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Iniciativa Parceria
Redação
Andressa Pellanda
Avanildo Duque
Catarina de Almeida Santos
Danielle Bambace
Mariana Santarelli
Simone Magalhães
Thalles Gomes
Vanessa Schottz
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I. Introdução
Este guia é destinado a:
- Família: mães, pais, responsáveis, tias, tios, primas, primos, avós, irmãs e
2. Elaborar recomendações;
3. Orientar sobre como atuar para além da ação individual. Este momento é de
ação coletiva.
Cenário geral
significa o mais alto nível de alerta da Organização e, não por acaso, no dia 11 de março de
2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Isso significa que a
O Brasil é um dos 196 países signatários do RSI e, assim como vários países do mundo, está
emergência em saúde pública se configura como “uma situação que demande o emprego
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agravos à saúde pública em situações que podem ser epidemiológicas (surtos e epidemias),
todo o nosso país. A violência da fome, que permanece na sociedade brasileira pela
A desnutrição ou insegurança alimentar será agravada pela carência de renda, mas também
concentração de terras nas mãos de poucos produtores, esse modelo agroexportador não
saúde daquelas e daqueles que trabalham nas plantações e também aos que consomem
esses alimentos.
Por outro lado, a agricultura familiar e o manejo agroecológico, que se baseiam nos
maneira, oferecem alimentos saudáveis porque não utilizam venenos, não destroem o meio
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O Relatório Global de Crises Alimentares, publicado pelo Programa Mundial de Alimentação
(WFP) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), estima que
o número de pessoas que enfrenta insegurança alimentar pode duplicar devido à pandemia,
passando de 135 milhões de pessoas em 2019 para 265 milhões no final deste ano.
De acordo com monitoramento realizado pela WFP, mais de 369 milhões de crianças não
estão recebendo alimentação escolar em todo o mundo, por conta do fechamento das
Fonte: Global Monitoring of School Meals During COVID-19 School Closures - dados do dia
30/04/2020.
Em gradação de laranja, do mais claro para o mais escuro: 1) Sem dados; 2) 1-100.000; 3) 100.000 -
1M; 4) 1M-10M; 5) Mais de 10M. Em azul os países afetados que recebem alimentação escolar do
WFP.
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● A Índia é o país mais afetado, com 90,4 milhões de crianças sem alimentação, seguida
● O Brasil está à frente, inclusive, dos EUA (30 milhões) e da própria China (38,4
deste tema.
(PNAE), instituído pela Lei n° 11.947, de 16 de junho de 2009, é o principal responsável por
todas as etapas da educação básica pública. Por meio do FNDE, o governo federal repassa a
em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos,
conforme o número de matriculados em cada rede de ensino. Esses repasses se somam aos
De acordo com dados do Ministério da Educação, o PNAE beneficia hoje cerca de 41 milhões
de estudantes no Brasil, com um repasse anual aos estados e municípios na casa dos 4
bilhões. Para muitos desses alunos, é na escola que possuem a única refeição do dia, já que,
milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil hoje, 14 milhões têm menos de
14 anos.
A Lei 11.947/2029 também definiu como uma das diretrizes da alimentação escolar o apoio
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E, para o melhor cumprimento dessa diretriz, estabeleceu que, do total dos recursos
financeiros repassados aos estados e municípios no âmbito do PNAE, no mínimo 30% (trinta
comunidades quilombolas.
segurança alimentar e nutricional, tais como a geração de renda e dinamização das economia
locais, bem como melhor qualidade nutricional e valorização da cultura alimentar regional.
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A interrupção abrupta da alimentação escolar, num período como o da atual pandemia,
indígenas e quilombolas.
É por conta desta relevância social e econômica da alimentação escolar que, dentre as muitas
pandemia, uma das mais importantes é como preservar o direito à alimentação dos alunos
absoluta prioridade, o direito à alimentação, e, em seu art. 208, estabelece que o dever do
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no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar,
A Lei nº. 11.346, de 15 de setembro de 2006, que criou o Sistema Nacional de Segurança
ser humano, inerente à sua dignidade, e que, por isso, o poder público deve adotar todas as
Estado, o qual deve a garantir a segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de
Nesse sentido, a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ao dispor sobre as medidas para
serviços públicos e atividades essenciais que deverão ser resguardados durante o período
Com essa perspectiva, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência
da República em 8 de abril de 2020, a Lei nº 13.987, que alterou a Lei 11.947/2009, para
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autorizar, em caráter excepcional, durante o período de suspensão das aulas em razão de
sobre a execução do PNAE durante o estado de calamidade pública, autorizou em seu artigo
dos estudantes, a critério do poder público local”, complementando no § 1º, do art. 2º que
forma de kits, definidos pela equipe de nutrição local, observando o per capita adequado à
faixa etária, de acordo com o período em que o estudante estaria sendo atendido na unidade
escolar”.
Governos estaduais e municipais destinam orçamentos próprios, que chegam a ser até
6 vezes maiores do que o per capita repassado pelo FNDE, e sobre os quais têm autonomia
de gestão.
pandemia, com recursos próprios, antes mesmo da aprovação na nova lei e regulamentação
pelo FNDE. São, portanto, muito heterogêneas as soluções adotadas por todo o país.
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Há estratégias em implementação que vão ao encontro da legislação nacional e
grande porte que, com recursos próprios, e na contramão das orientações nacionais,
optaram pela distribuição de renda e não de alimentos, através de esquemas que tendem a
Mais adiante vamos indicar pontos de atenção que merecem ser observados, quando das
escolhas das estratégias. De todo modo, importa alertar que a transferência de renda não
Educação
ou recolhidos nas unidades escolares por um dos membros da família, em dias e horários a
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Para viabilizar essa entrega individualizada, a resolução do FNDE indica a
dentre outros.
acesso contínuo à pontos para higienização das mãos com água e sabão
Com relação à composição dos kits, o FNDE indica que eles deverão ser
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Esses kits deverão ser compostos, preferencialmente, por alimentos in
familiar.
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A orientação, portanto, é que sejam mantidos os contratos firmados com os agricultores
estipulado. Isso porque, como aponta o próprio FNDE, “os agricultores fornecedores
possuem um calendário de produção que foi organizado em função das chamadas públicas
e que, diante da atual conjuntura, uma possível suspensão da entrega de determinados
gêneros pode inviabilizar sua produção futura e trazer prejuízos às famílias envolvidas, uma
vez que os demais canais de comercialização também foram prejudicados com a crise.”
Desta forma, não seria equivocado afirmar que não é só possível, mas sim imprescindível,
distância.
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Essas chamadas podem, inclusive, prever em seus editais uma logística
nas residências das famílias dos estudantes, seja por meio de núcleos
distribuídos.
escolar.
PNAE.
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estratégia alternativa para a manutenção da alimentação escolar, poderá
2. Pontos de atenção
percentual de 30% destinado aos produtos da agricultura familiar, para distribuição de kits
Uma vez regulamentada a lei pelo FNDE, não há razões para que governos estaduais e
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ao deslocamento ao trabalho dos pais dos alunos durante a pandemia -
referente a esse kit aos pais ou responsáveis dos alunos. Cabe destacar
que os recursos do FNDE não podem ser empregados em estratégias
desta natureza, pois são, por lei, destinados exclusivamente para a
aquisição de gêneros alimentícios. Este caminho pode também colocar
muitos lugares.
suas famílias.
cálculo do valor. Se tomado como base o valor per capita previsto no art.
que deve ser repassado pela União a estados e municípios por dia letivo
baixo porque tem como base compras em larga escala. Sendo esse o
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critério usado para calcular o valor a ser distribuídos às famílias durante a
pandemia, chegaremos a irrisórios R$ 7,20 por mês (20 dias letivos X 0,36).
fontes complementares.
pública, o que não impede que a gestão local utilize recursos próprios para
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conselhos de educação, alimentação escolar e segurança alimentar e
nutricional, ou até mesmo audiências públicas virtuais, a fim de colher a
1. Mundo
crianças, elencou as seguintes orientações para que os países possam minimizar este
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● Isenção de impostos sobre os alimentos de necessidade básica para
disseminação da COVID-19;
idosos que moram sozinhos ou isolados pela situação atual, tomando as medidas
Apesar das peculiaridades legais e econômicas de cada região, os formatos de resposta mais
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se locomover a cada mês ou semana. Essa distribuição segue um
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elaboração e entrega de bandejas individuais de refeição na casa dos
estudantes, pelo mesmo preço cobrado nas cantinas escolares. Para tanto,
distribuição de kits de alimentos nas casas dos alunos. Para facilitar essa
escolar durante a pandemia, indicando que ela deve ser mantida em toda
entregues na residência dos alunos. Essa entrega pode ser realizada por
indicadas.
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responsáveis pelos alunos. Vale destacar que esses cupons são financiados
2. Brasil
Estados e Municípios
feita por servidores, nas escolas, com controle de entrega pelo cartão do
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Em Outro Preto (MG), a partir de uma parceria entre as secretarias de
atendidas mil famílias de estudantes de mais baixa renda, com kits que
Ministério Público Estadual (MPE). Metade dos 22 itens que compõe o kit
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governo do estado, por descartar, neste momento de crise, a possibilidade
no âmbito do PNAE.
Lei nº 11.947/2009”.
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Movimentos
do meio ambiente.
de empregos no campo e na cidade. Para tanto, sugere, dentre outras ações, que os
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familiar a serem destinados à população em situação de vulnerabilidade dessas regiões, com
O MPA tem realizado, em todo o Brasil, a campanha “Mutirão Contra a Fome”. Uma
população;
● produção de álcool em parceria com postos de saúde dos municípios para entrega
do álcool produzido;
população;
estados que estão entregando marmitas para população, que em meio à pandemia,
sofrem com a falta de comida para sua sobrevivência. As marmitas são possíveis por
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conta da doação de produtos da Reforma Agrária vindos dos acampamentos e
Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo: "Vamos precisar de todo mundo" e devem
No total, já foram distribuídas em todo o país mais de 500 toneladas de alimentos saudáveis
à população.
Alagoas
alimentos vindos das áreas de Reforma Agrária foram doados em Maceió, na Zona Sul da
Cidade e no Sertão de Alagoas. Realização de debates sobre a renda básica para orientar os
Bahia
Mais de 200 toneladas de frutas, raízes, grãos, verduras, legumes, leite, queijo e polpa de
econômica e hospitais de dez regiões do estado. A Juventude Sem Terra no Extremo Sul da
Bahia organizou um ato de doação de sangue para colaborar com os bancos de sangue
durante a pandemia.
Ceará
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Foram distribuídas 15 toneladas entre milho verde, feijão, abóbora, melancia, mamão,
pepino, banana, tomate, farinha e cinco mil litros de leite in-natura, alimentos produzidos
Distrito Federal
Campanha "Nós por Nós" contra o coronavírus vai potencializar as doações à população.
Espírito Santo
campo e da cidade, o MST doou cerca de 120 cestas básicas para famílias em situação de
vulnerabilidade.
Goiás
Por meio de mutirões, alimentos como feijão, abobrinha, abóbora, quiabo, berinjela, banana,
município de Itaberaí. Ao todo foram distribuídos cerca de 1,5 tonelada de alimentos, dentre
eles mandioca, milho, feijão, abóbora, verduras, frutas e 250 litros de leite. Nas ações, mais
Mato Grosso
Foi realizada uma Campanha Emergencial para garantia da alimentação dos estudantes das
para casa dos estudantes. Também foram doados alimentos e produtos de limpeza em
do MST no estado, em parceria com a Frente Brasil Popular (FBP) e o Congresso do Povo na
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Maranhão
o MST tem realizado o Café Solidário para as pessoas que sobrevivem lavando carros,
vendendo balas e fazendo bicos e estão tendo grande dificuldade para se alimentar com a
enchentes em Açailândia.
Minas Gerais
Paraopeba e da bacia do Rio Doce. No dia 17 de abril, dia Internacional das Lutas
Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
se juntaram para doar cerca de uma tonelada de alimentos para trabalhadores acampados
na periferia de Uberlândia em luta pelo direito à moradia. Cerca de 1,2 mil quilos de
alimentos foram entregues. Parte das doações vai para uma cozinha comunitária, onde
Paraíba⠀
Lançou a campanha “Leite Fraterno”, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF),
Cariri paraibano. A campanha conta com o apoio da Justiça Federal na Paraíba (JFPB), o
Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB/PB). No dia 17/04, o MST fez a
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doação de 800 Kg de alimentos produzidos pelos assentamentos e acampamentos do MST-
PB para atender às famílias que estão em quarentena em João Pessoa, Campina Grande, Mari
Pará
da semeadura da cultura, do cuidado e da cooperação. A meta é atingir 1,2 mil famílias, entre
Paraná
Maria, em Paranacity (PR), doou 60 litros de álcool 70% para o Hospital Municipal Doutor
Santiago Sagrado Begga. Foi ainda realizada doação por três acampamentos de 5 toneladas
de alimentos em Castro e Ponta Grossa para cinco CRAS e ao Banco de Alimentos do Serviço
de Obras Sociais (SOS). Outra doação de 2 toneladas de alimentos foi feita para os povos
famílias do Assentamento Eli Vive doaram 7,5 toneladas de alimentos para cerca de 500
famílias moradoras da região sul de Londrina, norte do Paraná. Mandioca, batata-doce, leite,
chuchu, quiabo, abóbora, abacate, mamão, banana, arroz, fubá, e outras dezenas de
comunidade. Feijão, arroz, mandioca, mel, pães caseiros e mais uma dezena de variedades
acampamento Maila Sabrina, de Ortigueira (PR), para quatro ocupações da Cidade Industrial
produzidas por costureiras que moram no local. Em 17 de abril houve a doação de mais de
do estado. Em Curitiba, cooperativas da reforma agrária doaram 1,5 mil litros de leite integral
Terra Viva, beneficiado pela Cooperativa Central de Reforma Agrária de Santa Catarina –
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CCA/SC, composta por 13 cooperativas e associações filiadas. Ainda no Paraná, além dos
alimentos distribuídas em oito cidades, houve a doação de álcool 70% na rede de saúde.
Pernambuco
organizações sociais ligadas à Frente Brasil Popular vêm distribuindo marmitas para a
população em situação de rua no Recife. A ação das Marmitas Solidárias fecha o mês com
uma produção e distribuição de 42 mil marmitas. A Campanha Mãos Solidárias lançou uma
Carta Aberta que apresenta sugestões ao governo do estado e às prefeituras para que o
Piauí
A Juventude Sem Terra tem contribuído com a produção de máscaras e distribuídas para
pessoas em situação de risco. O MST em parceria com o Instituto Federal do Piauí obteve
600 mudas de plantas nativas, entre elas: ipês amarelos, brancos e aroeira como parte do
Plano Nacional “Plantar Árvores Produzir Alimentos Saudáveis”. Realizou a doação de meia
tonelada de produtos orgânicos para a Pastoral Povo da Rua, em parceria com a Secretaria
de Agricultura Familiar.
Rio de Janeiro
Foi lançada a campanha Nós por Nós contra o coronavírus, para ajudar com doações às
famílias das comunidades Cerro Corá, Manguinhos, Guararapes e Borel. A Campanha Nós
por Nós contra o coronavírus é uma iniciativa que congrega o Levante Popular da Juventude,
o MST, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Pequenos
centrais sindicais e movimentos sociais, vai atender a população em situação de rua com 500
refeições.
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Rio Grande do Norte
escolar.
toneladas de alimentos em vilas de Porto Alegre, Viamão e Canoas. Doação e entregas dos
kits com arroz, feijão, farinha, massa, azeite e detergente para população da Lomba do
Rondônia
vulnerabilidade. Os alimentos foram produzidos por famílias Sem Terra dos assentamentos
14 de Agosto e Nova Esperança. Além disso, as famílias Sem Terra confeccionaram cerca de
400 máscaras, que também foram doadas. A ação foi organizada pelo MST, MPA e pela
Frente Brasil Popular. As organizações sociais da Via Campesina em RO (MST, MPA, CPT e
MAB) e de Frente Brasil Popular realizaram a doação de 160 cestas de produtos, como
bananas, abóbora, mamão, mandioca, polpa de fruta, poncã, limão, batata doce, leite, peixe,
cana de açúcar, café, inhame/cará, sabão caseiro. As doações contaram com o apoio e o
Xingu (COOPAX). A ação se soma a duas grandes campanhas nacionais “Mutirão contra a
Roraima
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com a doação de frutas verduras e legumes nas áreas de reforma agrária. Foi lançada a
campanha “Nós por Nós contra o Coronavírus” que vai produzir máscaras reutilizáveis e
distribuir juntamente com materiais de higiene para auxiliar a proteção e defesa das vidas
nas periferias.
Santa Catarina
Produção de álcool 70% para abastecer centros de saúde. A Cooperoeste - Terra Viva está
realizando doação de leite durante 90 dias para hospitais região de São Miguel do Oeste/SC,
7,3 toneladas de alimentos e sete mil litros de leite para moradores da cidade. Houve doação
de alimentos às famílias que vivem nas periferias dos municípios de Campos Novos, Dionísio
Cerqueira, Lages, Lebon Régis, além dos hospitais públicos de São Miguel do Oeste e
Guaraciaba. Feijão, milho, biscoitos, fitoterápicos, entre outros produtos. Foram destinados
para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), para o Centro de Referência de
município de Lebon Régis, que possui um dos piores indicadores sociais de Santa Catarina,
também recebeu 5 toneladas de alimentos: feijão, abóbora cabotiá, moranga, batata doce,
Assentamentos dos municípios de Correia Pinto e Ponte Alta, reuniram 1,5 toneladas de
alimentos frescos e processados, além de 700 litros de leite Terra Viva e do achocolatado
Terrinha. As doações foram feitas para a paróquia Sagrada Família, em Lages. Sete mil litros
São Paulo
distribuiu mais de 300 litros de sabão e entregou 107 kits de frutas da Reforma Agrária
(banana, abacate, limão, laranja, pitaya, poncã) nas rodovias Transbrasiliana e Marechal
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Distribuição de cestas básicas e itens para higienização/proteção (como álcool em gel e
litros de sabão de álcool para as entidades de Promissão e Lins: Rede do Câncer, Lar da
Esperança, Asilo Madre Paulina. No município de Lins, a doação foi destinada à ação de
famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. A ação foi o resultado da parceria
entre o Coletivo de Consumo Responsável Cestas ZN, o Coletivo do Estradão, que atua
através da permacultura na Comunidade da Serra Pelada, a Manaíra Mel, que distribui mel e
comunidades urbanas na cidade, por meio da parceria com a rede Periferia Viva, o
e PCB.
produtos agroecológicos à ocupação urbana Nelson Mandela de Campinas (SP) que possui
Prof. Luiz David Macedo, doaram, cerca de 800 kg de alimentos produzidos de maneira
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Sergipe
Aproximadamente 120 famílias receberam cestas com alimentos para atravessar esse
defesa da Reforma Agrária pelo direito à alimentação saudável para o campo e cidade, e
contra a impunidade, como parte da Jornada Nacional de Lutas do MST, em memória aos
Tocantins
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V. Orientações
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durabilidade. O que reforça a importância de que sejam mantidas as compras de
alimentos frescos e saudáveis da agricultura familiar;
2. Para Conselhos
planejamento das ações. Onde estes espaços não foram criados e/ou a
Se o poder público: i) não tiver tomado ainda a iniciativa de distribuição dos kits, ou;
ii) se a implementação estiver em desacordo com a legislação, ou; iii) se não estiver
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casos, representantes da sociedade civil podem abrir interlocução com o
Ministério Público e/ou Defensoria Pública.
3. É estratégico que seja dada ampla divulgação às solicitações feitas em nível local.
também, que sejam utilizadas as redes sociais para pressão e incidência política.
feita uma justificativa por parte do poder público, e que a decisão sobre o
dos estudantes;
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h. Se a composição das cestas atende minimamente as necessidades
da agricultura familiar;
funcionamento;
possíveis.
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2. Entre em contato com os Conselhos de educação, alimentação escolar e de
funcionamento;
em funcionamento.
3. Entre em contato com a Defensoria Pública e/ou Ministério Público de sua região,
Para colaborar para que outras pessoas possam ter seus direitos
garantidos:
1. Divulgue nas redes sociais este Guia sobre Alimentação Escolar (nas páginas da Campanha há
2. Divulgue nas redes sociais e/ou cole no seu bairro cartazes indicando telefone e email de
3. Avise conhecidos e parentes sobre o direito à alimentação escolar e indique como cobrarem
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