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S E:OE ADM I NI S TRA TIVA:CL U B DE ENGENHAR IA
SÉ: DE SOC IA l.: ESCOL A N ACIONA L OE ENGENHA RIA
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1 - EFEITOS T~1ICOS
1 . 1 - Introdução
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TEMPO (dias)
1 . 4 - Parâmetr os Térmicos do Concreto
(1) (2)
M.àTERIAL TRAÇO CALOR ESPECÍFICO ( l) X (2)
(Kg/m3) (Kcal /Kg°C)
Cimento 164 0 , 200 32,80
Pozolana 56 0,200 11,20
Areia Natural 417 0 ,175 72 , 98
Areia Artifici a l 74 0 ,180 13,32
Brita 1713 0,180 308,34
Água 129 1 , 000 129 , 00
h2 ~
= pxc
Para a determinação analitica da evolução adiabática do
concreto, deve- se dispor , à c ad a intervalo de tempo , do c alor
de·hi dr atação do ci~ento , princi palment e nas primeiras idades
onde ocorre a ~aior parcela desta liberação .
Conhecido o calor de hidratação (rf) em determinado ins-
tante , a eleva ção adiabática da temperatura do concreto naquele
instante é igual à relação entre o calor de hidratação do cimen
to (1f) e a capacidade calorifica do concreto (Ca) , como segue :
g ._ -1t_
a - Ca
A capacidade calorifica do concreto é igual a =
Ca = M. C
onde 11 .M 11 é a massa de concreto que contem lg de cimento e "C 11 é
o calor espe cÍfico do concreto .
Obtem- se M dividi ndo- se o peso especifico do concreto pe-
lo seu consumo de cimento .
Um concreto com calor especifico de 0 , 222 Kcal/Kg/° C, con
sumo de cinent o de 150 Eg/m3 e peso especÍfico de 2 . 350 Kg/m3 ~
cujo cinento lib era até aos 7 dias uma quanti dade de calor de
85 Kcal/Kg , apresenta nesta idad0 uma elevação adiabática de :
2 - RETRAÇÃO TÉRMICA
2 . 1 - Causas e Efeitos
~ L[; fJ
R At.
L.l G =
&A e
á.,
Durante a evolução da temperatura em determinado ponto do
concreto ao longo do tempo poderão surgir quedas bruscas de te~
per a t ura ( choque térmico ) ou quedas lentas . De um modo geral , c~
mo decorrênci a do processo executivo das estruturas de massa ,
feit as em camada de uma dada espessura e concretadas com um i n-
te rvalo de tempo entre elas , ocorre geralmente uma queda brusca
de temperatura logo após o concreto atingir a temperatura máxi-
ma , principalmente quando o l ance de concretagem é de pequena
espessura . O que agrava a situação é o fato desta queda brusca
dar- se por volta dos 7 dias de idade , quando o concreto possue
pequena capacidade de alongamento .
No estudo preliminar do comportamento do concreto deve- se
determinar a sua capacidade de a longamento aos 7 dias em ensaio
rápido (carregamento de 0 , 2 a 0 , 4 Kg/cm 2 por minuto) e em en-
saio l ent o , onde normalment e o concreto é carregado à razão de
1 KgI cm2 de tensao- de traçao
- por semana .
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M:. : . .=R-
E
- M. R
+ -2- X S:r
onde
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~f
, . -
e a deformaçao lenta espec1fica .
{
Estes valores de tA
7 e f A .f eL
determinarão as que-
das de temperaturas admissíveis , aos 7 dias e na estabilização .
No gráfico a seguir apresenta- se uma evolução tipica da
temperatura no concreto ao longo do tempo no ponto central de
uma c amada de grande espessura (cerca de 2 , 50 m) .
Apre senta- se também um gráfico que mostra a influência da
a ltura da camada e intervalo de lançamento no valor da tempera-
,
tura maxima no bloco e na queda brusca nas primeiras idades .
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- Camadas de 200 lO
Camadas · de 1.50 - -- -
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o 4 a 12 16
Tempo (dias)
= GL máx - 1,5 o C
GP máx
- - , da expressao
Estas tensoes sao determinadas atraves -
f t = K E d.., b. G
onde :
E : MÓdulo de deformação do concreto
fjQ : Queda de t empera tura
d : Coeficiente de expansão ou contração térmica
K : Coefici ente de restr ição
As tensões serão máximas no concreto quando se tiver o
,
ÓG ,
max
ou quando a restrição à deformação for total , i sto e,
quando K = 1 ..
É muito difÍcil se ter K=l pois as rochas de fundação sao -
geralmente muito f i ssuradas permitindo a l guma deformação do con-
creto sobre elos lançado. No caso de concretos lançados sobre
concretos bastante envelhecidos é possível ter -se K = 1
De qualquer forma , na análise de tensões pode- se conside-
rar que a rocha ofereça restrição t otal à deformação ou então
considerar que esta restrição total se dará a uma profundidade
onde se considsre a rocha como inalterada
Esta profundi0 ~ de pode ser da ordem de 3 , 0m) . Uma posição
nao muito conservadora é aquela que consi der a a restri ção da ro-
CPEBC - 27/08/79 - Pág . l2 de 23
rocha da ordem de 85% a 10~~ ,
dando para K um valo·r médio de
0 , 925.
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' . .. . ~ . . ..... . '.... ,. reduzido nas camadas l ançadas
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, ' · .... '· .. ·-· : -
~-::f9_:::c;;;;{ tensão ft ' é menor que ft) . A
variação da restrição d a ftmd~
ção ao longo da altura de ~
bloco é função da g~ome tria do bloco e de suas dimensõ es .
Pode ser determinada analiticamente ou então , o que seria
mais correto , det er minada a par tir de dados experimentai s , obti
dos nas condições r eais de execução de uma obra .
D. L. Houghton apresenta dados obtidos para a barragem · de
Dworshak , onde chegou- se aos valores.de variação da re striç ão
em funç ão da altura da barr agem , indicados abaixo :
Al tura
.. . da camada sobre a Redução da restrição (%)
,
funda ção
o o
o,1 H 35
0,2 H 70
0,3 H 90
0 , 4- H 95
0,5 H 100
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COMPRESSÃO TRAÇÃO
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A
TEMPO
2. 5 - Defor~ação Lenta
i= i
onde "f " e, a tensao - do concreto
- e "E" o modulo de deformaçao na
idade da aplicação da tensão .
Mantendo- se constante a tensõ.o "f" ao longo do tempo , ob-
serva- se Q~ aumento da defor~ação, sendo este aumento designado
por "defori:lação l enta 11 , fluência ou creep .
Se ao invés de t en sões aplicarnos ao concreto uma deforma-
çao constante ao longo do te.mpo , a tensão resultante desta defo_E
- ,
~açao tendera a diminuir , denominando- se este fenoaeno de relaxa
çao .
No caso das tensões térmica tanto a fluência co~o a relaxa
ção são efeitos benéficos pois a relaxação ao longo do tempo das
tensões instaladas permitirá que.o concreto suporte quedas maio-
res de temper atura sen tric ar- se .
No caso das deformações foi visto anteriormente que a cap~
&t = fi + &f
onde
ôt= deformação total
&t = de formação i n stantânea
6T = deformação l8nta
Considerando estas defornações para uma tensão unitária t e
remos :
t-t -....L.+
- E f
ftt ~. ftr
onde
ftt
- ,
= tensao teroica de traçao -
ftr = resis tência à tração do concreto
~ "
Para ter uma segurança à fissuração de origem térmica e
, .
necessar1o que a rela çao -
ftr )
-ç 1
de secagem.
• • *
REFERtNCI AS BIBLIOGRÁFICAS
1 - SILVEIRA, Antonio F .
As variações de Temperatura nas Barragens
LNEC - Lisboa , 1961 .
2 - ALTIERI , Dalmo
Distribuição de Temperatura em Camadas de Concreto
Biblioteca I PT - São Paulo , 1972 (inédito) .
3 - POLIVKA, Milos
Concrete Studies for Ilha Solt eira Dam
Berkeley , CalifÓrnia , 1968 (inédito) .
6 - TOWNSEND , C. L.
Control of Temperature Cracking in Concrete - 62 nd
Annual Conventiona de ACI - Philadelphia , 1966 .
7 - BASÍLIO, Francisco A.
Efeitos do Calor de Hidratação dos Ci mentos nas Bar-
ragens de Concreto - ABCP - 1972 .
* * *
CPEBC - 27/08/79 - Pág . 22 de 23
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Í NDI CE
,
Pag .
1 - EFEITOS TÉRM:I COS • •••.•.•••.••••••.•••.••••• • ..••.•. 01
1. 1 -
Introduçao . ................................. . 01
1.2 Calor de Hi dratação do Cimento ••••••••••••••• 01
1. 3 - Parâmet ros Térmicos dos Materi ais ............ 02
1.4 Parâmetros Térmicos do Concreto ••••.•.•••••.• 06
2 - RETRA.ÇÃO TÉRI\4ICA . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • 08
* * •