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Este guia está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos sobre o guia
são reservados. Você não tem permissão para vender este guia nem para
copiar/reproduzir o conteúdo do guia em sites, blogs, jornais ou quaisquer outros
veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo de violação dos direitos autorais estará
sujeito a ações legais.
Sobre o autor
KLEYSON ORLANDO
Como usar
ESTE GUIA INTERATIVO
Antes de qualquer coisa, deixe-me explicar como você deverá usar este guia. Este
eBook é um PDF interativo. Isso quer dizer que aqui, além do texto, você também vai
encontrar links, botões, imagens, vídeos e um índice, totalmente clicáveis.
Na parte superior direita, temos o nome deste livro que leva você, automaticamente,
ao Índice. Lá você pode clicar em cada capítulo e ir diretamente para a parte do livro
que quer ler. E isso vai ser muito útil durante a leitura.
Use a seção Definições para saber o que significa exatamente cada termo presente
neste guia. Recomendo que leia antes mesmo de iniciar a leitura dos capítulos.
Saiba que quando o texto estiver assim, quer dizer que ele é um link para uma página
externa ou para alguma seção deste guia, que vai ajudar você a aprofundar o
conteúdo estudado. Sinta-se à vontade para clicá-lo, sempre!
Quando você ver uma imagem do YouTube significa que ao clicar nela, você irá
diretamente para o vídeo explicativo daquele assunto. Por falar nisso, você já viu o
vídeo anterior onde eu falo sobre a minha carreira? Se não, recomendo que assista,
assim você poderá ter certeza de que a leitura completa deste guia não será em vão.
Como não custa lembrar, quando estiver vendo um vídeo do meu canal no YouTube,
faça sua inscrição e ative o sininho das notificações, isso ajuda muito no
desenvolvimento e expansão do canal. ;)
Além disso, você pode entrar no grupo exclusivo do Mestre da Obra no Telegram. É
um seleto grupo cheio de profissionais que atuam no mercado e tem interesse sobre
o tema estudado neste guia. Clique para Entrar no Grupo do Telegram.
E como última dica, fique à vontade para compartilhar este guia com seus amigos, e
eu vou ficar muito feliz com isso. S2 Basta enviar o arquivo PDF ou o link da página
de download via WhatsApp, clicando no botão abaixo:
Boa leitura!
Assista a
PALESTRA INTERATIVA CONSTRUÇÕES FINANCIADAS
O conteúdo desse eBook é MUITO BOM, mas é tão bom, que acabou ficando muito
extenso. Para eu conseguir repassar todo o meu conhecimento para você,
precisaríamos de vários livros e algumas centenas de horas de leitura.
Como sempre, eu penso em facilitar a sua vida na Construção Civil, então resolvi
separar um pouco mais do meu tempo para gravar para você uma Palestra sobre o
conteúdo desse livro.
Então, fica aqui o convite, para depois que terminar de ler esse livro, você assistir a
Palestra Interativa Construções Financiadas. Mas, se você preferir ver a palestra
antes de ler o livro, também funciona. Tenho certeza de que com a leitura desse livro
e a aula dessa Palestra, você estará pronto para trabalhar com Construções
Financiadas.
Dedicatória e agradecimento
PARA QUEM MERECE
Talvez ela ainda não tenha noção do quanto foi difícil ser Pai tão cedo, mas ela sabe,
na condição dela, o quanto eu me dediquei para que tudo desse certo.
Eu nunca quis ou pretendi ser o melhor profissional de todos, mas eu sempre soube,
que se eu me dedicasse para isso, talvez um dia, isso iria me ajudar a ser o melhor pai
do mundo.
Dedico esse trabalho a ela, minha filha, pois ela é o meu maior motivo e incentivo
para acordar todos os dias com garra e determinação, para poder dar, sempre, o
melhor para ela. E esse livro é o resultado de toda a minha dedicação e trabalho.
Por tudo isso, agradeço à minha filha Emily B. Orlando, em especial, por ter mudado
completamente o sentido da minha vida. Pois foi por ela que eu decidi, aos 17 anos,
que no futuro eu seria alguém muito bem-sucedido e um pai sensacional.
Talvez o futuro seja hoje, por isso, gostaria de dedicar esse livro a você.
Obrigado!
ÍNDICE
Eu afirmo isso não somente por acreditar no conteúdo deste trabalho, mas também
por acreditar em você que teve a iniciativa, e acreditar que seguindo todos os
métodos e técnicas deste guia você pode e vai aprender tudo sobre financiamento
imobiliário.
Por mais incrível que pareça, as faculdades do ramo da construção civil – engenharia
e arquitetura – não ensinam esse conhecimento a ninguém, ou seja, você sai de um
curso superior sem saber que você mesmo pode conseguir dinheiro para os seus
futuros clientes.
Eu já atendi centenas de clientes e ouvi muitos destes falando “eu não tenho dinheiro
para construir”, “o Brasil está em crise”, “não adianta começar uma obra sem
dinheiro”, etc.
Pense bem, o Brasil inteiro querendo um lugar para morar, comprar a casa própria,
mas nem os profissionais da construção civil sabem que podem oferecer uma casa
ao seu cliente com parcelas mensais de R$ 500,00. Isso é menos que um aluguel!
dinheiro, pior ainda, achando que “não levam jeito para a profissão”, que “não têm o
dom para atuar” ou que são “incapazes” ou “tem alguma coisa errada comigo”.
No final das contas, apenas uma parcela muito pequena dos profissionais realmente
consegue ganhar dinheiro na construção civil, normalmente mais por conta de
esforços pessoais do que por conta do ensino superior em si.
Pelo contrário, eu formei na capital do meu Estado, trabalhei durante os cinco anos
da faculdade numa grande construtora, formei, abri minha empresa e fui morar no
interior de Rondônia, numa cidadezinha de 20 mil habitantes. Se você viu o vídeo
sobre minha carreira, você sabe do que estou falando.
E o motivo de você merecer este guia é o seguinte: Por anos eu venho ensinando
profissionais, engenheiros(as), arquitetos(as), assistentes, entre outros que trabalham
comigo, e ainda por cima pagando um salário para eles!
Leia atentamente e assista todos os vídeos deste eBook, pois assim você vai aprender
na prática o passo a passo do processo de financiamento imobiliário. E para facilitar
o aprendizado, este guia foi dividido em 5 capítulos:
Eu quero muito que você leia tudo na sequência, tanto é que proponho um desafio
para você ter certeza de que precisa ler todo este guia: Comece a leitura pela seção
Aprovação da Viabilidade Econômico-Financeira, do capítulo 5. Depois, volte e
reinicie a leitura a partir da seção Definições. Mas antes de aceitar o desafio, leia esta
página até o fim.
Você pode ler o Capítulo 1 agora mesmo e então passar para o Capítulo 2, que é
onde você colocará “a mão na massa” e começará de fato a prática, seguindo cada
etapa com os vídeos onde ensino e faço com você o passo a passo de tudo.
A partir do Capítulo 1, você deverá ler, entender e pôr em prática cada um dos
capítulos um depois do outro, sem nunca interromper nenhum deles. Isso vai
aumentar muito a sua compreensão dos processos de financiamentos.
Assim, ao concluir o Capítulo 1, você deverá partir para o Capítulo 2 ao mesmo tempo
em que continua treinando tudo o que aprendeu no Capítulo1, e repetir o mesmo
processo para os capítulos seguintes. Os links estarão no texto, é só clicar.
Ao concluir o guia, você deverá estar usando os métodos, técnicas e segredos que
aprendeu ao longo de todos os capítulos, tudo ao mesmo tempo! Por isso, é essencial
que você entenda e coloque em prática cada um dos capítulos corretamente.
Leve o tempo que precisar para pôr em prática cada capítulo, sejam horas ou dias.
Lembre-se de que seu objetivo é aprender o processo de financiamento imobiliário
da maneira certa, e não simplesmente chegar ao final do guia.
Se você tiver alguma dúvida ou dificuldade ao longo dos capítulos, entre em contato
comigo pelo e-mail kleyson@mestredaobra.com, que eu terei o maior prazer em
ajudá-lo. Ou se preferir, pergunte no grupo do Telegram.
DEFINIÇÕES
1
Na engenharia legal este termo é reservado ao trabalho do perito.
CAPÍTULO 1
FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO: DINHEIRO PARA OBRAS!
Quantas pessoas você conhece que tenham recursos próprios para comprar uma casa
ou apartamento, à vista? E se eu te falar que mesmo pessoas muito ricas e bem-
sucedidas financeiramente, não usam seus recursos próprios para comprar ou investir
em imóveis?
Para este caso, você verá que é melhor procurar um financiamento imobiliário para
pegar um empréstimo de 8% ao ano, do que deixar de ganhar 15% ao ano. É claro
que esta análise não se resume apenas as taxas de juros, muita cosia deve ser levado
em conta, como por exemplo o planejamento empresarial a longo prazo e capital de
giro.
Mas com esse exemplo você consegue entender a grande lógica por trás do motivo
do porquê grandes empresas fazem grandes empréstimos, principalmente
empréstimos imobiliários.
Essa lógica vale também para imóveis residenciais e pessoas que não tenham tantos
recursos financeiros. Basta conhecer o mercado e aplicar a melhor estratégia para
cada caso. Por isso precisamos dominar a arte de financiamento imobiliário.
Pense em todas as possibilidades de negócios que podem surgir e ser feitas quando
o assunto for imóvel. Agora pense que existem no mercado diversos produtos
financeiros que possibilitam que estes negócios sejam realizados, de forma simples,
direta, e economicamente viável.
Sendo assim neste capítulo você verá tudo que é necessário saber para se tornar um
expert em financiamento imobiliário, através dos seguintes tópicos:
Nada mais é do que uma linha de crédito oferecida por instituições financeiras para
utilização na aquisição de um imóvel novo ou usado sendo residencial ou comercial,
ou para término de construção ou reforma, ou ainda para aquisição de lotes
urbanizados.
“Em 2018, após dois anos de queda, o crédito bancário voltou a crescer. O volume
total (estoque) atingiu R$ 3,26 trilhões, alta de 5,5%. (Fonte: Banco Central).
De acordo com o Banco Central, a projeção de alta do crédito bancário para 2019
tem por base o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), estimado em 2% para
este ano, em um "ambiente com inflação baixa e estável" e na manutenção das taxas
de juros em patamares baixos.
2019, o fato é que essa parcela ainda é muito pequena quando comparada com
outros países.
O valor total a ser financiado pode variar conforme a instituição financeira, mas a
grande maioria tem como percentual máximo 80%, com algumas chegando a 90%
do menor valor entre a avaliação e a promessa de compra e venda do imóvel para
financiamentos com recursos do SBPE e até 100% com recursos do FGTS.
ser utilizado para quem pretende comprar o imóvel tanto para uso próprio, como
para investimento de seus recursos, ou mesmo a ampliação do seu negócio.
Porém, é necessário entender que nesse caso temos dois cenários completamente
distintos:
mercado em R$ 180 mil, e o valor máximo de liberação seja de 80%, você receberá
R$ 144 mil para comprar o terreno e construir a obra.
Continue lendo que na sequência irei detalhar bem estes cenários, e faremos juntos
todo o processo. ;)
Financiamento de Terreno
Neste caso você financia apenas a compra do terreno, sem ter que construir nada
nele. É muito usado para fazer investimentos, com o intuito de ganhar com a
valorização do terreno, e no futuro realizar a venda com lucros.
Basta pensar que se você financiar a compra do terreno ele vai ficar alienado, e no
futuro você não vai conseguir financiar uma construção em cima dele, pois ele já vai
estar comprometido.
Ou seja, para isso você precisa quitar o financiamento da compra do terreno, para
então depois financiar a construção da obra. É possível fazer, mas dá mais trabalho e
despesas do que você financiar tudo junto: a compra do terreno + construção.
Portanto, se você pretende comprar um terreno para construir, opte sempre pelo
financiamento de “aquisição de terreno + construção”. Inclusive para imóveis
comerciais.
Por exemplo, para aqueles que desejam realizar novos investimentos em um negócio
próprio, ou aqueles que vão reformar ou comprar outro imóvel, para aquela tão
sonhada viagem, capital de giro e os que buscam uma fonte de capital mais barato
para refinanciar suas dívidas, como cartões de crédito ou cheque especial.
CAPÍTULO 2
SIMULAÇÃO DO FINANCIAMENTO – ESTUDOS DE CASOS
Peço que você leia com MUITA ATENÇÃO todo este capítulo, sem pular nada, pois é
imprescindível que você entenda tudo que está aqui, para que daí sim, você consiga
ter autonomia na elaboração e desenvolvimento dos seus projetos e construções
financiadas.
É um capítulo longo e rico em informações que são fundamentais para você, inclusive
na hora de realizar a simulação do financiamento. Na parte final deste capítulo estão
os estudos de casos com simulações realizadas, mas fique atento aos vídeos no meio
do caminho! ;*
Antes de mais nada você deve saber qual o tipo de financiamento imobiliário será
feito, conforme as possibilidades apresentadas no capítulo 1 deste guia. Para isso
você deverá compreender as necessidades do proponente, ou seja, saber o motivo
pelo qual ele quer esse empréstimo.
É muito comum que o próprio proponente não saiba qual o tipo de financiamento
vai atendê-lo. Pois infelizmente, ou felizmente, a falta de conhecimento dos processos
de financiamento imobiliário não se reserva apenas aos profissionais da Construção
Civil, mas a grande maioria da população.
Residencial unifamiliar
Residencial multifamiliar
Comercial
Industrial
Institucional
Após você definir a vocação do imóvel a ser financiado, você vai saber em qual tipo
de financiamento imobiliário o mesmo se encaixa, e então, partir para a simulação do
financiamento conforme a linha de crédito disponível na instituição financeira. Mas
antes de partir para a simulação, continue lendo e entenda tudo sobre Linhas de
Crédito.
Nessa linha de financiamento você pode comprar seu imóvel usado residencial ou
comercial e tem até 35 anos para pagar.
A carta de crédito SBPE utiliza recursos próprios dos Bancos para facilitar aos clientes
a aquisição de imóveis. Ou seja, nesse caso não é utilizado recursos do Governo
Federal, como por exemplo acontece no âmbito do Programa Minha Casa Minha
Vida.
Nesta opção, você pode possuir outros imóveis em seu nome, não há limite de renda
e o financiamento pode ser feito dentro ou fora do Sistema Financeiro de Habitação.
Nesta linha praticamente não há limites para o valor do imóvel, sendo assim, use esta
linha especialmente para aqueles imóveis que você não consegue encaixar em linhas
mais baratas, como por exemplo o MCMV.
Um grande diferencial do SBPE é que o proponente pode optar por uma carência de
até 6 (seis) meses para o pagamento da 1ª parcela e deve informar essa intenção na
proposta de financiamento. Durante o período da carência, o cliente pagará somente
os valores referentes aos juros, seguros e tarifa de administração do contrato, ou seja,
a parcela de capital não será cobrada nesse período.
Outra dica ao proponente é que ele pode escolher um mês do ano para não pagar
os valores correspondentes ao capital financiado e aos juros, ou seja, nesse mês
escolhido serão debitados os valores dos seguros (MIP e DFI) e da tarifa de
administração/manutenção do contrato, somente.
O primeiro “mês sem pagar” somente ocorrerá após a amortização da 12ª parcela de
capital, ou seja, se o cliente contratou uma operação em dezembro de 2018 e
escolheu o mês de janeiro para pular o pagamento, somente a partir de janeiro de
2020 ele passará a fazer jus ao benefício de não pagar os valores referentes a
amortização do capital e encargos.
Dentro do SFH você pode utilizar o SBPE para financiar até 80% de imóveis
residenciais com valor máximo de avaliação de R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais). Ou seja, você consegue uma liberação de até R$ 1.200.000,00
(um milhão e duzentos mil reais) para o proponente.
Além disso, quando você opta pelo SBPE dentro do SFH, você ainda pode incluir no
valor do financiamento as despesas de transação e registro cartorário (4% de ITBI e
1% de Registro).
Carteira Hipotecária – CH
Para imóveis residenciais, mistos ou comerciais, novos ou usados, com valor máximo
de R$ 10 milhões. O valor do financiamento deve ser de no mínimo R$ 20 mil.
Profissionais liberais
Servidores públicos da União, estados e municípios e de autarquias
Empresários e sócio dirigentes
Sistemas de Amortização
E neste caso, os sistemas mais utilizados no mundo são o Sistema de Prestações Iguais
(ou uniformes) e o Sistema de Amortização Constante (SAC). No primeiro sistema, as
parcelas de amortização são crescentes e os juros decrescentes; já no caso do SAC,
como o próprio nome já diz, as parcelas de amortização são iguais (ou constantes) e
os juros decrescentes.
Este é o sistema mais adotado no mundo. Acredito que represente pelo menos 80%
dos planos de liquidação de um empréstimo ou financiamento. O valor das
prestações é obtido através da seguinte fórmula, cuja validade é universal:
A aplicação desse cálculo define exatamente o valor a ser pago mensalmente, mas
dessa forma não podemos acompanhar as amortizações e o pagamento dos juros
dentro de cada período. Para isso, devemos consultar a tabela de financiamentos
junto à instituição financeira.
295 mil. Com isso, os 1% de juros resultaram em R$ 2.950 de taxa na segunda parcela
da quitação, que, afinal, será de R$ 7.950. E assim sucessivamente.
Taxa de Juros
Podemos citar como exemplo a CEF que é o maior nome bancário quando falamos
de Financiamento Imobiliário Residencial, praticando juros de cerca de 5% à 9% ao
ano.
Portanto, a taxa de juros sempre deverá ser verificada e negociada junto à instituição
financeira escolhida.
Poucos dias antes do lançamento desse livro, a Caixa Econômica Federal anunciou
uma nova linha de crédito para a casa própria, com juros entre 2,95% e 4,95% ao ano,
mais a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo). Poderá ser usado para financiar até 80% do valor de imóveis novos e usados,
com prazo de até 360 meses. O valor da prestação será corrigido mensalmente.
O cliente poderá escolher entre o modelo atual, que cobra juros entre 8,5% e 9,75%
ao ano mais TR, e o novo modelo, com juros entre 2,95% e 4,95% ao ano mais IPCA.
Outros bancos estudam uso do IPCA Procurados pelo UOL, os bancos Itaú, Santander
e Banco do Brasil informaram que ainda estão estudando a possibilidade de uso do
IPCA como índice de correção dos contratos.
Por enquanto, não há nada definido nesse sentido. O Bradesco disse que "deve operar
com esta nova linha atrelada ao IPCA e está avaliando as condições". O Banco do
Brasil aproveitou a ocasião para anunciar uma redução nas taxas praticadas nos
contratos com correção pela TR. A taxa mínima passou a ser de 7,99% mais TR para
contratos com prazo de até 5 anos.
As linhas do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, são produtos que
utilizam o dinheiro do FGTS para fomentar o mercado imobiliário brasileiro.
Sendo um dos maiores Fundos do Brasil, o FGTS é responsável por captar bilhões e
bilhões de reais todos os meses. E assim como na poupança, parte desse dinheiro
acaba sendo destinada para o financiamento de imóveis.
Sendo assim os recursos do FGTS é considerado como uma grande ferramenta para
as políticas públicas e fomento do setor imobiliário no Brasil. Prova disso são os
diversos programas sociais de moradia que são operados no país, como por
exemplo o Minha Casa Minha Vida.
Com o FGTS você pode financiar até 80% do valor de venda ou avaliação do imóvel
novo ou usado, o que for menor, e tem até 30 anos para pagar.
Através dessa linha de crédito o Governo Federal oferece desconto nas taxas de
financiamento e no valor financiado por meio de subsídios, conforme sua renda
familiar e localização do imóvel.
Nesta opção, você não pode possuir outros imóveis em seu nome, e há limite de
renda e o financiamento tem que ser feito dentro do Sistema Financeiro de Habitação.
Pró-cotista FGTS
Aquisição PF FGTS
Programa Minha Casa Minha Vida
Pró-cotista FGTS
O público alvo são Pessoas Físicas, titulares de conta vinculada do FGTS que contem
com no mínimo 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, somados os períodos
trabalhados, dividido por 365 dias, na mesma empresa ou empresas diferentes,
consecutivos ou não.
Sendo assim, um cliente que desejar contratar uma operação pelo prazo de 20 anos,
deverá ter, no máximo, 60 anos, 05 meses e 29 dias. O percentual máximo admitido
nesta linha é 80% do menor valor dentre os de avaliação e negociação do imóvel.
Além disso, na linha pró-cotista não é admitido financiamento de despesas. Os
sistemas de amortização permitidos para a linha Pró-cotista são Price e SAC. Eles
foram explicados logo acima, para ler novamente, basta clicar no qual quer rever
agora.
Assim como explicado acima, as taxas de juros podem variar conforme o Banco
escolhido, portanto recomendo que consulte a instituição. Mais à frente iremos fazer
as simulações e então você verá que podemos saber todas essas informações online.
Aquisição PF FGTS
A aquisição de imóvel por meio da linha Aquisição PF FGTS deve se destinar à moradia
de todos os proponentes da operação.
Esta linha conta com subsídio do Governo Federal, mais a frente você saberá mais na
seção de Subsídios.
As taxas de juros da linha Aquisição PF FGTS são estabelecidas pelo Governo Federal.
Atualmente são:
(ou cláusula contratual de mesmo teor), de que não é titular de imóvel nas
condições impeditivas; E cópia da última declaração do imposto de renda e
recibo de entrega à Receita Federal, ou declaração de isenção do imposto de
renda;
Proponentes com restrição no CADIN ou que possuam débitos não
regularizados junto à Receita Federal ou ao FGTS;
O(s) proponente(s) e o(s) vendedor(es) não podem constar da lista de
empregadores envolvidos com trabalho escravo;
O(s) vendedor(es) pessoa jurídica não pode(m) constar do cadastro nacional
de empresas inidôneas e suspensas (CEIS);
O limite de valores dos imóveis para esta linha está estabelecido por município,
conforme normativo vigente do Governo Federal. Mais à frente você verá o
infográfico que eu preparei para você, e para baixar o arquivo em alta resolução,
basta clicar na imagem.
Para esta linha de crédito o proponente pode utilizar os recursos próprios da conta
vinculada do FGTS, mais a frente você aprenderá sobre isso na seção Uso dos
Recursos Próprios do FGTS.
O Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV é regido pela Lei 11.977/2009,
observando os limites e as condições estabelecidas no Manual de Fomento Pessoa
Física (link download direto) e demais condições definidas na legislação correlata. É
um financiamento imobiliário destinado às pessoas físicas para a aquisição de imóvel
urbano novo, pronto ou na planta. Para imóveis usados o proponente deve suar a
linha Aquisição PF FGTS, explicada anteriormente.
!!! Entenda isso: O PMCMV não é sinônimo de imóvel de baixo padrão !!!
Existe um mito no mercado imobiliário onde dizem que os imóveis do MCMV não
podem ter um bom padrão de acabamento. Isso é mentira! Calúnia!
Sendo assim, se você projetar um imóvel que tenha um valor de mercado dentro dos
limites estabelecidos, ele pode ter acabamento de “alto padrão”. Como por exemplo,
porcelanato, forro de gesso, esquadrias de alumínio, entre outros.
Inclusive não existe uma lei ou normativo falando que não pode ter, por exemplo,
piscina no imóvel, mas daí eu te faço uma pergunta: Você que consegue projetar uma
casa que tenha piscina e apresenta valor de mercado que se encaixe dentro dos
limites estabelecidos? Muito dificilmente você vai conseguir fazer isso.
Então mais uma vez, tenha sempre em mente: Preocupe-se com o VALOR DE
MERCADO, e não com o padrão de acabamento. Quanto ao estudo de valor de
mercado do imóvel, vamos ver mais à frente, nos próximos capítulos, continue lendo.
;D
A linha de crédito PMCMV serve para proponentes pessoas físicas (exceto produtor
rural), com limite de crédito aprovado e com renda bruta familiar mensal de até R$
7.000,00.
A aquisição de imóvel por meio da linha PMCMV deve se destinar à moradia de todos
os proponentes da operação, ou seja, todo mundo que for assinar o contrato de
financiamento deverá morar no imóvel.
Faixas do PMCMV
Sendo assim, cada faixa tem condições especificas, como por exemplo taxa de juros,
valor do subsídio, e prazo para pagamento.
Mas além da renda, existem ainda as exigências mínimas para participar do programa,
são elas:
Nesse caso, 90% do valor do imóvel é custeado pelo programa. O restante é dividido
em 120 messes (10 anos), com parcela mínima de R$ 80,00 e máxima de R$ 270,00.
Dessa forma quem se enquadra nesta faixa deve se cadastrar nas prefeituras de cada
cidade e aguardar o sorteio das unidades dentro dos programas de habitação.
Nesse caso até 80% do imóvel pode ser financiado pelo programa, e são beneficiadas
as famílias que residem em áreas urbanas e que tem renda mensal bruta entre R$ 1,8
mil até R$ 7 mil. O teto do valor máximo do imóvel a ser financiado varia de acordo
com a região, podendo variar entre R$ 130 mil a R$ 240 mil.
Para adquirir um imóvel novo, as taxas de juros são de 5% a 9,16% ao ano, acrescido
de TR. Vale ressaltar que os prazos são de 18 até 360 meses (30 anos) para pagar.
Além disso, os subsídios podem variar de zero a R$ 47,5 mil, conforme a sua cidade
e renda. Veja mais a frente a seção de Subsídios para saber mais.
A prestação não pode ser maior que 30% da sua renda familiar mensal
Renda familiar bruta deve ser até R$ 7 mil por mês
O imóvel deve ser utilizado para sua moradia
Lembre-se, o dinheiro usado para o PMCMV é uma Linha de Crédito FGTS e não SBPE,
portanto, deve seguir as mesmas regras do CCFGTS – Conselho Curador do FGTS –
Instância composta por representantes da sociedade civil e do governo federal. Por
isso a fama de “burocracia” exagerada para utilização do PMCMV.
Os sistemas de amortização permitidos para a linha PMCMV são SAC e Price. Eles
foram explicados acima, para ler novamente, basta clicar no qual quer rever agora.
Para esta linha de crédito o proponente pode utilizar os recursos próprios da conta
vinculada do FGTS, para saber mais leia mais à frente a seção Uso dos Recursos
Próprios do FGTS.
O limite de valores dos imóveis para esta linha está estabelecido por município,
conforme regras do Governo Federal. Veja agora o infográfico que eu preparei para
você, e para baixar o arquivo em alta resolução, basta clicar na imagem a seguir:
Os imóveis podem ser novos ou usados, isso vai depender da linha de crédito
escolhida. Veja a seguir o que é considerado um imóvel novo:
Com até 180 dias de habite-se ou documento equivalente expedido por órgão
público municipal competente, independentemente de ter sido habitado,
alienado ou transacionado;
Com prazo acima de 180 dias de habite-se ou documento equivalente
expedido por órgão público municipal competente, desde que não tenha sido
habitado, alienado ou transacionado;
1. Excetuam-se do conceito de "habitado" do item anterior os casos em que
o proponente for o primeiro comprador do imóvel financiado e comprovar
que ocupou o imóvel durante a negociação de venda; a comprovação desta
condição se dá por meio da apresentação de compromisso de compra e
venda entre o proponente e o vendedor do imóvel registrado ou com
reconhecimento das firmas em cartório, firmado no prazo de até 180 dias
após a expedição do habite-se;
2. Excetuam-se do conceito de "transacionado" os imóveis recebidos pelo
vendedor do terreno do empreendimento, mediante dação em
pagamento;
3. Excetuam-se também desse conceito as transações/alienações em
unidades habitacionais não constituídas (apenas terrenos).
Com até 180 dias de habite-se ou documento equivalente expedido por órgão
público municipal competente e habitado, alienado ou transacionado em que
fique evidente que o habite-se foi emitido apenas para regularização de obra
antiga;
Com prazo acima de 180 dias de habite-se ou documento equivalente
expedido por órgão público municipal competente e habitado, alienado ou
transacionado;
1. Incluem-se do conceito de "transacionada" as transações/alienações em
unidades habitacionais constituídas (imóveis na planta), mesmo que
ocorridas antes da conclusão da obra ou do habite-se.
Imóveis cuja documentação é residencial, mas cujo laudo de vistoria do Fiscal atestar
a existência de atividade comercial, estes deverão ser enquadrados como comerciais.
Para fins de utilização do FGTS da conta vinculada do(s) proponente(s), devem ser
observadas as normas quanto às condições do imóvel e a documentação
comprobatória de sua destinação.
Caso existam ônus descritos anteriormente (exceto débitos fiscais vencidos - situação
impeditiva), pendentes apenas do efetivo registro de baixa no CRI, deve ser
encaminhada cópia do termo de baixa do ônus (termo de baixa de hipoteca ou termo
de baixa de alienação fiduciária), assinado por representante do credor anterior.
Fossa séptica ou qualquer outro tipo de filtro de esgotamento sanitário pode ser
considerado como solução de esgotamento sanitário se regulamentados pela
legislação municipal local.
Nas linhas Aquisição FGTS e PMCMV o valor de compra e venda do imóvel deve estar
enquadrado nos limites estipulados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional,
disponíveis para consulta no infográfico que preparei.
Mas tenha calma, pois a exigência de construtora vale apenas para imóveis prontos.
No caso de financiamento da construção, o processo é feito totalmente em nome do
proponente, e o contrato de financiamento prevê construção por administração
direta, ou seja, não precisa de construtora.
Sendo assim, se você pretender construir o imóvel com recursos próprio e depois
realizar a venda do mesmo, você vai precisar de uma construtora. Mas caso você
trabalhe apenas com a elaboração de projetos e acompanhamento da obra para o
proponente, você não precisa de construtora.
Para cada território existe um limite de valor do imóvel, que pode variar em relação
ao número de habitantes de cada cidade. E essa mesma diferença territorial se
aplica na questão dos subsídios.
Para fazer o enquadramento da sua cidade, saiba que a população é definida com
base nas informações fornecidas pelo senso do IBGE. Confira você mesmo.
Confira nas tabelas a seguir os limites de subsídio de crédito individual para rendas
de R$ 1.800,00 a R$ 4.000,00, e também para as Faixas 1 a 1,5:
Note que a renda máxima para conseguir ganhar subsídio é de R$ 4.000,00, sendo
que para rendas até R$ 7.000,00 o proponente terá apenas os outros benefícios do
PMCMV, como os juros menores, por exemplo.
Fator Social
Nas linhas Aquisição PF FGTS e PMCMV caso o proponente possua dependentes com
renda auferida, estes deverão ser proponentes da operação, compondo renda na
capacidade de pagamento.
Se casado, desde que o cônjuge não aufira rendimentos, por meio de certidão
de casamento e documentos pessoais do cônjuge. A renda auferida deve ser
proponente da operação, compondo renda na capacidade de pagamento;
Se união estável reconhecida em cartório, por meio de escritura de união
estável e documentos pessoais do(a) companheiro(a) e declaração firmada por
ambos declarando a manutenção da união estável. Companheiro(a) com renda
auferida deve ser proponente da operação, compondo renda na capacidade
de pagamento;
Se filho menor de 18 anos, por meio de certidão de nascimento;
Se guarda judicial, pela apresentação da decisão judicial de concessão de
guarda;
Se residência compartilhada com parente até 3º grau: por declaração de
parentesco assinada por ambos, comprovante de residência do parente e
documentos pessoais;
Para o cônjuge e filhos, a prova da relação é feita por meio de certidão de casamento
e de nascimento, respectivamente.
Para todos os demais casos é necessária a prova de coabitação, que deverá ser
verificada mediante a apresentação de comprovante/declaração de coabitação - fator
social em comum. Para a comprovação dos dependentes, deverão ser apresentados
documentos que comprovem a relação de dependência. Se ao menos um dos
vínculos constantes do MCI do cliente/proponente coincidir com os informados na
documentação comprobatória, a dependência que justifica o fator social fica
comprovada.
1. Na aquisição do imóvel
Quando da aquisição do imóvel residencial, o proponente pode utilizar os
recursos como entrada (recursos próprios) do financiamento do imóvel;
Os Bancos não oferecem o serviço de saque avulso do FGTS, ou seja, saque
do FGTS para aquisição de imóvel à vista, sem financiamento vinculado;
O trabalhador deve possuir ao menos 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS.
Esse período não precisa ser consecutivo e nem na mesma empresa.
Parabéns, você finalmente chegou na parte prática deste guia. Agora você já sabe
tudo sobre os tipos de financiamento existentes, quais as vocações de imóveis, linhas
de crédito e suas relações com a localização do imóvel, renda familiar bruta, sistemas
de amortização, taxas de juros, tipos de enquadramentos, condições gerais e
específicas, subsídios, fator social e até mesmo o uso do FGTS pessoal do proponente.
Para efeitos de estudos, vamos utilizar como instituição financeira o banco Caixa
Econômica Federal, pois este é um dos mais utilizados no mercado de financiamento
imobiliário brasileiro.
É importante ressaltar que os valores apresentados são simulados e por isto, poderão
sofrer alterações sem prévio aviso, conforme instituição escolhida. Fatores como
encargos básicos da operação e prêmios de seguros podem variar conforme a data
de vencimento ou data-base da operação utilizada em cada simulação.
Destaco ainda que para efeitos de estudos, vamos simular apenas imóveis
residenciais, mas a simulação pode ser realizada da mesma maneira para os imóveis
comerciais. O que difere é que, mais à frente, no capítulo Documentos, Projetos e
Planilhas vou demonstrar as diferenças e particularidades para a documentação
necessária, conforme o tipo de imóvel.
Para cada simulação vamos fazer um estudo de caso hipotético da relação Cliente
X Profissional, ou seja, vamos realmente fazer a simulação como se você estivesse
atendendo o seu cliente. Tenha isso em mente enquanto estiver lendo.
Entenda também que nestas simulações não entramos nos detalhes de estudo e
planejamento do projeto, pois isso será estudado mais a frente, no que tange a
viabilidade dos projetos. O passo agora é entender como funciona a simulação e
analisar os seus resultados.
Para começarmos, peço que abra a página do Simulador Caixa (clique), e continue
lendo este guia na sequência, observando as orientações que seguem.
Vamos imaginar que você tem uma construtora (empresa com registro no
CREA/CAU), pois você quer estar preparado para atender os itens estudados na seção
Condições Específicas do PMCMV, inclusive aquele que diz que o imóvel só pode
ser aceito como garantia se ele for produzido/construído por uma construtora.
Vamos considerar também que você já tenha alguns terrenos em estoque, onde você
pode oferecer ao seu cliente a localização que ele preferir.
Sendo assim você recebe o seu cliente em seu escritório para venda de um imóvel
novo, na planta. De forma que o pagamento do seu cliente vai ser através de
financiamento imobiliário, pago somente após conclusão da obra.
Ou seja, você vai construir a obra em algum terreno seu, com recursos próprios, e
depois vai vender ao seu cliente através da modalidade de Aquisição de Imóvel Novo.
Suponhamos que o nosso cliente tenha uma renda mensal bruta de R$ 2.200,00, e
gostaria de adquirir um imóvel com as facilidades do Programa MCMV. Sendo assim,
para a minha cidade sabemos que o valor máximo para enquadrar o imóvel no
PMCMV é de R$ 130 mil. Portanto, vamos fazer a simulação já no valor máximo para
saber quais condições conseguimos aprovar para este cliente. Lembre-se de conferir
no infográfico o teto do valor máximo do PMCMV para a sua cidade.
Lembre-se que umas das condições para enquadrar no PMCMV é que o proponente
não tenha imóvel em seu nome. Já no caso de utilização de linhas de crédito SBPE, o
proponente pode ter outros imóveis no nome, portanto fique sempre atento a isso.
Antes de fazer a simulação saiba qual linha de crédito poderá ser utilizada.
Clique em próxima etapa e vá para a página onde você irá preencher os dados do
proponente.
Nessa página você irá precisar do CPF do proponente, mas para efeitos de simulação
você pode colocar o seu próprio CPF, pois isso não influencia em nada nos resultados
da simulação. O número de telefone pode ser o seu também.
Você não precisa marcar a opção para receber comunicações da Caixa via SMS.
Neste caso, vamos considerar que o nosso cliente possui 3 anos de regime de
trabalho do FGTS, somando todos os períodos trabalhados.
2
Quando for simular para um casal ou mais de um proponente, deverá ser utilizado a data de aniversário do
proponente mais velho.
Ele nunca foi beneficiado, nem o imóvel que vamos ver foi beneficiado com subsídio
concedido pelo FGTS/União, portanto vamos deixar em branco.
O nosso cliente é solteiro, porém ele tem um filho. Logo, vamos marcar a opção de
dependentes. Clique em próxima etapa.
Clique na linha de crédito disponível, que neste caso é apenas o PMCMV. Pronto,
você chegara a etapa final da simulação. Mas ainda não acabamos, é preciso fazer
alguns ajustes, e aqui está um dos truques de mestre. ;)
Observe que a simulação não “libera” os 80% do financiamento, que deveria ser R$
104 mil, mas apenas R$ 91.110,94. E ainda o valor da entrada está em R$ 32.327,06.
Para corrigir isso, siga os próximos passos.
Ainda nesta última parte da simulação, clique em qualquer uma das opções “Alterar”,
e será aberto uma página para você fazer as alterações necessárias.
O valor de entrada coloque apenas R$ 100,00 para que o sistema da Caixa faça os
cálculos considerando o menor valor possível. E para o sistema de amortização,
escolha a opção da Tabela Price (Parcelas Fixas), neste caso é o TR TP. Clique em
calcular.
Veja que agora temos um resultado completamente diferente daquele que o sistema
deu automaticamente. Sendo que o valor máximo de 80% foi atingido (R$ 104 mil),
o valor da entrada caiu para R$19.438,00 e o valor do subsídio se manteve o mesmo.
Lembre-se que a opção de escolha da forma de amortização deve ser dada ao cliente.
Para isso você deve explicar como funciona cada tabela e demonstrar os resultados
da simulação para que o cliente possa decidir. Faça sempre isso, independentemente
dos resultados.
Ainda na última página do simulador ele demonstra o juros, nominais e efetivos, que
você pode comparar com o que foi estudado na seção de Juros deste guia.
No caso do Simulador Caixa, ele ainda indica vários planos de seguros, dos quais pelo
menos um deverá ser contratado durante o processo de financiamento. Mas não se
preocupe com isso, pois o valor é praticamente irrisório, o qual gira em torno de R$
200,00, dependendo do valor do imóvel. Veja os resultados:
Por fim, a simulação está pronta. Porém ainda não terminamos o nosso estudo de
caso. Sabe por que? O Cliente acabou de me informar que tem cerca de R$ 10 mil
reais acumulados no seu FGTS. E aí, onde entra esse dinheiro?
Antes de continuar com isso, vamos fazer um resumo dos valores do nosso estudo
de caso:
Aqui vale destacar que o “valor de entrada” é o total que o proponente precisa ter
em recursos próprios, mas isso não significa que ele precise passar isso para alguém,
nem mesmo para o Banco. Continue lendo que você vai entender mais à frente.
Se você leu a seção Uso dos Recursos Próprios do FGTS, você sabe que os R$ 10
mil reais que o cliente tem guardados no FGTS podem ser sacados para dar na
entrada da compra de um imóvel novo pelas Linhas de Crédito do FGTS. Mas lembre-
se, esse dinheiro só é sacado no ato da assinatura do contrato de financiamento, ou
seja, o cliente não pode contar com ele para dar de entrada para a construtora.
Vamos fazer as contas para saber quanto o nosso cliente tem disponível para gastar,
porém agora considerando os R$ 10 mil reais de FGTS que ele tem guardado:
Somando tudo temos o valor total disponível para o nosso cliente: R$ 120.562,00.
Daí você me pergunta: Mas quem vai pagar os outros R$ 5 mil pra Caixa? O valor do
imóvel simulado não é R$ 130 mil? Como vai ficar o “valor de entrada”?
Eu respondo: Ninguém vai pagar essa diferença pra Caixa. O “valor de entrada” que
aparece na simulação não precisa ser pago a ninguém, nem mesmo ao Banco. Pois
ele nada mais é do que o valor total que o Banco não vai financiar.
Mas o cliente não precisa ter esse dinheiro? Não, pois para o Banco, o proponente já
pagou esse dinheiro ao vendedor, por exemplo.
1) Vamos vender um imóvel novo por R$ 125 mil, pois demos um desconto de
R$ 5 mil. O valor de mercado do imóvel é R$ 130 mil;
2) O Cliente vai dar R$ 4.438,00 de entrada, para começarmos a obra;
3) A obra será executada por recursos próprios da construtora;
4) Após finalizar a obra e regularizar o imóvel, entramos com o processo de
financiamento de Aquisição de Imóvel Novo;
5) O processo é aprovado conforme planejado e simulado anteriormente;
Na hipótese de você não dar desconto para o cliente, o mesmo deverá pagar o saldo
devedor com recursos próprios. E isso pode ser combinado entre vocês, sem relação
nenhuma com o Banco. Podendo ser por exemplo os R$ 9.438,00 de entrada, para
poder começar a obra, ou de qualquer outra forma que achar conveniente.
Neste exemplo eu citei essas possibilidades para que você entenda o que pode
acontecer durante a negociação, inclusive o desconto. Fiz isso para você entender
que a negociação pode acontecer de maneira diferente para todos os clientes.
Portanto cada caso é diferente. Fique atento.
Vamos imaginar que você tem um imóvel usado, conforme definido na seção
Condições Gerais e Específicas dos Imóveis, e você gostaria de vende-lo.
A primeira observação é quanto a linha de crédito, lembre-se que o imóvel usado não
pode ser vendido pelo PMCMV quando falamos de linhas de crédito FGTS. Nesse
caso deverá ser utilizado a linha de crédito Aquisição PF FGTS.
A grande diferença aqui em relação ao imóvel novo é que nesse caso não tem
Subsídio. Além disso a utilização da tabela Price fica condicionada a liberar apenas
40% do valor total do imóvel, e na tabela SAC é liberado a cota máxima de 80%.
Sendo assim, no caso de imóvel usado, para liberar a maior cota de financiamento
deverá ser utilizada tabela SAC. Note também que as condições em relação ao valor
da renda familiar mudam, para pior, no caso de imóvel usado.
Você verá que a cota máxima de financiamento usando a tabela Price será de 40%.
Além disso, verá que mesmo utilizando a tabela Sac, a renda de R$ 2.200,00 não
atinge a cota máxima de 80%.
Como teste, sugiro que refaça mais uma vez a simulação, porém utilizando uma renda
de R$ 2.600,00. Você verá que automaticamente o sistema vai aprovar o valor máximo
da cota de 80% para a tabela Sac.
Porém, por ser tabela Sac, as parcelas serão decrescentes, sendo que as primeiras
parcelas são um pouco mais elevadas do que quando comparadas à tabela Price, que
é fixa.
Faça esses exercícios, simule diferentes situações, depois siga para a próxima
simulação. Qualquer dúvida, pergunte lá no grupo do Telegram.
Nesse caso você não precisa ter uma construtora, mesmo que você escolha a linha
de crédito do PMCMV, pois dessa forma a única coisa que será vendida é o terreno,
pois a casa/edificação ainda será construída através do financiamento imobiliário.
Mas por que os bancos deixam um leigo ser responsável pela própria obra?
pelo responsável técnico contratado. E isso é valido mesmo para quem tem dinheiro
para construir com recursos próprios, quanto para quem precisa financiar a
construção.
Vamos imaginar que você ainda não tenha terrenos, mas conheça muito bem o
mercado imobiliário da sua cidade, e sabe exatamente onde estão os melhores
terrenos à venda da sua região.
Você recebe um cliente em seu escritório que está querendo construir uma casa, mas
ele ainda não tem o terreno. Além disso, o dinheiro que ele tem talvez não seja
suficiente nem para comprar o terreno que ele gostaria.
Então você propõem ao seu cliente que ele faça um financiamento imobiliário de
“aquisição de terreno + construção”. Onde você irá apenas fornecer os projetos,
documentações, assessoria para conseguir o financiamento e o acompanhamento da
obra. A contratação da mão de obra e aquisição dos materiais será por conta do
cliente.
Ou seja, ele poderá escolher algum terreno que goste, no local que preferir, e que se
encaixe na sua realidade. E além disso você irá elaborar um projeto sob medida para
atender todas as necessidades dele. E por fim, você prestará serviços de
acompanhamento da construção da obra, até o término do processo de
financiamento.
Para efeitos de comparação dos resultados, vamos utilizar os mesmos dados que
utilizamos anteriormente na simulação de aquisição de imóvel novo. Portanto,
vamos agora dar início ao nosso novo estudo de caso.
Suponhamos que o cliente tenha uma renda mensal bruta de R$ 2.200,00, e gostaria
de adquirir um imóvel com as facilidades do Programa MCMV. Sendo assim, para a
minha cidade sabemos que o valor máximo para enquadrar o imóvel no PMCMV é
de R$ 130 mil. Portanto, vamos fazer a simulação já no valor máximo para saber quais
condições conseguimos aprovar para este cliente. Lembre-se de conferir no
infográfico o teto do valor máximo do PMCMV para a sua cidade.
Lembre-se que neste momento ainda não importa qual o valor do terreno ou o custo
da construção, pois tudo isso será estudado no capítulo 3 Documentos, Projetos e
Planilhas. O foco aqui agora é saber qual o valor máximo será liberado para o nosso
cliente, baseado nas informações que temos até o momento.
Sendo assim, essa simulação será muito parecida com a estudada para aquisição de
imóvel novo, com diferença apenas no que tange à categoria escolhida.
Com o Simulador Caixa aberto (clique) vamos ao preenchimento dos dados iniciais:
A única coisa que muda aqui em relação à simulação de imóvel novo é a categoria
do imóvel, que nesse caso a opção a ser escolhida é construção. Veja que não existe
uma opção de “aquisição de terreno + construção”, pois seja para comprar um
terreno e construir, ou construir em terreno próprio, as condições de financiamento
são as mesmas.
Clique em próxima etapa e vá para a página onde você irá preencher os dados do
proponente.
Conforme explicado nas simulações anteriores, você não precisa informar o CPF
correto do proponente, podendo este ser o seu, para efeitos de simulação, pois isso
não influencia em nada nos resultados. O número de telefone pode ser o seu também.
Lembre-se que conforme vimos nas seções de linhas de crédito e nas simulações
anteriores, a idade do proponente é um fator utilizado para os cálculos, o que pode
alterar todo o resultado da simulação, portanto tenha sempre os dados corretos em
mãos. Nesse caso, recomendo que faça a simulação sempre com a data de
aniversário3 real do proponente.
Você não precisa marcar a opção para receber comunicações da Caixa via SMS.
3
Quando for simular para um casal ou mais de um proponente, deverá ser utilizado a data de aniversário do
proponente mais velho.
Como foi explicado no início desta simulação, quando escolher a opção de categoria
“construção” no simulador Caixa, ela poderá ser usada tanto para simular a
construção em terreno próprio, quanto para compra de terreno + construção.
E é nesta etapa que vamos escolher a nossa opção, que neste caso é “PMCMV -
OPÇÃO PARA VOCÊ QUE QUER COMPRAR O TERRENO E CONSTRUIR”. Uma dica:
cuidado ao fazer várias simulações e chegar nesta etapa, pois as vezes o sistema da
Caixa altera a ordem das opções que aparecem para ser escolhidas.
Já aconteceu casos em que eu errei na escolha da opção correta, por eu estar muito
acostumado e confiante na realização das simulações. Fique atento, leia com calma,
sempre.
Bom, após escolher e clicar na opção correta para a simulação que está sendo
realizada, você chegará ao final da simulação. Mas igualmente ao caso da simulação
de aquisição de imóvel novo, ainda não acabamos, pois precisamos fazer aqueles
truques de mestre explicados nas simulações anteriores. ;)
O valor de entrada coloque apenas R$ 100,00 para que o sistema da Caixa faça os
cálculos considerando o menor valor possível. E para o sistema de amortização,
escolha a opção da Tabela Price (Parcelas Fixas), neste caso é o TR TP. Clique em
calcular.
Veja que agora temos um resultado completamente diferente daquele que o sistema
deu automaticamente. Sendo que o valor máximo de 80% foi atingido (R$ 104 mil),
o valor da entrada caiu para R$19.438,00 e o valor do subsídio se manteve o mesmo.
Lembre-se que a opção de escolha da forma de amortização deve ser dada ao cliente.
Para isso você deve explicar como funciona cada tabela e demonstrar os resultados
da simulação para que o cliente possa decidir. Faça sempre isso, independentemente
dos resultados.
Ainda na última página do simulador ele demonstra o juros, nominais e efetivos, que
você pode comparar com o que foi estudado na seção de Juros deste guia.
No caso do Simulador Caixa, ele ainda indica vários planos de seguros, dos quais pelo
menos um deverá ser contratado durante o processo de financiamento. Mas não se
preocupe com isso, pois o valor é praticamente irrisório, o qual gira em torno de R$
200,00, dependendo do valor do imóvel. Veja os resultados:
Antes de continuar com isso, vamos fazer um resumo dos valores do nosso estudo
de caso:
Aqui vale lembrar que o “valor de entrada” é o total que o proponente precisa ter em
recursos próprios, mas isso não significa que ele precise passar isso para alguém, nem
mesmo para o Banco. Continue lendo que você vai entender mais à frente.
Se você leu a seção Uso dos Recursos Próprios do FGTS, você sabe que os R$ 10
mil reais que o cliente tem guardados no FGTS podem ser sacados para dar na
entrada da compra de um imóvel novo pelas Linhas de Crédito do FGTS. Mas lembre-
se, esse dinheiro só é sacado no ato da assinatura do contrato de financiamento, ou
seja, o cliente não pode contar com ele para dar de entrada para a construtora.
Vamos fazer as contas para saber quanto o nosso cliente tem disponível para gastar,
porém agora considerando os R$ 10 mil reais de FGTS que ele tem guardado:
Somando tudo temos o valor total disponível para o nosso cliente: R$ 120.562,00.
Mas e os R$ 9.438,00 que faltam para completar R$ 130 mil? Este valor serão os
nossos honorários, e deverão ser pagos por recursos próprios do cliente. Sendo que
vamos cobrar R$ 2,5 mil reais de entrada para elaborarmos os projetos e dar entrada
no processo de financiamento. R$ 2,5 mil reais que serão pagos quando o cliente
assinar o contrato de financiamento junto ao Banco. E o acompanhamento técnico
da obra será pago R$ 1,5 mil por mês, enquanto durar a obra.
Novamente eu afirmo: Ninguém precisa dar dinheiro para a Caixa ou qualquer outro
Banco. O “valor de entrada” que aparece na simulação não precisa ser pago a
ninguém, nem mesmo ao Banco. Pois ele nada mais é do que o valor total que o
Banco não vai financiar.
Mas o cliente não precisa ter esse dinheiro? Não, pois para o Banco, o proponente já
pagou esse dinheiro ao vendedor do terreno ou para o responsável técnico da obra,
por exemplo.
Vou explicar agora como vai funcionar a liberação do dinheiro pelo Banco, para que
então você consiga explicar os resultados da simulação ao seu cliente.
É MUITO IMPORTANTE saber que as liberações das medições da obra só serão feitas
após a conclusão das etapas propostas conforme o cronograma apresentado. Calma,
vamos ver isso mais a frente no capítulo 3 Documentos, Projetos e Planilhas.
Por enquanto você só precisa entender que o Banco não libera dinheiro para
construir: Primeiro você constrói, depois ele libera o dinheiro. E o cliente precisa
entender isso.
Tendo isso em mente, e sabendo que a realidade financeira do nosso cliente permite
fazer um processo de aquisição + construção para um imóvel de até R$ 130 mil,
vamos explicar ao cliente que, agora, que precisamos encontrar um terreno e elaborar
um projeto que resulte em um imóvel de até R$ 130 mil.
Antes de continuar, destaco aqui mais uma vez: Valor de terreno + custo de
construção da obra NÃO É IGUAL AO VALOR DE MERCADO DO IMÓVEL. Para saber
como a Caixa define o valor de mercado de um imóvel, leia este artigo do meu site
(clique):
“Laudo de Avaliação para financiamento imobiliário –
Como a Caixa define o valor do imóvel?”
Os estudos para definir o valor de mercado de um imóvel são complexos, mas vamos
partir da premissa que você já sabe fazer esse estudo, então, vamos continuar este
estudo de caso usando os dados da minha região (Vilhena/RO).
Aqui na minha cidade sabemos para um imóvel ser avaliado em até R$ 130 mil, que
é o teto local do PMCMV, este imóvel deverá ter no máximo 70 m2 de área construída,
com um padrão de acabamento normal, e um terreno de aproximadamente 250 m2.
Lembre-se: essa realidade muda de cidade para cidade, por isso é importante que
você aprenda as técnicas de avaliação de imóvel, assim como um Fiscal do Banco
sabe.
Tendo essas premissas locais como verdadeiras, informo ao nosso cliente que
precisamos encontrar um terreno de 250 m2 e preparar um projeto com no máximo
70 m2 de área construída com padrão de construção normal. Sendo que o terreno
vai custar algo em torno de R$ 40 mil reais e a obra R$ 90 mil.
Mas daí o cliente pergunta: Mestre, posso optar por um padrão de acabamento
melhor, como por exemplo usar porcelanato, forro de gesso, esquadrias de alumínio?
Mas é claro! Basta reduzirmos o tamanho do imóvel, ao invés de fazer ele com 70 m2,
vamos fazer com 65 m2, e ele continuará valendo os mesmos R$ 130 mil. ;P
Lembre-se o que limita a aceitação de imóveis pelo Programa Minha Casa Minha Vida
não é o padrão de acabamento, mas sim o valor de mercado do imóvel. Ou seja, se
você realmente dominar as técnicas de avaliação de imóvel, as possibilidades dos
seus projetos serão infinitas, podendo atender as necessidades de qualquer cliente.
Para o terreno
O terreno será pago ou quitado pelo Banco, à vista, assim que o contrato de
financiamento for assinado e devidamente registrado na matricula do imóvel do
Cartório de Registro de Imóveis. Mais a frente você verá um fluxograma explicando
exatamente o funcionamento desse processo.
mil poderão ser pagos totalmente através do financiamento. Isso é uma negociação
direta entre o nosso cliente e o vendedor do terreno 4.
Para a construção
Digamos que para o nosso estudo de caso o terreno foi 100% pago pelo
financiamento. E sabendo que a nossa simulação nos deu um cenário onde o nosso
cliente terá R$ 120.562,00 somando o valor do financiamento, mais o subsídio e mais
o FGTS guardado, exceto os recursos próprios que ele tem guardado, temos então:
Valor total liberado R$ 120.562,00 menos R$ 40.000,00 para comprar o terreno, sobra
para o nosso cliente a quantia de R$ 80.562,00 para ele construir a obra. Este valor
remanescente será liberado por etapas, conforme a obra for sendo construída, sendo
que o percentual de cada etapa nós vamos definir na elaboração da PFUI
Proponente Caixa (Proposta de Financiamento de Unidade Isolada). Calma, vamos
ver isso mais a frente no capítulo 3 Documentos, Projetos e Planilhas.
Mas Mestre, ainda falta R$ 9.438,00 para totalizar os R$ 130 mil. Sim, este é o valor
que a Caixa não vai liberar para o nosso cliente, simples assim. Inclusive serão
basicamente os nossos honorários, que serão pagos com recursos próprios do nosso
cliente, conforme combinado e explicado anteriormente.
Mas e se eu quiser cobrar menos, ou mais, de maneira que o valor total fique diferente
de R$ 130 mil? Não faz diferença alguma, a grande questão aqui é entender que a
Caixa vai liberar 80% do valor de mercado do imóvel, mais o subsídio do governo
(PMCMV), mais o FGTS que o cliente tem guardado. O restante pra Caixa não faz
diferença como será conseguido, inclusive se ele quiser pagar R$ 15 mil para fazermos
os projetos e acompanhamento da obra, a Caixa ou qualquer outro Banco não quer
e nem precisa saber disso.
Agora que nós já temos o resultado e o cenário dessa simulação, faça as comparações
de viabilidade com a simulação de aquisição de imóvel novo, e tente entender qual a
melhor forma de trabalhar para a sua realidade. Use esse conhecimento ao seu favor.
Neste exemplo eu citei essas possibilidades para que você entenda o que pode
acontecer durante a negociação, inclusive o planejamento do projeto já na fase de
simulação. Fiz isso para você entender que a negociação pode acontecer de maneira
diferente para todos os clientes. Portanto cada caso é diferente. Fique atento.
4
É importante destacar que nos processos de Aquisição de Terreno + Construção, o vendedor do terreno irá
assinar o contrato de financiamento junto com o proponente, na qualificação de “vendedor”.
Portanto não irei repetir aqui todos os passos da simulação, pois ela deverá ser feita
da mesma forma explicada na simulação anterior. Sendo assim, vamos iniciar pela tela
do Simulador Caixa onde temos que escolher a opção de construção em terreno
próprio.
E é nesta etapa que vamos escolher a nossa opção, que neste caso é “PMCMV -
OPÇÃO PARA VOCÊ QUE JÁ TEM O TERRENO E QUER CONSTRUIR”. Repito
novamente a dica: cuidado ao fazer várias simulações e chegar nesta etapa, pois as
vezes o sistema da Caixa altera a ordem das opções que aparecem para ser
escolhidas.
Já aconteceu casos em que eu errei na escolha da opção correta, por eu estar muito
acostumado e confiante na realização das simulações. Fique atento, leia com calma,
sempre.
Bom, após escolher e clicar na opção correta para a simulação que está sendo
realizada, você chegará ao final da simulação. Mas igualmente ao caso da simulação
de aquisição de terreno + construção, ainda não acabamos, pois precisamos fazer
aqueles truques de mestre explicados nas simulações anteriores. ;)
Observe que para essa simulação os resultados inicias são diferentes da simulação de
de aquisição de terreno + construção, pois mesmo que sejam utilizados os mesmos
dados de renda, idade, linha de crédito, e etc, aqui temos uma particularidade
importante. Note que o valor liberado pelo financiamento é o mesmo (R$ 91.110,94),
mas o que muda aqui é o valor do subsídio. Perceba que na simulação anterior o
subsídio é maior, sendo R$ 6.562,00 para aquisição de terreno + construção e apenas
R$ 5.250,00 para construção em terreno próprio.
Mas por que isso acontece? Simples, se você leu a seção Subsídios do Governo
Federal você entendeu que o subsídio nada mais é do que uma ajuda que o Governo
dá para quem quer adquirir a casa própria, através das linhas de crédito do FGTS, a
qual inclui o PMCMV.
Sendo assim, no momento que você informa ao Banco que precisa de dinheiro para
construir uma casa, mas você já tem o terreno, tanto o Banco quanto o Governo
Federal entendem que você não é tão “baixa renda” assim, pois já tem até o terreno
comprado. Por isso o subsídio é menor para construção em terreno próprio.
Para fazermos nossos ajustes vamos fazer o mesmo procedimento explicado nas
simulações anteriores.
Para isso clique em qualquer uma das opções “Alterar”, e será aberto uma página
para você fazer as alterações necessárias.
Nesta etapa é muito importante você entender e lembrar que a Caixa só libera 80%
do que está sendo financiado, que neste caso será a nossa construção de R$ 90 mil.
Sendo assim, o nosso valor de entrada na simulação deverá ser:
Mas então quer dizer que para um imóvel que vale R$ 130 mil, no caso de construção
em terreno próprio será liberado menos dinheiro do que na aquisição de terreno +
construção? Sim, sempre!
Vamos frisar novamente que a liberação máxima de recursos é de 80% daquilo que
está sendo financiado, sendo assim, neste caso, o máximo que vamos conseguir é R$
72 mil, pois a nossa obra custará R$ 90 mil.
Mas então por que precisamos fazer uma simulação de um imóvel de R$ 130 mil, se
vai ser liberado apenas 80% de parte desse valor? Simplesmente por que o valor de
mercado do imóvel depois de pronto, será utilizado para saber se você se encaixa ou
não no Programa Minha Casa Minha Vida, ou em qualquer outra linha de crédito.
A partir deste momento, você precisa fixar na sua cabeça e entender que o em um
processo de financiamento imobiliário, o próprio imóvel é a garantia de pagamento.
E isso é feito através da alienação fiduciária do imóvel, para entender o que é isso,
leia o seguinte artigo do meu site:
Porém, não tem como o Banco alienar apenas o “valor da construção” na matricula
do imóvel. A alienação é feita no imóvel como um todo, por isso a determinação de
valor de mercado do imóvel é feita considerando o terreno (que já é do proponente),
mais o valor da obra que será construída. A conta não é tão simples assim, mas é uma
premissa inicial das técnicas de avaliação de imóvel que o Fiscal do Banco usa para
trabalhar.
Ainda na última página do simulador ele demonstra o juros, nominais e efetivos, que
você pode comparar com o que foi estudado na seção de Juros deste guia.
E em relação aos seguros, assim como nas outras simulações, ele ainda indica vários
planos, dos quais pelo menos um deverá ser contratado durante o processo de
financiamento. Mas não se preocupe com isso, pois o valor é praticamente irrisório,
o qual gira em torno de R$ 200,00, dependendo do valor do imóvel. Basta escolher o
qual for mais conveniente. Veja os resultados:
Antes de continuar com isso, vamos fazer um resumo dos valores do nosso estudo
de caso:
Aqui vale lembrar que o “valor de entrada” é o total que o proponente precisa ter em
recursos próprios, e nesse caso inclui o valor do terreno que já é dele.
Sendo assim vamos fazer as contas para saber quanto o nosso cliente tem disponível
para gastar, porém agora considerando os R$ 10 mil reais de FGTS que ele tem
guardado:
Somando tudo temos o valor total disponível para o nosso cliente: R$ 87.250,00.
Vou explicar agora como vai funcionar a liberação do dinheiro pelo Banco, para que
então você consiga explicar os resultados da simulação ao seu cliente.
Diferentemente da simulação anterior, neste caso o Banco não vai liberar dinheiro
para a compra do terreno, pois esta já é do proponente, então será emprestado
dinheiro apenas para construção da obra (por medição).
Tendo isso em mente, e sabendo que a realidade financeira do nosso cliente permite
fazer um processo de construção em terreno próprio, que resulte em um imóvel de
até R$ 130 mil, vamos explicar ao cliente que, agora, que precisamos elaborar um
projeto que ao ser construído no terreno dele, resulte em um imóvel de até R$ 130
mil.
Antes de continuar, destaco aqui mais uma vez: Valor de terreno + custo de
construção da obra NÃO É IGUAL AO VALOR DE MERCADO DO IMÓVEL. Para saber
como a Caixa define o valor de mercado de um imóvel, leia este artigo do meu site
(clique):
“Laudo de Avaliação para financiamento imobiliário –
Como a Caixa define o valor do imóvel?”
Os estudos para definir o valor de mercado de um imóvel são complexos, mas vamos
partir da premissa que você já sabe fazer esse estudo, então, vamos continuar este
estudo de caso usando os dados da minha região (Vilhena/RO).
Digamos que o cliente informe para você que o terreno dele vale R$ 40 mil, mas na
hora de fazermos os estudos, verificamos que o imóvel vale pelo menos R$ 60 mil.
Isso mudo completamente o nosso cenário, devendo ser refeito todo o processo de
simulação, e consequentemente mudando todas as premissas de projeto da
construção.
Portanto, para a realidade da minha região (você deve sempre verificar a sua) vamos
projetar uma construção de 65 m2 de área construída, com piso porcelanato, forro
de gesso e esquadrias de alumínio.
Mais uma vez não custa lembrar: o que limita a aceitação de imóveis pelo Programa
Minha Casa Minha Vida não é o padrão de acabamento, mas sim o valor de mercado
do imóvel. Ou seja, se você realmente dominar as técnicas de avaliação de imóvel, as
possibilidades dos seus projetos serão infinitas, podendo atender as necessidades de
qualquer cliente.
Para o terreno
Para a construção
Sabendo que a nossa simulação nos deu um cenário onde o nosso cliente terá R$
87.250,00 somando o valor do financiamento, mais o subsídio e mais o FGTS
guardado, exceto os recursos próprios que ele tem guardado, temos então:
Valor total liberado R$ 87.250,00 será o valor para ele construir a obra. Este valor será
liberado por etapas, conforme a obra for sendo construída, sendo que o percentual
de cada etapa nós vamos definir na elaboração da PFUI Proponente Caixa (Proposta
de Financiamento de Unidade Isolada). Calma, vamos ver isso mais a frente no
capítulo 3 Documentos, Projetos e Planilhas.
Mas Mestre, mesmo que seja descontado os R$ 40 mil do valor do terreno, ainda
faltam R$ 2.750,00 para totalizar os R$ 90 mil da construção. Sim, este é o valor que
a Caixa não vai liberar para o nosso cliente, simples assim. E assim como na simulação
anterior, este valor poderá ser pago com recursos próprios do nosso cliente. Inclusive
pode ser parte dos nossos honorários.
E assim como na simulação anterior você pode cobrar menos, ou mais, de maneira
que o valor total fique diferente de R$ 130 mil. Não faz diferença alguma, a grande
questão aqui é entender que a Caixa vai liberar 80% do custo de construção do
imóvel, mais o subsídio do governo (PMCMV), mais o FGTS que o cliente tem
guardado. O restante pra Caixa não faz diferença como será conseguido ou utilizado,
inclusive se ele quiser pagar R$ 15 mil para fazermos os projetos e acompanhamento
da obra, a Caixa ou qualquer outro Banco não quer e nem precisa saber disso.
Agora que nós já temos o resultado e o cenário dessa simulação, faça as comparações
de viabilidade com a simulação de aquisição de terreno + construção, e tente
entender qual a melhor forma de trabalhar para a sua realidade e as dos seus clientes.
Use as técnicas de avaliação de imóvel do Fiscal do Banco ao seu favor, isso te deixará
à frente de muitos profissionais do mercado.
Neste exemplo eu citei essas possibilidades para que você entenda o que pode
acontecer durante a negociação, inclusive o planejamento do projeto já na fase de
simulação. Fiz isso para você entender que a negociação pode acontecer de maneira
diferente para todos os clientes. Portanto cada caso é diferente. Fique atento.
Antes de mais nada devemos lembrar que no capítulo 1 foi explicado que para entrar
na categoria de reforma ou ampliação, o imóvel proposto deve estar com as
construções existentes averbadas na matrícula.
Além disso sabemos que para reforma e ampliação poderá ser financiado até 100%
do valor de mercado do imóvel. Isso pode variar de banco para banco e também em
função da linha de crédito disponível, portanto deverá ser consultado previamente.
Para efeitos de estudos vamos mudar um pouco os dados e o tipo de cliente das
simulações anteriores.
Nesse caso vamos considerar que o nosso cliente tem um imóvel que poderia valer
aproximadamente R$ 140 mil, porém, devido aos desgastes do tempo e a
depreciação de valor de mercado, o mesmo vale atualmente cerca de R$ 110 mil, pois
está precisando de umas reforminhas.
Sendo assim, nosso cliente nos procura para fazer uma reforma de aproximadamente
R$ 100 mil reais. Onde ele vai querer corrigir alguns defeitos e fazer a ampliação de
2 cômodos.
Primeira coisa a ser analisada é que o valor de mercado do imóvel a ser financiado,
deverá levar em conta a reforma e ampliação pronta. Ou seja, mais uma vez
precisamos das técnicas de avaliação de imóvel.
Mas como ele vai valer R$ 250 mil se hoje ele vale R$ 110 mil, e mesmo que fosse
novo valeria apenas R$ 140 mil. A conta não fecha.
Realmente a conta não vai fechar, pois não é assim que se avalia um imóvel, bato
nesta tecla mais uma vez: CUSTO É DIFERENTE DE VALOR. Por isso recomendo que
você estude e aprenda as técnicas de avaliação de imóvel que um Fiscal do Banco
usa para trabalhar.
Por isso a primeira coisa a ser feita, antes da simulação, é saber quanto o valor a ser
investido na reforma irá valorizar o imóvel, conforme vimos no início desta simulação.
Conforme explicado nas simulações anteriores, você não precisa informar o CPF
correto do proponente, podendo este ser o seu, para efeitos de simulação, pois isso
não influencia em nada nos resultados. O número de telefone pode ser o seu também.
Lembrando que neste caso não estamos utilizando os mesmos dados dos clientes
das simulações anteriores, por isso vamos alterar o valor da renda familiar bruta, que
para este estudo, um valor de R$ 8.500,00 é o suficiente para conseguirmos a
aprovação máxima do financiamento.
Lembre-se que conforme vimos nas seções de linhas de crédito e nas simulações
anteriores, a idade do proponente é um fator utilizado para os cálculos, o que pode
alterar todo o resultado da simulação, portanto tenha sempre os dados corretos em
mãos. Nesse caso, recomendo que faça a simulação sempre com a data de
aniversário5 real do proponente.
Você não precisa marcar a opção para receber comunicações da Caixa via SMS.
Neste caso vamos considerar que o nosso cliente é concursado, solteiro e não tem
filhos, sendo assim, não podemos marcar a opção de FGTS, pois ele é estatutário e
não recebe FGTS. Portanto deixe tudo desmarcado.
5
Quando for simular para um casal ou mais de um proponente, deverá ser utilizado a data de aniversário do
proponente mais velho.
Nesse caso não existe a opção do PMCMV, portanto não tem muito o que fazer,
temos que utilizar a opção disponível. Para o nosso caso apareceu a opção da linha
de crédito SBPE. Em todos os casos, não importa o tipo de imóvel ou linha de crédito,
escolha a opção de que você tem ou quer ter relacionamento com a CAIXA.
A opção de taxa balcão serve apenas para quem não quer abrir uma conta no Banco,
mas isso torna os juros mais altos. Portanto a melhor opção sempre será ter um
relacionamento com o Banco.
Bom, após escolher e clicar na opção correta para a simulação que está sendo
realizada, você chegará ao final da simulação. Perceba que o resultado automático da
simulação já atende as expectativas, que é a liberação do valor de R$ 100 mil.
Além disso o valor de entrada está zerado. E isso acontece pois no caso de
financiamento de reforma/ampliação, o imóvel já é do proponente e a garantia do
banco já está pronta, que nesse caso é a casa que será reformada, ou seja, o Banco
não tem risco algum caso você não pague o financiamento ou desista do processo
de construção no meio do caminho, que é o que pode acontecer num caso de
financiamento da construção por exemplo.
Porém ainda podem ser feitas algumas alterações, como por exemplo a mudança da
tabela SAC para Price e a alteração do prazo de pagamento desejado. Nesse caso
vamos escolher a tabela Price com um prazo de 240 meses. Clique alterar.
Veja que a única coisa que muda são os valores das parcelas. Além disso você pode
observar que neste caso, não atingimos a cota máxima de 80% do valor do imóvel.
Ou seja, poderíamos chegar a liberação de até R$ 200 mil, se esse fosse o caso. Faça
os testes você mesmo aí no simulador, e veja que com a renda informada podemos
atingir a cota máxima para esse caso.
Lembre-se que a opção de escolha da forma de amortização deve ser dada ao cliente.
Para isso você deve explicar como funciona cada tabela e demonstrar os resultados
da simulação para que o cliente possa decidir. Faça sempre isso, independentemente
dos resultados.
Ainda na última página do simulador ele demonstra o juros, nominais e efetivos, que
você pode comparar com o que foi estudado na seção de Juros deste guia.
No caso do Simulador Caixa, ele ainda indica vários planos de seguros, dos quais pelo
menos um deverá ser contratado durante o processo de financiamento. Mas não se
preocupe com isso, pois o valor é praticamente irrisório, o qual gira em torno de R$
200,00, dependendo do valor do imóvel. Veja os resultados:
Ao final da simulação o cliente informa que ele tem cerca de R$ 10 mil reais
acumulados na sua conta de FGTS. E aí, onde entra o FGTS nesse caso? Em lugar
nenhum, pois o FGTS só pode ser sacado para aquisição de imóvel ou construção,
tanto é que o próprio sistema já dá um valor de entrada zerado. Portanto esqueça o
FGTS nesse caso.
Antes de continuar com isso, vamos fazer um resumo dos valores do nosso estudo
de caso:
Portanto, para este caso temos o valor total disponível para o nosso cliente: R$
100.000,00. Mas por escolha dele, pois a renda dele permitiria que ele pegasse até R$
200 mil (80% do valor de mercado do imóvel após a reforma).
Conforme detalhado na simulação anterior, repito mais uma vez: Primeiro você
constrói, depois o banco libera o dinheiro. E o cliente precisa entender isso.
Tendo isso em mente, e sabendo que a realidade financeira do nosso cliente permite
fazer um processo de reforma e ampliação, que resulte em um imóvel de até R$ 250
mil, vamos explicar ao cliente que, agora, que precisamos elaborar um projeto que
ao ser construído, resulte em um imóvel de até R$ 250 mil.
Antes de continuar, destaco aqui mais uma vez: Valor de terreno + custo de
construção da obra NÃO É IGUAL AO VALOR DE MERCADO DO IMÓVEL. Quero que
você fixe isso na sua cabeça, por isso, leia novamente este artigo do meu site (clique):
Os estudos para definir o valor de mercado de um imóvel são complexos, mas vamos
partir da premissa que você já sabe fazer esse estudo, então, vamos continuar este
estudo de caso usando os dados da minha região (Vilhena/RO).
Portanto, para a realidade da minha região (você deve sempre verificar a sua) vamos
projetar uma ampliação de 50 m2 de área construída, e a reforma de todo o imóvel
existente incluindo troca de pisos e revestimentos, algumas instalações elétricas,
forros, cobertura e pintura completa.
O valor total liberado R$ 100.000,00 será o valor para ele realizar a obra de reforma e
ampliação. E assim como nos processos de construção este valor será liberado por
etapas, conforme a obra for sendo construída, sendo que o percentual de cada etapa
nós vamos definir na elaboração da PFUI Proponente Caixa (Proposta de
Financiamento de Unidade Isolada). Calma, vamos ver isso mais a frente no capítulo
3 Documentos, Projetos e Planilhas.
Agora que nós já temos o resultado e o cenário dessa simulação, faça diferentes
simulações e testes para saber como funcionaria em outras situações, e tente
entender qual a melhor forma de trabalhar para a sua realidade e as dos seus clientes.
Use as técnicas de avaliação de imóvel ao seu favor.
Neste exemplo eu citei essas possibilidades para que você entenda o que pode
acontecer durante a negociação, inclusive o planejamento do projeto já na fase de
simulação. Fiz isso para você entender que a negociação pode acontecer de maneira
diferente para todos os clientes. Portanto cada caso é diferente. Fique atento.
CAPÍTULO 3
DOCUMENTOS, PROJETOS E PLANILHAS
Além disso, você precisa saber exatamente o que são e para que serve cada um dos
documentos apresentados neste capítulo. E somente após você entender tudo que
está aqui e no capítulo 4, vamos partir para o capítulo 5 – Análise Técnica e
Contratação do Financiamento, onde você vai entender os passos para contratação
e os documentos necessário para cada tipo de financiamento. E vamos fazer isso
considerando os estudos de casos apresentados no capítulo 2.
Contratos Necessários
o Contrato Elaboração de Projetos e Acompanhamento Técnico
o Contrato Empreitada Global com Fornecimento de Projetos
o Contrato Mão de Obra
o Contrato Promessa de Compra e Venda
o Contrato Financiamento Imobiliário (aqui está o dinheiro)
Documentos Pessoais
o Linhas de Crédito SBPE
o Linhas de Crédito FGTS
o Comprovação de renda
Documentos do Imóvel
o Matricula do Imóvel
o Alvará de Construção
o CEI – Cadastro Específico do INSS
o CNO – Cadastro Nacional de Obras
o SCPO – Sistema de Comunicação Prévia de Obra
o DISO – Declaração de Informações Sobre a Obra
o Habite-se
o CND – Certidão Negativa de Débitos da Prefeitura
o CND – Certidão Negativa de Débitos da Obra
o CND – Certidão Negativa de Débitos do Imóvel
Documentos Técnicos
o Projetos de Arquitetura
o Projetos Complementares
o ART/RRT dos Projetos
o ART/RRT da Execução da Obra
o Planilha Orçamentária
o Cronograma Físico-Financeiro
o Memorial Descritivo
o Declaração de Execução dos Elementos Construtivos
Em cada um deste tópicos, você vai aprender o que é, para que serve, e como preparar
cada um dos documentos, projetos e planilhas necessários para o financiamento
imobiliário. Fique atento aos vídeos! ;D
Além dos vídeos, você ainda pode baixar gratuitamente todos os modelos de
documentos, projetos e planilhas que serão demonstrados neste capítulo, basta clicar
onde for indicado. Ou se preferir, você já pode acessar agora mesmo a página de
material gratuito do portal Mestre da Obra, e baixar tudo.
Contratos Necessários
Antes de mais nada cabe destacar a importância de um bom contrato entre as partes
envolvidas, para qualquer tipo de negócio ou acordo realizado. Este documento
garante um vínculo jurídico entre as partes correspondido pela vontade, deveres do
ato firmado, resguardado pela segurança jurídica em seu equilíbrio social.
Sendo um ato jurídico, requer, para sua validade, a observância dos mínimos
requisitos legais. As cláusulas contratuais criam lei entre as partes, porém são
subordinados de forma coercitiva ao Direito Positivo.
No que tange ao Direito Negativo, as cláusulas contratuais não podem, por definição,
violar direitos naturais e individuais das partes envolvidas.
É recomendado que este tipo de contrato tenha como anexo um Memorial Descritivo
contratual, o qual contém todas as especificações de materiais, necessários ao
desenvolvimento do projeto, bem como a execução da obra, definindo assim o
escopo, a qualidade e o custo da obra a ser projetada.
Lembre-se que o modelo fornecido referente a este tipo de contrato, presente no KIT
Contratos de Engenharia e Arquitetura poderá ser alterado, conforme as suas
necessidade e realidade profissional. Fique atento aos detalhes.
Para quem quer ter uma construtora, este é o documento fundamental para o
sucesso, pois é através dele que será acordado todas as responsabilidades para
construção de uma obra. Além disso é possível no mesmo contrato, e se for o caso,
incluir o desenvolvimento e fornecimento dos projetos da respectiva obra.
Lembre-se que o modelo fornecido referente a este tipo de contrato, presente no KIT
Contratos de Engenharia e Arquitetura poderá ser alterado, conforme as suas
necessidade e realidade profissional. Fique atento aos detalhes.
Seja para uma construtora ou mesmo para uma pessoa física que queira construir, o
contrato de mão de obra é fundamental para garantir que a obra seja executada
dentro as especificações do projeto.
Você pode ter mais de um contrato de mão de obra, que podem ser contratos
individuais, por exemplo, você pode ter um contrato com um pedreiro que irá
executar os serviços de infraestrutura, supraestrutura, paredes, esquadrias, cobertura,
revestimentos, pisos e acabamentos. E você pode ter um contrato com um pintor,
que irá executar apenas os serviços de pintura.
Além disso, temos ainda os contratos de carteira assinada, que podem ser feitos tanto
por uma construtora, quanto por uma pessoa física. Esta é a melhor forma de
trabalhar, e também a mais segura, pois todos os direitos trabalhistas da sua mão de
obra contratada estarão protegidos. Mas para registrar esses profissionais com
carteira assinada, você precisará registrar a obra no CNO – Cadastro Nacional de
Obras.
Com a obra registrada no CNO você pagará mensalmente todos os encargos sociais
referentes aos trabalhadores registrados com carteira assinada, e isso será muito útil
ao final da obra, quando você for precisar da CND da Obra perante a Receita Federal.
Este contrato nada mais é que um contrato preliminar (ou compromisso de contrato),
atualmente tratado nos artigos 462 a 466 do Código Civil. Apesar de ser um contrato
dispensável, ou seja, não obrigatório, é comum de ser encontrado em operações de
compra e venda de imóveis com o objetivo de propiciar maior segurança às partes
no tocante ao preço ajustado e à forma de pagamento.
Dispõe o art. 462 do CC que o contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter
alguns dos requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado (contrato definitivo).
Dessa forma, deverão ser observados os requisitos taxativos de validade dos negócios
jurídicos dispostos no art. 104 do CC, incisos I e II, que são: agente capaz e objeto
lícito, possível, determinado ou determinável. No que tange seu inciso III (obedecer à
forma prescrita ou não defesa em lei), este se mostra dispensável, uma vez que não
se trata de contrato definitivo. Isto posto, o compromisso de compra e venda de
imóveis dispensa a escritura pública.
Sendo assim, este contrato nada mais é do que um contrato preliminar para um futuro
contrato, que neste caso é, de fato, o contrato de compra e venda através de
financiamento imobiliário.
Digamos que você tem um imóvel pronto e disponível para a venda. Porém o seu
cliente/comprador não tem todo o dinheiro necessário para a compra. Sendo assim,
ele irá recorrer a um financiamento imobiliário.
Cabe destacar ainda que o Contrato de Financiamento Imobiliário deverá ser assinado
tanto pelas partes que estão negociando o móvel (comprador e vendedor), quanto
pela instituição financeira que está realizando o empréstimo imobiliário.
É através deste contrato que o tão sonhado e necessário recurso financeiro é liberado.
Aqui estarão todos os direitos e deveres financeiros das partes envolvidas, desde a
forma de liberação do dinheiro, até a forma de pagamento das parcelas do
financiamento.
Este contrato é elaborado pela própria instituição financeira que irá fornecer o
empréstimo imobiliário, portanto ele não está disponível para download na nossa
página de material gratuito. A sua única preocupação aqui é ler, verificar se está
tudo conforme previamente aprovado e acordado, e então assinar.
Note que no caso de contratos que envolvam vendedor, este deverá assinar o
contrato de financiamento junto com o comprador, conforme previamente acordado
no Contrato de Promessa de Compra e Venda.
Finalmente, isso é tudo o que você precisa saber sobre todos os tipos de contratos
necessários durante um processo de financiamento imobiliário, desde a elaboração
do projeto até a liberação do recurso financeiro.
Documentos Pessoais
Sendo assim, vamos relacionar todos os tipos de documentos que poderão ser
solicitados, para cada linha de crédito, conforme estudado no capítulo 2.
CNPJ
Contrato Social ou Estatuto Social e Alterações se houver, registrados
Certidão Simplificada da Junta Comercial se for o caso
Documento de constituição de firma individual e alterações se houver,
registrados Sociedade Anônima - Estatuto Social e Ata de Eleição da última
Diretoria
CRF – Comprovante de Regularidade do FGTS
Procuração por Instrumento Público do vendedor ou cedente se for o caso
Comprovação de renda
Toda pessoa que comprovar um ganho constante, uma renda, alta ou baixa, estará
habilitada a receber um financiamento imobiliário, no Brasil.
Parte 1
Comprovante Solicitado
Carteira de Trabalho X
Últimos 3 contracheques X X
Últimos 6 contracheques X X
Declaração de Sindicato,
X X
Cooperativa, Associação
DECORE - Declaração
Comprobatória de Percepção de X X
Rendimentos
Parte 2
Carteira de Trabalho
Últimos 3 contracheques X
Últimos 6 contracheques
Contrato de Prestação de
X
Serviços
Imposto de Renda e Recibo X X X X X
Declaração de Órgão
Previdenciário
Declaração de Sindicato,
Cooperativa, Associação
DECORE - Declaração
Comprobatória de Percepção X X X
de Rendimentos
Extrato de Aplicações e
X
Poupança
RPA - Recibo de Pagamento
de Autônomo
Contrato Social e Alterações X
Documentos do Imóvel
Matricula do Imóvel
Alvará de Construção
CEI – Cadastro Específico do INSS
CNO – Cadastro Nacional de Obras
SCPO – Sistema de Comunicação Prévia de Obra
DISO – Declaração de Informações Sobre a Obra
Habite-se
CND – Certidão Negativa de Débitos da Prefeitura
CND – Certidão Negativa de Débitos da Obra
CND – Certidão Negativa de Débitos do Imóvel
Matricula do Imóvel
Em algumas cidades existem mais de um cartório de imóveis. Sendo assim, caso você
precise de informações sobre uma determinada matrícula, primeiramente você
precisa saber em qual cartório ela está registrada.
Localização e descrição
Quem comprou e quem vendeu
Descrições dos atuais e antigos proprietários
Indica se há alguma dívida vinculada ao imóvel
E também se há benfeitorias, construções ou demolições
Para saber mais sobre matricula do imóvel, recomendo que leia os seguintes artigos
do portal Mestre da Obra:
Alvará de Construção
Para solicitar o alvará é necessário apresentar uma série de documentos exigidos pela
prefeitura, inclusive os projetos arquitetônicos.
Esse número de registro é vinculado ao seu CPF ou CNPJ. Ou seja, não importa se
você é uma empresa ou apenas está construindo a casa própria, você tem que
registrar o CEI da obra.
Esse documento é utilizado para lançar todos os encargos sociais pagos durante a
execução da obra. Ou seja, é feito para registrar os trabalhadores que ali estão.
Ele foi criado justamente para garantir que todas as obras paguem os seus devidos
encargos sociais.
Caso você não crie um CEI para sua obra, no futuro você não conseguirá emitir a
Certidão Negativa de Débitos da Obra. E sem essa certidão, você não consegue
averbar a construção na matricula do imóvel.
em 21 de janeiro de 2019. Portanto, desde essa data, não existe mais a criação de CEI,
apenas do CNO.
Exatamente isso, o CNO foi criado para melhorar e substituir o CEI. Dessa forma as
obras que já possuem o CEI, precisarão informar o registro do CEI no CNO.
A função do CNO será a mesma do CEI, conforme explicado acima. Servirá para
garantir o pagamento dos encargos sociais da obra.
O sistema foi criado para facilitar a comunicação prévia de obra sem a necessidade
de deslocamento até uma unidade regional do Ministério do Trabalho.
Sendo assim, o SCPO nada mais é do que um aviso dado ao Ministério do Trabalho
sobre a existência de uma obra.
Sabendo que o Programa Minha Casa Minha Vida utiliza recursos do FGTS, fica claro
que o SCPO é obrigatório para o financiamento imobiliário na CAIXA.
Por isso o DISO é usado após o término da construção para regularização da obra
perante o INSS.
Se a obra foi executada sem o CEI/CNO, com certeza o proprietário da obra não
recolheu os devidos encargos sociais, dos profissionais que ali trabalharam.
Caso você não pague os encargos sociais através do CEI/CNO, a Receita Federal irá
estipular quanto será o valor devido através do DISO.
Habite-se
Dessa forma, se você tem um alvará de construção de 70 m², você deverá executar os
mesmos 70 m². Tudo conforme projeto e especificações previamente aprovadas.
Após a conclusão da obra, você deve solicitar o “habite-se” na prefeitura. Uma equipe
técnica irá fazer uma vistoria, para verificar as condições de execução da construção.
O “habite-se” será usado para finalização e baixa do CEI/CNO, e também para emissão
do DISO, no caso de obras irregulares perante a Receita Federal.
Por fim, a Caixa Econômica Federal não libera o financiamento imobiliário sem a
apresentação do “habite-se” da obra, tanto para aquisição quanto para construção.
Para começar podemos destacar o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. Esse
imposto é equivalente ao IPVA para os carros.
Em seguida temos o ITBI – Imposto sobre Transações de Bens Imóveis. Esse imposto
é pago no momento da transação, ou seja, quando você vende ou compra o imóvel.
Vale ressaltar que os valores de ambos os impostos são definidos em função do valor
de mercado do imóvel.
Além dos impostos, temos também as taxas e multas de serviço municipal, como por
exemplo:
São diversas as taxas e multas que podem ser aplicadas sobre um imóvel perante a
prefeitura. Para isso, cada município tem sua legislação.
Essa CND é uma declaração do município, dizendo que o imóvel em questão está em
dia com suas obrigações fiscais municipais. Ou seja, o imóvel não deve nada ao
município.
Caso você deixe de pagar os encargos durante a execução da obra, ao final dela você
não irá conseguir emitir a CND da Obra. Pois a obra estará devendo os encargos ao
governo federal.
Ou seja, para quem registra o CEI ou CNO, os encargos deverão ser pagos
mensalmente durante a execução da obra.
Para obras regularizadas através do DISO, a CND da Obra só será emitida após o
pagamento dos encargos estipulados pela Receita Federal.
Por ser uma regularização, os encargos sociais do DISO deverão ser pagos de uma só
vez. Em alguns casos é permitido o parcelamento.
A primeira coisa que devemos fazer na hora de negociar um imóvel, é tirar a Certidão
de Ônus e Ações Reais ou Pessoas Reipersecutórias. Popularmente conhecida como
Certidão Negativa do Imóvel. Neste documento é relatado se há ônus ou ações
judiciais constantes na matricula do imóvel.
Pode ser uma dívida, um encargo, um compromisso, ou até mesmo uma obrigação
que esteja gravada e averbada na matricula do imóvel.
Pode ser uma execução dos direitos e deveres sobre imóvel, como por exemplo a
execução de um ônus que recai sobre ele. Ou seja, é quando acontece uma disputa
de direitos sobre o bem.
É uma pratica comum emitir uma Certidão de Inteiro Teor da Matricula do Imóvel,
que é um documento mais completo. A Certidão de Inteiro Teor contém todas as
informações que recaem sobre o imóvel, inclusive da existência de ônus e ações reais.
Sendo assim é recomendado que sempre solicite uma Inteiro Teor da Matrícula, e não
apenas uma CND do Imóvel.
Para saber mais sobre certidão negativa do imóvel e inteiro teor, recomendo que leia
este artigo que está no portal Mestre da Obra:
Documentos Técnicos
Projetos de Arquitetura
Projetos Complementares
ART/RRT dos Projetos
ART/RRT da Execução da Obra
Planilha Orçamentária
Cronograma Físico-Financeiro
Memorial Descritivo
Declaração de Execução dos Elementos Construtivos
Projetos de Arquitetura
Projetos Complementares
Pois o Banco quer ter certeza de que o imóvel que ele está financiando, cumpre todas
as exigências mínimas previstas em normas técnicas e legislações vigentes.
Em resumo ART e RRT é a mesma coisa, porém uma é registrada por Engenheiros e
a outra por Arquitetos.
Por ser o documento que identifica a responsabilidade técnica, este se torna muito
importante para a análise do processo de financiamento imobiliário.
Pois através dele o Banco consegue identificar quem é o Responsável Técnico pela
Elaboração dos Projetos.
Para saber mais sobre ART e RRT, recomendo que leia o seguinte artigo que está no
portal Mestre da Obra:
Isso se faz necessário por vários motivos, sendo que o principal é a garantia de
estabilidade e segurança da construção financiada.
Ou seja, se a obra apresentar danos físicos, o responsável técnico será acionado para
apresentar as justificativas ou mesmo arcar com as despesas de reparo.
Logicamente que num caso extremo de danos físicos, previamente é realizado uma
Perícia. Para então poder afirmar se os danos ocorreram por falhas na construção, ou
causas externas.
As causas externas podem ser inúmeras, como por exemplo, inundações, explosões,
tempestades, acidentes, enfim, tudo aquilo que não tem a ver com o processo
construtivo.
Mas de qualquer forma, saiba que o responsável técnico pela execução da obra será
acionado judicialmente, se for necessário.
Planilha Orçamentária
Para elaborar esta planilha deve ser levado em conta todos os serviços que estão
diretamente ligados à execução completa da obra. Veja a seguir a lista das principais
etapas construtivas:
Cronograma Físico-Financeiro
Dessa forma é indicado quando será executado cada serviço. Por isso o cronograma
físico-financeiro facilita o acompanhamento da obra.
Sendo assim é uma peça essencial para o bom andamento da obra. Além disso
garante que seja seguido as boas práticas da construção civil.
Por exemplo, não é possível instalar as tubulações elétricas nas paredes, enquanto
ainda está sendo executado as fundações.
Além de sabermos exatamente qual e quando será executado cada serviço, é possível
programar também quanto será gasto naquele período de tempo.
Memorial Descritivo
FUNDAÇÕES
“Para esse projeto foi utilizado o emprego de sapatas de concreto armado, como
solução para as fundações. As fundações terão suas dimensões informadas em
desenho técnico do Projeto Estrutural. Serão executadas sobre lastro de concreto
magro na espessura de 5cm no fundo da escavação. A armadura será executada
conforme indicação do Projeto Estrutural, sendo imprescindível o uso de concreto
usinado ou convencional com FCK = 25 Mpa.”
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
“A entrada da água será com cano PVC 32mm até a chegada ao reservatório.
A distribuição de água será através de barrilete de cano PVC 50mm, ligado nas
colunas de descida de água. Os ramais serão executados, conforme o Projeto
Hidrossanitário, e a ligação das pias lavatório serão com engate plástico 13mm
(1/2”) com nípel. As canalizações de esgoto serão de tubos e conexões em PVC
100mm do tipo esgoto de boa qualidade (Marca X ou Similar) com as dimensões
e especificações seguidas nos projetos. O reservatório será de polietileno com
capacidade para 500 litros. Deverá ser previsto um cano de PVC 25mm com
registro e com saída para o beiral, o qual servirá de ladrão, extravasor e limpeza.”
Dessa forma o Memorial Descritivo serve como um documento técnico para informar
ao Banco, todos os detalhes construtivos e especificações da obra. Inclusive é
essencial para confirmar a utilização do material empregado e suas especificações.
O Banco não vai aceitar que você instale um forro de PVC, se no memorial descritivo
analisado foi indicado que será utilizado forro de gesso.
Isso se faz necessário pois nenhum Fiscal do Banco acompanhou a execução da obra.
Para baixar o modelo utilizado pela Caixa, clique e baixe: Síntese do Memorial
Descritivo. Dentro deste documento terá a declaração exigida pelo Banco.
Fundações
Armadura das estruturas
Preparo do concreto
Tubulações enterradas
Fossas e Sumidouros
Fios elétricos
Entre outros
Portanto, com esse documento técnico a Caixa fica isenta de suas responsabilidades
sobre a obra, pois o declarante está afirmando e assumindo a segurança e
CAPÍTULO 4
EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS DA CAIXA
Este capítulo é exclusivo para quem quer financiar um imóvel através da Caixa. Nada
mais é do que o resumo de todos os meus anos de experiência, sabendo exatamente
o que a Caixa cobra nas análises de financiamento imobiliário.
Vamos separar este capítulo em duas partes, sendo que primeiramente será explicado
as condições mínimas gerais dos imóveis, e posteriormente as condições mínimas
dos documentos técnicos (projetos e planilhas).
Imóvel Multifamiliar
Abastecimento de Água
Contaminação do Solo
O Banco aceita apenas imóveis com sistema construtivo convencional, ou seja, aquele
executado com tecnologia já normalizada ou consagrada pelo uso.
Além disso, não é admitida a adoção de metodologia construtiva que use alvenaria
com função estrutural, sem atender as devidas normas técnicas, por exemplo usar
tijolo cerâmico como alvenaria estrutural.
Aberturas e Afastamentos
Além disso, as janelas cuja visão não incida diretamente sobre a linha divisória, como
as perpendiculares, não serão abertas a menos de 0,75 m desta divisa. O afastamento
perpendicular à divisa poderá ser inferior a 0,75 m quando for abertura para varanda,
garagem ou ambiente aberto, desde que protegido por elemento antidevassa, com
altura igual ou superior ao pé-direito e profundidade mínima de 0,75 m.
Imóveis Geminados
Infraestrutura Básica
Para todos os tipos de imóveis ou linhas de crédito, dever ser apresentado solução
para abastecimento de água, atendendo as premissas inicias explicadas no início
deste capítulo.
Caso a região não seja servida por sistema de esgotamento sanitário, será permitida
a utilização de fossa, desde que tenha também o sumidouro.
O imóvel deverá ser servido com fornecimento de energia elétrica pela concessionaria
local. Não serão aceitos imóveis sem acesso à energia elétrica. Além disso,
Por fim, o imóvel deverá ter uma via de acesso, que poderá ser pavimentada ou não.
Aspectos Construtivos
É exigido que o imóvel possua uma solução de drenagem do lote. Por exemplo no
caso de jardins de inverno, ou mesmo no caso de terrenos enclausurados ao fundo
da construção. Todos deverão possuir solução de drenagem pluvial, com escoamento
d’água para a rua.
Ainda em relação às chuvas, a cota de soleira de portas externas deverá ser executada
em nível que impeça a entrada de água por escoamento superficial.
Forro e Laje
Revestimentos
Esquadrias
Cobertura
Medição Individualizada
Circuito Elétrico
Reservatório de água
Para imóveis comerciais, o reservatório de água potável deverá ser instalado com
capacidade mínima de 500 l.
Muro de Arrimo
Caso seja necessário, deverá ser executado proteção de talude ou muro de arrimo,
para desníveis acentuados entre os lotes, em todas as divisas.
Será exigido revestimento interno, externo e pintura, com barra impermeável no box
do banheiro, com altura mínima de 1,50 m, e barra impermeável sobre o lavatório, a
Deverá ainda haver revestimento com piso impermeável nas áreas molhadas.
Vícios Construtivos
Projetos
Mesmo quando aprovado pela Prefeitura local, o projeto arquitetônico deverá estar
de acordo com a Legislação Federal (Código Civil — Lei nº 10.406/02).
Orçamento
Os custos são analisados com referência nos preços fornecidos pelo Sinapi e, quando
não houver referência nesse sistema, admite-se a utilização de outra fonte, publicada
por entidade oficial, ou preços praticados na região. É muito comum a utilização das
tabelas do SINDUSCON de cada Estado.
LIMITES
ITEM SERVIÇO INFERIOR SUPERIOR
1 SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS 1,13% 3,97%
2 INFRAESTRUTURA 3,07% 7,43%
3 SUPRAESTRUTURA 12,17% 17,67%
4 PAREDES E PAINÉIS 4,80% 10,67%
5 ESQUADRIAS 4,16% 13,27%
6 VIDROS E PLÁSTICOS 0,58% 2,45%
7 COBERTURAS 0,00% 12,94%
8 IMPERMEABILIZAÇÕES 0,00% 10,10%
9 REVESTIMENTOS INTERNOS 6,81% 9,32%
10 FORROS 1,59% 2,18%
11 REVESTIMENTOS EXTERNOS 3,87% 5,30%
12 PISOS 8,41% 11,51%
13 PINTURA 3,63% 6,47%
14 ACABAMENTOS 1,01% 1,38%
15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS 3,75% 4,85%
16 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 3,63% 4,27%
17 INSTALAÇÕES DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS 3,65% 4,30%
18 LOUÇAS E METAIS 4,14% 4,87%
19 COMPLEMENTOS/OUTROS SERVIÇOS 0,24% 2,29%
Cronograma
CAPÍTULO 5
ANÁLISE TÉCNICA E CONTRATAÇÃO DO FINANCIAMENTO
Conforme combinado nos capítulos anteriores, vamos usar os estudos de casos que
demonstrei no capítulo 2, com o objetivo de você entender na prática, todas as
análises, inclusive técnicas, que os Bancos fazem no processo de financiamento,
desde a aprovação do crédito do proponente, até a assinatura do contrato.
Análise de Crédito
Análise Jurídica
Análise Técnica
o Análise Projetos de Arquitetura
o Análise Projetos Complementares
o Análise Orçamento e Cronograma
o Análise Memorial Descritivo
o Análise Síntese do Memorial Descritivo
Avaliação do Imóvel
Aprovação da Viabilidade Econômico-financeira
Contratação do Financiamento
o Contratação Aquisição de Imóvel Novo
o Contratação Aquisição de Imóvel Usado
o Contratação Aquisição de Terreno + Construção
o Contratação Construção em Terreno Próprio
o Contratação Reforma e Ampliação
Em cada um deste tópicos, você vai aprender o que é, para que serve, e como preparar
a documentação para as análises que serão feitas durante o processo de
financiamento imobiliário. Fique atento aos vídeos! ;D
Além dos vídeos, lembre-se que você ainda pode baixar gratuitamente todos os
modelos de documentos, projetos e planilhas que serão demonstrados no capítulo
anterior. Basta acessar agora mesmo a página de material gratuito do portal Mestre
da Obra, e baixar tudo.
Análise de Crédito
Para os demais Bancos, recomendo que procure diretamente uma agência bancária
para realizar a análise de crédito do proponente. Então, antes de preparar qualquer
projeto ou planilha, faça a análise de crédito.
Lembre-se que para a análise de crédito ser aprovada, o proponente deverá estar
com o nome limpo e sem restrições.
E por fim, saiba que geralmente, as análises de crédito dos Bancos valem por 6 meses,
inclusive na Caixa. Porém mesmo assim é bom consultar a validade da análise para
cada Banco.
Análise Jurídica
No caso da Caixa, esta análise é feita após você dar entrada em toda a documentação,
inclusive do imóvel. É nesta fase que o Banco irá checar se o imóvel proposto possui
alguma restrição de negociação, como por exemplo, uma alienação fiduciária.
E caso o imóvel apresente algum tipo de restrição, o processo será cancelado, até que
as restrições sejam retiradas da matrícula do imóvel.
Conforme dito acima, além de analisar o imóvel, a análise jurídica também serve para
verificar a disponibilidade jurídica do vendedor, seja para um imóvel pronto, novo ou
usado, ou mesmo de algum terreno que poderá ser utilizado no financiamento de
construção.
Digamos que uma Loteadora pegou um grande terreno e transformou em vários lotes
menores, para vender numa determinada cidade.
Mas o que tem haver a dívida da Loteadora, com o financiamento do cliente que irá
comprar um lote que já é da Construtora?
Sim, mas os Bancos, e agora você, sabem que o Governo Federal sempre terá
prioridade na justiça para recebimento de dívidas. E isso pode acontecer mesmo que
a Loteadora não seja mais dona do terreno, num prazo de até 1 ano. O nome disso é
Cadeia Dominial. Por isso é muito importante saber tudo sobre matricula do imóvel.
Sendo assim, após fazer a análise jurídica, e verificar que aquele imóvel, foi de um
devedor do Governo Federal, e ainda não passou mais de 1 ano desde a venda para
um terceiro, o Banco não vai colocar dinheiro dele nesse negócio, pois sabe que em
algum momento o Governo Federal pode entrar na justiça para requerer o imóvel
como pagamento da dívida.
Além disso, essa análise jurídica vale também para os vendedores que estejam com
o nome sujo, sobre quaisquer dívidas relativas à União. E em alguns casos, o Bancos
evitam financiar até mesmo caso o vendedor tenha alguma dívida alta, mesmo que
não seja do Governo Federal.
Análise Técnica
Além de explicar as principais características de análise, você vai entender mais sobre
as análises técnicas realizadas pelos principais Bancos, como por exemplo a Caixa.
Lembre-se que quando apresentar a documentação técnica para análise, esta deverá
ser acompanhada dos registros profissionais do CREA/CAU do responsável técnico
que assina as respectivas ART/RRT.
Os projetos são analisados para garantir que o imóvel proposto siga as exigências
das legislações municipais. Como por exemplo:
Afastamentos
Recuos
Uso do solo
Entre outras
Lembre-se de verificar a legislação local, pois cada município tem suas próprias leis.
Além da legislação municipal, o Fiscal da Caixa utiliza também a Lei Federal n. 10.406,
para fazer as suas análises.
Vale lembrar que uma lei federal sempre sobrepõe uma lei municipal, portanto, você
deve ficar muito atento ao Código Civil.
Além de seguir as normas ABNT, leis municipais e federais, os Bancos ainda fazem
exigências sobre algumas questões básicas de projeto, como por exemplo:
Entrada de energia
Entrada de água
Solução para esgoto sanitário
Método Construtivo
Estrutura da edificação
Instalações elétricas
Instalações hidráulicas
Entre outras
Dessa forma, o Fiscal da Caixa, ou de qualquer outro Banco, garante que o imóvel
irá atender as exigências mínimas do agente financeiro. Inclusive, seguir as normas e
leis vigentes.
Sempre que for apresentar um projeto para financiamento na Caixa, deverá ser
utilizado esta planilha para elaboração do orçamento e cronograma. Pois, além de
Análise do Orçamento
Para este exemplo vamos utilizar a planilha PFUI Proponente Caixa, que vem
previamente preenchida, conforme as exigências mínimas do Banco. Inclusive com
descrição das etapas e serviços da obra.
Através das observações, o Fiscal da Caixa poderá fazer as análises necessárias sobre
as exigências mínimas do Banco. No caso do orçamento são verificadas as seguintes
questões:
Considerando que os Bancos utilizem tabelas referenciais, como por exemplo a Sinapi
e a Sinduscon, o início da análise se dá após a definição do padrão de acabamento
do imóvel, à fim de escolher qual projeto-padrão do Sinapi ou Sinduscon mais se
assemelha ao projeto proposto.
Escolhido o projeto-padrão mais adequado, a comparação entre o custo do m2 de
construção para a região escolhida e ao projeto em análise, observará os custos de
serviços não-contemplados no referido sistema (Sinapi ou Sinduscon), que deverão
ser considerados à parte e justificados.
Além disso é analisado se as incidências dos serviços estão de acordo com os cálculos
das tipologias construtivas da tabela referencial, elaborada conforme tabela CUPE –
Custo Unitário PINI de Edificações.
Análise do Cronograma
Lembre-se, a última parcela deverá ser de pelo menos 5%, e o prazo de construção
pode variar de 02 a 24 meses. Sendo assim, a análise de orçamento e cronograma
serve para verificar se a obra é exequível e cumprirá as exigências mínimas do Banco.
TABELA SINAPI: Como a CAIXA analisa o Custo Unitário Básico da sua obra –
Clique na imagem
Sendo assim, as indicações devem ser feitas para cada serviço da obra que foi
realizada para deixar o imóvel pronto. Inclusive sobre suas fundações.
Dessa forma, além das fundações, este documento serve para descrever todos os
outros serviços da obra, inclusive os enterrados e sobrepostos.
Avaliação do Imóvel
Vale ressaltar que estamos falando de “valor de mercado”, e não sobre os custos de
construção da obra. São duas coisas completamente distintas. Dessa forma, o valor
de mercado pode ser determinado para todos os tipos de imóveis, por exemplo:
Terrenos
Casas
Apartamentos
Pontos Comerciais
Barracões
Chácaras
Sítios
Fazendas
E qualquer outro tipo de imóvel
Se a construção de uma casa custou R$ 100 mil, não quer dizer que esta casa vale
apenas R$ 100 mil. Para isso temos outras variáveis que influenciam no valor do
imóvel, como por exemplo:
Por ser um laudo técnico, a NBR 14.653 faz uma série de exigências e recomendações,
para que seja aceito como um trabalho técnico. Inclusive deve ser emitido ART ou
RRT para validação do serviço.
Por fim, o Laudo de Avaliação de Imóvel é uma peça técnica, emitida por Engenheiro
ou Arquiteto Credenciado ao Banco, que determina qual é o valor de mercado de
um imóvel.
Ou seja, isso quer dizer que legalmente falando, a opinião de qualquer pessoa não
vale nada, em relação a um laudo de avaliação elaborado por profissional habilitado.
Mas por estarem atuando diariamente no mercado, eles costumam ter uma opinião
muito próxima da realidade de valor de mercado.
Porém, para os Bancos a opinião de valor de mercado não serve para nada. O que
importa mesmo é o Laudo de Avaliação de um Engenheiro ou Arquiteto
Credenciado.
Para não esquecer: os únicos profissionais que possuem conhecimento técnico para
atestar a segurança, habitabilidade e estabilidade de um imóvel, são os engenheiros
e arquitetos.
Portanto, para que o financiamento imobiliário tenha seus efeitos legais garantidos,
os Bancos exigem a apresentação de um laudo de avaliação de imóvel, por um
profissional contratado.
Inicialmente, a primeira exigência da Caixa, é que o laudo de avaliação seja feito por
um profissional técnico habilitado e credenciado ao Banco.
Para avaliação do imóvel que será financiado pela Caixa, são necessários a
apresentação dos seguintes documentos:
Sendo que a CIT – Certidão de Inteiro Teor é o principal documento do imóvel, onde
é possível consultar as principais informações necessárias para avaliação e
determinação do valor de mercado.
Lembre-se que apesar de se tratar de um imóvel pronto, cuja construção foi realizada
por recursos próprios, o mesmo deverá seguir todas as premissas de análise dos
projetos arquitetônicos verificadas neste capítulo.
Para os processos de construção em terreno próprio, deverá ser avaliado com imóvel
como se pronto estivesse considerando as informações dos projetos apresentados,
dispensando a necessidade de avaliar o terreno, pois este já é do proponente.
Antes de chegar aqui você leu sobre todas as análises documentais que acontecem
no processo de financiamento, inclusive no que tange aos projetos, orçamentos,
cronogramas e avaliação do imóvel. Mas aprender exatamente quais análises serão
feitas, não garante que o seu processo irá ser aprovado, pois é preciso consolidar
todas essas análises e determinar então a viabilidade econômico-financeira do seu
projeto ou imóvel.
O Banco só irá colocar o dinheiro dele no seu negócio, se realmente esse negócio for
economicamente viável e seguro para ele. E agora, você vai entender como os Bancos
fazem essa análise de viabilidade, para cada tipo de imóvel.
Cabe ressaltar que o valor de mercado apontado pela avaliação do imóvel elaborada
pelo Fiscal do Banco será utilizado como base para elaboração do contrato de
financiamento imobiliário, que por si só, já é a aprovação de viabilidade econômico-
financeira do Banco.
Ou seja, se você está negociando um imóvel por R$ 200 mil, porque simplesmente
você acha que ele vale R$ 200 mil, mas o laudo de avaliação do Fiscal do Banco
apontar um valor de R$ 180 mil, o Banco irá contratar o financiamento utilizando o
valor apontado pelo profissional credenciado.
Digamos que o teto do PMCMV na sua região seja R$ 180 mil, e você tem uma casa
que vale R$ 200 mil, mas gostaria de financiar por R$ 180 mil, para aproveitar as
condições facilitadas do programa, taxas de juros, etc. Sendo que o comprador irá
pagar os R$ 20 mil restantes com recursos próprios por fora do financiamento. Sinto
informar, mas você não vai conseguir fazer isso.
Essa é a análise de viabilidade para imóveis prontos, e é por isso que os Bancos pagam
muito bem para os seus Engenheiros e Arquitetos Credenciados fazer isso para
eles. E é por isso que na hora de fazer as simulações de financiamento precisamos
utilizar o valor de mercado do imóvel, independentemente do tipo de financiamento.
Se você está lendo este guia desde o capítulo 1, e sem pular nada, você já entendeu
que não podemos afirmar que valor de terreno + custo de construção seja igual ao
valor de mercado do imóvel.
E é justamente por isso, que os Bancos usam desta premissa para determinar a
viabilidade econômica de um processo de aquisição de terreno + construção.
Imagine um terreno que tenha uma vocação comercial, pois está localizado em uma
grande avenida, e possua um valor de mercado de R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais). Imagine agora que alguém entre com uma proposta de financiamento para
comprar este terreno, e construir uma casa de 65 m2, e que tenha um custo de R$
100.000,00.
Se você leu com muita atenção a seção de Avaliação do Imóvel, ou mesmo tenha
conhecimento na área de avaliação, saberá que não podemos afirmar que depois que
gastar R$ 100 mil em cima de um terreno de R$ 1 milhão, ele passará a valer R$
1.100.000,00 (um milhão e cem mil reais). Principalmente pelo fato de o terreno
apresentar vocação comercial, e não residencial.
Digamos que após fazer as devidas avaliações, conforme prevê a NBR 14.653, o caso
acima resulte em um imóvel com valor de mercado de R$ 1.050.000,00. Isto significa,
que para o Banco, o negócio é inviável, pois o custo da obra mais o valor de mercado
do terreno, resulta em um imóvel com valor de mercado menor.
Aqui você vai entender não apenas como os Bancos analisam a viabilidade de obras,
mas também como isso é feito por grandes incorporadoras e construtoras
imobiliárias, inclusive de mercados internacionais. E eu aprendi isso quando trabalhei
para uma grande construtora de 2008 a 2013.
E anote esse número, pois essa premissa básica é utilizada em mercados imobiliários
de todo o mundo. Pois basicamente é isso que define a viabilidade econômico-
financeira de um empreendimento imobiliário sobre um terreno, seja ele de grande
ou pequeno porte.
Quem definiu esse número mágico de 30% foi o próprio mercado imobiliário mundial,
que com o passar dos anos foi aprimorando e melhorando a viabilidade dos
empreendimentos mundo a fora.
Imagine que você queira gastar R$ 500 mil na construção de uma casa, em um terreno
próprio de 150 m2, localizado na periferia de uma cidade, sem asfalto, sem segurança
e com uma vizinhança não muito valorizada.
Com certeza este imóvel, depois de pronto, não vai valer nem R$ 500 mil reais, e para
chegar a essa conclusão, nem precisamos saber o valor do terreno, pois já vimos que
ele é pequeno e mal localizado. Quem tem R$ 500 mil muito provavelmente
procuraria outro lugar para morar.
Nesse caso, o Banco jamais iria aprovar a construção dessa casa, no seu terreno, pois
o valor de mercado do imóvel será menor que o próprio custo de construção, e como
explicado acima, para ser aprovado, o custo de construção tem que ser inferior a 70%
de valor de mercado do imóvel. Portanto, sem chance de aprovação, pois esse
negócio é inviável para o Banco.
Note que para este caso o Fiscal do Banco não precisa nem avaliar o seu terreno,
pois essa informação é desnecessária para determinar a viabilidade do negócio. Dessa
forma, é avaliado apenas o valor de mercado do imóvel como se pronto estivesse, e
os custos da planilha orçamentária proposta.
Para este tipo de imóvel a análise de viabilidade é muito parecida com a análise de
viabilidade estudada no caso de construção em terreno próprio. Exceto pelo fato de
que já temos uma edificação construída e que agora será reformada ou ampliada.
Nesse caso, por já ter uma garantia constituída, que é o imóvel existente, os Bancos
costumam ser mais maleáveis quanto à análise de viabilidade.
Sendo que para esse caso, basta que o orçamento seja suficiente para conclusão da
obra e seja menor que o valor de mercado do imóvel depois de pronto. Ou seja, aqui
não vale aquela regra dos 30% sobre o terreno, pois já temos uma edificação
construída.
Por fim, assim como no caso de construção em terreno próprio, o Fiscal de Banco irá
verificar se o orçamento proposto é inferior ao valor de mercado como se pronto
estivesse. Isso dará a viabilidade econômica do projeto proposto.
Isso é tudo que você precisa saber sobre as análises de viabilidade dos Bancos, agora,
se você iniciou a leitura deste guia, por esta seção, conforme o desafio que eu propus
à você, recomendo que volte na seção Definições e leia todo este guia, para se tornar
um verdadeiro mestre em construções financiadas.
Caso você já tenha lido tudo, desde o início, continue a leitura para saber quais as
etapas do processo de contratação, conforme os fluxogramas que preparei para você.
Contratação do Financiamento
Agora que você conhece e sabe como serão feitas todas as análises de um processo
de financiamento imobiliário, inclusive na Caixa que é o maior agente financeiro
imobiliário do Brasil, você precisa aprender todos os passos da contratação do
financiamento, para cada tipo de imóvel.
Sendo assim, e para efeitos de estudos, vamos utilizar como instituição financeira o
banco Caixa, pois este é um dos mais utilizados no mercado de financiamento
imobiliário brasileiro.
É importante ressaltar que as etapas apresentadas são referentes aos dias atuais, e
por isto, poderão sofrer alterações sem prévio aviso, conforme instituição escolhida.
Fatores como mudanças de normativos da instituição e procedimentos internos
podem variar conforme a data em que você estiver lendo este guia. Por isso lembre-
se de sempre conferir a versão deste guia.
Antes de começar você precisa lembrar que alguns bancos trabalham com
terceirizados para emissão de propostas de financiamento, sã os chamados
“correspondentes”. No caso da Caixa, eles são os CCA – Correspondente Caixa Aqui.
Sendo assim, saiba que você pode dar entrada em processos tanto nas agências
bancárias, quanto nos CCA. Existem algumas agências, em determinadas cidades, que
não recebem processos de financiamento, pois elas preferem que a entrada seja feita
pelos CCA. Fique atento aos procedimentos da sua cidade, e consulte a
disponibilidade de cada agência antes de dar entrada no processo.
mil. E a única opção do proponente, neste caso, é assinar o contrato ou não. Por isso
é tão importante que você aprenda as técnicas de avaliação de imóveis, para que
então, já na elaboração dos projetos da obra, você consiga saber quanto realmente
ela vai valer depois de pronta.
A avaliação do terreno serve para garantir que o vendedor receba um valor justo para
o mesmo. Além disso, serve para verificar a viabilidade econômica da negociação,
pois o Banco não quer que você gaste mais do que for economicamente viável em
cima de um terreno. Por exemplo, construir uma casa de 45 m2 em cima de um
terreno que vale R$ 250 mil.
Sendo assim, o terreno será pago pelo Banco, imediatamente após o registro do
contrato de financiamento no cartório. E então, o proponente poderá iniciar a
construção da obra.
Execute exatamente aquilo que foi apresentado e aprovado, sem modificar nada, pois
caso faça isso, sua obra será paralisada e o projeto precisará ser totalmente
reanalisado, inclusive reavaliar o imóvel. Portanto, siga exatamente o que foi
aprovado, sem modificações.
Mesmo que você conclua a obra 100%, você receberá apenas 95% de medição, pois
o Banco irá reter 5%, que só será liberado após a averbação da construção na
Note que enquanto o proponente não receber a última parcela referente a averbação
da obra, o Banco irá cobrar juros sobre o empréstimo, de maneira que o
financiamento não seja amortizado.
Muito cuidado com isso, pois eu sei de casos onde o proponente terminou a obra,
mas não fez a averbação na matricula, ou seja, não finalizou a construção perante o
Banco, e ficou assim por 2 anos. Ele achou que estava pagando as parcelas do
financiamento todo mês, mas quando foi verificar, na verdade ele passou 2 anos
pagando juros, e nada de amortização do financiamento.
Fique muito atento a isso nos seus processos de aquisição terreno + construção!
CONCLUSÃO
Mas a grande vantagem de saber trabalhar nesse mercado, é que você consegue fazer
encaixar o sonho da casa própria ao bolso e realidade financeira de cada um. E digo
isso para todos, e não apenas para pessoas que não tenham uma renda alta.
É por isso que eu acredito que aqueles que aprendem uma ou mais formas de
financiamento imobiliário são capazes de enxergar o mundo a partir de uma nova
perspectiva.
Foi isso que eu aprendi e venho aprendendo diariamente desde 2008, com muito
trabalho e suor, e agora passei tudo de forma resumida, para você leitor do Guia
Interativo Construções Financiadas.
Eu espero que você tenha gostado e aprendido muito com este guia. Qualquer
dúvida, comentário, reclamação, enfim, qualquer coisa, basta entrar em contato
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