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“A
A revista Neutro à Terra volta
novamente à vossa presença, com
novos e interessantes artigos na
área da Engenharia Electrotécnica
em que nos propomos intervir.
Nesta edição da revista merecem
particular destaque os assuntos
relacionados com as instalações
eléctricas, a domótica, a utilização
eficiente da energia eléctrica,
particularmente no caso da força
motriz, as telecomunicações e as
energias renováveis.
Doutor Beleza Carvalho
ARTIGOS TÉCNICOS
RRA
Caros leitores
A revista “Neutro
Neutro à Terra
Terra” volta novamente à vossa presença,
presença com novos e interessantes artigos na área da Engenharia
Electrotécnica em que nos propomos intervir. Nesta edição da revista merecem particular destaque os assuntos relacionados
com as instalações eléctricas, a domótica, a utilização eficiente da energia eléctrica, particularmente no caso da força motriz, as
telecomunicações e as energias renováveis.
A elaboração de um projecto de instalações eléctricas é uma actividade complexa e exigente, não só pela diversidade de áreas
que estão envolvidas, mas também pelo número de intervenientes no mesmo. As Instruções para a Elaboração de Projectos de
Obras, anexas à portaria no 701‐H/2008, de 29 de Julho, ao sistematizarem a sua abordagem introduziram no processo um
mecanismo de regulação que constitui uma mais‐valia
mais valia sensível para a actividade de projectista.
projectista Nesta publicação,
publicação apresenta‐se
apresenta se
um artigo que faz uma incursão nos aspectos das Instruções para a Elaboração, e revêem‐se alguns princípios formais da
estruturação do projecto de licenciamento.
Outro assunto de grande interesse apresentado nesta publicação tem a ver com a manutenção das linhas de transporte e
distribuição de energia eléctrica. Indicadores como o tempo e número de intervenções para restabelecer as condições normais
de funcionamento são reveladores da qualidade de serviço prestado por essas empresas que, no caso de incumprimento das
regras estabelecidas no Regulamento da Qualidade de Serviço, podem implicar em elevados prejuízos. No artigo que é
apresentado descreve‐se
descreve se a aplicação de duas técnicas modernas na manutenção das linhas eléctricas que,
que além de
incrementarem a segurança e a fiabilidade do sistema eléctrico, garantem uma melhoria dos dados quantitativos fornecidos às
equipas de manutenção.
Nos últimos anos, muitos fabricantes de motores investiram fortemente na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos
com o objectivo de colocarem no mercado motores mais eficientes. A União Europeia, através do organismo EU MEPS
(European Minimum Energy Performance Standard) definiu um novo regime obrigatório para os níveis mínimos de eficiência
dos motores eléctricos que sejam introduzidos no mercado europeu. O novo regime abrange motores de indução trifásica até
375 kW,
kW de velocidade
elo idade simples.
simples Entrará em vigor
i or em três fases a partir de meados de 2011.
2011 Nesta publicação,
p bli a ão apresenta‐se
apresenta se um
m
artigo que aborda a nova classificação que será adoptada para os equipamentos de força motriz.
Outro importante assunto apresentado nesta publicação tem a ver com a automatização das instalações habitacionais ou
domésticas. Neste sector, cada vez mais, são colocadas exigências em termos de conforto na utilização dos equipamentos
eléctricos e uma utilização cada vez mais eficiente da energia eléctrica, impondo a necessidade de edifícios “inteligentes”. O
artigo que é apresentado refere um estudo desenvolvido com o objectivo entender a criação de valor no binómio casa
inteligente/consumidor, esperando contribuir para um novo equilíbrio procura/oferta de forma que uma casa inteligente fique
acessível
í l a mais
i lares
l portugueses.
t
Nesta publicação da revista “Neutro à Terra”, pode‐se ainda encontrar outros artigos relacionados com assuntos
reconhecidamente importantes e actuais, como o dimensionamento de centrais fotovoltaicas para microprodução, um artigo
sobre sistemas de controlo de acessos e um artigo sobre a importância da fibra óptica nas actuais infra‐estruturas de
telecomunicações, quer em edifícios, quer nas urbanizações. Também o artigo sobre optimização energética em ascensores,
iniciado na publicação anterior, tem aqui a sua continuação.
Nesta publicação dá‐se também destaque à terceira edição das Jornadas Electrotécnicas de Máquinas e Instalações Eléctricas,
que decorreram
d nos dias
di 29 e 30 de
d Abril
Ab il de
d 2010 no Centro
C t de d Congressos
C d ISEP.
do ISEP Este
E t evento
t contou
t com a participação
ti i ã de d
diversas empresas ligadas às áreas das máquinas eléctricas, sistemas electromecânicos, energias renováveis, veículos eléctricos,
segurança, domótica, luminotecnia e infra‐estruturas de telecomunicações. Foi organizado pelo Departamento de Engenharia
Electrotécnica do ISEP, com os habituais colaboradores desta revista a terem um papel preponderante.
Estando certo que esta edição da revista “Neutro à Terra” vai novamente satisfazer as expectativas dos nossos leitores,
apresento os meus cordiais cumprimentos.
Porto, Junho
h de
d 2010
20 0
José António Beleza Carvalho
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EVENTOS
O ISEP tem uma longa e positiva tradição na formação superior da Engenharia, constituindo uma marca de prestígio
consolidada em Portugal e reconhecimento no âmbito internacional.
internacional Com forte tradição na formação de engenheiros
electrotécnicos, o Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE) contribui para o desenvolvimento da excelência técnica e
científica, através da formação sólida de profissionais que actuam nesta área e na aposta numa forte ligação às indústrias e ao
meio empresarial.
O evento contou com a apresentação do Eng.º Vilela Pinto, que entre outras actividades diferenciadas na sociedade, é autor de
bibliografia relevante e reconhecida na área das instalações eléctricas. Esteve também presente o Professor Doutor Borges
G
Gouveia,
i eminente
i d
docente d Universidade
da U i id d de
d Aveiro,
A i reconhecido
h id pelo
l seu trabalho
b lh na área
á d inovação
da i ã e das
d energias
i
renováveis. Maciel Barbosa (Ordem Engenheiros), António Augusto Sequeira Correia (ANET), Paulo Calau (Agência para a
Energia), Nuno Francisco Costa (EFACEC) e Jorge Miranda (Autoridade Nacional de Comunicações) foram outros dos nossos
oradores convidados.
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EVENTOS
Para além das usuais comunicações, a 3ª edição das Jornadas Electrotécnicas proporcionou aos convidados a visita a uma vasta
exposição e demonstração de equipamento, com oportunidade para apresentação das soluções inovadoras, inseridas nos
coffee‐breaks.
Através da apresentação de comunicações orais e a exposição de
equipamentos, o evento proporcionou a troca de conhecimento e
experiência de profissionais da engenharia electrotécnica como
empresários, técnicos, professores, investigadores e alunos. Com o
objectivo de promover a divulgação de temas relacionados com as
Máquinas e Instalações Eléctricas, devidamente enquadrados na
problemática actual das energias renováveis e a utilização racional
de energia, foram discutidos assuntos relacionados com política
energética, sistemas electromecânicos, segurança e domótica,
luminotecnia, veículos eléctricos e infra‐estruturas de
telecomunicações.
Deste modo, os dois dias do evento serviram para ajudar a compreender os últimos avanços tecnológicos, mas serviu
igualmente para relembrar mais‐valias das parcerias académicas‐empresariais para o desenvolvimento de soluções
inovadoras.
Em virtude do interesse desta temática, alvo de um rápido desenvolvimento e de necessidade de constante inovação, o DEE
disponibiliza a informação apresentada no evento em: www.dee.isep.ipp.pt/~see/jornadas2010
Patrocinadores:
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EVENTOS
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ARTIGO TÉCNICO Henrique Jorge de Jesus Ribeiro da Silva; António Augusto Araújo Gomes
Instituto Superior de Engenharia do Porto
parcialmente o disposto na alínea e) do n.º 3 do artigo ‐ Dono da Obra – pessoa colectiva ou individual que
3.º do Decreto‐Lei n.º 5/2004, de 6 de Janeiro promove o projecto ou obra
‐ Decreto‐Lei nº 101/2007, de 2 de Abril ‐ Simplifica o Os donos de obra podem classificar‐se em dois tipos:
licenciamento de instalações eléctricas, quer de serviço donos de obra pública e de obra particular
público quer de serviço particular, alterando os Os donos de obra pública são as entidades que se
Decretos‐Lei n.os 26 852, de 30 de Julho de 1936, encontram sujeitas ao Regime Jurídico de Obras Públicas,
517/80, de 31 de Outubro, e 272/92, de 3 de Dezembro conforme define o art.º 3.º do Decreto‐Lei n.º 59/99, de
‐ Lei nº 60/2007, de 4 de Setembro ‐ Procede à sexta 2 de Março. Alguns donos de obra pública encontram‐se
alteração ao Decreto ‐Lei n.º 555/99, de 16 de sujeitos ao Regime de Licenciamento Urbano (Decreto‐
Dezembro, que estabelece o regime jurídico da Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro)
urbanização e edificação Os donos de obra particular encontram‐se sujeitos, nas
‐ Decreto‐Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro ‐ Aprova o operações de licenciamento de urbanizações e de
Código dos Contratos Públicos, que estabelece a edificações, às disposições do Decreto‐Lei n.º 555/99 de
disciplina aplicável à contratação pública e o regime 16 de Dezembro
substantivo dos contratos públicos que revistam a ‐ Estudo prévio ‐ o documento elaborado pelo Projectista,
natureza de contrato administrativo depois da aprovação do programa base, visando a opção
‐ Portaria nº 232/2008, de 11 de Março ‐ Determina quais pela solução que melhor se ajuste ao programa,
os elementos que devem instruir os pedidos de essencialmente no que respeita à concepção geral da
informação prévia, de licenciamento e de autorização obra
referentes a todos os tipos de operações urbanísticas, e ‐ Peças do projecto ‐ os documentos, escritos ou
revoga a Portaria n.º 1110/2001 de 19 de Setembro desenhados que caracterizam as diferentes partes de um
‐ Portaria nº 701‐H/2008, de 29 de Julho ‐ Aprova o projecto
conteúdo obrigatório do programa e do projecto de ‐ Programa base ‐ o documento elaborado pelo
execução, bem como os procedimentos e normas a Projectista a partir do programa preliminar resultando da
adoptar na elaboração e faseamento de projectos de particularização deste, visando a verificação da
obras públicas, designados «Instruções para a elaboração viabilidade da obra e do estudo de soluções alternativas,
de projectos de obras», e a classificação de obras por o qual, depois de aprovado pelo Dono da Obra, serve de
categorias base ao desenvolvimento das fases ulteriores do
projecto
3 DEFINIÇÕES ‐ Programa preliminar ‐ o documento fornecido pelo
Dono da Obra ao Projectista para definição dos
‐ Anteprojecto ou Projecto Base ‐ o documento a elaborar objectivos, características orgânicas e funcionais e
pelo Projectista, correspondente ao desenvolvimento do condicionamentos financeiros da obra, bem como dos
Estudo prévio aprovado pelo Dono da Obra, destinado a respectivos custos e prazos de execução a observar
estabelecer, em definitivo, as bases a que deve obedecer ‐ Projecto ‐ o conjunto de documentos escritos e
a continuação do estudo sob a forma de Projecto de desenhados que definem e caracterizam a concepção
execução. funcional, estética e construtiva de uma obra,
(Ao Projecto Base também se dá o nome de Projecto de compreendendo, designadamente, o projecto de
Licenciamento, pois nesta fase o projectista prepara as arquitectura e projectos de engenharia.
peças escritas e as peças desenhadas para entregar o ‐ Projecto de execução ‐ o documento elaborado pelo
projecto para aprovação). Projectista, a partir do estudo prévio ou do anteprojecto
aprovado pelo Dono da Obra, destinado a facultar todos
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ARTIGO TÉCNICO
os elementos necessários à definição rigorosa dos trabalhos e) Dados básicos relativos às exigências de comportamento,
a executar funcionamento, exploração e conservação da obra,
Telas finais ‐ o conjunto de desenhos finais do projecto, tendo em atenção as disposições regulamentares;
integrando as rectificações e alterações introduzidas no f) Estimativa de custo e respectivo limite dos desvios e,
decurso da obra e que traduzem o que foi efectivamente eventualmente, indicações relativas ao financiamento do
construído empreendimento;
g) Indicação geral dos prazos para a elaboração do projecto
4 FASES DO PROJECTO e para a execução da obra.
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ARTIGO TÉCNICO
elementos da construção, dos sistemas, 6) Instalações eléctricas de serviço particular do tipo C cuja
equipamentos e redes associadas às Instalações potência a alimentar pela rede seja superior a 50 kVA;
Técnicas; 7) Redes particulares de distribuição de energia eléctrica
b) Cálculos relativos às diferentes partes da obra em baixa tensão e respectivas instalações de iluminação
apresentados de modo a definirem, pelo menos, os exterior.
elementos referidos na regulamentação aplicável a
cada tipo de obra e a justificarem as soluções A pormenorização e alcance de cada fase variará de acordo
adoptadas; com as características particulares associadas ao tipo de
c) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, empreendimento a projectar. Assim, teremos
dando a indicação da natureza e da quantidade dos sucessivamente:
trabalhos necessários para a execução da obra; ‐ Instalações, Equipamentos e Sistemas em Edifícios
d) Orçamento baseado nas quantidades e qualidades ‐ Instalações, Equipamentos e Sistemas de Comunicação
de trabalho constantes das medições; em Edifícios
e) Peças desenhadas de acordo com o estabelecido ‐ Instalações, Equipamentos e Sistemas de Aquecimento,
para cada tipo de obra na regulamentação aplicável, ventilação e ar condicionado (AVAC)
devendo conter as indicações numéricas ‐ Instalações, Equipamentos e Sistemas de transporte de
indispensáveis e a representação de todos os pessoas e cargas
pormenores necessários à perfeita compreensão, ‐ Sistemas de Segurança Integrada
implantação e execução da obra; ‐ Produção, transformação, transporte e distribuição de
f) Condições técnicas, gerais e especiais, do caderno de Energia Eléctrica
encargos. ‐ Redes de comunicações
Caso a instalação não careça de projecto, do Estudo Prévio Para cada tipo de instalação enunciada se procede à
passar‐se‐á directamente para o Projecto de Execução. pormenorização dos objectivos a alcançar em cada uma das
fases do projecto cuja satisfação será levada à consideração
O anexo I do Decreto‐Lei nº 517/80, de 31 de Outubro, na do Dono da Obra para aprovação.
redacção actual do Decreto‐Lei nº 101/2007, de 2 de Abril,
lista as instalações eléctricas que carecem de projecto: Exemplificando com a primeira das obras consideradas,
1) Instalações eléctricas de serviço particular do tipo A; teremos, como elementos especiais das diversas fases, os
2) Instalações eléctricas de serviço particular do tipo B; seguintes:
3) Instalações eléctricas de serviço particular do tipo C
situadas em recintos públicos ou privados destinados a ‐ Programa Preliminar
espectáculos ou outras diversões, incluindo‐se, a) Identificação de aspectos específicos do edifício ou zonas
nomeadamente, teatros, cinemas, praças de touros, do edifício, em termos de energia eléctrica, ambiente,
casinos, circos, clubes, discotecas, piscinas públicas, utilização, segurança e outros e ligações a redes ou
associações recreativas ou desportivas, campos de sistemas exteriores.
desporto, casas de jogo, autódromos e outros recintos b) Condicionamentos à localização dos equipamentos e das
de diversão; instalações necessárias ao seu funcionamento.
4) Instalações eléctricas estabelecidas em locais sujeitos a c) Identificação dos níveis de qualidade, disponibilidade,
risco de explosão; redundância e autonomia pretendidos.
5) Instalações de parques de campismo e portos de recreio d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração e
(marinas); expansão.
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ARTIGO TÉCNICO
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ARTIGO TÉCNICO
g) Esquemas de princípio das instalações e da sua elaboração das peças de alteração do projecto
interligação espacial e funcional, quando necessárias à necessárias à respectiva correcção e à integral e
sua perfeita compreensão. correcta caracterização dos trabalhos a executar no
h) Dimensionamento das instalações e dos equipamentos, âmbito da referida correcção;
incluindo os cálculos necessários para o efeito. b) Apreciação de documentos de ordem técnica
i) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, divididos apresentados pelo empreiteiro ou Dono da Obra,
nos diversos capítulos constituintes da obra. incluindo, quando apropriado, a sua compatibilidade
j) Orçamento de projecto da obra. com o projecto;
c) Proceder, concluída a execução da obra, à
Além das fases enunciadas, há uma outra não menos elaboração das Telas Finais a ela respeitantes,
importante que é a Assistência Técnica, prestada e solicitada verificando a conformidade das mesmas com o
pelo Projectista ao Dono da Obra. Esta é requerida antes e projecto de execução e das eventuais alterações nele
durante a execução da obra: introduzidas, de acordo com as informações
1‐ Na fase do procedimento de formação do contrato, e até fornecidas pelo Dono da Obra.
à adjudicação da obra, a Assistência técnica do
Projectista ao Dono da Obra compreende as actividades 5 ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE LICENCIAMENTO
seguintes:
a) Esclarecimento de dúvidas relativas ao projecto O projecto de licenciamento é um documento técnico
durante a preparação do processo do concurso para destinado a instruir um pedido de licença de
adjudicação da empreitada ou fornecimento; estabelecimento de uma instalação eléctrica, por ex. uma
b) Prestação de informações e esclarecimentos linha aérea de alta tensão com mais de 1000 m de extensão,
solicitados por candidatos a concorrentes, sob a ou a fazer parte, na qualidade de projecto de engenharia de
forma escrita e exclusivamente por intermédio do especialidade, de um projecto de arquitectura de uma obra
Dono da Obra, sobre problemas relativos à que careça de licença municipal de construção, como por ex.
interpretação das peças escritas e desenhadas do um prédio de habitações e escritórios.
projecto; O projecto pode ainda ser de obra que não careça de licença
c) Prestação do apoio ao Dono da Obra na apreciação e municipal1 ou de estabelecimento2 . De todos os modos é
comparação das condições da qualidade das soluções um documento apresentado a aprovação.
técnicas das propostas de molde a permitir a sua Daí a sua constituição ser objecto de legislação específica
correcta ponderação por aquele, incluindo a pois tratando‐se de um documento a ser sujeito a apreciação
apreciação de compatibilidade com o projecto de técnica e à análise da observância do disposto nos
execução, constante do caderno de encargos, de Regulamentos de Segurança aplicáveis a sua forma necessita
variantes ou alterações que sejam apresentadas; ser adequada à transmissão da informação requerida e
2‐ Durante a execução da obra, a assistência técnica organizada de tal maneira que a consulta seja fácil,
compreende: elucidativa, tanto quanto possível exaustiva e inequívoca.
a) Esclarecimento de dúvidas de interpretação de A estrutura básica do projecto é composta de uma parte
informações complementares relativas a preliminar e de um corpo, constituído este por uma parte
ambiguidades ou omissões do projecto, bem como textual e uma outra de desenhos.
1 As obras que não carecem de concessão de licença administrativa, passada pela Câmara Municipal respectiva, são as referidas no DL nº 555,
Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, art. 6º, com as alterações introduzidas pelo DL n.º 177/2001, de 4/06 e Lei n.º 60/2007, de 04/09
2 As instalações eléctricas que não carecem de licença de estabelecimento são as referidas nos arts. 9º, 27º e 28º do DL nº 26 852, de 30 de
Julho de 1936, com as alterações introduzidas pelos DL nº 446/76, de 05/06 e DL nº 101/2007, de 02/04
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ARTIGO TÉCNICO
À parte textual dá‐se o nome de Peças Escritas e ao conjunto observância dos regulamentos em vigor e às regras inerentes
de desenhos, plantas, alçados, cortes, perfis, diagramas, à boa técnica de execução dos diversos trabalhos.
outras representações gráficas o de Peças Desenhadas. Especiais ‐ Definição de modo exaustivo e tão completo
quanto possível de todos os componentes da instalação e
‐ Corpo do Projecto dos trabalhos relativos à sua implantação.
Como partes em que o projecto se divide podemos
considerar as seguintes: ‐ Medições e Orçamento
‐ Memória descritiva e justificativa Determinação, com o rigor possível, das quantidades dos
‐ Peças Desenhadas
‐ Memória Descritiva e Justificativa
Conjunto de esquemas eléctricos e outros desenhos relativos
A memória
ó i descritiva
d iti e justificativa
j tifi ti do d projecto
j t deve
d conter
t à obra em questão feitos a escalas convenientes e
todos os elementos e esclarecimentos necessários para permitindo a perfeita compreensão dos pormenores,
darem uma ideia perfeita da natureza, importância, função e estabelecimento e localização da instalação.
características das instalações e do equipamento.
Gerais
A existência de um projecto, deve conferir, por si só, uma
Condições Técnicas garantia de qualidade, segurança e funcionalidade das
E
Especiais
i i instalações, assim como a diminuição dos custos de
execução e exploração das mesmas, uma vez que o técnico
Condições Jurídicas e Administrativas ‐ Condições que a tem de ter a consciência de que o exercício da sua profissão
entidade compradora, o Adjudicante, formaliza à entidade o obriga não só a cumprir a lei, o preceituado nos
fornecedora, o Adjudicatário, relativa a aspectos tais como Regulamentos de Segurança, como também, dominar o
cauções, garantias, obrigações, prazos, facturação e estado da arte no âmbito das Instalações Eléctricas.
condições de pagamento, seguros, cessões, incumprimentos O projecto é uma actividade complexa e exigente pela
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ARTIGO TÉCNICO Arlindo Francisco, Hugo Miguel Sousa, Teresa Alexandra F. M. Pinto Nogueira
Instituto Superior de Engenharia do Porto
A localização do ponto de defeito consiste em detectar a e antecipando as acções a tomar (“the aware home”).
diferença de tempo que essas ondas viajantes levam para
chegar aos seus extremos. b) AS FUNÇÕES DA CASA INTELIGENTE
Este princípio está representado na figura 1.
Actualmente as habitações podem estar equipadas com
a) TIPOS DE CASAS INTELIGENTES sistemas que associam diversas funcionalidades nas áreas de
segurança, conforto, gestão de energia e comunicações.
De facto, há problemas com a conceptualização da “casa Funcionalidades principais: detecção de incêndio, intrusão,
inteligente”! Parece haver pouca concordância sobre como fuga de água ou gás, avisos, comandos e controlo remotos,
uma casa inteligente deve ser e sobre que tecnologias ela “Anything, Anytime, Anywere”.
deve incorporar. As capacidades da domótica podem ser um auxiliar precioso
para contornar as dificuldades temporárias ou permanentes,
físicas ou mentais do ser humano. Além disso, estes sistemas
permitem facilitar as tarefas a idosos que assim vêem
minimizados algumas limitações a que estão expostos.
Figura 1 – Principio das ondas viajantes
Figura 5 – Detalhes construtivos do sistema detector de corrosão
Figura 6 – Informações fornecidas pelo sistema detector de corrosão
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ARTIGO TÉCNICO
4 APLICAÇÕES NO ÂMBITO DA MANUTENÇÃO os enormes transtornos que uma ocorrência deste tipo pode
trazer. Também permite que as equipas de manutenção
4.1 MANUTENÇÃO CORRECTIVA tenham tempo hábil para se preparar e mobilizar recursos
para resolver o problema da maneira mais eficiente possível.
As aplicações no âmbito da manutenção correctiva do Além disso, ao identificar secções específicas da linha com
localizador de defeitos por ondas viajantes são imediatas. alto índice de corrosão mas sem perigo de rompimento,
Com uma configuração simples o sistema é capaz de localizar torna‐se possível abordar o problema de forma preditiva,
curto‐circuitos defeitos fase‐terra e identificar as secções estudando soluções como substituição dos condutores por
afectadas com grande precisão e rapidez. Com uma incerteza cabos resistentes à corrosão ou aplicação de produtos anti‐
menor que 300 metros, o defeito fica restrito a dois vãos na corrosão em novos cabos do mesmo tipo, de forma a realizar
maior parte das linhas de transmissão existentes. uma intervenção programada no sistema para a solução do
Isso significa que a fonte do defeito pode ser localizada com problema.
maior rapidez, muitas vezes numa simples inspecção visual a
partir do solo. Essa informação mais precisa facilita o 5 CONCLUSÕES
trabalho das equipas de campo, principalmente em áreas
sujeitas a alagamento, regiões montanhosas ou de selva, já A localização de defeitos por ondas viajantes e a detecção de
que é possível identificar antes mesmo da saída das equipas corrosão são duas técnicas que pretendem disponibilizar
para o campo o melhor local de acesso ao ponto de defeito. informações quantitativas às equipas de manutenção.
Além de auxiliar na localização dum ponto de defeito que Apesar de os seus princípios já serem conhecidos há muito
causou o desligamento da linha, o sistema também pode tempo, apenas recentemente, através do desenvolvimento
identificar fontes de defeitos intermitentes. Como as ondas de novos materiais e uso de sistemas modernos como o GPS,
viajantes são geradas sempre que há um transitório na linha, foi possível desenvolver equipamentos que gerassem
ocorrências de difícil localização como defeitos fase‐terra informações precisas sobre defeitos que ocorrem numa linha
causados por falhas em isoladores, presença de vegetação de transmissão.
ou excrementos de pássaros podem ser restritas a uma área O resultado é imediato na área de manutenção, já que uma
delimitada e estudada detalhadamente em menor tempo, localização precisa de defeitos traz uma maior eficácia,
gerando economia de tempo e recursos para as reduzindo o tempo no deslocamento da equipa e na
concessionárias. identificação do defeito, permitindo a identificação de fontes
intermitentes, um maior tempo para a solução do problema
4.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA e a programação na realização dos serviços.
Isso traz benefícios directos tanto para as concessionárias
O detector de corrosão em cabos condutores tem aplicação como para as populações, já que a energia não distribuída
voltada para a manutenção preventiva. Ao realizar uma engloba duas parcelas: o lucro cessante, que é o prejuízo da
inspecção aos condutores, é possível obter informações companhia pela energia não facturada e o custo social, o que
valiosas sobre o estado de conservação dos cabos. a sociedade em geral perde quando há falta de energia.
Através dos dados fornecidos pelo equipamento, como Apesar de em Portugal não existir um estudo relacionado
secção de condutor remanescente e tensão mecânica com as quebras de energia, em países como o Brasil alguns
suportável, torna‐se relativamente fácil recalcular a carga estudos apontam que o custo social é da ordem de 35 a 50
máxima do sistema. Desta forma, através da restrição vezes o preço médio do kWh facturado, para regiões menos
temporária da corrente máxima da linha para valores abaixo industrializadas, e de 50 a 100 vezes, para regiões mais
do nominal, evita‐se um possível rompimento do condutor e industrializadas.
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ARTIGO TÉCNICO
Bibliografia
Imagem adaptada de: www.siemens.com
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ARTIGO TÉCNICO José António Beleza Carvalho, Roque Filipe Mesquita Brandão
Instituto Superior de Engenharia do Porto
As perdas eléctricas são provocadas pela resistência não nula As melhorias típicas que são efectuadas a nível construtivo
dos condutores das bobines que ao serem percorridos pela da máquina podem ser visualizadas na Figura 1 e são
corrente provocam perdas caloríficas. As perdas magnéticas resumidas na seguinte tabela:
ocorrem nas lâminas de ferro do estator e do rotor devido à
Tab. 1 – Resumo das alterações nos motores de elevada eficiência
histerese e às correntes de Foucault. As perdas mecânicas
são provocadas pela rotação das peças móveis, ventilação e Alteração Efectuada Efeito produzido
atrito do ar. As perdas parasitas são devidas a fugas e
Tratamento térmico do
irregularidades de fluxo e, também, distribuição de corrente Redução da resistência
rotor
não uniforme.
Uso de ferro laminado por
Redução das perdas no ferro
Para melhorar a eficiência dos motores eléctricos, os camada
construtores aumentaram a massa de materiais activos Melhoria do circuito
Redução das perdas no ferro
(cobre e ferro) de forma a diminuir as induções, as magnético
Figura 1 – Alterações nos motores para obter elevada eficiência [WEG]
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ARTIGO TÉCNICO
Apesar de este tipo de motores possuir uma eficiência 1,1 a 90 kW de potência nominal, 50 ou 60 Hz, com 2 e 4
melhorada, quando inseridos num sistema, a eficiência total pólos magnéticos, seriam classificados de acordo com os
do mesmo sistema depende de todos os outros valores dos respectivos rendimentos.
componentes que o compõem. Por este motivo, não se deve As classes de rendimento estabelecidas foram as seguintes:
apenas investir na compra de um motor de elevada ‐ EFF1: Motores de elevado rendimento;
eficiência, quando existirem problemas de eficiência nos ‐ EFF2: Motores de rendimento melhorado;
outros componentes do sistema. ‐ EFF3: Motores de rendimento normal.
Figura 2 – Classes de eficiência de motores [SEW‐Eurodrive]
Figura 3 – Etiquetas de eficiência dos motores
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ARTIGO TÉCNICO
Com base no acordo voluntário anteriormente referido, foi equipamentos de força‐motriz. Este novo regime abrange os
também criada uma base de dados europeia EuroDEEM, que motores de indução trifásicos, de velocidade simples, até
foi elaborada pelo centro de pesquisa da Comissão Europeia 375 kW. Entrará em vigor em três fases a partir de meados
(CE/JRC), com o objectivo de reunir num só suporte as de 2011. Sob este novo regime os fabricantes são obrigados
informações mais importantes sobre os motores eléctricos a apresentar a classe e valores de eficiência do motor na
disponíveis no mercado. A tabela 2 apresenta os valores respectiva chapa de características e na documentação do
limite para a eficiência dos motores, estabelecidos no acordo produto, que deve indicar claramente o método de teste
com a CEMEP com base na norma CEI 60034‐2. usado na determinação da eficiência.
Tabela 2 – Definição das diversas classes de eficiência. Standard de 1996
O organismo EU MEPS baseia‐se em duas normas CEI. A comparáveis se forem medidos utilizando o mesmo método.
norma CEI/EN 600034‐2‐1, disponível desde Setembro de A norma CEI/EN 60034‐30:2008 define três classes de
2007, introduz novas regras relativas aos métodos de teste eficiência IE (International Eficiency) para motores
que devem ser usados na determinação das perdas e da assíncronos de indução trifásicos, rotor em gaiola de esquilo,
eficiência dos motores eléctricos. e velocidade simples:
A norma CEI/EN 600034‐30,disponível desde Outubro de ‐ IE1: Eficiência Standard (EFF2 do antigo sistema Europeu
2008, especifica as classes de eficiência que devem ser de classificação)
adoptadas. ‐ IE2: Eficiência Elevada (EFF1 do antigo sistema Europeu
A norma CEI/EN 600034‐2‐1:2007 define duas formas de de classificação e idêntica à EPAct nos EUA para motores
determinar a eficiência dos motores eléctricos, o método de 60Hz)
directo e os métodos indirectos. A norma especifica os ‐ IE3: Eficiência Premium (idêntica ao "NEMA Premium"
seguintes parâmetros para determinar a eficiência pelo nos E.U.A. para motores de 60Hz)
método indirecto: ‐ IE4: futuramente o nível de eficiência superior a IE3
‐ Temperatura de referência; Os níveis de eficiência definidos na norma CEI/EN 60034‐
‐ Três opções para determinar as perdas adicionais em 30:2008 baseiam‐se em métodos de ensaio especificados na
carga: medição, estimativas e cálculo matemático. norma CEI/EN 600034‐2‐1:2007.
Os valores de eficiência resultantes diferem daqueles Comparando com as anteriores classes de rendimento
obtidos sob o padrão anterior de teste baseados na norma Europeias, definidas pelo acordo CEMEP (norma CEI/EN
CEI/EN 60034‐2:1996. 60034‐2:1996), o leque foi ampliado.
Deve‐se notar que os valores de eficiência só são
Figura 5 – Novas classes de eficiência de motores [SEW‐Eurodrive]
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ARTIGO TÉCNICO
A norma CEI/EN 60034‐30 abrange quase todos os motores ‐ Motores feitos exclusivamente para funcionarem
(por exemplo: motores standard, motores para ambientes imersos em líquidos.
perigosos, motores para embarcações e marinas, motores ‐ Motores totalmente integrados em máquinas que não
usados como freio), nomeadamente: podem ser testados separadamente da máquina (por
‐ Motores de velocidade simples, trifásicos, 50 Hz e 60 Hz exemplo, bombas, ventiladores ou compressores).
‐ Motores de 2, 4 ou 6 pólos ‐ Motores especificamente concebidos para funcionarem
‐ Motores com potência nominal entre 0,75 ‐ 375 kW a altitudes superiores a 1000 metros. Onde as
‐ Motores de tensão nominal até 1000 V temperaturas do ar possam ultrapassar os 40 °C. Em
‐ Motores do tipo Duty S1 (funcionamento em contínuo) temperaturas máximas superiores a 400 °C. Onde a
ou S3 (funcionamento intermitente ou periódico) com temperatura ambiente for inferior a ‐15 °C (qualquer
um factor de duração cíclica nominal de 80 porcento ou motor) ou inferior a 0 °C (motores refrigerados a ar).
superior. Onde a temperatura da água de arrefecimento na
Os motores que estão excluídos das normas CEI/EN 60034‐30 entrada de um produto é inferior a 5 °C ou superior a 25
são os seguintes: °C. Em atmosferas potencialmente explosivas, tal como
‐ Motores feitos exclusivamente para funcionarem como definido na Directiva 94/9/CE.
conversores.
IE Classes – 4 pole
Figura 6 – Novas classes IE de eficiência de motores eléctricos
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 7 – Variação do rendimento com a potência. [SEW‐Eurodrive]
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ARTIGO TÉCNICO
A União Europeia, através do organismo EU MEPS (European A implementação das novas normas em cada estado
Minimum Energy Performance Standard) definiu um novo membro de EU será realizada em três fases:
regime obrigatório para os níveis mínimos de eficiência dos ‐ Fase 1: até 16 de Julho de 2011. Todos os motores
motores eléctricos que sejam introduzidos no mercado devem satisfazer o nível de eficiência IE2;
europeu. O novo regime abrange motores de indução ‐ Fase 2: até 1 de Janeiro de 2015. Todos os motores com
trifásicos até 375 kW, de velocidade simples. Entrará em uma potência nominal entre 7,5 ‐ 375 kW devem
vigor em três fases a partir de meados de 2011. Sob este satisfazer o nível de eficiência IE3 ou o nível IE2 se
novo regime os fabricantes são obrigados a apresentar os equipados com um variador electrónico de velocidade;
valores IE (International Eficiency) classe de eficiência nas ‐ Fase 3: até 1 de Janeiro de 2017. Todos os motores com
placas do motor e na documentação do produto. uma potência nominal entre 0,75‐375 kW devem
O organismo EU MEPS assenta em duas normas CEI. A norma satisfazer o nível de eficiência IE3 ou o nível IE2 se
CEI/EN 600034‐2‐1, disponível desde Setembro de 2007, equipados com um variador electrónico de velocidade.
introduz novas regras relativas aos métodos de teste que
devem ser usados na determinação das perdas e da Bibliografia
eficiência dos motores eléctricos. A norma CEI/EN 600034‐
30,disponível desde Outubro de 2008, especifica as classes [1] BELEZA CARVALHO, J. A., MESQUITA BRANDÃO,
de eficiência que devem ser adoptadas. De acordo com estas Eficiência Energética em Equipamentos de Força Motriz.
normas os motores passam a ser classificados por: Jornadas Luso‐Brasileiras de Ensino e Tecnologia em
‐ IE1 (equivalente a EFF2 na norma CEI/EN 600034‐2:1996) Engenharia. ISEP, Porto, Fevereiro de 2009.
– com utilização proibida; [2] BELEZA CARVALHO, J. A., MESQUITA BRANDÃO, R. F.,
‐ IE2 (equivalente a EFF1 na norma CEI/EN 600034‐2:1996) Efficient Use of Electrical Energy in Industrial
– com utilização obrigatória; Installations. 4TH European Congress Economics and
‐ IE3 (Premium) – com utilização voluntária; Management of Energy in Industry. Porto, Novembro de
‐ IE4 (ainda não aplicável a accionamentos assíncronos). 2007.
Os motores de eficiência (IE1) não podem ser colocados no [3] CARLOS GASPAR, Eficiência Energética na Industria‐
mercado europeu a partir de 16 de Junho de 2011. Até ADENE, Cursos de Utilização Racional de Energia, 2004.
aquela data todos os novos motores em avaliação na Europa [4] BELEZA CARVALHO, J. A., MESQUITA BRANDÃO, R. F.
terão de cumprir a eficiência IE2. Eficiência Energética em Equipamentos de Força‐Motriz.
As regras não se aplicam fora da Europa. Por isso, será Revista Neutro à Terra Nº 3, Abril de 2009.
possível que os fabricantes produzam motores com [5] ABB, Low Voltage Industrial Performance Motors.
eficiência IE1 para os mercados que não exijam estes Catálogo ABB 2009.
requisitos mínimos de eficiência. [6] WEG, Catálogo de Motores Eléctricos, disponível em
A conformidade com os padrões de eficiência exigidos é http://www.weg.com.br/
verificada por ensaios. Cabe a cada estado membro da UE a
vigilância relativa aos procedimentos de verificação e
implementação das normas.
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ARTIGO TÉCNICO António Manuel Luzano de Quadros Flores, José António Beleza Carvalho
Instituto Superior de Engenharia do Porto
O motor assíncrono de indução é, de facto, a máquina Quando a avaria leva à paragem do motor o diagnóstico
actualmente preferida para a grande maioria dos deve atender às especificidades de acessibilidade e
accionamentos, graças à sua fiabilidade, robustez e baixo dimensão numa primeira fase.
custo. Dado que ocupa um lugar preponderante no processo Não é demais lembrar, que o primeiro passo numa situação
produtivo têm‐se desenvolvido diversos métodos de detecção de paragem de um motor, deve iniciar não, pela análise do
de avarias que permitem diagnosticar qualquer tipo de motor, como parece lógico, mas pela análise das grandezas
defeito e quantificar o seu grau de severidade. de alimentação do mesmo e do bom estado das protecções
eléctricas, fusíveis e relé térmico.
1 INTRODUÇÃO De seguida devem ser levados a cabo testes eléctricos e
mecânicos fundamentais:
Quando se aborda a temática do diagnóstico de avarias dos
motores de indução não podemos deixar de ter presente ‐ Verificação dos valores das resistências dos
que a forma de tratar o assunto está intimamente ligada à enrolamentos que deverão apresentar valores
dimensão da máquina, à sua localização e à função que semelhantes nas três fases; medição da resistência de
desempenha no processo em que está inserida. isolamento entre enrolamentos e entre os enrolamentos
Assim, como é óbvio, os custos de paragem de um motor de e a carcaça da máquina.
grande dimensão podem justificar a existência dos meios de Os resultados destes testes podem dar indicações úteis
diagnóstico mais sofisticados, no sentido de evitar a relativamente à existência de curto‐circuitos entre
interrupção de serviço. espiras e entre espiras e a massa. Além disso, testa
Por outro lado, motores de menor dimensão podem também a possibilidade do circuito eléctrico de um
também desempenhar um papel tal que a sua interrupção enrolamento estar interrompido.
pode ter custos elevadíssimos de reinicialização do processo,
como por exemplo, no caso de linhas de produção em que o ‐ No caso do veio do rotor estar acessível, rodá‐lo para
processo inclui accionamentos que estão relacionados com a verificar se existe atrito anormal ou demasiada prisão,
formação e solidifição da alma condutora dos cabos analisando‐se assim, se o rotor atrita no estator, se a
eléctricos. Se houver uma paragem súbita o metal solidifica carga oferece demasiado binário resistivo e se os
ao longo do processo sendo necessário desmontar todo um rolamentos estão gripados.
sistema complexo levando à perda de produção de várias
horas ou dias. Além dos testes acima descritos, não é de desprezar a
A acessibilidade pode ser o factor determinante na verificação da existência de “cheiro a queimado” junto ao
estratégia de diagnóstico, como é o caso de ventiladores em motor que pode indiciar um sobreaquecimento da máquina
condutas, bombas submersíveis ou máquinas em ambientes com consequente deteriorização dos isolamentos
perigosos. nomeadamente dos vernizes utilizados.
O método de diagnóstico a implementar depende também
do facto da máquina ter parado por avaria ou continuar em
funcionamento.
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ARTIGO TÉCNICO
3 CASO EM QUE A AVARIA NÃO PROVOCA PARAGEM DO MOTOR figura de Lissajou em forma de circunferência dada pelas
componentes do vector de Park simplificadas:
A avaria que não obriga à paragem do motor pode (3)
manifestar‐se de diversas formas como aumento de
temperatura, perda de potência, binário ou velocidade
oscilantes, aumento de consumo, ruído, vibração, etc.. (4)
Nesse caso, os métodos indirectos de diagnóstico podem ser
úteis na identificação do tipo de avaria podendo mesmo Sendo iM o valor máximo da corrente por fase (A), ω a
constituir um meio de acompanhamento da sua evolução, frequência angular (rad/s) e t a variável tempo (s).
controlando o nível de severidade até ser possível uma A representação XY das componentes do Vector de Park
interrupção programada para reparação. permite detectar a existência de espiras em curto‐circuito
Para esse efeito, têm sido desenvolvidos vários métodos que nos enrolamentos do estator (Fig. 1).
recorrem à monitorização de diversas grandezas associadas Este método de diagnóstico “on‐line” baseia‐se no
ao funcionamento do motor, como por exemplo, a aparecimento de uma forma elíptica da representação XY
intensidade de corrente de alimentação, o fluxo magnético, das componentes do Vector de Park da corrente do motor,
as vibrações, o ruído, o binário, a velocidade e a cujo alongamento elíptico é proporcional ao grau de
temperatura. severidade da avaria e a orientação do eixo maior está
Seguidamente serão apresentados alguns métodos de associada à fase avariada [1].
diagnóstico mais utilizados na pesquisa de avarias eléctricas É de referir que a representação das componentes do vector
no estator e no rotor, assim como de avarias mecânicas no de Park da corrente de alimentação do motor sem avaria
rotor, nos rolamentos e na carga mecânica acoplada. (Fig. 1 – esquerda), não é uma circunferência perfeita devido
à existência de harmónicos na rede.
3.1 DIAGNÓSTICO DE AVARIAS ELÉCTRICAS
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ARTIGO TÉCNICO
3.2.2 DEFEITOS NOS ROLAMENTOS conhece a sua composição em funcionamento normal [6].
Figura 8 – Amplitude das componentes espectrais do binário (Nm)
para o caso do mesmo ventilador [6]
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ARTIGO TÉCNICO
Bibliografia
Apesar do motor de indução ser considerado uma máquina [3] A. Yazidi, H. Henao, G. A. Capolino, "Broken rotor bars
robusta e muito fiável está sujeito a diversos tipos de avarias fault detection in squirrel cage induction machines", IEEE
Dado o seu importante papel, muitos trabalhos de [4] L. Xiaodong, W. Qing, S. Nandi, "Performance analysis of
investigação têm sido feitos oferecendo metodologias para a three‐phase induction machine with inclined static
um diagnóstico cada vez mais eficiente. eccentricity", IEEE Transactions on Industry Applications,
A aplicação destas técnicas em ambiente fabril tem as suas vol. 43, pp. 531‐541, 2007.
existência de poluição harmónica proveniente de outras bearing damage detection in induction motors using
máquinas e a falta de registos históricos das componentes stator current monitoring," IEEE International
invasivas e podem ser aplicadas durante o funcionamento [6] E. Wiedenbrug, D. Doan, "Comparison of duct‐mounted
normal, contribuindo para uma manutenção preventiva vibration and instantaneous airgap torque signals for
eficiente através da monitorização regular do motor. predictive maintenance of vane axial fans", International
Além disso, se criteriosamente utilizadas, constituem uma Conference on Measurement and Control, 2004, pp. 209‐
Assim, para além da sua função principal de fornecer energia systems " apresentado na conferência “11CHLIE”
11CHLIE , 11ª.
11ª
mecânica à carga, o motor de indução pode desempenhar Conferencia Hispano‐Lusa de Ingeniería Eléctrica,
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ARTIGO TÉCNICO
Publicidade
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ARTIGO TÉCNICO Sérgio Filipe Carvalho Ramos , Roque Filipe Mesquita Brandão
Instituto Superior de Engenharia do Porto
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ARTIGO TÉCNICO
O desenvolvimento das actividades económicas, os avanços Os diversos operadores têm tido um papel meritório no que
tecnológicos, assim como as novas exigências emergentes do respeita aos grandes investimentos realizados no
estabelecimento de medidas legislativas que determinaram estabelecimento de infra‐estruturas de forma a dar uma
a liberalização do sector das telecomunicações em Portugal, resposta cabal às necessidades de operacionalidade e de
impuseram a necessidade de formular novas regras para a inovação de serviços aos consumidores empresariais e
instalação das infra‐estruturas de telecomunicações em domésticos.
edifícios, bem como para as actividades de certificação das Os diversos operadores têm seguido uma estratégia de
instalações e avaliação de conformidade de infra‐estruturas, propor e fornecer aos seus clientes “pacotes” de serviços de
materiais e equipamentos. telecomunicações. A oferta desses serviços (“Triple Play”),
Em Abril de 2000 foi publicado o DL 59/2000, o qual disponibiliza numa única plataforma:
estabeleceu o regime ITED e respectivas ligações às redes ‐ Telefone (voz);
públicas de telecomunicações, assim como o regime de ‐ Internet de banda larga (dados);
actividade de certificação das instalações e avaliação de ‐ “vídeo on demand” e Televisão
conformidade de materiais e equipamentos. Relativamente Do ponto de vista económico, estes serviços disponibilizados
às infra‐estruturas de telecomunicações em urbanizações pelos operadores poderão ser vantajosos na medida em que
nada foi feito, continuando a elaboração dos projectos com os clientes, tendencialmente, pagarão menos pelo conjunto
base na informação, não oficial, de regras de boa prática de todos os serviços do que pagariam por eles em separado.
fornecidas pela Portugal Telecom. Assim, e para que estes serviços possam chegar ao
O rápido desenvolvimento e crescimento do “mundo” das consumidor final, é necessário criar e dotar as infra‐
comunicações electrónicas e o aparecimento de novos estruturas de telecomunicações que suportem tais serviços.
produtos e serviços, cada vez mais inovadores e com Dada a crescente tendência dos operadores chegarem aos
maiores larguras de banda, impôs a necessidade imperiosa diversos clientes em fibra óptica a extensão desta tecnologia
de preparar e dotar os edifícios com infra‐estruturas capazes entrará pelas nossas casas de forma a dinamizar e
de satisfazer essas novas exigências. proporcionar cada vez melhores serviços de
Após 5 anos da edição do Manual ITED, é publicada a 2ª telecomunicações.
edição desse mesmo Manual acompanhado, desta feita, da
1ª edição do Manual ITUR, decorrentes do novo 4 ITUR – CARACTERIZAÇÃO
enquadramento criado pelo DL 123/1009 com as alterações
conferidas na redacção do DL 258/2009. Ao abrigo do definido no Artigo 28º do DL 123/2009 as infra‐
Foi, assim, dado um passo importante e há muito reclamado, estruturas de Telecomunicações em Urbanizações são,
no estabelecimento de regras claras e precisas para a genericamente, constituídas por:
elaboração do projecto e execução da nova geração de infra‐ 1. Espaços para a instalação de tubagem, cabos, caixas e
estruturas de telecomunicações. câmaras de visita, armários para repartidores e para
instalação de equipamentos e outros dispositivos;
3 PARA QUÊ NOVAS INFRA‐ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES? 2. Rede de tubagens ou tubagem para a instalação dos
diversos cabos, equipamentos e outros dispositivos,
Vivenciamos uma época de uma autêntica “revolução incluindo, nomeadamente, armários de
tecnológica” ao nível da oferta de novos serviços de telecomunicações, caixas e câmaras de visita;
telecomunicações, subsequentes da ávida procura por cada 3. Cablagem, nomeadamente, em par de cobre, em cabo
vez maiores larguras de banda. coaxial e em fibra óptica para ligação às redes públicas
de comunicações;
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ARTIGO TÉCNICO
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ARTIGO TÉCNICO
‐ Custo Equipamento de Transmissão: o custo associado à O aumento crescente entre os requisitos de aplicações e as
conversão do sinal óptico em eléctrico, e vice‐versa, capacidades técnicas (por exemplos dos computadores)
apresenta ainda um custo relativamente elevado quando fomentam a utilização de maiores larguras de banda.
comparado com a transmissão do mesmo sinal num par Assim, o investimento por parte dos operadores na
de cobre. No entanto, e dada a vulgarização da utilização instalação de redes de fibra óptica (tipicamente em
desta tecnologia, os custos poderão baixar configuração FTTH – “Fiber To The Home”), a par com a
consideravelmente; devida dotação interior dos edifícios, ao nível da recepção e
‐ Vulnerabilidade: devido à grande capacidade de transmissão de sinal, conduz a que, ao nível dos serviços de
transmissão que as FO apresentam, existe a tendência telecomunicações, sejam disponibilizadas larguras de banda
para incluir muita informação numa única fibra. Deste cada vez mais elevadas o que contribui, seguramente, para o
modo, o risco de acontecer uma catástrofe e a desenvolvimento da economia, da difusão da informação e,
consequente perda de grandes quantidades de naturalmente, da formação das pessoas do país pelo fácil
informação é bastante elevado. acesso à informação e conhecimento que lhe são
O tipo de fibra óptica a utilizar é, obrigatoriamente, disponibilizados.
Monomodo, em que o diâmetro do núcleo é diminuído cerca A 1ª Edição das Prescrições e Especificações Técnicas de
de 5 vezes menos, comparadas com as fibras Multimodo, o Infra‐estruturas de Telecomunicações em Urbanizações
número de modos que poderão ser guiados e conduzidos (Privada) obriga a que cada fracção seja servida por duas
pela fibra será de um, daí a sua denominação de fibras.
Monomodo. Com efeito, as fibras ópticas permitidas (tipo Monomodo –
A largura de banda nesta fibra é fortemente dominada pela OS1 e OS2) deverão cumprir o emanado na norma EN60793‐
dispersão cromática da mesma. 2‐50:2004.
As fibras do tipo Monomodo estão especialmente Todos os cabos de fibra óptica deverão igualmente cumprir
vocacionadas para operarem com débitos binários da ordem os requisitos da norma EN 60794‐1‐1.
das dezenas a centenas de Gbit/s, com atenuações que O projecto técnico das instalações ITUR tem como objectivo
permitem o envio de sinais a largas dezenas de quilómetros primordial definir a arquitectura da rede (tubagens e/ou
prescindindo regeneração de sinal intermédio. cablagem) bem como os seus percursos, definindo e
caracterizando o sistema de cablagem (quando aplicável), as
tubagens, equipamentos e os materiais a utilizar, bem como
o seu dimensionamento, com a devida clareza, para não
suscitar dúvidas aos técnicos instaladores.
Figura 1 – Exemplo de uma fibra óptica Monomodo
O Armário de Telecomunicações de Urbanizações (ATU) é o
O aumento da procura por serviços com cada vez maiores ponto de interligação das redes públicas de comunicações
larguras de banda invoca a necessidade de infra‐estruturas electrónicas, com as redes de cabos da ITUR privada, sendo,
adequadas. ainda, o ponto interligação com a rede colectiva dos edifícios
A fibra óptica surge como resposta aos sistemas de no ATE, ou CEMU, no caso de moradias, caso não exista uma
comunicação electrónica pois oferece, por fibra, uma largura rede privada.
de banda na ordem das centenas de GHz, o que equivale a O ATU deve ser um espaço que possa albergar as três
mais de 6 milhões de canais telefónicos convencionais. Daí tecnologias de telecomunicações previstas no manual ITUR
as vantagens competitivas que os operadores poderão advir (PC, CC e FO).
com a utilização das infra‐estruturas de fibra óptica.
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ARTIGO TÉCNICO
Para cada uma das tecnologias deverá existir um Repartidor esquemas da rede de tubagem e cablagem, quadros de
de Urbanização (RU) individual, constituído por dois dimensionamento, cálculos de níveis de sinal, esquemas
primários por tecnologia, cujo dimensionamento e instalação de instalação eléctrica e terras das infra‐estruturas,
é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos análise das especificidades das ligações às infra‐
das ITUR à rede pública de comunicações electrónicas, e por estruturas de telecomunicações das empresas de
Repartidor de Urbanização de Fibra Óptica (RU‐FO): das ITUR privada. No caso específico da instalação de
responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos especializado requer, igualmente, a realização de ensaios de
Poderá ser constituído, por exemplo, por um painel de ‐ Atenuação (Perdas de Inserção);
‐ Secundário, onde se inicia a rede de cabos de fibras Para a medida destes parâmetros deverão ser efectuados os
estrela com recurso, por exemplo, a cabos multi‐fibras. ‐ Ensaio de perdas totais;
As fibras são terminadas em conectores SC/APC ligados ‐ Ensaios de reflectometria, quando considerado
Como o ATU pode conter equipamentos activos, há a Os ensaios deverão ser efectuados desde o RU‐FO do ATE
O barramento geral de terra do ATU deverá ter capacidade uma forma lisonjeira, para o enriquecimento do
para ligar, pelo menos 10 condutores de terra. conhecimento das potencialidades da instalação de fibra
258/2009 o projecto técnico ITUR deve incluir Urbanizações à luz do novo contexto legislativo criado pela
1. Informação identificadora do projectista ITUR que uma consulta detalhada e rigorosa do documento integral.
RESUMO
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ARTIGO TÉCNICO
A Unidade de Controlo é o “cérebro” do sistema. É neste São os elementos de informação do estado do sistema.
equipamento que são ligados todos os periféricos (leitores, Podem ser de dois tipos:
sensores, botões, trincos eléctricos,…) e a partir do qual ‐ Magnéticos;
sairá, ou não, uma ordem de abertura, dependendo das ‐ Mecânicos.
definições de acessos e da validade dos dados recebidos
pelos elementos periféricos. 4.4 BOTÕES MANUAIS
Os sistemas de controlo de acessos dividem‐se em dois São utilizados normalmente como elementos de saída,
grupos principais: quando não se justifique a utilização de leitores nos dois
‐ Sistemas em Rede; lados das portas.
‐ Sistemas Stand Alone. Estes botões quando pressionados, actuam um contacto que
vai gerar o pedido de abertura à central de controlo de
4.2 LEITORES acessos.
Imagem: www.engineeringnews.co.za Imagem adaptada de: www.siemens.com
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ARTIGO TÉCNICO
São as fechaduras do sistema. Permitem, para utilizadores Este artigo visou abordar aspectos técnicos, tecnológicos e
autorizados, a abertura das portas e o acesso aos espaços. conceptuais, dos sistemas de controlo de acessos.
43|
DIVULGAÇÃO
O Laboratório de Sistemas de Energia (LSE) é uma instalação de apoio ao ensino e aos trabalhos de investigação e
desenvolvimento no âmbito do curso de Engenharia Electrotécnica do Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto
Superior de Engenharia do Porto.
Esta infra‐estrutura é utilizada por uma equipa constituída por docentes, técnicos e alunos da área dos Sistemas Eléctricos de
Energia, que dispõem de equipamento técnico e laboratorial que proporciona a simulação dos diversos efeitos eléctricos e
electrónicos, o que constitui uma contribuição decisiva para a tão necessária preparação prática dos estudantes.
O LSE é constituído por equipamento que incorpora inovação tecnológica e funcionalidades avançadas, incluindo analisadores
de energia, kits de células de combustível e painéis fotovoltaicos, bancadas experimentais, simuladores de defeitos e outros
equipamentos de monitorização de energia em redes eléctricas.
Doutora Teresa Alexandra Nogueira Simulação computacional da colocação em serviço de uma linha de
Directora Laboratório Sistemas Energia
transporte que alimenta uma carga indutiva
Observação das componentes harmónicas da onda de corrente
Verificação experimental e computacional do efeito Ferranti
Ensaio de uma linha de transporte: Curto‐circuito simétrico trifásico e
Curto‐circuito assimétrico: bifásico e monofásico
Simulação da geração de energia eléctrica em rede isolada
Simulação em MatLab‐Simulink de Fenómenos Transitórios em
Circuitos Eléctricos
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ARTIGO TÉCNICO Roque Filipe Mesquita Brandão
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Dos valores apresentados na tabela anterior, mais de 90% Como se pode ver na figura 1, a tensão baixa muito com o
são referentes a centrais fotovoltaicas, por esse motivo o aumento da temperatura. O factor de variação da tensão
elevado número de instalações justifica a importância do com a temperatura é uma das características que deve ser
correcto dimensionamento das mesmas. indicada na ficha de características dos painéis fotovoltaicos
No número anterior da revista Neutro à Terra foi feita uma e que por isso não deve ser descurada.
abordagem aos equipamentos que se devem usar no
dimensionamento de uma central fotovoltaica, neste artigo
será feito um exemplo prático de aplicação da metodologia
de dimensionamento.
.
2 FACTORES QUE INFLUENCIAM O RENDIMENTO DAS CENTRAIS
45|
ARTIGO TÉCNICO
Figura 4 ‐ Módulo destruído
Figura 5 ‐ Curva IV e P‐V num módulo sem sombra
Figura 3 ‐ Efeito da sombra nas células
Figura 3 Efeito da sombra nas células
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ARTIGO TÉCNICO
3 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO rede e por isso o sistema fica isolado e sem possibilidade de
ser utilizado.
Para se fazer um correcto dimensionamento de uma central Para instalações ligadas à rede, é necessária a instalação de
de microprodução fotovoltaica com ligação à rede eléctrica, um inversor de rede que esteja certificado.
é necessário seguir uma série de etapas, enumeradas de No site www.renovaveisnahora.pt está disponível uma lista
seguida: com mais de 160 inversores certificados, por isso aconselha‐
1‐ Análise das condições de terreno e de instalação; se a utilização de um desses equipamentos.
2‐ Escolha do inversor; Para este exemplo vai ser usado o inversor da marca SMA,
3‐ Escolha dos painéis; modelo SB 3800/V, com uma potência de saída AC de
4‐ Determinar o número de módulos e a potência dos 3680 W e um rendimento de 95,6%.
painéis; 3‐ Escolha dos painéis
5‐ Determinar o número de módulos por fileira; Existem inúmeros fabricantes de painéis fotovoltaicos
6‐ Determinar o número mínimo de módulos por fileira; disponíveis no mercado, o que levou a um considerável
7‐ Definir o número de fileiras em paralelo; abaixamento do preço dos mesmos. No entanto o preço não
8‐ Apresentar a configuração do sistema; deve ser o factor principal de escolha dos painéis pois,
A potência da central será de 3,68 kWp. factores que têm a ver com a qualidade de fabricação, as
garantias de potência e a certificação dos painéis por
1‐ Análise das condições de terreno e de instalação entidades reconhecidas são aspectos mais importantes que
A visita ao local de instalação é um factor preponderante o preço por Wp.
para uma correcta instalação da central. Uma análise cuidada Neste caso serão usados painéis de silício monocristalino de
do local de instalação permite verificar se poderão existir 220 Wp ou de 230 Wp, fabricados pela empresa Goosun, que
sombreamentos aos painéis, permite definir a estrutura de estão certificados segundo as normas europeias e
suporte mais adequada e também a configuração da central, internacionais IEC/EN 61215 e cumprem os requisitos da
nomeadamente em termos de número de fileiras de painéis classe de protecção II.
e a sua orientação. Aquando da simulação do sistema, alguns Estes módulos garantem uma potência nominal mínima de
dados necessários introduzir no simulador, são obtidos pela 90% a 10 anos e 80% a 25 anos.
visita ao local, por isso é imprescindível a correcta avaliação Se os módulos estiverem colocados num local com as
das condições de instalação. condições ideais é possível obter deles a sua máxima
2‐ Escolha do inversor potência, no entanto como na realidade isso não se verifica e
O inversor é o equipamento que converte a energia contínua porque também existem perdas nos equipamentos,
produzida pelos painéis, em energia alternada com nomeadamente no inversor (4,4%) e nos próprios painéis
características similares à da rede eléctrica. É um que têm uma tolerância de ±3 %, é aconselhável instalar uma
equipamento que possui, geralmente, um rendimento potência superior a 3680 kW. No entanto é preciso verificar
elevado e que desempenha um papel fundamental em todo qual a máxima potência DC suportada pelo inversor.
o sistema. Consultando as características do inversor escolhido, o valor
Se o inversor não funcionar, a energia não é injectada na indicado é de 4040 W.
Figura 7 ‐ Características do inversor SMA
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ARTIGO TÉCNICO
Este é um valor a ter em atenção pois com valores de O limite máximo da tensão de circuito aberto do módulo é
potência de entrada superiores, o inversor desligar‐se‐á. atingido quando a temperatura é muito baixa (‐ 10 ºC).
4‐ Determinar o número de módulos e a potência dos Nessa situação se o inversor sair de serviço, a tensão de
painéis circuito aberto será demasiado elevada para se poder voltar
No ponto 2 indicou‐se que se iriam utilizar painéis com a ligar o sistema sem que daí advenham danos para o
220Wp ou 230Wp. inversor. Esta tensão deve ser menor do que a tensão DC
Considerando a potência máxima DC do inversor (4040 W) e máxima admissível do inversor. Limitando o número de
fazendo a divisão dessa potência pela potência dos painéis módulos por fileira consegue‐se obter um valor de tensão de
conclui‐se: circuito aberto calculado pela associação em serie dos
diversos módulos, que não seja demasiado elevada.
Tabela 2 ‐ Cálculo do número de módulos
A fórmula seguinte permite calcular a tensão de circuito
aberto para uma temperatura de ‐10 oC, a partir da tensão
do circuito aberto do módulo obtida nas condições de
referência STC.
(1)
Como se pode verificar, o número de módulos de 230Wp é Verificando as especificações técnicas dos módulos
17 que é um número que não se pode distribuir escolhidos para este projecto, verifica‐se que a o coeficiente
equilibradamente pelas fileiras. térmico dado pelo fabricante (ΔU) é ‐0,33%/oC e que Vca(STC)
Como o inversor não permite ligação de fileiras com número vale 35,8 V. Aplicando a equação anterior obtém‐se,
de painéis diferentes, ou seja com valor de tensão diferentes
nas fileiras, é necessário reduzir para 16 o número de painéis (2)
de 230Wp, dado que 18 painéis de 230Wp levariam a uma
potência DC de entrada superior a 4040W. O número máximo de módulos por fileira (NMm) é então
obtido através da relação entre a tensão máxima admitida
Tabela 3 ‐ Comparação entre o número de módulos
p ç
pelo inversor (VMi) e a tensão máxima de circuito aberto (‐
10oC), obtendo‐se:
(3)
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ARTIGO TÉCNICO
Nessas condições o sistema fotovoltaico terá uma tensão aos A configuração do sistema será:
seus terminais inferior àquela que se verifica nas condições Tabela 4 ‐ Configuração final do sistema
de referência STC. Se a tensão do sistema fotovoltaico descer
para valores abaixo da tensão MPP mínima do inversor (Vmi),
a eficiência global do sistema ficará condicionada, podendo
provocar a saída de serviço do inversor. Para evitar este
problema, deve‐se calcular o número mínimo de módulos
ligados em série numa fileira.
Analisando as características do inversor verifica‐se que Vmi = O esquema da configuração do sistema é apresentado na
200 V e a tensão na máxima potência dos painéis, dada pelo figura seguinte.
fabricante dos painéis, é Vmp = 28,1 V.
(4)
(5)
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ARTIGO TÉCNICO
Dado a designação de “casa inteligente” ter um termo Um ponto de partida poderá ser a sistematização de Gann
controverso, resultam normalmente definições, no mínimo, (1999) referida por Harper [04] que consiste na distinção
curiosas. entre casas que simplesmente contêm aparelhos
Senão, vejamos: inteligentes e aquelas que permitem computação interactiva
‐ Franco [03] afirma que “uma casa inteligente deve ser dentro e para fora da casa.
como um mordomo invisível, capaz de observar, tomar Assim mantendo a atenção na funcionalidade disponível
decisões e actuar sobre o meio envolvente”. para o utilizador podemos identificar cinco tipos de casa
‐ Segundo Roseta [12] “talvez a melhor casa do futuro seja inteligentes:
aquela que for capaz de transmitir uma lição de ‐ Contains intelligent objects: Contém dispositivos e
harmonia entre memória e sonho, que a faça resistir à electrodomésticos que funcionam de um modo
prova do tempo que passa. Mas há também que abrir as inteligente.
portas à imaginação criadora e construtora do homem, ‐ Contains intelligent, communicating objects: Contém
capaz de fazer do seu habitat um mundo maravilhoso e dispositivos inteligentes que comunicam entre si,
mágico, onde ao alcance de um botão podem estar as trocando informação e aumentando assim a sua
mais diversas possibilidades de realizar as suas funcionalidade.
aspirações”. ‐ Connected home: A casa tem uma rede interna
‐ Soares [14] considera que “a “Casa do Futuro” deve ser o interligada com a rede externa, permitindo o controle
espaço por excelência da vida moderna, onde a família interactivo dos sistemas, e o acesso aos serviços e à
no seu todo, e cada membro do agregado familiar em informação, quer de dentro, quer do exterior.
particular (crianças, jovens, adultos e idosos), encontra ‐ Learning home: Os padrões de utilização são gravados e
as diversas instalações especiais úteis e necessárias ao os dados acumulados são usados para antecipar as
seu “contacto com o mundo”. A “Casa do Futuro” deve necessidades dos utilizadores. Por exemplo, a casa que
também estar preparada para permitir o acesso fácil a aprende padrões da utilização do aquecimento e da
todos os cidadãos, incluindo os deficientes”. iluminação (“the adaptative home”).
‐ No “Logar Digital Conectado los PCs y otros equipos ‐ Alert home: As actividades das pessoas e dos objectos
electrónicos de consumo trabajan de forma conjunta são constantemente monitoradas alertando e
para ofrecer contenido digital en todos los lugares de la antecipando as acções a tomar (“the aware home”).
casa. La gestión de este contenido se realiza de forma
fácil y cómoda, con los distintos dispositivos en red y b) AS FUNÇÕES DA CASA INTELIGENTE
desde cualquier lugar de la casa”. [06]
Em termos de conclusão, Oliveira [11] acrescenta que se Actualmente as habitações podem estar equipadas com
perspectiva que “a «Casa do Futuro» vai reinventar a função sistemas que associam diversas funcionalidades nas áreas de
do habitáculo doméstico e as sociabilidades individuais ou segurança, conforto, gestão de energia e comunicações.
colectivas à sua volta”! Funcionalidades principais: detecção de incêndio, intrusão,
fuga de água ou gás, avisos, comandos e controlo remotos,
a) TIPOS DE CASAS INTELIGENTES “Anything, Anytime, Anywere”.
As capacidades da domótica podem ser um auxiliar precioso
De facto, há problemas com a conceptualização da “casa para contornar as dificuldades temporárias ou permanentes,
inteligente”! Parece haver pouca concordância sobre como físicas ou mentais do ser humano. Além disso, estes sistemas
uma casa inteligente deve ser e sobre que tecnologias ela permitem facilitar as tarefas a idosos que assim vêem
deve incorporar. minimizados algumas limitações a que estão expostos.
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ARTIGO TÉCNICO
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ARTIGO TÉCNICO
Este sistema permite que um único par entrançado seja O telecontrolo via teclado do telefone permite, quer
usado para alimentar um dispositivo e para comunicar actuar qualquer dispositivo, quer saber qual é o seu
com ele. Este protocolo conduz normalmente a soluções estado. O sistema pode ser acedido remotamente por
de investimento relativamente elevado. computador via linha telefónica.
3) Sistema proprietário Vivimat: O sistema domótico 6) Sistema proprietário Hometronic: O sistema Hometronic
VIVIMAT, é um sistema centralizado que pode ser usa a radio‐frequência para a comunicação entre a
ampliado com a introdução de módulos adicionais central e os vários sensores e actuadores espalhados
interligados por um bus de comunicação. Ajusta‐se às pela casa. As suas acções podem ser activadas
necessidades de todo o tipo de casas de nova localmente, automaticamente através da central, por
construção. Permite o controlo e manutenção local e telefone ou por Internet.
remota através de teclado, computador, painel de 7) Sistema proprietário Cardio. O sistema CARDIO dispõe de
visualização, telefone, WAP e Internet. uma sonda no ecrã táctil que permite o controle da
4) Sistema proprietário Domus/Inteligente: Este sistema temperatura da habitação e pode ser remotamente
baseia‐se num ecrã táctil que incorpora o processamento controlado por telefone. Além disso, permite controlar
da informação. A este painel é ligado um cabo bifilar ao qualquer dispositivo X10, injectando sinais na rede
qual estão ligados em anel os “módulos de sensor”. Em eléctrica através da interface X10.
cada divisão da casa é instalado um destes módulos que
incorpora como entradas um receptor de De modo a evidenciar as potencialidades oferecidas por
infravermelhos, um sensor de movimento, um sensor se todos estes sistemas organizaram‐se na tabela 1 as suas
luminosidade e um sensor de temperatura e como saídas características, nas seguintes áreas: campo de aplicação do
um emissor de infravermelhos, dois contactos secos para sistema domótico, expansibilidade, capacidade de
controlo de iluminação e um outro para controlo de interligação com outros sistemas, rapidez de resposta,
aquecimento. As persianas são controladas por módulos facilidade e versatilidade de utilização, interfaces de controlo
centralizados num quadro próprio (com uma ligação bus e custo global para uma vivenda modelo.
ao painel táctil). Pode ser controlado por painel táctil,
SMS e a visualização do estado do sistema pode ser feita 4 A PROCURA
na televisão. As suas limitações são a impossibilidade de
regulação da intensidade luminosa. a) COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
5) Sistema proprietário Simon: O sistema SIMON VIS é um
sistema semi‐centralizado radial. Tem uma unidade De acordo com a perspectiva da tomada de decisão, a
central de processamento, “módulo de controlo” que adesão a um sistema inteligente para a sua habitação
interliga com os módulos de saída e entrada. Em cada resulta, primeiramente, da percepção do consumidor de que
piso de uma habitação cada interruptor liga ao módulo existe uma necessidade, em seguida, da transição, por uma
de entrada (situado num quadro parcial) através de um série de etapas, em direcção a um processo racional da
par de condutores. Do mesmo modo, cada lâmpada é satisfação dessa necessidade. Entre essas etapas estão o
alimentada a partir do módulo de saídas. Como o reconhecimento do problema, a busca, a avaliação de
controlo é feito por software qualquer saída pode ser alternativas, a escolha e a avaliação pós‐aquisição. A
temporizada. O sistema inclui a possibilidade de cada perspectiva experimental sobre o comportamento do
botão de pressão poder ter duas funcionalidades consumidor sugere que, em alguns casos, os consumidores
distintas: uma com toque curto e outra com toque longo. não fazem as suas compras de acordo com um processo de
tomada de decisão estritamente racional.
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ARTIGO TÉCNICO
Em vez disso, às vezes, as pessoas compram produtos e Assim, as pessoas podem adquirir uma casa inteligente para
serviços apenas para se divertirem, para criarem fantasias ou expressar a terceiros certas ideias e significados a respeito
obterem emoções e sentimentos. de si mesmas [09].
Deste modo, tornar a casa inteligente pode constituir, para o Mais do que nunca a nossa casa revelará os nossos valores, o
consumidor, um meio de este sentir prazer ao ter controlo nosso conceito de vida e a nossa relação com a família e com
sobre as variáveis da sua habitação, ou apenas satisfazer a o mundo.
sua necessidade de reconhecimento e valorização pela No futuro poderemos afirmar: "Mostra‐me a tua casa, dir‐
sociedade. te‐ei quem és”. [08]
Tabela 1 – Características dos sistemas domóticos analisados
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ARTIGO TÉCNICO
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ARTIGO TÉCNICO
2.3) “Se tem uma casa inteligente, quais são as dificuldades Parece‐nos que há um certo consenso nas respostas dos
com que se depara no seu dia a dia”? nossos inquiridos, ou seja, os que possuem uma casa
A maioria dos inquiridos afirmam que as dificuldades não inteligente dizem que estão satisfeitos e que não
são relevantes. Apresentam de facto algumas apresentam dificuldades relevantes. Os que conhecem
dificuldades, mas eventualmente ultrapassam‐nas com utilizadores de casas inteligentes confirmam esta
facilidade. Este resultado parece‐nos significativo na opinião. Os inquiridos retractam‐na, mais uma vez, como
medida em que a maioria dos utilizadores de casas uma casa “fantástica” e que dá “prazer”. As experiências
inteligentes desta amostra afirma estar satisfeito com a são “boas e más”, mas “os problemas resolvem‐se”. Eis a
sua casa. razão por que se sentem satisfeitos os seus donos.
Constata‐se, porém, uma preocupação do consumidor
relativamente à fiabilidade do sistema eléctrico. Como já 4) Bloco D: Este bloco é referente à valorização que o
foi referido anteriormente neste estudo, existem inquirido atribui a uma série de funções domóticas
sistemas que centralizam o processamento numa única típicas apresentadas no inquérito.
unidade correndo o risco, em caso de avaria ou de erro A marca triangular (Fig.1), relativa a cada função,
fatal do software, de deixarem os seus habitantes às representa o valor médio das valorizações que os
escuras, mas já há sistemas que funcionam em paralelo respondentes lhe atribuíram numa escala de 0 a 100%.
com a instalação eléctrica tradicional sem nada De modo a conhecer a dispersão das respectivas
perturbarem o seu funcionamento. valorizações atribuídas, determinou‐se o desvio padrão
de cada função e assinalou‐se no gráfico a
3) Bloco C: Seguidamente pretende‐se detectar qual é a correspondente variação, para mais e para menos,
imagem que as pessoas captam de quem tem uma casa relativamente ao valor médio. Assim, o traço vertical
inteligente.. assinalado para cada função representa a variação da
valorização atribuída correspondente a dois terços da
3.1) “Se conhece alguém que tenha uma casa inteligente, amostra.
como é que a descreve”? Segundo o gráfico apresentado, praticamente todas as
Segundo as opiniões recebidas a casa inteligente é funções domóticas apresentam uma valorização média
sobretudo confortável e segura. É programada, tem rega superior a 50%.
automática e detecção de movimento. Mas também é É de destacar que as funções de segurança (detecção de
importante verificar que os “amigos” dos utilizadores de intrusão, detecção de gás, detecção de inundação e
uma casa inteligente ficam com a ideia de que ela é, por detecção de incêndio) são aquelas que apresentam um
um lado “espectacular”, “ boa e útil” e “tem tudo o que valor médio na ordem dos 80% e com um desvio padrão
é necessário para se sentirem bem” e reconhecem que apertado, o que quer dizer que cerca de dois terços da
ela é “atractiva perante os amigos”; por outro lado, é amostra se situam nesta faixa. Recorde‐se que estas
“complexa”, “complicada quando não está o dono” e funções foram ditas pelos utilizadores de casas
“fica aquém da propaganda”. Estas duas facetas poderão inteligentes como as que os satisfazem mais e verificou‐
ser uma consequência do sucesso do sistema se, por sua vez, que são ainda as mesmas funções as que
implementado ou da limitada capacidade do instalador. se encontram em maior número nas casas inteligentes,
ou seja, parece confirmar‐se que as funções relativas à
3.2) “Se conhece alguém que tenha uma casa inteligente, segurança, que os respondentes dizem ter instaladas,
qual é a experiência que os moradores dessa casa têm”? são as mesmas que eles valorizam mais, e também as
A experiência dos moradores das casas inteligentes é que mais satisfação lhes dão.
francamente positiva.
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125
100
Valorização 0 a 100%
75
50
25
0
D. gá
D.águ
D.fog
Rega
D.Intrusao
D.Portas
D.extterior
D.Q. vidros
Alarm
Câma
Grav
P.ele
Telec
Telec
Telec
Telec
Tele Escuta
Rece
Conttrolar c/ PC
Simu
Telec
vador
ectrocussão
epção alarmes
ulação presença
a
ás
go
me congelador
control ILU
control aquec.
control sirene
control fogão
comandos
ua
aras
Figura 1 – Nível de valorização das funções domóticas por parte do consumidor
(em euros) que o consumidor está disposto a aplicar com Figura 2 – Percepção de valor de um sistema domótico
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ARTIGO TÉCNICO
Penso que há necessidade de desmistificar este assunto para Para este patamar de “esforço económico”, como se pode
que as pessoas compreendam que se pode ter algo concluir da análise do resumo das fichas técnicas de cada
inteligente na casa por pouco por pouco dinheiro e de forma sistema analisado, estes teriam várias soluções possíveis:
simplificada, que se usa da mesma maneira como qualquer ‐ Sistema Cardio
aparelho eléctrico.” ‐ Simon Vis
‐ Domus
“Julgo que ainda estamos na fase de mercado em que reinam ‐ Vivimat
os improvisadores e as soluções dirigidas a quem tem muito ‐ Omtronic
dinheiro. A tecnologia está mais que madura, acho eu, logo ‐ X10.
há espaço para quem não seja ganancioso e perceba do Estes sistemas, com excepção do X10, são todos sistemas
tema.” centralizados e proprietários.
Além disso, qualquer deles oferece possivelmente melhores
“Todos os contributos nesta área são de facto importantes, características e fiabilidade que o X10.
ainda mais se tivermos em consideração o ritmo de vida que Portanto, para a faixa de investimento dos 5.000 euros o
a maioria da população leva. Parece‐me fundamental consumidor tem uma grande oferta de sistemas de
democratizar o acesso a, pelo menos, algumas das domótica.
funcionalidades que tornam uma casa numa Casa A fase seguinte deveria ser uma análise detalhada de cada
Inteligente” característica para determinar qual seria a solução que
melhor “integraria cada sistema domótico com o seu dono”,
5 O CRUZAMENTO DA OFERTA COM A PROCURA resultando daí, concerteza, uma maximização da sua
satisfação pós‐venda.
Há que reconhecer que a maior parte das soluções Dado os interesses e motivações de cada um serem
domóticas que o mercado apresenta estão algo fora do diferentes, a ponderação de cada especificação é um factor
alcance da maioria dos portugueses. O mesmo não acontece pessoal e consequentemente a “melhor solução” dependerá
nos Estados Unidos ou noutros países da Europa onde o de critérios subjectivos.
poder de compra é bem superior ao nosso. Se analisarmos o caso, de um nível de investimento
Os interesses que o consumidor manifestou relativamente às disponível inferior, por exemplo 1500 euros, já teríamos
casas inteligentes foram essencialmente os seguintes: cerca de 34 consumidores nesse grupo.
‐ Na área da segurança: detecção de intrusão no interior Assim, se segmentarmos a procura em três faixas, podem daí
da casa, com detectores de movimento; detecção de resultar três tipos de soluções que satisfazem a maior parte
incêndio, de inundação e de fuga de gás. dos inquiridos procurados:
‐ Na área do conforto: controlar persianas, iluminação e a) Sistema de 5.000 euros para 21 respondentes
alarmes através do computador; ligar, desligar e b) Sistema de 1.500 euros para 13 respondentes
controlar o aquecimento central; ligar ou desligar o c) Sistema de 500 euros para 7 respondentes
fogão através do telefone; rega automática dos jardins. Para satisfazer o grupo representativo dos “13” inquiridos
que disponibilizariam um investimento de 1.500 euros para
Claro está que a selecção de qualquer solução domótica está terem a sua casa mais inteligente, poderia considerar‐se um
intrinsecamente associada ao nível de investimento sistema híbrido em que se proporia uma central de intrusão
disponível. Como se pode inferir da análise do gráfico do inteligente que acumularia funções de comunicação e
”número total de interessados por cada nível de controlo bidireccional, associada a uma aplicação criteriosa
investimento” vinte e um dos inquiridos estão dispostos a do sistema X10 que permitiria um escalonamento
investir 5.000 euros para tornar a sua casa inteligente”. progressivo à medida do interesse do consumidor.
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ARTIGO TÉCNICO
Assim, os alarmes técnicos seriam geridos pela central de ser solucionados pela aplicação de um
intrusão e o conforto ficaria a cargo do sistema X10. A rega repetidor/amplificador, disponibilizado por diversos
automática ficaria, opcionalmente, isolada com um fabricantes de dispositivos X10.
controlador dedicado, dado estes terem elevada fiabilidade
e serem de baixo custo, evitando‐se assim, o perigo de 6 CONCLUSÕES
inundação provocado pela baixa fiabilidade do sistema X10.
Relativamente ao terceiro grupo que apenas disponibilizava “Se a introdução da concorrência teve o mérito de fazer
500€ o mercado também oferece um sistema domótico que passar o consumidor de Utilizador a Cliente, a prática de
pode ser escalonado em várias fases, sendo mesmo possível criação de valor para o cliente, tem como efeito fazer
aplicá‐lo apenas numa única sala: sistema X10. De modo a passar o consumidor de Cliente a Amigo”. [07]
tornar este produto mais acessível, a cadeia de valor que
inclui todos os processos desde a produção, distribuição, As casas inteligentes, quando instaladas com sucesso,
retalho, instalação e cliente, foi reduzido apenas a 2 níveis: proporcionam aos seus utilizadores a satisfação como
Produtor e consumidor. clientes e todo o prazer que a tecnologia actual lhes pode
Dado o sistema X10 ser muito fácil de instalar o nível técnico oferecer. Daí lhes advém a verdadeira percepção de valor da
do “instalador” pode ser abolido, podendo incluir‐se este domótica.
sistema no sector “faça você mesmo” e ser a sua instalação Compreender as motivações dos consumidores, no âmbito
encarada como um trabalho de bricolage. da casa inteligente e o processo de consumo, proporciona
Assim, para o grupo dos “investidores dos 500 euros”, o uma série de vantagens. Entre elas destacam‐se o auxílio aos
sistema X10 tem kits económicos, que vão desde um sistema gestores nas suas decisões, o fornecimento de uma base de
compacto de detecção de intrusão telecomandado com conhecimento a partir da qual os pesquisadores de
telecomando de rádio frequência compatível com os sinais marketing podem analisar os consumidores e, ainda, o
X10 e que avisa telefonicamente o dono em caso de intrusão auxílio ao consumidor na tomada de melhores decisões de
(a Portugal Telecom comercializa este produto), até kits de compra.
automação, que incluem um módulo X10 para controlar Acresce ainda que, num mercado tecnológico cada vez mais
electrodomésticos, um módulo X0 de casquilho para exigente, a lógica da relação Fornecedor‐Cliente mudou,
intercalar no circuito eléctrico do candeeiro junto à lâmpada, estando a ser substituída por uma relação Amigo‐Amigo
um receptor de rádio frequência que injecta o sinal de X10 como resultado de uma relação de cooperação “win‐win”.
na rede e um telecomando de rádio frequência que pode Relativamente à casa inteligente, corre um certo misticismo
controlar os referidos módulos que recebem o sinal X10 pela como sendo “muito cara” e só para quem “percebe muito de
rede eléctrica. computadores”, necessitando quase de um técnico
É de referir a grande vantagem desse sistema em ser fácil de permanentemente ao seu lado. É necessário clarificar este
incluir posteriormente, mais funcionalidades, pois apenas é conceito. Actualmente as casas inteligentes são, de facto,
necessário ligar mais módulos às tomadas; estes passam a muito caras para clientes exigentes e que estão dispostos a
estar interligados pela rede eléctrica e a responder de investir nelas para concretizar os seus desejos mais
acordo com o código com o qual foram programados por sofisticados. No entanto, mostrou‐se que o mercado
simples selecção de uma letra e de um número em dois também oferece outros sistemas fiáveis, mais económicos,
selectores, por meio de uma chave de fenda. Quando a ou seja, permite que o cliente vá comprando os
instalação atingir uma dimensão maior, quer pelo número de equipamentos à sua medida e vá lentamente construindo a
módulos ligados, quer pelas distâncias que os sinais têm que sua casa inteligente por partes.
vencer, todos os problemas de falha de comunicação podem
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ARTIGO TÉCNICO
mesmo comando e “clica‐se” na tecla de levantar a persiana, Dummies”, Wiley Publishing, Inc., 2003
acender a luz ou qualquer outra função que o cliente [02] CEBus – Consumer Electronics Bus (EIA‐600),
casas inteligentes estão disponíveis para todas as “bolsas” e [03] FRANCO, Ivan, “A Casa do Futuro Interactiva”, Cap.
esmagadora maioria dos lares portugueses. [04] HARPER, Richard,”Inside the Smart Home”, Springer‐
Verlag London Limited, 2003, PAG. 299, 229
Apesar das limitações deste trabalho, pelo facto de se ter [05] JACKSON, Andy, “Integrating the smart home with its
condições para um perfeito encontro da oferta com a SIMO TCI, feria internacional de informática, multimedia
conhecimento uma nítida vantagem para todos os players: [07] MICHEL, H.,”Criação de valor para o cliente”, Monitor,
usufrir da tecnologia “à sua medida” e para todos os outros [08] MOTA, José Augusto, “Casas inteligentes”, Centro
dificuldade em vender as casas e os apartamentos novos, [10] NUNES, Renato, "DomoBus ‐ A New Approach to Home
português absorverá. Estes factores levaram a que os Interactiva”, Cap. "Estar em Casa, Estar no Mundo", 2003
construtores recorram cada vez mais à Domótica como [12] ROSETA, Helena, “A Casa do Futuro Interactiva”, Cap.
aliciando os consumidores para as “Casas de Sonho [13] SANTOS, José Armando, “Meios para melhorar a
Espero com este trabalho ter contribuído para desmistificar necessidades especiais”,
especiais Tese de Mestrado da
o conceito de casa inteligente e faço votos que a sua leitura Universidade Técnica de Lisboa – Instituto superior
sirva de estímulo para que mais alguns lares portugueses Técnico, 2004
beneficiem da magia e das maravilhas que a tecnologia [14] SOARES, Francisco Sousa, “A Casa do Futuro
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ARTIGO TÉCNICO José Jacinto Ferreira, Miguel Leichsenring Franco
Schmitt ‐ Elevadores
1Esta directiva cria um quadro de definição dos requisitos comunitários de concepção ecológica dos produtos consumidores de energia com o
objectivo de garantir a livre circulação destes produtos nos mercado interno. Prevê ainda a definição de requisitos a observar pelos produtos
consumidores de energia abrangidos por medidas de execução, com vista à sua colocação no mercado e/ou colocação em serviço. Contribui
para o desenvolvimento sustentável, na medida em que aumenta a eficiência energética e o nível de protecção do ambiente, e permite ao
mesmo tempo aumentar a segurança do fornecimento de energia
63|
ARTIGO TÉCNICO
Onde m representa a massa suportada pela roda de tracção Ainda segundo Palma (2008), um sistema de accionamento
e r o raio da roda de tracção da máquina. electromecânico de velocidade variável, que permite o
A potência mecânica do sistema será obtida a partir de: ajuste de velocidade, de posição ou de binário, dentro de
certas gamas de variação, é constituído por diversos
F v
P F v T T (3) componentes:
1. Fonte de energia eléctrica;
Sendo a velocidade linear v, dada por: 2. Conversor estático de potência;
3. Máquina eléctrica, incluindo a transmissão;
v r (4) 4. Sistema mecânico movido, ou carga;
5. Órgãos electrónicos de controlo e de comando do
Como sob o ponto de vista electrotécnico todo o sistema de conversor.
accionamento electromecânico está subordinado ao motor
eléctrico ter‐se‐á de reduzir as diferentes grandezas 2.2 O MODELO DO ASCENSOR EM MATLAB‐SIMULINK
mecânicas envolvidas ao eixo motor. Nessa redução utiliza‐
se o Princípio da Conservação da Energia. Na concepção do modelo simulink separou‐se cada um dos
A energia cinética é dada por: componentes do sistema, eléctrico e mecânico (elevador),
para uma maior facilidade de parametrização e
1
Ec J 2 (5) interpretação de resultados, conforme as figuras 2 e 3.
2
Foram ainda concentrados todos os outputs das grandezas
Então para o todo o sistema será válida a seguinte relação: mecânicas consideradas, num mesmo bloco (caixa redutora),
que simula o acoplamento mecânico com o motor eléctrico.
1 1
Ec1 Ec 2 J 112 J 2 22 J 112 J 2 22 (6) As grandezas eléctricas de monitorização são retiradas do
2 2
próprio bloco variador/motor (AC2).
As equações [1] a [6] foram então transpostas para o modelo Desta forma, o modelo foi dividido em três blocos principais
em Matlab‐Simulink. – Bloco Mecânico, Bloco Eléctrico e Blocos de medições de
Apresenta‐se na figura 1 o modelo de base do ascensor grandezas eléctricas e mecânicas ‐, que por sua vez se
eléctrico com roda de aderência e máquina com redutor. subdividem em outros blocos secundários, conforme a
seguir se descreve.
Figura 1 – Modelo de base do ascensor eléctrico com roda de aderência e máquina com redutor
|64
ARTIGO TÉCNICO
Figura 2 – Diagrama geral de blocos do ascensor com variação de velocidade PWM
65|
ARTIGO TÉCNICO
2É prática na indústria de ascensores que o contrapeso seja dimensionado para contrabalançar a massa da cabina + 50% da carga nominal da
cabina. Assim, para uma cabina com uma carga útil de 630 kg e um peso próprio de 850 kg, o contrapeso terá de ter uma massa de 1165 kg.
Procurar‐se‐á através de uma análise de cenários verificar se esta é a solução óptima em termos de consumo energético.
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ARTIGO TÉCNICO
Tabela 1 – Sentido do binário resistente em função do movimento da cabine e das massas
Binário Resistente
Massas (kg)
Movimento da Cabine
(Carga+Cabine) > Contrapeso (Carga+Cabine) < Contrapeso
O output deste bloco será a massa resultante do sistema Como já foi dito anteriormente, outro dos inputs é a massa
cabine/contrapeso responsável pela força vertical do sistema resultante do sistema cabine/contrapeso, responsável por
(peso), que poderá ser positiva ou negativa e será um dos parte do momento de inércia do sistema que influenciará o
inputs do bloco da roda de tracção. binário transitório (arranques/paragens) e pelo binário
permanente, quando a cabina atinge a velocidade nominal.
2.2.1.2 RODA DE TRACÇÃO No bloco simulink da roda de tracção será calculado o binário
resistente permanente referido ao seu eixo, bem como o
A roda de tracção da máquina elevadora pode ser momento de inércia resultante da carga total do sistema
modelizada a partir do conjunto de sub‐blocos indicados na cabine/contrapeso, sendo este referido também ao mesmo
figura 7. eixo. Estas duas grandezas associadas ao rendimento da roda
Na janela de parametrização, são introduzidos os dados de tracção e ao seu raio, integrarão um bus de dados de
relativos à roda de tracção, nomeadamente o momento de output, que será um dos inputs do bloco da caixa redutora.
inércia, o rendimento e o raio da roda de tracção.
67|
ARTIGO TÉCNICO
Figura 6 – Janela de parametrização da cabine/contrapeso
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ARTIGO TÉCNICO
O input de dados do bloco simulink da caixa redutora divide‐ quer à descida. Pretende‐se simular uma viagem completa
se pelo bus de dados proveniente da roda de tracção, pelos da cabina3.
parâmetros introduzidos pelo utilizador, tais como o O Tempo de arranque/paragem foi definido com o sendo de
momento de inércia, rendimento e a relação da caixa um segundo.
redutora e finalmente pela velocidade de rotação (rad/s) no
veio do motor (rotação efectiva do motor) e pelo Setpoint de
velocidade. A velocidade de rotação vai permitir o cálculo do
binário transitório, bem como a potência solicitada e a
velocidade linear da cabine.
De referir ainda que o Setpoint de velocidade neste bloco
tem uma actuação indirecta, permitindo unicamente definir
o sentido do binário resistente. Os outputs deste bloco são o
binário resistente, referido ao veio do motor, que será o
input mecânico do motor de indução, que por sua vez vai Figura 12 – Setpoint de velocidade do motor com variação de
velocidade
gerar a velocidade de rotação que serve de input ao mesmo
bloco. São ainda outputs, a potência solicitada pelo sistema e 2.2.2 BLOCO ELÉCTRICO
a velocidade linear da cabine, sendo estas duas grandezas só
para monitorização, não tendo por isso qualquer Este bloco é constituído por dois sub‐blocos:
interferência com o sistema.
2.2.2.1 FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Figura 11 – Janela de parametrização da caixa redutora
3Viagem com a cabina em vazio, em sentido descendente e ascendente, vencendo todo o curso, isto é, a cabina deve ser movimentada entre os
pisos extremos do edifício.
69|
ARTIGO TÉCNICO
2.2.2.2 BLOCO SIMULINK AC2 Optou‐se por adoptar o binário resistente como input
mecânico. Como num elevador a velocidade é imposta, o
O bloco AC2 incorpora dois equipamentos, o variador de que vai variar no sistema é o binário resistente que depende
frequência e o motor de indução e ainda inputs e outputs, da carga total e poderá variar em cada viagem do elevador.
que servem para controlar e monitorizar o sistema. O bloco AC2 vai gerar a velocidade de rotação que serve de
Relativamente aos inputs de controle, faz‐se referência ao input ao bloco da caixa redutora, que é velocidade real do
Setpoint de velocidade que foi já indicado na figura 12, que sistema. A velocidade real depende de todas as grandezas
vai servir de base à aceleração/desaceleração do sistema, mecânicas e eléctricas do sistema, bem como do Setpoint de
bem como à sua velocidade permanente e ainda o binário velocidade. Existem ainda vários outputs de controlo ou
resistente, gerado pelo sistema mecânico (output da caixa meramente indicativos e para monitorização do sistema.
redutora). Na janela de parametrização do motor assíncrono, são
O bloco AC2 permite ainda escolher o input mecânico, que introduzidos todos os dados que caracterizam a máquina,
poderia ser a velocidade de rotação ou binário resistente. eléctricos e mecânicos. Foram considerados os parâmetros
recolhidos do ascensor real estudado.
Figura 14 – Janela de parametrização do motor de indução trifásico
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10. Instalação de sistemas centralizados de gestão de tráfego o projectista dimensiona, então os ascensores em função
informatizados que realizem uma avaliação automática dos valores obtidos pelo cálculo, por comparação com
do padrão de tráfego. Este sistema de gestão de tráfego critérios tabelados (por exemplo a TD deverá ser de 20
disponibilizará então o(s) ascensor(es) necessário(s), segundos, no máximo, para que a qualidade do serviço possa
optimizando o número de manobras a realizar pelos ser considerada excelente), sem ter em conta a eficiência
ascensores e distribuindo os passageiros a transportar energética dos mesmos.
pelos diferentes ascensores existentes no edifício. Perante a instalação cada vez maior de ascensores, mesmo
em edifícios com baixo número de pisos (para facilitar a
11. Incorporar o Estado da Arte de Componentes analisados mobilidade de pessoas com mobilidade reduzida), dever‐se‐
no artigo anterior sobre optimização energética de á ter um cuidado especial no seu planeamento (projecto),
ascensores para se obter uma boa solução, quer do ponto de vista
técnico, legal4 e económico, quer do ponto de vista
energético.
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A partir do simulador apresentado também no artigo contrapeso assume um peso de 78% de 1165 kg, que é a
anterior, deverá ser possível obter informação sobre os solução inicialmente estudada).
consumos energéticos das diferentes soluções estudadas e Os 910 kg correspondem à situação em que não há consumo
incorporá‐las nos estudos de tráfego a realizar. Igualmente de energia à subida na manobra com a cabina vazia5.
deverão ser elaboradas tabelas com informação sobre o Para cenários com e sem reinjecção de energia, a eficiência
desempenho energético das diferentes soluções oferecidas, torna‐se efectiva para massas do contrapeso superiores a
que deverão ser disponibilizadas aos projectistas. 73% e inferiores a 100% da massa do contrapeso de
referência.
5 RESULTADOS A melhor solução ocorre quando o contrapeso pesa 910 kg.
Contudo, esta solução implicará a aplicação de uma máquina
1. Impacto de diferentes massas do contrapeso sobre o mais potente do que a que seria necessária na solução base
consumo energético (1165 kg).
Se fosse possível reaproveitar toda a energia nas manobras
Para a verificação do impacto de diferentes massas do que o permitem, o contrapeso poderia assumir qualquer
contrapeso sobre o consumo energético estudaram‐se 3 massa acima dos 50% (ou seja 582,5 kg). Para este cenário a
cenários: solução óptima passaria por um contrapeso com uma massa
a. cenário ideal ‐ 100% da energia é reinjectada; de 1165 kg, porque implicaria uma máquina de menor
b. cenário real ‐ 30% da energia é reinjectada; potência.
c. cenário real ‐ não existe reinjecção. Se fosse possível reaproveitar toda a energia nas manobras
Tomou‐se como base o ascensor de 630 kg a que que o permitem, o contrapeso poderia assumir qualquer
corresponde uma cabina com 850 kg de peso e um massa acima dos 50% (ou seja 582,5 kg).
contrapeso com 1165 kg. Utilizou‐se a manobra de Para este cenário a solução óptima passaria por um
referência indicada na norma VDI 4707. contrapeso com uma massa de 1165 kg, porque implicaria
A solução óptima da massa do contrapeso ocorre, para todos uma máquina de menor potência.
os cenários considerados, aos 910 kg (ou seja quando o
Tabela 2 Resultados: Impacto de diferentes massas do contrapeso sobre o consumo energético
Tabela 2 ‐ Resultados: Impacto de diferentes massas do contrapeso sobre o consumo energético
Média ponderada 39,008 Wh -31,741 Wh 27,885 Wh -22,545 Wh 16,899 Wh -12,129 Wh 9,195 Wh -4,593 Wh 6,914 Wh -1,487 Wh 6,031 Wh -1,514 Wh 4,681 Wh -0,181 Wh -2,389 Wh 6,917 Wh -4,695 Wh 9,257 Wh
VDI 4707
Id l - 100%
Ideal
Reinjecção
7,267 Wh 5,340 Wh 4,770 Wh 4,601 Wh 5,428 Wh 4,517 Wh 4,500 Wh 4,528 Wh 4,562 Wh
159,31% 117,06% 104,57% 100,87% 118,98% 99,02% 98,65% 99,27% 100,00%
30% Reinjecção 29,486 Wh 21,122 Wh 13,260 Wh 7,817 Wh 6,468 Wh 5,577 Wh 4,627 Wh 6,201 Wh 7,848 Wh
375,69% 269,12% 168,96% 99,59% 82,42% 71,06% 58,95% 79,00% 100,00%
Sem Reinjecção 39,008 Wh 27,885 Wh 16,899 Wh 9,195 Wh 6,914 Wh 6,031 Wh 4,681 Wh 6,917 Wh 9,257 Wh
421,39% 301,23% 182,56% 99,33% 74,69% 65,15% 50,57% 74,72% 100,00%
4 Existem normas que definem determinados requisitos mínimos que têm de ser cumpridos pelos ascensores, por exemplo em termos de
capacidade de carga. Assim, desde Fevereiro de 2007, todos os novos ascensores devem obedecer à nova legislação (DL163/2006), que regula
as acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida.
reduzida Esta norma obriga à instalação de ascensores com uma cabina mínima de
1.100mmx1.400mm (largura x profundidade), a que corresponde uma carga nominal mínima de 8 pessoas‐630 kg. Para unidades de saúde,
como hospitais existem outras normas portuguesas que sugerem a instalação de ascensores monta‐camas para uma carga nominal de 21
pessoas ‐ 1.600 kg.
5 Como se verá adiante, esta solução não poderá ser adoptada, por não cumprir os requisitos de aderência impostos pela norma NP EN 81‐
1:2000.
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44,000 Wh
ergia da Manobra de Referência
39,000 Wh
34,000 Wh
29,000 Wh
24,000 Wh
19,000 Wh
Ene
14,000 Wh
9,000 Wh
4,000 Wh
0kg
291,25kg
582,5kg
790kg
910kg
1165 kg
850kg
873,75kg
1102kg
Massa do Contrapeso
Figura 17 – Impacto de diferentes massas do contrapeso sobre o consumo energético
Tabela 3: Resultados: Impacto da optimização do peso das cabinas sobre o consumo energético
Contrapeso Peso Mínimo Peso do Quantidade Diferença face
% da carga nominal Cabina Contrapeso Cabos à solução base
da cabina ((kg)
g) ((kg)
g) ((kg)
g)
100 1750 2380 7 2015
90 1550 2117 6 1552
80 1400 1904 6 1189
70 1250 1691 6 826
60 1050 1428 5 363
50 900 1215 5 0
40 800 1052 4 -263
30 1050 1239 5 174
20 1300 1426 6 611
10 1500 1563 6 948
0 1750 1750 7 1385
6 O Anexo M desta norma, descreve a metodologia a seguir para calcular a aderência dos cabos na roda de tracção, tendo em conta o curso, o
carregamento da cabina, a desaceleração motivada por uma paragem de emergência, o tipo de gorne, o ângulo do gorne, o coeficiente de
atrito, o diâmetro da roda de tracção, o diâmetro da roda de desvio, o ângulo do gorne subtalhado, etc.
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2000
1800
nimo da cabina (kg)
1600
1400
1200
1000
800
Peso mín
600
400
200
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Contrapeso (% da carga nom inal)
Figura 18 – Peso mínimo da cabina
Pode‐se concluir, que o ponto que permitirá optimizar o Ou seja com a optimização do peso da cabina, conseguir‐se‐á
peso da cabina e o consumo energético do ascensor ocorre, não só uma redução do consumo energético, mas também
quando a cabina pesar 800 kg e o contrapeso 1052 kg. uma redução no custo dos materiais a aplicar.
Ou seja dever‐se‐á adoptar uma solução em que o
contrapeso compense o peso da cabina + 40% da carga 3. Suspensão lateral vs suspensão central
nominal da mesma, e não a solução utilizada presentemente
nos ascensores produzidos maioritariamente pela indústria, Pretendeu‐se avaliar o impacto que o tipo de suspensão da
que prevê um contrapeso que compensa o peso da cabina + cabina tem sobre o consumo energético.
50% da carga nominal da mesma (pesando a cabina 900 kg e
o contrapeso 1215 kg). Viu‐se no ponto 4.1, que num estudo publicado por
Para um ascensor com um contrapeso que compense o peso Küntscher (2006), o rendimento da caixa do ascensor será de
da cabina + 40% da carga nominal da cabina, o consumo aproximadamente 70%, quando a cabina é suspensa
energético será de 6,917 Wh para uma manobra de lateralmente e de aproximadamente 85%, quando a cabina é
referência, em vez de 9,257 Wh, na solução adoptada suspensa centralmente.
actualmente. Ou seja, conseguir‐se‐á uma redução de
aproximadamente 26 % no consumo de energia. Recorrendo ao simulador desenvolvido verificou‐se que a
Com esta solução seria igualmente possível poupar 263 kg de solução da suspensão central, por permitir uma redução do
aço, em todo o sistema (cabina e contrapeso). Acresce ainda atrito nas guias, implicou uma poupança de 16% em termos
o facto de acordo com a norma EN81:2000 – Anexo M, ser energéticos em relação à solução da suspensão lateral da
possível para esta solução aplicar 4 cabos de 8mm2 em vez cabina, para o ascensor de 630 kg estudado, pelo que se
dos 5 cabos de 8 mm2 que são normalmente aplicados. recomenda a sua adopção.
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Tabela 4 ‐ Resultados: suspensão lateral vs suspensão central
12,000 Wh
11,000 Wh
Energia da Manobra de Referência
10,000 Wh
9,000
, Wh
8,000 Wh
7,000 Wh
6,000 Wh
5,000 Wh
Tabela 3: Resultados: Impacto da optimização do peso das cabinas sobre o consumo energético
4,000 Wh
Suspensão Suspensão
lateral Central
Tipo de Suspensão
Figura 19 – Suspensão lateral vs suspensão central
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4. Impacto da redução da velocidade linear do ascensor no comparação a uma velocidade nominal de v = 1,0 m/s,
consumo energético: conseguir‐se‐á uma redução de 46% no consumo energético
se a velocidade for reduzida para v= 0,4 m/s, ceteris paribus.
Mantendo todas as características técnicas do ascensor, com Na tabela 4 é possível verificar a poupança que se conseguirá
excepção da velocidade (o que implicou uma mudança na obter mediante a redução da velocidade.
relação da caixa redutora, mantendo o mesmo diâmetro da Se fosse possível a reinjecção de toda a energia gerada
roda de tracção), verifica‐se que quanto menor for a durante a manobra de referência, não se verificariam
velocidade nominal do ascensor (ou seja, a velocidade linear variações no consumo energético, com a variação da
da cabina), menor é o consumo energético. Assim, e por velocidade linear da cabina.
Tabela 5 ‐ Resultados: Impacto da redução da velocidade linear no consumo energético
Média ponderada -0,487 Wh 4,958 Wh -1,154 Wh 5,634 Wh -2,030 Wh 6,523 Wh -3,200 Wh 7,720 Wh -4,695 Wh 9,257 Wh
com base na
VDI 4707
Ideal - 100%
4,471 Wh 4,480 Wh 4,493 Wh 4,520 Wh 4,562 Wh
Reinjecção
98,01% 98,20% 98,50% 99,08% 100,00%
9,500 Wh
da Manobra de Referência
9,000 Wh
8,500 Wh
8,000 Wh
7,500 Wh
7,000 Wh
6,500 Wh
6,000 Wh
5 500
5,500 Wh
Energia d
5,000 Wh
4,500 Wh
4,000 Wh
0,4m/s
0,5m/s
0,63m/s
0,8m/s
1m/s
Velocidade da Cabine
Figura 20 – Impacto da redução da velocidade do ascensor sobre o consumo energético
Em edifícios residenciais com curso reduzido, recomenda‐se, por isso, a instalação de ascensores com velocidade reduzida.
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ARTIGO TÉCNICO
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Energética (2009), Verein Deutscher Ingenieure (VDI)
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CCURIOSIDADE
URIOSIDADE
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COLABORARAM NESTA EDIÇÃO:
António Augusto Araújo Gomes (aag@isep.ipp.pt)
Mestre (pré‐bolonha) em Engenharia Electrotécnica e Computadores, pela Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto.
Doutorando na Área Científica de Sistemas Eléctricos de Energia (UTAD).
Docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto desde 1999.
Coordenador de Obras na CERBERUS ‐ Engenharia de Segurança, entre 1997 e 1999.
Prestação, para diversas empresas, de serviços de projecto de instalações eléctricas,
telecomunicações e segurança, formação, assessoria e consultadoria técnica.
Investigador do GECAD (Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à
Decisão), do ISEP, desde 1999.
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COLABORARAM NESTA EDIÇÃO:
José Jacinto Gonçalves Ferreira (jacintoferreira@googlemail.com)
Engenheiro Electrotécnico na Área de Sistemas Eléctricos de Energia, pelo Instituto Superior de
Engenharia do Porto.
Chefe de Serviço Após‐Venda na Schmitt ‐ Elevadores, Lda
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