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14/05/2020

Covid-19 e
Direitos do Consumidores (cont.)

Sandra Passinhas

Crédito aos consumidores

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Crédito aos
consumidores

Crédito ao consumo Crédito hipotecário


Decreto-Lei n.º 133/2009
(com actualizações) Decreto-Lei 74-A/2017

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Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de Junho

Artigo 4.º, alínea c):

Contrato de crédito: o contrato pelo qual um credor concede ou

promete conceder a um consumidor um crédito sob a forma de

diferimento de pagamento, mútuo, utilização de cartão de crédito, ou

qualquer outro acordo de financiamento semelhante.

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Artigo 4.º´:

a) «Consumidor» a pessoa singular que, nos negócios jurídicos abrangidos pelo presente

decreto-lei, atua com objetivos alheios à sua atividade comercial ou profissional;

b) «Credor» a pessoa, singular ou coletiva, que concede ou que promete conceder um

crédito no exercício da sua atividade comercial ou profissional.

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Não cumprimento do contrato pelo consumidor

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Artigo 20.º
1. Em caso de incumprimento do contrato de crédito pelo consumidor, o credor só pode invocar a perda do benefício do prazo ou a

resolução do contrato se, cumulativamente, ocorrerem as circunstâncias seguintes:

a) A falta de pagamento de duas prestações sucessivas que exceda 10/prct. do montante total do crédito;

b) Ter o credor, sem sucesso, concedido ao consumidor um prazo suplementar mínimo de 15 dias para proceder ao pagamento das

prestações em atraso, acrescidas da eventual indemnização devida, com a expressa advertência dos efeitos da perda do benefício do

prazo ou da resolução do contrato.

2. A resolução do contrato de crédito pelo credor não obsta a que este possa exigir o pagamento de eventual sanção contratual ou a

indemnização, nos termos gerais.

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Artigo 26.º - Carácter imperativo

1 - O consumidor não pode renunciar aos direitos que lhe são conferidos por força
das disposições do presente decreto-lei, sendo nula qualquer convenção que os
exclua ou restrinja.
2 - O consumidor pode optar pela redução do contrato quando algumas das suas
cláusulas for nula nos termos do número anterior.

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ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado

Moratória privada:

https://www.asfac.pt/comunicado/12/moratoria_privada_da_asfac

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Crédito imobiliário

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A Diretiva 2014/17/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de fevereiro de


2014, relativa aos contratos de crédito aos consumidores para imóveis de habitação

 Comercialização dos contratos - Atividades de intermediação de


de crédito com garantia crédito
hipotecária ou equivalente e de prestação de serviços de
consultoria

 DL 74-A/2017, de 23 de Junho
 DL 81-C/2017, de 7 de Julho

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Diplomas revogados
a) Os artigos 5.º, 6.º, 7.º-A, 7.º-B, 18.º a 22.º, 23.º-B, 24.º, 28.º-A e 30.º-A do Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de novembro;

b) O Decreto-Lei n.º 240/2006, de 22 de dezembro (arredondamento da taxa de juro);

c) O Decreto-Lei n.º 51/2007, de 7 de março (sobre as práticas comerciais das instituições de crédito);

d) O Decreto-Lei n.º 171/2008, de 26 de agosto (medidas de tutela do mutuário no crédito à habitação respeitantes à renegociação das
condições dos empréstimos e à respetiva mobilidade);

e) O Decreto-Lei n.º 192/2009, de 17 de agosto (estende o regime das práticas comerciais das instituições de crédito a outros contratos de
crédito garantidos pelo mesmo imóvel);

f) O Decreto-Lei n.º 226/2012, de 18 de outubro (estende o regime das práticas comerciais das instituições de crédito aos demais
contratos de crédito garantidos por hipoteca, ou por outro direito sobre imóvel, e celebrados com clientes bancários particulares).

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Âmbito de aplicação
Artigo 2.º: Contratos de crédito celebrados com consumidores

a) Contratos de crédito para a aquisição ou construção de habitação própria permanente, secundária ou para
arrendamento;

b) Contratos de crédito para aquisição ou manutenção de direitos de propriedade sobre terrenos ou edifícios já
existentes ou projetados;

c) Contratos de crédito que, independentemente da finalidade, estejam garantidos por hipoteca ou por outra
garantia equivalente habitualmente utilizada sobre imóveis, ou garantidos por um direito relativo a imóveis.

2 - O presente decreto-lei aplica-se também aos contratos de locação financeira de bens imóveis para
habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, com exceção do disposto no n.º 3 do artigo
14.º, na alínea a) do n.º 2 e nos n.os 6 e 7 do artigo 25.º e no artigo 28.º.

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Renegociação do contrato de crédito (artigo 25.º)

1 - Aos mutuantes está vedada a cobrança de qualquer comissão pela análise da renegociação das condições do crédito, nomeadamente do spread

ou do prazo de duração do contrato de crédito.

2 - Os mutuantes não podem agravar os encargos com o crédito cuja finalidade seja financiar a aquisição, realização de obras ou manutenção de

direitos de propriedade sobre habitação própria permanente, nomeadamente aumentando os spreads estipulados, em caso de renegociação

motivada por qualquer uma das seguintes situações: a) Celebração entre o consumidor e um terceiro de um contrato de arrendamento habitacional

da totalidade ou parte do imóvel ; b) Ocorrência superveniente de divórcio, separação judicial de pessoas e bens, dissolução da união de facto ou

falecimento de um dos cônjuges, quando o empréstimo fique titulado por um consumidor que comprove que o respetivo agregado familiar tem

rendimentos que proporcionam uma taxa de esforço inferior a 55 %, ou, no caso de agregados familiares com dois ou mais dependentes, inferior a

60 %.

(…)

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Designação

Artigo 783.º, n.º 1, do CC Artigo 26.º


1. Se o devedor, por diversas dívidas da mesma espécie ao  1 - O consumidor pode designar a prestação correspondente
mesmo credor, efectuar uma prestação que não chegue para as ao crédito, para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 783.º
extinguir a todas, fica à sua escolha designar as dívidas a que o do Código Civil.
cumprimento se refere. 2 - O mutuante deve informar o consumidor, em linguagem
2. O devedor, porém, não pode designar contra a vontade do simples e clara, das regras de imputação aplicáveis na falta da
credor uma dívida que ainda não esteja vencida, se o prazo tiver designação prevista no número anterior.
sido estabelecido em benefício do credor; e também não lhe é 3 - Após prestar o esclarecimento previsto no número
lícito designar contra a vontade do credor uma dívida de anterior, o mutuante interpela o consumidor para fazer a
montante superior ao da prestação efectuada, desde que o designação prevista no n.º 1.
credor tenha o direito de recusar a prestação parcial.

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Incumprimento do contrato de crédito – artigo 27.º


1 - Em caso de incumprimento do contrato de crédito pelo consumidor, o mutuante só pode invocar
a perda do benefício do prazo ou a resolução do contrato se cumulativamente ocorrerem as
circunstâncias seguintes:

a) A falta de pagamento de três prestações sucessivas;

b) A concessão, pelo mutuante, de um prazo suplementar mínimo de 30 dias para que o


consumidor proceda ao pagamento das prestações em atraso, com a expressa advertência dos
efeitos da perda do benefício do prazo ou da resolução do contrato, sem que este o faça.

2 - O incumprimento parcial da prestação não é considerado para os efeitos previstos no número


anterior, desde que o consumidor proceda ao pagamento do montante em falta e dos juros de mora
eventualmente devidos até ao momento da prestação seguinte.
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Retoma do contrato de crédito – artigo 28.º

1 - O consumidor tem direito à retoma do contrato no prazo para a oposição à execução relativa a créditos à
habitação abrangidos pelo presente decreto-lei ou até à venda executiva do imóvel sobre o qual incide a
hipoteca, caso não tenha havido lugar a reclamação de créditos por outros credores, e desde que se verifique o
pagamento das prestações vencidas e não pagas, bem como os juros de mora e as despesas em que o
mutuante tenha incorrido, quando documentalmente justificadas.

2 - Caso o consumidor exerça o direito à retoma do contrato, considera-se sem efeito a sua resolução,
mantendo-se o contrato de crédito em vigor nos exatos termos e condições iniciais, com eventuais alterações,
não se verificando qualquer novação do contrato ou das garantias que asseguram o seu cumprimento.

3 - O mutuante apenas está obrigado a aceitar a retoma do contrato duas vezes durante a respetiva vigência.

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Decreto-Lei n.º 227/2012, de 25 de Outubro

Estabelece os princípios e as regras a observar pelas Instituições de


Crédito no acompanhamento e gestão de situações de risco de
incumprimento e na regularização extrajudicial das situações de
incumprimento das obrigações de reembolso do capital ou de
pagamento de juros remuneratórios por parte dos clientes bancários
relativamente aos contratos de crédito.

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Gestão do
incumprimento

PARI PERSI
(Procedimento Extrajudicial
(Plano de acção para o risco
de Regularização de
de incumprimento)
Situações de Incumprimento)
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Garantias do cliente bancário – artigo 18.º


1 - No período compreendido entre a data de integração do cliente bancário no PERSI e a extinção deste procedimento, a instituição de crédito está impedida de:
a) Resolver o contrato de crédito com fundamento em incumprimento;
b) Intentar ações judiciais tendo em vista a satisfação do seu crédito;
c) Ceder a terceiro uma parte ou a totalidade do crédito; ou
d) Transmitir a terceiro a sua posição contratual.
2 - Sem prejuízo do disposto nas alíneas b), c) e d) do número anterior, a instituição de crédito pode:
a) Fazer uso de procedimentos cautelares adequados a assegurar a efetividade do seu direito de crédito;
b) Ceder créditos para efeitos de titularização; ou
c) Ceder créditos ou transmitir a sua posição contratual a outra instituição de crédito.
3 - Caso a instituição de crédito ceda o crédito ou transmita a sua posição contratual nos termos previstos na alínea c) do número anterior, a instituição de crédito cessionária está
obrigada a prosseguir com o PERSI, retomando este procedimento na fase em que o mesmo se encontrava à data da cessão do crédito ou da transmissão da posição contratual.
4 - Antes de decorrido o prazo de 15 dias a contar da comunicação da extinção do PERSI, a instituição de crédito está impedida de praticar os atos previstos nos números
anteriores, no caso de contratos previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, e em que a extinção do referido procedimento tenha por fundamento a alínea c) do n.º 1 ou as
alíneas c), f) e g) do n.º 2 todas do artigo anterior.

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Se o PERSI não terminar com um acordo entre as partes, o cliente


bancário pode ainda solicitar a intervenção do Mediador do Crédito
(Decreto-Lei nº 144/2009, de 17 de junho)

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Covid-19

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Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março


Medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica
provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19.

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Artigo 8.º - Regime extraordinário e transitório de proteção dos arrendatários

Até à cessação das medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da infeção


epidemiológica por SARS-CoV-2 e da doença COVID-19, conforme determinada pela
autoridade nacional de saúde pública, fica suspensa:

a) A produção de efeitos das denúncias de contratos de arrendamento habitacional e não


habitacional efetuadas pelo senhorio;

b) A execução de hipoteca sobre imóvel que constitua habitação própria e permanente do


executado. (actual alínea e))

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Decreto-Lei n.º 10-J/2020, de 26 de Março


Estabelece medidas excecionais de proteção dos créditos das famílias, empresas,
instituições particulares de solidariedade social e demais entidades da economia
social, bem como um regime especial de garantias pessoais do Estado, no âmbito
da pandemia da doença COVID-19

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Artigo 2.º - Entidades Beneficiárias


 2 - Beneficiam igualmente das medidas previstas no presente decreto-lei:

 a) As pessoas singulares, relativamente a crédito para habitação própria permanente que, à data de publicação do presente
decreto-lei, preencham as condições referidas nas alíneas c) e d) do número anterior, tenham residência em Portugal e estejam em
situação de isolamento profilático ou de doença ou prestem assistência a filhos ou netos, conforme estabelecido no Decreto-Lei
n.º 10-A/2020, de 13 de março, na sua redação atual, ou que tenham sido colocados em redução do período normal de trabalho
ou em suspensão do contrato de trabalho, em virtude de crise empresarial, em situação de desemprego registado no Instituto do
Emprego e Formação Profissional, I. P., bem como os trabalhadores elegíveis para o apoio extraordinário à redução da atividade
económica de trabalhador independente, nos termos do artigo 26.º do referido decreto-lei, e os trabalhadores de entidades cujo
estabelecimento ou atividade tenha sido objeto de encerramento determinado durante o período de estado de emergência, nos
termos do artigo 7.º do Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março;

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Artigo 1.º

c) Não estejam, a 18 de março de 2020, em mora ou incumprimento de prestações pecuniárias há mais de 90 dias junto das
instituições, ou estando não cumpram o critério de materialidade previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2019 e no
Regulamento (UE) 2018/1845 do Banco Central Europeu, de 21 de novembro de 2018, e não se encontrem em situação de
insolvência, ou suspensão ou cessão de pagamentos, ou naquela data estejam já em execução por qualquer uma das instituições;

d) Tenham a situação regularizada junto da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social, na aceção, respetivamente, do
Código de Procedimento e de Processo Tributário e do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança
Social, não relevando até ao dia 30 de abril de 2020, para este efeito, as dívidas constituídas no mês de março de 2020.

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Artigo 13.º-A Norma interpretativa

2 - O disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º deve ser interpretado


no sentido de abranger também os regimes de crédito bonificado para
habitação própria permanente.

Aditado pelo/a Artigo 2.º do/a Lei n.º 8/2020 - Diário da República n.º 71-A/2020, Série I de 2020-04-10, em vigor a partir de
2020-04-11

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Artigo 4.º - Moratória


1 - As entidades beneficiárias do presente decreto-lei beneficiam das seguintes medidas de apoio relativamente às suas exposições
creditícias contratadas junto das instituições:
a) Proibição de revogação, total ou parcial, de linhas de crédito contratadas e empréstimos concedidos, nos montantes contratados à
data de entrada em vigor do presente decreto-lei, durante o período em que vigorar a presente medida;
b) Prorrogação, por um período igual ao prazo de vigência da presente medida, de todos os créditos com pagamento de capital no
final do contrato, vigentes à data de entrada em vigor do presente decreto-lei, juntamente, nos mesmos termos, com todos os seus
elementos associados, incluindo juros, garantias, designadamente prestadas através de seguro ou em títulos de crédito;
c) Suspensão, relativamente a créditos com reembolso parcelar de capital ou com vencimento parcelar de outras prestações
pecuniárias, durante o período em que vigorar a presente medida, do pagamento do capital, das rendas e dos juros com vencimento
previsto até ao término desse período, sendo o plano contratual de pagamento das parcelas de capital, rendas, juros, comissões e
outros encargos estendido automaticamente por um período idêntico ao da suspensão, de forma a garantir que não haja outros
encargos para além dos que possam decorrer da variabilidade da taxa de juro de referência subjacente ao contrato, sendo igualmente
prolongados todos os elementos associados aos contratos abrangidos pela medida, incluindo garantias.
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2 - As entidades beneficiárias das medidas previstas nas alíneas b) e c) do número anterior podem, em
qualquer momento, solicitar que apenas os reembolsos de capital, ou parte deste, sejam suspensos.
3 - A extensão do prazo de pagamento de capital, rendas, juros, comissões e demais encargos referidos nas
alíneas b) e c) do n.º 1 não dá origem a qualquer:
a) Incumprimento contratual;
b) Ativação de cláusulas de vencimento antecipado;
c) Suspensão do vencimento de juros devidos durante o período da prorrogação, que serão capitalizados no
valor do empréstimo com referência ao momento em que são devidos à taxa do contrato em vigor; e
d) Ineficácia ou cessação das garantias concedidas pelas entidades beneficiárias das medidas ou por terceiros,
designadamente a eficácia e vigência dos seguros, das fianças e/ou dos avales.

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6 - A prorrogação das garantias, designadamente de seguros, de fianças e/ou


de avales referidos nos números anteriores não carece de qualquer outra
formalidade, parecer, autorização ou ato prévio de qualquer outra entidade
previstos noutro diploma legal e são plenamente eficazes e oponíveis a
terceiros, devendo o respetivo registo, quando necessário, ser promovido
pelas instituições, com base no disposto no presente decreto-lei, sem
necessidade de apresentação de qualquer outro documento e com dispensa
de trato sucessivo.

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Artigo 5.º - Acesso à moratória


1 - Para acederem às medidas previstas no artigo anterior, as entidades beneficiárias remetem, por meio físico ou por meio eletrónico, à
instituição mutuante uma declaração de adesão à aplicação da moratória, no caso das pessoas singulares e dos empresários em nome
individual, assinada pelo mutuário e, no caso das empresas e das instituições particulares de solidariedade social, bem como das associações
sem fins lucrativos e demais entidades da economia social, assinada pelos seus representantes legais.
2 - A declaração é acompanhada da documentação comprovativa da regularidade da respetiva situação tributária e contributiva, nos termos da
alínea d) do n.º 1 do artigo 2.º
3 - As instituições aplicam as medidas de proteção previstas no artigo anterior no prazo máximo de cinco dias úteis após a receção da
declaração e dos documentos referidos nos números anteriores, com efeitos à data da entrega da declaração, salvo se a entidade beneficiária
não preencher as condições estabelecidas no artigo 2.º
4 - Caso verifiquem que a entidade beneficiária não preenche as condições estabelecidas no artigo 2.º para poder beneficiar das medidas
previstas no artigo anterior, as instituições mutuantes devem informá-lo desse facto no prazo máximo de três dias úteis, mediante o envio de
comunicação através do mesmo meio que foi utilizado pela entidade beneficiária para remeter a declaração a que se refere o n.º 1 do presente
artigo.

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Artigo 6.º-A - Dever de prestação de informação

(Entrada em vigor: 2020-04-11)

1 - As instituições têm o dever de divulgar e publicitar as medidas previstas no presente decreto-lei nas suas páginas de Internet e através dos contactos

habituais com os seus clientes.

2 - As instituições ficam ainda obrigadas a dar conhecimento integral de todas as medidas previstas no presente decreto-lei previamente à formalização

de qualquer contrato de crédito sempre que o cliente seja uma entidade beneficiária.

3 - O Banco de Portugal regulamenta os moldes em que a prestação de informação prevista nos números anteriores deve ser efetivada. (Aviso do BP

2/2020, de 7 de maio).

(…).

Aditado pelo Artigo 2.º da Lei n.º 8/2020, de 10 de Abril, em vigor a partir de 2020-04-11

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Artigo 7.º - Acesso indevido a medidas de proteção


Aditado pelo Artigo 2.º da Lei n.º 8/2020, de 10 de Abril, em vigor a partir de 2020-04-11

As entidades beneficiárias que acederem às medidas de apoio previstas não


preenchendo os pressupostos para o efeito, bem como as pessoas que
subscreverem a documentação requerida para esses efeitos, são responsáveis
pelos danos que venham a ocorrer pelas falsas declarações, bem como pelos custos
incorridos com a aplicação das referidas medidas excecionais, sem prejuízo de
outro tipo de responsabilidade gerada pela conduta, nomeadamente criminal.

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Em caso de conflito….

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Artigo 14.º - Lei de Defesa do Consumidor

2 - Os conflitos de consumo de reduzido valor económico estão sujeitos a arbitragem necessária ou


mediação quando, por opção expressa dos consumidores, sejam submetidos à apreciação de
tribunal arbitral adstrito aos centros de arbitragem de conflitos de consumo legalmente
autorizados.
3 - Consideram-se conflitos de consumo de reduzido valor económico aqueles cujo valor não exceda
a alçada dos tribunais de 1.ª instância.
4 - Nos conflitos de consumo a que se referem os n.os 2 e 3 deve o consumidor ser notificado, no
início do processo, de que pode fazer-se representar por advogado ou solicitador, sendo que, caso
não tenha meios económicos para tal, pode solicitar apoio judiciário, nos termos da lei que regula o
acesso ao direito e aos tribunais.

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Protecção do arrendatário

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Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março


Medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica
provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19.

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Artigo 8.º - Regime extraordinário e transitório de proteção dos


arrendatários

Até à cessação das medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da


infeção epidemiológica por SARS-CoV-2 e da doença COVID-19, conforme
determinada pela autoridade nacional de saúde pública, fica suspensa:

a) A produção de efeitos das denúncias de contratos de arrendamento habitacional


e não habitacional efetuadas pelo senhorio;
b) A execução de hipoteca sobre imóvel que constitua habitação própria e
permanente do executado.

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Lei n.º 4-A/2020, de 6 de abril


Procede à primeira alteração à Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março, que aprova medidas
excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pelo
coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19, e à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º
10-A/2020, de 13 de março, que estabelece medidas excecionais e temporárias relativas à
situação epidemiológica do novo Coronavírus - COVID 19

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Artigo 8.º - Regime extraordinário e transitório de proteção dos arrendatários

Durante a vigência das medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da infeção epidemiológica por SARS-CoV-2 e da
doença COVID-19, conforme determinada pela autoridade de saúde pública e até 60 dias após a cessação de tais medidas nos termos
do n.º 2 do artigo 7.º da presente lei, ficam suspensos:
a) A produção de efeitos das denúncias de contratos de arrendamento habitacional e não habitacional efetuadas pelo senhorio;
b) A caducidade dos contratos de arrendamento habitacionais e não habitacionais, salvo se o arrendatário não se opuser à cessação;
c) A produção de efeitos da revogação, da oposição à renovação de contratos de arrendamento habitacional e não habitacional
efetuadas pelo senhorio;
d) O prazo indicado no artigo 1053.º do Código Civil, se o término desse prazo ocorrer durante o período de tempo em que vigorarem
as referidas medidas;
e) A execução de hipoteca sobre imóvel que constitua habitação própria e permanente do executado.

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Lei n.º 4-C/2020, de 6 de Abril


Regime excecional para as situações de mora no pagamento da renda devida nos
termos de contratos de arrendamento urbano habitacional e não habitacional, no
âmbito da pandemia COVID-19

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Artigo 1.º - Objeto

1 - A presente lei estabelece um regime excecional para as situações de


mora no pagamento da renda devida nos termos de contratos de
arrendamento urbano habitacional e não habitacional, atendendo à
situação epidemiológica provocada pela doença COVID-19.
2 - O disposto na presente lei é ainda aplicável, com as necessárias
adaptações, a outras formas contratuais de exploração de imóveis.

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CAPÍTULO II - Arrendamento habitacional


Artigo 3.º - Quebra de rendimentos dos arrendatários e senhorios habitacionais

1 - No caso de arrendamentos habitacionais, a presente lei é aplicável quando se verifique:


a) Uma quebra superior a 20 % dos rendimentos do agregado familiar do arrendatário face
aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do ano anterior; e
b) A taxa de esforço do agregado familiar do arrendatário, calculada como percentagem
dos rendimentos de todos os membros daquele agregado destinada ao pagamento da
renda, seja ou se torne superior a 35 %; ou
c) Uma quebra superior a 20 % dos rendimentos do agregado familiar do senhorio face aos
rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do ano anterior; e
d) Essa percentagem da quebra de rendimentos seja provocada pelo não pagamento de
rendas pelos arrendatários ao abrigo do disposto na presente lei.
2 - A demonstração da quebra de rendimentos é efetuada nos termos de portaria a aprovar
pelo membro do Governo responsável pela área da habitação.

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Artigo 4.º - Mora do arrendatário habitacional

Nas situações previstas no artigo anterior, o senhorio só tem direito à


resolução do contrato de arrendamento, por falta de pagamento das
rendas vencidas nos meses em que vigore o estado de emergência e no
primeiro mês subsequente, se o arrendatário não efetuar o seu
pagamento, no prazo de 12 meses contados do termo desse período,
em prestações mensais não inferiores a um duodécimo do montante
total, pagas juntamente com a renda de cada mês.
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Artigo 5.º - Apoio financeiro

1 - Os arrendatários habitacionais, bem como, no caso dos estudantes que não aufiram rendimentos do trabalho, os respetivos
fiadores, que tenham, comprovadamente a quebra referida no artigo 3.º, e se vejam incapacitados de pagar a renda das habitações
que constituem a sua residência permanente ou, no caso de estudantes, que constituem residência por frequência de
estabelecimentos de ensino localizado a uma distância superior a 50 km da residência permanente do agregado familiar, podem
solicitar ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P. (IHRU, I. P.), a concessão de um empréstimo sem juros para suportar
a diferença entre o valor da renda mensal devida e o valor resultante da aplicação ao rendimento do agregado familiar de uma taxa
de esforço máxima de 35 %, de forma a permitir o pagamento da renda devida, não podendo o rendimento disponível restante do
agregado ser inferior ao indexante dos apoios sociais (IAS).

2 - O disposto no número anterior não é aplicável aos arrendatários habitacionais, cuja quebra de rendimentos determine a redução
do valor das rendas por eles devidas, nos termos estabelecidos em regimes especiais de arrendamento ou de renda, como o
arrendamento apoiado, a renda apoiada e a renda social.

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3 - Os senhorios habitacionais que tenham, comprovadamente, a quebra de rendimentos referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º, cujos arrendatários
não recorram a empréstimo do IHRU, I. P., nos termos dos números anteriores, podem solicitar ao IHRU, I. P., a concessão de um empréstimo sem juros
para compensar o valor da renda mensal, devida e não paga, sempre que o rendimento disponível restante do agregado desça, por tal razão, abaixo do
IAS.

4 - Os empréstimos a que se referem os n.os 1 e 3 são concedidos pelo IHRU, I. P., ao abrigo das suas atribuições, em particular da competência prevista
na alínea k) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 175/2012, de 2 de agosto, na sua redação atual, e têm, como primeiras fontes de financiamento, as
verbas inscritas no seu orçamento para 2020 provenientes da consignação de receita de impostos sobre o rendimento e, se necessário, das verbas a
transferir para o IHRU, I. P., pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças no âmbito de políticas de promoção de habitação, financiadas por receitas de
impostos inscritas no capítulo 60, ambas nos termos previstos no Orçamento do Estado para 2020, aprovado pela Lei n.º 2/2020, de 31 de março, bem
como nos saldos transitados do Programa SOLARH, criado pelo Decreto-Lei n.º 39/2001, de 9 de fevereiro, na sua redação atual.

5 - O regulamento a ser elaborado pelo IHRU, I. P., com as condições de concessão dos empréstimos referidos nos números anteriores, atendendo à
urgência e ao seu especial fim, produz todos os seus efeitos a contar da data da sua divulgação no Portal da Habitação, na sequência de aprovação pelo
conselho diretivo do IHRU, I. P., sujeita a homologação do membro do Governo responsável pela área da habitação.

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Artigo 6.º - Deveres de informação

1 - Os arrendatários que se vejam impossibilitados do pagamento da renda têm o


dever de informar o senhorio, por escrito, até cinco dias antes do vencimento da
primeira renda em que pretendem beneficiar do regime previsto no presente
capítulo, juntando a documentação comprovativa da situação, nos termos da
portaria a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º.

2 - O disposto no número anterior não se aplica às rendas que se vençam na data


prevista no artigo 14.º, podendo em tal caso a notificação ser feita até 20 dias após
a data de entrada em vigor da presente lei.

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CAPÍTULO IV - Entidades públicas


Artigo 11.º - Suspensão, redução ou isenção de renda devidas a entidades públicas

1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores, as entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra forma
contratual podem, durante o período de vigência da presente lei, reduzir as rendas aos arrendatários que tenham,
comprovadamente, uma quebra de rendimentos superior a 20 % face aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do
ano anterior, quando da mesma resulte uma taxa de esforço superior a 35 % relativamente à renda.

2 - O disposto no número anterior não se aplica àqueles que sejam beneficiários de regimes especiais de arrendamento habitacional
ou de renda, como o arrendamento apoiado, a renda apoiada e a renda social.

3 - As entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra forma contratual podem isentar do pagamento de renda os
seus arrendatários que comprovem ter deixado de auferir quaisquer rendimentos após 1 de março de 2020.

4 - As entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra forma contratual podem estabelecer moratórias aos seus
arrendatários.

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Artigo 12.º - Indemnização

1 - A indemnização prevista no n.º 1 do artigo 1041.º do Código Civil, por


atraso no pagamento de rendas que se vençam nos meses em que vigore o
estado de emergência e no primeiro mês subsequente, não é exigível sempre
que se verifique o disposto nos artigos 4.º e 7.º da presente lei.

2 - O disposto no n.º 3 do artigo 1041.º do Código Civil não é aplicável


durante o período de aplicação da presente lei.

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Artigo 14.º - Aplicação da lei no tempo


Artigo 13.º - Vencimento imediato

A cessação do contrato por


A presente lei é aplicável às iniciativa do arrendatário torna
exigível, a partir da data da
rendas que se vençam a partir do cessação, o pagamento imediato
das rendas vencidas e não pagas,
dia 1 de abril de 2020.
nos termos da presente lei.

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Terceira alteração à Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março, que aprova medidas excecionais e temporárias
de resposta à situação epidemiológica provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19

O artigo 8.º da Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março, passa a ter a seguinte


redação:
«Artigo 8.º [...]
 Ficam suspensos até 30 de setembro de 2020:
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...»

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Obrigada pela Vossa atenção.

sandrap@fd.uc.pt
www.sandrapassinhas.com

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