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Discurso agressivo
Editorial Por vezes sou abordado por cidadãos
do nosso concelho que me incenti-
Com a publicação no trimestre passado do primeiro vam a continuar a ser uma voz crítica,
número do Boletim Informativo (BI), cumprimos mais uma voz incómoda e atenta aos pro-
uma promessa para com os militantes do Partido blemas que têm, nos últimos anos,
Socialista, e penso poder dizer, cumprimos uma obri- levado o nosso concelho a um acen-
gação para com os cidadãos do nosso concelho: tuado retrocesso e estagnação. A esse incentivo fui, ao
mantê-los informados. longo dos anos, de forma desinteressada, respondendo
Na base dessa informação dissemos, estaria a políti- com intervenções, tanto na Assembleia Municipal como
ca autárquica do concelho, em particular a governa- na Câmara Municipal. Por não me conformar com o
ção da autarquia. Prometemos que não iríamos fazer desenrolar dos acontecimentos no concelho, levantei a
crítica pela crítica, e que a matéria e conteúdo do voz, fiz propostas, dei sugestões e a confirmá-lo estão
mesmo se escudaria no respeito e na verdade. Assim os registos nas actas de ambos os órgãos.
foi! A prová-lo está o facto de nenhuma voz se ter Não é fácil gostar da nossa terra, vê-la ser mal tratada e
levantado a contrariar ou a contestar qualquer infor- ficar como muitos, impávidos e serenos no seu canto,
mação ali contida. não se querendo incomodar e olhando exclusivamente
Começámos bem, pois a título de balanço, o primeiro para o seu umbigo. Não é fácil ficar quieto e não criticar
número do BI foi um sucesso, cumpriu integralmente
quando em causa está o nosso futuro e o dos nossos
a sua missão – informar – e foi bom ver a quantidade
filhos.
de pessoas que nos procuraram, no sentido de lhes
E para aqueles que me vão acusando de ser demasiado
facultarmos um exemplar.
agressivo nas palavras, eu pergunto: como é possível
Gostaríamos de poder utilizar o meio mais eficaz de
assistirmos com diplomacia e serenidade a anos conse-
distribuição, os CTT, (como faz a autarquia...) e assim
cutivos de políticas autárquicas meramente eleitoralis-
entrar em casa de todos os macedenses, mas os cus-
tas, a obras que não têm fim e a uma total passividade
tos inerentes são demasiado elevados, optando nós
por o fazer através da Internet e da disponibilidade no que concerne a políticas de desenvolvimento do con-
prontamente manifestada pela JS e por alguns mili- celho? Como é possível assistirmos impávidos e sere-
tantes e simpatizantes. nos à desvalorização do nosso património? Como é pos-
Continuando a defender os mesmos princípios, aqui sível, com discurso calmo e sereno, vermos os nossos
apresentamos o segundo número do BI, que estamos pais, depois de sessenta e mais anos de trabalho,
certos, irá cumprir integralmente a sua missão à verem o seu património desvalorizar de forma drástica?
semelhança do primeiro número. Como é possível com discurso calmo e sereno assistir-
Estamos apostados em informar, denunciando e criti- mos ao favorecimento persistente e permanente de
cando de forma construtiva, as razões do retrocesso alguns? E são sempre os mesmos!
do nosso concelho, e também assim, contribuirmos Mudarei o tom das minhas palavras quando sentir que
para uma mudança que nos permita traçar para o as coisas estão a mudar e que o concelho vai no bom
concelho caminho.
Rui Vaz
Na rubrica, Projectos em Fase de Conclusão:
• Em 26/12/2001 aparece o projecto “Arruamento de
OBRAS E CONTAS II
Ligação entre o Centro de Saúde e a Rua dos Merou-
Para qualquer Deputado Municipal ou cidadão que ços”. Por mais incrível que possa parecer, na Informa-
queira saber do andamento das obras no concelho, ção de 17/06/2008, o mesmo projecto aparece ainda
nada melhor do que estar atento à realização de uma em Fase de Conclusão!
Assembleia Municipal (A.M.) e analisar um documento Na rubrica, Projectos em Execução:
que aí é apresentado pelo Presidente da Câmara e • Em 26/12/2001 aparece entre outros, o Projecto de
que se designa “Informação à Assembleia Municipal”. “Revisão do PDM” (já com o estudo prévio entregue).
Este documento apresenta aos deputados municipais Em 17/06/2008 o mesmo projecto ainda aparece em
o trabalho desenvolvido na autarquia, nomeadamente Execução. Como é possível a revisão de um docu-
em obras e projectos, no intervalo de tempo entre a mento estratégico tão importante ainda se encontrar
última reunião da A.M. e a que ora se realize. em “suposta” Execução ao fim de 7 anos?
Aqui podem ser analisadas as obras entretanto con- • Em 26/12/2001 aparece o Projecto “Parque Urbano
cluídas, as obras que se encontram em fase de con- da Cidade”. Também este projecto, que revolucionaria
clusão, as que se encontram em execução, as que todo o centro da cidade e zona envolvente ao Hospital,
estão adjudicadas, as que estão em fase de adjudica- aparece ainda em 17/06/2008 em Execução!
ção e em fase de concurso. Podem ser também anali- • Em 26/12/2001 aparece o Projecto da “Central de
sados os projectos que foram entretanto concluídos, Camionagem” em Execução, e vá lá, aqui talvez por
os projectos em fase de conclusão, e os projectos em distracção, aparece passados 7 anos já como Projecto
fase de concurso. Concluído! Mas Central de Camionagem, nem vê-la.
Podemos pois dizer, que ao nível de obras e projectos,
aquele documento é a radiografia do município e, Este é um exercício interessante de se fazer... e no
assim sendo, desafiamos os macedenses a fazerem final perguntarmo-nos: Como é possível que passados
connosco o seguinte exercício: 7 anos, obras estruturantes e tão importantes para o
desenvolvimento da cidade e do concelho, constem
Comparar a última “Informação à Assembleia Munici- ainda daquele documento na situação em que se
pal” do executivo socialista, ou seja de 26/12/2001, encontram?
com a informação do actual executivo, apresentada na Para nós a resposta é simples: Puro desleixo! Falta de
última reunião da Assembleia Municipal realizada no empenhamento! Tempo gasto em politiquice eleitora-
dia 17/06/2008. lista! Irresponsabilidade!
Na Informação de 26/12/2001, na rubrica Projectos Quanto a contas, e porque o prometido é devido, dis-
Concluídos, entre outros, aparecem: semos no boletim anterior que daríamos aqui conta
• O “Projecto de Reabilitação da Avenida D. Nuno dos resultados do exercício da autarquia no ano de
Álvares Pereira e Áreas Envolventes”. Projecto que 2007. O único comentário que temos a fazer, é que é
este executivo deitou para o lixo, encomendando o mais do mesmo. Temos uma autarquia endividada,
que está a ser implementado que custou mais umas não havendo obra que justifique tal situação, emprei-
dezenas de milhar de euros e cuja obra não tem fim à teiros que tardam em receber os seus créditos, a des-
vista. Curiosidade: esta obra já não aparece na infor- pesa corrente continua a subir. Estas são no fundo as
mação de 17/06/2008, certamente por vergonha. contas de um executivo sem ambição, sem rumo, sem
• O “Estudo de Impacto Ambiental da Circular à Cida- projecto e no qual não se vislumbra qualquer tentativa
de de Macedo de Cavaleiros”. A Circular à cidade em arrepiar caminho.
seria uma obra estruturante que desencravaria o Esperava-se mais destes Rapazes...!
desenvolvimento urbanístico da cidade, abrindo novas
frentes, bem como revolucionaria o trânsito na mesma. A Secção do Partido Socialista de Macedo de Cavalei-
ros convida-o a consultar e a participar no seu Blog.
Mas esta obra já não consta da informação de
17/06/2008, pois este executivo nunca lhe deu impor-
http://um-novo-rumo.blogspot.com
tância. Email: ps.mcavaleiros@gmail.com
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A saúde no concelho
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Descida de Divisão terminologia futebolística para fazer esta comparação,
também podemos dizer que esta descida de divisão
tem responsáveis, não os jogadores que somos todos
Era com grande orgulho que nós macedenses, há
nós, mas a equipa técnica cujo primeiro responsável é
meia dúzia de anos atrás, dávamos connosco a falar
o treinador. Este treinador fracassou, esta equipa téc-
do facto de Macedo de Cavaleiros em 150 anos ter
nica fracassou, julgo que estamos a precisar de uma
passado de um simples lugarejo a uma próspera cida-
chicotada psicológica!
de. Sim “era”, porque bastaram meia dúzia de anos
para que este sentimento se esvanecesse e deixasse
de ter sentido. E porquê? Porque nessa altura, e utili- Estação da CP de Estação da CP de
zando uma terminologia futebolística, estávamos na Bragança Macedo de Cavaleiros
Primeira Divisão do ranking dos concelhos do distrito.
Discutíamos o nosso desenvolvimento e o nosso pro-
tagonismo com Mirandela e Bragança, com quem
ombreávamos, principalmente no campo da gestão de
expectativas, fruto da nossa localização geográfica
(bem no centro do distrito, onde fazemos fronteira físi-
ca com sete dos doze concelhos), das nossas poten-
cialidades endógenas e do espírito empreendedor das
nossas gentes.
À segunda divisão, e com todo o respeito, pertenciam
os restantes concelhos que devido às acessibilidades,
a questões demográficas e à centralização de serviços
no eixo do IP 4, se viam relegados para um segundo
plano.
Pois bem, hoje acontece esta coisa extraordinária,
damos connosco não a discutir protagonismo, projec- • Sabe quais são as semelhanças?
tos e desenvolvimento na Primeira Divisão, ou seja, O empenhamento de autarquias da mesma cor partidária.
com Mirandela ou Bragança, mas sim com Mogadou- • Sabe quais são as diferenças?
ro, Moncorvo, Vinhais ou outros. Uma faz, a outra...faz de conta!
É triste, mas é a dura realidade! E já que foi utilizada a
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DESNORTE mente naquele que devia ser o complexo educacional
junto às escolas?
O que dizer da inqualificável decisão de construir o
Desnorte é, no léxico português, sinónimo de perda do Centro Escolar no bairro da Lamela, por detrás das
norte, falta de orientação, e em Macedo é o termo que Piscinas Municipais? Então, e mais uma vez se diz,
podemos aplicar aos cerca de 20 anos de gestão não seria de construir o Centro Escolar no complexo
autárquica que tivemos logo após o 25 de Abril e nos educacional da cidade? Não seriam muito melhor
últimos sete anos. racionalizados e rentabilizados os meios, nomeada-
Só no desnorte podemos encontrar explicação para mente os transportes escolares?
algumas das asneiras urbanísticas cometidas nestes Por sugestão de um deputado municipal, em
períodos da governação autárquica do nosso conce- 23/04/1993, e posterior proposta do mesmo deputado,
lho, com consequências irreversíveis que se fazem em 24/06/1998, foi aprovada a demolição do antigo
notar no presente e que hipotecaram urbanisticamente cemitério, para ali ser construído um parque de esta-
o futuro. cionamento vertical (vulgo silo-auto). Passados estes
Estas (des)governações foram e têm sido pródigas na anos da sua demolição, o que ali vemos? Diz-se por aí
ausência de uma estratégia de desenvolvimento urba- que é intenção deste executivo camarário plantar lá
nístico, particularmente na sede de concelho, conse- umas plantas! E se o dizem...
guindo até por diversas vezes, adulterar e contrariar Pois é, a isto se chama desnorte, falta de visão, falta
algumas decisões já previamente tomadas. de planeamento e, indubitavelmente, há duas gestões
Vejamos alguns dos exemplos mais significativos des- autárquicas que a eles ficarão eternamente associa-
ta constatação: das.
Quem, de forma leviana e irresponsável destruiu um
aeródromo para fazer um campo de futebol? Já imagi- Fonte Luminosa, Jardim 1º de Maio
naram os macedenses o que teria sido a ampliação
daquele aeródromo com as devidas condições para
hoje, em vez de termos um aeroporto no extremo mais
longínquo do distrito, junto a Espanha, esse aeroporto
distrital estar em pleno coração do Nordeste, aqui em
Macedo? Não haveria outro local para construir um
campo de futebol?
Já se esqueceram os macedenses do Parque Urbano
com área verde significativa que envolvia a Nova Igre-
ja, previsto em projecto para o Bairro dos Merouços,
onde hoje se encontra o Instituto Piaget, e que andou
6 anos a ser discutido na Câmara Municipal? Não teria
o Instituto Piaget ficado melhor instalado no seguimen-
to do complexo educacional, Escola Secundária e
Escola Preparatória, adquirindo a Câmara Municipal o
terreno necessário para o efeito como sugeriram os Começaram por dizer que gastava muita energia,
vereadores da oposição da altura? (conforme acta nº 3 depois passaram a dizer que tinha uma fuga e que
de 23/02/1990 e 02/03/1990 da Assembleia Munici- gastava muita água. Porque não assumiram logo que
pal). Já imaginaram os macedenses a Nova Igreja não gostavam da fonte e que a iam demolir? Está cor-
bem no centro da zona verde inicialmente projectada? recto que o próximo executivo que vier, porque não
O que dizer do projecto do Centro Cultural que previa gosta dos “Clips” e dos cavalos que fogem em direc-
no espaço contíguo a construção de um jardim e que ção a Mirandela, proceda à sua demolição? E porque
agora, pasme-se, se apresenta como o terreno para a não se gosta do Mercado Municipal deita-se abaixo? E
construção da prometida (há 5 anos) Biblioteca Muni- como ninguém gosta da obra (que não acabam) na
cipal? Não será betão a mais para aquela área? Não Av. D. Nuno Álvares Pereira arrasa-se e faz-se de
existe outro local para construir a biblioteca, nomeada- novo? Haja respeito pelo erário público!
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E m sete anos, com o actual executivo camarário, a nossa cidade perdeu,
gradualmente, o seu prestígio, a sua vivacidade, a sua população. Cada vez
mais os jovens macedenses se vêm obrigados a sair para estudar, para traba-
Macedo de Cavaleiros lhar, até para ter alguns momentos de lazer...
www.juventudesocialista.org/concelhiamaccavaleiros
Nós, JS, queremos ajudar a mudar isso e voltar a fazer da nossa terra um ícone
do Nordeste Transmontano!
No Verão, Macedo rejuvenesce, os jovens que saíram para estudar ou trabalhar estão de férias e vêm para a
"terrinha", dando-lhe um novo fôlego. É nesta altura que a nossa cidade deve apostar mais na conquista ou recon-
quista destes jovens, mostrando-se dinâmica, promissora e acolhedora, oferecendo bons momentos de lazer e
bons prognósticos de futuro.
A criação de um “Parque da Cidade”, zona verde perto do centro, com actividades para todas as idades, com tri-
lhos, parque de merendas, ciclo via, “half-pipes” entre outros, era uma mais-valia no que toca a lazer, assim como
o autocarro para o Azibo, que a JS tanto defendeu em 2006, recolhendo mais de 400 assinaturas, e que agora
está activo.
A conclusão dos acessos para a zona industrial iria ser o primeiro passo para um desenvolvimento sustentável da
nossa cidade, assim como uma maior aposta no turismo, abrindo as portas ao investimento privado e acabando
com o monopólio existente, onde a câmara é o principal empregador.
Ideias temos, obras não podemos fazer!
CARTOON
−Barrosão, já é hora de publicitar o −Sim, Presidente. Já ninguém se deve −...que a ideia foi dos espertinhos da
transporte gratuito para o Azibo, não? lembrar... JS.
Via Sul - Nós avisámos que, entre outros erros técnicos na Bairro do Padrão - Esta fonte é obra do mesmo executivo
obra, havia problemas de compactação. O resultado está à que vai demolir a que se encontra em frente à Câmara Muni-
vista. Mas junto à Feira de S. Pedro será pior! cipal! Aconselhamos a visita! Veja o pormenor da grade!