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O pressuposto base de Russel no começo de suas conferências reunidas

sobre o nome de “filosofia do atomismo lógico” é o que ele chama de “fatos”;


no mundo há fatos que não são nem verdadeiros nem falsos, mas apenas fatos.
Fato é aquilo que torna uma proposição verdadeira ou falsa.
As proposições atômicas são ordenadas pela quantidade de particulares
que elas contêm, sempre mantendo essa mesma forma de sujeito(particular),
verbo, e outro particular(predicado no caso da “relação monádica”)
Não são diretamente os particulares que entram nas proposições atômicas,
mas o símbolo dos particulares, símbolos(ou nomes) que tem seu significado
dado pela familiaridade com o objeto simbolizado, símbolo que em si mesmo
não é nada mais que uma forma gráfica e/ou um ruído.
Tanto os nomes dos particulares que compõem as proposições atômicas,
quanto a verificação de sua verdade ou falsidade dependem da percepção da
realidade. Os nomes provêm da familiaridade com o objeto; a verificação de
sua veracidade depende da observação dos fatos.
Sem a percepção haveriam proposições atômicas? Evidentemente que não
pelo exposto acima. Mas sem proposições atômicas haveria a percepção? Não
há razões para acreditar que não. As proposições tem sua origem na
percepção(o significado dos símbolos) e seu fim nelas ( a verificação de sua
verdade ou falsidade através da experiencia dos fatos), mas a percepção em si
mesma não faz menção alguma as proposições.
Mesmo não sendo fatos, visto que há sempre duas proposições para um
mesmo fato, as proposições atômicas fazem menção a um fato possível de ser
verdade (ou não seria o fato que a faria verdadeira ou falsa; verdeiro é a
proposição que é igual ao fato).Se há duas proposições para cada fato não é
porque a proposição não seja um fato, mas é graças ao princípio de não
contradição.
Se há sempre duas proposições para um mesmo fato é porque esse fato
nega o seu oposto; “esse homem está morto” torna impossível “esse homem
está vivo”, e nessa medida que há sempre duas proposições para um único fato.
O problema é afirmar que proposições não façam menções a fatos possíveis,
caso contrário, porque seria então um fato que daria a proposição seu valor de
verdade?A proposição é verdadeira se é igual ao fato, e é falsa se é diferente do
fato, ou seja, se o fato é o oposto da proposição(sua impossibilidade de
existência é assegurada exatamente pelo princípio de não-contradição).
Vemos que as proposições fazem menção a fatos, e,mais do que isso, são
alicerçadas no princípio de não-contradição, sem ele não há proposições; é só
por causa dele que há sempre duas proposições para um mesmo fato (e não
porque o fato é algo totalmente diferente das duas proposições – é evidente que
o fato será ou não será uma das proposições; é daí que decorre sua “verdade” ou
“falsidade”. Assim, enquanto os fatos em si não podem ser falsos ou
verdadeiros (pois sua realidade nega automaticamente seu oposto - se o
“homem está morto” então não pode estar vivo -), as proposições o podem por
serem exclusivas do reino mental, do “fato em potência” , do “ fato possível”
ou “fato não possível”,ou seja, no reino mental o fato ainda não está
concretizado(pois quando concretizado, o seu oposto é automaticamente
negado.)
A proposição indica um dos “sentidos possíveis” para aquele mesmo fato.
Enquanto o fato é apenas ou o homem morto ou o homem vivo ( em todo fato
concreto o sentido sempre está estabelecido) na proposição não, há o homem
que pode tanto estar morto quanto estar vivo, há duas proposições opostas auto-
excludentes que apontam para um possível sentido que o particular “homem”
pode seguir.
Não existem “fatos possíveis” , todo “fato” é concretizado, (a
possibilidade mental concretizada) em todo fato o sentido que o particular
poderia seguir já foi decidido, assim, você nunca encontra um “homem vivo ou
morto” ou um “homem vivo e morto” (proposições moleculares) mas apenas
um “homem morto” ou um “homem vivo”(sentido da proposição possível já
decidido).
Assim, as proposições nascem da faculdade mental que identifica que em
um fato seu “oposto possível” está necessariamente suprimido. “O homem está
vivo” nada significaria se isso não implicasse na negação de “o homem está
morto”, seria apenas “o homem” e nada poderia se afirmar ou negar dele.
Ao vermos um fato, nossa mente concebe um oposto possível suprimido,
e daí vem a significação das proposições atômicas. Assim, se vemos uma caixa
aberta, mentalmente deduzimos que ela poderia estar fechada, mas no mundo,
só existem ou caixas abertas ou caixas fechadas. Na mente, parece que é
possível que exista uma caixa “aberta e fechada” ao mesmo tempo, enquanto na
realidade, a possibilidade concebida pela mente tem que estar efetivada em um
de seus opostos possíveis.
“Duas proposições existirem para cada fato” não significa que o fato não
é nenhuma das duas proposições, significa que na mente é possível conceber os
opostos simultaneamente, enquanto no mundo concreto isso é impossível, nele
há sempre a “definição de uma das possibilidades opostas”.
(Na verdade, acredito que há mais de duas proposições para cada fato,
acredito que há quantas sejam as possibilidades auto-excludentes existentes
para cada fato; por exemplo, um certo objeto se movimentando sempre o estará
fazendo em certo sentido dado pelos três eixos dimensionais, assim, um objeto
não está se movendo só “para a esquerda” ou “para a direita”, mas há uma
infinidade de direções possíveis para fazê-lo, porém, quando uma destas é
definida, negam-se todas as outras – assim, há tantas proposições quantas as
direções auto-excludentes (princípio de não-contradição) que um objeto poderia
se mover, porém, no mundo concreto, “o fato”, o objeto só se moverá em uma
delas, negando todas as outras)
(ou por exemplo a cor; tome-se um objeto de uma única cor, ele “ser azul”
é um fato, porém, haviam tantas proposições quantas possibilidades de cor que
esse objeto poderia assumir, e ao assumir o azul, todas as outras foram negadas,
se tornaram “falsas”.) (e aqui dizer “não-azul” não é um oposto efetivo de azul,
pois “não-azul” significa sempre que é de outra cor, visto que não existem
objetos “não-azuis”, sempre tem uma cor; dizer “não-azul” é dizer que é outra
cor sem dizer qual cor é.)

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Mas deixando de lado, por ora, essa questão ainda tão profunda e fecunda
(do que sejam as proposições, de como a mente funciona no reino da pura
possibilidade,de como os fatos são a concretização de uma dessas
possibilidades, de como as proposições estão alicerçadas no principio de não
contradição,... ) tomarei por pressuposto aquilo já enunciado por Russel, de que
cada fato só tem duas proposições, e assim pretendo refletir sobre as limitações
das proposições atômicas, e de como as únicas verdades que podemos ter sobre
a realidade são as proposições lógicas.

Mesmo que as proposições atômicas tenham o mérito de nos mostrar os


dois desdobramentos auto-excludentes possíveis para um mesmo particular, elas
ainda assim não nos podem dar qualquer garantia de que uma das proposições
seja verdade e a outra não, constatação que sempre remeterá a pura percepção
do “fato”.
As proposições gerais verdadeiras poderiam teoricamente nos dar
segurança da veracidade de certas proposições sem fazer referência alguma aos
fatos; por exemplo, “todos os homens são livres” nos asseguraria que uma
proposição tal como “o homem que conhecerei amanhã é livre” seja verdadeira
sem que ainda se conheça tal homem.
Porém, Russel também constata que as proposições gerais não existem, e
que “todos os homens são livres” é na verdade “todos os homens que já conheci
são livres”, ou mais precisamente “os homens A,B,C,D,E,F,G... são livres”
A não ser que eu acredite que algum dia eu conhecerei “todos os
homens”, minhas proposições gerais acerca de todos os homens sempre
permanecerão no reino da completa incerteza, e nada poderá me inclinar com
mais ou menos força para acreditar em sua veracidade ou falsidade.
Também não posso pretender que algum dia eu saberei que conheci
“todos os homens”, nada me garantirá isso, para isso eu precisaria ver o que eu
não vejo, e como a própria palavra diz, “eu não o vejo”(por exemplo, para saber
se eu conheci “todos os homens” eu precisaria ver o que há além de minha
percepção e assim verificar se faltam alguns homens a serem conhecidos –
porém, isso é claramente um absurdo, pois toda vez que eu tentar “ver além de
minha percepção”, então já estará dentro da minha percepção; o que está fora
da percepção é uma eterna incógnita, não dá para saber, se diz que sabe, entáo
já está dentro da percepção de novo) Assim, como Russel tende mesmo a
apontar, as proposições gerais não passam senão de proposições atômicas de
muitos sujeitos.
Uma proposição geral não existe, e se existir, é uma proposição
eternamente impossível de comprovação, pois nunca se saberá que verificou
“todos os homens” a não ser que possa conhecer o que ainda não conhece(para
saber se faltam ou não faltam ver outros homens que não viu até agora).

As proposições atômicas trabalham no reino da possibilidade, e a


comprovação de sua verdade ou falsidade depende exclusivamente da
observação dos fatos; assim, parece que em termos de utilidade prática nossa
racionalidade está limitada a “abertura de um leque” de possibilidades para um
mesmo fato observado (com base no princípio de não-contradição), porém, só
isso não poderá nos apontar a probabilidade maior ou menor de que uma das
possibilidades rastreadas pela mente aconteça; e mesmo que tenhamos
verificado através da experiência que aconteceu mais uma do que outra, ainda
não temos sequer como estabelecer a probabilidade de que uma ou outra
aconteça(pois tal suposição estaria baseada na falsa premissa de que o futuro se
desenrolará como o passado).
Será este o destino a que a razão estará fadada?A mera acumulação de
conhecimento dos possíveis desenrolares para um mesmo particular em uma
certa situação será tudo que a razão poderá nos proporcionar? Ou haverá
efetivamente “verdades racionais”, verdades independentes da comprovação
factual.

Se as proposições atômicas só são comprovadas verdadeiras pela


observação dos fatos(e que proposições gerais são apenas “proposições
atômicas de muitos particulares”) e nada informam com certeza a respeito da
realidade(dependendo inteiramente da percepção) mas apenas tem o mérito de
“abrir o leque”, nos dar os possíveis desdobramentos que certo particular está
suscetível em certa situação, então nunca poderemos, baseados apenas em
alguma proposição, afirmar qualquer coisa a respeitos da realidade, a
proposição é apenas uma possibilidade, nunca uma constatação, a constatação
cabe unicamente ao fato.
Uma proposição atômica que afirma algo sobre a realidade pode ser
verdadeira ou pode ser falsa, mas nada na mente pode até mesmo nos garantir
se uma é mais ou menos provável do que a outra; ou seja, a proposição é
sempre uma possibilidade, e nada mais; nunca será uma afirmação
necessariamente verdadeira, e nesse sentido, não nos informa nada “de fato”
acerca da realidade.
Nenhuma proposição atômica pode afirmar com certeza alguma coisa,
verdadeiramente uma proposição acerca da realidade é a indicação de uma
possibilidade; a “afirmação” real da proposição é o fato, a verdadeira
“afirmação” é o fato, nunca a proposição.

Poderá a mente sair do reino da pura possibilidade e afirmar com certeza


algum fato? Uma proposição poderá estar certa sem a verificação do fato? Não
me parece em absoluto possível, ou a proposição e o fato seriam a mesma coisa,
e então a mente e o mundo concreto não teriam diferença, e “eu” seria tudo.
E muito menos a percepção pode nos dar qualquer verdade absoluta sobre
a realidade; baseados somente na percepção não poderemos afirmar com
certeza nada além do que estamos vendo(pois a percepção em si não nos
garante que o futuro será igual ao passado, ou que estamos vendo tudo que há
para ver). A esperança de constituir alguma verdade absoluta ou “proposição
sempre verdadeira”, volta para a mente(pois mesmo sendo objeto de
controvérsias, ainda assim é candidato bem melhor do que a pura percepção)
As únicas verdades absolutas teriam de ser verdades que não se
baseassem de forma alguma na percepção(pois nunca saberemos se nossa
percepção abrangeu tudo ou não), teriam de ser verdades completamente
independentes da percepção (mas já vimos no começo do texto que tanto os
símbolos de nossas percepções quanto a verificação de sua veracidade ou
falsidade dependem da percepção.)
Estamos em um “beco sem saída”; por um lado sabemos que a verificação
da veracidade ou falsidade da proposição tanto quanto os símbolos que a
constituem são derivados tão só da percepção; e por outro lado, também
sabemos que a percepção não pode nos garantir qualquer verdade sobre os
fatos(pois ela não nos garante que o futuro será igual ao passado; e é sempre
impossível saber se a percepção abrangeu tudo ou não).
Parece então evidente que nunca teremos “proposições atômicas sempre
verdadeiras”; que esse tipo de conhecimento não nos é facultado. Porém, ao sair
por um momento do campo filosófico e verificar as “ciências exatas”, em
especial a física, vemos que sim, que há certas “proposições atômicas sempre
verdadeiras” (como por exemplo a proposição “este carro(de tal massa) terá tal
energia cinética a tal velocidade”).
O que dá exatidão a física senão certas leis postuladas pelos grandes
físicos que já viveram( como Issac Newton ou Albert Einstein e tantos outros)?
O que são essas leis postuladas por eles, e que permitem que dado certo
particular em certas condições, possamos afirmar “proposições atômicas
sempre verdadeiras”?
Não são essas leis senão variantes do que Russel chama de “proposições
lógicas”? Não são as proposições lógicas compostas unicamente de variáveis
em certas relações?(assim como tais leis da física).
As leis da física acham certas “formas de relação” iguais para múltiplos
casos diferentes; os físicos teóricos partem de uma infinidade de dados
coletados de diversos experimentos(a percepção dos “fatos”) e daí, com toda
sua genialidade, descobrem que há certas “formas de relação”, certas
“proporções”, “equações”, e “leis” iguais para casos aparentemente diferentes.
Essa leis encontradas pelos grandes cientistas nos mostram que as
relações na natureza se dão sob certas “formas”, ( vê-se que certos fatos que
pareciam completamente distintos seguem padrões comuns ), assim, os
“elementos matemáticos de articulação de particulares” (como a soma, a
subtração, a divisão, a multiplicação... ) parecem apreender de que “forma” se
relacionam certos particulares .(agora representados por variáveis)
As “formas de relação” - compostas por certas variáveis em certas
proporções e em certas relações - (as equações das leis físicas) são as
“proposições lógicas” , com a diferença que o campo da filosofia muitas vezes
trata do sujeito e suas relações, o que carrega em si muito mais elementos de
incerteza do que tratar apenas da “massa” e da “velocidade” de certas
partículas; assim, a forma de relação reduzida de “Platão ama Sócrates” para
“AyB” não se figura e nem se utiliza com a exatidão de uma lei física pois
“Platão” e “Sócrates” são elementos muito complexos que não podem ser, como
na física, reduzidos a um “ponto”, a uma “partícula”; assim como o verbo
“ama” ,que também é muito mais complexo dos que as relações de soma,
subtração, multiplicação... [Aqui entram outras questões, como a da
complexidade, e da possibilidade de examinar com exatidão elementos
complexos como o sujeitos; (certamente muito fecundas, mas que são são o
objeto central dessa exposição)]
Porém apesar de as leis físicas funcionarem ( o que já nos dá uma
segurança prévia à sua análise) parece que ainda estamos presos no já
identificado “beco sem saída” da percepção, pois apesar de funcionarem, é
sabido que as leis físicas são auferidas de muitas experiências empíricas dos
“fatos”; assim, se já sabemos que nunca podemos ter certeza se vimos tudo ou
não, e de que nem que o futuro será igual ao passado, porque as “leis físicas”
funcionam?
Porém, não precisamos “ver tudo” nem saber como será o futuro para
para acharmos as “formas de relação” ; essas “formas de relação” claramente já
existem na natureza, nós usamos da percepção apenas para achá-las e identificá-
las; se precisamos da percepção de 10 ou de 10.000 fatos para isso, vai de
nossas competências; porém, cada fato contêm em si suas respectivas “formas
de relação” (não achar as “formas de relação” por um único fato é culpa
somente da limitação humana)
Só a percepção não constrói conhecimento , o conhecimento é construído
pela mente que encontra as “formas de relação” nas experiencias realizadas e
vivenciadas pela percepção. Dos infinitos casos particulares, temos “formas de
relação” comuns a todos eles, o que eles contêm de igual (ou seja, agora há a
possibilidade de uma ciência, de leis que nos permitam a construção de
“proposições atômicas sempre verdadeiras”).
O primeiro conhecimento, o conhecimento mais puro, o conhecimento do
qual derivam e dependem todos os outros conhecimentos é, portanto, aquele
que é puramente 'lógico-abstrato', que apreende as “leis”, as “formas de
relação”, pois é só à partir deste conhecimento que poderão se construir
“proposições atômicas necessariamente verdadeiras”; (em certo sentido a lógica
e a metafísica se encontram).

... (os próximo problemas, como a procura de verdadeiro


conhecimento(“formas de relação”) em particulares mais complexos do que os
da física , como por exemplo a química, a biologia, psicologia... são derivados
daí. – pois é sempre o mais simples que constitui o mais complexo –)

p.s. (questão importante para reflexão)– serão os indivíduos apenas


objetos seguindo leis e formas de relação, ou haverá a “escolha”, a “alma” dos
metafísicos? A individualidade será puramente determinada por leis ou haverá
um elemento de completo Mistério? A ciência dos particulares, dos objetos, será
a mesma que a ciência do “indivíduo”, do “conhecedor desses objetos”, ou
serão diferentes? Haverá uma ciência única do conhecido (os objetos) e a
ciência única do conhecedor?
Qual é o único conhecimento possível? De tudo isso, o que fica? A elevação do
conhecimento puramente lógico-abstrato (das “formas de relação”) ao único
conhecimento absolutamente verdadeiro ; e um adendo: se não houvessem as
“formas de relação” as “leis” da natureza, então não haveria nenhum
conhecimento possível, ou seja, ---- depende da percepção e depende da mente
--- só a percepção não constrói conhecimento , o conhecimento é construido
pela mente que encontra as formas de relaçao nas experiencias com a percepção
---

--- sujeitos complexos – particulas simples --- até onde as formas de relaçao
podem chegar? Existirao “formas de relaçao” para os individuos?

Porém, agora percebo que mesmo que chegue-se a concluir isso - que a mente
só trabalha no puro reino da possibilidade, não dando mais um menos certeza
de veracidade de uma ou de outra proposição –

O que a mente pode afirmar com certeza acerca da realidade não é a


realização ou não realização de certa proposição atômica, mas reduzir as
relações unicamente à variáveis, reduzir as relações unicamente a suas “formas
abstratas”.
Assim, a mente caberá a formulação de “leis” e “equações” sobre as
formas de relação de realidade, e é a partir dessas “leis” e “equações” que ela
poderá afirmar com mais certeza alguma proposição atômica sem depender do
fato para isso.
Então por exemplo, sabendo que certo objeto possui o potencial de
realizar certa “forma de relação” com outro, poderei afirmar os resultados dessa
relação sem ao menos vê-la realizada, unicamente pelo conhecimento da
proposição lógica daquela “forma de relação”.
O que hoje chamamos de “ciência” não deixa de ser a consulta de várias
experiências na tentativa de identificar as “formas de relação” que une todas
sobre um mesmo princípio; “E=mc²” não seria nada mais do que uma
“proposição lógica” com aplicações diretas na realidade.
O único conhecimento possível é o conhecimento lógico-abstrato da
realidade, as “formas das relações”, as “proposições lógicas”
****
O que é a multiplicação, a divisão, a soma, a subtração e outras operações
matemáticas que não identificação de formas de relações?
A verdadeira filosofia é ciência, e a verdadeira ciência é a identificação de
leis que permitem prever como que certos particulares se desdobrarão, ou seja,
é a lógica-abstrata.
O que é uma situação futura senão uma incógnita, uma “variável”? O
conhecimento das “formas de relaçao” ou das “leis” permite prever como essa
“incógnita” se comportará a partir de certo dado inicial,(as funções) permite
prever as “proposiçoes atomicas” , que antes só faziam constatar a realidade das
coisas, e não davam garantia nenhuma de previsao da realidade(se o faziam, era
só por uma ordenação fortuita e arbitrária da realidade, pois racionalmente nada
garantia isso; pois racionalmente não havia base nenhuma, era apenas puro
hábito)
Assim como sustenta Russel, a verdadeira lógica não faz refetencia e nem
precisa de fatos.
As únicas verdades absolutas tem de ser as verdades que não se baseiam
de forma alguma na percepção(pois nunca saberemos se nossa percepção
abrangeu tudo ou não), teriam de ser verdades completamente independentes da
percepção ( e isso é impossivel ) por isso que nos sobra as “proposiçoes
logicas” as “formas de relaçao” as “equações”.

( e isso é impossivel ) por isso que nos sobra as “proposiçoes logicas” as


“formas de relaçao” as “equações”.***

Aposto todas minhas fichas nas proposições lógicas como as únicas


espécies de “verdades” que a mente pode conceber, como o limite do
conhecimento da mente.

Assim, tem-se a primeira pergunta importante desse texto: as proposições


atômicas dizem alguma coisa que já não sabemos? Adicionam alguma coisa ao
nosso conhecimento puramente empírico da realidade? Dizer “isto é branco”
não é apenas a constatação do que eu já via? Qual é a finalidade das
proposições atômicas a não ser a constatação do óbvio e ainda dar margem para
nos confundirmos? (já que podem ser falsas, enquanto fatos são o que são, nem
verdadeiros nem falsos)

Enquanto as proposições atômicas simples (um único particular) parecem não


ter outra finalidade além da de comunicar a outro ser humano um fato por mim
constatado unicamente pela percepção, as de mais de um particular parecem
cumprir um papel organizacional que a pura percepção não dá conta.
Hoje olho para certo homem e vejo que ele é livre, amanhã olho para
outro outro homem e vejo que ele também é livre, e formulo “A e B são
livres” . Há uma clara organização da percepção, que acha pontos em comum
entre os dois homens; mas ainda assim, a proposição continua sendo a
constatação do óbvio, da pura percepção.

As proposições também podem permitir que relacionemos objetos que


não vimos se relacionando pela pura percepção; se vemos que “A é azul” e “B é
verde”, podemos formular a proposição “A é verde” sem que nunca tenhamos
visto um “A” verde, porém, essa suposição é arbitrária, e até agora nada garante
que “A” possa ser verde.
A suposição de outras proposições atômicas(a relação entre particulares e
predicados ou outros particulares) pode ser feita livremente, porém, nada
garantirá seu valor de verdade a não ser a percepção dos “fatos”, e nesse
sentido, as proposições atômicas continuam inteiramente dependentes da
percepção dos fatos.
Até agora as proposições atômicas permitem apenas que imaginemos
outras possibilidades de relação para os objetos apreendidos via familiaridade,
porém, nada nos dá garantia de seu valor de verdade a não ser a tentativa no
mundo concreto de produzir e observar (ou só observar) os “fatos” imaginados
pela articulação dos símbolos na proposição atômica.
A articulação de símbolos nas proposições atômicas certamente tem o seu
valor; permite-nos imaginar fatos não observados que podem vir a enriquecer
nossa experiencia do mundo (se forem realmente possíveis, ou seja, se forem
“verdade”).Mas estará a faculdade do raciocínio limitada a mera imaginação de
novos fatos possíveis (na incessante composição de novas proposições
atômicas), limitada a “verdade” dessas proposições a pura percepção? Poderá o
raciocínio definir a verdade ou falsidade das proposições ?
Como poderia o raciocínio definir que “A é verde” é verdade sem
qualquer consulta aos “fatos”? Se isto for impossível,

Poderiam as proposições atômicas ter alguma finalidade além desta? Além da


mera articulação de símbolos na imaginação de novos fatos possíveis?

Tal suposição dependeria do conhecimento das “formas lógicas”, em que os


objetos “A” e “B” entrassem em uma mesma categoria, e as cores em outra,
assim, formaria-se uma proposição lógica contendo unicamente variáveis, uma
representando as categorias dos objetos em que estariam “A” e “B”, e outra que
representaria as cores.
Começamos perguntando de onde nascem as proposições atomicas, e o que elas
efetivamente são. Proposições atômicas são em primeira e ultima instancia
dependentes dos simbolos que contêm, dos nomes que fazem referencia a certos
particulares.
Os nomes se originam da familiaridade do sujeito com o objeto que ele
percebe, ou então ele nada significa. Uma proposiçao atômica é uma articulaçao
de nomes sob um certo verbo ou predicado (relação monádica), e a constataçao
de sua falsidade ou veracidade vem tão só do retorno a percepeção do mundo,
no que Russel chama de “fatos”, que não são nem verdadeiros nem falsos, mas
apenas fatos.
Então fica a pergunta, se tanto as bases das proposiçoes atômicas (os
nomes) quanto o indicador de falsidade ou veracidade das proposiçoes atômica
remetem em primeira e última instância a percepção pura da realidade, então o
que as proposições atômicas efetivamente adicionam de novo ou de importante
em nossa visão de realidade? Só a percepção já não bastaria? As proposições
atômicas verdadeiras não seriam uma constatação inútil e óbvia? Além de dar
margem para as falsas, que ainda teriam o potencial de confundir a nossa visao
da realidade, já que poderíamos tomar como verdadeira uma falsa proposições
atômica, quando na percepção pura, isso não aconteceria, pois só teríamos os
“fatos”, ou “aquilo que atesta a veracidade das proposições atômicas”.

Mas há algo que a simples percepção não pode atestar, são o que Russel
chama de “proposições gerais”, que segundo ele, não podem ser deduzidas a
partir das proposições atômicas.
São afirmações simples sobre grande quantidade de coisas o que a
filosofia sempre busca, são o que os conceitos sintetizam, por exemplo, a noção
de “virtude” agrega nela mesma uma quantidade gigantesca de fatos atômicos
que se enquadram nela.
Os chamadas “proposições gerais” de Russel são o que a filosofia sempre
busca, caso contrário, suas “verdades” não se diferenciariam de meras opiniões
e constatações de fatos isolados. É o encontro de certas caracteríscas iguais em
múltiplos fatos individuais o grande mérito dos descobrimentos filosóficos. Os
conceitos filosóficos são a síntese de características comuns a uma ampla gama
de fatos individuais.
Então, percebendo que as proposiçoes atomicas simples remetem-se em
ultima e primeira instancia à percepçao pura dos fatos individuais, e concluindo
que elas acabam sendo motivos de confusao, pois enquantos um fato é só um
fato, não há como se confundir, já uma proposiçao pode ser falsa, e se a
tomarmor como verdadeira, a confusao está instaurada.
Assim, a filosofia resume-se a busca as proposiçoes gerais, na medida em
que de sua posso, seriamos mais capazes de entender e ordenar o aparentemente
caotico mundo dos multiplos fatos indivuduais, encontrando elementos comuns
a todos eles.

Porém, o paradigma das proposiçoes gerais encerra em si um problema de


ordem anterior, que levantado, coloca em duvida a credibilidade das
proposiçoes gerais, o problema da propria percepção, pois se a percepçãp for
em si limitada, entao com que pretenção afirmaremos qualquer coisa de modo
“geral”, qualquer coisa sobre “todos os homens” , visto que não sabemos se
conhecemos todos os homens.
A pergunta é; como a nosso propria percepção poderá saber se ela encerra
em si tudo que há para ver? É claramente impossivel pois ela teria de sair dela
mesma para encontra-se seu limite, e se ela sai dela mesma, ela não é mais
percepção.
Tirando os fatos óbvios, como por exemplo sabermos que existem bilhoes
de seres humanos, mas só conheceremos uma parcela infima deles ao longo de
toda nossa vida; também sabemos que existem bilhoes e bilhoes de planetas, e
so conhecemos um deles; e até mesmo sabermos que esse planeta tem uma área
territorial tal, mas que só conhecemos uma miniscula parte desse total, ainda
assim sobra uma constatação da limitação da experiencia empirica que não
depende de confiarmos em outras consciencias que nos contaram que a mais no
mundo do que vimos, ou de fotos de satélites ou telescópios.
Podemos nunca conseguir provar que nossa experiencia não abrange
tudo( pois para saber o que é esse “tudo”, precisariamos antes conhece-lo, e
entao a percepção novamente o abrangerá) mas também nunca conseguiremos
provar com certeza que ela não abrange tudo(em um ou noutro caso, a
percepção precisaria sair dela mesma e ver-se de fora, mas o problema
continuaria, pois ainda assim, a dúvida de novo aplicaria-se a “nova percepção
da velha percepção” e esse problema estenderia-se ao infinito).
Assim, não podemos afirmar com certeza absoluta se há ou não algo além
dos limites da percepção, se ela abrange ou não abrange tudo, a única certeza
que temos sobre tal questão e a da incerteza total, tanto para sim como para não,
mas tirando argumentos absolutamente certos, há uma clara pendência para a
alternativa de que ela tem limites, Russel também dá alguns exemplos nesse
sentido, mostrando que sempre só conhecemos uma quantidade finita de
números, mas sabemos que eles são infinitos, ou quando queremos lembrar de
alguma coisa, não temos a percepção do que ela é, mas sabemos que ela existe,
ou até a certeza de que vivemos muito mais do que lembramos ter vivido,
sabermos que vivemos muitas coisas dais quais agora não sabemos, mas ainda
assim sabemos que as vivemos.
De uma forma ou de outra, a “certeza da incerteza” permanece, e não
podemos afirmar com certeza absoluta, a partir unicamente de nossa percepção
atual, se ela abrange tudo ou não; por isso uma afirmação do tipo “todo os
homens” sempre contêm em si essa dúvida insolúvel de se há ou não mais
homens, “todos os homens” será sempre uma proposição falsa, não pela certeza
que ela é falsa, mas pela certeza de que ela não se pode provar verdadeira.
As ditas “proposições gerais” então, não existem como tal, e como
elucida Russel , são apenas proposições atômicas de muitos sujeitos; a
proposição geral “todos os homens desejam a liberdade”, por exemplo, mostra-
se uma falácia, o certo deveria ser “todos os homens que conheci ou de que
ouvi falar desejam a liberdade”, ou , mais rigorosamente, “os homens A, B, C,
D, E, … desejam a liberdade”
Assim, o conhecimentos filosófico se baseia em proposições gerais(visto
que as proposições atomicas só tem potencial para confundir os fatos
constatados pela experiência pura) e as proposições gerais não passam de
proposições atômicas de muitos sujeitos, entao nos estará barrada toda
possibilidade de fazer filosofia? Ou a filosofia se limitaria ao reino da
possibilidade?(mas até este está vetado, pois uma possibilidade só se constrói
em contraposição a um universo finito( e como vimos, nunca temos certeza se
vimos tudo ou não) por exemplo, “1%” é sempre “1% de um total” se só temos
uma amostra de particulares, mas não conhecemos todos os particulares
possiveis, ou seja, se nosso universo ainda está “em aberto”, como saberemos
se essa amostra corresponde a 0,1% 1% ou 10% do universo para defirnirmos
por sua vez, sua proporção relativa?)
Se então, só temos proposições atômicas (e aqui estao tambem incluidas
as proposições moleculares, já que são apenas articulaçoes de proposições
atômicas, não existindo, por asism dizer , “fatos moleculares”) estamos
claramente “presos” a experiencia empirica( tendo nossas proposições
derivadas dela (simbolos) e atesta por ela (fatos) ) e sabemos da certeza de não
podermos ter certeza que nossa experiencia empirica abrange tudo, poderemos
entao ter algum conhecimento sobre tudo? Ou nosso conhecimento sempre
estará limitado as experiencias que já tivemos? E se sim, tal conhecimento
tambem não teria um valor seguro, dado que é impossivel saber se no proximo
minuto acontecerá uma coisa não prevista que desmentirã todas as nossas
conclusoes (visto que elas não podiam prever tudo -,nossa previsoes só se
realizam com certa regularidade dada a uma fortuita ordem com que as coisas
ocorrem)
Então o que fazer? Para onde ir? Haveráum “porto seguro de certezas”?
Que papel cabe a racionalodade? Pode a racionalidade sair do reino da
probabilidade? Pode a racionalidade prever com certeza alguma coisa? Visto
que nunca saberemos se nossa experiencia abrange tudo ou não, haverá algum
conhecimento que abranja tudo? Que possa prever com certeza o
desdobramento futuro de certas especies de coisas?
O único conhecimento absoluto que poderia derivar da experiencia
empirica seria o ocnhecimento que não baseia-se em “varios fatos”; mas em um
único fato simples, por entao não seria mais necessario que a experiencia
abrangesse tudo, isso seria indiferente. ( e é importante enfatizar que tem de ser
um único fato isolado, a comparaçao de dois fatos já daria margem para outras
possiveis comparaçoes não feitas, e voltaria-se a problematica da limitaçao da
percepçao, em que nunca saberiamos se comparou ou não todos os fatos)
Mas entao não voltou-se a “estaca zero”? Mai entao não voltou-se as
proposições atômicas simples novamente? Aqui há a grande transiçao que
marca o “tipo de conecimento” possivel de ser absoluto e o “tipo de
conhecimento” que não passa de uma probalidade mal calculada, comparando-
se em essencia ao que chama-se de”opinião”
Resta-nos então buscar nas formas das proposições algum
conhecimento sobre a realidade, ou sej,a na reduçao das proposições atômicas
unicamente a variaveis e nada mais.
Se não podemos afirmar com certeza absoluta se uma proposoção é
verddeira ou falsa, dependendo sempre da exeperiencia empirica do “fato” para
fazê-lo, e da exeperiencia empirica não podemos afirmar com certeza se ela
abrange tudo ou não, o único valor das proposições racionais está em seu
carater puramente logico, com uso exclusivo de variaveis.
Segundo Russel afirma em sua V conferência da “Filosofia do atomicos
logico”,”... é possível que as proposições logicas possam ser interpretadas como
dendo proposições acerca de formas” e verifica-se que essas proposições, ou
melhor, essas “formas de proposiçoes” são de fato o único conhecimento seguro
e verdadeiro que poderemos ter acerca da realidade.
E agora olhando essa conclusão,

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