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Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 I Série – N.

º 68

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 1.530,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
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«Imprensa». A 3.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 180 133.20 da Imprensa Nacional - E. P.

SUMÁRIO Tendo em conta que a eficácia e materialização do


Orçamento Geral do Estado apenas pode ser assegurada pelo
Presidente da República cumprimento de regras e instruções de execução orçamental
Decreto Presidencial n.º 141/20: objectivas e adequadas à conjuntura económica;
Aprova as Regras de Execução do Orçamento Geral do Estado para Considerando a necessidade de se estabelecer as Regras
o Exercício Económico de 2020. –– Revoga todas as disposições de Execução do Orçamento Geral do Estado;
que contrariem o disposto no presente Diploma, nomeadamente
Tendo em conta o disposto no artigo 35.º da Lei
o Decreto Presidencial n.º 130/19, de 7 de Maio, e o Decreto
Presidencial n.º 282/18, de 28 de Novembro.
n.º 15/10, de 14 de Julho, Lei do Orçamento Geral do Estado;
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
Assembleia Nacional
nea l) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
Rectificação n.º 5/20:
Constituição da República de Angola, o seguinte:
Rectifica a alínea c) do n.º 5 do artigo 9.º da Lei n.º 7/20, de 30 de
Março, publicada no Diário da República n.º 38, I Série, que auto- ARTIGO 1.º
riza o Banco Nacional de Angola a Emitir e a Pôr em Circulação (Aprovação)
uma Nova Família de Notas do Kwanza.
São aprovadas as Regras de Execução do Orçamento
Ministério das Finanças Geral do Estado para o Exercício Económico de 2020,
Despacho n.º 10/20: anexas ao presente Decreto Presidencial, de que é parte
Autoriza a utilização das Obrigações do Tesouro emitidas nos termos integrante.
do Decreto Presidencial n.º 165/17, de 12 de Julho, no montante que
ARTIGO 2.º
exceder a necessidade de títulos para a aquisição de crédito bancário
(Revogação)
de cobrança duvidosa do BPC, para o aumento de capital social do
BPC, no valor determinado pela cotação disponibilizada pelo Banco São revogadas todas as disposições que contrariem o
Nacional de Angola, para os referidos títulos, na data da realização disposto no presente Diploma, nomeadamente o Decreto
da escritura pública.
Presidencial n.º 130/19, de 7 de Maio, e o Decreto Presidencial
n.º 282/18, de 28 de Novembro.
ARTIGO 3.º
PRESIDENTE DA REPÚBLICA (Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e apli-


Decreto Presidencial n.º 141/20 cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da
de 21 de Maio República.
Considerando que a desconcentração da execução do ARTIGO 4.º
Orçamento Geral do Estado, através do Sistema Integrado de (Entrada em vigor)

Gestão Financeira do Estado, requer uma maior responsabi- O presente Diploma entra em vigor na data da sua publi-
lização dos gestores das Unidades Orçamentais e dos Órgãos cação e permanece válido até a entrada em vigor, na ordem
Dependentes, na execução dos respectivos orçamentos; jurídica, do novo Diploma que o revogue.
3042 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, h) Decreto Presidencial n.º 289/19, de 9 de Outubro


aos 17 de Abril de 2020. — estabelece o Procedimento para a Opera-
Publique-se. cionalização do Direito da Agência Nacional
de Petróleos, Gás e Biocombustíveis sobre os
Luanda, aos 29 de Abril de 2020. Recebimentos da Concessionária Nacional;
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves i) Decreto n.º 73/01, de 12 de Outubro, que define
Lourenço. os Órgãos, as Regras e as Formas de Fun-
cionamento do Sistema Integrado de Gestão
REGRAS DE EXECUÇÃO Financeira do Estado.
DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO j) Decreto Executivo n.º 1/13, de 4 de Janeiro — Pro-
PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2020 cedimentos de Emissão da Cabimentação e de
Instituição da Pré-Cabimentação e do Classi-
CAPÍTULO I ficador Orçamental, de forma a assegurar uma
Disposições Gerais aplicação mais racional dos recursos públicos
disponíveis.
ARTIGO 1.º
(Objecto) ARTIGO 4.º
(Utilização e Acessos no Sistema Integrado
O presente Diploma estabelece as Regras de Execução de Gestão Financeira do Estado)
do Orçamento Geral do Estado. 1. Todo o funcionário público, agente administrativo ou
ARTIGO 2.º pessoal contratado, adquire a qualidade de utilizador somente
(Âmbito) após frequência de uma formação de execução orçamental.
O presente Diploma é aplicável a todos os Órgãos do 2. Após a frequência à formação e atribuição de um cer-
Estado, Entidades ou Instituições que beneficiam de dota- tificado deve ser atribuído um perfil e senha de utilizador ao
ções do Orçamento Geral do Estado, nos termos da Lei. funcionário da Unidade Orçamental ou Órgão Dependente.
ARTIGO 3.º
3. O perfil do utilizador e os acessos são atribuídos
(Regras básicas) apenas de acordo com a compatibilidade da execução das
Na execução do Orçamento Geral do Estado, as Unidades actividades, após homologado pelo Validador do Órgão.
4. A senha tem carácter confidencial e unipessoal.
Orçamentais devem respeitar, com rigor, as disposições
5. Sempre que se registar mudança de utilizador,
combinadas dos seguintes Diplomas:
os responsáveis das Unidades Orçamentais ou Órgãos
a) Lei n.º 15/10, de 14 de Julho — Lei-Quadro do
Dependentes devem informar no prazo máximo de 5 dias,
Orçamento Geral do Estado;
por ofício ou correio electrónico, aos Serviços Executivos
b) Lei n.º 9/16, de 16 de Junho — Lei dos Contratos
Directos do Ministério das Finanças, para que sejam desac-
Públicos; tivados os perfis anteriores ou atribuídos novos.
c) Lei n.º 18/10, de 6 de Agosto — Lei do Património 6. A atribuição, suspensão e desactivação dos perfis e
Público; acessos cabe aos Serviços de Tecnologia de Informação e
d) Decreto Presidencial n.º 31/10, de 12 de Abril Comunicação das Finanças Públicas.
— Regulamento do Processo de Preparação, 7. A responsabilidade na indicação dos utilizadores cabe
Execução e Acompanhamento do Programa de aos responsáveis da Unidade Orçamental, Órgão Dependente
Investimento Público; e o Validador do Órgão do Sistema Orçamental.
e) Decreto Presidencial n.º 40/18, de 9 de Fevereiro 8. Todos os Serviços Executivos Directos do Ministério
— Regime de Financiamento dos Órgãos da das Finanças, que concorrem para execução orçamental,
Administração Local do Estado; têm a responsabilidade de acompanhar, em função da espe-
f) Decreto Presidencial n.º 47/18, de 14 de Feve- cificidade orçamental, a criação de perfis, os utilizadores, as
alterações e as inactivações dos utilizadores.
reiro — Regime Aplicável às Taxas, Licenças
9. Toda e qualquer actividade realizada no SIGFE, de
e Outras Receitas Cobradas pelos Órgãos da
forma fraudulenta, faz o seu utilizador incorrer em responsabi-
Administração Local do Estado e aprova a res-
lidade disciplinar, administrativa, civil, financeira e criminal.
pectiva Tabela; 10. Sempre que os Serviços Executivos Directos ou as
g) Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto — Normas e Unidades Orçamentais verificarem irregularidades na uti-
Procedimentos a Observar na Fiscalização Orça- lização dos acessos por parte do utilizador do SIGFE,
mental, Financeira, Patrimonial e Operacional devem solicitar aos Serviços de Tecnologia de Informação e
da Administração do Estado e dos Órgãos que Comunicação das Finanças Públicas a desactivação do perfil
dele dependem; e inactivação da senha.
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CAPÍTULO II 2. As receitas consulares das Missões Diplomáticas,


Disciplina Orçamental nomeadamente Embaixadas, Consulados e Representações
ARTIGO 5.º
Comerciais da República de Angola, devem ser recolhidas
(Documentos do SIGFE) nas respectivas contas bancárias.
1. O SIGFE assegura a dinâmica e a eficácia da execu- 3. As receitas referidas no número anterior destinam-se
ção orçamental e financeira desconcentrada do Orçamento a suportar despesas, no limite da Programação Financeira
Geral do Estado. trimestral autorizada das respectivas Missões Diplomáticas,
2. Os documentos para a movimentação dos recursos devendo o saldo assim como o excedente nas contas bancá-
financeiros no SIGFE são os seguintes: rias sobre a Programação Financeira ser comunicado, por
a) DC — Documento de Cobrança; intermédio dos extractos bancários, à Direcção Nacional de
b) GR — Guia de Recebimento, utilizada para o Contabilidade Pública, Direcção Nacional do Tesouro e à
depósito de outras receitas, cauções e devolu- Administração Geral Tributária, até ao 5.º dia do mês subse-
ções de recursos; quente, para que no momento das transferências essas sejam
c) GPT — Guia de Pagamento de Taxas, utilizada para efectuadas por dedução das disponibilidades declaradas.
efectuar pagamentos pelo Portal de Serviços; 4. A transferência dos recursos para as Missões
d) Mensagem SWIFT, utilizado para a entrada de Diplomáticas e Consulares é feita, em regra, trimestralmente,
recursos provenientes de financiamentos inter- podendo o Ministério das Finanças, quando necessário e justi-
nos e externos; ficado, alterar esse procedimento para transferências mensais.
e) NRF — Necessidades de Recursos Financeiros, 5. As Missões Diplomáticas, os Institutos Públicos,
utilizada para solicitar à Direcção Nacional do os Fundos Autónomos, os Governos Provinciais e as
Tesouro a real necessidade de Recursos Finan- Administrações Municipais, bem como quaisquer Órgãos da
ceiros; Administração Central e Local do Estado que detêm receitas
f) OT — Ordem de Transferência, utilizada pela próprias, ficam obrigados a informar à Direcção Nacional do
Direcção Nacional do Tesouro para a transferên- Tesouro, trimestralmente, até ao 10.º dia do mês anterior ao
cia de recursos financeiros; do início de cada trimestre, sobre as alterações ocorridas na
g) OS — Ordem de Saque, utilizada para efectuar previsão da receita do trimestre seguinte.
pagamentos em nome do Estado; 6. As receitas comunitárias dos Governos Provinciais
h) NCD — Nota de Cabimentação de Despesa, utili- e das Administrações Municipais devem ser arrecadadas
zada para identificar a classificação orçamental apenas nas Sub-CUT’s Provinciais, através do Portal do
e o valor de cada despesa a efectuar em nome Munícipe e os seus saldos, transferidos para a Administração
do Estado; Local do Estado, até ao dia 15 do mês seguinte ao da arre-
i) NACD — Nota de Anulação de Cabimentação de cadação, para a execução de despesas de funcionamento
Despesa, utilizada para anular a cabimentação da referida Administração disponibilizados sob a forma de
processada, repondo o saldo orçamental da res- quota financeira de despesas orçamentadas.
pectiva rúbrica orçamental; 7. Aos recursos próprios arrecadados pelas Missões
j) Mensagens Electrónicas Padronizadas, utilizadas Diplomáticas, Institutos Públicos, Fundos Autónomos,
para a realização de pagamentos, com origem Governos Provinciais e Administrações Municipais, bem
no pagador, através do sistema de liquidação por como quaisquer Órgãos da Administração Central e Local
bruto em tempo real do Sistema de Pagamentos do Estado são deduzidos 1,5%, para cobertura das comissões
de Angola (SPA). dos serviços prestados pelos bancos da rede de arrecadação
ARTIGO 6.º de receitas do Estado e das despesas de suporte e manuten-
(Execução da receita) ção das plataformas informáticas e portais de serviços do
1. Todas as receitas do Estado, incluindo as receitas Estado.
aduaneiras, as receitas resultantes da venda do património 8. Na falta de Diploma legal que fixe as percentagens
imobiliário do Estado, os emolumentos e receitas similares, da consignação das taxas e emolumentos arrecadados pelas
devem ser recolhidas via Referência Única de Pagamento ao Unidades Orçamentais que dispõem de receita própria deve-
Estado (RUPE) na conta que o Tesouro Nacional mantém no -se aplicar o seguinte critério geral de distribuição:
Banco Nacional de Angola (BNA), denominada CUT, inde- a) 40% a favor do Tesouro Nacional; e
pendentemente de estarem ou não consignadas a alguma b) 60% a favor da entidade que arrecadar.
Unidade Orçamental, com excepção das receitas comuni- 9. Sempre que as despesas necessárias à supervisão e
tárias que devem dar entrada nas Sub-CUT’s Provinciais, controlo incorridas pela Concessionária Nacional se mos-
enquanto não for criada a Sub-CUT Municipal, através do trarem inferiores as receitas arrecadadas, a Concessionária
Portal do Munícipe, sob a rubrica «Receitas dos Serviços Nacional deve, no fim do exercício económico, transferir os
Comunitários». saldos do exercício para a CUT.
3044 DIÁRIO DA REPÚBLICA

10. Os procedimentos para a operacionalização do direito 8. Na ausência da NRF, são assumidos na Programação
da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustíveis Financeira e nos Planos de Caixa valores duodecimais.
sobre os Recebimentos da Concessionária Nacional são os 9. Os prazos para a remissão das NRF pelas Unidades
que se encontram estabelecidos no Decreto Presidencial Orçamentais e Financeiras à Direcção Nacional do Tesouro
n.º 289/19, de 9 de Outubro. são os seguintes:
ARTIGO 7.º a) Até ao dia 10 de Dezembro do ano anterior ao que
(Programação financeira) o orçamento se refere, para o 1.º Trimestre;
1. A Programação Financeira fixa os limites para cabi- b) Até ao dia 10 do mês anterior ao do início do tri-
mentação da despesa a favor das Unidades Orçamentais mestre, para o 2.º, 3.º e 4.º Trimestres.
e o limite consolidado de recursos a afectar às Unidades 10. A Concessionária Nacional deve para efeitos da
Financeiras, observados, para todos os efeitos, os respecti- Programação Financeira, apresentar, até ao dia 10 de
vos créditos orçamentais. Dezembro de cada ano, à Direcção Nacional do Tesouro do
2. As despesas para as quais é exigível a cabimentação Ministério das Finanças a programação anual dos compro-
por estimativa ou global na sua execução, nomeadamente as missos de petróleo bruto afectos à dívida externa, em volume
contratuais, são inscritas na Programação Financeira Anual e valor para todos os contratos de financiamento respeitante
no limite do crédito orçamental. ao ano seguinte.
3. As Delegações Provinciais de Finanças constituem-se 11. A programação referida no número anterior é actua-
como Unidades Financeiras, sendo responsáveis, enquanto lizada para o 2.º, 3.º e 4.º Trimestres, sendo a programação
tal, pela consolidação dos elementos exigíveis para a actualizada submetida nos prazos referidos no número ante-
Programação Financeira das Unidades Orçamentais sedia- rior à Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das
das nas respectivas províncias, com excepção do Governo Finanças.
Provincial de Luanda. 12. As parcelas dos contratos para a realização de
4. Constituem-se também como Unidades Financeiras os despesas que se distribuam por mais de um trimestre
órgãos do Estado que, pela sua estrutura, sejam constituídos do ano corrente devem ser consideradas despesas fixas
como tal pelo Ministério das Finanças, pelo que são também na Programação Financeira Anual e desagregadas nas
responsáveis pela consolidação dos elementos exigíveis Programações Financeiras Trimestrais, de acordo com o cro-
para a Programação Financeira das Unidades Orçamentais nograma de desembolsos mensais indicado na NRF.
por ela superintendidas. 13. Compete às Delegações Provinciais de Finanças a
5. Para efeito de fixação dos limites referidos nos n.os 2 elaboração da Programação Financeira Local trimestral,
e 3 do presente artigo, as Unidades Orçamentais agregam os bem como dos Planos de Caixa Mensais, obedecendo ao
respectivos Órgãos Dependentes e as Unidades Financeiras estabelecido no Diploma sobre o Regime Financeiro Local.
agregam as Unidades Orçamentais, sendo as despesas iden- 14. A elaboração da Programação Financeira Trimestral
tificadas conforme se tratem de despesas em moeda nacional e dos Planos de Caixa mensais das Unidades Financeiras
ou em moeda estrangeira. que não sejam Delegações Provinciais de Finanças, com-
6. Tendo em conta a capacidade de financiamento do Estado pete às respectivas Unidades Financeiras, devendo, para o
e o volume de recursos financeiros solicitados pelas Unidades efeito, as Unidades Orçamentais remeter as NFR à Unidade
Orçamentais e as Unidades Financeiras, o Ministério das Financeira nos seguintes prazos:
Finanças elabora, trimestralmente, a Programação Financeira a) Até ao dia 30 de Novembro do ano anterior ao que
e, mensalmente, o Plano de Caixa, nos termos da legislação o orçamento se refere, para o 1.º Trimestre;
aplicável e das presentes Regras, os quais são submetidos à b) Até ao último dia dos meses de Fevereiro, Maio e
aprovação, respectivamente, do Titular do Poder Executivo e Agosto, para o 2.º, o 3.º e o 4.º trimestres, res-
da Comissão Económica. pectivamente.
7. As Unidades Orçamentais e as Unidades Financeiras 15. A disponibilização dos limites trimestrais de cabi-
devem, para efeitos de elaboração da Programação mentação e das quotas financeiras mensais derivadas da
Financeira, excepto a dos projectos do Programa de Programação Financeira Trimestral e dos Planos de Caixa
Investimentos Públicos e dos Planos de Caixa, apresentar, Mensais, respectivamente, é feita pela Direcção Nacional
nos termos da Lei e através da Plataforma Informática do do Tesouro do Ministério das Finanças, ao nível central e
SIGFE à Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das da Província de Luanda, e pela Delegação Provincial de
Finanças a NRF de cada trimestre, a qual deve incorporar o Finanças, enquanto Unidade Financeira, ao nível de cada
cronograma de desembolsos dos programas, projectos e acti- uma das demais Províncias. Para as Unidades Financeiras
vidades, cujo comportamento não seja linear, obedecendo o que não sejam Delegações Provinciais de Finanças a dis-
cronograma da sua execução, as normas de prestação de ser- ponibilização de tais limites é feita pelo órgão da Unidade
viço público e outros aspectos também relevantes. Financeira que for designado para o efeito.
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ARTIGO 8.º e afins das respectivas Unidades Orçamentais, no âmbito


(Execução financeira)
da execução orçamental, devem ser remetidos à Delegação
1. As Unidades Orçamentais não estão autorizadas a Provincial de Finanças e compete ao Delegado Provincial de
manter contas bancárias em nome próprio domiciliadas Finanças, por delegação do Ministro das Finanças, proceder
em bancos comerciais sem que tenham sido autorizados à devida abonação.
pelo Ministro das Finanças, com base em fundamenta- 8. Não é permitida a emissão de garantias para a execu-
ção apresentada pelas mesmas, incluindo as contas «Fundo ção de despesas das Unidades Orçamentais fora dos limites
Permanente» referidas no Capítulo VI. do Orçamento Geral do Estado da referida unidade.
2. Para a execução da despesa as Unidades Orçamentais 9. As garantias emitidas para execução de despesas por
não estão autorizadas a emitir Ordens de Saque em nome via de crédito documentário devem ser acompanhadas das
próprio, excepto para constituição ou reconstituição do respectivas Notas de Cabimentação como contra-garantia do
Fundo Permanente, que devem ser emitidas em nome da compromisso firmado.
Comissão Administrativa de Gestão do Fundo Permanente. 10. As garantias para operações de períodos superiores a
3. A solicitação da abertura de conta bancária de cada nova 12 meses, ou operações nas quais o desembolso incida fora
Unidade Orçamental dos Órgãos da Administração Local do do ano fiscal corrente, apenas são aceites para projectos de
Estado deve ser remetida à Delegação Provincial de Finanças natureza plurianual ou projectos com inscrição orçamental
e compete ao respectivo Delegado Provincial autorizar, assegurada para o ano seguinte, mediante competente auto-
mediante subdelegação de poderes do Ministro das Finanças, rização superior.
com o conhecimento da Direcção Nacional do Tesouro. 11. Excepto no que estiver disposto em contrário neste
4. Os processos para a abonação das assinaturas dos
Diploma, qualquer pagamento de despesa pública apenas
Gestores das Unidades Orçamentais que validem os docu-
pode ter as seguintes origens:
mentos de pagamentos e afins das Unidades Orçamentais dos
a) CUT e Sub-CUT;
Órgãos de Soberania e da Administração Central do Estado,
b) Banco Operador;
no âmbito da execução orçamental, devem ser remetidos à
c) Operadores de facilidades de créditos externos.
Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças.
12. Para atender as despesas urgentes e imprevistas
5. Os processos para abonação das assinaturas dos ges-
decorrentes de guerra, de perturbação interna ou de calami-
tores das Unidades Orçamentais devem ser instruídos com a
dade pública, o Tesouro Nacional deve constituir um Fundo
seguinte documentação:
de Emergência, cujas despesas a efectuar com a sua cober-
a) Carta dirigida à Direcção Nacional do Tesouro
tura são inscritas através da abertura de Créditos Adicionais
do Ministério das Finanças ou à Delegação
Provincial de Finanças, conforme forem Órgãos Extraordinários pelo Titular do Poder Executivo, nos termos
da Administração Central ou Local do Estado, da Lei do Orçamento Geral do Estado.
respectivamente, solicitando a abonação de 13. Para atender à sazonalidade da execução do paga-
três assinaturas, com a descrição dos gestores mento de salários no 4.º Trimestre o Tesouro Nacional deve
e respectivos cargos, cuja assinatura se solicita constituir a respectiva Reserva Financeira, correspondente
abonação; a 5% da arrecadação da receita não petrolífera entre o 2.º e
b) Fotocópias coloridas dos Bilhetes de Identidades o 3.º trimestre.
dos Gestores, cuja assinatura se solicita abona- ARTIGO 9.º
(Execução das despesas)
ção;
c) Número de Identificação Fiscal e Certificado de 1. A execução orçamental da despesa deve observar,
Registo Criminal; sucessivamente, as etapas de cabimentação, de liquidação e
d) Despacho de Nomeação da entidade cuja assina- de pagamento, devendo a etapa de cabimentação ser prece-
tura se solicita a abonação; dida da geração do processo patrimonial, para as categorias
e) Despacho de exoneração, no caso de substituição; de Bens Móveis, Veículos, Imóveis do Domínio Privado do
f) Fax mail, devidamente preenchido pelos gestores Estado, Imóveis do Domínio Público e Activos Intangíveis.
cuja assinatura se solicita abonação. 2. No decorrer da execução do processo patrimo-
6. As Unidades Orçamentais para as quais sejam nial, os gestores das Unidades Orçamentais ou dos Órgãos
nomeados novos gestores, ficam obrigadas a procederem Dependentes que adquiram bens, findo o processo aquisi-
à actualização das assinaturas dos respectivos gestores e a tivo, devem comunicar à Direcção Nacional do Património
imediata solicitação da anulação das assinaturas dos gesto- do Estado, num prazo de 15 dias a fim de se registar a con-
res cessantes. clusão do referido processo.
7. Os processos para a abonação das assinaturas dos 3. Os limites de despesas das Unidades Orçamentais são
Gestores das Unidades Orçamentais dos Órgãos do Poder os contidos no relatório «Quadro Detalhado da Despesa»
Local do Estado que validem os documentos de pagamento (Parcelar) dos Órgãos Dependentes respectivos.
3046 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. Nenhum encargo pode ser assumido por qualquer b) Estar registados no SIGFE, devendo os contratos
Unidade Orçamental, sem que a respectiva despesa esteja que forem reduzidos a escrito conter cláusulas
devida e previamente cabimentada, de acordo com o pre- sobre a existência de cobertura orçamental, na
visto na Lei n.º 15/10, de 14 de Julho e nas presentes Regras.
qual consta obrigatoriamente a classificação fun-
5. Nenhuma despesa pode ser autorizada ou paga sem
cional programática.
que o factor gerador da obrigação de despesa respeite as
normas legais aplicáveis, disponha de inscrição orçamental, 2. É vedada a celebração de contratos com vigência
tenha cabimento na Programação Financeira, esteja adequa- indefinida.
damente classificada e satisfaça o princípio da economia, da 3. Os contratos de prestação de serviços executados de
eficiência e da eficácia. forma contínua podem ser prorrogados por iguais e suces-
6. O factor gerador de reconhecimento da dívida pelo sivos períodos, desde que resultem na obtenção de preços e
Estado é visto na perspectiva da Liquidação da Despesa, condições mais vantajosas para a Administração Pública, até
acompanhado de autos de medição e notas de entrega, no ao prazo máximo de 48 meses, após o que, é obrigatório a
momento da recepção do bem e serviços. realização de um novo procedimento concursal.
7. Compete ao Controlador Financeiro (CF) proceder
4. A cabimentação global de despesas contratuais no ano
à verificação do processo de execução da despesa podendo
exigir aos gestores das Unidades Orçamentais, sempre que económico para efeitos da dedução do saldo do crédito orça-
necessário, a apresentação, através do SIGFE, de contratos, mental correspondente deve subordinar-se aos limites da
facturas, imagens ou outros documentos que sejam relevantes, Programação Financeira Anual, com desagregação trimes-
para efeito de aprovação da liquidação da respectiva despesa. tral, nos termos da Lei do Orçamento Geral do Estado.
8. Não é permitida a realização de despesas em moeda 5. Os contratos celebrados à luz da Lei dos Contratos
estrangeira, nomeadamente despesas associadas ao início de Públicos e de financiamento externo, sujeitos à fiscalização
obras, à celebração de contratos ou à aquisição de bens e preventiva nos termos da Lei que aprova o Orçamento Geral
serviços, salvo quando tais encargos tenham como base con- do Estado, apenas são considerados em conformidade e efi-
trato celebrado com entidade não residente cambial, ou que,
cazes para a execução orçamental e financeira e remessa ao
por circunstâncias que o justifiquem, resultem de decisão
Tribunal de Contas após emissão de Nota de Cabimentação
superior do Titular do Poder Executivo.
9. Não é permitida a celebração de contratos com enti- autorizada pelo Ministro das Finanças.
dades não residentes cambiais representadas por residentes 6. A emissão da Nota de Cabimentação para os contratos
cambiais e por estes interpostos apenas com o fim de contra- referidos no número anterior fica condicionada à prévia con-
tação em moeda estrangeira. firmação pelo Ministro das Finanças, estando a cláusula de
10. São consideradas dívidas de exercícios findos ou res- cobertura orçamental referida no n.º 1 isenta da referência ao
tos a pagar, apenas aquelas que resultem de despesas que número da Nota de Cabimentação.
tenham sido liquidadas no SIGFE e não pagas até ao encer- 7. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
ramento do exercício financeiro. no acto da assinatura do contrato de aquisição de bens e de
11. O apoio financeiro do Estado às associações e outras
serviços ou de empreitada por organismos do Estado, os
instituições, apenas deve ser dado àquelas que tenham sido
fornecedores ou os prestadores de serviços devem exigir
declaradas pelo Estado como de «Utilidade Pública», nos
termos da Lei n.º 6/12, de 18 de Janeiro, observados os destes uma via — a primeira — da Nota de Cabimentação,
limites da respectiva despesa fixados pela Lei Orçamental declinando o Estado qualquer eventual direito de crédito
anual, mediante a assinatura de contratos-programa com reclamado por aquisição de bens e de serviços, quando o
os Departamentos Ministeriais do Estado e Governos eventual fornecedor dos bens ou prestador dos serviços não
Provinciais, os quais devem incluir cláusulas de prestação apresente o comprovativo da liquidação da despesa.
de contas que não sendo observadas dão lugar a suspensão 8. O controlador financeiro deve, mediante visto, con-
da atribuição de fundos. firmar a cabimentação global de despesas contratuais no
12. As associações que venham a ser declaradas como ano económico para efeitos da dedução do saldo do crédito
de utilidade pública entre Agosto de cada ano e Julho do
orçamental correspondente, bem como a liquidação das res-
ano seguinte só podem beneficiar de subsídio do Orçamento
Geral do Estado no exercício financeiro que inicia posterior- pectivas despesas.
mente em Agosto do ano seguinte. 9. Os adiantamentos iniciais, vulgo down payment,
fixados em função do objecto do contrato, a ser deduzido
ARTIGO 10.º
(Execução de Contratos) proporcionalmente ao valor dos autos de medição dos ser-
1. Os contratos para a efectivação de despesa devem: viços executados, não deve exceder o limite de 15% do
a) Constar do Plano Anual de Contratação de cada valor do contrato, podendo ser autorizado pelo Ministro das
Unidade Orçamental, submetido ao Serviço Finanças, adiantamentos de até 30%.
Nacional da Contratação Pública, no prazo 10. O pagamento inicial, vulgo initial payment, para
de 15 dias úteis a contar da data da publicação aquisição de bens e serviços, no âmbito da realização de
da Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado; despesas correntes, podem ir até 50% do valor do contrato.
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020 3047

11. É proibida a celebração de adendas a contratos em 2. São pagas pela Unidade de Gestão da Dívida Pública
execução ou finalizados, resultantes de trabalhos a mais, do Ministério das Finanças, nos termos do disposto no
cujo valor total exceda 15% do contrato inicial. artigo 15.º do presente Diploma, as despesas de projectos
12. Sem prejuízo dos limites previstos nos n.os 10 e 11 do de investimento público e despesas de capital cuja fonte de
presente artigo, a competência do órgão fixada para autori- recurso sejam facilidades de créditos operacionalizados pelo
zação das despesas provenientes de alterações de variantes, Ministério das Finanças.
de revisões de preços e de contratos adicionais, que resul- 3. O Titular do Poder Executivo pode decidir que
tem em adendas, não podem ultrapassar o custo total de 5% determinadas despesas sejam pagas centralizadamente na
do limite máximo da sua competência prevista na Lei dos Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças
Contratos Públicos. com a afectação das correspondentes dotações orçamentais.
13. Quando for excedido o limite percentual definido no 4. Para o pagamento das despesas pela Direcção
número anterior, a autorização da despesa compete ao órgão
Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças, nos termos
que, nos termos da Lei dos Contratos Públicos, detém com-
do número anterior, as Unidades Orçamentais delas respon-
petência para autorizar o seu montante total, incluindo os
sáveis devem instruir os processos nos seguintes termos:
acréscimos.
a) Carta solicitando o pagamento da despesa, com a
14. Os limites de competência para a autorização da
identificação do beneficiário e a indicação das
despesa são definidos em cada exercício económico, em con-
formidade com o disposto no Anexo X do presente Diploma, correspondentes coordenadas bancárias;
que actualiza o Anexo IV da Lei dos Contratos Públicos. b) Contrato comercial homologado (caso aplicável);
15. Sem prejuízo do estipulado nos números anteriores c) Certificado de aprovação do contrato comercial
do presente artigo, é proibida a realização de adiantamentos emitido pela entidade competente;
nos contratos em execução e nesses casos o valor da factura d) Visto do Tribunal de Contas (caso aplicável);
corresponde ao valor do auto de medição. e) Designação do projecto conforme inscrito no OGE;
16. Os processos a serem instruídos devem conter a res- f) Cronograma de execução financeira conforme modelo
pectiva Nota de Cabimentação emitida pelo SIGFE. constante no Anexo III do presente Diploma;
17. O Ministério das Finanças deve anular a Nota de g) Demonstrativo da execução orçamental do pro-
Cabimentação de projectos de investimento público cujos jecto, apresentando a dotação inicial e suas
vistos aos contratos tenham sido recusados pelo Tribunal de alterações, cabimentações emitidas e saldo orça-
Contas, quando exigidos. mental conforme modelo constante no Anexo IV
ARTIGO 11.º do presente Diploma.
(Promoção e instrução do processo de aquisição 5. Considerando tratarem-se de despesas da responsabi-
ou arrendamento de imóveis)
lidade das Unidades Orçamentais, os documentos originais
Os contratos de aquisição e arrendamento de bens referenciados nas alíneas b) e d) do número anterior são con-
imóveis são promovidos e instruídos nos termos da Lei servados na Unidade Orçamental, remetendo-se à Direcção
do Património Público e respectivo Regulamento sobre Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças uma foto-
os Procedimentos de Aquisição ou Locação Onerosa de cópia conferida notarialmente, excepto se existir mais de um
Quaisquer Direitos Sobre Bens Imóveis, competindo à exemplar original.
Direcção Nacional do Património do Estado, a nível central 6. Os processos de despesas das Unidades Orçamentais
e à Delegação Provincial de Finanças, a nível local. a serem executadas pela Direcção Nacional do Tesouro
ARTIGO 12.º do Ministério das Finanças são submetidos a uma valida-
(Pagamentos ao exterior pelas Unidades Orçamentais) ção prévia, que deve ocorrer até oito dias úteis após a sua
Os pagamentos só podem ser efectivados pelo banco recepção, consubstanciada na verificação dos documentos
operador ou outro banco, após certificação por este da requeridos, no grau de urgência e na sua adequação com os
satisfação pelas Unidades Orçamentais dos requisitos exi- limites da Programação Financeira.
gíveis pela legislação cambial para as operações externas, 7. Executado o pagamento, a Direcção Nacional do
incluindo, nos casos aplicáveis, o licenciamento dos contra- Tesouro do Ministério das Finanças procede ao envio
tos pelo Banco, bem como da homologação pela Direcção atempado da documentação completa e adequada para as
Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças. Unidades Orçamentais, confirmando a realização do paga-
ARTIGO 13.º mento, num prazo de cinco dias úteis.
(Pagamento de despesas pelo Tesouro Nacional) ARTIGO 14.º
1. São executadas e pagas pela Direcção Nacional do (Prazo de pagamento das despesas)
Tesouro do Ministério das Finanças as despesas que, pela sua 1. As Unidades Orçamentais devem proceder ao paga-
natureza, estejam classificadas e orçamentadas como encar- mento célere das facturas resultantes da execução de
gos gerais do Estado na Unidade Orçamental Operações contratos de empreitada de obras públicas e de aquisição de
Centrais do Tesouro. bens e serviços.
3048 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. Os empreiteiros de obras públicas inscritas no 2. Compete ao Titular do Departamento Ministerial res-


Programa de Investimentos Públicos devem assegurar-se ponsável pelas Finanças Públicas fixar em diploma próprio
para início da execução física do projecto e confirmação da o procedimento e os critérios para o pagamento de atrasados.
existência de dotação orçamental, de que têm em sua posse a
respectiva via da Nota de Cabimentação, sem a qual o Estado CAPÍTULO III
Despesas com o Pessoal
declina qualquer reclamação de pagamento em atraso.
3. As facturas referentes a contratos de empreitadas de ARTIGO 16.º
obras públicas, celebrados nos termos da legislação em (Autorização de horas acrescidas e subsídios)
vigor, em posse das Unidades Orçamentais e não pagas até 1. Os Gestores das Unidades Hospitalares devem auto-
90 dias após a data de vencimento especificada no contrato, rizar a realização de horas acrescidas e chamadas, no
são consideradas pagamentos em atraso. estrito cumprimento do estabelecido no Decreto Executivo
4. As facturas referentes à aquisição de bens e servi- Conjunto n.º 57/02, de 5 de Dezembro, e no limite do crédito
ços efectuada em observância dos procedimentos legais em orçamental na natureza económica da despesa «Trabalho
vigor, em posse das Unidades Orçamentais e não pagas até Acrescido e Chamadas do Pessoal Médico».
90 dias após a data de vencimento especificada no contrato 2. O pagamento do subsídio de instalação, nos termos da
ou, na sua ausência, após a data de recepção, são considera- legislação em vigor, é autorizado pelo Gestor da Unidade
das pagamentos em atraso. Orçamental e cabimentado na natureza económica da des-
5. As Unidades Orçamentais devem informar à Unidade pesa «Subsídio de Instalação».
de Gestão da Dívida Pública, até 15 dias após o fim de cada 3. O pagamento do subsídio de estímulo a que têm
mês, o valor global das facturas em atraso nos termos do direito os Magistrados é autorizado pelo Gestor da respec-
estabelecido nos n.os 3 e 4 do presente artigo através do preen- tiva Unidade Orçamental, no estrito cumprimento da Lei
chimento do «Resumo de Pagamentos em Atraso», conforme que aprova o Orçamento Geral do Estado e cabimentado
Modelo constante no Anexo I do presente Diploma. na natureza económica da despesas «Outras Remunerações
6. As Unidades Orçamentais devem enviar trimestral- Variáveis do Pessoal Civil».
mente à Unidade de Gestão da Dívida Pública, até ao fim do 4. A natureza de despesa referida nos números anterio-
mês seguinte ao final de cada trimestre, o «Demonstrativo res, utilizada para o pagamento de Subsídios de Instalação,
das Facturas em Atraso», conforme Modelo constante no com valores de pagamento estipulados nos termos da lei, só
Anexo II do presente Diploma, evidenciando as razões do pode ser reforçada por contrapartida da categoria de Bens e
não pagamento atempado. Serviços.
7. A Unidade de Gestão da Dívida Pública deve elabo- ARTIGO 17.º
rar trimestralmente, a lista das Unidades Orçamentais que (Planeamento de efectivos)

tenham pagamentos em atraso superiores a 90 dias. 1. Os Titulares dos Departamentos Ministeriais, dos
8. Os gestores e agentes administrativos das Unidades Governos Provinciais e dos demais Órgãos da Administração
Orçamentais que praticarem actos que originem a acumula- Central e Local do Estado devem, com base no quadro orgâ-
ção de pagamentos em atraso, nos termos do presente artigo, nico de pessoal e orçamento de despesas com o pessoal
são responsabilizados disciplinar e administrativamente. aprovado, aprovar o planeamento de efectivos contendo as
9. As Unidades Orçamentais devem remeter à necessidades de admissão de pessoal, promoção ou outro
Direcção Nacional de Investimento Público, até 180 dias a instrumento de mobilidade profissional.
contar da data da publicação do presente Diploma, as fac- 2. As Unidades Orçamentais devem remeter à Direcção
turas do período compreendido entre 2013 e 2018 que não Nacional do Orçamento do Estado, até ao dia 20 de Maio,
tenham sido pagas, referentes a execução do Programa de o demonstrativo da existência de dotação orçamental para
Investimentos Público. atribuição do fundo salarial para admissões e promoções na
10. Todas as facturas ou documentos equivalentes que funcionalidade específica do SIGFE, de acordo com o mapa
sejam enviados fora do prazo referido no número anterior demonstrativo constante no Anexo VIII do presente Diploma.
serão remetidas, para os devidos efeitos legais, à Inspecção 3. Os Órgãos de Recursos Humanos devem, com base
Geral da Administração do Estado. no fundo salarial disponível na funcionalidade específica,
proceder à criação, no SIGFE, das vagas de admissão e pro-
ARTIGO 15.º
(Pagamento de atrasados) moção e emitir o respectivo relatório «Vagas de Promoções
e Admissões».
1. O Ministério das Finanças deve assegurar nos termos
da legislação em vigor, no presente exercício económico, o ARTIGO 18.º
(Admissão e promoção de agentes públicos)
pagamento dos atrasados do Estado referentes a despesas
dos exercícios passados, mediante a celebração de acordos 1. A admissão, a promoção e a mobilidade dos funcioná-
de regularização de atrasados, cujas modalidades de paga- rios públicos apenas deve ser feita nos termos da Lei n.º 17/90,
mento são negociadas com os credores, podendo os mesmos de 20 de Outubro, do Decreto Presidencial n.º 102/11,
serem realizados em dinheiro, títulos do tesouro ou compen- de 23 de Maio, e do Decreto Presidencial n.º 104/11, de 23
sação fiscal, nos termos admitidos pela lei. de Maio.
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020 3049

2. As admissões, excepto para o Ministério da Justiça 5. Os Órgãos de Recursos Humanos dos Ministérios da
e dos Direitos Humanos e dos Regimes Especiais da Educação, do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, da
Educação, do Ensino Superior e da Saúde, bem como a alte- Saúde e dos Governos Provinciais devem garantir dotações
ração de categorias dos funcionários públicos, nos termos do orçamentais para pagamento dos agentes públicos a admitir
número anterior, devem ocorrer apenas no 1.º Semestre de nos termos do número anterior, nos respectivos limites de
cada ano, obedecendo aos prazos seguintes: despesa do Orçamento Geral do Estado para o ano seguinte.
a) Publicação pelos Departamentos Ministeriais, 6. Os Órgãos de Recursos Humanos dos Governos
Governos Provinciais e demais Órgãos da Admi- Provinciais, das Instituições do Ensino Superior e das
nistração Central e Local do Estado do aviso de Unidades Hospitalares devem proceder à inserção e
abertura de concurso público, até ao dia 20 de processamento dos salários no SIGFE dos agentes públi-
cos, admitidos nos termos do n.º 3 do presente artigo, no
Março;
1.º Trimestre do ano seguinte.
b) Elaboração e publicação pelos Departamentos
7. As alterações da base de dados para efeitos de inserção
Ministeriais, Governos Provinciais e demais
de agentes admitidos ou promovidos e correspondente pro-
Órgãos da Administração Central e Local do
cessamento de salários referidas nos n.os 3 e 4 do presente
Estado da Lista de Classificação Final, até ao dia artigo devem ocorrer até ao dia 30 de Setembro de cada ano.
20 de Maio; 8. Os Gabinetes de Recursos Humanos dos
c) Os Departamentos Ministeriais, Governos Provin- Departamentos Ministeriais e dos Governos Provinciais, e
ciais e demais Órgãos da Administração Central dos Institutos Públicos, até dez dias após o provimento dos
e Local do Estado, no âmbito do processo de funcionários admitidos, devem proceder à inserção dos mes-
inserção na base do SIGFE dos candidatos apu- mos no SIGFE.
rados nos concursos de admissão e promoção, 9. Os Órgãos de Recursos Humanos dos Departamentos
devem remeter a Direcção Nacional do Orça- Ministeriais, dos Governos Provinciais e dos Institutos
mento do Estado o expediente instruído com os Públicos, até dez dias após a promoção dos funcionários,
seguintes documentos, até o dia 31 de Julho: devem proceder à alteração das categorias dos mesmos no
i. Despacho de abertura do concurso; SIGFE.
ii. Constituição do júri; 10. Os Órgãos de Recursos Humanos dos Departamentos
iii. Lista definitiva dos candidatos apurados; Ministeriais, dos Governos Provinciais e das Administrações
iv. Cópias do Bilhete de Identidade; Municipais devem proceder à inserção do pessoal dos
v. Contrato administrativo de provimento; Gabinetes dos Titulares de cargos políticos e de Direcção no
SIGFE até dez dias após a respectiva nomeação.
vi. Contrato de trabalho;
11. Os Órgãos de Recursos Humanos dos Tribunais e da
vii. Despachos de admissão para o pessoal já do
Procuradoria Geral da República devem proceder à inser-
quadro.
ção do pessoal de apoio às residências dos Magistrados
3. O processo de recrutamento de novos agentes públicos
Judiciais e do Ministério Público no SIGFE, até dez dias
para os regimes especiais da educação, do ensino superior
após a nomeação para o exercício de funções.
e da saúde deve ocorrer no II Semestre de cada ano, para
12. O recrutamento de professores colaboradores apenas
permitir o início da actividade laboral e processamento dos
é permitido através da celebração de contrato de trabalho por
respectivos salários nos primeiros meses do ano económico
tempo determinado nos termos da legislação em vigor, no limite
seguinte, obedecendo os seguintes prazos:
da respectiva dotação orçamental para pagamento de salários.
a) Publicação nos Sectores da Educação, Ensino 13. Por razões justificáveis e existindo cobertura orçamen-
Superior e Saúde do aviso de abertura de con- tal no orçamento parcelar da Unidade Orçamental, compete
curso público, até ao dia 31 de Julho; ao Ministro das Finanças autorizar a admissão de funcionários
b) Elaboração e publicação pelos Sectores da Edu- públicos dos regimes especiais, no 2.º Semestre de cada ano.
cação, Ensino Superior e Saúde da Lista de ARTIGO 19.º
Classificação Final, até ao dia 10 de Outubro. (Processamento de salários)
4. Os Departamentos Ministeriais da Educação e da 1. As Unidades Orçamentais, através dos órgãos de
Saúde, no âmbito do processo de inserção na base do SIGFE recursos humanos, devem certificar os dados relativos aos
dos candidatos apurados nos concursos de admissão e pro- indivíduos e os salários aprovados, processar no SIGFE os
moção dos respectivos sectores, devem remeter à Direcção movimentos do mês anterior e emitir as respectivas folhas
Nacional do Orçamento do Estado o expediente acompa- de salário para conferência e correcções que se tornarem
nhado com: Despacho de Abertura do Concurso, Constituição necessárias e, proceder ao pagamento dos salários até ao
do Juri, Lista Definitiva dos Candidatos Apurados homolo- dia 30 de cada mês, obedecendo ao calendário publicado no
gado pelos Titulares dos Sectores, até 31 de Janeiro. SIGFE pelo Ministério das Finanças.
3050 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. Não são considerados no mês a que respeitam as alte- 11. Para a actualização da base de dados de processa-
rações posteriores à data estabelecida e que ultrapassem o mento de salários, nas situações em que o respectivo quadro
prazo definido no número anterior, sendo da inteira respon- de vagas de direcção e chefia do organismo no SIGFE não
sabilidade dos órgãos de recursos humanos as consequências apresente disponibilidade, os órgãos dos recursos humanos
pela não introdução dessas alterações para efeitos do proces- dos Departamentos Ministeriais e dos Governos Provinciais,
samento dos salários. devem no prazo máximo de 10 dias úteis a partir da data de
3. Os Gabinetes de Recursos Humanos dos Governos nomeação, remeter à Direcção Nacional do Orçamento de
Provinciais em coordenação com os Órgãos de Recursos Estado do Ministério das Finanças, para efeitos de abertura
Humanos das Direcções Provinciais de Educação devem da respectiva vaga no SIGFE, o respectivo processo consti-
assegurar a remuneração do pessoal docente não universitá- tuído por:
rio unicamente nas folhas de salários das respectivas escolas a) Fotocópia do despacho de nomeação;
em que prestem serviço. b) Fotocópia do quadro de pessoal e organigrama
4. Os responsáveis máximos das instituições devem asse- da instituição constante do Estatuto Orgânico
gurar que conste nas respectivas folhas de salários apenas publicado em Diário da República; e
o pessoal com efectividade no respectivo local de trabalho, c) Demonstrativos dos lugares criados e ocupados
salvo situações excepcionais previstas na lei. por titulares que já auferem as respectivas remu-
5. Os funcionários públicos transferidos devem ser nerações processadas pelo SIGFE, conforme
retirados da folha de salários do organismo de origem, o modelo constante no Anexo V do presente
imediatamente, através da emissão no SIGFE da Guia de
Diploma.
Vencimentos.
12. Para efeito de actualização da base de dados de pro-
6. Para a inserção na folha de salários do novo organismo
cessamento de salários, os Gabinetes de Recursos Humanos
o processo da transferência de funcionários públicos consti-
dos Departamentos Ministeriais, dos Governos Provinciais,
tuídos pelos respectivos despachos, guias de marcha, bem
as Direcções Nacionais dos Recursos Humanos dos
como as guias de vencimento emitidas através do SIGFE,
Ministérios da Saúde e da Justiça e dos Direitos Humanos,
contendo os respectivos números de processo, devem ser
bem como os Órgãos de Recursos Humanos dos Tribunais e
remetidos Direcção Nacional de Administração Pública, do
da Procuradoria Geral da República, devem:
Ministério da Administração Pública, Trabalhos Segurança
a) Remeter à Direcção Nacional do Orçamento do
Social e ao organismo de destino.
Estado do Ministério das Finanças, até ao dia
7. Os Órgãos de Recursos Humanos, no prazo máximo
15 de cada mês, as solicitações de processa-
de 8 dias úteis a partir da data de apresentação do funcioná-
mento dos subsídios, que nos termos do Decreto
rio, com base no número do processo constante da guia de
vencimento, devem proceder à actualização do vínculo do Legislativo Presidencial n.º 4/19, de 25 de Abril,
funcionário no SIGFE para processamento dos respectivos carecem de verificação concreta das circuns-
salários. tâncias e das condições exigíveis do exercício
8. O processamento do subsídio de férias deve ser efec- efectivo da actividade do beneficiário, anexando
tuado conforme o Mapa de Férias até ao mês de Novembro a respectiva legislação complementar e especí-
sendo os Órgãos de Recursos Humanos responsáveis pelo fica que atribui o direito; e
seu correcto processamento no SIGFE. b) Remeter à Direcção Nacional do Orçamento do
9. A alteração da categoria dos funcionários, por efeito Estado do Ministério das Finanças, até ao dia 15
de nomeação ou de exoneração para o exercício de cargos de Abril de cada ano, as solicitações de isenção
de direcção e chefia, é feita no SIGFE pelos Órgãos dos em regime especial do pagamento do imposto
Recursos Humanos dos Departamentos Ministeriais, dos sobre o rendimento de trabalho, nos termos dos
Governos Provinciais e demais Órgãos da Administração artigos 2. º, 4.º e 5.º do Decreto n.º 42/04, de 13
Central e Local do Estado. de Julho, sendo o processo constituído por:
10. Os processos de promoção de funcionários públicos, i. Declaração original de antigo combatente;
nos termos das disposições do Decreto-Lei n.º 12/94, de 1 ii. Fotocópia do Bilhete de Identidade; e
de Julho, são remetidos à Direcção Nacional do Orçamento iii. Fotocópia do cartão de identificação como
do Estado do Ministério das Finanças para efeitos de actua- antigo combatente.
lização de categoria no SIGFE, instruídos com os seguintes 13. Os processos para actualização da base de proces-
elementos: samento de salários dos Governos Provinciais devem ser
a) Parecer do Ministério da Administração Pública, remetidos pelos Gabinetes de Recursos Humanos à Direcção
Trabalho e Segurança Social; Nacional da Administração Pública para efeito de verifica-
b) Despacho de promoção emitido pelo titular do ção e encaminhamento à Direcção Nacional do Orçamento
organismo. do Estado.
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020 3051

14. Para o processamento das subvenções mensais vita- k) A alteração do percentual do subsídio de diuturni-
lícias, previstas na legislação em vigor, devem os titulares dade a que têm direito os Magistrados Judiciais
desse direito remeter, ao Ministério das Finanças, o processo e do Ministério Público;
constituído por: l) A opção remuneratória, o desconto por prestação
a) Requerimento dirigido ao Ministro das Finanças; de serviço em tempo parcial, a exclusão do 13.º
b) Despacho de nomeação e exoneração, publicado Mês e os descontos ao funcionário;
em Diário da República; e m) Transferência de funcionários públicos;
c) Fotocópia do Bilhete de Identidade. n) Suspensão de recebimento de salários;
15. Os processos de alteração do domicílio bancário, 17. Os processos relativos à isenção, em regime especial,
para a Administração Central devem ser instruídos e reme- do pagamento do imposto sobre o rendimento do trabalho,
tidos à Direcção Nacional do Orçamento do Estado e para a nos termos do Decreto n.º 42/04, de 13 de Julho, são autori-
Administração Local, à Delegação Provincial de Finanças, zados pela Direcção Nacional do Orçamento do Estado do
com a seguinte documentação: Ministério das Finanças.
a) Fotocópia do Bilhete de Identidade; 18. Nas situações em que se verificar funcionários públi-
cos, agentes ou pessoal contratado a auferirem vencimentos,
b) Declaração de idoneidade;
subsídios e abonos indevidamente, a Direcção Nacional do
c) Comprovativo de IBAN devidamente assinado e
Orçamento do Estado deve proceder a reposição a partir das
carimbado.
remunerações mensais das mesmas pessoas, através da fun-
16. Os Órgãos de Recursos Humanos das Unidades
cionalidade específica no SIGFE, para o Tesouro Nacional.
Orçamentais devem processar no SIGFE, utilizando as fun-
cionalidades específicas descentralizadas para o efeito, as CAPÍTULO IV
informações relacionadas com o processamento de salários, Ajuste Orçamental
seguintes: ARTIGO 20.º
a) A nomeação e exoneração para cargos políticos e (Créditos orçamentais)

de direcção e chefia; 1. O Orçamento Geral do Estado é executado por inter-


b) A admissão e promoção de funcionários públicos; médio de créditos orçamentais iniciais e adicionais.
c) A nomeação e exoneração do pessoal do quadro 2. Os créditos adicionais são suplementares, quando
temporário; destinados ao reforço de dotação orçamental e especiais,
d) A passagem de pessoal em provimento provisório quando destinados a atender despesas para as quais não haja
dotação específica na lei orçamental.
para o quadro e a extinção do vínculo laboral por
3. Os créditos adicionais só podem ser propostos à con-
aposentação, demissão, falecimento e rescisão;
sideração da entidade competente para as autorizar desde
e) A concessão de licença registada, licença ilimitada
que devidamente justificados e a indispensável contrapar-
e licença de parto, assim como o respectivo can- tida esteja assegurada.
celamento; 4. As dotações orçamentais e eventuais saldos orçamentais
f) A suspensão do processamento de salários, devido à em despesas com o pessoal, somente podem constituir contra-
comissão de serviço no exterior do País; partida de créditos adicionais na mesma categoria de despesa.
g) A concessão do abono de família, a que têm direito 5. A Reserva Orçamental somente é utilizada, após esgo-
os descendentes de funcionários públicos e a tadas todas as possibilidades de cancelamento das dotações de
medida de alimentos a menores em cumpri- despesas correntes e de capital do respectivo Órgão Orçamental.
mento de sentenças judiciais; 6. O acto que autorizar o crédito adicional deve especifi-
h) O processamento do subsídio de instalação, de car o tipo de crédito, a importância e a origem dos recursos
estímulo, de substituição e de isolamento; disponíveis de contrapartida.
i) O processamento dos subsídios de estágio dos estu- 7. Todas as alterações orçamentais devem ser solicita-
das pelos Órgãos Dependentes às respectivas Unidades
dantes finalistas dos cursos da área de medicina
Orçamentais através da plataforma informática do SIGFE,
das Instituições de Ensino Superior Públicas;
devendo o espelho do processo estar devidamente assinado
j) A actualização da base de dados para o proces-
pelas entidades competentes, bem como observar as opções
samento de horas acrescidas e chamadas do de tipos de alterações orçamentais (crédito adicional ou con-
pessoal médico, do subsídio de férias, do subsí- trapartida interna).
dio de turno e nocturno, do subsídio de exame, 8. Para a inclusão de nova célula orçamental deve ser
do subsídio de orientação de tese, do subsídio de efectuado o pré-cadastro no SIGFE, obedecendo a clas-
conclusão de tese e do subsídio de regência de sificação orçamental em vigor seguida de solicitação de
curso e cadeira; aprovação à Direcção Nacional do Orçamento do Estado.
3052 DIÁRIO DA REPÚBLICA

9. Os Órgãos Sectoriais e Provinciais do Sistema Orça- 3. As solicitações de créditos adicionais das Unidades
mental (Gabinetes de Estudo, Planeamento e Estatística dos Orçamentais dos Órgãos de Soberania e da Administração
Departamentos Ministeriais e dos Governos Provinciais e Central do Estado devem ser remetidas pelos Titulares dos
órgão equiparados da Presidência da República, da Vice- Órgãos de Soberania e dos Departamentos Ministeriais,
-Presidência da República e dos Tribunais Superiores) após instrução do parecer pelos Secretários Gerais que evi-
responsáveis pela elaboração do orçamento das Unidades dencia a necessidade de avaliação subsequente ao Ministro
Orçamentais devem proceder à análise técnica das soli- das Finanças.
citações de créditos adicionais das respectivas Unidades 4. As solicitações de créditos adicionais das Unidades
Orçamentais e Órgãos Dependentes sobre os aspectos legais, Orçamentais da Administração Local do Estado devem ser
de programação e execução orçamental e sobre a efectiva remetidas pelos Governadores Provinciais, após instrução
necessidade de atribuição do crédito adicional. do parecer pelos Secretários do Governo e obtido o pare-
10. A Direcção Nacional do Orçamento do Estado
cer da respectiva Delegação Provincial de Finanças que
com base nas informações prestadas, procede à uma ava-
evidencia a execução orçamental e financeira da Unidade
liação da necessidade do crédito adicional solicitado e da
Orçamental e insuficiência orçamental ao Gabinete do
disponibilidade de recursos de contrapartida, solicita infor-
Ministro das Finanças.
mações adicionais ou desencadeia os procedimentos legais
5. O Parecer referido nos n.os 3 e 4 do presente artigo
estabelecidos para a decisão competente de autorização ou
deve ter o seguinte conteúdo:
indeferimento.
i. Introdução;
11. As solicitações de alterações orçamentais, com
recurso à contrapartida da reserva orçamental, excepto em ii. Indicação e breve referência à base legal da
despesas com o pessoal que derem entrada no Ministério das despesa específica a realizar;
Finanças após o dia 15 de Outubro do exercício corrente, iii. Créditos adicionais já autorizados no ano
não são consideradas. económico à Unidade Orçamental;
iv. Peso percentual do crédito adicional e do
ARTIGO 21.º
(Créditos adicionais por contrapartida da reserva orçamental) total de créditos adicionais já autorizados,
1. As alterações orçamentais em Despesas de em relação às despesas de funcionamento da
Funcionamento e Despesas de Apoio ao Desenvolvimento Unidade Orçamental;
por contrapartida da «Reserva Orçamental» devem conter os v. Síntese das razões da atribuição do crédito
seguintes dados de fundamentação: adicional.
a) Razões da não inscrição da despesa no orçamento 6. As Unidades Orçamentais - Delegações Provinciais
aprovado; devem remeter as solicitações de créditos adicionais aos
b) Execução do crédito inicial e as razões que deram respectivos Departamentos Ministeriais para apreciação e
origem a insuficiência orçamental; cumprimento do estabelecido no presente artigo.
c) O incremento qualitativo ou quantitativo, nos 7. As solicitações de créditos adicionais em despesas
níveis dos serviços ou acções; com o pessoal das Unidades Orçamentais dos Órgãos de
d) Fotocópia do(s) contrato(s), que originaram a des- Soberania e da Administração Central e Local do Estado
pesa e respectivo visto do Tribunal de Contas, devem ser remetidas, pelos Secretários Gerais ou Entidades
nos termos dos limites de despesas fixados para Equiparadas dos Órgãos de Soberania dos Departamentos
fiscalização preventiva na Lei que aprova o Ministeriais e dos Governos Províncias, à Direcção Nacional
Orçamento Geral do Estado; do Orçamento do Estado do Ministério das Finanças.
e) Base de cálculo da solicitação de crédito adicional 8. Os créditos adicionais que resultem em aumento
por natureza económica da despesa, conforme acima de 30% do Limite de Despesa da respectiva Unidade
o modelo constante no Anexo VII do presente Orçamental, aprovado pela lei anual do OGE, excepto as de
Diploma; pessoal e de projectos de investimento público, são autoriza-
f) Créditos adicionais já autorizados no ano econó- dos pelo Titular do Poder Executivo.
mico à Unidade Orçamental; 9. Os créditos adicionais que resultem em aumento, até
g) Demonstrativo da alteração do orçamento; 10%, do Limite de Despesa da respectiva Unidade
h) Consequências do não atendimento da solicitação. Orçamental, aprovado pela lei anual do OGE, excepto as de
2. Os processos de crédito adicional em despesas com pessoal e de projectos de investimento público, são autori-
pessoal devem ser instruídos apenas com as informações das zados pelo(a) Secretário(a) de Estado para o Orçamento e
alíneas a), b) e f), mediante a apresentação e preenchimento Investimento Público, passando para o nível de autorização
dos Mapas de Planeamento de Efectivos e demonstrativos do Ministro das Finanças os créditos adicionais que resultem
da necessidade anual, conforme modelos constantes nos em aumento entre 10% e 30% do Limite de Despesa inicial
Anexos VI e IX do presente Diploma. da respectiva Unidade Orçamental.
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020 3053

10. Os créditos adicionais para Projectos de Investimento e dos Órgãos da Administração Local do Estado que não
Público superiormente aprovados e com financiamento estejam inseridas no mesmo projecto ou actividade devem
garantido são aprovados pelo Ministro das Finanças. ser solicitadas pelos titulares das respectivas Unidades
11. Os créditos adicionais em despesas com o pessoal Orçamentais à Direcção Nacional do Orçamento do Estado,
dos Órgãos de Soberania e da Administração Central do respectivamente, constando do processo o parecer da
Estado e dos Órgãos da Administração Local do Estado, Secretaria Geral do respectivo Departamento Ministerial ou
por contrapartida das «Reservas Específicas» para despesas Governo Provincial.
com o pessoal são autorizados pelo Director Nacional do 7. As alterações orçamentais por contrapartida interna
Orçamento do Estado. em despesas de funcionamento da actividade básica dos ser-
ARTIGO 22.º viços periféricos e desconcentrados dos Ministérios devem
(Créditos adicionais por contrapartida interna) ser solicitados pelos titulares das respectivas Unidades
1. As alterações orçamentais por contrapartida interna Orçamentais ao Delegado Provincial de Finanças e autoriza-
devem conter os seguintes dados de fundamentação: das por este, constando do processo o parecer do Secretário
a) Motivos da subavaliação da dotação orçamental; Geral ou equiparado da respectiva Unidade Orçamental.
b) Reavaliação quantitativa ou qualitativa da despesa; 8. As alterações orçamentais por contrapartida interna em
c) Resultados esperados com o remanejamento de despesas com pessoal dos Órgãos da Administração Central
dotação orçamental; e dos Órgãos da Administração Local do Estado devem ser
d) Motivo da sobreavaliação da dotação orçamental solicitadas pelos titulares das Unidades Orçamentais ao titu-
proposta como contrapartida; lar do respectivo Órgão Orçamental e são autorizadas por
este, mediante a apresentação e preenchimento dos Mapas
e) Repriorização das acções que levem à economia
de Planeamento de Efectivos justificativo e demonstrati-
de recursos;
vos da necessidade anual, conforme modelo constante no
f) Implicações da não-aceitação da solicitação.
Anexos IX do presente Diploma.
2. As alterações orçamentais por contrapartida interna
9. Todas as alterações orçamentais por contrapartida
em despesas de funcionamento da actividade básica (excepto
interna não previstas nos números anteriores, devem ser
despesas de investimentos) dos Órgãos de Soberania e da
remetidas ao Ministério das Finanças pelos respectivos
Administração Central do Estado devem ser solicitadas pelos
Titulares do Departamento Ministerial da Administração
titulares das respectivas Unidades Orçamentais, ao Titular
Central e da Administração Local do Estado, constando
do respectivo Órgão Orçamental e autorizadas por este,
do processo o parecer do Secretário Geral ou Equiparado
após parecer favorável da Secretaria Geral do Departamento
do respectivo Órgão Orçamental, elaborado nos termos do
Ministerial, desde que estejam inseridos no mesmo projecto
n.º 1 do presente artigo e são autorizados pelo Secretário de
ou actividade.
Estado do Orçamento.
3. As alterações orçamentais por contrapartida interna
ARTIGO 23.º
em despesas de funcionamento da actividade básica dos (Contrapartidas entre Projectos
Órgãos da Administração Local do Estado devem ser solici- do Programa de Investimento Público)
tadas pelos titulares das respectivas Unidades Orçamentais 1. Os créditos adicionais por contrapartidas interna asse-
ao Titular do Governo Provincial e autorizadas por este, após gurada em projectos do Programa de Investimento Público
parecer favorável da Secretaria do Governo Provincial, desde são efectuados pelo Ministério das Finanças por solicitação
que estejam inseridos no mesmo projecto ou actividade. da Unidade Orçamental que instrui o processo, inclusive o
4. As alterações orçamentais por contrapartida interna «Espelho de Crédito Adicional» no SIGFE, constando o pare-
em Despesas de Apoio ao Desenvolvimento dos Órgãos de cer do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do
Soberania e da Administração Central devem ser solicita- respectivo Departamento Ministerial ou Governo Provincial.
das pelos titulares das respectivas Unidades Orçamentais à 2. Os créditos adicionais por contrapartida interna asse-
Direcção Nacional do Orçamento do Estado do Ministério gurada em projectos do Programa de Investimentos Públicos,
das Finanças, constando do processo o parecer da Secretaria que resultem em alteração da fonte de recurso, são autoriza-
Geral do respectivo Departamento Ministerial, desde que dos pelo Ministério das Finanças.
estejam inseridos no mesmo projecto ou actividade. 3. As contrapartidas entre projectos do Programa de
5. As alterações orçamentais por contrapartida interna Investimentos Públicos solicitadas, nos termos dos núme-
em Despesas de Apoio ao Desenvolvimento dos Órgãos da ros anteriores do presente artigo, são efectivadas no SIGFE
Administração Local do Estado, devem ser solicitadas pelos pela Direcção Nacional para o Investimento Público do
titulares das respectivas Unidades Orçamentais ao Delegado Ministério das Finanças.
Provincial do Ministério das Finanças e autorizadas por este. 4. As dotações orçamentais e eventuais saldos orça-
6. As alterações orçamentais por contrapartida interna mentais com despesas de investimentos Públicos somente
em Despesas de Funcionamento e Despesas de Apoio ao podem constituir contrapartidas de créditos adicionais na
Desenvolvimento dos Órgãos da Administração Central mesma categoria de despesa.
3054 DIÁRIO DA REPÚBLICA

CAPÍTULO V 5. A formação dos contratos relativos aos projec-


Programa de Investimento Público tos de investimento público inscritos no Orçamento Geral
do Estado deve ser feita nos termos da Lei dos Contratos
ARTIGO 24.º
(Execução de projectos em geral) Públicos e demais legislações em vigor.
6. Os adjudicatários das propostas ligadas aos projectos
1. O início da execução física e financeira de um projecto
de investimento público devem apresentar uma garantia de
do Programa de Investimento Público carece de autorização
boa execução dos contratos, nos termos da lei dos contratos
prévia do Ministério das Finanças, com base na verificação
públicos.
dos seguintes requisitos cumulativos:
7. O pagamento de equipamentos e material duradouro
a) Fotocópia completa do contrato ou contratos ine-
adquiridos directamente de fornecedores no estrangeiro
rentes ao projecto assinado(s) e homologado(s)
deve ser feito, necessariamente, com a abertura de um cré-
pelos Órgãos Competentes, e respectivos ane-
dito documentário em banco de primeira linha e contra o
xos;
embarque da mercadoria, nos termos da legislação cambial.
b) Fotocópia do cronograma físico e financeiro de
8. O acompanhamento da execução física dos projec-
execução do projecto, com desdobramento
tos compete aos Departamentos Ministeriais, Governos
trimestral e do respectivo cronograma de desem-
Provinciais e Administrações Municipais de tutela e às
bolsos;
Unidades Orçamentais contratantes, através dos órgãos téc-
c) Fotocópia do relatório final do processo de forma-
nicos sectoriais e provinciais de planeamento, em articulação
ção do contrato ou contratos;
com as Direcções Técnicas do Ministério das Finanças.
d) Fotocópia do despacho de autorização da despesa
exarado pelo órgão competente nos termos da ARTIGO 26.º
(Pagamentos decorrentes da execução de projectos)
Lei dos Contratos Públicos;
e) Fotocópia do visto do Tribunal de Contas, nos ter- 1. Os pagamentos decorrentes da execução dos contratos
mos dos limites de despesa fixados na Lei que inerentes ao Programa de Investimento Público são realiza-
aprova o Orçamento Geral do Estado; dos, nos termos do respectivo contrato, de acordo com a Lei
f) Nota de cabimentação global. dos Contratos Públicos.
2. É vedado o início da execução física dos contratos 2. As facturas e os autos de medição devem necessa-
relativos aos projectos do Programa de Investimentos cujas riamente ser avalizados pelos responsáveis das Unidades
fontes de financiamento da despesa não estejam asseguradas Orçamentais demandantes dos serviços, bens e empreitadas,
e inscritas no Orçamento Geral do Estado. obedecendo ao seguinte:
a) No final de cada mês os prestadores de serviços, os
ARTIGO 25.º
(Dotações orçamentais para execução de projectos) fornecedores de bens e os empreiteiros devem
remeter às respectivas Unidades Orçamentais os
1. As dotações orçamentais a inscrever na Programação
autos de medição do mês ou documento equi-
Financeira e nos Planos de Caixa do Tesouro devem estar de
valente, devidamente visado pela fiscalização e
acordo com os cronogramas financeiros de desembolso dos
pelo gestor do projecto, caso estejam conforme;
projectos do Programa de Investimento Público, devendo
b) O responsável pela Unidade Orçamental ou pessoa
para o efeito as Unidades Orçamentais executar a solicita-
ção no Sistema Informático do Programa de Investimento delegada, responsável pelo contrato, avalia o auto
Público do Ministério das Finanças. de medição e caso esteja de acordo com o espaço
2. As Unidades Orçamentais devem solicitar no Sistema orçamental cabimentado, assina com a designa-
Informático do Programa de Investimento Público do ção «avalizado para a emissão de factura»;
Ministério das Finanças, trimestralmente, até o dia 10 c) Os prestadores de serviços, os fornecedores de
(dez) do mês anterior ao início do trimestre de referência, bens e os empreiteiros, emitem a factura cor-
a proposta de Programação Financeira Trimestral dos seus respondente aos autos de medição avalizados e
projectos inseridos no Programa de Investimento Público e encaminham à Unidade Orçamental demandante
inscritos no OGE, diferenciando as despesas a liquidar em dos serviços para pagamento.
moeda nacional e aquelas que representam responsabilidade 3. A Unidade Orçamental responsável pelo contrato
directa de liquidação ao exterior. remete a factura e autos de medição validados:
3. A Direcção Nacional de Investimento Público deve a) Para a Direcção Nacional do Investimento Público
validar as propostas de Programação Financeira Trimestral em caso de financiamento por Recursos Ordiná-
dos projectos do Programa de Investimento Público das rios do Tesouro, que após validação as devolve à
Unidades Orçamentais para enquadramento no Plano de Unidade Orçamental para efeitos de pagamento;
Caixa até ao dia 12 do mês anterior ao início do trimestre b) Para a Unidade Técnica de Acompanhamento de
de referência. Projectos no caso de financiamento interno e
4. Na proposta de Programação Financeira Trimestral, externo que após validação as encaminha para
no Plano de Caixa e na utilização da Quota Financeira dispo- a Unidade de Gestão da Dívida Pública para
nibilizada, tem prioridade a execução de projectos em curso. efeitos de desembolso do crédito.
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020 3055

ARTIGO 27.º 5. As disposições contidas no artigo 24.º das presentes


(Relatórios de execução dos projectos)
Regras, que se referem genericamente à execução dos pro-
1. As Unidades Orçamentais devem enviar ao Ministério jectos de investimentos públicos, são aplicáveis à execução
das Finanças, trimestralmente, até ao dia 20 do mês seguinte dos projectos financiados por facilidades de crédito, em tudo
ao do trimestre de referência, o relatório de execução do o que não contrarie o estabelecido no presente artigo.
Programa de Investimento Público da respectiva unidade 6. A Direcção Nacional do Orçamento do Estado deve
orçamental, especificando o grau de execução física e finan- assegurar a disponibilidade orçamental, para garantir que os
ceira dos contratos incluindo valores em dívida e indicando desembolsos ocorram sem constrangimentos, para os pro-
os constrangimentos identificados. jectos com financiamento garantido.
2. Para efeitos de avaliação do grau de execução ARTIGO 29.º
financeira os adiantamentos devem ser considerados pro- (Contrato de financiamento-ponte)
porcionalmente ao grau de execução física através da sua 1. Os contratos de financiamento associados ao
dedução no valor dos autos de medição. Programa de Investimento Público e de outros programas
3. As disposições contidas nos artigos do Capítulo II das e projectos de interesse nacional enquadrados no Plano de
presentes Regras que se referem, genericamente, à execução Desenvolvimento Nacional, cuja implementação seja con-
das despesas orçamentais são aplicáveis à execução finan- siderada prioritária, e desde que os trâmites das facilidades
ceira do Programa de Investimento Público, em tudo o que de crédito estejam a decorrer e tenham cumprido com a
não contrarie a sua especificidade. tramitação legal necessária, podem beneficiar, após a assina-
ARTIGO 28.º tura do respectivo contrato de financiamento-ponte, de um
(Execução de projectos financiados por facilidades de crédito) adiantamento de fundos a concretizar mediante Recursos
1. Compete à UGD a negociação, a contratação e a gestão de Ordinários do Tesouro (ROT).
toda a Dívida Pública Directa e Indirecta, devendo para efeito 2. O contrato de financiamento-ponte torna-se efectivo no
de solicitação de enquadramento financeiro em facilidades de acto da sua assinatura com o posterior desembolso de fundos
crédito remeter à Unidade Técnica de Acompanhamento de pelo Tesouro Nacional, recebidos antes da aprovação da faci-
Projectos cópia dos seguintes documentos: lidade de crédito através da plataforma informática SIGFE.
a) Fotocópia da ficha de identificação do projecto; 3. Os prestadores de serviços, os fornecedores de bens e os
empreiteiros são obrigados a reembolsar o Tesouro Nacional
b) Fotocópia da Ficha de caracterização do projecto;
dos fundos desembolsados em ROT em conta previamente
c) Comprovativo de inserção do projecto no PIP;
indicada, após disponibilização dos fundos decorrentes da
d) Despacho do órgão competente para autorizar a
facilidade de crédito aprovada, dentro do prazo acordado.
despesa referente ao contrato ou os contratos
ARTIGO 30.º
comerciais inerentes ao projecto; (Contratos inerentes a projectos financiados
e) Os contratos comerciais visados pelo Tribunal de por facilidades de crédito)
Contas e respectivos anexos, incluindo obriga- A formação de contratos com financiamento externo obe-
toriamente os cronogramas de execução física e dece aos princípios gerais constantes na Lei dos Contratos
financeira; Públicos em caso de créditos financeiros ou outros títulos da
f) Notas de Cabimentação Global. dívida pública.
2. Após confirmação por parte da Unidade Técnica de CAPÍTULO VI
Acompanhamento de Projectos, relativamente a confor- Fundo Permanente
midade do ponto anterior, a mesma deve reencaminhar à
Unidade de Gestão da Dívida Pública a solicitação de enqua- ARTIGO 31.º
(Concessão do Fundo Permanente)
dramento financeiro.
3. O acompanhamento da execução física dos pro- 1. Fundos Permanentes são importâncias adiantadas
pelo Tesouro Nacional, precedida de cabimentação, mantida
jectos financiados por facilidade de crédito compete
em contas bancárias «Fundo Permanente» cadastradas no
aos Departamentos Ministeriais, Governos Provinciais
SIGFE, destinadas ao pagamento das despesas referidas no
e Administrações Municipais de tutela e as Unidades
n.º 7 deste artigo, para as quais haja verba orçamental ade-
Orçamentais contratantes, através dos órgãos técnicos sec-
quada e suficiente, tendo em conta o princípio da Unidade de
toriais e provinciais de planeamento, em articulação com a Tesouraria e o objectivo de satisfazer necessidades inadiá-
Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos. veis dos serviços.
4. No acompanhamento da execução física e financeira 2. Os montantes dos fundos permanentes são fixados por
dos projectos devem ser devidamente observados e analisa- Despacho do Ministro das Finanças, mediante proposta fun-
dos os saldos dos créditos orçamentais e dos correspondentes damentada da Unidade Orçamental interessada.
desembolsos, de forma a assegurar que estejam a ser reflec- 3. A proposta de constituição do Fundo Permanente deve
tidos correctamente na execução orçamental os fluxos das ser remetida ao Gabinete do Ministro das Finanças, até ao
receitas das facilidades de crédito e das despesas orçamen- dia 31 de Julho, e não são consideradas aquelas que derem
tais executadas com estes recursos. entrada após essa data.
3056 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. A proposta de constituição do Fundo Permanente deve 3. A emissão da «Ordem de Saque» para a reconstituição
ser constituída por: do Fundo Permanente só deve ocorrer caso seja cumprido o
a) Despacho de nomeação da Comissão Administra- estabelecido no n.º 1 deste artigo e a Nota de Cabimentação
tiva encarregue da gestão do Fundo Permanente, descrimine as naturezas económicas das despesas realizadas.
constituída por três funcionários; 4. As Comissões Administrativas dos Fundos
b) Breve descrição das despesas que se pretende rea- Permanentes escrituram um livro próprio em que lançam:
lizar com o Fundo Permanente; a) A débito, a importância inicial do fundo e as suas
c) Base de cálculo do montante do fundo permanente reconstituições;
proposto. b) A crédito, as importâncias de todas as despesas pagas;
5. Publicado o Despacho referido no n.º 2, a Comissão c) Do livro referido no número anterior constam os
Administrativa deve requisitar ao gestor da respectiva termos de abertura e de encerramento, devi-
Unidade Orçamental a importância do Fundo Permanente damente assinados pelo Gestor da Unidade
autorizado, sendo emitidas as correspondentes Ordens de Orçamental, assim como as respectivas folhas
Saque nas naturezas económicas de despesa indicadas na numeradas e por ele rubricadas.
proposta que sustentou a aprovação do Fundo Permanente. 5. Até ao dia 5 de cada mês as Comissões Administrativas
6. As Ordens de Saque emitidas a favor das Comissões dos Fundos Permanentes devem remeter aos gestores das
Administrativas para a constituição ou reconstituição dos Unidades Orçamentais, um balancete demonstrativo dos
mesmos são sempre satisfeitas por transferência bancária. valores recebidos e das despesas pagas, bem como do saldo
7. Pelos Fundos Permanentes podem pagar-se: existente.
a) Despesas de pequeno vulto e eventuais, de pronto 6. A Comissão Administrativa deve, até ao dia 28 de
pagamento, necessárias ao eficiente funcionamento Dezembro de cada ano, apresentar a prestação de contas ao
quotidiano dos serviços que, pela sua natureza, exi- Gestor da Unidade Orçamental, nos termos do n.º 5 deste artigo
jam procedimentos expeditos de actuação; e informar a Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das
b) Cobertura de despesas com cartões de crédito e Finanças as disponibilidades na conta Fundo Permanente.
de débito emitidos para o suporte das ajudas de 7. Os saldos dos Fundos Permanentes a 31 de Dezembro
custo dos funcionários em missões de serviço; revertem à favor da CUT, obrigatoriamente, até ao dia 10 de
c) Cobertura de despesas com cartões de débito de
Janeiro, sendo os Fundos Permanentes do exercício seguinte
combustíveis e afins;
reconstituídos através de dotações orçamentais do respec-
d) Despesa em situações especiais dos órgãos de
tivo ano económico.
defesa e segurança com caracter sigiloso, con-
8. Não deve ser feita qualquer reconstituição do Fundo
forme se classificar em regulamento próprio.
Permanente nos seguintes casos:
8. É vedada a aquisição de material permanente utili-
a) Se um dos membros da Comissão Administrativa
zando recursos do Fundo Permanente.
estiver sob inquérito ou a responder a processo
9. Sem prejuízo do referido nos números anteriores,
administrativo;
as contas bancárias «Fundo Permanente», cadastradas no
b) Se um dos membros tiver a seu cargo a guarda
SIGFE podem ser movimentadas a credito para constitui-
e a utilização de um bem a adquirir ou de um
ção de uma reserva para fazer face a despesas com viagens
serviço a ser prestado;
e deslocação da Unidade Orçamental, desde que os valores
utilizados para esse fim não ultrapassem 15% do orçamento c) Se esgotado o prazo não tenha sido apresentada
para bens e serviços da respectiva unidade orçamental no aprestação de contas.
mesmo exercício económico. 9. Os membros das Comissões Administrativas dos
10. As autorizações de fundos permanentes são válidas Fundos Permanentes não podem deixar o exercício de
até solicitação de liquidação pela Unidade Orçamental ou funções, na respectiva Unidade Orçamental, sem prévio
anulação pelo Ministro das Finanças. Despacho do Ministro das Finanças, em que se declare livre
da sua responsabilidade para com o Tesouro Nacional.
ARTIGO 32.º
(Prestação de contas e registo do Fundo Permanente) CAPÍTULO VII
1. As Comissões Administrativas dos Fundos Permanentes Prestação de Contas
ficam obrigadas a enviar ao gestor da respectiva Unidade
ARTIGO 33.º
Orçamental, com periodicidade mensal, os documentos jus- (Controlador Financeiro)
tificativos das despesas legalmente realizadas, devendo ser
classificadas pelas verbas orçamentais aplicáveis, numeradas 1. O Controlador Financeiro é a entidade que junto do
e descritas numa relação discriminativa de todas as quantias Ministério das Finanças tem a missão de assegurar a gestão
pagas e pondo-se, em cada um deles, de forma bem visível a dos recursos financeiros públicos de acordo com as normas
declaração «pago por conta do fundo permanente». éticas, jurídicas e técnicas que regem a execução do OGE.
2. Os documentos devem ser apresentados na sua forma 2. Ao Controlador Financeiro são atribuídas, entre outras,
original emitidos em nome da Unidade Orçamental e auten- as seguintes tarefas:
ticados pelo fornecedor, para serem homologados, tendo em a) Acompanhar a gestão financeira das receitas e des-
vista a reconstituição desses fundos. pesas do Estado;
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020 3057

b) Controlar o cumprimento das regras sobre a execu- 9. As Unidades Orçamentais cujo parcelar orçamen-
ção orçamental; tal contêm despesas inscritas na fonte de recursos próprios
c) Acompanhar o cumprimento das obrigações do obrigam-se a reportar a respectiva execução da receita e da
Estado para com terceiros; despesa na funcionalidade específica do SIGFE e remeter à
d) Assegurar o controlo prévio com o objectivo de Direcção Nacional de Contabilidade Pública do Ministério
evitar a realização de despesas não previstas no das Finanças os demonstrativos da execução até ao 5.º dia
orçamento ou que ultrapassem o montante de útil após o término do mês.
crédito orçamental autorizado; 10. As Unidades Orçamentais detentoras de contas ban-
e) Garantir a conformidade legal das peças justificati- cárias com direitos de saque junto dos bancos comerciais
vas da execução das despesas; devem remeter à Direcção Nacional do Tesouro e à Direcção
f) Garantir, através da devida certificação, a recep- Nacional de Contabilidade Pública do Ministério das Finanças
ção dos bens ou serviços adquiridos por uma os relatórios mensais dos movimentos das respectivas contas,
Unidade Orçamental no âmbito da execução até ao 5.º dia útil do mês seguinte ao que se referem.
orçamental; 11. A Administração Geral Tributária deve encaminhar à
g) Identificar e alertar sobre as iniciativas com Direcção Nacional de Contabilidade Pública e ao Gabinete de
impacto financeiro e orçamental; Estudos e Estatísticas do Ministério das Finanças até ao 5.º dia
h) Identificar as tendências de risco orçamental; útil de cada mês, a informação relativa à receita consolidada
i) Apresentar e remeter à Inspecção Geral de Finanças do País arrecadada no mês anterior, bem como a receita tribu-
o relatório sobre a execução orçamental indi- tária em cobrança, correspondente ao stock da dívida activa.
cando os possíveis problemas identificados, bem 12. A Direcção Nacional do Tesouro deve encaminhar à
como propondo as respectivas soluções. Direcção Nacional de Contabilidade Pública, até ao dia 20
de cada mês, o seguinte:
ARTIGO 34.º
(Documentação e prazos)
a) Cópias dos bordereaux bancários corresponden-
tes às entradas de recursos na Conta Única do
1. Para efeitos de prestação de contas os intervenientes na Tesouro — CUT, Sub-CuT’s e na conta Ministé-
execução orçamental e financeira devem cumprir os pressu- rio das Finanças/Tesouro Nacional;
postos constantes nos números seguintes do presente artigo. b) Extractos bancários das Contas do Tesouro Nacio-
2. As Delegações Provinciais de Finanças devem reme- nal, devidamente conciliados; e
ter à Administração Geral Tributária, até ao dia 5 de cada c) Demonstrativo das doações recebidas pelos Órgãos
mês, o Boletim Mensal de Arrecadação (BMA). do Estado.
3. As Áreas de Contabilidade Pública adstritas às 13. A Unidade de Gestão da Dívida Pública deve enca-
Delegações Provinciais de Finanças devem efectuar a recep- minhar a Direcção Nacional de Contabilidade Pública do
ção, controlo e análise das prestações de contas das Unidades Ministério das Finanças, até ao dia 10 de cada mês, o seguinte:
Orçamentais e Órgãos Dependentes de subordinação local, a) Demonstrativo da dívida interna e externa;
bem como dos demais organismos que beneficiem de dota- b) Resumo dos contratos de financiamento das facili-
ção orçamental do OGE e não possuem dependência central. dades de crédito.
4. As Delegações de Finanças devem remeter, mensal- 14. A Direcção Nacional de Contabilidade Pública deve:
mente, à Direcção Nacional de Contabilidade Pública, até ao a) Remeter ao Gabinete de Estudos e Estatística os balan-
12.º dia do mês subsequente, o relatório síntese sobre a análise cetes mensais da execução orçamental e financeira
das prestações de contas das entidades sob jurisdição local. e a evolução do stock da despesa liquidada e não
5. As missões diplomáticas, consulares e representações paga, evidenciando o consolidado por credor da
comerciais devem proceder ao registo das respectivas pres- Administração Central e Local do Estado, assim
tações de contas na funcionalidade específica SIGFE, cuja como dos Serviços e Fundos Autónomos;
b) Enviar, mensalmente, à Direcção Nacional dos
inobservância é passível de suspensão da transferência de
Investimentos Públicos a informação relativa
recursos financeiros pela Direcção Nacional do Tesouro.
à execução financeira dos Projectos de Investi-
6. As missões diplomáticas, consulares e representa-
mentos Públicos, durante a primeira semana do
ções comerciais devem remeter à Direcção Nacional de
mês seguinte ao de referência;
Contabilidade Pública, até ao 5.º dia útil do mês ao que se c) Enviar à Direcção de Administração e Gestão do
referir, o relatório de Prestação de Contas. Orçamento do Ministério das Relações Exterio-
7. As Unidades Orçamentais e seus órgãos dependentes res, até ao dia 10 do mês subsequente, o relatório
devem remeter a DNCP, até ao 5.º dia útil após o fecho do sobre o recebimento da prestação de contas das
trimestre, o relatório de prestação de contas e respectivos jus- missões diplomáticas;
tificativos das despesas realizadas em suporte físico e digital. d) Enviar trimestralmente à Inspecção Geral de
8. As Unidades Orçamentais e seus órgãos dependentes Finanças a relação das. Unidade Orçamental e
que não submetam os relatórios de prestação de contas nos Órgão Dependente faltosas quanto a prestação
termos da Lei ficam condicionadas as afectações de recursos de contas, bem como de situações anómalas
financeiros para o mês seguinte, em obediência ao princípio verificadas nos processos para inclusão desses
da transparência. nas suas acções inspectivas.
3058 DIÁRIO DA REPÚBLICA

15. O Banco Nacional de Angola deve: ARTIGO 36.º


(Cativações no exercício económico)
a) Encaminhar, diariamente, à Direcção Nacional
do Tesouro, as vias de todos os documentos de 1. As cativações de créditos orçamentais efectuadas em
operações processadas na CUT; sede das condições macroeconómicas do exercício econó-
b) Encaminhar, semanalmente, em formato electró- mico são efectuadas pelo Ministro das Finanças até 100%
nico, a composição detalhada das operações do valor orçamentado.
mobiliárias conduzidas no período; 2. As descativações dos créditos orçamentais são solici-
tadas pelos Titulares dos respectivos Órgãos Orçamentais e
c) Remeter, trimestralmente, à Unidade de Gestão da
são autorizadas pelo Ministro das Finanças mediante:
Dívida Pública, um relatório da dívida externa.
a) Apresentação do relatório final do procedi-
16. Os Bancos Operadores, como Agentes Financeiros
mento concursal para formação do contrato(s)
do Estado, devem:
inerente(s) ao projecto;
a) Encaminhar, diariamente, à Direcção Nacional do b) Garantia da existência de fonte de financiamento.
Tesouro do Ministério das Finanças o respectivo 3. As descativações das despesas referidas no número
extracto bancário da conta Ministério das Finan- anterior são efectivadas pelo Ministro das Finanças, desde
ças/Tesouro Nacional; que esteja garantida a respectiva fonte de financiamento.
b) Encaminhar, diariamente, à Direcção Nacional 4. Compete ao Ministro das Finanças a cativação e a
de Contabilidade Pública do Ministério das descativação de créditos orçamentais no OGE, dos projec-
Finanças todos os documentos processados e os tos inseridos no Programa de Investimento Público e nas
respectivos extractos bancários; Despesas de Apoio ao Desenvolvimento do OGE, sem exe-
c) Encaminhar, diariamente, à Administração Geral cução orçamental.
Tributária as vias do Documento de Cobrança ARTIGO 37.º
(DC), capeadas pelo Boletim Diário de Arreca- (Admissões e promoções)
dação (BDA) e o respectivo extracto bancário. As admissões e promoções do pessoal, que aumentam
17. A Concessionária Nacional deve remeter mensal- o fundo salarial no exercício económico, nos termos da Lei
mente à Direcção Nacional do Tesouro, para registo, até o que Aprova o Orçamento Geral do Estado, são realizadas
dia 10 do mês seguinte a que se reporta: mediante Despacho Conjunto de Atribuição de Vagas dos
a) O demonstrativo das receitas do Estado, não trans- Ministros das Finanças, da Administração Pública, Trabalho
feridas para a CUT; e Segurança Social e da Administração do Território.
b) O resumo detalhado de encargos do Estado que ARTIGO 38.º
tenha assumido; (Transição e perda de vagas no SIGFE)
c) Os documentos bancários dos pagamentos feitos No final de cada exercício económico, salvo situações
para as contas de garantia dos bancos depositá- excepcionais, as vagas transitam para o exercício seguinte,
rios, para a liquidação do serviço da dívida. no limite do fundo salarial criado, por cada Organismo.
18. Para efeitos de contabilização dos registos patri- ARTIGO 39.º
moniais no SIGFE, as Unidades Orçamentais e Órgãos (Recadastramento de funcionários públicos)
Dependentes devem até ao dia 31 de Dezembro, comple- Sempre que se justificar a necessidade de realiza-
mentar as informações dos bens adquiridos no SIGPE. ção de recadastramento de funcionários públicos, os
Departamentos Ministeriais responsáveis pelas Finanças
CAPÍTULO VIII
Públicas, Administração Pública, Trabalho e Segurança
Disposições Finais
Social, e os demais Organismos, devem criar as condições
ARTIGO 35.º a descrever em diploma próprio.
(Pagamento de despesas pela Concessionária Nacional)
ARTIGO 40.º
São objecto de compensação com a Receita da Conces- (Novas Unidades Orçamentais)
sionária devida ao Tesouro Nacional, os encargos seguintes: 1. As novas Unidades Orçamentais, para efeitos de rea-
a) O montante fixado na Lei Anual do OGE da lização de despesas devem solicitar a Direcção Nacional
Receita da Concessionária a reter a título de do Tesouro a atribuição de uma conta 1000, juntar ao expe-
cobertura das despesas relativas a fiscalização diente, o Estatuto Orgânico, e o Número de Identificação
da actividade das associadas nos grupos emprei- Fiscal.
teiros, nos termos da Lei n.º 13/04, de 24 de 2. Para efeitos de criação de Folhas de Salários, as
Dezembro — Lei de Tributação das Actividades Unidades Orçamentais devem remeter o expediente à
Petrolíferas; Direcção Nacional do Orçamento do Estado, anexando o
b) Fornecimento de petróleo bruto para a satisfação Estatuto Orgânico e o Número de Identificação Fiscal.
dos compromissos contratuais do Estado rela- O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
cionados com contratos de financiamento. Lourenço.
ANEXO I
Modelo a que se refere o n.º 5 do artigo 14.º

EXERCÍCIO PÁGINA Nº

R E P Ú B L I CA DE RESUMO MENSAL DE PAGAMENTOS EM ATRASO


ANGOLA

UNIDADE ORÇAMENTAL:

N.º DE NÚMERO DE VALOR TOTAL DAS


I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

DESIGNAÇÃO DA EMPRESA BENEFICIÁRIA


ORDEM FACTURAS FACTURAS (KZ)

TOTAL

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL


3059
ANEXO II 3060
Modelo a que se refere o n.º 6 do artigo 14.º
EXERCÍCIO PÁGINA Nº
R EPÚBLICA DE A NGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DEMONSTRATIVO DAS FACTURAS EM ATRASO
a)
ÓRGÃO DEPENDENTE

b)
FACTURA DATA DE
N.º BENEFICIÁRIO VALOR OBSERVAÇÕES
NÚMERO DATA RECEPÇÃO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
TOTAL
c)
OBSERVAÇÕES

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL

2
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO III
Modelo a que se refere a alínea f) do n.º 4 do artigo 13.º
EXERCÍCIO PÁGINA Nº
R E P Ú B L I CA DE A N G O L A
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FINANCEIRA
d)
ÓRGÃO DEPENDENTE

e)
CUSTO TOTAL EXECUTADO ATÉ PROGRAMAÇÃO PARA O ANO CORRENTE
N.º DESIGNAÇÃO
(GLOBAL) 31 DE DEZEMBRO I TRIMESTRE II TRIMESTRE III TRIMESTRE IV TRIMESTRE
1
2
3
4
5
6
7
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

8
9
10
11
12
13
14
TOTAL
f)
OBSERVAÇÕES

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL

3
3061
3062
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Este formulário tem a finalidade de fazer a recolha dos dados relativos a programação financeira dos projectos ou actividades (programas específicos) dos Órgãos da Administração Central e Local do Estado, cuja
execução financeira é feita através do Tesouro Nacional, nos termos do artigo 13.º, do presente Decreto. O seu preenchimento deve obedecer ao seguinte:

1. PÁGINA – Indicar o número da página do formulário no conjunto dos formulários preenchidos a serem remetidos ao MINFIN.
2. ÓRGÃO DEPENDENTE – Indicar a designação oficial do Órgão Dependente, conforme consta do Orçamento Geral do Estado para o ano vigente.
3. N.º – Indicar sequencialmente o número dos itens de projectos ou actividades relacionados na outra coluna do formulário.
4. DESIGNAÇÃO – Indicar a designação do projecto ou actividade para a qual se pretende apresentar a execução financeira.
5. CUSTO TOTAL – Indicar nesta coluna o custo global do projecto ou actividade (programa específico).
6. EXECUTADO ATÉ 31 DE DEZEMBRO DO ANO ANTERIOR – Indicar nesta coluna o valor da despesa já executada ao abrigo do projecto ou actividade, em anos anteriores, até 31 de Dezembro do ano anterior
ao vigente.
7. PROGRAMAÇÃO PARA O ANO CORRENTE– Indicar nestas colunas a execução financeira prevista, respectivamente:
a) I TRIMETRE – Indicar nesta coluna a previsão de execução financeira do projecto ou actividade durante o Primeiro Trimestre.
b) IITRIMETRE – Indicar nesta coluna a previsão de execução financeira do projecto ou actividade durante o Segundo Trimestre.
c) IIITRIMETRE – Indicar nesta coluna a previsão de execução financeira do projecto ou actividade durante o Terceiro Trimestre.
d) IVTRIMETRE – Indicar nesta coluna a previsão de execução financeira do projecto ou actividade durante o Quarto Trimestre.
8. TOTAL – Indicar em cada coluna os respectivos somatórios para os projectos ou actividades.
9. LOCAL E DATA – Indicar o local e a data onde o formulário foi preenchido.
10. O RESPONSÁVEL – Neste campo deve constar a assinatura do Responsável Máximo da Unidade Orçamental e aposto o carimbo que o identifique.

4
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO IV
Modelo a que se refere a alínea g) do n.º 4 do artigo 13.º

EXERCÍCIO PÁGINA Nº
R E P Ú B L I CA DE A N G O L A
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

ÓRGÃO DEPENDENTE

EXECUÇÃO NO ANO CORRENTE


CUSTO TOTAL EXECUTADO ATÉ
N.º DESIGNAÇÃO DOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO AJUSTADA CABIMENTAÇÕES SALDO ORÇAMENTAL
(GLOBAL) 31 DE DEZEMBRO
EMITIDAS
1
2
3
4
5
6
7
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
TOTAL

OBSERVAÇÕES

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL

5
3063
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
3064

Este formulário tem a finalidade de fazer a recolha dos dados relativos a execução orçamental de despesas com projectos ou programas específicos dos Órgãos da Administração Central e Local do Estado, cuja
execução financeira é feita através do Tesouro Nacional, nos termos do artigo 13.º, do presente Decreto. O seu preenchimento deve obedecer ao seguinte:

11.PÁGINA – Indicar o número da página do formulário no conjunto dos formulários preenchidos a serem remetidos ao MINFIN.
12.ÓRGÃO DEPENDENTE – Indicar a designação oficial do Órgão Dependente, conforme consta do Orçamento Geral do Estado para o ano.
13.N.º – Indicar sequencialmente o número dos itens de projectos ou actividades relacionados na outra coluna do formulário.
14.DESIGNAÇÃO – Indicar a designação do projecto ou actividade para a qual se pretende apresentar a execução orçamental.
15.CUSTO TOTAL – Indicar nesta coluna o custo global do projecto ou actividade (programa específico).
16.EXECUTADO ATÉ 31 DE DEZEMBRO – Indicar nesta coluna o valor da despesa já executada ao abrigo do projecto ou actividade, até 31 de Dezembro.
17.EXECUÇÃO NO ANO CORRENTE – Indicar respectivamente:
e) DOTAÇÃO INICIAL – Indicar nesta coluna a dotação orçamental inscrita no OGE, no inicio do exercício económico.
f) DOTAÇÃO AJUSTADA – Indicar nesta coluna a dotação orçamental actualizada, em função dos aumentos ou reduções registados ao longo do exercício económico.
g) CABIMENTAÇÕES EMINITAS– Indicar nesta coluna o valor total das cabimentações emitidas ao longo do exercício económico.
h) SALDO ORÇAMENTAL – Indicar nesta coluna o saldo da execução da dotação orçamental, ou seja, resulta da diferença entre a dotação ajustada e as cabimentações emitidas.
18. TOTAL – Indicar em cada coluna os respectivos somatórios para os projectos ou actividades.
19. OBSERVAÇÕES – Prestar informações adicionais relevantes para a correcta interpretação e análise dos dados apresentados.
20. LOCAL E DATA – Indicar o local e a data onde o formulário foi preenchido.
21. O RESPONSÁVEL – Neste campo deve constar a assinatura do Responsável Máximo da Unidade Orçamental e aposto o carimbo que o identifique.

6
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO V
Modelo a que se refere a alínea c) do n.º 11 do artigo 19.º

EXERCÍCIO PÁGINA Nº
R E P Ú B L I CA DE A N G O L A
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DEMONSTRATIVO DOS LUGARES CRIADOS E OCUPADOS

ORGANISMO

DADOS INDIVIDUAIS
N.º LUGARES CRIADOS NO QUADRO ORGÂNICO (DESIGNAÇÃO DA FUNÇÃO) NOME DO TITULAR
NÚMERO DO B.I NÚMERO DE AGENTE NÚMERO C.I.F
1
2
3
4
5
6
7
8
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19

OBSERVAÇÕES

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL

7
3065
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
3066

Este formulário tem a finalidade de fazer a recolha dos dados relativos ao preenchimento do quadro de vagas de direcção e chefia do Estatuto Orgânico da Instituição, com vista a adequação da funcionalidade de
processamento de salários do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado-SIGFE, nos termos do artigo 19.º, do presente Decreto. O seu preenchimento deve obedecer ao seguinte:

• PÁGINA – Indicar o número da página do formulário no conjunto dos formulários preenchidos a serem remetidos ao MINFIN.
• ORGANISMO – Indicar a designação oficial do Organismo, conforme consta das tabelas do SIGFE.
• N.º – Indicar sequencialmente o número dos itens de categoria funcional, relacionados na outra coluna do formulário.
• LUGARES CRIADOS NO QUADRO ORGÂNICO – Indicar a designação da função para a qual se pretende apresentar a demonstração de sua ocupação.
• NOME DO TITULAR – Indicar nesta coluna o nome completo do titular da função.
• DADOS INDIVIDUAIS – Indicar respectivamente:
i) NÚMERO DO B.I – Indicar o respectivo número do Bilhete de Identidade.
j) NÚMERO DE AGENTE – Indicar nesta coluna o número de agente, conforme consta no SIGFE..
k) NÚMERO C.I.F– Indicar nesta coluna o número C.I.F atribuído pelo MAPES.
a) OBSERVAÇÕES – Prestar informações adicionais relevantes para a correcta interpretação e análise dos dados apresentados.
b) LOCAL E DATA – Indicar o local e a data onde o formulário foi preenchido.
c) O RESPONSÁVEL – Neste campo deve constar a assinatura do Responsável Máximo do Organismo e aposto o carimbo que o identifique.

8
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO VI
Modelo a que se refere o n.º 2 do artigo 21.º

EXERCÍCIO PÁGINA Nº
R E P Ú B L I CA DE A N G O L A
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS JUSTIFICATIVO DAS DESPESAS COM O PESSOAL POR NATUREZA ECONÓMICA

ÓRGÃO DEPENDENTE

I SEMESTRE
NATUREZA ECONÓMICA DA DESPESA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

II SEMESTRE
NATUREZA ECONÓMICA DA DESPESA JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL

OBSERVAÇÕES

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL

9
3067
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
3068

Este formulário tem a finalidade de fazer a recolha dos dados relativos à execução das despesas com o pessoal dos Órgãos da Administração Central e Local do Estado, relativos ao exercício económico, servindo de
justificativo a solicitação de crédito adicional para pagamento de salários, nos termos do n.º 2 do artigo 21.º do presente Diploma. O seu preenchimento deve obedecer ao seguinte:

g) PÁGINA – Indicar o número da página do formulário no conjunto dos formulários preenchidos a serem remetidos à DNOE/MINFIN.
h) ÓRGÃO DEPENDENTE – Indicar a designação oficial do Órgão Dependente, conforme consta do Orçamento Geral do Estado.
i) NATUREZA ECONÓMICA DA DESPESA – Indicar as correspondentes naturezas económicas das despesas com o pessoal e transferências, para as quais devem ser prestadas as informações da execução mensal
e da previsão de execução da despesa nos meses seguintes.
j) MESES DO ANO (Janeiro à Dezembro) – Indicar nas colunas correspondentes os valores relativos aos salários já pagos ou processados, conforme aplicávelà data do envio da solicitação de crédito adicional,
bem como os valores referentes às previsões de pagamentos nos meses posteriores à data de envio do processo, devendo constar do campoPARA OBSERVAÇÕESa informação sobre o último mês pago.
k) TOTAL – Indicar nesta coluna os valores totais dos salários já pagos, processados e previstos.
l) OBSERVAÇÕES – Prestar informações relativas ao último mês pago, bem como outras, relevantes para a correcta interpretação e análise dos dados apresentados.
m) LOCAL E DATA – Indicar o local e a data em que o formulário foi preenchido.
n) O RESPONSÁVEL – Neste campo deve constar a assinatura do responsável da Unidade Orçamental (No caso dos Ministérios e Governos Provinciais, é aplicável o Secretário-Geral e o Secretário do
Governo, respectivamente) eser aposto o carimbo que o identifique.

Nota: As informações dos campos descritos nas alíneas de c) a e) são distribuídas em dois blocos, as relativas ao I Semestre e ao II Semestre.

10
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO VII
Modelo a que se refere a alínea e) do o n.º 1 do artigo 21.º
EXERCÍCIO PÁGINA Nº
R E P Ú B L I CA DE A N G O L A
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS BASE DE CÁLCULO DA SOLICITAÇÃO DE CRÉDITO ADICIONAL POR NATUREZA ECONÓMICA DA DESPESA

ÓRGÃO DEPENDENTE

PROJECTO/ACTIVIDADE

NATUREZA ECONÓMICA DA DESPESA :


N.º DESCRIÇÃO DOS BENS, EQUIPAMENTOS OU SERVIÇOS UNIDADE DE MEDIDA QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL
1
2
3
4
5
6
7
8
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
TOTAL

OBSERVAÇÕES

LOCAL E DATA O RESPONSÁVEL

11
3069
3070
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Este formulário tem a finalidade de fazer a recolha dos dados relativos à base de cálculo utilizada para a determinação do valor da solicitação de crédito adicional para as despesas de funcionamento dos Órgãos da
Administração Central e Local do Estado, no exercício económico, nos termos da alínea e), do n.º 1, do artigo 21.º do presente Diploma. O seu preenchimento deveobedecer ao seguinte:

a) PÁGINA – Indicar o número da página do formulário no conjunto dos formulários preenchidos a serem remetidos ao MINFIN.
b) ÓRGÃO DEPENDENTE – Indicar a designação oficial do Órgão Dependente, conforme consta do Orçamento Geral do Estado.
c) NATUREZA ECONÓMICA DA DESPESA – Indicar designação danatureza económica da despesa para a qual se pretende apresentar a base de cálculo por item de despesa, do reforço de verba solicitado.
d) N.º – Indicar sequencialmente o número dos itens de bens, de equipamentos ou de serviços relacionados nas outras colunas do formulário.
e) DESCRIÇÃO– Indicar nesta coluna a designação do bem, equipamento ou serviço, cuja base de cálculo se pretende demonstrar. De notar que não é permitido inscrever nesta coluna a classificação
económica da despesa.
f) UNIDADE DE MEDIDA– Indicar nesta coluna a unidade de medida utilizada para cada item de despesa.
g) QUANTIDADES – Indicar nesta coluna as quantidades dos bens, dos equipamentos ou dos serviços a serem adquiridos.
h) CUSTO UNITÁRIO – Indicar nesta coluna o preço unitário do bem, do equipamento ou do serviço a ser adquirido.
i) CUSTO TOTAL – Indicar nesta coluna o custo total dos bens, dos equipamentos ou dos serviços a serem adquiridos com os recursos orçamentais adicionais solicitados, ou seja, resulta da multiplicação das
quantidades pretendidas pelos preços unitários.
j) OBSERVAÇÕES – Prestar informações adicionais relevantes para a correcta interpretação e análise dos dados apresentados.
k) LOCAL E DATA – Indicar o local e a data onde o formulário foi preenchido.
l) O RESPONSÁVEL – Neste campo deve constar a assinatura do Responsável Máximo da Unidade Orçamental e aposto o carimbo que o identifique.

12
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO VIII
Modelos a que se refere o n.º 2 do artigo 17.º

EXERCÍCIO PÁGINA N.º

REPÚBLICA DE ANGOLA FUNDO SALARIAL PARA ADMISSÃO DE PESSOAL


MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
UNIDADE ORÇAMENTAL : ORGÃO DEPENDENTE :

LUGARES NECESSIDADE MENSAL NECESSIDADE ANUAL


CATEGORIA
UNIDADE DO
QUADRO PREENCHIDOS A PREENCHER SALÁRIO BASE SUBSÍDIOS SALÁRIO BASE SUBSÍDIOS TOTAL
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

TOTAL
Local e Data O EMITENTE O Responsável

13
3071
EXERCÍCIO PÁGINA Nº
3072

REPÚBLICA DE ANGOLA FUNDO SALARIAL PARA PROMOÇÃO DE PESSOAL


MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
UNIDADE ORÇAMENTAL : ORGÃO DEPENDENTE :

LUGARES DIFERENÇA TOTAL


UNIDADES DO SALARIAL MENSAL
CATEGORIA
QUADRO DEVIDO A
PREENCHIDOS A PREENCHER PROMOÇÃO NECESSIDADE MENSAL SUBSÍDIOS TOTAL GERAL

TOTAL
Local e Data O EMITENTE O Responsável

14
DIÁRIO DA REPÚBLICA
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Este formulário tem a finalidade de demonstrar no planeamento de efectivos as necessidades de admissão e promoção de pessoal, obedecendo o quadro de pessoal orgânico e o orçamento de despesas com pessoal aprovado, em
conformidade com oartigo 17.º do presente Diploma, com as seguintes instruções:

a) Unidade Orçamental – indicar a designação do organismo


b) Categoria – Indicar a designação da função para a qual se pretende apresentar a demonstração de sua ocupação
c) Local e Data – Indicar o local e a data onde o formulário foi preenchido
d) Unidade do Quadro – indica o número de lugares criados no quadro de pessoal do organismo
e) preenchidos – indicar o número de lugares criados e ocupados no quadro de pessoal do organismo
f) A preencher – indicar o número de lugares criados e vagos no quadro de pessoal
g) Salário Base – indicar o preço unitário de cada categoria
h) Salário Mensal – indicar o preço mensal das vagas a preencher
i) O Emitente – indicar a assinatura do técnico que emite o documento.
j) Órgão Dependente – Indicar a designação oficial do Órgão Dependente, conforme consta do Orçamento Geral do Estado
k) Exercício – indicar o ano económico a que se refere a demonstração orçamental
l) Necessidade Anual – indicar o custo anual do vencimento base e dos subsídios, quando estes existirem legalmente.
m) Salário Base Anual – indicar o custo total de catorze mensalidades dos lugares a preencher
n) Subsídios – indicar o custo total de doze mensalidades dos lugares a preencher
o) Total – indicar o somatório anual do vencimento base e subsídio
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

p) O Responsável – indicar a assinatura do Responsável Máximo da Unidade Orçamental e aposto o carimbo que o identifique.

15
3073
ANEXO IX
3074
Modelo a que se refere o n.º 2 do artigo 21.º e o n.º 8 do artigo 22.º
EXERCÍCIO PÁGINA N.º

FUNDO SALARIAL COM O PESSOAL EM SERVIÇO


2018
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

UNIDADE ORÇAMENTAL: ORGÃO DEPENDENTE:

PESSOAL NECESSIDADE MENSAL NECESSIDADE ANUAL


CARGO/CATEGORIA LUGARES CRIADOS EM SERVIÇO
NO QUADRO DE
PESSOAL SALÁRIO BASE SUBSÍDIOS SALÁRIO BASE SUBSÍDIOS TOTAL

TOTAL
Local e Data O EMITENTE O Responsável

16
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO X
Actualiza o Anexo IV da Lei dos Contratos Públicos

Competência para a autorização de despesas a que se referem os artigos 35. °, 37. ° e a alínea b) do n.º 1 do artigo 40. ° da Lei dos Contratos Públicos

1- São competentes para autorizar a despesa inerente à formação e execução dos contratos abrangidos pelo âmbito de aplicação da presente Lei os seguintes órgãos:
a) sem limites, o Titular do Poder Executivo e os Presidentes das Autarquias;
b) até Kz: 3 000 000 000,00, por delegação originária do Titular do Poder Executivo, o Vice-Presidente da República;
c) até Kz: 2 500 000 000,00, por delegação originária do Titular do Poder Executivo, os Ministros de Estado;
d) até Kz: 2 000 000 000,00, por delegação originária do Titular do Poder Executivo, os Ministros e os Governadores Provinciais;
e) até Kz: 1 000 000 000,00, por delegação originária do Titular do Poder Executivo, os Órgãos máximos dos Institutos Públicos, Serviços Públicos, Fundos Autónomos e os
demais gestores das Unidades Orçamentais dos Órgãos da Administração Central do Estado;
f) até Kz: 1 750 000 000,00, por delegação originária do Titular do Poder Executivo, os Administradores Municipais;
g) até Kz: 1 000 000 000,00, por delegação originária do Titular do Poder Executivo, os demais gestores das Unidades Orçamentais dos Órgãos da Administração Local do Estado.
2- São competentes para autorizar a despesa inerente à formação e execução dos contratos celebrados na sequência de procedimento de contratação simplificada adoptado em
função de critérios materiais, nos termos previstos no artigo 37.° da presente Lei, os seguintes órgãos:
a) sem limites, o Titular do Poder Executivo e os Presidentes das Autarquias;
I SÉRIE – N.º 68 – DE 21 DE MAIO DE 2020

b) até Kz: 364 00 000,00, o Vice-Presidente da República;


c) até Kz: 182 000 000,00, os Ministros de Estado;
d) até Kz: 72 000 000,00, os Ministros, Governadores Provinciais e os Órgãos máximos dos Institutos Públicos, Empresas Públicas e com Domínio Público, Serviços Públicos,
Fundos Autónomos e os gestores das Unidades Orçamentais dos Órgãos da Administração Central do Estado;
e) até Kz: 72 000 000,00, os gestores das Unidades Orçamentais dos Órgãos da Administração Local do Estado.
3- As entidades públicas contratantes devem identificar e incluir nos respectivos planos anuais de contratação os projectos a executar, nos termos das Regras de Execução do
Orçamento Geral do Estado, devendo destacar o grau de prioridade de cada projecto.
4- As áreas competentes do Ministério das Finanças, através do Grupo Técnico de acompanhamento dos projectos prioritários, designado pelo Ministro das Finanças, deve apoiar
tecnicamente as áreas proponentes durante o processo de execução e gestão dos respectivos contratos.
5- O Grupo Técnico de acompanhamento dos projectos prioritários deve, entre outras acções, tratar de questões relacionadas com a inscrição e actualização de projectos e ajustes
orçamentais, bem como as autorizações e confirmação de condições de enquadramento nas linhas de financiamento.
6- Com vista a execução, gestão e controlo dos processos aquisitivos, mediante a prévia fixação dos termos e condições, devem ser desencadeados procedimentos que permitam a
celebração de Acordos-quadro para aquisição de bens móveis e de serviços recorrentes e transversais à Administração Pública, nos termos do Regulamento sobre a Formação e
Execução de Acordo-quadro.
7- Os actos praticados pelas entidades públicas contratantes, em sede dos poderes delegados, no âmbito do presente diploma devem ser reportados ao Serviço Nacional da
Contratação Pública, para efeitos de controlo, registo estatístico e apoio técnico no processo de formação dos contratos, nos termos do Regulamento da Unidade de Contratação Pública.

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

17
3075
3076 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ASSEMBLEIA NACIONAL (cento e cinquenta mil milhões de kwanzas), nos termos do


limite estabelecido no Orçamento Geral do Estado, sendo
os títulos emitidos entregues directamente à RECREDIT —
Rectificação n.º 5/20
de 21 de Maio Gestão de Activos, S.A.;
Havendo a necessidade de se proceder à capitalização
Ao abrigo da alínea n) do artigo 42.º do Regimento da
Assembleia Nacional, conjugado com a alínea a) do n.º 4 do Banco de Poupança e Crédito, S.A. (BPC), com o valor
do artigo 9.º da Lei n.º 7/14, de 26 de Maio, Lei sobre remanescente dos títulos referidos no ponto anterior que
Publicações Oficiais e Formulários Legais, é emitida a pre- excedam a necessidade subjacente às operações de aquisi-
sente Declaração de Rectificação à Lei que Autoriza o Banco ção de crédito bancário de cobrança duvidosa, nos termos do
Nacional de Angola a Emitir e a Pôr em Circulação uma disposto no Decreto Presidencial n.º 119/20, de 22 de Abril;
Nova Família de Notas do Kwanza, publicada em Diário Em conformidade com os poderes delegados pelo
da República n.º 38, I Série, aprovada pela Assembleia
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
Nacional, a 23 de Janeiro de 2020, nos seguintes termos:
Constituição da República de Angola, e de acordo com as dis-
1. Após a publicação da Lei n.º 7/20, de 30 de Março,
foi detectado um erro no artigo 9.º, cuja epígrafe é «Cor, posições combinadas dos n.os 1 e 3 do Despacho Presidencial
dimensão e ilustração», no seu n.º 5, na alínea c), que deve n.º 289/17, de 13 de Outubro, que delega poderes aos Ministros
ser corrigido. de Estado e Ministros sobre matérias do Poder Executivo,
2. Nestes termos, ordeno que se proceda à seguinte bem como, do n.º 3 do artigo 1.º do Decreto Presidencial
correcção: n.º 165/17, de 12 de Julho, com a redacção que lhe foi dada
SECÇÃO I pelo Decreto Presidencial n.º 119/20, de 22 de Abril, e da alí-
Características Específicas das Notas
nea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Estatuto Orgânico do Ministério
ARTIGO 9.º das Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 31/18,
(Cor, dimensão e ilustração)
de 7 de Fevereiro, determino:
5. Nota de Cinco Mil Kwanzas:
1. É autorizada a utilização das Obrigações do Tesouro
a) Predominância da cor lilás;
emitidas nos termos do Decreto Presidencial n.º 165/17,
b) Dimensão de 144 mm por 73 mm;
de 12 de Julho, no montante que exceder a necessidade de
c) No reverso, à esquerda, está inserida uma imagem
títulos para a aquisição de crédito bancário de cobrança duvi-
do Kulumbimbi — Ruínas da Antiga Catedral,
onde se lê «M’Banza Congo — Património Cul- dosa do BPC, para o aumento de capital social do BPC, no
tural da Humanidade, com a respectiva legenda valor determinado pela cotação disponibilizada pelo Banco
e, sobre esta, do lado esquerdo, uma imagem Nacional de Angola, para os referidos títulos, na data da rea-
dos Bakama», deve ler-se «M’banza Kongo lização da escritura pública.
— Património Cultural da Humanidade, com 2. As Obrigações do Tesouro referidas no número ante-
a respectiva legenda e, sobre esta, do lado rior devem ser transferidas pela RECREDIT directamente
esquerdo, uma imagem dos Bakama». para o BPC que as deverá contabilizar como capital.
3. A presente Declaração da Rectificação produz os seus 3. O Instituto de Gestão de Activos e Participação do
efeitos à data da sua assinatura.
Estado (IGAPE) é autorizado, em nome e representação do
Publique-se. Estado, a subscrever as acções correspondentes ao referido
Luanda, aos 14 de Abril de 2020. aumento de capital social.
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da 4. São subdelegados poderes ao Presidente do Conselho
Piedade Dias dos Santos. de Administração do IGAPE para praticar todos os actos
necessários à execução do presente Despacho.
5. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS aplicação do presente Despacho são resolvidas pela Ministra
das Finanças.
Despacho n.º 10/20 6. O presente Despacho entra em vigor à data da sua
de 21 de Maio publicação.
Considerando que por meio do Decreto Presidencial Publique-se.
n.º 165/17, de 12 de Julho, a Ministra das Finanças foi autori-
zada a recorrer à emissão de Obrigações de Tesouro em Moeda Luanda, aos 15 de Maio de 2020.
Nacional (OT-MN), até ao valor de Kz: 150 000 000 000,00 A Ministra, Vera Daves de Sousa.

O. E. 0712 - 5/68 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2020

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