos répteis. Houve um tempo no
qual o planeta Terra ficou povoado por grandes répteis denominados de dinossauros, esse ficou
caracterizado como o Período Jurássico. O período permiano deu origem às plantas com flores e os
mamíferos. Os grandes répteis foram extintos há 70 milhões de anos.
8º evento: Há aproximadamente 65 milhões de anos teve início a formação das grandes cadeias de
montanhas como o Himalaia e os Alpes. Os animais como os mamíferos e as aves proliferaram por todo
o planeta, a atmosfera já possuía as mesmas características atuais.
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02 - Introdução a Ecologia
População é o nome dado ao conjunto formado pelos organismos de determinada espécie, que vivem
em um lugar perfeitamente delimitado.
Comunidade é o conjunto de todas as populações que se encontram em interação num determinado
meio. É a parte biótica do meio.
Ecossistema é o conjunto formado por uma comunidade e pelos componentes abióticos do meio com os
quais ela interage.
A produtividade e o ecossistema
A atividade de um ecossistema pode ser avaliada pela Produtividade Primária Bruta, que corresponde ao
total de matéria orgânica produzida, durante determinado tempo, numa certa área ambiental.
Descontando-se desse total a quantidade de matéria orgânica consumida pela comunidade na
respiração durante esse período, consegue-se a Produtividade Primária Líquida. A produtividade de um
ecossistema depende de diversos fatores, dentre os quais os mais importantes são a luz, a H2O, o CO2
e a disponibilidade de nutrientes.
Biosfera
A Terra é um grande ambiente de vida. Os organismos vivem numa fina camada do Planeta, que inclui a
água, o solo e o ar. A biosfera é a reunião de todos os ecossistemas existentes na Terra.
Hábitat
É o lugar em que vive cada organismo de determinada espécie componente da comunidade. É a
“residência” do organismo.
Nicho ecológico
É a função ou papel desempenhado pelos organismos de determinada espécie em seu ambiente de
vida. O nicho inclui o hábitat, as necessidades alimentares, a temperatura ideal de sobrevivência, os
locais de refúgio, as interações com os inimigos e amigos etc. O nicho ecológico é a “profissão”
desempenhada pela espécie no ecossistema.
Produtores
Vegetais autótrofos fotossintetizantes. Transformam a energia solar na energia química contida nos
alimentos. No mar, são re-presentados pelo fitoplâncton (principalmente o conjunto das microalgas);
Consumidores primários
Herbívoros, isto é, os seres comedores de plantas. No mar, são os componentes do zooplâncton
(microcrustáceos, por exemplo);
Consumidores secundários
Carnívoros que se alimentam dos herbívoros. Há ainda consumidores terciários e quaternários que se
alimentam, respectivamente, de consumidores secundários e terciários;
Decompositores
Bactérias e fungos que se alimentam dos restos orgânicos dos demais seres vivos. São importantes na
reciclagem dos nutrientes minerais que poderão ser reutilizados pelos produtores. O conjunto de todas
as cadeias alimentares do ecossistema constitui uma teia alimentar.
A pirâmide de energiam cada nível trófico há grande consumo de energia para execução das reações
metabólicas. Há liberação de energia na forma de calor, que é “perdido” pelo ecossistema. A energia
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restante é armazenada nos tecidos. Os produtores consomem, para sua sobrevivência, grande parte da
energia por eles fixada na fotossíntese. Sobra pouco para o nível dos consumidores primários, que
utilizarão, no seu metabolismo, boa parte da energia obtida dos produtores.
O mesmo acontece em relação aos consumidores secundários,que despenderão, em suas atividades
metabólicas, boa parcela da energia obtida dos consumidores primários. Isso limita o número dos níveis
tróficos e explica ser a biomassa decrescente nas cadeias alimentares a partir dos produtores, que terão
a maior biomassa. Portanto, a quantidade de energia disponível sempre diminui, porque se deve
descontar o que é gasto pelas atividades próprias de cada nível trófico.
03 - Níveis de Organização
Átomos e moléculas
Os átomos forma toda a matéria que existe. Eles se unem por meio de ligações químicas para formar as
moléculas, desde moléculas simples como a água (H2O), até moléculas complexas como proteínas, que
possuem de centenas a milhares de átomos. Como já vimos, a matéria viva é formada principalmente
pela união dos átomos (C) Carbono, (H) Hidrogênio, (O) Oxigênio e (N) Nitrogênio.
Organelas e Células
As organelas são estruturas presentes no interior das células, que desempenham funções específicas.
São formadas a partir da união de várias moléculas. A célula é a unidade básica da vida, sendo
imprescindível para a existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função
específica.
Tecidos
Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os tecidos estão presentes apenas em
alguns organismos multicelulares como as plantas e animais. Um exemplo de tecido é o muscular tem a
função de produzir os movimentos musculares, o tecido ósseo, formado pelas células ósseas tem a
função de sustentar o organismo.
Órgãos
Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são formados de vários tipos de tecidos,
por exemplo. O coração é formado por tecido muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são
formados por tecido ósseo, sanguíneo e nervoso.
Sistemas
Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que se trabalham em conjunto para exercer uma
determinada função corporal, por exemplo, o sistema digestório, que é formado por vários órgãos, como
boca, estômago, intestino, glândulas, etc.
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Organismo
A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma pessoa, uma planta, um peixe, um
cachorro, um pássaro, um verme, etc.
População
Dificilmente um organismo vive isolado, ele interage com outros organismos da mesma espécie e de
outras espécies, e também com o meio ambiente. O conjunto de organismos da uma mesma espécie,
interagindo entre si e que habitam uma determinada região, em uma determinada época, chama-se
população.
Comunidade
O conjunto de indivíduos de diferentes espécies interagindo entre si numa determinada região
geográfica, ou seja, conjunto de diferentes populações vivendo juntas e interagindo é chamado de
comunidade. O “Cerradinho”, uma reserva ecológica dentro da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, é uma comunidade que abriga diferentes populações de plantas e animais nativos da região.
Ecossistema
O ecossistema é o conjunto dos seres vivos da comunidade, com os fatores não vivos, como
temperatura, luminosidade, umidade e componentes químicos. Esses fatores não vivos são chamados
de fatores abióticos. Os seres vivos são chamados de bióticos. A interação entre os seres bióticos e os
abióticos recebe o nome de ecossistema. Por exemplo, uma população de jacarés que está tomando sol
em cima de uma pedra, nas margens de um rio.
Biosfera
A biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas do planeta Terra. A biosfera é a mais alta de todas as
hierarquias.
4.1 - DENSIDADE
É a relação entre o tamanho da população (quantidade de indivíduos) e a área ocupada por eles, por
exemplo, 2.000 árvores por hectare de manguezal, ou 500 animais por metro quadrado de costão
rochoso. Se levamos em conta a área total disponível, tem-se a densidade absoluta, enquanto que se
levamos em conta a área efetivamente habitável pela população tem-se a densidade ecológica, esta
última sempre maior que a primeira. Os fatores que afetam a densidade são principalmente a predação,
competição intra e interespecífica, e variações sazonais ambientais (temperatura, umidade,
luminosidade, etc).
A densidade de uma população normalmente é dada em número de indivíduos, mas pode também ser
expressa através de área ocupada pela espécie ou pela biomassa (por exemplo, 100 quilos por km2).
Para avaliar a densidade das populações diversos métodos quantitativos são utilizados atualmente pelos
pesquisadores. Estes podem ser destrutivos (onde os animais são recolhidos do ambiente durante as
amostragens), ou não destrutivos (neste caso os organismos são contados no próprio ambiente). Cada
uma destas categorias apresenta uma série de metodologias de amostragens, cada uma ajustando-se a
objetivos específicos do pesquisador.
4.2 - MORTALIDADE
Esta é uma característica da população a qual indica em que nível ocorre a mortalidade dos seus
indivíduos. A taxa de mortalidade é calculada através do número de indivíduos mortos dividido pelo
número de vivos no início de um período de tempo.
M = m / Vi
A probabilidade de vida, ou índice de sobrevivência, cálculo complementar à taxa de mortalidade é o
número de sobreviventes dividido pelo número inicial de indivíduos, e muitas vezes é usado em
substituição à mesma.
Diversos cálculos e planilhas extremamente importantes para o entendimento da dinâmica de
populações são utilizadas com informações de mortalidade, entre elas, as tabelas de vida (life tables),
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tabelas de tempo específico (expectativa de vida, ou longevidade), tabelas de vida dinâmicas, curvas de
mortalidade, curvas de sobrevivência, etc. A explicação de cada uma delas não cabe nos objetivos deste
trabalho.
Finalmente é importante a diferenciação dos dois tipos de longevidade: a longevidade fisiológica é o
tempo de vida esperado para um indivíduo sem qualquer intervenção externa negativa como predação,
competição, doenças, ou estresse ambiental. Neste caso o indivíduo morre de velhice. Na longevidade
ecológica, a expectativa de vida leva em conta a situação real encontrada pelos indivíduos de uma
população no ambiente em que vivem. Logicamente a longevidade ecológica é consideravelmente
menor.
4.3 - NATALIDADE
Este parâmetro refere-se à capacidade de aumento numérico de uma população. A natalidade máxima
(também chamada absoluta ou fisiológica) é a quantidade máxima de indivíduos novos possível de ser
produzida na ausência de quaisquer fatores limitantes. A natalidade ecológica é a situação real do
crescimento da população levando-se em conta todo o contexto ecológico onde vive a população. A
natalidade é calculada dividindo-se o número de indivíduos novos pelo tempo.
Uma forma mais precisa de se calcular a taxa de nascimento é dividindo-se o número de nascimentos
por fêmea em cada faixa de idade, por unidade de tempo, uma vez que a capacidade reprodutiva varia
com a idade.
05 - Bioma
Em Ecologia, chama-se bioma a uma região com o mesmo tipo de clima e vegetação. Mais além,
biomas são um conjunto de ecossistemas de mesmo tipo. A comunidade biológica, ou seja, fauna e flora
e suas interações entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar.
Área biótica ou biótopo é a área geográfica ocupada por um bioma. O bioma da Terra compreende a
biosfera. Um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes. É influenciado pelo macroclima,
tipo de solo, condição do substrato e outros fatores físicos, não havendo barreiras geográficas, ou seja,
independente do continente, há semelhanças das paisagens, apesar de poderem ter diferentes animais
e plantas, devido à convergência evolutiva.
Um bioma é composto da comunidade clímax e todas as subclímax associadas ou degradadas, pela
estratificação vertical ou pela adaptação da vegetação.
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5.1 - Biomas Brasileiros
Floresta Amazônica – é
considerada a maior floresta tropical
do mundo com uma rica
biodiversidade. Está presente na
região norte (Amazonas, Roraima,
Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão
e Tocantins). É o habitat de
milhares de espécies vegetais e
animais. Caracteriza-se pela
presença de árvores de grande
porte, situadas bem próximas umas
das outras (floresta fechada). Como
o clima na região é quente e úmido,
as árvores possuem folhas grandes
e largas.
Caatinga – presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma
vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas
e cactos.
Pantanal – este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas
regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas,
arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há presença de árvores de floresta tropical.
Mata Atlântica – neste bioma há a presença de diversos ecossistemas. No passado, ocupou quase toda
região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo terreno e hoje ocupa somente 7% da área
original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é
fechada com presença de árvores de porte médio e alto.
Pampa – presente em algumas áreas da região Norte (Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio
Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença de pequenos arbustos,
gramíneas e herbáceas.
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- Ecossistemas
Para fins descritivos é útil considerar que o ecossistema contém os seguintes componentes!
(1) substâncias inorgânicas (C, N, CO2, H20, etc.) envolvidas nos ciclos de materiais;
(2) compostos orgânicos (proteínas, hidratos de carbono, lípidos, substâncias húmicas, etc.) que ligam o
biótico e o abiótico;
(3) regime climático (temperatura e outros factores físicos);
(4) produtores, organismos autotróficos, em grande parte plantas verdes, capazes de elaborar alimentos
a partir de substâncias inorgânicas simples;
(5) macroconsumidores ou fagótrofos, (phagos = para comer), isto é, organismos heterotróficos,
principalmente animais, que ingerem outros organismos ou matéria orgânica em partículas;
(6) microconsumidores, saprótrofos (sopro = para decompor) ou osmátrofos (osmo = para passar através
da membrana), organismos heterotróficos, sobretudo bactérias e fungos, que fazem a demolição dos
compostos complexos dos protoplasmas mortos, absorvem alguns dos produtos da decomposição e
libertam nutrientes inorgânicos susceptíveis de utilização pelos produtores, bem como substâncias
orgânicas que podem proporcionar fontes de energia ou podem ser inibidoras ou estimulantes para
outros componentes bióticos do sistema.
Os números 1 a 3 compreendem os componentes abióticos e os números 4 a 6 englobam a biomassa
peso vivo).
Um ecossistema é qualquer conjunto de organismos vivos e de substâncias não vivas no qual existe
uma troca contínua de materiais e de energia. Embora barreiras geográficas possam separar um
ecossistema de outro, não há limites de dimensões fixas em termos de números de organismos, área, ou
quantidades de matéria e de energia presentes. Os ecossistemas podem variar desde um aquário
equilibrado em casa até um oceano inteiro. Todos os ecossistemas mantêm um equilíbrio dinâmico,
evoluindo constantemente, mas tão devagar que geralmente não podemos observar as alterações. A
maior parte da matéria no sistema é continuamente reciclada e as perdas de energia são compensadas
pela energia adquirida do meio, quer seja do sol, quer de uma lâmpada de aquário.
NÃO CONFUNDA: Muitas vezes, o termo bioma é utilizado como sinônimo de ecossistema, no entanto
ao contrário do segundo que implica nas inter-relações entre fatores bióticos e abióticos, o primeiro
significa uma grande área de vida formada por um complexo de hábitats e comunidades, ou seja,
apenas o meio físico (área) sem as interações. Ex.: Bioma cerrado, bioma mata atlântica.
Existem também, uma série de regiões que não poderiam ser enquadradas nem como ecossistemas
aquáticos, e nem como terrestres. Seriam:
• Mangue - Na verdade, o correto chamar-se de manguezal e não mangue, pois a denominação
vem da grande quantidade desta planta, ou seja, o mangue. Trata-se de um ecossistema
pantanoso, constantemente alagado com uma vegetação arbustiva e uma fauna caracterizada
pela grande presença de siris e caranguejos. O mangue ocorre geralmente junto a
desaguadouros de rios e/ou próximos a praias.
• Paredões rochosos e praias - Ambos ecossistemas são fortemente influenciados pela água do
mar, seja através das marés, ou da pressão exercida pela água.
• Brejos - Qualquer área que fique coberta por água doce, pelo menos em alguma época do ano
é considerado um alagado; uma das espécies vegetais mais comuns neste tipo de ecossistema
é a Taboa. Os brejos também são importantes, pois abrigam uma grande variedade de espécies
de aves e mamíferos aquáticos ou semi-aquáticos.
Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres vivos que, no seu conjunto, constituem a
biosfera e a zona superficial da Terra que eles habitam e que representa o seu biótopo.
Ou seja:
BIOSFERA + ZONA SUPERFICIAL DA TERRA = ECOSFERA
Mas assim como é possível associar todos os ecossistemas num só de enormes dimensões - a ecosfera
- também é possível delimitar, nas várias zonas climáticas, ecossistemas característicos conhecidos por
biomas. Por sua vez, em cada bioma, é possível delimitar outros ecossistemas mais pequenos.
Ecótone é o nome dado a uma região de transição entre dois biomas diferentes. Nas ecótones temos
uma biodiversidade maior que a dos biomas em transição, pois nela se encontram espécies de ambos os
biomas. Um exemplo de ecótone é o agreste do nordeste brasileiro, que é uma zona de transição entre o
sertão e a zona da mata.
07 – Cadeias Alimentares
Muitos caso de doenças graves em seres humanos têm sido relacionados ao consumos de alimentos
contaminados por compostos tóxicos, sendo que o caso de Minamata no Japão em 1950, quando uma
grande quantidades de mercúrio foi introduzida no mar e absorvida por animais marinhos que eram
consumidos em grande escala pela população local. Na ocasião foram relatados sérios problemas no
fígado, rins, sistema nervoso, além da ocorrência de mortes naquela população.
Os animais e plantas podem fazer parte de uma cadeia alimentar. Porém, tais seres vivos não participam
necessariamente de apenas uma cadeia, podendo pertencer, simultaneamente, a mais de uma. Aliás,
essa é a situação mais verificada. Mais ainda, esses animais pertencem a cadeias alimentares diversas,
e se posicionam em diferentes níveis tróficos.
Com esses comentários, podemos definir teia alimentar como uma reunião de cadeias alimentares. Ou,
de outro modo, teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos
produtores aos consumidores por numerosos caminhos opcionais que se cruzam (ou seja, várias
cadeias que se interligam). A teia alimentar representa o máximo de relações entre os componentes de
uma comunidade,
Essa é uma cadeia simples, que não mostra a realidade dessa lagoa.
Poderemos observar que as mesmas plantas que servem de alimento aos caramujos podem nutrir larvas
de insetos e peixes herbívoros. Os peixes carnívoros comem não apenas os caramujos, mas também os
peixes herbívoros e pequenos crustáceos. Peixes carnívoros, peixes herbívoros e rãs são comidos pelas
aves da margem.
Como dissemos acima, alguns seres vivos, dependendo do que ingerem, podem ser considerados
consumidores de vários níveis ao mesmo tempo. As aves da margem, por exemplo, ao se alimentarem
de peixes herbívoros, são consumidores de segunda ordem; quando se alimentam de rãs, são
consideradas consumidores de terceira ordem. Assim, ocupam simultaneamente dois níveis tróficos. Os
decompositores (bactérias e fungos) podem ser considerados consumidores de várias ordens, de acordo
com a origem do resto que eles degradam.
Vemos pois que a harmonia da vida têm como uma das principais bases as relações alimentares.
Quando destruímos ou alteramos um habitat, estamos influenciando diretamente na alimentação dos
seres desse local. Com isso, afetamos sua saúde.
Temos, entretanto, o costume de imaginar esses fenômenos ocorrendo em um campo, em uma fazenda,
enfim em um local distante de nós. Mas... nós participamos de uma cadeia alimentar?? E os animais que
vivem conosco, também participam??
Para participar de uma teia alimentar temos que estar inseridos em um ecossistema. No próximo texto,
estaremos abordando um pouco sobre os tipo de ecossistema, como eles interagem entre si e como sua
manipulação pode beneficiar ou prejudicar a vida dos animais e, também, a nossa.
09 - Níveis Tróficos
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Os níveis tróficos são as etapas, ou níveis,
da cadeia alimentar. A cadeia
alimentar (uma pequena porção da
chamada “rede alimentar”), é sempre
composta por diferentes níveis que
são caracterizados de acordo com o
tipo de alimentos que os organismos
consomem.
A hierarquização dos níveis alimentares (ou níveis tróficos) é determinada pelas especificidades do
meio físico em que a cadeia alimentar se insere. Alguns animais ocupam mais de um nível trófico se
alimentando tanto de vegetais quanto de outros animais. Estes são os onívoros, por exemplo, o
homem.
10 - Pirâmides Alimentares
Pirâmide de energia
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cadeia alimentar. Como a energia apresenta um fluxo decrescente, quanto mais distante dos produtores,
menor será a quantidade de energia útil recebida.
Pirâmide de biomassa
Expressa a quantidade de biomassa, matéria viva acumulada em cada
nível trófico da cadeia alimentar. É representada pelo peso seco
consumido numa cadeia alimentar e expressa a quantidade de matéria
orgânica por área. É direta nos ecossistemas terrestres que têm
produtores com biomassa muito maior que os consumidores. Porém é
invertida em ecossistemas aquáticos onde os produtores são bem
menores e consumidos em grande quantidade por consumidores cada
vez maiores. Este tipo de ecossistema só pode existir devido ao alto grau de reprodução que é feito
pelos produtores representados ali, geralmente o fitoplâncton.
Pirâmide de números
Demonstra o número de indivíduos que existe em cada nível trófico. Dependendo do tipo
de ecossistema, a pirâmide de números pode ser direta ou invertida. Podemos ter três
tipos básicos de cadeias alimentares: a) de predadores que promoverá pirâmides
diretas; b) de parasitas e superparasitas que dará pirâmides invertidas; c) de detritívoros
que dará pirâmides diretas.
No caso de parasitos e superparasitos, assim como no caso de pragas, temos pirâmides invertidas.
• Perdas respiratórias - parte do alimento absorvido, uma vez nas células é utilizado para a obtenção
de energia necessária à vida. Na respiração os seres vivos degradam compostos orgânicos,
transformando-os em dióxido de carbono e água, que são libertados para o meio abiótico, havendo
simultaneamente transferências de energia, em que parte é utilizada na actividade biológica e parte é
transferida para o meio sob a forma de calor.
Em termos globais, só uma pequena percentagem da matéria que constitui um nível trófico é incorporada
na construção dos tecidos dos indivíduos que pertencem ao nível trófico seguinte. Essa percentagem
varia, geralmente, entre 2% e 40%, dependendo da espécie e do ecossistema.
Tipicamente, para alguns casos estudados, é de cerca de 10%, havendo portanto 90% de perdas.
Em consequência das perdas verificadas, em regra, o número de indivíduos de um nível trófico é inferior
ao do nível trófico precedente e, consequentemente, a respectiva biomassa e energia. Há, no entanto,
algumas excepções, no que se refere a pirâmides de números e de biomassa, podendo surgir pirâmides
invertidas. Por exemplo, uma única árvore (produtor) pode fornecer alimento a um número enorme de
consumidores.
As perdas verificadas nas transferências de alimento explicam que o tamanho das cadeias alimentares
seja limitado. Quanto mais curta for uma cadeia alimentar, menores são as perdas que se verificam,
havendo, portanto, uma maior economia de alimento. No complexo dinamismo dos ecossistemas
constatamos, pois, que o alimento passa em cadeia através dos diferentes componentes bióticos que o
constituem, bem como a energia acumulada na matéria orgânica que faz parte desse alimento. A energia
proveniente do Sol fixada pelas plantas passa a fazer parte da matéria orgânica que produzem e é
depois transferida através dos consumidores e dos de-compositores, abandonando o ecossistema ao
longo do percurso sob a forma de energia térmica (calor).
A matéria, no entanto, circula continuamente do meio abiotico para os seres vivos e destes para o meio
abiótico, sendo portanto reciclada.
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11- Fluxo de Energia nos Ecossistemas
A transferência de energia ao longo das cadeias alimentares é unidirecional. A cada nível trófico, parte
da energia que ingressou na cadeia alimentar é dissipada nas atividades vitais.
É possivel concluir que nem todas as substâncias produzidas são incorporadas na biomassa dos
produtores.
Parte das moléculas orgânicas resultantes da fotossíntese são gastas pelos produtores na respiração
celular.
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11.2 - Produtividade Secundária
As substâncias orgânicas que os heterotróficos usam na sua alimentação são, em parte, utilizadas na
produção das suas próprias substâncias e incorporadas na sua biomassa.
A quantidade de substâncias orgânicas alimentares incorporadas pelos heterotróficos, durante um
determinado período de tempo, constitui a produção secundária.
Mas as substâncias orgânicas que os animais utilizam na alimentação não são apenas usadas na
produção secundária (em média, só 1 décimo do que os heterotróficos consomem é incorporado na sua
biomassa). Grande parte é gasta nas actividades vitais; outra parte não é digerida, sendo eliminada
pelas fezes.
Pode considerar-se então que a matéria organica e a energia que ela contém diminui de nível para nível
trófico.
O número de níveis tróficos é por isso limitado.
Geralmente, ao chegar ao 4º e, excepcionalmente, ao 5º nível trófico das cadeias alimentares, da
quantidade de matéria orgânica ou energia produzida pelos autotróficos existe uma porção tão pequena
que não é suficiente para alimentar outro nível trófíco superior. Por isso, a maior parte das cadeias
alimentares possuem, no máximo, 4 ou 5 níveis tróficos.
Quanto mais baixo for o nível trófico de que qualquer ser vivo se alimente, maior é a quantidade de
matéria e energia que tem disponível.
Calculou-se que uma superfície de 40000 m2 pode produzir, em condições adequadas, arroz em
quantidade suficiente para alimentar 24 pessoas durante um ano. Se esse arroz, em vez de servir de
alimento ao Homem, fosse utilizado para a criação de gado, a carne produzida alimentaria apenas uma
pessoa nesse mesmo período.
Quanto mais curta for uma cadeia alimentar, maior será, portanto, o aproveitamento da energia. Em
países com falta de alimentos, o Homem deve optar por obtê-los através de cadeias curtas.
Para cálculo da eficiência nas transferências de energia de um nível para o outro, há necessidade de
avaliar a quantidade de matéria orgânica ou de energia existente em cada nível trófico, ou seja, é
necessário conhecer a produtividade ao longo de todo o ecossistema.
Os estuários são os ecossistemas de maior produtividade, pois é nesses locais que grande parte dos
peixes desovam e se reproduzem.
As florestas são também locais onde existem condições que permitem a subsistência de um grande
número de animais.
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Em resumo, a produtividade secundária depende de vários fatores:
• Nível trófico - Geralmente será tanto menor, quanto mais elevado for o nível tráfico
considerado.
• Temperatura interna dos indivíduos - A produtividade é maior nos animais de temperatura
variável do que nos de temperatura constante. Nestes animais, grande parte da matéria orgânica
que ingerem é gasta para manter a temperatura a nível mais ou menos constante.
• Tipo de ecossistema - Nos ecossistemas em que os factores abióticos são favoráveis, o que
permite o desenvolvimento de uma flora e fauna abundantes e diversificados, existe uma maior
produtividade. Nos ecossistemas em que os factores abióticos são desfavoráveis como, por
exemplo, a tundra ou o deserto, a produtividade é menor.
Na Terra, já foram identificados 103 elementos químicos. Por exemplo, a água contida nas células,
sangue, urina, linfa e demais líquidos do corpo representa 60% - mais da metade - do peso do corpo
humano. Em alguns vegetais, essa proporção chega a 95%.
Calcula-se que em uma bactéria como a Escherichia coli há de 2 a 3 mil tipos de proteína. As proteínas
também variam de uma espécie de organismo para outra.
A lista seguinte mostra os bioelementos presentes no ser humano, ordenados por ordem de
abundância:
• Majoritarios: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio,
cloro e magnésio.
• Traços: ferro, zinco, cobre, flúor , bromo e selênio.
• Microtraços (ultratraços): iodo, manganês, vanádio, silício, arsênio, boro, níquel, cromo,
molibdênio e cobalto.
Existem outros elementos sem uma essencialidade muito clara como, por exemplo, lítio, cádmio e
estanho.
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Nem todos os seres vivos tem os mesmos elementos essenciais, por exemplo, o tungstênio não é
essencial para os humanos mas é essencial para outros seres vivos. Na tabela periódica a seguir estão
destacados os elementos químicos essenciais, assim como alguns outros cuja essencialidade está
sendo discutida:
H He
Li Be B C N O F Ne
Na Mg Al Si P S Cl Ar
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Fr Ra Ac
Existem elementos que estão presentes num organismo, porém não são essenciais. A comprovação e
verificação da deficiência de um elemento num organismo é um estudo muito complicado devido às
pequenas concentrações que atuam. É possível que o elemento se incorpore ao organismo de maneira
inadvertida, e o organismo utilize as reservas que possui. São situações de difícil observação pelos
estudiosos, durante algum tempo.
Normalmente a essencialidade se demonstra quando se descobre uma função biológica para algum
composto do elemento. Se acredita que estes elementos químicos se têm convertido em essenciais
devido à sua abundância e acessibilidade. Assim, existe uma boa relação entre a essencialidade de um
elemento e a sua abundância na crosta terrestre e na água do mar.
Há casos em que o elemento é abundante mas não é essencial. Isto se explica pela dificuldade que o
organismo apresenta em disponibilizá-lo. Por exemplo, o alumínio é um elemento muito abundante na
crosta terrestre e não é essencial, seguramente porque forma compostos insolúveis em água e os
organismos não podem captá-los facilmente.
Abaixo desta faixa ocorre a deficiência deste elemento, podendo ocorrer como conseqüência efeitos
patológicos, inclusive a morte do organismo.
Acima desta faixa ótima também aparecem efeitos patológicos ou morte do organismo derivados da
toxicidade do elemento.
20
13 - Ciclos Biogeoquimicos
13.1 - Introdução
As substâncias são continuamente transformadas durante a composição e a decomposição da matéria
orgânica, sem escapar da biosfera. Elas são recicláveis.
Circulação na natureza de substâncias essenciais para a manutenção e reprodução dos organismos
vivos. Os principais ciclos são os do carbono, átomos de carbono se incorporam em compostos
orgânicos através da fotossíntese (absorvido na forma de nitratos por plantas comidas por animais,
produzindo excreção de nitrato, que volta ao solo), da água (evaporação, à chuva, e assim por diante),
do oxigênio, e do fósforo.
Os caminhos percorridos ciclicamente entre o meio abiótico e o biótico pela água e pelos elementos
químicos carbono, oxigênio e nitrogênio constituem os ciclos biogeoquímicos.
Ciclos Biogeoquimicos
São processos naturais que reciclam elementos em diferentes formas químicas do meio ambiente para
os organismos, e, depois, vice-versa. Água, carvão, oxigênio, nitrogênio, fósforo e outros elementos
percorrem estes ciclos, unindo os componentes vivos e não-vivos da Terra.
Sendo a Terra um sistema dinâmico, em evolução, o movimento e a estocagem de seus materiais
afetam todos os processos físicos, químicos e biológicos.
Um ciclo biogeoquímico é o movimento ou o ciclo de um determinado elemento ou elementos químicos
através da atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera da Terra.
Os ciclos estão intimamente relacionados com processos geológicos, hidrológicos e biológicos. Como
exemplo, pode-se lembrar que um modesto conhecimento sobre o ciclo geológico (aqui referido como
um conjunto dos processos responsáveis pela formação e destruição dos materiais da Terra, subdividido
em: ciclo hidrológico e ciclo das rochas) é valioso para o conhecimento e compreensão de nosso
ambiente, que é intimamente relacionado aos processos físicos, químicos e biológicos. Por exemplo,
para avaliar o impacto ambiental de um material perigoso, como a gasolina, que vazou para o subsolo,
as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, rochas e água deveriam ser entendidas. Essa
compreensão ajudaria a responder perguntas como: Quão séria foi a contaminação? Quanto o
contaminante poderá mover-se? Quanto o dano ambiental poderá ser minimizado
21
13.3 - Transformações químicas
Tipos de ciclos
• Gasoso: atmosfera como
compartimento principal (menor TR)
• Sedimentar: sedimentos como
principal depósito (maior TR)
Outras bactérias também fixadoras de nitrogênio gasoso, ao invés de viverem livres no solo, vivem no
interior dos nódulos formados em raízes de plantas leguminosas, como a soja e o feijão, uma interação
interespecífica de mútuo benefício (simbiose). Ao fixarem o nitrogênio do ar, essas bactérias fornecem
parte dele às plantas.
Portanto, a adoção do cultivo das leguminosas é uma prática recomendável à agricultura, porque desta
forma as leguminosas colocam em disponibilidade o nitrogênio para culturas seguintes, não
empobrecendo tanto o solo quanto à questão de nutrientes disponíveis.
A devolução do nitrogênio à atmosfera, na forma de N2, é feita graças à ação de outras bactérias,
chamadas desnitrificantes. Elas podem transformar os nitratos do solo em N2, que volta à atmosfera,
fechando o ciclo.
22
13.5 - Ciclo do carbono
O carbono presente nos seres vivos é,
originalmente, proveniente da atmosfera. Por
meio da fotossíntese, os seres
fotossintetizantes fixam o carbono que retiram
do CO2 atmosférico. Esses átomos de
carbono passam a fazer parte das moléculas
orgânicas fabricadas.
Durante a respiração, uma parte das
moléculas orgânicas é degradada, e o
carbono que as constituía é devolvido à
atmosfera, novamente na forma de CO2.
Parte do carbono retirado do ar passa a
constituir a biomassa dos seres
fotossintetizantes, podendo eventualmente ser
transferida aos animais herbívoros.
Nos herbívoros, parte do carbono contido nas
moléculas orgânicas dos alimentos é liberada
durante a respiração, e o resto irá constituir
sua biomassa, que poderá ser transferida para
um carnívoro. Dessa forma, o carbono fixado
pela fotossíntese vai passando de um nível
trófico para outro, enquanto retorna
gradativamente à atmosfera, em conseqüência da respiração dos próprios organismos e da ação dos
decompositores, que atuam em todos os níveis tróficos.
Combustíveis fósseis
Algumas vezes, o retorno do carbono para a atmosfera é demorado, levando milhões de anos para
ocorrer. É o caso dos compostos de carbono que não foram atacados pelos decompositores e
transformaram-se, no subsolo, em carvão, turfa e petróleo.
A utilização desses combustíveis fósseis pelo homem tem restituído à atmosfera, na forma de CO2,
átomos de carbono que ficaram fora de circulação durante milhões de anos.
Devido à queima de combustíveis, a concentração de gás carbônico no ar aumentou, nesses últimos 100
anos, de 0,029% para cerca de 0,04% da composição atmosférica. Embora pareça pouco, esse aumento
é, em termos proporcionais, da ordem de 38%. De acordo com muitos cientistas, o aumento do teor de
CO2 atmosférico pode provocar a elevação da temperatura média global por causa do efeito estufa.
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As três principais fontes não-vivas de átomos de oxigênio para os seres vivos são, portanto, gás oxigênio
(O2), gás carbônico (CO2) e água (H2O). Esses três tipos de molécula estão constantemente trocando
átomos de oxigênio entre si, durante os processos metabólicos da biosfera.
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O vapor de água é transportado pela circulação atmosférica e condensa-se após percursos muito
variáveis, que podem ultrapassar 1000 km. A água condensada dá lugar à formação de nevoeiros e
nuvens e a precipitação a partir de ambos.
A precipitação pode ocorrer na fase líquida (chuva ou chuvisco) ou na fase sólida (neve, granizo ou
saraiva). A água precipitada na fase sólida apresenta-se com estrutura cristalina no caso da neve e com
estrutura granular, regular em camadas, no caso do granizo, e irregular, por vezes em agregados de
nódulos, que podem atingir a dimensão de uma bola de tênis, no caso da saraiva.
A precipitação inclui também a água que passa da atmosfera para o globo terrestre por condensação do
vapor de água (orvalho) ou por congelação daquele vapor (geada) e por intercepção das gotas de água
dos nevoeiros (nuvens que tocam no solo ou no mar).
A água que precipita nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é devolvida diretamente à
atmosfera por evaporação; a outra origina escoamento à superfície do terreno, escoamento superficial,
que se concentra em sulcos, cuja reunião dá lugar aos cursos de água. A parte restante infiltra-se, isto é,
penetra no interior do solo, subdividindo-se numa parcela que se acumula na sua parte superior e pode
voltar à atmosfera por evapotranspiração e noutra que caminha em profundidade até atingir os lençóis
aqüíferos (ou simplesmente aqüíferos) e vai constituir o escoamento subterrâneo.
Tanto o escoamento superficial como o escoamento subterrâneo vão alimentar os cursos de água que
desaguam nos lagos e nos oceanos, ou vão alimentar diretamente estes últimos.
O escoamento superficial constitui uma resposta rápida à precipitação e cessa pouco tempo depois dela.
Por seu turno, o escoamento subterrâneo, em especial quando se dá através de meios porosos, ocorre
com grande lentidão e continua a alimentar os cursos de água longo tempo após ter terminado a
precipitação que o originou.
Assim, os cursos de água alimentados por aqüíferos apresentam regimes de caudal mais regulares.
Os processos do ciclo hidrológico decorrem, como se descreveu, na atmosfera e no globo terrestre, pelo
que se pode admitir dividido o ciclo da água em dois ramos: aéreo e terrestre.
A água que precipita nos continentes vai, assim, repartir-se em três parcelas: uma que é reenviada para
a atmosfera por evapotranspiração e duas que produzem escoamento superficial e subterrâneo.
Esta repartição é condicionada por fatores vários, uns de ordem climática e outros respeitantes às
características físicas do local onde incide a precipitação: pendente, tipo de solo, seu uso e estado, e
subsolo.
Assim, a precipitação, ao incidir numa zona impermeável, origina escoamento superficial e evaporação
direta da água que se acumula e fica disponível à superfície. Incidindo num solo permeável, pouco
espesso, assente numa formação geológica impermeável, produz escoamento superficial (e,
eventualmente, uma forma de escoamento intermédia - escoamento subsuperficial), evaporação da água
disponível à superfície e ainda evapotranspiração da água que foi retida pela camada do solo de onde
pode passar à atmosfera. Em ambos os casos não há escoamento subterrâneo; este ocorre no caso de
a formação geológica subjacente ao solo ser permeável e espessa.
A energia solar é a fonte da energia térmica necessária para a passagem da água das fases líquida e
sólida para a fase do vapor; é também a origem das circulações atmosféricas que transportam vapor de
água e deslocam as nuvens.
O ciclo hidrológico à escala planetária pode ser encarado como um sistema de destilação gigantesco,
estendido a todo o Globo. O aquecimento das regiões tropicais devido à radiação solar provoca a
evaporação contínua da água dos oceanos, que é transportada sob a forma de vapor pela circulação
geral da atmosfera, para outras regiões. Durante a transferência, parte do vapor de água condensa-se
devido ao arrefecimento e forma nuvens que originam a precipitação. O retorno às regiões de origem
resulta da cação combinada do escoamento proveniente dos rios e das correntes marítimas.
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14 - FATORES ABIOTICOS
Existem elementos componentes do ambiente físico e químico que agem sobre quase todos os aspectos
da vida dos diferentes organismos, constituindo o factores abióticos. Estes influenciam o crescimento,
actividade e as características que os seres apresentam, assim como a sua distribuição por diferentes
locais.
Estes factores variam de valor de local para local, determinando uma grande diversidade de ambientes.
Os diferentes factores abióticos podem agrupar-se em dois tipos principais - os factores climáticos,
como a luz, a temperatura e a humidade, que caracterizam o clima de uma região - e os factores
edáficos, dos quais se destacam a composição química e a estrutura do solo.
14.1 - A Luz
A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o Sol. É indispensável ao desenvolvimento
das plantas. De facto, os vegetais produzem a matéria de que o seu organismo é formado através de um
processo - a fotossíntese - realizado a partir da captação da energia luminosa.
Praticamente todos os animais necessitam de luz para sobreviver. São excepção algumas espécies que
vivem em cavernas - espécies cavernícolos - e as espécies que vivem no meio aquático a grande
profundidade - espécies abissais.
Certos animais como, por exemplo, as borboletas necessitam de elevada intensidade luminosa, pelo que
são designadas por espécies lucífilas. Por oposição, seres como o caracol e a minhoca não necessitam
de muita luz, evitando-a, pelo que são denominadas espécies lucífugas.
A luz influencia o comportamento e a distribuição dos seres vivos e, também, as suas características
morfológicas.
14.2 - A Temperatura
Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o que confere a este factor
uma grande importância.
Cada ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica de existência -, não
existindo acima de um determinado valor - temperatura máxima - nem abaixo de outro - temperatura
mínima. Cada espécie possui uma temperatura ótima para a realização das suas actividades vitais.
Alguns seres têm grande amplitude térmica de existência - seres euritérmicos - enquanto outros só
sobrevivem entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos.
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No ambiente terrestre, a água actua principalmente sob a forma de vapor - humidade atmosférica -
que, ao condensar-se na atmosfera, pode originar pluviosidade ou outras precipitações, como neve ou
granizo.
Importância da Pluviosidade
A pluviosidade influencia a abundância e distribuição de vegetação em todos as regiões do globo. As
diferentes florestas existentes na Terra, que são ambientes de grande importância biológica,
correspondem a zonas de diferentes pluviosidades.
14.4 - O Solo
O solo é uma camada superficial da crosta terrestre, formada a partir dos detritos originados, por um
lado, pela alteração das rochas e, por outro, pela decomposição dos seres vivos.
Composição do Solo
Uma barreira ou um corte de terreno que te permitam observar uma secção vertical de um solo são os
locais ideais para poderes verificar que este apresenta diferentes camadas de aspecto e composição
variados, aproximadamente paralelos à superfície, designadas por horizontes.
O húmus e os detritos minerais originam os sais minerais indispensáveis às plantas. A quantidade e a
qualidade de sais minerais constituintes de um solo designam- -se por salinidade e influenciam
principalmente a distribuição dos vegetais por diferentes locais do seu meio.
Estrutura do Solo
Os solos podem ter dois tipos gerais de estrutura:
• estrutura compacto: solos formados por partículas unidas constituindo agregados mais ou
menos consistentes;
• estrutura desagregado: solos formados por partículas relativamente soltas umas das outras.
Estes últimos apresentam espaços entre as partículas - poros - que podem estar preenchidos com água
e ar. Podem, portanto, apresentar diferente porosidade, consoante o número e tamanho dos poros,
tendo em função disso diferente capacidade de reter água e ar.
Os solos podem ter uma estrutura mais ou menos porosa e serem mais ou menos permeáveis, pelo que
podem reter uma quantidade variável de água e gases.
A estrutura do solo influencia, principalmente, a distribuição dos seres vivos.
A maior parte das plantas desenvolve-se com dificuldade em solos muito compactos, pouco permeáveis
e com pequena quantidade de gases. Normalmente, encontramos nestes os líquenes e os musgos.
Os animais adaptam-se de diferentes modos à estrutura do solo. Uns, como o lingueirão, deslocam-se
nos solos móveis, enquanto outros se fixam nos solos compactos.
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15 - Relações Ecológicas
15.1 - Comunidade Biótica
"Nenhum organismo vive quando completamente isolado. Comunicar toma-se uma necessidade
imperiosa."
Qualquer ambiente é um conjunto muito rico, onde se misturam o vivo e o inanimado, os sons, os cheiros
e as cores.Todos estes elementos estão em constantes interações, influenciando-se mutuamente.
O conjunto de organismos que vivem numa determinada área e as interações que se estabelecem entre
esses seres vivos e entre eles e o meio constitui um ecossistema.
Os componentes bióticos de um ecossistema comunicam de formas muito diversificadas.
No decurso da comunicação estabelecem-se relações entre seres vivos da mesma espécie - relações
intra-específicas - e relações entre seres vivos de espécies diferentes - - relações interespecíficas.
Quer os seres vivos vivam isolados ou em grupos, as formas de comunicação são muito variadas. As
causas que determinam estas interações estão muitas vezes ligadas à alimentação e à reprodução.
15.2.1 - Cooperação
Cooperar significa fazer alguma coisa a dois ou em grupo mais alargado. Vejamos alguns exemplos:
1) A reprodução sexual só é possível graças à cooperação entre um macho e uma fêmea. De acordo
com as espécies, esta cooperação é mais ou menos importante. Em alguns casos limita-se à cópula,
precedida ou não de paradas nupciais, mais ou menos elaboradas. No caso da andorinha, a cooperação
prossegue com o cuidado dos ovos e das crias.
2) A alimentação pode ser um ato isolado não necessitando de qualquer relação social. No entanto, em
numerosos casos a procura do alimento ou a captura das presas é levada a cabo por vários indivíduos.
As hienas são talvez os mais eficazes caçadores das savanas africanas, caçam praticamente qualquer
tipo de animais, desde gazetas, zebras até crias de rinocerontes. O segredo do seu sucesso é caçarem
em grupo. Se tivessem uma vida solitária as hienas apenas poderiam caçar animais de pequeno porte.
3) A defesa é muitas vezes assegurada pelo grupo. Os bois-almiscarados defendem-se dos ataques dos
lobos formando um círculo apertado em torno das crias. Face aos atacantes apenas ficam as cabeças
dos adultos armadas de chifres aguçados.
15.2.2 - Competição
Quando o animal, perseguido por um carnívoro, luta para se defender não se trata de um
comportamento social. Ao contrário, quando dois veados rivais lutam pela posse de um rebanho de
fêmeas, trata-se de um comportamento social de agressão, pois o combate trava-se entre dois animais
da mesma espécie.
Os comportamentos sociais de agressão são, regra geral, desencadeados pelos machos. A forma como
se desenrola a luta é função das armas de que dispõem: os lobos mordem-se, os touros agridem-se com
os chifres, os javalis golpeiam-se com os caninos em forma de navalha...
Os combates entre indivíduos da mesma espécie raramente provocam ferimentos graves, limitando-se,
muitas vezes, a ameaças no sentido de intimidar o adversário.
Esta agressão ligada à reprodução tem uma função precisa, evitando que vários animais se instalem no
mesmo local, e assegura a cada um o território suficiente para se alimentar e reproduzir.
Os comportamentos de agressão têm como objectivo não só a sobrevivência de cada invidívuo mas
também a dos seus descendentes, isto é, o futuro da espécie.
Os machos lutam pelas fêmeas ou pelos territórios que consideram ser do seu domínio.Trata-se de uma
relação de competição
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15.3 - Relações Inter-Específicas Harmônicas
15.3.1 - Comensalismo
É uma associação em que uma das espécies — a comensal — é beneficiada, sem causar benefício ou
prejuízo ao outro. O termo comensal tem interpretação mais literal: "comensal é aquele que come à
mesa de outro".
1) A rêmora é um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao ventre dos tubarões. Juntamente
com o peixe-piloto, que nada em cardumes ao redor do tubarão, ela aproveita os restos alimentares que
caem na boca do seu grande "anfitrião".
2) A Entamoeba coli é um protozoário comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos restos
da digestão.
15.3.2 - Inquilinismo
É a associação em que apenas uma espécie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou suporte no
corpo de outra espécie (hospedeiro), sem prejudicá-lo.
Trata-se de uma associação semelhante ao comensalismo, não envolvendo alimento. Exemplos:
1) Peixe-agulha e holotúria: O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a
ação de predadores abrigando-se no interior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-los.
2) Epifitismo: Epífias (epi, em cima) são plantas que crescem sobre os troncos maiores sem parasitá-las.
São epífitas as orquídeas e as bromélias que, vivendo sobre árvores, obtêm maior suprimento de luz
solar.
15.3.3 - Mutualismo
Associação na qual duas espécies envolvidas são beneficiadas, porém, cada espécie só consegue viver
na presença da outra. Entre exemplos destacaremos.
1) Liquens : Os liquens constituem associações entre algas unicelulares e ceros fungos. As algas
sintetizam matéria orgânica e fornecem aos fungos parte do alimento produzido. Esses, por sua vez,
retiram água e sais minerais do substrato, fornecendo-os às algas. Além disso, os fungos envolvem com
suas hifas o grupo de algas, protegendo-as contra desidratação.
2) Cupins e protozoários: Ao comerem madeira, os cupins obtêm grandes quantidades de celulose, mas
não conseguem produzir a celulase, enzima capaz de digerir a celulose. Em seu intestino existem
protozoários flagelados capazes de realizar essa digestão.Assim, os protozoários se valem em parte do
alimento do inseto e este, por sua vez, se beneficia da ação dos protozoários. Nenhum deles, todavia,
poderia viver isoladamente.
3) Ruminates e microorganismos: Na pança ou rúmen dos ruminantes também se encontram bactérias
que promovem a digestão da celulose ingerida com a folhagem. É um caso idêntico ao anterior.
4) Bactérias e raízes de leguminosas: No ciclo do nitrogênio, bactérias do gênero Rhizobium produzem
compostos nitrogenados que são assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas
bactérias a matéria orgânica necessária ao desempenho de suas funções vitais.
5) Micorrizas: São associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros,
tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros
nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada.
15.3.4 - Protocooperação
Trata-se de uma associação bilateral, entre espécies diferentes, na qual ambas se beneficiam; contudo,
tal associação não é obrigatória, podendo cada espécie viver isoladamente.
A atuação dos pássaros que promovem a dispersão das plantas comendo-lhes os frutos e evacuando as
suas sementes em local distante, bem como a ação de insetos que procuram o néctar das flores e
contribuem involuntariamente para a polinização das plantas são consideradas exemplos de
protocooperação. Como exemplos citaremos:
15.4.2 - Parasitismo
O parasitismo é uma forma de relação desarmônica mais comum do que a antibiose. Ele caracteriza a
espécie que se instala no corpo de outra, dela retirando matéria para a sua nutrição e causando-lhe, em
conseqüência, danos cuja gravidade pode ser muito variável, desde pequenos distúrbios até a própria
morte do indivíduo parasitado. Dá-se o nome de hospedeiro ao organismo que abriga o parasita. De um
modo geral, a morte do hospedeiro não é conveniente ao parasita. Mas, a despeito disso, muitas vezes
ela ocorre.
15.4.3 - Competição
Competir significa concorrer pela obtenção de um mesmo recurso do ambiente (luz, abrigo, alimento,
água, território, etc). As relações de competição entre indivíduos de espécies diferentes verificam-se,
essencialmente, quando têm preferências alimentares idênticas.
A competição inter-específica não é um caso tão comum como poderias esperar pois os animais têm
possibilidades de evitar a luta direta. Uma águia-de-asa-redonda ou uma coruja-do-mato são duas aves
de rapina existentes no nosso território que têm o mesmo tipo de alimentação; no entanto, a águia é um
caçador diurno e a coruja um animal noturno, deste modo nunca chegam a entrar em competição pela
mesma presa.
Curiosamente, a competição entre os vegetais é frequente: o objetivo comum é, geralmente, a procura
de luz. Num bosque as várias espécies de árvores e arbustos produzem numerosas sementes que caem
para o solo e iniciam a germinação. Do grande número de pequenas plantas que se formam só algumas
vêm a formar árvores; as outras, por falta de nutrientes ou por ficarem à sombra, não se conseguem
desenvolver.
A competição é uma relação desfavorável para os indivíduos envolvidos pois provoca-lhes um desgaste
da sua vitalidade, o que leva os seres vivos a evitá-la.
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15.4.4 - Predatismo
Predador é o indivíduo que aaca e devora outro, chamado presa, pertencente a espécie diferente. Os
predadores são geralmente maiores e menos numerosos que suas presas, sendo exemplificadas pelos
animais carnívoros.
As duas populações - de predadores e presas - geralmente não se extinguem e nem entram em
superpopulação, permanecendo em equilíbrio no ecossistema. Para a espécie humana, o predatismo,
como fator limiante do crescimento populacional, tem efeito praticamente nulo.
• Camuflagem
Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual uma espécie procura confundir suas
vítimas ou seus agressores revelando cor(es) e/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do ambiente. O
padrão de cor dos gatos silvestres, como o gato maracajá e a onça, é harmônico com seu ambiente, com
manchas camuflando o sombreado do fundo da floresta. O mesmo se passa com lagartos (por exemplo,
camaleão), que varia da cor verde das folhas à cor marrom do substrato onde ficam. Os animais polares
costumam ser brancos, confundindo-se com o gelo. O louva-a-deus, que é um poderoso predador, se
assemelha a folhas ou galhos.
• Aposematismo
Aposematismo é o mesmo que coloração de advertência. Trata-se de uma forma de adaptação pela qual
uma espécie revela cores vivas e marcantes para advertir seus possíveis predadores, que já a
reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos venenos que possui.
Muitas borboletas exibem os chamados anéis miméticos, com cores de alerta, que desestimulam o
ataque dos predadores.
Uma espécie de coloração de advertência bem conspícua é Dendrobates Ieucomelas, da Amazônia, um
pequeno sapo colorido com listras pretas e amarelas e venenoso.
Inquilinismo + 0 0 0
Comensalismo + 0 0 0
Mutualismo + + – –
Protocooperação + + 0 0
Amensalismo 0 – 0 0
Predatismo + – – 0
Competição – – 0 0
Parasitismo + – – 0
0: espécies cujo desenvolvimento não é afetado
+: espécie beneficiada cujo desenvolvimento torna-se possível ou é melhorado
–: espécie prejudicada que tem seu desenvolvimento reduzido.
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16 - Equilíbrio e Desequilíbrio do Ambiente Natural
De modo geral, associa-se o termo "equilíbrio" a condições favoráveis, e, consequentemente,
desequilíbrio, a condições desfavoráveis. Porém, quando se trata das leis naturais, não existe esse
dualismo – certo/errado, bom/mau. A lei que governa a natureza é a lei da ação e reação.
Quando há qualquer interferência externa, como a ação humana, pode-se aumentar a quantidade de
matéria e energia nesse ecossistema, criando-se uma situação momentânea de desequilíbrio até que a
matéria seja processada e a energia consumida. Pode-se citar o caso do lançamento de vinhaça aos
rios: desequilibra-se o sistema, aumentando-se momentaneamente a quantidade de matéria orgânica na
água, consequentemente aumentam as populações de bactérias, que por sua vez, consomem o oxigênio
dissolvido na água, causando a morte de peixes. Depois de consumida e decomposta essa matéria
orgânica, diminuem as populações de bactérias, é incorporado oxigênio à água por movimentação e
atividade fotossintética, cessa a mortalidade de peixes. Cessou o desequilíbrio, alcançando-se um novo
estado de equilíbrio, com diminuição das populações de peixes. Se houver novo lançamento de vinhaça,
ocorrerá todo o processo novamente.
O desequilíbrio pode ser causado também pela diminuição da quantidade de matéria e energia do
sistema, com uma queimada, por exemplo. Nesse caso, enquanto houver combustível e condições
atmosféricas favoráveis haverá combustão. Cessado o fogo, terá sido alcançado um novo estado de
equilíbrio, com os sobreviventes. Se houver sementes e outros propágulos suficientes as espécies irão
se regenerar, gerando um novo estado de equilíbrio. Se houver reincidência do fogo, o processo tornará
a ocorrer. As perturbações constantes poderão levar à extinção de algumas ou todas as espécies, porém
sempre serão alcançados novos níveis de equilíbrio.
É preciso perceber que não somos necessários para o "equilíbrio ambiental" e que ele ocorrerá
independente de nossas ações. É importante refletir, no entanto, que nós somos a única espécie que
pode alterar drasticamente as condições ambientais, e, se pretendemos viver em harmonia com outras
espécies, nesse planeta, é necessário começar a planejar nossa ações, tendo em vista que a lei da ação
e reação, que governa o universo.
Ecossistema. Um ecossistema consiste nos meios biológico e físico de uma área. O meio biológico é
formado por todos os seres vivos. O meio físico inclui o ar, a terra, a água e o clima. Todos esses fatores
biológicos e físicos atuam reciprocamente dentro de um ecossistema, compondo uma rede de relações
complexas que controlam o crescimento da população.
A relação entre coelhos, plantas e gaviões pode ser apresentada como um exemplo de um ecossistema.
Se a temperatura e as chuvas favorecem o crescimento das plantas, os coelhos contam com uma
quantidade de alimentos maior que a usual. As fêmeas, bem nutridas e saudáveis, têm grandes
ninhadas de crias sãs. Os coelhinhos dispõem de bastante alimento e quase todos sobrevivem. A
população de coelhos cresce.
Com o tempo, a área fica cheia de coelhos. Eles competem continuamente entre si pela comida e pelo
esconderijo. Os que perdem nessa competição tornam-se fracos e desprotegidos e podem ser vítimas de
doenças e parasitas. Também podem ser alvo fácil dos gaviões, e, assim, a população de coelhos
diminui.
Os gaviões respondem da mesma forma que os coelhos ao aumento de alimentos – sua população
cresce. A presença de mais gaviões, porém, significa que mais coelhos são caçados, e, assim, o número
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de coelhos sofre redução cada vez mais acentuada. A população de coelhos continua a decrescer até
que se equilibre com a capacidade do ecossistema de sustentá-la.
Os Predadores favorecem suas presas se as duas espécies conviverem no mesmo ecossistema por
longo tempo. Nessas condições, as presas aprendem a lidar com o predador. Em conseqüência, o
predador normalmente mata os membros mais fracos do grupo de presas. Desse modo, contribui para
melhorar o estado geral de saúde da população de presas.
Doenças e Parasitas podem reduzir ou até exterminar uma população. A maioria das doenças e
parasitas tem estado presente através das espécies hospedeiras (infectadas).
Comportamento. Em algumas espécies animais, o comportamento regula o número de habitantes. Os
principais fatores que influenciam uma população são: territorialidade, hierarquia de dominância e
estrição.
A Territorialidade ocorre em populações nas quais um animal, ou um grupo de animais, delimita seu
território. O acasalamento é, em geral, restrito a tais animais, que dispõem de alimento e dão crias.
A Hierarquia de Dominância ocorre entre animais que se associam em grupo. Os indivíduos mais fortes
dominam os mais fracos. Eles ficam com a melhor comida, o melhor abrigo e os melhores locais de
acasalamento. Os filhotes de animais dominantes também têm melhores chances de sobreviver. As
características dos indivíduos mais fortes são, assim, transmitidas de geração em geração.
A Estrição (ou estresse) ocorre em populações com excesso de animais. Os membros de uma
população nessas condições tornam-se agressivos e irritáveis e freqüentemente lutam entre si. Alguns
indivíduos não se acasalam e os que o fazem produzem ninhadas menores que as normais. Muitas
fêmeas não cuidam das crias, e algumas até as devoram.
As catástrofes são acontecimentos inesperados que causam grandes prejuízos materiais e/ou
humanos. São inúmeros os acontecimentos catastróficos que assolam o nosso planeta.
Uns são originados diretamente pelo Homem enquanto que outros são acontecimentos naturais que
apesar de evidenciarem o dinamismo do nosso planeta, causam danos muitas vezes irreparáveis.
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Catástrofes Naturais são acidentes que ocorrem sem a intervenção do Homem.
Incêndios: provocados por descargas elétricas de trovoadas e combustões espontâneas, afetam todo o
ecossistema.
Secas: diminuição da água das chuvas, da qual resulta, por exemplo, a desertificação.
17 - Evolução
Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao
longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Evidências da evolução
A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam
fósseis ou atuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma resumida.
17.1 -
Homologia e analogia
Por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a
uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogicas podem exercer ou não a mesma função.
O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas
homólogicas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há similaridade
funcional.
Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica-se que ambas têm a mesma origem
embriológica e estão, ainda associadas á mesma função.
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A homologia entre estruturas
de 2 organismos diferentes
sugere que eles se originaram
de um grupo ancestral
comum, embora não indique
um grau de proximidade
comum, partem várias linhas
evolutivas que originaram
várias espécies diferentes,
fala-se em irradiação
adaptava.
35
17.2 - Órgãos vestigiais
Órgãos vestigiais são aqueles que, em alguns organismos, encontram-se com tamanho reduzido e
geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A
importância evolutiva desses órgãos vestiginais é a indicação de uma
ancestralidade comum.
Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o
apêndice vermiforme , estrutura pequena e sem função que parte do
ceco ( estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado liga-se
ao grosso).
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17.4 - Estudo dos fósseis
É considerado fóssil qualquer indício da presença de organismos que viveram em tempos remotos da
Terra. As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais freqüentemente conservadas nos
processos de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada.
Dentre estes podemos citar os fosseis congelados, como, por exemplo, o mamute encontrado na Sibéria
do norte e os fosseis de insetos encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que penetravam
na resina pegajosa, eliminada pelos pinheiros, morriam, A resina endurecia, transformando-se em
âmbar. , e o inseto aí contido era preservado nos detalhes de sua estrutura.
Também são consideradas fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em eras
passadas , como , por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas, de penas de aves
extintas e da superfície da pele dos dinossauros.
A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos
que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas
atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis
são considerados importantes testemunhos da evolução.
A teoria de Lamarck
Jean-Baptiste Lamarck ( 1744-1829 ), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria
sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica.
Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:
• Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas
se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
• Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas
características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se
pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas
durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que
transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as
atuais aves pernaltas.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as
características adquiridas não são hereditárias.
Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações
genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
A teoria de Darwin
Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da
moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem
adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um
número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para
aquele ambiente.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
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• Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes.
Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações
vantajosas.
• Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou
melhora o grau de adaptação destes ao meio.
A abordagem de Darwin sobre a evolução era bastante distinta daquela de Lamarck, como pode ser
visto no esquema a seguir:
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A
população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem
em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie:
agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente
isolados de outros grupos de organismos.
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Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter
populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto,
colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis.
Por isso, são potencialmente intercruzantes.
A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no caso
dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada,
as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não
existe um indivíduo igual ao outro. Execeções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas
mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso
porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas
categorias:
• Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica,
mutação cromossônica , recombinação;
• Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural, migração
e oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao
desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.
Nos capítulos seguintes , esses tópicos serão abordados com maiores detalhes.
Exemplo
Um exemplo clássico que evidencia os efeitos da Seleção Natural é o aumento da população de
mariposas (Biston betularia) com pigmentação melândrica (escura), após a metade do século XIX.
Anterior a esse período, não era comum encontrar formas melândricas, as mariposas com pigmento
branco acinzentado prevaleciam. No entanto, com o crescente desenvolvimento industrial, emissão de
poluentes na atmosfera e impregnação de fuligem na vegetação, as mariposas escuras, quando no troco
das árvores, passaram a ser menos observáveis pelos pássaros (predador natural das mariposas).
Sendo a cor das mariposas um fator hereditário dependente de um par de gene codificador de dois tipos
fenotípicos: claro e escuro, atuou a Seleção Natural sobre a freqüência da variedade sujeita às
condições ambientais.
Nesse caso, pode-se concluir que o processo de Seleção Natural, não necessariamente potencializa sua
atuação de forma deletária, produzindo mudança genética, excluindo ou mantendo uma característica.
Mas pode limitar uma variação fenotípica conforme a interferência do meio.
39
18 - Sucessão Ecológica
Desde a Antiguidade que o homem se apercebe de alterações nas paisagens naturais à sua volta. A
sucessão ecológica é uma dessas transformações e conduz as comunidades a estádios de equilíbrio
dinâmico com o ambiente.
As sucessões ecológicas representam o conjunto de mudanças ordenadas pelas quais passa uma
comunidade biológica, detendo ao estágio de clímax.
Uma característica preponderante para o estabelecimento das sucessões é a condição abiótica favorável
dos ambientes. Contudo, existem regiões da litosfera que a princípio são inóspitos ao surgimento,
desenvolvimento e manutenção de organismos vivos, por exemplo, superfícies recentes de rochas
vulcânicas ou a extensão de dunas nos desertos.
Porém, algumas espécies são capazes de habitar determinados locais por mais drásticas intempéries,
sendo denominadas de espécies pioneiras, com destaque a muitas variedades de liquens (associação
de algas e fungos), os musgos (briófitas) e as gramíneas (capim).
As alterações normalmente ocorrem por ação do intemperismo, fenômenos físicos, químicos e biológicos
correlacionados durante o tempo geológico, colaborando com a formação de um substrato superficial,
que ao longo da evolução permitiu a irradiação da flora acompanhada pela fauna, sendo:
- o escoamento e a infiltração da água em fissuras rochosas, fatores que causaram em conseqüência
das oscilações térmicas (aquecimento e resfriamento), mudanças no estado físico da água
(solidificação), com efeito na dilatação e fracionamento das rochas;
- Efeito gravitacional, ação dos ventos e altitude, motivadores da percolação das rochas morro abaixo;
- Ação enzimática dos liquens degradando as rochas, produzindo substâncias minerais (fonte de
nutriente), parte é absorvida enquanto a outra forma depósitos sedimentares.
A sucessão ecológica ocorre porque, para cada espécie, a probabilidade de colonização muda ao longo
do tempo, tal como mudam os fatores abióticos (ex. Luz e características do solo) e bióticos do meio (ex.
abundância de “inimigos” naturais e capacidade competitiva de outras espécies). Se a paisagem fosse
observada em vários momentos ao longo do tempo, constatar-se-ia que o processo de colonização de
um dado local é possível porque organismos invasores - espécies pioneiras - conseguem instalar-se e, à
medida que se desenvolvem, favorecer a fixação de outras espécies. A este estádio segue-se então um
estádio intermédio, em que as espécies presentes no local são mais exigentes em relação aos fatores
ambientais. Esta nova comunidade pode, mais tarde, ser substituída por outra e assim sucessivamente,
até que se estabelece uma comunidade mais complexa – subclimax - que precede o estádio final da
sucessão, altura em que se atinge o climax, ou seja, o equilíbrio dinâmico entre as espécies e o
ambiente.
São os “atributos” das espécies que determinam o seu lugar na sucessão e o seu tempo de permanência
no local. Este é, portanto, um processo imprevisível, que pode terminar de formas diferentes,
condicionadas por vários fatores, e dinâmico no espaço e no tempo.
41
18.3 - Exemplo hipotético de uma sucessão primária:
Substrato original: depressão em superfície rochosa, preenchida pela água da chuva
02
01
03 04 06
05
07
42
Produção quantidade qualidade
Flutuações + pronunciadas - pronunciadas
ESTRUTURA DA COMUNIDADE
Estratificação (heterogeneidade espacial) pouca muita
Diversidade de espécies (riqueza) baixa alta
Diversidade de espécies (equitatividade) baixa alta
Matéria orgânica total pouca muita
ENERGÉTICA DA COMUNIDADE
PPB/R >1 =1
PPB/B alta baixa
PPL alta baixa
Cadeia alimentar linear (simples) em rede (complexa)
NUTRIENTES
Ciclo de minerais aberto fechado
Nutrientes inorgânicos extrabióticos intrabióticos
Troca de nutrientes entre organismos e
rápida lenta
ambiente
Papel dos detritos na regeneração de
não importante importante
nutrientes
POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO PELO HOMEM
Produção potencial alta baixa
Capacidade de resistir à exploração grande pequena
43
19.1 - O Processo de Degradação Ambiental Originado por Plantas Exóticas Invasoras
Tamanho é o potencial de espécies exóticas de modificar sistemas naturais, que as plantas exóticas
invasoras são atualmente consideradas a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade,
perdendo apenas para a destruição de hábitats pela exploração humana direta. O agravante dos
processos de invasão, comparados à maioria dos problemas ambientais, é que ao invés de serem
absorvidos com o tempo e terem seus impactos amenizados, agravam-se à medida que as plantas
exóticas invasoras ocupam o espaço das nativas. As conseqüências principais são a perda da
biodiversidade e a modificação dos ciclos e características naturais dos ecossistemas atingidos, a
alteração fisionômica da paisagem natural, com conseqüências econômicas vultosas.
Esse processo é denominado de contaminação biológica e refere-se aos danos causados por
espécies que não fazem parte, naturalmente, de um dado ecossistema, mas que se naturalizam,
passam a se dispersar e provocam mudanças em seu funcionamento, não permitindo sua
recuperação natural. Para tratar dessa questão a Organização das Nações Unidas (ONU), através
dos programas para alimentação e agricultura (FAO) e meio ambiente (UNEP), além de outras
organizações internacionais, criou em 1997 o Programa Global de Espécies Invasoras (GISP). Um
plano de ação e diretrizes está sendo montado com a colaboração dos países formadores da
Organização das Nações Unidas, inclusive o Brasil, sendo o tópico bastante novo na maior parte do
mundo.
Dentre as estratégias propostas por esse programa estão a definição de estratégias nacionais e
regionais, a capacitação para efetivo controle e erradicação de espécies invasoras, a implementação
em campo a partir de pesquisa, a construção de sistemas de informação acessíveis de forma
generalizada e a cooperação com países que trabalhem a questão. A conferência da ONU sobre
biodiversidade realizada em março em Montreal, no Canadá, teve como foco a contaminação
biológica e deu seqüência à elaboração e implementação do programa, além de consolidar quinze
princípios a serem seguidos para o tratamento do problema.
44
similares à sua região de origem. Isso explica a rápida adaptação de seus ciclos de germinação e
ocupação em novos ambientes que sofrem perturbações naturais ou induzidas.
Situação atual
A pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos no combate às doenças tropicais é considerada um nicho de
mercado de pouco interesse por parte das empresas estrangeiras. Embora se verifique a existência de capacitação
técnico-científica no país para o desenvolvimento e produção de medicamentos e seus insumos, o que se constata é
que os grupos trabalham isoladamente, de forma desarticulada e não integrada. Conseqüentemente, embora haja
investimentos na área, os recursos são dispersos, o que dificulta potencialidade de nossa biodiversidade está
distante de uma exploração efetiva, e os entraves existentes para aprovação e registro de novas drogas
desestimulam o desenvolvimento de novos produtos. As deficiências na operacionalização das unidades vinculadas
ao SUS (Sistema Único de Saúde) prejudicam o acesso da população aos medicamentos. As novas tecnologias de
comunicação vêm abrindo, entretanto, a possibilidade de integração com o ambiente externo, tanto ao nível nacional
quanto internacional.
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20.3 - Esquistossomose
Existem três tipos de vermes: Schistosoma
haematobium, que causa a
esquistossomose vesical, existente na
África, Austrália, Ásia e Sul da Europa; o
Schistosoma japonicum (provoca a doença
de katayama) encontrado na China, Japão,
Filipinas e Formosa e, ainda, o
Schistosoma Mansoni, responsável pela
causa da esquistossomose intestinal; este
último é encontrado na América Central,
Índia, Antilhas e Brasil.
Os sintomas mais comuns da esquistossomose são: diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça,
náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do fígado e
hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos. Ao surgir estes sintomas, o indivíduo
precisa procurar imediatamente um atendimento médico para que todos os procedimentos
necessários sejam tomados. Assim como em qualquer outro problema de saúde, a auto-medicação
não deve ser adotada pelo doente.
As crianças são as mais atingidas por este parasita, pois elas são mais vulneráveis por brincarem
em locais úmidos sem saber que lá podem estar estes parasitas a espera de um hospedeiro. Já os
adultos comumente se protegem com o uso de botas de borracha.
O combate a esta doença passa necessariamente por medidas de saneamento básico. Águas e
sistemas de esgoto devem ter sempre as águas tratadas. Os caramujos, hospedeiros
intermediários do parasita, devem ser eliminados. Ao entrar em águas paradas ou sujas, deve
haver uma proteção nos pés com botas de borracha.
20.4 - Dengue
Esta doença pode se manifestar de duas maneiras:
a dengue clássica e a dengue hemorrágica.
Dengue Clássica
Os sintomas são mais leves. O doente tem febre
alta, dores de cabeça, nas costas e na região atrás
dos olhos. A febre começa a baixar a partir do quinto
dia e os sintomas, a partir do décimo dia. Na forma
clássica, dificilmente ocorrem complicações, porém
alguns doentes podem apresentar quadros de
hemorragias leves na boca e também no nariz.
Tratamento:
No caso da dengue clássica, não há um tratamento específico. Os sintomas são tratados e
recomenda-se descanso e alimentação baseada em frutas, legumes e líquidos. Os doentes não
podem tomar analgésicos ou anti-térmicos com base de ácido acetil-salicílico (Aspirina, AAS,
Melhoral, Doril, etc.), pois estes favorecem o surgimento e desenvolvimento de hemorragias no
organismo.
No caso mais grave, a hemorrágica, deve haver um rigoroso acompanhamento médico em função
dos possíveis casos de agravamento, com perdas de sangue e até mesmo choque circulatório.
Curiosidades:
- O ovo de Aedes Aegypti pode permanecer vivo em ambiente seco por quase um ano. Se neste
período ele entrar em contato com água, poderá nascer uma larva e, logo em seguida, o
mosquito.
- A dengue não passa de pessoa para pessoa, nem mesmo através de frutas, legumes, outros
alimentos ou uso de objetos.
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20.6 - Leishmanioses
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)- Leishmania braziliensis. Acomete o homem e diverso
animais, é uma enfermidade da pele e das mucosa. Provoca lesões ulcerosas indolores na pele, lesões
mucosas agressivas nas regiões naso-faríngeas e formas difusas com lesões nodulares não ulceradas.
Leishmaniose Tegumentar do Velho Mundo (Botão do Oriente)-Leishmania tropica. Provoca úlceras
indolores (não existe no Brasil).
Leishmaniose Visceral Americana (Calazar)- Leishmania donovani. Doença Cestoda) e hermafroditas.
A transmissão ocorre pela ingestão via oral de carne crônica, generalizada acometendo principalmente o
baço, o fígado e a medula óssea.
Caracteriza-se por febre, hepato-
esplenomegalia, anemia, caquexia,
edema e óbito.
As Leishmanioses são transmitidas no
Brasil pela picada do mosquitos fêmeas
do gênero Lutzomyia (biriqui, mosquito
palha). Para se evitar as Leishmanioses
deve-se combater o mosquito vetor com
inseticidas, construir as casas a pelo
menos 500 metros da mata, uso de
repelentes e mosquiteiro.
- Estas formas invadem as fibras musculares lisas, estriadas esqueléticas e cardíacas, transformando-se
amastigotas e repetindo o ciclo intracelular.
- Através da picada, o barbeiro adquire os tripomastigotas sanguíneos, que em seu tubo digestivo são
transformados na forma epimastigota.
- São produzidos então, tripomastigotas, que serão eliminadas através das fezes do barbeiro.
Obs.: Pega-se Doença de Chagas na amamentação, via placentária, transfusões sangüíneas e ingestão
de carnes de animais silvestres (sem a devida preparação).
Sintomas:
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• Febre
• hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e no baço)
• Sinal de Romana (Sinais na pele)
• Podendo na fase crônica, levar a problemas cardíacos (problemas na musculatura cardíaca),
megacólon e megaesôfago (problemas na musculatura).
Profilaxia:
- Combate ao barbeiro;
- Melhoria nas condições de moradia ( Geralmente pode-se encontrar barbeiros em casas de pau-a-
pique);
- Controle de exames de sangue antes das transfusões;
- Tratamento dos doentes;
- Evitar comer carnes de animais silvestres;
20.8 - TENÍASE
Teníase é uma doença causada pela tênia (Taenia solium e
Taenia saginata), encontrada em forma adulta no intestino
delgado do homem.
A tênia, popularmente conhecida como “solitária”, é
transmitida pela ingestão de carnes bovinas ou suínas mal
cozidas. Tem o corpo formado por anéis, pode atingir de dois
a três metros de comprimento, seus ovos são eliminados
pelas fezes. A água e o solo, uma vez contaminados pelas
fezes, são ingeridos pelos animais que passam a transmitir o
verme.
A teníase pode ocasionar obstrução do apêndice, colédoco e
canal do pâncreas.
Os sintomas da doença são: perda de peso, dores
abdominais, falta de apetite, fraqueza, irritabilidade, diarréia,
insônia.
O exame de fezes determina a presença de ovos e parasitas
de Taenia solium e Taenia saginata.
No tratamento da teníase são utilizados medicamentos orais,
como a niclosamida.
Algumas medidas básicas de higiene podem ser tomadas, como forma de prevenção da doença, tais
como: lavar as mãos antes das refeições, após ir ao banheiro, cozinhar bem a carne bovina ou suína,
lavar bem as frutas, as verduras e os legumes.
Uma das complicações da teníase é a cisticercose, auto-infecção por ovos de tênias. Esta é adquirida
através dos ovos da Taenia solium, provenientes de carne de porco, verduras e legumes mal lavados
ou higiene inadequada. Pessoas contaminadas apenas com tênias (Taenia solium), podem se infectar
também ingerindo ovos de seus vermes através das mãos contaminadas, enquanto se secam ou
coçam a região anal. A cisticercose pode causar problemas visuais e neurológicos.
20.9 - Toxoplasmose
Esta zoonose (doença de animais e homens) tem grande
incidência mundial, o agente é o esporozoário chamado
Toxoplasma gondii, que pode ser transmitido por contato
direto (taquizoito), pela ingestão de carne crua ou mal
passada (bradizoito) ou por alimentos contaminados com as
fezes dos felinos como o gato (oocisto). A doença
geralmente é assintomática e de pouca importância em
adultos normais (sendo grave em indivíduos adultos com
AIDS - forma meningoencefálica), porém a forma congênita
é muito mais grave podendo destruir o S.N.C e olho do
embrião, levando ao aborto, retardamento mental,
calcificações cerebrais, hidro e microcefalia, cório-retinite e
natimorto (Síndrome de Sabin). Esta doença pode ser
evitada diminuindo a promiscuidade com animais
domésticos, reduzindo o número de parceiros sexuais,
usando preservativos, examinando o sangue doado,
evitando ingerir carnes cruas ou mal passadas, leite cru, e ovo cru, além das medidas de higiene
preconizadas para as outras parasitoses.
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20.10 - Filaríase: elefantíase
A filariose ou elefantiase é a doença causada pelos
parasitas nemátodes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e
Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam
nos vasos linfáticos causando linfedema. Esta doença é
também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto de
perna de elefante do paciente com esta doença. Tem como
transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles,
Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e
subtropicais. Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o
edema é irreversível, daí a importância da prevenção com
mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de
águas paradas em pneus velhos, latas, potes e outros.
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22 - Poluição
22.1 - Poluição térmica
A temperatura é um aspecto fundamental em corpos aquáticos, pois os seres vivos apresentam
diferentes reações quando ocorrem mudanças deste fator.
A poluição térmica decorre principalmente de lançamentos, em sua maioria em rios, da água aquecida
usadas no processo de refrigeração do maquinário de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas.
Tais efluentes provocam, nos rios, desoxigenação, uma vez que o calor provoca dissipação do oxigênio
dissolvido, além disso, podem provocar a mortandade de peixes, pois a faixa de temperatura de
sobrevivência deles é bastante estreita. E para os seres vivos, os efeitos da temperatura dizem respeito
à aceleração do metabolismo, ou seja, das atividades químicas que ocorrem nas células.
A aceleração do metabolismo provoca aumento da necessidade de oxigênio e, por conseguinte, na
aceleração do ritmo respiratório. Por outro lado, tais necessidades respiratórias ficam comprometidas,
porque a hemoglobina tem pouca afinidade com o oxigênio aquecido.
Combinada e reforçada com outras formas de poluição ela pode empobrecer o ambiente de forma
imprevisível.
Existem formas de poluição tão distintas como a poluição atmosférica, das águas, dos solos, a poluição
genética, luminosa e sonora. Em comum a todas elas, há uma interferência, de origem antropogénica
com efeitos negativos no meio e nos seres vivos.
A poluição sonora, tal como a luminosa e ao contrário das anteriores, não deixa resíduos, existindo
apenas no momento em que está a ser produzida. Por este facto, são formas de poluição
tendencialmente consideradas menos perigosas. No entanto, sabe-se que a exposição repetida a estas
formas de agressão pode produzir efeitos crónicos e irreversíveis.
Os efeitos da poluição sonora são de resto ainda pouco estudados, porque é difícil estudar uma forma de
agressão que só se manifesta como resultado de uma exposição prolongada e que por isso sofre a
interferência de um elevado número de variáveis difíceis ou impossíveis de controlar.
Na natureza, e no que toca a espécies selvagens, esta dificuldade é ainda maior porque, em regra, às
perturbações sonoras estão invariavelmente associadas outras formas de perturbação. Vejamos este
exemplo: quando se verifica que uma pedreira causa impactos negativos nas espécies que habitam nas
imediações, é extremamente difícil quantificar qual a importância do ruído dos rebentamentos com
dinamite face a todos os outros factores, como as poeiras ou o tráfego de máquinas e camionetas.
Agrícola
Excesso de fertilizantes que vão infiltrar-se no solo e poluir os lençóis de água subterrâneos e por sua
vez os rios ou ribeiros onde estes vão dar Extração de recursos Minas... - Modificações hidrológicas
Canalizações, construção de barragens...
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22.4 - Poluição do Ar
O Planeta Terra, é cercado por uma camada de gases, chamada de atmosfera. Estes gases ficam
presos ao redor da terra devido a força gravitacional de atração e alcança uma altura de até 1000 Km
acima da terra. Ela divide-se em camadas, sendo que a mais próxima de nós é a troposfera, formada
pelo ar que respiramos. Com o aumento da altura a composição da atmosfera muda e podemos
encontrar por exemplo a camada de ozônio que protege a terra dos raios ultravioletas do sol, em uma
altura de aproximadamente 20 Km de altura.
Outros planetas, não têm vida, devido a composição da atmosfera (Marte e Vênus) ou por simplesmente
não ter atmosfera (Mercúrio).
O Ar
Na camada da atmosfera mais próxima de nós encontramos uma mistura de gases que denominamos
AR e é essêncial a vida.
O gás mais encontrado é o nitrogênio, sem cheiro e inerte ocupando 78 % do ar. Algumas bactérias
existentes nas raízes de algumas plantas conseguem retirá-lo do ar e fixá-lo no solo, aumentando a
fertilidade.
O gás oxigênio é ocupa o segundo lugar em quantidade e ele é o responsável pelo processo de
respiração e da combustão. Sempre que alguma coisa está pegando fogo, está consumindo oxigênio do
ar.
A seguir encontramos o Argônio, gás utilizado dentro de lâmpadas elétricas porquê é inerte e não reage
com nada. O gás Carbônico aparece na quarta posição sendo ele o produto final da respiração, da
maioria das combustões e o gás utilizado pelas plantas na fotossíntese para produção de matéria
orgânica.
Composição do ar atmosférico:
78 % - Gás Nitrogênio
21 % - Gás Oxigênio
0,9 % - Gás Argônio
0,03 % - Gás Carbônico
A poluição
Para respirar e viver com qualidade de vida precisamos de um ar limpo, sem impurezas. Porém nas
cidades e no campo estamos diariamente em contato com ar contaminado, seja a poluição dos
automóveis, de indústrias, de usinas e mesmo dos cigarros.
Nas grandes cidades, o maiores vilões são os automóveis. Entre seus poluentes estão o material
particulado ou mais conhecido como fuligem, o dióxido de carbono (efeito estufa), o monóxido de
carbono, os óxidos de enxofre e nitrogênio (chuva ácida), os hidrocarbonetos e outros. A poluição é
diretamente ligada ao tipo de combustível. Por exemplo: a gasolina e o óleo diesel, tirados do petróleo
são mais poluentes que o álcool extraído da fermentação do melaço de cana-de-açúcar. Atualmente já
existem carros rodando com gás natural, energia elétrica e solar, alternativas menos poluentes.
Para reduzir este tipo de poluição podemos instalar nos veículos, catalisadores ou conversores
catalíticos, aparelhos que transformam os gases poluentes em outros menos poluentes.
As indústrias químicas, siderúrgicas e de celulose estão entre as mais poluentes, porém atualmente já
existem tecnologias acessíveis para se reduzir ou neutralizar estes problemas.
Até mesmo em áreas agrícolas, o homem polui o ar lançando agrotóxicos e pesticidas no ar,
pulverizando as plantações. Alguns já foram até mesmo proibidos por causarem câncer, como o DDT e o
Aldrin (compostos organoclorados).
As queimadas de cana-de-açúcar e das florestas, são outros casos de poluição do ar. Durante as
queimadas, os microorganismos, minhocas e insetos que vivem no solo acabam mortos e com o passar
do tempo o solo fértil se transforma em um deserto. Nas florestas toda a matéria orgânica acaba virando
dióxido de carbono e no local só resta um solo pobre. Toda a biodiversidade que existia no local,
animais, aves, plantas, árvores, tudo é queimado.
Em alguns lugares o lixo é queimado ou incinerado, porém é uma atividade extremamente poluidora,
pois quando se queimam plásticos, se emitem dioxinas (gases cancerígenos altamente tóxicos).
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Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de radiação por meio da utilização de
substâncias radioativas naturais ou artificiais.
A poluição radioativa tem como fontes
substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo, e que acompanham
alguns materiais de interesse econômico, como petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e
espalhadas no meio ambiente por meio de atividades mineratórias
substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são radioativas, mas que nos reatores ou
aceleradores de partículas são “provocadas”.
A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição natural da Terra é muito grande,
decorrente do decaimento radioativo do urânio, do tório e outros radionuclídeos naturais.
Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém principalmente de: indústrias, medicina,
testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações, energia nuclear, acidentes radiológicos
e acidentes nucleares.
Por último podemos observar que em qualquer dos tipos acima expostos, a poluição pode ocorrer
principalmente por meio de:
Agentes bacteriológicos: tendo como causas esgotos e adubos, e consistindo na contaminação por
bactérias, vírus e outros micróbios portadores de doenças
Agentes químicos: tendo como causas óleos, inseticidas, detergentes sintéticos, adubos químicos e
esgotos, e consistindo na contaminação por meio de elementos químicos que podem destruir a fauna e a
flora
Agentes físicos: tendo como causas erosão, húmus, vegetação e a própria atividade humana, resultando
alteração da cor, gosto, cheiro e temperatura da água
Partículas radioativas: caracterizada pela presença de materiais radioativos das centrais ou explosões
nucleares.
Efeitos
A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a fachada das edificações, pela
falta de harmonia de anúncios, logótipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador,
causando prejuízo a outros, etc. O indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de
que ele é um agente que participa altivamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um
espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenómenos de massas. A profusão da
propaganda na paisagem urbana pode ser considerada uma característica da cultura de massas pós-
moderna.
Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência e pelos diversos tipos de
poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando que as lojas e outros geradores desse
tipo de poluição mudem suas fachadas a fim de tornar a cidade mais harmónica e esteticamente
agradável ao usuário.
Prejuízos
Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em vias públicas de intenso tráfego, é que pode
concorrer para acidentes automobilísticos. Muitos países possuem legislações específicas para controlo
de sinalizações em diversas categorias de vias.
Os psicólogos afirmam que os prejuízos não se restringem a questão material e também na saúde
mental dos usuários, na medida que sobrecarrega o indivíduo de informações desnecessárias.
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22.7 - Poluição do Solo
A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta particularmente a camada
superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos ou indiretos à vida humana, à natureza e ao
meio ambiente em geral. Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, de
origem humana, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.
A poluição do solo pode ser de duas origens: urbana e agrícola.
Aterros sanitários
Uma das formas de se lidar com os resíduos urbanos é a destinação de locais de depósito para os
mesmos, denominados aterros. Nestes lugares todo o lixo urbano é depositado, sem qualquer forma de
tratamento ou reciclagem.
Impacto
A variedade das condições ambientais contribui para a separação dos recursos e para uma maior
biodiversidade. Alguns processos naturais só podem acontecer durante a noite na escuridão, como por
exemplo, repouso, reparação, navegação celestial, predação ou recarga dos sistemas. Por esta razão, a
escuridão possui igual importância à luz do dia. É indispensável para um funcionamento saudável dos
organismos e de todo o ecossistema.
A perturbação dos padrões naturais de luz e escuridão influência vários aspectos do comportamento
animal [3]. A poluição luminosa pode confundir a navegação animal, alterar interacções de competição,
alterar relações entre presas predadores e afectar a fisiologia do animal.
O estudo sobre a poluição luminosa ainda se encontra no início e por isso os impactos deste problema
não são, ainda, totalmente compreendidos. Enquanto que o aumento da claridade do céu noturno
representa o efeito mais familiar entre outros tantos (é o mais óbvio e os astrónomos já o reconhecem há
muitos anos), outros aspectos alarmantes ainda se encontram por explorar, como por exemplo, o facto
de a poluição luminosa conduzir a um maior gasto de energia elétrica. Numa escala global,
aproximadamente 19% de toda a electricidade utilizada produz luz à noite. O produto final da iluminação
eléctrica gerada pela carbonização de combustíveis fosseis é a descarga dos gases do efeito estufa.
Estes gases são responsáveis pelo aquecimento global e pela exaustão dos recursos não-renováveis [4].
A poluição luminosa produz muitos outros impactos no ambiente. Efeitos perigosos envolvem o reino
animal, o reino vegetal e a humanidade. Para além de ser eminentemente deteriorativa para aos animais
nocturnos, migratórios e para os animais em voo, a poluição luminosa produz também riscos nas
plantas.
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