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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


RELATÓRIO DE TCC
MICAEL MENDES CORREIA

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIALTIMÉTRICO DA COMUNIDADE


DO CAMINHO CURTO EM JOINVILLE PARA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

JOINVILLE
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados internacionais de catalogação na publicação - CIP
(Catalogado na fonte pela Biblioteca Centro Universitário Católica de Joinville)
Carla Maria Rodrigues de Souza CRB-14 /1640

Correia, Micael Mendes


Levantamento topográfico planialtimétrico da comunidade do caminho curto
Joinville para elaboração do sistema de esgotamento sanitário/ Micael
Mendes Correia- Joinville: M.M.Correia, 2019.

57p. fig., mapas., plantas., fotografia., colorida.

Orientadora: Campos, Geórgia Cristina Roveda

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Centro Universitário


Católica de Joinville / SC, Curso de Engenharia Civil.

Inclui bibliografia

1. Topografia 2. GNSS 3. Georreferenciamento. I. Campos, Geórgia Cristina


Profª Orientadora. II.Título.

CDD - 526.9
MICAEL MENDES CORREIA

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIALTIMÉTRICO DA COMUNIDADE


DO CAMINHO CURTO EM JOINVILLE PARA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Relatório de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação
em Engenharia Civil, do Cento
Universitário – Católica de Santa
Catarina em Joinville, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel.
Orientador(a): Prof(a) MSc. Geórgia
Cristina Roveda Campos

JOINVILLE
2019
MICAEL MENDES CORREIA

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIALTIMÉTRICO DA COMUNIDADE


DO CAMINHO CURTO EM JOINVILLE PARA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Relatório de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação
em Engenharia Civil, do Cento
Universitário – Católica de Santa
Catarina em Joinville, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel.
Orientador(a): Prof(a) MSc. Geórgia
Cristina Roveda Campos

COMISSÃO EXAMINADORA:

Joinville, SC, 24 de Junho de 2019.


“E Jesus, olhando para eles, disse-lhes:
Aos homens é isso impossível, mas a
Deus tudo é possível.” Mateus 19:26
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo dom da vida e por ter me dado
sabedoria nas minhas escolhas.
Agradeço a minha família, em especial aos meus pais, por sempre estarem
ao meu lado, mesmo com toda distância, por nunca medirem esforços para que eu
tivesse a melhor educação, e sempre valorizar minhas conquistas com humildade.
A minha namorada e meus amigos por todo o apoio e incentivo na minha
caminhada.
Ao Engenheiro Cássio Roberto Pereira Modotte, pela confiança, por
compartilhar da sua experiência profissional, me fornecendo conhecimento prático
durante os últimos anos, além de me fornecer os equipamentos para realização do
presente trabalho. Agradeço também a todos os meus colegas de trabalho, por toda
a parceria e ensinamentos.
Ao Engenheiros Sem Fronteiras – Núcleo Joinville, em especial ao meu
amigo Paulo Henrique Auada, pela confiança em me convidar a fazer parte do
projeto da Comunidade Caminho Curto.
À professora Geórgia Cristina Roveda Campos, minha orientadora, a qual
agradeço por toda a paciência, confiança, e por todo o incentivo. Suas experiências
profissionais e intelectuais foram imprescindíveis na construção deste trabalho.
E, por fim, a todos os meus professores, pois graças ao esforço de vocês em
ensinar, pude evoluir um pouco mais a cada dia.
RESUMO

A topografia é fundamental dada a necessidade de se conhecer as características


intrínsecas do terreno ao qual irá se projetar. Os serviços topográficos desde que
bem executados, são de grande auxílio para os projetistas, podendo gerar
economia na obra, pois minimiza as surpresas durante a execução. Além disso, a
topografia auxilia na materialização dos elementos do projeto em campo por meio
da locação na obra. O presente trabalho descreve os procedimentos necessários
para a realização de um levantamento topográfico. Para atender a comunidade do
Caminho Curto, no município de Joinville, a qual, está em implantação um projeto
de saneamento básico do Engenheiros Sem Fronteiras – Núcleo Joinville. O
desenvolvimento do levantamento topográfico ocorreu em um terreno com
aproximadamente 6.000,00 m², a fim de obter-se a sua situação topográfica para
auxiliar na elaboração do projeto de sistema de esgotamento sanitário da
Comunidade. A metodologia utilizada para atingir os objetivos da pesquisa baseou-
se na análise prévia da área objeto, obtida a partir de imagens aéreas. Sendo que
o equipamento utilizado no levantamento foi um receptor GNSS da marca CHC
modelo X91+, com o auxílio de uma coletora de dados CHC LT30. A coleta dos
pontos em campo, ocorreu através do software Carlson SurvCE instalado na
coletora. Para o posicionamento do ponto da base utilizou-se do método PPP
disponibilizado pelo IBGE. A partir dos pontos levantados, com suas coordenadas
altimétricas, elaborou-se as curvas de nível, com o auxílio do software Topocad,
que contém ferramentas que fazem a triangulação e o cálculo das curvas de nível.
Foram identificadas e levantadas 29 construções sob o terreno da Comunidade,
além de caracterizados pontos distribuídos por todo o terreno, e em maior
quantidade nas regiões onde é possível perceber significantes variações do relevo.
A partir da coleta dos dados em campo, efetuou-se os procedimentos de
processamento dos dados e do georreferenciamento da base, para a elaboração
da planta topográfica. No levantamento registrou-se os limites da área da
Comunidade, as construções existentes, bem como as curvas de nível, e assim
pode-se estabelecer a situação topográfica da Comunidade.

Palavras Chaves: Topografia. Planialtimetria. GNSS. Georreferenciamento.


ABSTRACT

Topography is essential due to the necessity of knowing the intrinsic characteristics


of the land in which one will project. Topographic services, when performed well,
are helpful for project makers, they can help saving money on construction, because
they reduce the amount of surprises during execution. Besides, topography assists
the materialization of the project’s elements in the field through the construction
lease. This study describes the necessary procedures to perform a topographic
survey. In order to assist the community of Caminho Curto, in the city of Joinville,
which is implementing a project of basic sanitation for “Engenheiros Sem Fronteiras
– Núcleo Joinville”. The development of the topographic survey occurred in a land
of approximately 6,000.00 m2, in order to obtain its topographic situation, so it can
help in the making of the project of the sewer system in the community. The
methodology used to achieve the objectives of this research are based on the
previous analysis of the object area, which was obtained from air images. The
equipment used in the survey was a CHC GNSS receptor model X91+, with the help
of a data collector CHC LT30. The collection of the points in the field was made with
the software Carlson SurvCE, which was installed in the collector. The positioning
of the base point has been performed using PPP method, provided by IBGE. From
the surveyed points, whit their altimetric coordinates, the contour lines were made,
using the software Topocad, which has the tools to provide triangulation and
calculations for the contour lines. Twenty-nine constructions were identified and
surveyed under the land of the Community, besides characterized points all over
the terrain, and in larger quantity in the regions where it is possible to observe
significant variations on the landform. From the data collected in the field, the
procedures of data processing and georeferencing of the base have been done, in
order to elaborate the topographic plan. In the survey, the limits of the area in the
Community, the existing constructions, as well as the contour lines were registered.
Therefore, the topographic situation of the Community could be stablished.

Key Words: Topography. Planialtimetry. GNSS. Georeferencing.


LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Projeção UTM. .................................................................................. 22


Figura 02 – Exemplo de receptor tipo L1/L2......................................................... 24
Figura 03 – Exemplo de receptor tipo L1. ............................................................ 24
Figura 04 – Exemplo de receptor tipo navegação. ............................................... 25
Figura 05 – Posicionamento relativo. ................................................................... 26
Figura 06 – RTK Convencional. ........................................................................... 27
Figura 07 – Posicionamento por ponto preciso IBGE-PPP. ................................. 29
Figura 08 – Vista geral da Comunidade do Caminho Curto. ................................ 34
Figura 09 – Receptor GNSS CHC X91+ e coletora de dados CHC LT30 ............ 36
Figura 10 – Implantação do marco de concreto .................................................. 39
Figura 11 – Receptor GNSS base implantado sob marco de concreto ................ 40
Figura 12 – Receptor móvel sendo configurado junto ao receptor base .............. 41
Figura 13 – Levantamento de uma das construções............................................ 42
Figura 14 – Planta das divisas e edificações da Comunidade do Caminho Curto 45
Figura 15 – Planta das curvas de nível da Comunidade do Caminho Curto e
adjacências .......................................................................................................... 46
LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Características técnicas para posicionamento relativo estático ....... 31


Quadro 02 – Variação da precisão esperada em relação ao tempo e o tipo de
receptor no processamento IBGE-PPP ................................................................ 31
Quadro 03 – Coordenadas processadas do vértice de referência ....................... 44
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


AZ - Azimute
CSRS-PPP - Canadian Spatial Reference System - Precise Point Positioning
DGN - Design format
DOD - Departament of Defense
DXF - Drawing Exchange Format
ESF - Engenheiros Sem Fronteiras
E - East
GBAS - Ground Based Augmentation System
GIS - Geographic Information System
GLONASS - GLObalnaya NAvigatsionnaya Sputnikovaya Sistema
GNSS - Global Navigation Satellite System
GPS - Global Positioning System
GRS-80 - Geodetic Reference System - 1980
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBGE-PPP - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Posicionamento Por
Ponto Preciso
IGS - International GNSS Service
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
ITRS - International Terrestrial Reference System
km - Quilômetro
m - Metro
MHz - Mega-hertz
mm - Milímetro
N - North
NAVSTAR-GPS - Navigation System with Timing And Ranging – Global
Positioning System
NBR - Norma Brasileira
NRCan - Geodetic Survey Division of Natural Resources of Canada
ONG - Organização Não Governamental
Ppm - Partes por milhão
PPP - Posicionamento Por Ponto Preciso
RINEX - Receiver Independent Exchange Format
RTK - Real Time Kinematic
SAD-69 - South American Datum – 1969
SBAS - Satellite Based Augmentation System
SCN - Sistema Cartográfico Nacional
SGB - Sistema Geodésico Brasileiro
SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
UTM - Universal Transversa Mercator
WGS84 - World Geodetic System - 1984
SUMÁRIO

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................. 14


1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................... 15
1.3 OBJETIVOS .......................................................................................... 15
1.3.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 15
1.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................... 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................ 17
2.1 CONCEITOS DE TOPOGRAFIA ........................................................... 17
2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ...................................................... 17
2.2.1 Divisão de Levantamentos Topográficos .......................................... 18
2.2.1.1 Levantamento topográfico planimétrico ................................................. 18
2.2.1.2 Levantamento topográfico altimétrico .................................................... 18
2.2.1.3 Levantamento topográfico planialtimétrico ............................................ 18
2.2.2 Altimetria .............................................................................................. 19
2.3 CONCEITOS DE GEODÉSIA................................................................ 19
2.4 SISTEMA DE NAVEGAÇÃO POR SATÉLITE - GNSS ......................... 19
2.4.1 NAVSTAR-GPS .................................................................................... 20
2.4.2 GLONASS ............................................................................................. 20
2.4.3 Galileo................................................................................................... 20
2.5 SISTEMA UTM ...................................................................................... 21
2.6 SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO.................................................. 22
2.7 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO GEORREFERENCIADO .............. 23
2.7.1 Receptores GPS .................................................................................. 23
2.7.2 Técnicas de Posicionamento ............................................................. 25
2.7.2.1 Posicionamento por GNSS .................................................................... 26
2.7.2.1.1 Posicionamento relativo ........................................................................ 26
2.7.2.1.2 Real Time Kinematic ............................................................................. 27
2.7.2.1.3 Posicionamento por ponto preciso (PPP) .............................................. 28
2.8 PLANEJAMENTO PARA OS LEVANTAMENTOS ................................ 29
2.8.1 Implantação dos marcos..................................................................... 29
2.8.2 Observações de campo ...................................................................... 30
2.8.2.1 Estacionamento da antena .................................................................... 30
2.8.2.2 Duração da sessão de observação ....................................................... 30
2.9 PROCESSAMENTO DE DADOS .......................................................... 32
2.10 LOCAÇÃO DE PONTOS ....................................................................... 32
3 METODOLOGIA DA PESQUISA .......................................................... 34
3.1 A COMUNIDADE DO CAMINHO CURTO ............................................. 34
3.2 ANÁLISE PRÉVIA DA ÁREA OBJETO ................................................. 35
3.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS............................................................ 35
3.3.1 Receptor GNSS .................................................................................... 36
3.3.2 Acessórios ........................................................................................... 37
3.4 SOFTWARES PARA COLETA E TRATAMENTO DE DADOS ............. 37
3.4.1 Coleta e tratamento de dados ............................................................ 37
3.4.2 Georreferenciamento da base ............................................................ 38
3.4.3 Geração da planta topográfica do terreno ........................................ 38
3.4.4 Locação dos pontos definidos em projeto........................................ 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................... 39
4.1 DO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO................................................ 39
4.1.1 Implantação do marco de referência ................................................. 39
4.1.2 Configuração do receptor móvel ....................................................... 41
4.1.3 Levantamento dos pontos .................................................................. 41
4.1.3.1 Levantamento das divisas ..................................................................... 42
4.1.3.2 Levantamento das construções ............................................................. 42
4.1.3.3 Levantamento de pontos de cota .......................................................... 43
4.2 DO PROCESSAMENTO DOS DADOS ....................................................... 43
4.2.1 Posicionamento do vértice de referência .......................................... 43
4.2.2 Georreferenciamento dos pontos levantados .................................. 44
4.2.3 Elaboração da planta topográfica ...................................................... 45
4.2.3.1 Das divisas e construções ..................................................................... 45
4.2.3.2 Dos pontos de cota................................................................................ 46
4.2.4 Locação dos pontos definidos em projeto........................................ 47
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 48
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 50
APÊNDICES ........................................................................................................ 54
APÊNDICE A – RELATÓRIO DO POSICIONAMENTO POR PONTO PRECISO 54
APÊNDICE B – RELATÓRIO DOS PONTOS LEVANTADOS ............................. 55
APÊNDICE C – PLANTA FINAL DO LEVANTAMENTO ...................................... 56
APÊNDICE D – FOTOS DA LOCAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO .......................................................................................................... 57
14

1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo estão retratados os problemas de pesquisa, sua justificativa


e os objetivos do presente trabalho.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

No Brasil, a construção civil desempenha um papel de grande


representatividade na economia (FIGUERÊDO, 2017). Nesse contexto, a área de
topografia é fundamental dada a necessidade de se conhecer as características
intrínsecas do terreno o qual irá se projetar, sendo um dos serviços preliminares
imprescindíveis para qualquer obra.
Os serviços topográficos desde que bem executados, são de grande auxílio
para os projetistas, podendo gerar economia na obra, pois minimizam as surpresas
durante a execução. Além disso, a topografia auxilia na materialização dos
elementos do projeto em campo por meio da locação da obra.
Porém, apesar de ser importante, quando os serviços são realizados de
maneira inadequada podem causar problemas imensuráveis (SCHENKEL, 2018),
não são raros os casos de serviços de topografia mal executados, que podem
decorrer desde equipamentos mal calibrados, falta de habilidade e falhas dos
operadores.
Dos problemas causados, podem ser citados, a locação incorreta de uma
estaca o que pode gerar falhas estruturais dado o arranjo de cargas num terreno,
podendo sobrecarregar mais uma estaca do que outra, um posicionamento
incorreto de uma rede de uma rede de esgoto em relação ao terreno, que acaba
provocando maiores gastos em escavações para posicionamento das tubulações e
em determinados casos pode causar o retorno do esgoto a sua origem.
Acerca deste último exemplo, de acordo com Souza (2012), o levantamento
topográfico é essencial para a elaboração do projeto executivo do sistema de
esgoto, pois, somente com os dados levantados, poderá estimar as dimensões e
características do sistema a ser projetado.
15

1.2 JUSTIFICATIVA

Com o desenvolvimento da tecnologia, atualmente há diversos


equipamentos e ferramentas disponíveis no mercado. Segundo Mendes (2018), os
equipamentos mais atuais proporcionam uma maior exatidão nas mensurações,
facilitam a manipulação, além de diminuir o tempo em campo.
Adotou-se então este tema para o presente trabalho dada a busca pelo
aperfeiçoamento na área. Uma vez que durante o curso, os acadêmicos não têm a
oportunidade da atuação na prática da execução de um levantamento topográfico,
podendo auxiliar aqueles que não detém o conhecimento prático da área, e assim
descrever os procedimentos necessários para a realização desta atividade.
De forma a atender a comunidade do Caminho Curto, localizada na Estrada
da Fazenda em Pirabeiraba, no município de Joinville, a qual, está sendo
implantado um projeto de saneamento básico do Engenheiros Sem Fronteiras –
Núcleo Joinville, este trabalho auxiliará com o desenvolvimento do levantamento
topográfico.
Será desenvolvido o levantamento planialtimétrico da comunidade,
observando e descrevendo os passos necessários para a execução de acordo com
os princípios normativos, para assim poder analisar a topografia do terreno, e
auxiliar o trabalho do projetista da rede de esgotos sanitários.

1.3 OBJETIVOS

No presente trabalho, os objetivos estão classificados em geral e


específicos, os quais serão abordados a seguir.

1.3.1 Objetivo Geral

Desenvolver o levantamento planialtimétrico de um terreno com


aproximadamente 6.000,00 m², a fim de se obter a sua conformação topográfica,
para auxiliar na elaboração do projeto de sistema de esgotamento sanitário da
comunidade do Caminho Curto, localizada na Estrada da Fazenda em Pirabeiraba,
no município de Joinville.
16

1.3.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do presente trabalho são:


 Realizar o estudo prévio do terreno a ser levantado, definindo o
planejamento do levantamento topográfico;
 Executar em campo o levantamento planialtimétrico do terreno e seu
entorno;
 Gerar uma planta do terreno a partir dos pontos levantados com a situação
topográfica do terreno, bem como suas divisas e construções, para atender
as necessidades de projeto do sistema de esgotamento sanitário;
17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente capítulo tem-se pela caracterização de um levantamento


topográfico, descrevendo os conceitos de topografia, os diferentes tipos de
levantamento. Disserta-se também acerca do sistema GNSS (Global Navigation
Satellite System) e como a cobertura de satélite auxilia nos trabalhos topográficos.
Além disso, descreve os procedimentos para a elaboração de um levantamento
georreferenciado, descrevendo as técnicas de posicionamento, o reconhecimento
dos limites físicos, processamento de dados, bem como o trabalho de locação de
pontos a partir de um projeto de esgotamento sanitário.

2.1 CONCEITOS DE TOPOGRAFIA

A palavra topografia vem do grego “topo” que significa terra, lugar, região, e
“grafia”, descrever; significando, portanto, “descrever um lugar ou região”
(BOTELHO, JUNIOR e PAULA, 2018).
Para Borges (2013), a topografia é definida como uma ciência que tem por
objetivo representar, no papel, a configuração de uma porção de terreno, permitindo
que seja representado seus limites, seus detalhes interiores, bem como o relevo
por meio das curvas de nível.
Para Botelho, Junior e De Paula (2018), pode-se dizer que a topografia é a
técnica de levantar, medir e descrever a forma de terrenos, servindo a muitos tipos
de usos, como delimitação de áreas, apoio a obras civis, usos agronômicos,
locação de equipamentos industriais, entre outros.

2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

Segundo a ABNT NBR 13133 (1994), um levantamento topográfico trata-se


de um conjunto de métodos e processos, que através de medições de ângulos
horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, através de
um instrumento adequado à exatidão pretendida, implanta e materializa pontos de
apoio no terreno, que determina suas coordenadas topográficas.
18

2.2.1 Divisão de Levantamentos Topográficos

Subdivide-se os levantamentos topográficos em três principais níveis de


detalhe, sendo esses os planimétricos, os altimétricos e os planialtimétricos.

2.2.1.1 Levantamento topográfico planimétrico

De acordo com a ABNT NBR 13133 (1994, p. 03), o levantamento


topográfico planimétrico, é caracterizado da forma em que segue:

“Levantamento dos limites e confrontações de uma propriedade,


pela determinação do seu perímetro, incluindo, quando houver, o
alinhamento da via ou logradouro como qual faça frente, bem como
a sua orientação e a sua amarração a pontos materializados no
terreno de uma rede de referência cadastral, ou, no caso de sua
inexistência, a pontos notáveis e estáveis nas suas imediações.
Quando este levantamento se destinar à identificação dominial do
imóvel, são necessários outros elementos complementares, tais
como: perícia técnico-judicial, memorial descritivo, etc.”

2.2.1.2 Levantamento topográfico altimétrico

De acordo com a ABNT NBR 13133 (1994, p. 03), o levantamento


topográfico altimétrico, é caracterizado da forma em que segue:

“Levantamento que objetiva, exclusivamente, a determinação das


alturas relativas a uma superfície de referência, dos pontos de apoio
e/ou dos pontos de detalhes, pressupondo-se o conhecimento de
suas posições planimétricas, visando à representação altimétrica da
superfície levantada.”

2.2.1.3 Levantamento topográfico planialtimétrico

De acordo com a ABNT NBR 13133 (1994), o levantamento topográfico


planialtimétrico, é caracterizado pelo planimétrico acrescido da determinação
altimétrica do relevo do terreno e da drenagem natural.
19

2.2.2 Altimetria

Segundo Carvalho e Araujo (2007), a altimetria é a parte da Topografia que


estuda os métodos e os procedimentos que levam a representação do relevo, a
partir de medições apropriadas do terreno, calculando as alturas (cotas ou altitudes)
de pontos de interesse.
A partir de uma referência de nível (RN), definida como ponto principal,
levantam-se pontos principais em um terreno e compara-se a referência, definido
um nivelamento entre eles que definem as suas alturas. (BOTELHO, JUNIOR e
PAULA, 2018)
De acordo com Borges (2013) sempre que há necessidade de um
nivelamento em projetos de importância, devem se ter como referência, o nível do
mar.

2.3 CONCEITOS DE GEODÉSIA

De acordo Marino (2012) a geodésia é a ciência que estuda a forma e as


dimensões da Terra, a posição de pontos sobre sua superfície e a modelagem do
campo de gravidade, ele também descreve que o termo é usado em Matemática
para a medição e o cálculo acima de superfícies curvas com métodos semelhantes
aos usados na superfície curva da terra.
Ela pode ser dividida em dois tipos, sendo a Geodésia Superior responsável
pela determinação e representação da forma da terra, e a Geodésia Inferior,
também chamada de Geodésica Prática ou Topográfico, sendo essa responsável
por representar delimitações menores do globo terrestre, podendo ser
consideradas planas. (MARINO, 2012)

2.4 SISTEMA DE NAVEGAÇÃO POR SATÉLITE - GNSS

A sigla GNSS, trata-se de uma denominação genérica que contempla os


sistemas de navegação com cobertura global, além de uma série de infraestruturas
espaciais (SBAS – Satellite Based Augmentation System) e terrestre (GBAS –
20

Ground Based Augmentation System), que associados aos sistemas proporcionam


maior precisão e confiabilidade (INCRA, 2013).
Dentre os sistemas de navegação englobados pelo GNSS, pode-se citar o
NAVSTAR-GPS (Navigation System with Timing And Ranging – Global Positioning
System), GLONASS (GLObalnaya NAvigatsionnaya Sputnikovaya Sistema),
Galileo, entre outros (INCRA, 2013).

2.4.1 NAVSTAR-GPS

Desenvolvido e mantido pelo departamento de defesa dos Estados Unidos


(DoD – Departament of Defence), o NAVSTAR-GPS, mais conhecido como GPS
(Global Positioning System), é um sistema de posicionamento por satélites
artificiais que proporciona informações de tempo e posição tridimensional a
qualquer instante e em qualquer lugar do planeta (IBGE, 2008).
Atualmente, a constelação GPS é formada por 31 satélites em operação.
Cada satélite transmite duas ondas portadoras: L1 (1575,42 MHz) e L2 (1227,60
MHz), além de uma terceira portadora acrescida aos satélites lançados a partir de
2010, denominada de L5 (1176,45 MHz) (GPS, 2019).

2.4.2 GLONASS

O GLONASS, é o sistema de posicionamento por satélites artificiais russo, e


tem uma concepção muito parecida com o GPS (IBGE, 2008).
Atualmente, há 26 satélites em sua constelação com 24 deles em operação
no sistema GLONASS (GLONASS, 2019), em que cada satélite transmite duas
ondas portadoras: L1 (1602MHz) e L2 (1246MHz) (GLONASS, 2019).

2.4.3 Galileo

O Galileo trata-se de um sistema de posicionamento de satélites artificiais


criado através do esforço de alguns países europeus e de seus colaboradores,
21

como, por exemplo, Canadá e Japão, e foi previsto para ser utilizado em conjunto
com o GPS e o GLONASS (IBGE, 2008).
O sistema conta com 26 satélites em sua constelação dos quais 22 estão
ativos, tendo como previsão da constelação completa para 2020. Cada um dos
satélites em operação conta com quatro frequências de sinal civil, denominadas de
E1 (1575,42 MHz), E5a (1176,45 MHz), E5b (1207,14 MHz) e E6 (1278,75 MHz),
além de uma combinação das frequências E5a e E5b (E5) (GSA, 2019).

2.5 SISTEMA UTM

O Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM) adota uma projeção do


tipo cilíndrica, transversal e secante ao globo terrestre. Ele possui sessenta fusos,
com seis graus de amplitude, contados a partir do antimeridiano de Greenwich, no
sentido de oeste-leste, percorrendo a circunferência do globo até seu ponto de
origem (FITZ, 2008).
De acordo com a ABNT NBR 13133 (1994, p. 06), é o sistema de
representação cartográfica adotado pelo Sistema Cartográfico Brasileiro,
recomendado em convenções internacionais das quais o Brasil foi representado
como entidade participante, cujas características que se pode destacar são:

“a) projeção conforme, cilíndrica e transversa;


b) decomposição em sistemas parciais, correspondentes aos fusos
de 6° de amplitude, limitados pelos meridianos múltiplos deste valor,
havendo, assim, coincidência com os fusos da Carta Internacional
ao Milionésimo (escala 1:1 000 000);
d) coeficiente de redução de escala ko = 0,9996 no meridiano
central de cada fuso (sistema parcial);
e) origem das coordenadas planas, em cada sistema parcial, no
cruzamento do equador com o meridiano central;
f) às coordenadas planas, abscissa e ordenada, são acrescidas,
respectivamente, as constantes 10.000.000 m no Hemisfério Sul e
500.000 m para leste;
g) para indicações destas coordenadas planas, são acrescentadas
a letra N e a letra E ao valor numérico, sem sinal, significando,
respectivamente, para norte e para leste;
h) numeração dos fusos, que segue o critério adotado pela Carta
Internacional ao Milionésimo, ou seja, de 1 a 60, a contar do
antimeridiano de Greenwich, para leste.”
22

Na Figura 01 é ilustrado como se desenvolve a projeção UTM em relação ao


globo terrestre.

Figura 01 – Projeção UTM.

Fonte: IBGE, 1989.

2.6 SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO

O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é composto por redes de altimetria,


gravimetria e planimetria. O referencial de altimetria coincide com o marco “zero”
do Marégrafo de Imbituba, localizado no Estado de Santa Catarina. O referencial
de gravimetria está vinculado a milhares de estações distribuídas em todo território
nacional que recolhem dados acerca da aceleração da gravidade (FITZ, 2008).
O referencial planimétrico do SGB sofreu uma alteração no ano de 2005, em
que foi assinada a Resolução do Presidente do IBGE Nº 1/2005 que estabelece o
Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), em sua realização
do ano de 2000 (SIRGAS2000), como novo sistema de referência geodésico para
o SGB e para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN), substituindo o Datum SAD-
69 (IBGE, 2005).
O SIRGAS foi concebido em função das necessidades de adoção de um
sistema de referência compatível com as técnicas de posicionamento global, dadas
por sistemas como o GPS (FITZ, 2008).
23

O SIRGAS 2000 leva em consideração os seguintes parâmetros:

 International Terrestrial Reference System (ITRS) – Sistema Internacional


de Referência Terrestre;
 Elipsoide de Referência: Geodetic Reference System 1980 (GRS-80) –
Sistema Geodésico de Referência de 1980, com:
- Raio equatorial da Terra: a = 6.378.137 m
- Semieixo menor (raio polar): b = 6.356.752,3141 m
- Achatamento = 1/298,257222101 (FITZ, 2008).

2.7 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO GEORREFERENCIADO

De acordo com Giovanini (2017), todo levantamento realizado com a


utilização de receptores GNSS pode ser considerado um levantamento
Georreferenciado. Isso porque o ponto estará mapeado sobre determinado Datum
de forma que, caso deseje qualquer pessoa conseguirá posteriormente com o uso
de um receptor localizar o mesmo.

2.7.1 Receptores GPS

O receptor GPS é um equipamento capaz de ler informações emitidas pelos


satélites em órbita, e calcular as coordenadas geodésicas (latitude, longitude e
altitude) sendo possível ter dados precisos a respeito de um determinado local
(SANTIAGO & CINTRA, 2017).
Segundo Volpato et al. (2008) os receptores podem ser classificados de
acordo com a precisão oferecida pelo equipamento:

 os receptores geodésicos são os mais acurados, com precisão de


milímetros, capazes de captar duas frequências emitidas pelos satélites (L1
e L2). Na Figura 02 é ilustrado um exemplo de receptor do tipo L1/L2:
24

Figura 02 – Exemplo de receptor tipo L1/L2.

Fonte: Leica Geosystems, 2019.

 os receptores topográficos têm características de trabalho semelhantes ao


anterior, porém somente captam a frequência L1 e possuem precisão em
centímetros. Ambas as categorias têm aplicações técnicas e características
próprias como o pós-processamento, o que significa que geralmente não
informam o posicionamento instantaneamente. Na Figura 03 é ilustrado um
exemplo de receptor tipo L1:

Figura 03 – Exemplo de receptor tipo L1.

Fonte: Trimble, 2019.


25

 o receptor de navegação, embora possua menor precisão (5 m), tem como


vantagens o baixo preço de aquisição e o posicionamento instantâneo do
usuário. Na Figura 04 é ilustrado um exemplo de receptor do tipo
navegação:

Figura 04 – Exemplo de receptor tipo navegação.

Fonte: Garmin, 2019.

Atualmente o número de marcas e modelos de receptores é grande e cada


um tem características, funções e preços específicos, que podem variar muito
(IBGE, 2008).

2.7.2 Técnicas de Posicionamento

De acordo com o IBGE (2008), o posicionamento através do GPS pode ser


realizado por diferentes técnicas e observáveis (rastreios), as quais fornecem níveis
de precisão que varia desde algumas dezenas de metros até poucos milímetros.
As técnicas de posicionamento podem ser classificadas como estáticas e
cinemáticas, dependendo do movimento da antena, em tempo real e pós
processado, os quais estão relacionados com a disponibilidade das coordenadas
(IBGE, 2008).
26

2.7.2.1 Posicionamento por GNSS

O posicionamento através da rede GNSS pode ser realizado por diferentes


métodos e procedimentos (INCRA, 2013). Abaixo serão abordados aqueles que
fornecem uma precisão adequada ao presente trabalho.

2.7.2.1.1 Posicionamento relativo

De acordo com o INCRA (2013), no posicionamento relativo, as coordenadas


do vértice de interesse são determinadas a partir de um ou mais vértices de
coordenadas conhecidas. Neste caso, é necessário que pelo menos dois
receptores coletem dados de, no mínimo, dois satélites simultaneamente, onde um
dos receptores deve ocupar a estação com coordenadas conhecidas, denominada
de estação de referência ou estação base (IBGE, 2008). Na Figura 04 é ilustrado
posicionamento pelo método relativo:

Figura 05 – Posicionamento relativo.

Fonte: INCRA, 2013.

Existem várias possibilidades de se executar um posicionamento relativo


usando a observável da fase da onda portadora no posicionamento relativo, que
podem ser subdivididos em quatro grupos: estático, estático-rápido,
semicinemático e cinemático (INCRA,2013).
27

2.7.2.1.2 Real Time Kinematic

O conceito de posicionamento pelo RTK (Real Time Kinematic), baseia-se


na transmissão instantânea de dados de correções dos sinais de satélites, do(s)
receptor(es) instalado(s) no(s) vértice(s) de referência ao(s) receptor(es) que
percorre(m) os vértices de interesse, proporcionando o conhecimento instantâneo
(tempo real) de coordenadas precisas dos vértices levantados (INCRA, 2013).
No modo convencional, os dados de correção são transmitidos por meio de
um link de rádio do receptor instalado no vértice de referência ao(s) receptore(s)
que percorre(m) os vértices de interesse (INCRA, 2013). Na Figura 06, apresenta-
se o posicionamento pelo RTK Convencional:

Figura 06 – RTK Convencional.

Fonte: INCRA, 2013.

De acordo com o INCRA (2013), um fator que limita a área de abrangência


para realização de levantamentos por RTK convencional é o alcance de
transmissão das ondas de rádio. Basicamente, o alcance máximo é definido em
função da potência do rádio e das condições locais em termos de obstáculos físicos
(INCRA, 2013).
28

2.7.2.1.3 Posicionamento por ponto preciso (PPP)

No PPP as coordenadas do vértice de interesse são determinadas de forma


absoluta, portanto, dispensa o uso de receptor instalado sobre um vértice de
coordenadas conhecidas (INCRA, 2013).
Esta técnica de posicionamento requer a utilização da pseudodistância e
fase das ondas portadoras L1 e L2. Isto possibilita a redução dos efeitos de primeira
ordem da ionosfera. Além disso, os efeitos da troposfera devem ser modelados. Os
erros de órbita e relógio dos satélites, bem como parâmetros de rotação da Terra,
normalmente são adquiridos de fonte externa como, por exemplo, do IGS
(International GNSS Service) (IBGE, 2008).
No Brasil, o IBGE é responsável pelo IBGE-PPP (Posicionamento por Ponto
Preciso) que trata de um serviço online gratuito para o pós-processamento de
dados GNSS (Global Navigation Satellite System), que faz uso do programa CSRS-
PPP (Canadian Spatial Reference System - Precise Point Positioning) desenvolvido
pelo NRCan (Geodetic Survey Division of Natural Resources of Canada).
Permitindo aos usuários com receptores GPS e/ou GLONASS, obterem
coordenadas referenciadas ao SIRGAS2000 e ao ITRF (International Terrestrial
Reference Frame) através de um processamento preciso. O IBGE-PPP processa
dados GNSS (GPS e GLONASS) que foram coletados por receptores de uma ou
duas frequências no modo estático ou cinemático (IBGE, 2019).
É necessário apenas que o usuário informe o arquivo de observação no
formato RINEX (Receiver Independent Exchange Format) ou HATANAKA, se o
levantamento foi realizado no modo estático ou cinemático, o modelo e a altura da
antena utilizada, e um e-mail válido. Ao final do processamento será disponibilizado
um link para obtenção dos arquivos com os resultados. Na Figura 07, apresenta-se
o fluxo de posicionamento pelo IBGE-PPP:
29

Figura 07 – Posicionamento por ponto preciso IBGE-PPP.

Fonte: IBGE, 2019.

2.8 PLANEJAMENTO PARA OS LEVANTAMENTOS

Devido ao alto grau de automação envolvida com os receptores GPS, muitas


vezes os usuários subestimam a necessidade de um bom planejamento. E mesmo
aqueles que são bem planejados, podem ser afetados por algum fator que não
tenha sido considerado, ou que seja desconhecido (IBGE, 2008).
Esse planejamento normalmente é feito em escritório, porém, para que seja
consistente, necessita de subsídios de visitas realizadas em campo, dos
equipamentos envolvidos, estações de referência, entre outros (IBGE, 2008).
Tentar acabar com todas as possibilidades de planejamento é praticamente
impossível, uma vez que a cada trabalho irão surgir fatores diferentes a serem
considerados (IBGE, 2008).

2.8.1 Implantação dos marcos

De acordo com o IBGE (2008, p. 13), a seleção do local para implantação


dos marcos, devem seguir alguns critérios para minimizar a degradação da
precisão determinada pelo GPS, na forma em que segue:
30

“- A área ao redor da estação deverá ser livre de obstrução que


possa interferir na captação dos sinais dos satélites ou refleti-los;
- Deverão ser evitados locais próximos a estações de transmissão
de microondas, radares, antenas radiorrepetidoras e linhas de
transmissão de alta voltagem por representarem possíveis fontes
de interferência para os sinais GPS;
- O local escolhido deve ser de fácil acesso;
- O solo deve ser firme e estável para devida estabilização do
marco;
- Deve-se optar por locais onde a segurança e preservação do
marco estejam garantidas;”

2.8.2 Observações de campo

Alguns procedimentos adotados em campo são de grande importância para


que se possa obter resultados dentro dos padrões de acurácia e precisão
desejados (IBGE, 2008).

2.8.2.1 Estacionamento da antena

Trata-se da identificação do marco, bem como a centragem da antena, e a


medição da sua altura em relação ao marco. O nivelamento, centragem e medição
da altura da antena devem ser verificados, antes e depois de cada sessão de
observação. Cada modelo de antena, possui instruções junto aos manuais, que
informam ao operador a forma de medição da altura, necessidade de orientá-las
para o norte, entre outras (IBGE, 2008).

2.8.2.2 Duração da sessão de observação

A duração da sessão de observação depende de vários fatores, entre eles


podem ser citados: precisão requerida, geometria dos satélites, atividade
ionosférica, tipo de receptores, comprimento das linhas de base, entre outros
(IBGE, 2008).
O INCRA (2013) apresenta os valores de tempo mínimo que proporcionam
observações de dados suficiente para determinadas soluções de ambiguidade, de
31

acordo com as frequências captadas pelos aparelhos conforme o Quadro 01 em


que segue:

Quadro 01 - Características técnicas para posicionamento relativo estático


Linha de Tempo Mínimo Solução da
Observáveis Efemérides
Base (km) (minutos) Ambiguidade
Transmitidas ou
0 - 10 20 L1 ou L1/L2 Fixa
Precisas
Transmitidas ou
10 - 20 30 L1/L2 Fixa
Precisas
Transmitidas ou
10 - 20 60 L1 Fixa
Precisas
Transmitidas ou
20 - 100 120 L1/L2 Fixa ou Flutuante
Precisas
100 - 500 240 L1/L2 Fixa ou Flutuante Precisas
500 - 1000 480 L1/L2 Fixa ou Flutuante Precisas
Fonte: INCRA, 2013.

Para o processamento dos dados GNSS utilizando o IBGE-PPP, uma ou um


conjunto de coordenadas serão estimados. A precisão será influenciada
principalmente pelo tipo de observável utilizada (L1 e/ou L1&L2), pelo tipo de
levantamento (estático ou cinemático), e pelo tempo da observação da sessão de
observação realizado no levantamento (IBGE, 2019). O Quadro 02, mostra a
variação da precisão esperada em relação a observável utilizada (tipo de receptor)
e o tempo de rastreio para o processamento IBGE-PPP.

Quadro 02 – Variação da precisão esperada em relação ao tempo e o tipo de


receptor no processamento IBGE-PPP

Tipo de
Uma frequência Duas frequências
receptor
Planimétrico Altimétrico Planimétrico Altimétrico
(m) (m) (m) (m)
Após 1 hora 0,450 1,000 0,030 0,050
Após 2 horas 0,300 0,800 0,015 0,025
Após 4 horas 0,200 0,500 0,006 0,015
Após 6 horas 0,180 0,400 0,004 0,010
Fonte: IBGE, 2019
32

2.9 PROCESSAMENTO DE DADOS

Com os computadores, foram criados programas que sistematizaram os


procedimentos, simplificando e acelerando os tempos de obtenção de dados
(BOTELHO, JUNIOR e DE PAULA, 2018).
De acordo com Timbó (2000), quase todos os fabricantes de equipamentos
oferecem bons programas para tratamento dos dados em pós-processamento,
sendo que os bons programas, devem incorporar recursos básicos como:

“1. Formato padrão de exportação dos arquivos: Receiver


Independent Exchange (RINEX Vs2). Para definição do formato
RINEX, os dados foram divididos em três arquivos básicos: dados
de observação, dados de efemérides e dados meteorológicos da
estação
2. Transformações de datum geodésico: necessário para converter
WGS84 para datuns locais
3. Transformação de sistemas de coordenadas: necessários para
converter coordenadas tridimensionais em geodésicas e plantas
UTM e vice versa.
4. Conversão de altitudes geométrica para ortométrica através de
modelos geoidais precisos.
5. Ajustamento de redes GPS: para aplicação do método dos
mínimos quadrados é fornecer resultados estatisticamente corretos
quando se tem abundância de dados.
6. Exportação para formatos GIS comuns do mercado DXF, DGN,
MAPINFO, ARCINFO, etc.”

2.10 LOCAÇÃO DE PONTOS

De acordo com o Laboratório de Topografia e Geodesia da Universidade de


São Paulo (2013), a locação topográfica consiste em materializar, no terreno,
pontos do projeto de uma obra para que a mesma possa ser executada exatamente
no local planejado. Como por exemplo:
 Pilares e fundações de edifícios;
 Divisão de lotes;
 Estradas.

E as etapas do processo de locação topográfica, podem ser definidas como:


 Levantamento topográfico do terreno onde a obra será realizada;
 Elaboração da planta topográfica do terreno;
33

 Criação do projeto da obra sobre a planta;


 Locação do projeto em campo.

De acordo com a Sanepar (2012), os trabalhos de locação e levantamento


de limites utilizando a tecnologia GNSS, pode ser feito através do método de
posicionamento relativo, com solução em tempo real (RTK). O método consiste na
correção diferencial em tempo real processada nos receptores móveis, em função
de dados transmitidos por telemetria a partir de receptor estacionado sobre uma
estação base com coordenadas conhecidas.
34

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

No presente capítulo, descreve-se a metodologia utilizada para atingir os


objetivos da pesquisa. Fundamentalmente, a metodologia relata sobre a
caracterização da área objeto do presente estudo, a descrição dos equipamentos
que serão utilizados no levantamento topográfico, bem como os softwares para
processamento.

3.1 A COMUNIDADE DO CAMINHO CURTO

A Comunidade do Caminho Curto localiza-se na Estrada da Fazenda,


situado no bairro Pirabeiraba, município de Joinville, Santa Catarina. Na sequência,
a Figura 08, tem-se uma vista geral da referida comunidade.

Figura 08 – Vista geral da Comunidade do Caminho Curto.

Fonte: Drechsler, 2019.


35

Com base nos dados levantados pela Organização Não Governamental


(ONG) Engenheiros Sem Fronteiras (ESF) núcleo Joinville (2019), a referida
comunidade já existe a mais de 40 anos, e hoje conta com 95 moradores, sendo
45 desses, crianças. Esses moradores vivem atualmente em condições precárias
de saneamento básico, convivendo com esgoto a céu aberto, o que acarreta em
vários casos de doenças devido ao contato com água contaminada.
O ESF núcleo Joinville deu início a um projeto na referida comunidade, para
implantação de um sistema de esgotamento sanitário, afim de diminuir o índice de
doenças na região. Melhorar as condições da água nas valas do entorno da
comunidade e proporcionar um ambiente de moradia mais agradável e seguro,
melhorando assim a qualidade de vida dos moradores (ESF Joinville, 2019).
Assim, este trabalho auxiliará a ONG com o estudo topográfico da área da
comunidade, auxiliando a implantação da rede de esgoto na mesma.

3.2 ANÁLISE PRÉVIA DA ÁREA OBJETO

A análise prévia da área objeto obteve-se a partir de imagens aéreas feitas


por meio de drone por Diego Bernardo Drechsler em auxílio ao ESF Joinville (2019).
Por meio das imagens, pode-se observar que a comunidade é de fácil acesso, uma
vez que é servida por estrada asfaltada, além do mais, verificou-se que o terreno
em geral não apresenta grandes declividades e há pouca incidência de árvores e
construções de grande porte, o que facilita os rastreios do GPS e alcance de rádio,
devido à baixa interferência.

3.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Serão caracterizados a seguir, os aparelhos utilizados no presente trabalho,


bem como os acessórios para o auxílio o levantamento topográfico da comunidade.
36

3.3.1 Receptor GNSS

Para levantamento dos pontos utilizou-se um receptor GNSS da marca CHC


modelo X91+, com o auxílio de uma coletora de dados CHC LT30, conforme a
Figura 09. Este aparelho conta com a tecnologia RTK, além de possuir rádio
interno, conforme o fabricante (CHC, 2019), o aparelho conta com as seguintes
características:

 Tempo de inicialização RTK: abaixo de 10 segundos;


 Desenvolvido com mais de 220 canais com os sinais de satélite rastreados
simultaneamente:
- GPS: L1C/A, L1C, L2C, L2E, L5
- GLONASS: L1C/A, L1P, L2C/A, L2P, L3;
- SBAS: WAAS, EGNOS, MSAS;
- Galileo: E1, E5A, E5B
- BeiDou: B1, B2;
 Possui rádio interno de 1 watt;
 Precisão RTK:
- Precisão horizontal 8mm + 1ppm
- Precisão Vertical 15mm + 1ppm.

Figura 09 – Receptor GNSS CHC X91+ e coletora de dados CHC LT30

Fonte: O Autor, 2019.


37

3.3.2 Acessórios

Além dos aparelhos citados anteriormente, para que os mesmos possam ser
operados, fez-se a utilização de acessórios que seguem:
 Tripé de alumínio – para posicionamento do receptor de referência (base);
 Base nivelante com prumo ótico – para nivelamento e posicionamento do
receptor de referência;
 Bastão de alumínio com regulagem de altura – para posicionamento do
receptor móvel (rover);
 Trena – para medidas complementares diversas;
 Marco de concreto – para posicionamento do marco de referência;
 Cavadeira manual – para implantação do marco de concreto no solo.

3.4 SOFTWARES PARA COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

Serão descritos a seguir, os softwares utilizados para a coleta e


processamento dos dados obtidos em campo.

3.4.1 Coleta e tratamento de dados

Para a coleta dos pontos em campo, empregou-se o software Carlson


SurvCE, compatível com a coletora CHC LT30, permitindo ao operador:
 Configurar o trabalho em campo;
 Verificar a precisão dos pontos a serem coletados;
 Coletar os pontos;
 Ajustar os pontos coletados a base georreferenciada;
 Gerar os arquivos em formato DWG (formato de arquivo nativo para o
software AutoCAD® da Autodesk ) dos pontos levantados;
 Gerar os relatórios dos pontos levantados.
38

3.4.2 Georreferenciamento da base

Uma vez de que não se tem informações sobre algum marco


georreferenciado para que seja montada a base, a mesma será posicionada em um
ponto com coordenadas desconhecidas, que deverão ser corrigidas através de uma
das técnicas de posicionamento já descritas anteriormente.
Para o presente trabalho, o posicionamento do ponto da base será feito
através do método PPP disponibilizado pelo IBGE.

3.4.3 Geração da planta topográfica do terreno

A partir dos pontos levantados, com suas coordenadas altimétricas,


elaborou-se as curvas de nível a partir do software Topocad, que contém
ferramentas que fazem a triangulação e o cálculo das curvas de nível, para assim,
representar as características intrínsecas do relevo da área do presente trabalho.
Além da representação das curvas de nível, representa-se na planta
topográfica do terreno, os elementos contidos na área de estudo, ou seja,
apresenta-se as divisas, construções, áreas de mata, valos, entre outros. Tais
elementos serão detalhados, excetuando-se o desenho propriamente dito com o
software AutoCad®, a partir dos pontos levantados em campo.

3.4.4 Locação dos pontos definidos em projeto

Definiu-se a planta topográfica do terreno conforme descrito no item anterior,


ele foi enviado aos responsáveis pelo projeto de esgotamento sanitário, que
definirão no projeto as coordenadas dos elementos de projeto que deverão ser
locados posteriormente em campo.
Uma vez definidas as referidas coordenadas, elas são inseridas no software
Carlson SurvCE da coletora CHC LT30. Sendo que, na etapa de locação dos pontos
no retorno a área de estudo, posiciona-se o receptor GNSS, com o vértice de
referência sob um ponto de coordenadas agora conhecidas, permitindo que os
pontos a serem definidos pelo projetista da rede sanitária para a futura locação em
campo.
39

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

No presente capítulo, descreve-se os resultados obtidos após a realização


do levantamento em campo, bem como o processamento dos dados descritos na
metodologia.

4.1 DO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

No dia 18 de maio de 2019, realizou-se o levantamento topográfico


planialtimétrico na Comunidade do Caminho Curto, onde, com o uso de um receptor
GNSS pode-se colher as informações intrínsecas da área objeto do presente
estudo. Os procedimentos para a realização da coleta de informações em campo
serão descritos a seguir.

4.1.1 Implantação do marco de referência

Dada a ausência de um marco de coordenadas conhecidas junto a área da


Comunidade, ocorreu a necessidade de implantar um marco em um ponto de
coordenadas desconhecidas o qual foi processado posteriormente.

Figura 10 – Implantação do marco de concreto

Fonte: O Autor, 2019.


40

Implantou-se então um marco de concreto com auxílio de uma cavadeira


manual, em área aberta livre de obstrução ou obstáculos que possam interferir na
captação dos sinais dos satélites, para assim obter uma maior precisão. Na Figura
10 apresenta-se a implantação do marco de concreto.
Sob o marco de concreto implantado, com o auxílio de uma base niveladora
com prumo óptico posicionou-se o tripé da base sob o referido marco de concreto,
e, por fim, instalou o receptor GNSS base sob o mesmo. Na Figura 11 apresenta-
se a base do receptor GNSS posicionada sob o marco de concreto.

Figura 11 – Receptor GNSS base implantado sob marco de concreto

Fonte: O Autor, 2019.

Posicionado o receptor GNSS base sob o marco de concreto, ligou-se o


aparelho e configurou junto a Coletora LT30 através do software Carlson SurvCE.
Configurou-se então o receptor base indicando que o mesmo estaria trabalhando
em ponto de coordenadas desconhecidas, assim, durante todo o tempo do
levantamento fez-se rastreios para que posteriormente o arquivo gerado pelo
receptor possa ser georreferenciado através da técnica de posicionamento PPP.
41

4.1.2 Configuração do receptor móvel

Com o auxílio de um bastão de alumínio com regulagem de altura,


posicionou-se o receptor móvel (rover), e assim, através do software Carlson
SurvCE, configurou-se o receptor móvel, para trabalhar tendo como vértice de
referência o receptor base posicionado. Na Figura 12 apresenta-se o receptor
móvel sendo configurado junto ao receptor base.

Figura 12 – Receptor móvel sendo configurado junto ao receptor base

Fonte: O Autor, 2019.

Após configurado o receptor móvel, deu-se início ao levantamento dos


pontos de interesse.

4.1.3 Levantamento dos pontos

A coleta dos pontos de interesse, dividiram-se em 3 fases, iniciando pelo


levantamento das divisas da comunidade, posteriormente o levantamento das
construções implantadas dentro da mesma, e por fim os pontos de cotas. Os pontos
foram levantados a partir do software Carlson SurvCE instalado na coletora LT30.
42

4.1.3.1 Levantamento das divisas

O levantamento das divisas da comunidade é importante para que o


projetista do esgotamento sanitário evite locar a rede além da área da comunidade.
Procedeu-se então levantando o eixo da Estrada da Fazenda, as divisas
frontais tanto da comunidade como das áreas limítrofes, levantou-se as cercas
laterais e a cerca aos fundos da comunidade.

4.1.3.2 Levantamento das construções

O levantamento das divisas e construções edificadas na comunidade é


importante para o lançamento das tubulações de esgoto, afim de desviar as
tubulações das edificações e definir os pontos de ligação das residências na rede.
Foram identificadas e levantadas 29 construções sob o terreno da
Comunidade, de variados tipos, como: residências, galpões, garagens, poleiro de
criação de aves, entre outras. Na Figura 13 apresenta-se o levantamento de uma
das construções.

Figura 13 – Levantamento de uma das construções

Fonte: O Autor, 2019.


43

4.1.3.3 Levantamento de pontos de cota

O levantamento de pontos de cota do terreno da Comunidade é importante,


pois, com base nos referidos pontos, pode-se obter a planta topográfica do terreno,
o qual auxiliará no caminhamento da rede de esgotamento sanitário da comunidade
de acordo com as declividades do terreno e suas adjacências.
Foram levantados pontos distribuídos por todo o terreno, e em maior
quantidade nas regiões onde é possível perceber significantes variações do relevo.
Além dos pontos de cota levantados na Comunidade, verificou-se também a
necessidade de que fossem levantados pontos de uma valeta de drenagem em
terreno adjacente a área da Comunidade.

4.2 DO PROCESSAMENTO DOS DADOS

A partir da coleta dos dados em campo, efetuou-se os procedimentos de


processamento dos dados, do georreferenciamento da base a elaboração da planta
topográfica.

4.2.1 Posicionamento do vértice de referência

Conforme apontado, o vértice de referência (base) foi posicionado em um


marco de coordenadas desconhecidas, e durante todo o levantamento o receptor
GNSS base rastreou os satélites disponíveis, com a finalidade de definir suas
coordenadas absolutas, para que depois essas coordenadas sejam
georreferenciadas a partir da técnica de posicionamento PPP.
Os dados de rastreio do receptor GNSS base foram baixados em formato
RINEX, e os mesmos foram enviados para a plataforma do IBGE-PPP. Além dos
arquivos do receptor, informou-se ao serviço as definições conforme seguem:
 Modo de Processamento: Estático;
 Tipo de Antena: CHCX91B NONE;
 Altura da Antena: 1,782;
 E-mail válido para envio dos resultados.
44

As coordenadas obtidas em UTM para o vértice de referência referenciado


no Datum SIRGAS2000, se encontra na Tabela 01 em que segue:

Quadro 03 – Coordenadas processadas do vértice de referência


Coordenada Coordenada Altitude Meridiano
UTM N (m) UTM E (m) Geométrica (m) Central
7.099.611,217 712.271,757 14,13 - 51
Fonte: O Autor, 2019.

Junto ao Apêndice A, está o Relatório do Posicionamento por Ponto Preciso,


emitido pelo IBGE.

4.2.2 Georreferenciamento dos pontos levantados

Os pontos levantados em campo, foram definidos a partir do vértice de


referência com coordenadas absolutas. Uma vez que as coordenadas desse vértice
de referência foram processadas e corrigidas através da técnica de posicionamento
por PPP, os pontos levantados também foram ajustados às coordenadas corrigidas
do vértice de referência.
Junto ao software Carlson SurvCE instalado na Coletora LT30, inseriu-se as
coordenadas corrigidas do vértice de referência, e o mesmo efetuou o
processamento de todos os pontos levantados a partir da mesma. Gerando por fim,
o relatório dos pontos levantados, bem como o arquivo DWG do levantamento para
a elaboração das plantas.
O relatório dos pontos levantados traz as informações individuais de cada
um dos pontos levantados, no presente trabalho, foram levantados um total de 440
pontos, e com isso o relatório resultou num total de 34 páginas, optou-se então
apresentar junto ao Apêndice B, as informações acerca dos primeiros 26 pontos
levantados afim de, demonstrar como o relatório dos pontos levantados se
apresenta.
45

4.2.3 Elaboração da planta topográfica

A partir do arquivo em formato DWG gerado com os pontos do levantamento


topográfico, procedeu-se a elaboração da planta topográfica, que indica os limites
da área da Comunidade, as construções existentes, bem como as curvas de nível
elucidando a situação topográfica do terreno. No Apêndice C, apresenta-se a planta
final do levantamento realizado.

4.2.3.1 Das divisas e construções

Os pontos levantados referentes as divisas da Comunidade foram


agrupados com o auxílio do software AutoCAD®, determinando assim o perímetro
da área em estudo. Na Figura 14, apresenta-se a planta ilustrando as divisas da
Comunidade, bem como as edificações levantadas.

Figura 14 – Planta das divisas e edificações da Comunidade do Caminho Curto

Fonte: O Autor, 2019.


46

Em relação as construções, tomou-se a precaução durante o levantamento


de campo de alterar as descrições dos pontos levantados em cada uma das
edificações como CR1, CR2, CR3, etc., de forma a facilitar a identificação no
arquivo dwg e para individualizar os pontos referentes a cada uma delas.

4.2.3.2 Dos pontos de cota

Na Figura 15, apresenta-se a planta ilustrando as curvas de nível da


Comunidade e suas adjacências.

Figura 15 – Planta das curvas de nível da Comunidade do Caminho Curto e


adjacências

Fonte: O Autor, 2019.


47

Com base nos pontos de cota levantados no terreno e suas adjacências,


utilizou-se do software Topocad, que a partir dos referidos pontos gerou a
triangulação dos mesmos, e assim, possibilitando a geração das as curvas de nível
para o terreno. Definiu-se as curvas de nível a cada 10 centímetros, e assim pode-
se estabelecer a situação topográfica da Comunidade.

4.2.4 Locação dos pontos definidos em projeto

Além do levantamento planialtimétrico da comunidade, previu-se também, a


locação do sistema de esgotamento sanitário de acordo com o projeto de esgoto,
dada a necessidade da Comunidade. Porém, por tratar-se de um projeto oneroso,
que a ONG Engenheiros Sem Fronteiras - Núcleo Joinville, buscou através de
parceiros para à sua realização. Durante o processo, alguns destes parceiros que
estavam certos, acabaram deixando o projeto. Por conta disso, a ESF – Núcleo
Joinville, teve que ir em busca de novos parceiros, o que acabou atrasando o
cronograma de execução.
Assim, a execução da locação em campo está prevista para iniciar somente
em 15 de junho, conforme reunião realizada entre os envolvidos no projeto, sendo
esta data posterior a entrega final deste trabalho. Por conta disso, optou-se por
registrar esta etapa em relatório fotográfico apresentado no Apêndice D.
48

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou o conhecimento da


situação topográfica da Comunidade do Caminho Curto, podendo assim auxiliar no
desenvolvimento do projeto de esgotamento sanitário da mesma. Além disso,
permitiu conhecer em detalhes os procedimentos para a execução de um
levantamento topográfico.
Durante as etapas desenvolvidas, o estudo prévio da área levantada foi
imprescindível para o planejamento do levantamento, uma vez que permitiu
conhecer a situação da Comunidade, reduzindo assim, as possíveis dificuldades
que poderiam ser encontradas durante o trabalho em campo.
A execução do levantamento dividiu-se em três fases, sendo, na primeira, o
levantamento dos limites da comunidade, na segunda, o levantamento das
construções, e por fim, pontos de cota distribuídos por toda a área e adjacências.
Sendo que esta organização foi fundamental para que todos os pontos necessários
para o projeto fossem levantados. Nesta fase, constatou-se a triste situação em que
a Comunidade do Caminho Curto se encontra em relação ao saneamento básico e
é nítida a necessidade da implantação desse projeto para o bem-estar das famílias
que ali residem.
Com os pontos levantados em campo, foi possível elaborar a planta
topográfica da área da Comunidade, definindo os limites da mesma, as
construções, e a geração das curvas de nível, sendo que estes elementos serão
essenciais para que o projetista defina o traçado da tubulação da melhor forma.
No presente trabalho, além do levantamento planialtimétrico da comunidade,
pretendia-se também, a locação do sistema de esgotamento sanitário. Porém, em
função das dificuldades nas parcerias, ocorreram atrasos no cronograma de
execução. Contudo, dada a relevância do projeto e o comprometimento com a
Comunidade, a locação do projeto da rede de esgoto, ocorrerá após a conclusão
do relatório.
Sabe-se que a falta de saneamento é uma realidade em diversas cidades
brasileiras e contribuir em um projeto que possibilitará qualidade de vida para uma
comunidade carente foi gratificante. Além do conhecimento adquirido possibilitou o
49

crescimento pessoal e a satisfação em poder prestar um serviço técnico de


topografia para a Comunidade do Caminho Curto.
50

REFERÊNCIAS

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de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994.

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3. ed. São Paulo: Blucher, 2013.

BOTELHO, Manoel Henrique Campo; JÚNIOR, Jarbas Prado Francischi; DE


PAULA, Lyrio Silva. ABC da Topografia. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2018.

CARVALHO, Edilson Alves de; ARAÚJO, Paulo César de. As formas de


representação do terreno. Divisão de Serviços Técnicos. UFRN – Universidade
Federal do Rio Grande do Norte e UEPB – Universidade Estadual da Paraíba.
Natal, 2007. 24p.

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<http://www.chcnav.com/index.php/product/detail?id=11>. Acesso: 21 abr. 2019.

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Curto. 2019. (01m06s). Disponível em:
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Básico – Caminho Curto. Benfeitoria, 2019. Disponível em:
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Georreferenciado e Georreferenciamento de imóveis rurais. Adenilson
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<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/212180/mod_resource/content/1/aula%2
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Em Campo. Alezi Teodolini, 2018. Disponível em:
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Disponível em:
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Tecnologias, 2017. Disponível em: <
https://www.santiagoecintra.com.br/blog/geo-tecnologias/quais-os-tipos-de-
receptoresy>. Acesso em: 15 abril. 2019.

SOUZA, André da Silva. Empresa Concessionária começa a projetar


saneamento. Tubarão Saneamento, 2012. Disponível em:
<http://www.tubaraosaneamento.com.br/imprensa/noticias/empresa-
concessionaria-comeca-a-projetar-saneamento>. Acesso em: 16 mar. 2019.
53

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Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais, 2000.
Disponível em:
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TRIMBLE. GPS Pathfinder Systems Receiver Manual. Trimble. Disponível em:


<http://trl.trimble.com/docushare/dsweb/Get/Document-8856/PFSys_POR.pdf>.
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VOLPATO, Margarete Marin Lordelo; VIEIRA, Tatiana Grossi Chquiloff; ALVES,
Helena Maria Ramos; SOUZA, Vanessa Cristina Oliveira de. GPS de navegação:
dicas ao usuário. Circular Técnica. EPAMIG. Belo Horizonte, 2008. 4p.
54

APÊNDICES

APÊNDICE A – RELATÓRIO DO POSICIONAMENTO POR PONTO


PRECISO
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Relatório do Posicionamento por Ponto Preciso (PPP)

Sumário do Processamento do marco: 970429


Início:AAAA/MM/DD HH:MM:SS,SS 2019/05/18 12:45:47,00
Fim:AAAA/MM/DD HH:MM:SS,SS 2019/05/18 16:42:23,00
Modo de Operação do Usuário: ESTÁTICO
Observação processada: CÓDIGO & FASE
Modelo da Antena: CHCX91B NONE
Órbitas dos satélites:1 RÁPIDA
Frequência processada: L3
Intervalo do processamento(s): 1,00
Sigma2 da pseudodistância(m): 5,000
Sigma da portadora(m): 0,010
Altura da Antena3 (m): 1,782
Ângulo de Elevação(graus): 10,000
Resíduos da pseudodistância(m): 0,91 GPS 1,46 GLONASS
Resíduos da fase da portadora(cm): 0,70 GPS 0,87 GLONASS

Coordenadas SIRGAS
Latitude(gms) Longitude(gms) Alt. Geo.(m) UTM N(m) UTM E(m) MC
Em 2000.4 (É a que deve ser usada)4 -26° 12´ 26,5701˝ -48° 52´ 31,7435˝ 14,13 7099611.217 712271.757 -51
Na data do levantamento5 -26° 12´ 26,5627˝ -48° 52´ 31,7450˝ 14,13 7099611.446 712271.719 -51
Sigma(95%)6 (m) 0,001 0,002 0,003
Modelo Geoidal MAPGEO2015
Ondulação Geoidal (m) 1,05
Altitude Ortométrica (m) 13,08

Precisão esperada para um levantamento estático (metros)


Tipo de Receptor Uma frequência Duas frequências
Planimétrico Altimétrico Planimétrico Altimétrico
Após 1 hora 0,700 0,600 0,040 0,040
Após 2 horas 0,330 0,330 0,017 0,018
Após 4 horas 0,170 0,220 0,009 0,010
Após 6 horas 0,120 0,180 0,005 0,008

1 Órbitas obtidas do International GNSS Service (IGS) ou do Natural Resources of Canada (NRCan).
2 O termo “Sigma” é referente ao desvio-padrão.
3 Distância Vertical do Marco ao Plano de Referência da Antena (PRA).
4 A coordenada oficial na data de referência do Sistema SIRGAS, ou seja, 2000.4. A redução de velocidade foi feita na data do levantamento,
utilizando o modelo VEMOS em 2000.4.
5 A data de levantamento considerada é a data de início da sessão.

6 Este desvio-padrão representa a confiabilidade interna do processamento e não a exatidão da coordenada.

Os resultados apresentados neste relatório dependem da qualidade dos dados enviados e do correto preenchimento das informações por parte do usuário.
Em caso de dúvidas, críticas ou sugestões contate: ibge@ibge.gov.br ou pelo telefone 0800-7218181.
Este serviço de posicionamento faz uso do aplicativo de processamento CSRS-PPP desenvolvido pelo Geodetic Survey Division of Natural Resources of Canada (NRCan)

Processamento autorizado para uso do IBGE.

1 Processado em: 23/05/2019 11:18:10


Desvio Padrão e Diferença da Coordenada a Priori
9704138m.19O

Diferença
Desvio Padrão

LATITUDE
30 1.5

25 1
Desvio Padrão (metros)

Diferença (metros)
20 0.5

15 0

10 -0.5

5 -1

0 -1.5

12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00

hora

Diferença
Desvio Padrão

LONGITUDE
25 -0.5

-0.6
20
Desvio Padrão (metros)

-0.7

Diferença (metros)
15
-0.8

-0.9
10

-1

5
-1.1

0 -1.2

12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00

hora

Diferença
Desvio Padrão

ALTITUDE
60 -1.5

50 -2
Desvio Padrão (metros)

Diferença (metros)

40 -2.5

30 -3

20 -3.5

10 -4

0 -4.5

12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00

2 Processado em: 23/05/2019 11:18:10


55

APÊNDICE B – RELATÓRIO DOS PONTOS LEVANTADOS


TCC-MMC-CC-1805
1 7099611.2170 712271.7570 14.1300 -26.122658722963 -48.523175009438
3766124.9148 -4313463.1747 -2799700.7270 14.9102 BASE
2 7099565.4092 712332.4848 15.3348 -26.122804293098 -48.522953621328
3766158.9103 -4313408.6628 -2799741.4535 16.1150 EIXO HSIG:0.011 VSIG:0.016
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.319 HDOP:0.753 VDOP:1.083 TDOP:1.186 GDOP:1.774
NSIG:0.009 ESIG:0.007
3 7099566.7338 712324.5349 14.9982 -26.122800413607 -48.522982327452
3766153.0554 -4313414.0739 -2799740.2336 15.7784 CR HSIG:0.010 VSIG:0.014
STATUS:FIXO SATS:16 PDOP:1.241 HDOP:0.743 VDOP:0.994 TDOP:1.075 GDOP:1.642
NSIG:0.008 ESIG:0.006
4 7099623.4833 712325.8486 15.2910 -26.122615998047 -48.522980945554
3766170.0020 -4313432.8997 -2799689.4426 16.0712 CR HSIG:0.009 VSIG:0.014
STATUS:FIXO SATS:16 PDOP:1.248 HDOP:0.744 VDOP:1.002 TDOP:1.082 GDOP:1.651
NSIG:0.007 ESIG:0.006
5 7099626.4769 712326.0187 15.2872 -26.122606264384 -48.522980509690
3766170.9610 -4313433.8141 -2799686.7533 16.0674 DV HSIG:0.015 VSIG:0.022
STATUS:FIXO SATS:14 PDOP:1.654 HDOP:1.007 VDOP:1.313 TDOP:1.538 GDOP:2.259
NSIG:0.013 ESIG:0.008
6 7099642.2059 712326.3291 15.3646 -26.122555153548 -48.522980320406
3766175.6150 -4313439.0644 -2799672.6749 16.1448 DV HSIG:0.012 VSIG:0.018
STATUS:FIXO SATS:11 PDOP:1.886 HDOP:1.058 VDOP:1.562 TDOP:1.768 GDOP:2.585
NSIG:0.009 ESIG:0.007
7 7099647.8395 712334.6948 15.9217 -26.122536408134 -48.522950527374
3766183.8497 -4313435.9202 -2799667.7450 16.7019 EIXO HSIG:0.010 VSIG:0.014
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.335 HDOP:0.758 VDOP:1.099 TDOP:1.199 GDOP:1.795
NSIG:0.008 ESIG:0.006
8 7099655.5315 712326.7230 15.8829 -26.122511845765 -48.522979688204
3766179.9243 -4313443.7330 -2799660.9457 16.6632 DV HSIG:0.012 VSIG:0.016
STATUS:FIXO SATS:10 PDOP:2.359 HDOP:1.580 VDOP:1.752 TDOP:2.167 GDOP:3.204
NSIG:0.008 ESIG:0.008
9 7099673.3819 712327.2016 16.2431 -26.122453834867 -48.522979018032
3766185.4624 -4313449.7930 -2799645.0869 17.0233 DV HSIG:0.018 VSIG:0.028
STATUS:FIXO SATS:12 PDOP:1.495 HDOP:0.912 VDOP:1.185 TDOP:1.252 GDOP:1.950
NSIG:0.015 ESIG:0.010
10 7099678.8994 712327.4023 16.2769 -26.122435901071 -48.522978620979
3766187.1684 -4313451.5794 -2799640.1500 17.0571 DV HSIG:0.010 VSIG:0.016
STATUS:FIXO SATS:14 PDOP:1.483 HDOP:0.832 VDOP:1.228 TDOP:1.343 GDOP:2.001
NSIG:0.008 ESIG:0.006
11 7099690.9813 712327.7881 16.1372 -26.122396633498 -48.522977944371
3766190.7375 -4313455.3815 -2799629.2458 16.9174 CR HSIG:0.010 VSIG:0.015
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.318 HDOP:0.776 VDOP:1.065 TDOP:1.169 GDOP:1.762
NSIG:0.008 ESIG:0.006
12 7099704.0771 712328.1855 16.3017 -26.122354071818 -48.522977286335
3766194.7766 -4313459.7298 -2799617.5663 17.0819 CR HSIG:0.010 VSIG:0.015
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.346 HDOP:0.761 VDOP:1.110 TDOP:1.207 GDOP:1.807
NSIG:0.008 ESIG:0.006
13 7099703.4097 712336.2427 16.4493 -26.122355810997 -48.522948232637
3766200.7841 -4313454.3466 -2799618.1117 17.2296 EIXO HSIG:0.010 VSIG:0.014
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.347 HDOP:0.761 VDOP:1.111 TDOP:1.208 GDOP:1.809
NSIG:0.008 ESIG:0.006
14 7099678.2675 712315.5526 17.0051 -26.122438584264 -48.523021255057
3766178.4426 -4313459.5814 -2799641.2125 17.7853 DV HSIG:0.012 VSIG:0.018
Página 1
TCC-MMC-CC-1805
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.343 HDOP:0.796 VDOP:1.082 TDOP:1.169 GDOP:1.781
NSIG:0.009 ESIG:0.008
15 7099675.6586 712276.6122 14.6253 -26.122449131755 -48.523161327220
3766146.8032 -4313482.4688 -2799643.0739 15.4055 DV HSIG:0.012 VSIG:0.017
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.337 HDOP:0.791 VDOP:1.078 TDOP:1.192 GDOP:1.791
NSIG:0.009 ESIG:0.007
16 7099671.4224 712215.4892 13.5930 -26.122466144991 -48.523381184702
3766098.6957 -4313520.1724 -2799647.3156 14.3732 DV HSIG:0.008 VSIG:0.012
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.418 HDOP:0.842 VDOP:1.142 TDOP:1.268 GDOP:1.902
NSIG:0.006 ESIG:0.005
17 7099669.2413 712214.9748 13.2927 -26.122473257482 -48.523382908279
3766097.5223 -4313519.5560 -2799649.1469 14.0729 DVF HSIG:0.008 VSIG:0.013
STATUS:FIXO SATS:14 PDOP:1.558 HDOP:1.034 VDOP:1.166 TDOP:1.321 GDOP:2.043
NSIG:0.006 ESIG:0.006
18 7099649.6734 712214.0377 13.1671 -26.122536871912 -48.523385128692
3766091.2976 -4313513.3638 -2799666.6566 13.9473 DVF HSIG:0.015 VSIG:0.026
STATUS:FIXO SATS:14 PDOP:1.866 HDOP:1.033 VDOP:1.554 TDOP:1.839 GDOP:2.620
NSIG:0.012 ESIG:0.010
19 7099633.5953 712214.6494 13.0800 -26.122589067660 -48.523381977895
3766087.2396 -4313507.3859 -2799681.0303 13.8603 DVF HSIG:0.015 VSIG:0.025
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.653 HDOP:0.960 VDOP:1.346 TDOP:1.559 GDOP:2.272
NSIG:0.012 ESIG:0.009
20 7099623.4003 712215.7226 13.6367 -26.122622128339 -48.523377511636
3766085.5469 -4313503.5619 -2799690.4048 14.4169 DVF HSIG:0.011 VSIG:0.016
STATUS:FIXO SATS:16 PDOP:1.320 HDOP:0.778 VDOP:1.067 TDOP:1.146 GDOP:1.748
NSIG:0.008 ESIG:0.007
21 7099620.5865 712269.0948 14.8364 -26.122628428719 -48.523185148997
3766125.9192 -4313468.6050 -2799692.6742 15.6167 DV HSIG:0.008 VSIG:0.011
STATUS:FIXO SATS:17 PDOP:1.270 HDOP:0.735 VDOP:1.035 TDOP:1.096 GDOP:1.678
NSIG:0.006 ESIG:0.005
22 7099621.3134 712279.5138 14.0271 -26.122625512965 -48.523147672212
3766133.5395 -4313461.5138 -2799691.5117 14.8074 DV HSIG:0.008 VSIG:0.012
STATUS:FIXO SATS:17 PDOP:1.271 HDOP:0.735 VDOP:1.037 TDOP:1.098 GDOP:1.679
NSIG:0.006 ESIG:0.005
23 7099625.0475 712279.6670 13.8692 -26.122613374994 -48.523147340952
3766134.6006 -4313462.5892 -2799688.0905 14.6494 DVC HSIG:0.011 VSIG:0.016
STATUS:FIXO SATS:16 PDOP:1.336 HDOP:0.773 VDOP:1.089 TDOP:1.159 GDOP:1.769
NSIG:0.008 ESIG:0.007
24 7099622.9335 712243.2814 15.5776 -26.122622178226 -48.523278243060
3766107.4472 -4313486.7435 -2799691.2757 16.3578 DVC HSIG:0.012 VSIG:0.018
STATUS:FIXO SATS:15 PDOP:1.589 HDOP:0.913 VDOP:1.300 TDOP:1.479 GDOP:2.170
NSIG:0.009 ESIG:0.008
25 7099623.0709 712238.8729 15.3685 -26.122621966469 -48.523294126437
3766104.0211 -4313489.5240 -2799691.1249 16.1488 CR1 HSIG:0.009 VSIG:0.013
STATUS:FIXO SATS:14 PDOP:1.397 HDOP:0.792 VDOP:1.151 TDOP:1.238 GDOP:1.866
NSIG:0.006 ESIG:0.006
26 7099623.0039 712226.2829 14.7909 -26.122622853995 -48.523339459892
3766094.1206 -4313497.3200 -2799691.1148 15.5711 CR1 HSIG:0.010 VSIG:0.018
STATUS:FIXO SATS:13 PDOP:1.904 HDOP:0.945 VDOP:1.653 TDOP:1.817 GDOP:2.632
NSIG:0.008 ESIG:0.007

Página 2
56

APÊNDICE C – PLANTA FINAL DO LEVANTAMENTO


+ +
+
+
+
+
+

BR-101
+
+
+
+
+
+
15
16

15

+
15

ESTRADA DA FAZENDA
14

RIO CUBATÃO
A
ESTRADA MAJOR LIM
ES
TR
AD
A
DO
15

OE
ST

+
E

ESTRADA FAZENDA
+
15

+
ERNER WEISS

+
ESTRADA W

+
15
14

+
+
+
BASE

+
+
+
+
COMUNIDADE DO
CAMINHO CURTO

+
+

ES
+

TR
13

AD
+
14

A
+

DO
OE
+

ST
+

E
+
IMBE
ADA T
ESTR

+ +
+
+
+
+
+

EST. DA ILHA
13

+
+
+
+
+
+
+
+
+
57

APÊNDICE D – FOTOS DA LOCAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO


SANITÁRIO
Foto 01 – Receptor base montado sob o marco de concreto no dia da
locação do sistema fossa filtro, em 15/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.

Foto 02 – Levantamento dos níveis de pontos críticos da vala de drenagem


antes de iniciar a execução da fossa filtro, em15/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.


Foto 03 – Levantamento dos níveis da fossa filtro durante execução, em
15/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.

Foto 04 – Levantamento dos níveis e posicionamento da fossa filtro durante a


execução, em 15/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.


Foto 05 – Levantamento dos níveis e posicionamento da fossa filtro durante a
execução por outro ângulo, em 15/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.

Foto 06 – Locação de pontos da rede de esgotamento sanitário com a


implantação de estacas de apoio, em 29/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.


Foto 07 – Vista em detalhe das estacas implantadas com o código referente
ao elemento a ser executado no local, em 29/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.

Foto 08 – Vista em detalhe da referida estaca anterior por outro ângulo com a
descrição da cota superficial daquele ponto, em 29/06/2019.

Fonte: O autor, 2019.

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