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\OBRIGAÇÕES

Conceito
A necessidade de obter capital alheio a médio e longo prazo pode ser resolvida de duas formas alternativas:

 Através do recurso a um empréstimo bancário;


 Recorrendo directamente ao mercado, através da emissão de um empréstimo obrigacionista.

Um empréstimo obrigacionista consiste na obtenção de fundos directamente junto de quem está disposto a
investir – agentes excedentários – eliminado assim a intermediação financeira. Estes empréstimos têm como
suporte títulos de crédito representativos de fracções deles mesmos, às quais se chamam Obrigações.

Obrigações são títulos de crédito negociáveis e indivisíveis, emitidos por uma empresa (ou qualquer outra
entidade legalmente autorizada), que representam fracções iguais de um empréstimo a médio e longo prazo,
e que conferem ao seu titular (o obrigacionista) o direito de receber juros e reembolso do seu valor nominal,
numa determinada data.

Para a entidade emitente do empréstimo obrigacionista, a emissão de obrigações apresenta com vantagens o
facto de permitir uma diversificação de credores e, consequentemente, uma maior autonomia face ao crédito
bancário. Por outro lado, sendo as obrigações um produto cujas garantias se resumem à credibilidade do
emitente (salvo casos específicos em que pode haver garantias suplementares), o recurso a esta forma de
financiamento constitui uma operação de prestigio na medida que pressupõe alguma solidez económico –
financeira da empresa emitente.

Caracterização
Os elementos que caracterizam as obrigações são:

 Emitente – é a entidade que pede o empréstimo aos agentes excedentários;

 Moeda de denominação – é a moeda em que o empréstimo é emitido (pode ser uma moeda que não é
do país onde o emitente reside)

 Valor Nominal – é o valor facial (inscrito) do título e é sempre sobre ele que incide a taxa de
remuneração do empréstimo;

O produto do valor nominal pelo número de obrigações em que se fracciona o empréstimo chama-se
montante da emissão (ME = N Obrigações × VN)

O valor nominal das obrigações é designado, na gíria do mercado de capitais, por par.

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 Valor de Subscrição (Preço de Emissão) – é o valor pelo qual as obrigações são oferecidas à
subscrição, isto é, o valor pelo qual as obrigações são adquiridas em mercado primário. Este valor
nem sempre coincide com o valor nominal das obrigações.
Quando as condições do empréstimo são suficientemente atractivas para o mercado, o emitente pode decidir
vendê-las acima do valor nominal, se acreditar que isso não prejudica a receptividade do empréstimo; se tal
acontecer, diz-se que as obrigações são emitidas acima do par. Inversamente, quando tal se justifica, o
emitente pode tentar melhorar a atractividade do empréstimo, emitido as obrigações a um valor inferior ao
valor nominal. Neste caso, diz-se que as obrigações são emitidas abaixo do par.

1. Preço de Emissão < VN ----------» emissão abaixo do par


2. Preço de Emissão = VN ----------» emissão ao par
3. Preço de Emissão > VN ----------» emissão acima do par

O produto do preço de emissão (valor de subscrição) pelo número de obrigações colocadas (ou seja,
vendidas) chama-se valor de encaixe do empréstimo ou financiamento obtido.

 Valor de Reembolso - é o valor pelo qual as obrigações são reembolsadas ou amortizadas (fim do
empréstimo). A situação mais frequente é o preço de reembolso ser igual ao valor nominal, portanto, o
reembolso ser ao par. No entanto, pode haver casos em que, para tornar o empréstimo mais atractivo, o
reembolso seja feito a um valor superior ao valor nominal, então, diz-se que as obrigações são
reembolsadas acima do par.

 Prazo – é o período de vida de um empréstimo obrigacionista, ou seja, o tempo que medeia entre a
emissão das obrigações e o seu reembolso completo (maturidade do empréstimo);

 Forma de amortização – O reembolso do capital pode ser feito de várias formas. A mais frequente é a
amortização total do empréstimo no final do seu período de vida (maturidade das obrigações), em que o
emitente restitui aos obrigacionistas o valor nominal das obrigações (acrescido ou não de um prémio de
reembolso). É o chamado modelo de amortização única.

O emitente pode, no entanto, definir outras formas de amortização, de forma a escalonar o reembolso do
empréstimo, tais como:

a) A amortização por séries – em que o empréstimo é dividido em séries, sendo cada uma delas
amortizada em data pré-definida;

b) A amortização por sorteio – do ponto de vista do emitente, semelhantes à amortização por


séries, uma vez que pressupõe igualmente amortizações parcelares, escalonadas em datas pré-
definidas. A diferença reside, neste caso, no facto de não se conhecer antecipadamente quais as
obrigações que vão ser amortizadas em cada data. A selecção e feita por sorteio;

c) A amortização por dedução ao valor nominal – Todas as obrigações que compõem o empréstimo
são reembolsadas em simultâneo, mas parcelarmente, ou seja, vão sendo objecto de amortizações
sucessivas de uma determinada percentagem ao seu valor nominal.

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Ex: “.... O reembolso far-se-á ao par, por dedução no VN, em três anuidades, de acordo com o plano:

a) 300 MT em Nov. de 2006; b) 400 MT em Nov. de 2007 e c) 500 MT em Nov. de 2008.

d) Opção de reembolso (ou amortização) antecipado – é uma característica que só existe quando
expressamente prevista nas condições de emissão (as condições de emissão de uma obrigação designa-se
por Ficha Técnica de Emissão).

O reembolso antecipado das obrigações pode existir por vontade do obrigacionista (put option) ou por
vontade do emitente (call option).

A existência destas opções pretende defender o emitente ou o obrigacionista em relação a uma evolução
desfavorável das taxas de juro.

A call option é a “opção de chamar” ou opção de comprar as obrigações que estão na posse do
obrigacionista.

Uma call option permite ao emitente reembolsar antecipadamente um empréstimo que estava a ser
remunerado a uma taxa de juro nominal elevada, podendo ao mesmo tempo financiar-se novamente no
mercado a uma taxa de juro nominal mais baixa. O exercício de uma call option ocorre num contexto de
descida das taxas de juro no mercado.

A put option é a “opção de colocar” ou “opção de vender” é uma opção de reaver antecipadamente o valor
de reembolso da obrigação, entregando a obrigação ao emitente.

Para o investidor, esta opção é útil nas circunstâncias opostas às do emitente, isto é, deverá ocorrer quando o
rendimento das obrigações é inferior ao de instrumentos alternativos no mercado, o que pode acontecer num
contexto de subida das taxas de juro.
As condições em que o reembolso antecipada pode ser efectuado estão sempre definidas na ficha técnica da
emissão.

e) Negociabilidade – as obrigações são títulos negociáveis, podendo ser admitidas à cotação em Bolsa e
transaccionadas em mercado secundário, dando origem à existência de mais/menos valias na sua transação
(diferença entre preço de venda e custo de aquisição).

f) Taxa de Juro Nominal – a taxa de juro é a razão de proporcionalidade que, aplicada ao valor nominal
da obrigação, dá origem ao valor do juro periódico, sendo designada na gíria por “taxa de cupão”.
Este parâmetro pode ser fixado previamente ou resultar de uma indexação, devendo ser sempre
estabelecido após análise fundamentada do risco do emitente, das próprias condições de emissão e da
situação do mercado.

 Quando a taxa de juro nominal se mantém inalterada durante toda a vida da obrigação estamos
perante uma taxa fixa;

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 Quando a taxa de juro pode variar durante a vida do crédito, estamos perante uma taxa
variável.

O juro ou valor do cupão consiste na remuneração paga periodicamente, sendo produto do valor
nominal pela taxa de juro do cupão.

Ex: Taxa de juro nominal anual = 6,5%


Valor nominal = 1000 MT
Juro Anual = 6,5% * 1000 = 65 MT

Modalidade das Obrigações


Os tipos de empréstimos de obrigações mais frequentes são:

1. Obrigações de Taxa Fixa Não Revisível (Clássicas ou Simples) - A taxa de juro do cupão é inalterável
durante a vida do empréstimo, o que permite, consequentemente, antecipar todos os cash flows (cupões e
valor de reembolso) associados a essa obrigação. É um tipo de obrigação onde todos os parâmetros são
definidos à prioir.

2. Obrigações de Taxa Fixa Revisível – No caso de emissões de obrigações de taxa fixa por prazos
relativamente longos, pode incluir, na ficha técnica das obrigações, a possibilidade de revisão periódica da
taxa de juro inicialmente fixada. O objectivo desta cláusula é proteger o emitente e o obrigacionista de
movimentos adversos das taxas de juro de mercado.

3. Obrigações de Remuneração Variável ou Indexada – A taxa de juro de uma obrigação pode ser fixa
ou variável. No caso de taxa variável estamos perante obrigações de remuneração indexada. Podemos ter
dois tipos de indexação:

 Indexação Financeira: Este tipo de obrigações desagregar-se, conforme o indicador a que a indexação
e referida:

a) Taxa de referência – A taxa de juro do cupão varia, em função do comportamento de um indicador


(taxa de referência ou indexante), que se pretende a representividade das taxas de juro que a todo o
momento vigoram no mercado.

A utilização de indexantes resulta da incerteza quando ao fluxo de rendimento futuro da obrigação.


No entanto, este tipo de obrigações surgiu devido à presença de elevadas taxas de inflação que
provocaram grandes incertezas em relação ao comportamento das taxas de juro, o que provou aos
emitentes e investidores a existência de riscos consideráveis nas obrigações de taxa fixa.

Assim, a utilização de uma taxa de referência que de modo permanente reflecte a evolução do
mercado, não permitindo grandes diferenças entre a taxa de juro do cupão e a taxa de mercado,
limita as perdas e os ganhos que afectariam quer o emitente quer o obrigacionista

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b) Índice – A indexação financeira pode ser assegurada pela utilização de um índice, sendo comum a
incorporação de índices de mercados bolsistas, ficando a remuneração das obrigações a ser função
do comportamento desses mercados.

 Indexação Real: A indexação também pode ser real ficando os cash flows das obrigações ligadas à
evolução do preço de um determinado bem real, que se presume evolua com a inflação. Como exemplo
de indexação ao preço de um bem real, temos os casos do ouro e petróleo.

Qualquer que seja a forma de indexação, o seu objectivo é sempre o acompanhamento da evolução do
mercado, tornando mais justa a remuneração do empréstimo obrigacionista em causa.

4. Obrigações de Cupão Zero (Sem Cupão) – Têm a particularidade de não pagarem juros periódicos,
estando o juro implícito no diferencial entre o preço de emissão (ou compra) e o valor de reembolso
(equivalente ao valor nominal). Assim, estas obrigações são emitidas a um preço inferior ao valor do
reembolso, consistindo a remuneração do obrigacionista na diferença entre o preço de emissão e o valor de
reembolso.

5. Obrigações Convertíveis – Conferem ao seu titular a possibilidade de as converter num determinado


número definido de acções da mesma empresa, em condições pré-determinadas, durante um determinado
período. O direito de conversão não é destacável da obrigação, pelo que o seu valor está incorporado na
cotação da obrigação.

O número de acções resultante da conversão de cada obrigação, designa-se por rácio de conversão.

Ex: a empresa ABC emitiu obrigações de valor nominal de 10.000,00 MT. Se cada uma delas poder ser
transformada, em determinado momento em 05 acções, o rácio de conversão será igual a 5. Neste caso, se o
detentor da obrigação pretender ficar as 5 obrigações, perderá, na troca, um título de 10.000,00 MT, pelo
que o valor de cada acção é de 10.000,00 /5 = 2.000,00 MT, designado por preço de conversão.

O valor de conversão é o valor corrente de mercado das acções recebidas mediante a conversão das
obrigações.

No momento da conversão verifica-se –á um aumento do capital social do emitente com emissão de novas
acções, o qual apresenta as vantagens seguinte:

 Para o emitente permite a emissão de obrigações a uma taxa de juro mais baixa do que aquela que se
conseguiria numa emissão tradicional. Além disso, no momento da conversão, os encargos
financeiros são automaticamente reduzidas (a obrigação extingue-se);

 Para o investidor, se a empresa evoluir positivamente, o valor da acção acompanhará paralelamente


essa tendência.

6. Obrigações com Warrants – este tipo de obrigações possuem as mesmas características que as
obrigações tradicionais, mas têm associado um warrant, isto é, um direito de adquirir um determinado
número de acções pré-definidas e durante um certo período de tempo.

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Assim, é definido um rácio de substituição, que representa o número de acções a subscrever por cada
warrant detido. O warrant é normalmente destacável das obrigações com as quais foi emitido, podendo ser
transaccionado isoladamente em mercado secundário. A taxa de juro do cupão tende a ser inferior à de uma
emissão em tudo semelhante, com a excepção do warrant.

Obrigações com Warrants Obrigações convertiveis


O warrant é destacável da obrigação: após o A obrigação e o direito de conversão não são
exercício da opção de substituição de acções, a separáveis: quando o direito é exercido a obrigação
obrigação não se extingue; extingue-se;
No momento em que a opção é exercida prefigura-se No acto da conversão apenas se trocam obrigações
um cash flow adicional: a diferença entre o valor de por acções;
mercado da acção adquirida com o exercício do
direito e o seu preço de subscrição ;
A empresa emitente não pode proceder à recompra A compra por parte do emitente, do direito de
dos warrants. conversão é efectuada em caso de exercício de uma
call option sobre a obrigação.

7. Obrigações Hipotecárias – conferem ao seu detentor um privilégio creditório especial sobre os créditos
hipotecários de que sejam titulares as empresas emitente, com direito de preferência sobre os demais
credores para efeitos de pagamentos de juros e reembolso do capital.

8. Junk Bonds - são obrigações emitidas por empresas classificadas. Em termos de rating, num nível
inferior relativamente as outras empresas. Trata-se de títulos emitidos com vista ao financiamento de
operações de elevado risco pelo que são emitidas com elevadas taxas de juro.

Obrigações de Dívida Pública


A dívida pública é o conjunto de dívidas resultantes dos empréstimos que um Estado soberano contrai.

No âmbito da política económica, a função mais evidente da dívida é a cobertura das necessidades de
financiamento do Estado. A emissão de produtos de dívida pública pode também ter como objectivo
incentivar a poupança e captar o investimento estrangeiro. A dívida pública assume-se com peça
fundamental para o desenvolvimento do mercado de capitais, uma vez que o mercado de capitais de dívida
pública constitui um referencial importante para os investidores.

No âmbito da política monetária, a dívida pública é um poderoso instrumento para influenciar os níveis
das taxas de juro e a expansão monetária.

As obrigações de dívida pública são fracções de empréstimos emitidos por uma entidade (Estado) com
poderes legais para o fazer. O Estado pode emitir empréstimos a taxa variável/indexada ou a taxa fixa.

As obrigações de dívida pública de taxa fixa comporta um risco importante- o risco da taxa de juro, uma vez
que quando as taxas de juro no mercado sobem, a obrigação desvaloriza-se, pois a remuneração que

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proporciona é inferior àquela que poderia ser obtida com um investimento em produtos alternativos.
Inversamente, quando as taxas de juro descem a obrigação de taxa fixa valoriza-se. Como é patente, o risco
de taxa de juro é tanto maior quanto maior o prazo da obrigação.

Nos mercados mais desenvolvidos, o mercado de dívida pública de taxas fixa é dos mercados mais líquidos,
em resultado do elevado número de transações que nele se realizam, constituindo o principal referencial de
taxas de juro de mercado.

Às emissões mais significativas para um determinado prazo ( uma vez que os Estados por vezes têm várias
emissões com a mesma maturidade) designa-se por Benchmark, que significa que essas obrigações, para o
prazo de vida em causa, são as mais significativas em termos de referencial para o mercado e para a
economia.

Ex: O país Moamba tem as seguintes obrigações de taxa fixa a 5 anos:

 10% Março 2005;


 9,5% Agosto 2005;
 9% Novembro 2005.

O montante emitido das obrigações com taxa de cupão de 9,5% e maturidade em Agosto de 2005, e três
vezes maior que o montante das outras emissões. Trata-se de um título mais líquido que os outros dois.
Neste caso, podemos afirmar que o Benchmark nos 5 anos do país Moamba são as obrigações de 9,5% de
taxa de cupão pois são o melhor referencial do nível das taxas de juro a 5 anos.

Rendibilidade
A taxa de cupão não é suficiente para avaliar a rendibilidade das obrigações, uma vez que, o investimento
em obrigações, pode ser feito por um valor diferente do seu valor nominal, seja em mercado primário,
quando o preço de emissão é diferente do valor nominal, seja no mercado secundário, quando a cotação é
diferente daquele valor. Para a correcta avaliação de uma obrigação, torna-se necessário identificar todos os
fluxos de rendimento gerados pelo título. Em seguida, determina-se o valor actualizado desses fluxos, tendo
em conta uma taxa de actualização adequada, que será a taxa de juro exigida pelos investidores para
emissões com as mesmas características.

A detenção de uma obrigação podem resultar dois tipos de csah flows principais:

 Juros periódicos ou cupões (Ji) – o caso mais comum é serem semestrais, mas também frequente
acontecerem pagamentos trimestrais ou anuais;

 Valor de reembolso (M) – recebido geralmente numa só prestação, mas podendo, em certos casos
(por amortização com redução do valor nominal), ser obtido faseadamente, em mais do que um
momento do tempo.

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1. Taxa de Juro Aparente / Taxa de Rendimento Corrente

Taxa de Juro Aparente = Juro anual líquido / Pt

A taxa de juro aparente (taxa de rendimento corrente ou current yield) é dada pelo quociente entre o cupão
(líquido de impostos) e o valor de mercado das obrigações.

Ex: A empresa Matola emitiu um empréstimo obrigacionista cujo juro anual, líquido de impostos, é de
80,00 MT. Qual a taxa de juro aparente se a sua cotação for de 1.000,00 MT?

TJA = 80,00/1.000,00 = 8%

Obs: se o valor de mercado for idêntico ao valor nominal, a taxa de juro aparente coincide com a taxa de
juro nominal, pois, o valor investido coincide com a base de cálculo dos juros.

O mesmo já não acontece se considerarmos que as obrigações são transaccionadas a 1.010,00 MT

TJA = 80,00 / 1.010,00 = 7,9208%

Portanto, a taxa de juro aparente resulta inferior á taxa de juro nominal da obrigação, visto que o valor
investido é superior ao valor da base de cálculo dos juros (valor nominal da obrigação).

 Este indicador apresenta como vantagem principal a simplicidade de cálculo;

 inconvenientes:
a) Não considera mais/menos valia realizadas na transacção da obrigação
b) Ignora a periodicidade de pagamentos dos juros e, consequentemente, os ganhos resultantes
do seu reinvestimento.

2. Taxa de Rendibilidade Simples / Taxa de Retorno Efectiva

Taxa de Rendibilidade Anual Simples = VN × [(1+TJNL/m) -1] +(P1 – P0)/ P0

VN: valor nominal da obrigação


TJNL: taxa de juro anual líquida
m: nº de cupões por ano (periodicidade de pagamentos de juros)
P0: preço de aquisição (será o VN se a aquisição for ao par)
P1: preço de venda ou valor de reembolso.

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Ex: empresa Matola – Qual será a taxa de rendibilidade anual simples do investimento, à cotação de
1.010,00 MT, sabendo que as obrigações pagam juros semestralmente?

JNL: 8%
m: 2
P0: 1.010,00 MT
P1: 1.000,00 MT (valor de mercado previsível dentro de 1 ano)
2
Taxa de Rend. Anual Simples = 1000((1+0,08/2) -1) +(1.000,00 -1.010,00)/1.010,00

= 7,0891%

3. Taxa de Rendibilidade até a Maturidade ou Yield to Maturity (YTM)

A YTM é a taxa de rentabilidade inerente à obrigação se o investidor a adquirir pelo actual e a mantiver na
sua posse até à maturidade, momento em que recebe o valor de reembolso.

m×n t m×n

YTM ≈ P0 = ∑ Juro t: (1+YTM) + VR : (1+YTM)


T=1

P0: Valor actual da obrigação


t: índice do período a que o fluxo respeita;
m: número de cupões / ano;
n: número de anos até a maturidade;
m×n: número de períodos que compõem o horizonte da análise;
VR: valor de reembolso da obrigação;

A YTM pressupõe que :


 A obrigação é mantida até ao final da sua vida;
 Se verifica sempre o pontual pagamento (cupões e valor do reembolso);
 Os fluxos periódicos libertos são imediatamente reinvestidos numa outra aplicação alternativa, à taxa
dada pela YTM.

Estes pressupostos, assumidos para o cálculo da YTM, trazem alguns inconvenientes:

 A prior, pressupõe-se que todos os valores são reinvestidos a mesma taxa (taxa exigida pelos
investidores e é constante no tempo);

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 Para a determinação da YTM temos que primeiro conheceremos o preço da obrigação, sabendo que
a oferta e procura é que determinam o preço;
 A YTM dá uma média aproximada de rentabilidade de aplicação de obrigações e que essa
rentabilidade pode ser superior / inferior àquela que é efectivamente obtida.

A YTM calculada não corresponde exactamente à efectiva. Contudo, é um indicador muito utilizado e
razoavelmente rigoroso para avaliar a rendibilidade do investimento em obrigações. A sua utilização
permite-nos calcular o valor da obrigação, dados os cash flows esperados.

O valor da obrigação será o valor actualizado dos cash flows esperados, actualizados à taxa de
rendibilidade exigida.

4. Obrigações de Cupão Zero

A avaliação desta modalidade realiza-se por determinação da rentabilidade inerente à compra do título por
um dado preço, num momento preciso, e ao recebimento do valor nominal na maturidade.

n
P0 = VN : (1+YTM)
Ex: uma obrigação de cupão zero, cujo reembolso ocorrerá, ao par, daqui a 4 anos e que se encontra cotada
a 613,00 MT. A YTM desta obrigação será a taxa de juro para o qual o valor actual de 1.000,00 MT iguala o
preço presente:

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613,00 = 1.000,00 / (1+YTM) -------» YTM = 13%

Podemos afirmar que se a taxa de juro relativa a aplicações de igual risco for inferior a 13%, a obrigação
deve ser adquirida, pois oferece mais rendibilidade ao seu investidor. Caso contrário, deverá evitar-se a
compra.

5. Obrigações de Taxa Fixa

Estas obrigações caracterizam-se pelo pagamento de uma remuneração periódica (juros) que acresce o
reembolso do capital, no final da vida da obrigação. Neste tipo de obrigações, a taxa de cupão é fixada na
data de emissão do empréstimo.

O valor de uma obrigação, dada uma determinada taxa de rentabilidade (YTM), é dado pela seguinte
expressão:

m×n t m×n

YTM ≈ P0 = ∑ Juro t: (1+YTM) + VR : (1+YTM)

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T=1

P0: Valor actual da obrigação


t: índice do período a que o fluxo respeita;
m: número de cupões / ano;
n: número de anos até a maturidade;
m×n: número de períodos que compõem o horizonte da análise;
VR: valor de reembolso da obrigação;
YTM: taxa de rendibilidade até a maturidade, reportada ao período do cupão da obrigação (1/ m ano).

Algumas relações na avaliação das obrigações:

 Quando a taxa de cupão coincide com a taxa de juro do mercado (ou taxa de actualização), o valor
da obrigação é igual ao valor nominal;

 Quando a taxa de actualização é superior à taxa de cupão, o preço da obrigação é inferior ao valor
nominal. Diz-se que a obrigação é transaccionada abaixo do par, ou a desconto;

 Quando a taxa de actualização é inferior à taxa de cupão, o preço da obrigação é superior ao valor
nominal. Diz-se que a obrigação é transaccionada acima do par, ou a prémio;

 O preço da obrigação é tanto mais volátil, quanto mais tempo faltar até à maturidade, a probabilidade
das taxas de mercado (de actualização) se alterarem é maior. Quanto mais longo for o prazo do
investimento, maior será o impacto do diferencial entre a taxa de juro da obrigação e a YTM exigida
na valorização da activo.

6. Obrigações de Taxa Indexada

1 2 n
P0 = C1 / (1+r) + C2 / (1+r) + ... + (Cn+ VR) / (1+r)
P0: Valor actual da obrigação
n: número de cupões / ano;
C1, C2, ..., Cn: Cupões da obrigação
VR: valor de reembolso da obrigação;
r: taxa de actualização (taxa de rendibilidade), reportada ao período do cupão da obrigação.

TRANSACÇÃO DE OBRIGAÇÕES

Quando se transaccionam obrigações há que ter em consideração não só o preço, mas também os juros
corridos entre a data do vencimento do último cupão e a data de liquidação da transação.

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A cotação das obrigações difere do seu valor dado este não incorpora o valor dos juros corridos nem entra
em consideração com os encargos existentes na transacção de títulos. A transacção de obrigações, no
período que medeia entre o pagamento de dois cupões consecutivos, leva a que o comprador tenha que de
pagar ao vendedor o valor dos juros corridos desde o último cupão.

Uma vez que este valor não esta incorporado na cotação, há esforço financeiro adicional, pois quem deteve
o título em carteira. Desde a data do último vencimento de juros, foi o vendedor, logo tem direito a essa
parcela do cupão. O comprador no acto da compra paga o valor dos juros corridos, mas no final do período
de contagem de juros, recebe o cupão por inteiro, pelo que em termos líquidos, ele apenas fica com a parcela
do juro correspondente à fracção do tempo em que teve o título em carteira.

Para a determinação dos juros corridos é necessário contar os dias entre a data de vencimento do último
cupão e a data de liquidação financeira da transacção. Assim, para além do preço da obrigação, o
comprador vai entregar ao vendedor um valor igual ao produto do número de dias decorridos pelo juro
diário da obrigação.

JD = (TJN × VN ) : 360
JD: Juro diário da obrigação
TJN: Taxa de juro anual nominal
VN: Valor nominal
Para além do cálculo dos juros corridos, a realização de transacções em bolsa ou fora de bolsa envolve o
pagamento de taxas ou comissões (corretagem, taxa de bolsa e comissões bancárias). Desta, são encargos
de transacções obrigatórios a taxa de corretagem (paga ao intermediário financeiro) e a taxa de bolsa. Para
ambos os agentes intervenientes na operação (comprador e vendedor), qualquer comissão corresponderá a
um encargo adicional: o comprador adiciona-as para saber qual o valor total a pagar, enquanto o vendedor
subtrai esta despesa ao valor a receber. Note que o valor das comissões é calculada multiplicando as taxas
pelo valor da transacção (nº de obrigações × preço), não incluindo o valor dos juros corridos.

Ex: Considere as obrigações do Banco Matola e as seguintes informações:

Valor nominal: 1.500,00 MT


Vencimento de juros: 25 de Maio e 25 de Novembro
Taxa de juro anual: 8,5%
Ano de emissão: 2000
Data de amortização: 25 de Maio de 2008
Base de contagem dos juros: 30/360

Suponha que vendeu um lote de 120 obrigações no dia 13 de Junho de 2005 ao preço unitário de 1.450,00
MT e que a liquidação acontece 4 dias depois da transação. Qual o encaixe da venda se os custos totais de
transacção foram de 5‰?

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