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Covid-19 e
Direitos do Consumidores (cont.)
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Crédito aos
consumidores
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Artigo 4.º´:
a) «Consumidor» a pessoa singular que, nos negócios jurídicos abrangidos pelo presente
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Artigo 20.º
1. Em caso de incumprimento do contrato de crédito pelo consumidor, o credor só pode invocar a perda do benefício do prazo ou a
a) A falta de pagamento de duas prestações sucessivas que exceda 10/prct. do montante total do crédito;
b) Ter o credor, sem sucesso, concedido ao consumidor um prazo suplementar mínimo de 15 dias para proceder ao pagamento das
prestações em atraso, acrescidas da eventual indemnização devida, com a expressa advertência dos efeitos da perda do benefício do
2. A resolução do contrato de crédito pelo credor não obsta a que este possa exigir o pagamento de eventual sanção contratual ou a
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1 - O consumidor não pode renunciar aos direitos que lhe são conferidos por força
das disposições do presente decreto-lei, sendo nula qualquer convenção que os
exclua ou restrinja.
2 - O consumidor pode optar pela redução do contrato quando algumas das suas
cláusulas for nula nos termos do número anterior.
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Moratória privada:
https://www.asfac.pt/comunicado/12/moratoria_privada_da_asfac
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Crédito imobiliário
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DL 74-A/2017, de 23 de Junho
DL 81-C/2017, de 7 de Julho
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Diplomas revogados
a) Os artigos 5.º, 6.º, 7.º-A, 7.º-B, 18.º a 22.º, 23.º-B, 24.º, 28.º-A e 30.º-A do Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de novembro;
c) O Decreto-Lei n.º 51/2007, de 7 de março (sobre as práticas comerciais das instituições de crédito);
d) O Decreto-Lei n.º 171/2008, de 26 de agosto (medidas de tutela do mutuário no crédito à habitação respeitantes à renegociação das
condições dos empréstimos e à respetiva mobilidade);
e) O Decreto-Lei n.º 192/2009, de 17 de agosto (estende o regime das práticas comerciais das instituições de crédito a outros contratos de
crédito garantidos pelo mesmo imóvel);
f) O Decreto-Lei n.º 226/2012, de 18 de outubro (estende o regime das práticas comerciais das instituições de crédito aos demais
contratos de crédito garantidos por hipoteca, ou por outro direito sobre imóvel, e celebrados com clientes bancários particulares).
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Âmbito de aplicação
Artigo 2.º: Contratos de crédito celebrados com consumidores
a) Contratos de crédito para a aquisição ou construção de habitação própria permanente, secundária ou para
arrendamento;
b) Contratos de crédito para aquisição ou manutenção de direitos de propriedade sobre terrenos ou edifícios já
existentes ou projetados;
c) Contratos de crédito que, independentemente da finalidade, estejam garantidos por hipoteca ou por outra
garantia equivalente habitualmente utilizada sobre imóveis, ou garantidos por um direito relativo a imóveis.
2 - O presente decreto-lei aplica-se também aos contratos de locação financeira de bens imóveis para
habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, com exceção do disposto no n.º 3 do artigo
14.º, na alínea a) do n.º 2 e nos n.os 6 e 7 do artigo 25.º e no artigo 28.º.
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1 - Aos mutuantes está vedada a cobrança de qualquer comissão pela análise da renegociação das condições do crédito, nomeadamente do spread
2 - Os mutuantes não podem agravar os encargos com o crédito cuja finalidade seja financiar a aquisição, realização de obras ou manutenção de
direitos de propriedade sobre habitação própria permanente, nomeadamente aumentando os spreads estipulados, em caso de renegociação
motivada por qualquer uma das seguintes situações: a) Celebração entre o consumidor e um terceiro de um contrato de arrendamento habitacional
da totalidade ou parte do imóvel ; b) Ocorrência superveniente de divórcio, separação judicial de pessoas e bens, dissolução da união de facto ou
falecimento de um dos cônjuges, quando o empréstimo fique titulado por um consumidor que comprove que o respetivo agregado familiar tem
rendimentos que proporcionam uma taxa de esforço inferior a 55 %, ou, no caso de agregados familiares com dois ou mais dependentes, inferior a
60 %.
(…)
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Designação
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1 - O consumidor tem direito à retoma do contrato no prazo para a oposição à execução relativa a créditos à
habitação abrangidos pelo presente decreto-lei ou até à venda executiva do imóvel sobre o qual incide a
hipoteca, caso não tenha havido lugar a reclamação de créditos por outros credores, e desde que se verifique o
pagamento das prestações vencidas e não pagas, bem como os juros de mora e as despesas em que o
mutuante tenha incorrido, quando documentalmente justificadas.
2 - Caso o consumidor exerça o direito à retoma do contrato, considera-se sem efeito a sua resolução,
mantendo-se o contrato de crédito em vigor nos exatos termos e condições iniciais, com eventuais alterações,
não se verificando qualquer novação do contrato ou das garantias que asseguram o seu cumprimento.
3 - O mutuante apenas está obrigado a aceitar a retoma do contrato duas vezes durante a respetiva vigência.
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Gestão do
incumprimento
PARI PERSI
(Procedimento Extrajudicial
(Plano de acção para o risco
de Regularização de
de incumprimento)
Situações de Incumprimento)
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Covid-19
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a) As pessoas singulares, relativamente a crédito para habitação própria permanente que, à data de publicação do presente
decreto-lei, preencham as condições referidas nas alíneas c) e d) do número anterior, tenham residência em Portugal e estejam em
situação de isolamento profilático ou de doença ou prestem assistência a filhos ou netos, conforme estabelecido no Decreto-Lei
n.º 10-A/2020, de 13 de março, na sua redação atual, ou que tenham sido colocados em redução do período normal de trabalho
ou em suspensão do contrato de trabalho, em virtude de crise empresarial, em situação de desemprego registado no Instituto do
Emprego e Formação Profissional, I. P., bem como os trabalhadores elegíveis para o apoio extraordinário à redução da atividade
económica de trabalhador independente, nos termos do artigo 26.º do referido decreto-lei, e os trabalhadores de entidades cujo
estabelecimento ou atividade tenha sido objeto de encerramento determinado durante o período de estado de emergência, nos
termos do artigo 7.º do Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março;
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Artigo 1.º
c) Não estejam, a 18 de março de 2020, em mora ou incumprimento de prestações pecuniárias há mais de 90 dias junto das
instituições, ou estando não cumpram o critério de materialidade previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2019 e no
Regulamento (UE) 2018/1845 do Banco Central Europeu, de 21 de novembro de 2018, e não se encontrem em situação de
insolvência, ou suspensão ou cessão de pagamentos, ou naquela data estejam já em execução por qualquer uma das instituições;
d) Tenham a situação regularizada junto da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social, na aceção, respetivamente, do
Código de Procedimento e de Processo Tributário e do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança
Social, não relevando até ao dia 30 de abril de 2020, para este efeito, as dívidas constituídas no mês de março de 2020.
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Aditado pelo/a Artigo 2.º do/a Lei n.º 8/2020 - Diário da República n.º 71-A/2020, Série I de 2020-04-10, em vigor a partir de
2020-04-11
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2 - As entidades beneficiárias das medidas previstas nas alíneas b) e c) do número anterior podem, em
qualquer momento, solicitar que apenas os reembolsos de capital, ou parte deste, sejam suspensos.
3 - A extensão do prazo de pagamento de capital, rendas, juros, comissões e demais encargos referidos nas
alíneas b) e c) do n.º 1 não dá origem a qualquer:
a) Incumprimento contratual;
b) Ativação de cláusulas de vencimento antecipado;
c) Suspensão do vencimento de juros devidos durante o período da prorrogação, que serão capitalizados no
valor do empréstimo com referência ao momento em que são devidos à taxa do contrato em vigor; e
d) Ineficácia ou cessação das garantias concedidas pelas entidades beneficiárias das medidas ou por terceiros,
designadamente a eficácia e vigência dos seguros, das fianças e/ou dos avales.
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1 - As instituições têm o dever de divulgar e publicitar as medidas previstas no presente decreto-lei nas suas páginas de Internet e através dos contactos
2 - As instituições ficam ainda obrigadas a dar conhecimento integral de todas as medidas previstas no presente decreto-lei previamente à formalização
de qualquer contrato de crédito sempre que o cliente seja uma entidade beneficiária.
3 - O Banco de Portugal regulamenta os moldes em que a prestação de informação prevista nos números anteriores deve ser efetivada. (Aviso do BP
2/2020, de 7 de maio).
(…).
Aditado pelo Artigo 2.º da Lei n.º 8/2020, de 10 de Abril, em vigor a partir de 2020-04-11
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Em caso de conflito….
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Protecção do arrendatário
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Durante a vigência das medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da infeção epidemiológica por SARS-CoV-2 e da
doença COVID-19, conforme determinada pela autoridade de saúde pública e até 60 dias após a cessação de tais medidas nos termos
do n.º 2 do artigo 7.º da presente lei, ficam suspensos:
a) A produção de efeitos das denúncias de contratos de arrendamento habitacional e não habitacional efetuadas pelo senhorio;
b) A caducidade dos contratos de arrendamento habitacionais e não habitacionais, salvo se o arrendatário não se opuser à cessação;
c) A produção de efeitos da revogação, da oposição à renovação de contratos de arrendamento habitacional e não habitacional
efetuadas pelo senhorio;
d) O prazo indicado no artigo 1053.º do Código Civil, se o término desse prazo ocorrer durante o período de tempo em que vigorarem
as referidas medidas;
e) A execução de hipoteca sobre imóvel que constitua habitação própria e permanente do executado.
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1 - Os arrendatários habitacionais, bem como, no caso dos estudantes que não aufiram rendimentos do trabalho, os respetivos
fiadores, que tenham, comprovadamente a quebra referida no artigo 3.º, e se vejam incapacitados de pagar a renda das habitações
que constituem a sua residência permanente ou, no caso de estudantes, que constituem residência por frequência de
estabelecimentos de ensino localizado a uma distância superior a 50 km da residência permanente do agregado familiar, podem
solicitar ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P. (IHRU, I. P.), a concessão de um empréstimo sem juros para suportar
a diferença entre o valor da renda mensal devida e o valor resultante da aplicação ao rendimento do agregado familiar de uma taxa
de esforço máxima de 35 %, de forma a permitir o pagamento da renda devida, não podendo o rendimento disponível restante do
agregado ser inferior ao indexante dos apoios sociais (IAS).
2 - O disposto no número anterior não é aplicável aos arrendatários habitacionais, cuja quebra de rendimentos determine a redução
do valor das rendas por eles devidas, nos termos estabelecidos em regimes especiais de arrendamento ou de renda, como o
arrendamento apoiado, a renda apoiada e a renda social.
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3 - Os senhorios habitacionais que tenham, comprovadamente, a quebra de rendimentos referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º, cujos arrendatários
não recorram a empréstimo do IHRU, I. P., nos termos dos números anteriores, podem solicitar ao IHRU, I. P., a concessão de um empréstimo sem juros
para compensar o valor da renda mensal, devida e não paga, sempre que o rendimento disponível restante do agregado desça, por tal razão, abaixo do
IAS.
4 - Os empréstimos a que se referem os n.os 1 e 3 são concedidos pelo IHRU, I. P., ao abrigo das suas atribuições, em particular da competência prevista
na alínea k) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 175/2012, de 2 de agosto, na sua redação atual, e têm, como primeiras fontes de financiamento, as
verbas inscritas no seu orçamento para 2020 provenientes da consignação de receita de impostos sobre o rendimento e, se necessário, das verbas a
transferir para o IHRU, I. P., pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças no âmbito de políticas de promoção de habitação, financiadas por receitas de
impostos inscritas no capítulo 60, ambas nos termos previstos no Orçamento do Estado para 2020, aprovado pela Lei n.º 2/2020, de 31 de março, bem
como nos saldos transitados do Programa SOLARH, criado pelo Decreto-Lei n.º 39/2001, de 9 de fevereiro, na sua redação atual.
5 - O regulamento a ser elaborado pelo IHRU, I. P., com as condições de concessão dos empréstimos referidos nos números anteriores, atendendo à
urgência e ao seu especial fim, produz todos os seus efeitos a contar da data da sua divulgação no Portal da Habitação, na sequência de aprovação pelo
conselho diretivo do IHRU, I. P., sujeita a homologação do membro do Governo responsável pela área da habitação.
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1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores, as entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra forma
contratual podem, durante o período de vigência da presente lei, reduzir as rendas aos arrendatários que tenham,
comprovadamente, uma quebra de rendimentos superior a 20 % face aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do
ano anterior, quando da mesma resulte uma taxa de esforço superior a 35 % relativamente à renda.
2 - O disposto no número anterior não se aplica àqueles que sejam beneficiários de regimes especiais de arrendamento habitacional
ou de renda, como o arrendamento apoiado, a renda apoiada e a renda social.
3 - As entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra forma contratual podem isentar do pagamento de renda os
seus arrendatários que comprovem ter deixado de auferir quaisquer rendimentos após 1 de março de 2020.
4 - As entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra forma contratual podem estabelecer moratórias aos seus
arrendatários.
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Terceira alteração à Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março, que aprova medidas excecionais e temporárias
de resposta à situação epidemiológica provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19
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sandrap@fd.uc.pt
www.sandrapassinhas.com
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