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C837a
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Sumário
Prefácio ...................................................................................5
Introdução ...............................................................................18
Capítulo 1 - Indivíduos em Sociedade .............................................26
Introdução: Conceitos Básicos .............................................................26
Sociedades Não Planejadas .................................................................30
Funções de Ocupações em Divisão Social do Trabalho ................................35
Esfera Econômica de Interconexões ......................................................40
Conclusão da Leitura de “Sociedade dos Indivíduos”.................................42
Capítulo 2 - Liberalismo Social e Neoliberalismo Econômico ................44
Introdução: Liberalismos ................................................................... 44
Liberdade e Autonomia .....................................................................52
O Indivíduo e o Estado ......................................................................58
Liberalismo Clássico .........................................................................60
Legado do Iluminismo: Economia Política ...............................................62
Conservadorismo Liberal e Liberalismo Conservador .................................68
Liberalismo Igualitário de Oportunidades ...............................................70
Liberalismo Social Regulacionista .........................................................73
Neocontratualismo ...........................................................................80
Conclusão da Leitura de “Liberalismo Antigo e Moderno”...........................83
Capítulo 3 - Indivíduos Irracionais e Irracionalidade Coletiva ..............86
Psicologia do Dinheiro .......................................................................86
Ganhar Dinheiro ou Boa Vida ........................................................................90
Custo de Oportunidade do Dinheiro ................................................................ 92
Avaliação de Valor Comparada com Preço ........................................................94
Preços Relativos e Valores Subjetivos ..............................................................96
Contabilidade Mental .................................................................................99
Nós contra Eles .......................................................................................102
Finanças Comportamentais e Sistema Financeiro ...................................106
Finanças como Bem Público........................................................................108
Conclusão: Efeito do Mimetismo no Mercado .........................................112
Capítulo 4 - Fase de Desalavancagem Financeira ............................ 115
Introdução: Sequência de Alavancagem e Desalavancagem Financeira .........115
Da Economia Cooperativa da Comunidade à Economia Competitiva de Mercado .
120
Enigma dos Juros Baixos ..................................................................125
Armadilha da Dívida .................................................................................136
Estagnação Secular por Conta da Desigualdade Social .............................. 141
211,5 Milhões sob um Trouxa ......................................................................148
Deterioração dos Indicadores Sociais após o Fim da Era Social-Desenvolvimentista ......154
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Prefácio
Introdução
Capítulo 1 -
Indivíduos em Sociedade
nós, nem tampouco por todos nós juntos. Ela só continua a funcionar
porque muitas pessoas, isoladamente, querem e fazem certas coisas.
mutáveis, porém não menos reais, e decerto não menos fortes. Essa
rede de funções desempenhadas pelas pessoas umas em relação a
outras, a ela e nada mais, Elias (1939) chama de “sociedade”.
Capítulo 2 -
Liberalismo Social e Neoliberalismo Econômico
Introdução: Liberalismos
1. o nível de pensamento e
2. o nível da sociedade.
1. o governo da lei e
Liberdade e Autonomia
A t e r c e i ra é a l i b e r d a d e d e c o n s c i ê n c i a e c r e n ç a .
Historicamente, tornou-se, de modo duradouro, relevante primeiro
como uma reivindicação de legitimidade da dissidência religiosa (da
Roma papal ou outras Igrejas oficiais) durante a Reforma europeia.
Antes disso, quase todas as reivindicações de independência religiosa
eram tratadas como heresia e subjugadas com êxito.
2. a do humanismo cívico,
4. a do utilitarismo e
5. a da sociologia histórica.
O Indivíduo e o Estado
Liberalismo Clássico
2. o Constitucionalismo e
1. selvagem,
2. bárbaro e
3. polido.
Neocontratualismo
Os neoliberais “hayekianos”:
Capítulo 3 -
Indivíduos Irracionais e Irracionalidade Coletiva
Psicologia do Dinheiro
que abrir a carteira. Em vez disso, vamos explorar alguns dos erros
mais comuns que cometemos em relação ao dinheiro e, mais
importante, por que os cometemos. Dessa forma, quando
enfrentarmos nossa próxima decisão financeira, talvez sejamos mais
capazes de entender as forças em jogo e de fazer escolhas melhores.
Ou ao menos de fazer escolhas com base em mais informação”.
ii) Indispensáveis, pois são condições sine qua non para todos os
indivíduos;
Uma garrafa de vinho muito cara não parece algo tão absurdo
pelo status da bebida e pela experiência de a beber em local
sofisticado com recomendação de sommelier. O consumidor esnobe
se dispõe a pagar “uma experiência” – fortuita, passageira e logo
esquecida.
Contabilidade Mental
i) excesso de otimismo,
Capítulo 4 -
Fase de Desalavancagem Financeira
caçar ou pescar, mais adiante, a prazo, ele retribuía com seu esforço
compensatório.
Esse boom estava, mais uma vez, sendo inflado por uma bolha,
cuja explosão teria consequências desastrosas para o continente. O
responsável por trás dessa ameaça era os juros estruturalmente
baixos nos países desenvolvidos. Eles estariam retroalimentando a
especulação imobiliária.
Nesse caso de juro real zero, elas economizam ainda mais para
atingir seus objetivos de acordo com o algoritmo 1-3-6-9-12. Desde
os 35 anos, cada um desses números é, progressivamente, o múltiplo
de rendas anuais a ter acumulado a cada dez anos.
Armadilha da Dívida
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
15
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4
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t /1
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ag
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ju
ju
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SFN SFN SFN SFN
Até 3 s.m. 3 a 5 s.m. 5 a 10 s.m. Mais de 10 s.m.
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Classes acumuladas de percentual das pessoas em ordem crescente de rendimento domiciliar per capita
Anos 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
até 5% 0,3 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2
até 10% 1,0 1,0 1,1 1,1 0,9 0,9 0,8 0,8
até 20% 3,2 3,3 3,4 3,4 3,1 3,0 2,9 2,9
até 30% 6,3 6,5 6,8 6,7 6,3 6,2 6,0 6,0
até 40% 10,5 10,8 11,1 11,1 10,5 10,4 10,1 10,2
até 50% 15,8 16,2 16,6 16,6 15,9 15,8 15,5 15,6
até 60% 22,5 23,0 23,4 23,5 22,7 22,7 22,2 22,4
até 70% 30,7 31,3 31,7 31,9 31,0 31,0 30,4 30,7
até 80% 41,5 42,1 42,5 42,9 41,8 41,8 41,2 41,5
até 90% 57,0 57,7 58,2 58,6 57,6 57,5 56,9 57,1
até 95% 69,3 70,2 70,7 70,9 70,2 69,8 69,4 69,4
até 99% 87,8 88,4 88,9 88,7 88,5 88,3 87,8 87,6
até 100% 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Funding do Financiamento
!
!171
Po r t a n t o, p o r e s s e s n ú m e r o s n ã o s e p o d e a f i r m a r,
taxativamente, aqui acontecer o mesmo fenômeno norte-americano
do crescente endividamento das famílias por conta do aumento da
concentração dessa riqueza financeira.
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3.000.000
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
-
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abr/13
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Crédito livre (R$ Milhões) Crédito direcionado (R$ Milhões) Mercado de capitais Mercado externo Tota l jun/19
(R$ Milhõe s) (R$ Milhõe s) (R$ Milhõe s)
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Fonte: Banco Central do Brasil – REF out.2019 (elab. Fernando Nogueira da Costa)
100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
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Crédito livre Crédito direcionado Mercado de capitais Mercado externo
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troca de risco soberano para risco privado por parte dos investidores
conservadores.
O prazo médio de colocação foi de 5,9 anos contra 5,3 anos das
emissões registrados no mesmo período de 2019. Destes recursos,
36,9% foram direcionados para o capital de giro, seguidos do
refinanciamento do passivo das empresas (incluindo a recompra ou
resgate de debêntures de emissão anterior) com 25,9% do montante
captado. Antes, elas privilegiavam esse refinanciamento a custo
menor, inclusive lançando as debêntures para antecipar pagamento
de dívidas junto ao BNDES, cujo custo com TLP passou a ser superior.
Capítulo 5 -
Fase de Empurrar Corda
Mas eles podem criar dinheiro sem custos ao pagar taxa de juro
zero em certo volume de reservas de bancos privados. Embora essas
reservas a taxas zero (ou negativas) possam impor um imposto sobre
a criação de crédito, quando a atividade econômica se reanimar, isso
poderia ser desejável. Impediria os estímulos iniciais fossem
multiplicados, descontroladamente, pela criação futura de dinheiro
pelos bancos privados.
Regras ou Arbítrio
D a d a a m a i o r p r o p e n s ã o a c o n s u m i r, e s s a i s e n ç ã o
provavelmente seria gasta de modo a expandir a demanda agregada.
Este é apenas um exemplo para o mercado de trabalho formal,
complementar à assistência social concedida aos trabalhadores
informais.
Além do QE, uma opção mais radical não constava na PEC, mas
os bancos centrais poderiam adotar em teoria: simplesmente
financiar a dívida pública por meio da emissão monetária. De maneira
simplificada, os títulos públicos seriam comprados pelo BCB, mas não
seriam revendidos posteriormente ao mercado. Nas circunstâncias
atuais com diminuta demanda agregada, inflação muito baixa e um
arcabouço consolidado, separando o financiamento público da atuação
da Autoridade Monetária, poderia ser um recurso emergencial.
!208
Variáveis-Instrumentos Variáveis-Metas
Ta l v e z o p r o t e c i o n i s m o a v a n c e c o m a p o s s í v e l
“desglobalização”, devido à interrupção das “cadeias produtivas
globais”. A atual divisão internacional do trabalho, estabelecida na Era
do Neoliberalismo, está sob ameaça. Tacanhos populistas de direita
criticam o “globalismo marxista cultural” e sonham encontrar
“cumunista chinês” até debaixo de suas camas...
1. arrecadação fiscal;
2. endividamento público;
3. emissão monetária.
!219
Obs.: 1/ Não inclui operações com títulos; 2/ Inclui compulsório sobre depósitos de
poupança, depósitos relativos a insuficiência de aplicações em crédito rural e
habitacional, etc. // sinal positivo = expansão; sinal negativo = contração.
“Para manter a taxa Selic tão baixa por muitos anos seria
preciso convencer os financiadores da dívida pública a comprar títulos
brasileiros de baixo rendimento. A tendência seria uma fuga de
capitais. Só conseguiríamos manter o financiamento a nossa dívida
impondo controles à saída de capitais, e recorrendo a expedientes
como forçar os fundos de pensão das estatais a comprar títulos
públicos. A velha ‘repressão financeira’ seria outro retrocesso
institucional significativo”.
“No final deste ano, ainda estaremos com uma renda per capita
inferior à que tínhamos em 2014. Sabemos o que não fazer: dar
subsídios à margem do Orçamento, alimentar os campeões nacionais,
reeditar o PAC da dupla Lula-Dilma ou lançar o plano Pró-Brasil, a
!232
(d) uma reforma tributária capaz de, além de adotar o IVA, elimine
regimes de tributação favorecida;
ATIVOS PASSIVOS
Ativos Externos Líquidos Base Monetária
Reduziria a dívida bruta (DBGG), mas Braga não diz nada sobre
o aumento da dívida líquida (DLSP). Ao fazer uma estimativa, ele não
percebe a relação custo / benefício ser muito elevada.
1. o aumento da dívida e
2. a emissão de moeda.
1. os outros bancos;
2. emissão de moeda.
2. emitindo moeda.
A favor da MMT: não representa perigo inerente aos Estados emissores de sua
própria moeda
A razão pela qual o sistema funcionou tão bem foi o fato de eles
também controlarem o governo local e, desse modo, as suas
finanças. Essa estrutura de poder oligárquico deu sólido fundamento
político ao mercado de títulos públicos. Quem os emitia era também
membro da autarquia compradora.
São benefícios:
São custos:
Contradições do Bolsonarismo
1. reformas neoliberais,
Hora da Decisão
Conclusão
Bibliografia
ARIELY, Dan & KREISLER, Jeff. A Psicologia do Dinheiro. 1ª. ed. - Rio
de Janeiro: Sextante, 2019.
TURNER, Adair. Between debt and the devil: money, credit, and fixing
global finance. Princeton University Press; 2016.
Sobre o Autor
Fernando Nogueira da Costa é Professor Titular do IE-
UNICAMP, onde é professor desde 1985.