Sunteți pe pagina 1din 10

________________________________________________________________________________

DESENVOLVIMENTO DE ÓRTESE DE MEMBROS


SUPERIORES COM BAIXO CUSTO VISANDO UMA MELHORIA
DE VIDA DOS PACIENTES DA APAE-JAÚ

Antonio Marcos Calchi¹; Guilherme Henrique Gatto Corrêa²; Flávio Cardoso


Ventura³
1 2
Aluno do curso de Gestão da produção Industrial; Aluno do curso de Gestão da produção
3
Industrial filiação institucional do segundo autor; Professor do curso de Gestão da Produção
Industrial.
marcoscalchi2009@hotmail.com

Resumo
Foi estabelecida uma parceria entre a FATEC-Jahu, mais especificamente com os alunos
do curso de graduação em Gestão de Produção Industrial, e a APAE (ASSOCIAÇÃO DE
PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS) localizada na mesma cidade. O objetivo desta
parceria foi desenvolver uma órtese para membros superiores (braço, antebraço e
cotovelo) com regulagem no cotovelo e de custo baixo. Foi realizada uma pesquisa
aplicada para desenvolvimento da órtese, baseando-se na metodologia apresentada por
Baxter (2008), sendo: Análise de similares; Geração e seleção de ideias; detalhamento
do projeto; prototipagem e teste práticos. Foram selecionados materiais de baixo custo e
alternativos como PVC (Cloreto de Polivinila), corrediças de gavetas, EVA ( Etil Vinil
Acetato), cola e velcro, sendo o custo total de R$ 15,00. Atingindo objetivo de construir
uma órtese com custo baixo. Foi desenvolvida uma órtese levando-se em consideração
as seguintes características: rigidez; flexibilidade; volume; limpeza; e economia.

Palavras Chaves: ÓRTESE; MEMBROS SUPERIORES; PROTOTIPAGEM; BAIXO


CUSTO.

ABSTRACT
Was to establish a partnership between FATEC-Jahu more specifically with students of
the degree course in Management of Industrial Production, and APAE (ASSOCIATION
OF PARENTS AND FRIENDS OF EXCEPTIONAL) located in the same city. The goal of
this partnership was to develop an orthosis for upper limbs (arm, forearm and elbow) to
adjust the elbow, and low cost. An applied research for development of bracing, based on
the methodology presented by Baxter (2008), was being held: Analysis of similar;
Generation and selection of ideas; detailed design; prototyping and practical test.
Materials and low cost alternative to PVC (Polyvinyl Chloride), sliding drawers, EVA (Ethyl
Vinyl Acetate) glue and velcro were selected, a total cost of R$ 15.00. Reaching goal of
building a bracing with low cost. An orthosis has been developed taking into account the
following characteristics: stiffness; flexibility; volume; cleaning; and economy.

Keywords: ORTHOSIS; UPPER LIMBS; PROTOTYPING; LOW COST


________________________________________________________________________________
1. Introdução
A FATEC-Jahu juntamente com os alunos do curso de graduação em Gestão de
Produção Industrial fizeram uma parceria com a APAE-Jaú (ASSOCIAÇÃO DE PAIS E
AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS), para o desenvolvimento de um projeto para a criação
de protótipos de produtos que poderiam ser utilizados por seus pacientes, nesse caso, o
produto escolhido foi uma órtese.
Uma órtese refere-se aos aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não,
destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes
móveis do corpo.
Como são produtos caros, foi nos proposto desenvolver protótipos de órtese de membros
superiores (braço, antebraço e cotovelo) com baixo custo para auxiliar na reabilitação e
nas etapas de exercícios fisioterapêuticos dos pacientes que frequentam a (APAE) Jaú –
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS.

2. Objetivos
Desenvolver uma órtese de membros superiores (braço, antebraço e cotovelo), que tenha
uma regulagem no cotovelo, permitindo assim que a pessoa que irá manusear (uma
terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta) consiga fazer os movimentos necessários, para
que o paciente possa realizar a reabilitação.

3. Metodologia
Foi realizada a revisão bibliográfica sobre o desenvolvimento de órteses através de
artigos publicados em portais científicos e sites comerciais de modelos de órteses já
existentes no mercado. Não houve critério de exclusão para a busca de documentos. Foi
realizada também, uma pesquisa aplicada para desenvolvimento da órtese, baseando-se
na metodologia apresentada por Baxter (2008), sendo: Análise de similares; Geração e
seleção de ideias; detalhamento do projeto; prototipagem e teste práticos.

4. Revisão Bibliográfica
4.1 Órteses
O termo órtese origina-se da palavra grega “Orthos” que significa direito, reto, normal.
Através disso podemos definir órtese como um dispositivo exoesquelético que aplicado a
um ou vários segmentos do corpo tem a finalidade de proporcionar o melhor alinhamento
possível, buscando sempre a posição funcional, ou seja, a mais adequada.
(http://www.sogab.com.br/sbrto/sobreorteses.htm)
Tipos de Órteses existentes:
Estabilizadoras: Mantém uma posição e impedem movimento indesejado, o que dá a
esse tipo, utilidade como correção de pé equino (pé caido), fraturas e dores, e para
diminuir a amplitude articular de um segmento inflamado ou doloroso.
Funcionais: Também conhecidas de dinâmicas, são mais flexíveis, e permitem um
movimento limitado.
Corretoras: Indicadas para corrigir deformidades esqueléticas. Geralmente tem seu uso
em idades infantis para corrigir membros em desenvolvimento.
Protetoras: Mantém protegido um orgão afetado
Segundo Lorena Montesanti Terapeuta Ocupacional do Sírio Libanês Maio/ Junho 2011 e
também Agneli e Toyda, (2003), o material mais usado para a confecção das órtese é o
termoplástico de baixa temperatura. A denominação “baixa temperatura” é dada porque
este material torna-se maleável e adequado para ser trabalhado a temperaturas entre 65
e 75º C, recuperando sua rigidez após seu resfriamento. Existem diversos tipos de
________________________________________________________________________________
termos plásticos como o EZEFORM, POLYFLEX, TAILOR E AQUAPLAST, mas é um
material muito caro. Segundo a pesquisa feita por Agneli e Toyda, 2003 conforme a
Figura 1 a maior dificuldade encontrada por todos os profissionais que participaram dessa
pesquisa e o valor do material.

Figura 1 – Distribuição percentual das dificuldades mencionadas por terapeutas.

Fonte: Adaptado de Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar (2003)

Assim sabendo que a APAE Jaú não dispõe de recursos suficientes para comprar esse
material por atenderem muitas pessoas de várias idades e com diferentes necessidades
estudou-se a possibilidades de buscar materiais simples e de fácil acesso que pudessem
substitui-los para que fosse confeccionada a órtese para que pudessem solucionar o
problema da mesma maneira que o material termo plástico de baixa temperatura.
Segundo Mac Donald (1998 apud Agneli e Toyda, 2003) ao escolher um material para se
fazer talas manuais devem ser consideras as seguintes características:
-Rigidez: para suportar a posição desejada ou adequada;
-Flexibilidade: para o ajuste de movimentos;
-Volume: de forma que não se tenha dispositivos muito espessos;
-Permitir Limpeza: para proporcionar higiene e durabilidade;
________________________________________________________________________________
-Facilidade no Manejo: que não depende apenas do material, mas também da prática do
profissional que estará manuseando;
-Economia: de acorde com as possibilidades que o cliente tem e onerar as despesas;
-Resistência ao calor: já que materiais moldados em baixa temperatura facilitam a
moldagem e podem produzir resultados melhores, ao mesmo tempo em que não devem
ser recomendados para situações que envolvem exposição prolongada a temperaturas
ambientais muito altas MAC DONALD (1998, p174 apud AGNELI E TOYDA, 2003). Além
disso, outros aspectos devem ser lembrados: peso, resistência à deformação, resistência
ao desgaste, corrosão, toxidade e estética (que envolve bom acabamento, cor agradável,
textura suave, ausência de cheiro. etc.).
Para cada patologia a um modelo de órtese especifica com a indicação e objetivo desse
tratamento, como mostra a Quadro 01:

Quadro 01: Especificações dos modelos de Órteses e Funções


MODELO MATERIAL INDICAÇÃO OBJETIVO
Antebraquiopalmar Termoplástico Hipertonia flexora  Relaxamento da
ventral para de punho, dedos e musculatura hipertônica
posicionamento polegar aduto  Prevenção de
deformidade/encurtamen
to
 Manutenção da posição
funcional
Cotoveleiras Termoplástico ou Hipertonia Flexona  Ganho da amplitude de
Tecido de cotovelo movimento do cotovelo
 Proteção Articular
 Relaxamento da
Musculatura Hipertônica
Cock-up Termoplástico ou Lesão Medular  Estabilização do punho
Tecido nível C4 e C5  Favorecer função-
Síndrome do túnel minimizar dor
do Carpo
Hipertonia em
punho
Ombreiras/Suporte Neoprene Subluxação o  Favorecer a coaptação
de Ombro inferior de ombro do úmero em relação à
cavidade glenoide
Espaldeiras Tecido Subluxação o  Melhorar a extensão do
anterior de ombro tronco e posicionar o
Cifose redutível ombro em rotação
externa

Abdutor de Polegar Termoplástico Polegar aduto ou  Auxiliar na preensão fina


empalmado
Sling Neoprene Antebraço pronado  Manter antebraço
e rotação externa supinado e auxiliar na
do ombro função
Fonte: Adaptado de Montesanti, (2011).

A órtese escolhida para o desenvolvimento foi a tipo Cotoveleira que tem como objetivo
de Ganho da amplitude de movimento do cotovelo.

4.2 A APAE
A APAE-Jaú é uma entidade que está consciente de seu papel histórico e desde março
de 1965 se dedica ao atendimento de pessoas portadoras de deficiências, sendo a 3ª
mais antiga do Estado de São Paulo e a 17ª mais antiga do Brasil. Só para se ter uma
________________________________________________________________________________
ideia do que esses dados representam, atualmente somam mais de 300 entidades no
Estado de São Paulo e mais de 2.000 em todo o País.
Por ter sido a pioneira na região central do Estado, no início de suas atividades a APAE-
Jaú atendia alunos provenientes de dezenas de cidades do Estado de São Paulo, num
raio de 200 quilômetros.
Nestes 46 anos ininterruptos de atendimentos, a APAE-Jaú aperfeiçoou sua equipe de
profissionais, investindo em recursos humanos, em novos equipamentos e na
infraestrutura de suas instalações, visando sempre melhorar o atendimento aos
Portadores de Necessidades Especiais." (http://apaejau.com.br/quem_somos.php)
A APAE-Jaú desenvolve um trabalho com pacientes de diversas patologias que utilizam
órteses tanto de membros superiores como de membros inferiores. Das patologias como
exemplo a Paralisia Cerebral (PC) é uma condição que, frequentemente, interfere na
aquisição de habilidades motoras na infância, as quais são essenciais para o
desempenho de atividades e tarefas da rotina diária; Cury VCR, Mancini MC, Melo AP,
Fonseca ST, Sampaio RF, Tirado MGA (2006), assim a entidade vem desenvolvendo um
trabalho com esses pacientes de tal maneira para que eles possam ter uma melhora na
sua qualidade de vida e um desenvolvimento de suas atividades diárias.

5. Resultados e Discussão
Após um estudo de materiais e das formas de possíveis para trabalhar na a construção
de um protótipo de órtese, foi necessário fazer alguns desenhos para verificar se as
ideias se encaixavam nos modelos de produtos já existentes no mercado.
Chegou-se à conclusão que devia ser feito uma órtese para membros superiores com
funcionalidade modo de confecção, em que os materiais de nosso acesso se encaixavam
melhor nesse tipo de órtese.
Com isso, foram escolhidos e comprados os materiais que seriam usados na confecção
do protótipo, com o custo de R$ 15,00 (gastos com as placas de EVA (Etil Vinil Acetato)
cola instantânea, velcro) e foi possível reutilizar materiais recicláveis. Atingindo objetivo
de construir uma órtese com custo baixo.
O material utilizado na construção do protótipo de órtese foi semelhante ao material
usado na confecção dessas órteses tradicionais existentes no mercado, a escolha foi
pelo cano de PVC (Cloreto de Polivinila) que é um material de fácil acesso (corpo da
órtese) onde se encaixa o membro superior do paciente; para fazer o forro que tem a
função de proteger o membro, foi utilizado o EVA (Etil Vinil Acetato) que pode ser
encontrado em papelarias, e é vendido em placas; para fazer o ligamento peça que que
se une às duas peças de PVC (Cloreto de Polivinila) da órtese, foram usadas corrediças
metálicas que foram reutilizadas de um móvel em desuso, e para prender e ajustar a
órtese no membro do paciente foi utilizado velcro (apresentado na Figura 2).
________________________________________________________________________________
Figura 2- Material utilizado para fazer o protótipo

Fonte: Autores

Após a escolha dos materiais, foi planejado o desenvolvimento do protótipo, o primeiro


passo foi saber qual era a antropometria do membro superior (braço e antebraço) do
modelo (fictício Francisco), para que o cano de PVC (Cloreto de Polivinila) fosse cortado
na medida em que pudesse ser utilizada por uma parcela dos pacientes atendidos na
APAE, pois sem regulagem é difícil atender a todos os pacientes.

Logo depois foram feitos os furos nesse cano que já havia sido cortado em duas peças,
assim para que, posteriormente, fosse instalada a corrediça metálica, onde é presa com
parafusos. Para o acabamento foi feita a colagem do forro em EVA (Etil Vinil Acetato) e
do velcro que é utilizado para fixar a órtese no membro do paciente e foram feitos os
ajustes finais, e posteriormente, a órtese foi testada (apresentado nas Figuras 3 e 4).
________________________________________________________________________________
Figura 3 – Desenvolvimento da órtese (frente)

Fonte: Autores

Nessa fase já havia sido cortado o cano de PVC (Cloreto de Polivinila), também foi dado
o acabamento nas laterais retirando rebarbas que ficaram pelo corte, foi medido o
tamanho ideal do EVA (Etil Vinil Acetato), e posteriormente, o EVA (Etil Vinil Acetato) foi
cortado e colado na peça em PVC (Cloreto de Polivinila) com a cola instantânea, após
isso foram feitos os furos para instalação da corrediça metálica.

Figura 4 – Desenvolvimento da órtese (atrás)

Fonte: Autores
________________________________________________________________________________
Foram instaladas duas corrediças metálicas nas duas peças da órtese, com a função de
realizar a articulação da órtese e poder fazer o sistema de trava da mesma, apresentado
nas Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Modelo em fase de finalização

Fonte: Autores

Figura 6- Modelo finalizado

Fonte: Autores

Após a confecção do protótipo, foram realizados testes práticos na APAE-Jaú, onde a


Terapeuta Ocupacional notou muitos resultados positivos quanto às características que
________________________________________________________________________________
uma órtese deveria ter. Mas após ter feito os teste práticos notou-se que deveria ser feito
um melhor estudo sobre o sistema e de articulação e grava desse protótipo.

6. Conclusão
Foi desenvolvida a órtese levando-se em consideração as seguintes características:
Rigidez, Flexibilidade, Volume, Limpeza, Economia.
Foi selecionado um material rígido que pudesse ser cortado e perfurado e que fosse de
fácil acesso para o desenvolvimento do projeto optou-se pelo cano de PVC (Cloreto de
Polivinila). Para dar a flexibilidade do protótipo utilizaram-se corrediças metálicas onde foi
possível fazer os movimentos articulados necessários, e assim foi possível fazer o
protótipo do tamanho necessário. Segundo a Terapeuta Ocupacional da APAE de Jaú, o
material utilizado é de muito fácil limpar, de fácil manejo, pois é leve e não é de difícil à
colocação no membro superior (braço, antebraço e cotovelo) que o protótipo seja usado.
O produto apresentou-se economicamente viável, pois houve um baixo custo, o valor
total em matéria-prima foi de R$ 15,00 e ainda foi possível reutilizar peças que tinham
sido descartadas.
No quesito resistência será necessário realizar melhorias, pois no eixo onde se
encontram as duas corrediças metálicas (encaixe das articulações da órtese), houve um
problema de fragilidade, não houve um completo travamento, permitindo movimento
radiais mesmo após o acionamento da trava.
De modo geral atingiu-se o objetivo de construir o protótipo, no entanto, é interessante a
realização de estudo futuro com o propósito de melhorar o sistema de travamento da
articulação.

Referências
AGNELLI, L. B.; TOYDA, C. Y.. Estudo de materiais para confecção de órteses e sua
utilização prática por terapeutas ocupacionais no Brasil. Cadernos de terapia
ocupacional da UFSCar, Vol. 11 Nº 2, 2003.

CURY VCR, MANCINI MC, MELO AP, FONSECA ST, SAMPAIO RF, TIRADO MGA.
Efeitos do uso de órtese na mobilidade funcional de crianças paralisia cerebral. Revista
Brasileira de Fisioterapia. Vol. 10 Nº. 1, 2006.

SOGAB. Definição de Órtese. Disponível


em:<http://www.sogab.com.br/sbrt/sobreorteses.htm> Acessado em 19/08/2014

MAGAZONI, V. S.. Órteses e suas aplicações em Fisioterapia. 2013. Disponível em


<htpp://www.isaudeabahia.com.br> Acessado em 28/01/2014.

MONTESANTI, L. Órteses para Membro Superior: Você Conhece? 2011. Disponível


em:<http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/reabilitacao/Paginas/ort
eses-membro-superior-voce-conhece> Acessado em 15/08/2014.

ORTOPONTO- Precificação de Órtese. Disponível em:


<http://www.ortoponto.com.br/orteses> Acessado em 08/08/2014.
________________________________________________________________________________
POLITECSAÚDE - Precificação de Placa de Termoplástico de baixa temperatura.
Disponível em: <http://www.politecsaude.com.br/produtos/termoplasticos> Acessado em
08/08/2014.

S-ar putea să vă placă și