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Psicologia do Desenvolvimento
Conceito
Meio ambiente
-Físico
A localização geográfica, clima, relevo, etc, condicionam em parte o tipo de actividade que o
homem desenvolve. O tipo de actividade que a pessoa realiza por sua vez condiciona o
desenvolvimento da sua personalidade.
-Social
Escola
O professor e os companheiros da mesma idade (grupo de coetâneos) irão desempenhar um papel
importante no desenvolvimento da personalidade da criança.
A escola é a instituição que transmite os conhecimentos científicos e técnicos que irão permitir
ao indivíduo exercer um papel produtivo.
Contudo, a escola tem uma outra função essencial: veicular os valores e as normas básicas da
sociedade.
Será todo este conjunto de aquisições que irá facilitar o desenvolvimento da personalidade da
criança.
Nas sociedades industrializadas, a escolarização tem-se prolongado, assumindo a escola por isso
cada vez mais importância no processo do desenvolvimento humano.
Sociedade
Hereditariedade
Actividade
Actividade é a nossa reacção em relação aos estímulos do meio ambiente. Portanto nesta
abordagem o conceito de actividade refere-se ao trabalho, relacionamento com outras pessoas,
jogos, brincadeiras, etc.
A maneira como reagimos aos estímulos do meio ambiente condiciona em grande medida o
desenvolvimento da nossa personalidade.
Por exemplo, a acção exercida sobre os objectos, pela criança durante as brincadeiras,
desenvolve o intelecto e a motricidade propiciando o desenvolvimento da sua personalidade.
Zigoto (ovo), embrião, feto, bebé, infância, adolescência, juventude, adultez e velhice.
Quando um bebé nasce, pesa mais ou menos 3,4 kg e tem cerca de 50 cm de comprimento.
Durante esta fase, a criança adquire capacidades motoras como sentar-se, correr, subir e descer
escadas, etc.. Também crescem dentes, e a criança começa a mostrar a sua preferência de utilizar
a mão direita ou esquerda, nas suas actividades, etc..
Desenvolvimento social
Nesta fase a criança começa a seguir instruções simples e é capaz de distinguir entre
comportamento aceitável e não aceitável. A criança também imita algumas das coisas que
acontecem no ambiente onde vive.
Segundo Jean Piaget esta é a fase sensóriomotora: a criança percebe o mundo que lhe rodeia
através dos seus órgãos sensoriais /órgãos dos sentidos (vendo, ouvindo, cheirando, etc) e dos
movimentos musculares (tocando e/ou manipulando).
Nesta fase descobre que alguns comportamentos (ktos) têm consequências definidas.
Implicações educacionais
Para esta fase (0 – 2 anos) a educação da criança está mais virada para a estimulação dos seus
órgãos dos sentidos e da coordenação dos movimentos musculares, bem como da fala.
Os meios de ensino mais usuais são brinquedos: coloridos, brilhantes, móveis, etc..
Educar a criança é uma responsabilidade que deve ser partilhada (mãe e pai).
Durante esta fase o corpo da criança se alonga e geralmente se torna mais magra desaparecendo
parte da gordura de bebé. À medida que o corpo se torna mais magra, forte e menos pesado na
parte de cima, e que a maturidade cerebral permite controlo e coordenação maiores sobre as
extremidades, a criança se move com maior velocidade, aumentando a sua capacidade de
direccionar e de refinar a sua actividade. O resultado é uma melhoria de suas habilidades motoras
grossas (correr, subir escadas, saltar arremessar, etc).
As habilidades motoras finas (deitar água no copo, desenhar, usar talher, atar sapatos, etc), são
mais difíceis de dominar do que as habilidades motoras grossas.
A interacção social nas crianças vai além da sua família nuclear, estende-se às pessoas que estão
na sua vizinhança. Em resultado disso, elas estão expostas a novas situações, ideias, coisas
problemas e papéis (intensifica-se o processo de socialização).
Nesta fase, as crianças já não são totalmente dependentes de outrem e já sabem tomar conta de si
próprias. Isto faz senti-las bem acerca de si e dá-lhes um sentimento de sucesso. Os pais e os
professores devem facilitar este desenvolvimento, dando às crianças a liberdade suficiente para
que elas realizem o máximo número de tarefa possíveis, por elas próprias.
Nesta fase a criança desenvolve a capacidade de experimentar novas emoções tais como orgulho,
sentimento de culpa e de inferioridade;
Mentalidade mágica;
Fala completamente.
Implicações educacionais
A escola assim como a comunidade deve ter espaço suficiente e segura para as crianças
brincarem (correr, jogar, saltar, etc.);
Durante as aulas, o professor deve contar pequenas fábulas como técnica de motivação;
Dar trabalhos em grupo e prover jogos colectivos para ajudar a criança a reduzir o seu
egocentrismo e fortalecer a sua capacidade de relacionamento (desenvolver a sociabilidade da
criança);
Criar condições para a criança experimentar sucesso durante actividades de aprendizagem, como
forma de fomentar o desenvolvimento de auto-estima da criança (sentimento de auto-realização).
Desenvolvimento físico
As crianças crescem mais lentamente durante a meia-infância do que em qualquer outro período.
Os aumentos em peso são maiores do que os aumentos em altura.
Neste período a criança expande o seu mundo social. Por volta dos seis anos, as crianças se
libertam da supervisão rigorosa e do campo limitado ao qual estão submetidos. Em geral, com a
autorização dos pais, as crianças em idade escolar exploram o mundo mais amplo da vizinhança,
da comunidade e da escola.
Elas experimentam novos riscos, aumentam suas competências sociais (aprendem as normas da
escola e de convivência social), avançam nos relacionamentos, incomodam e perturbam outras
crianças e aprofundam o entendimento do mundo social.
Desenvolvimento emocional
Nesta fase, as crianças são capazes de se valorizarem ou reprimirem na base do que aprenderam
com os seus pais. Elas desenvolvem os atributos de simpatia ou de empatia e são capazes de
identificar os sentimentos dos outros.
Podem vir a tornar-se mais receosas em relação a eventos sociais, notas da escola e dos
professores, podem mesmo vir a desenvolver alguma fobia em relação à escola. O
desenvolvimento destes medos surge sobretudo quando as tarefas e actividades da escola são
sentidas como muito exigentes e a criança percepciona elevada probabilidade de insucesso na
realização desses desafios, ou quando o ambiente da escola é sentido como pouco amigável ou
mesmo hostil.
Algumas regras da escola podem mesmo entrar em conflito com as emoções e necessidades das
crianças. Por exemplo usar métodos de ensino que exijam que a crianças mantenham-se inactivas
(quietas sem interagirem entre elas).
Outras das emoções desta fase são: afecto, felicidade e o prazer das brincadeiras e actividades
escolares.
Desenvolvimento cognitivo
Esta é a fase de operações concretas de Jean Piaget neste período a criança desenvolve:
princípio da invariância;
reversibilidade do pensamento;
Ambientes festivos;
Natureza;
Implicações educacionais
Sempre que for vantajoso as aulas devem decorrer fora da sala de aula (no ambiente
natural);
Reforçar a tendência que a criança tem de manter boa aparência física (utilização de
uniforme na escola);
Rapaz
O pénis atinge o crescimento completo entre os 14 a 16 anos. À medida que o pénis se alonga e
se torna mais espesso, a glande (cabeça do pénis) cresce ao ponto de rebentar a sua bainha,
nalguns casos.
O adolescente tem tendência a ter mais erecções, o que pode ser causado por estímulos eróticos
(fotos, cheiro, musica, etc), fantasias, pressão provocada pelas roupas, vista de algumas partes da
mulher e discussões sobre sexo.
Uma erecção cria desejo de ejaculação e periodicamente, um rapaz pode ter emissões nocturnas
(sonhos molhados ou húmidos).
Tanto nos rapazes como nas raparigas os odores corporais tornam-se mais intensos.
Possibilidades reprodutivas
Esta infertilidade relativa não exclui a gravidez. Mas sim torna a reprodução menos provável e
mais arriscada tanto para a mãe quanto para a criança do que seria numa idade mais madura, aos
16 a 35 anos.
Para os meninos a concentração de esperma necessária para fertilizar um óvulo não é alcançada
até meses ou mesmo anos após a espermatogênese.
Nesta fase o adolescente está a procura da sua identidade (seu estilo de vida ou filosofia de vida).
O adolescente quer saber quem é, o que é capaz de fazer melhor, o que quer na vida, que valores
quer adoptar como seus, com que tipo de pessoa quer casar, que tipo de família quer ter, que
profissão pode seguir, etc.
O adolescente ao tentar encontrar a sua identidade experimenta vários “eus” possíveis. Muitas
vezes opta por um “eu” falso (agindo de maneira contrária ao seu ser).
O eu falso experimental (experimenta varias formas de ser apenas para ver como se sente).
Tanto os pais como amigos têm influência no comportamento (kto) do adolescente. Os pais têm
maior influência em termos de matérias duradouras, como valores morais, pensamento político,
religiosos, etc, enquanto os amigos e pares têm maior influência no kto que se relaciona com o
estatuto imediato do adolescente como o vestuário, penteado, diversões (filme, jogos, musica,
etc).
O adolescente investe muito nas amizades (envolve-se em pequenos grupos de amigos) para
buscar apoio para enfrentar novos desafios e novas aventuras (namoro, droga, etc).
Segundo Erik Erikson no fim da adolescência há duas soluções possíveis: identidade (solução
positiva) versus confusão (solução negativa).
Desenvolvimento emocional
-ansiedade (as vezes por causa da sua aparência física: cabelo, altura, peso, etc);
-sentimentos narcísicos (pode observar-se frequentemente no espelho, nas vitrinas das lojas,
janelas de carros, etc);
-fanatismo;
-breve euforia e melancolia;
-desejo de auto-afirmação (ser diferente da maioria. Pode procurar destacar-se em boas coisas.
ex: vestir bem, ser o melhor aluno da turma; assim como em comportamentos indesejados. Ex:
ser o mais indisciplinado da turma.
Desenvolvimento intelectual
Segundo Jean Piaget esta é a fase das operações formais ou abstractas, pois nesta fase o
adolescente pode lidar-se com noções abstract
-sexo;
-raciocinar, discutir;
Implicações educacionais
Actividade
Actividade refere-se a uma série de acções que as crianças precisam para desenvolverem-se
saudavelmente. Todas as crianças precisam de mover-se, mexer nos objectos que existem à sua
volta, correr, saltar, perguntar, etc, isto é brincar.
A criança pode realizar estas acções participando em jogos (sobretudo jogos colectivos),
actividades laborais, passeios, relações com outras pessoas (crianças e adultos), etc.
A necessidade de realizar estas acções está presente logo a nascença e vai se tornando cada vez
maior à medida que a criança vai crescendo.
Assim, com as crianças mais novas (0 – 3 anos) podemos cantar, ler pequenas histórias
ilustradas, bater palmas segundo um certo ritmo, mostrar-lhes objectos de cores vivas, etc.
Para as mais velhas (3 – 6 anos) podemos contar histórias educativas, organizar jogos, criar
condições para desenhos, moldagens, construções com barro ou areia, etc.
Dentre as várias actividades que a criança deve realizar para o seu desenvolvimento saudável
destaca-se: jogo, desenho e relacionamento com outras pessoas.
Jogos colectivos
Nos jogos colectivos a criança aprende:
A ser sociável;
Formador: Artur A. Chanjale
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Ser comunicativa
Respeitar os outros;
Controlar as suas emoções
Reduzir a timidez;
Negociar (resolver problemas através da dialogo);
Cooperar (trabalhar por equipe);
Aprende a liderar e/ou ser liderado, etc.
Quando as crianças têm uma vida inactiva é muito perigoso, porque esta conduz ao atraso no
desenvolvimento físico, psíquico e cria graves transtornos emocionais.
Uma vida activa e bem organizada proporciona à criança um sonho profundo e reparador e que,
por sua vez um sono profundo permite-lhe uma vigília activa e feliz.