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Nossas palavras:
Caro aluno, a presente apostila tem a finalidade de constituir material de apoio a sua leitura,
estudos e assistência às aulas no curso. Para tal, foi elaborada e revisada por professores de Administração do
CPREM. Esta apostila é, portanto, uma fonte de estudo que atualiza o concursando sobre os assuntos mais
importantes de Administração para o seu concurso, sendo que em caso de o concursando sentir a necessidade de
maior aprofundamento, deverá buscar diretamente nos livros da Banca.
“A reprodução parcial ou total desta obra não é permitida, exceto em caso de prévia autorização por escrito do autor.”
“A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.”
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1.1.1 Conceito de Finanças Corporativas - Esse assunto implica que o que será coberto é relevante
apenas para corporações (sociedades anônimas).
1.1.2 Conceito de Investimentos - O assunto Investimentos lida, de maneira geral, com Ativos
Financeiros, tais como ações e obrigações. Aborda ainda a determinação de preço de um ativo
financeiro, como uma ação ou uma obrigação; trata da determinação de riscos e retornos potenciais
associados ao investimento em um ativo financeiro; e trata de decisões como que tipo de ativos
financeiros devem compor um Investimento.
1.1.3 Conceito de Instituições Financeiras - Instituições Financeiras são basicamente negócios que
lidam primeiramente com assuntos financeiros. Bancos e companhias de seguros talvez sejam as mais
conhecidas pelos alunos. Tais instituições empregam pessoas que desempenham grande variedade de
tarefas relacionadas a finanças. Por exemplo, um gerente de banco responsável por empréstimos avaliará
se determinado negócio tem uma posição financeira suficientemente sólida para garantir um aumento de
empréstimos. Em uma seguradora, um analista decidirá se determinado risco é adequado para ser coberto
e qual deveria ser o prêmio.
1.1.4 Conceito de Finanças Internacionais - Finanças Internacionais não são tanto uma área, mas
uma especialização. Em outras palavras, carreiras em finanças internacionais geralmente envolvem
aspectos internacionais tanto de finanças corporativas quanto de investimentos, ou instituições
financeiras; por exemplo, administração de carteira e análise de títulos das companhias não brasileiras.
De maneira análoga, muitas empresas brasileiras têm operações no exterior e precisam de empregados
familiarizados com questões internacionais, como taxas de câmbio e risco político. Os bancos geralmente
são solicitados para realizar empréstimos em outros países, e especialistas internacionais são necessários
para isso.
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1.2.3 Carreira de Analista de Títulos - A Análise de Títulos é uma terceira carreira relacionada a
Investimentos. Um Analista de Títulos pesquisa investimentos individuais, como ações de uma empresa
específica, e determina se o preço do título é justo. Para isso, pesquisa atentamente os relatórios da
empresa e do setor, assim como diversas outras fontes de informação. Geralmente, operadores e
administradores de carteira baseiam-se nas informações e recomendações dos analistas de títulos.
1.4 Três principais questões com as quais o Administrador Financeiro deve se preocupar:
1.4.1 Orçamento de Capital – Processo de planejar e gerir investimentos a longo prazo da empresa.
1.4.2 Estrutura de Capital (ou Estrutura Financeira) – Combinação entre capital de terceiros e
capital próprio que a empresa possui. A Estrutura de Capital se refere a como a empresa obtém os
financiamentos necessários para sustentar os investimentos a longo prazo. O Administrador financeiro
deve se preocupar com qual montante tomar emprestado e qual a fonte mais barata de fundos para a
empresa.
1.4.3 Administração de Capital de Giro – Ativos e passivos a curto prazo da empresa. A
administração do capital de giro da empresa é uma atividade cotidiana que assegura que os recursos sejam
suficientes para continuar a operação, visando evitar interrupções dispendiosas. Isso envolve diversas
atividades relacionadas aos recebimentos e desembolsos da empresa. Exemplos de assuntos a serem
decididos pelo administrador financeiro é quanto deve ser o volume de caixa em estoque; se devem
vender a crédito; formas de obter financiamento a curto prazo; e como e onde tomar emprestado a curto
prazo (quando for necessário).
1.6.1 Firma Individual – Empresa com único dono. É a maneira mais simples de se começar uma
empresa, e é a menos regulamentada das modalidades de empresas. Por essa razão, há mais firmas
individuais do que qualquer outra modalidade de empresa, e muitos negócios que posteriormente se
transformam em grandes sociedades por ações começam como firmas individuais. O Proprietário de firma
individual tem direito a todo o lucro da empresa, mas também tem responsabilidade ilimitada pelas
dívidas da empresa. Isso significa que os credores podem recorrer aos bens pessoais do proprietário para
pagamento de seus direitos. De maneira análoga, não há distinção entre rendimentos de pessoa física e da
pessoa jurídica e, portanto, todo o lucro da empresa é tributado como rendimento de pessoa física. A vida
da firma individual é limitada à vida do proprietário e, o que é mais importante, o montante do Patrimônio
Líquido que pode ser obtido está limitado à riqueza pessoal do proprietário. Essa limitação geralmente
significa que a empresa é incapaz de explorar novas oportunidades em vista da insuficiência de capital. É
difícil transferir a propriedade de uma firma individual, pois isso implica a venda de toda a empresa a
novo dono.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1.6.2 Sociedade por Quotas – É a empresa formada por dois ou mais indivíduos ou unidades. Uma
Sociedade por Quotas é semelhante a uma firma individual, exceto pelo fato de que existem dois ou
mais donos (sócios). Numa sociedade geral, os sócios dividem lucros e prejuízos e possuem
responsabilidade ilimitada por todas as dívidas da empresa, não apenas por uma proporção delas, esse é o
conceito de Responsabilidade Solidária, que diz que em caso de falência, que caso algum dos sócios não
pague a parte que lhe cabe nas dívidas da empresa, o outro sócio terá que arcar com a diferença. Na
Sociedade por Quotas, a maneira pela qual lucros (e prejuízos) são divididos é descrita no contrato da
sociedade (que pode ser verbal / informal ou por escrito).
1.6.3 Sociedade por Ações (muito importante) – Empresa criada como uma entidade legal distinta,
possuída por um ou mais indivíduos, ou entidades. A sociedade por ações consiste em uma entidade legal
separada e distinta de seus proprietários e possui muitos dos direitos, obrigações e privilégios de uma
pessoa de verdade. Sociedades por ações podem processar e ser processadas, e podem firmar contratos. A
sociedade por ações pode até mesmo ser um sócio geral ou sócio com responsabilidade limitada em outra
sociedade, pode possuir ações de outras sociedades por ações.
1.9.2 Funções dos Acionistas e dos Administradores nas Grandes Sociedades por Ações - Em
grandes sociedades por ações, os acionistas e os administradores geralmente são grupos distintos.
a. Acionistas elegem o conselho de administração que, por sua vez, seleciona os administradores.
b. A Administração é responsável pela conduta das atividades da empresa de acordo com o
interesse dos acionistas controlam a empresa, pois são eles que elegem o conselho de administração.
1.9.3 Vantagens que a Sociedade por Ações possui por ter separada a Administração, da
Propriedade da Organização - A Propriedade (representada pelas ações da companhia) pode ser
prontamente transferida, e a vida da empresa, portanto é ilimitada. A Sociedade por Ações toma dinheiro
emprestado em seu próprio nome. Consequentemente, os acionistas da empresa têm responsabilidade
limitada pelas dívidas da empresa. O máximo que podem perder está limitado a seu investimento.
1.9.5 Desvantagem da Sociedade por Ações - Essa modalidade possui uma desvantagem
significativa. Como a sociedade por ações é uma entidade legal, precisa recolher impostos. Além disso, o
dinheiro pago aos acionistas sob a forma de dividendos é tributado novamente como rendimento desses
acionistas. Isso é a dupla tributação, significando que os lucros da empresa são tributados duplamente: na
pessoa jurídica, ao ser gerado lucro, e na pessoa física, quando esse lucro é distribuído.
1.9.6 Outros nomes da Sociedades por Ações - Em geral, no mundo inteiro as sociedades por ações
possuem várias características e variações, mas as características essenciais que são propriedade difusa e
responsabilidade limitada permanecem as mesmas. Geralmente, essas empresas são denominadas
Companhias de Capital Coletivo, Companhias Abertas de Responsabilidade Limitada, ou Companhias de
Responsabilidade Limitada.
1.9.7 Objetivo da Administração Financeira numa Sociedade por Ações - Maximizar o valor
corrente de cada ação existente. Não existe ambiguidade no critério, e não há questões sobre curto ou
longo prazos. Simplesmente o objetivo da Administração Financeira é Maximizar o valor atual da ação.
Naturalmente, maximizar o valor da ação é a mesma coisa que maximizar o preço de mercado da ação.
1.9.9 Limitações de se ter como objetivo a maximização do lucro - Maximizar o lucro não
significa que o administrador financeiro deva agir de maneira ilegal ou aética na esperança de aumentar o
valor do Capital Próprio da empresa. O que se quer dizer é que os administradores financeiros servem
melhor aos donos da empresa identificando produtos e serviços que agregam valor à empresa, porque eles
são desejados e valorizados no mercado.
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1.9.12 Conceito de Custo do Agency - É o custo originado da perda de lucros pelo não aproveitamento de
uma oportunidade para a empresa originado no fato dos administradores (agency) terem medo de investir nela.
Exemplo, se a empresa pensa em um novo investimento, espera-se que esse novo investimento afete
favoravelmente o preço da ação, mas, por outro lado, esse também é um investimento relativamente arriscado.
Os donos da empresa gostariam de realizar o investimento (pois o preço da ação irá aumentar), mas os
administradores talvez não queiram, pois existe possibilidade de que as coisas saiam errado e, nesse caso,
haverá demissões. Se os administradores não realizarem o investimento, os acionistas poderão ter
desperdiçado uma oportunidade valiosa. Isso é um exemplo de custo de agency.
1.9.13 Conceito de Disputa de Procurações - É o mecanismo pelo qual os acionistas insatisfeitos podem
agir para substituir os administradores. O controle da empresa pertence, em última instância, aos acionistas.
Eles elegem o conselho de administração que, por sua vez, contrata e demite administradores. A procuração é
um instrumento que dá direito de voto a terceira pessoa. A disputa de procurações ocorre toda vez que um
grupo solicita procurações para substituir o conselho existente e, desta maneira, substituir a administração.
1.9.14 Conceito de Takeover – É a compra da empresa mal administrada. Outra maneira pela qual a
administração pode ser substituída é por meio do takeover. As companhias mal geridas são alvos mais
atrativos para aquisições do que aquelas bem gerenciadas, pois existe potencial de aumento de lucratividade.
Dessa maneira, o desejo de evitar um takeover consiste um outro incentivo para os administradores agirem de
acordo com o interesse dos acionistas.
1.9.15 Conceito de Stakeholders (Grupos de Interesse) - Alguém que não seja nem acionista nem
credor, mas que também possui direitos potenciais sobre os fluxos de caixa da empresa. Exemplos de
Stakeholders são empregados, clientes, fornecedores e até governo, pois possuem interesse financeiro na
empresa. Esses grupos também tentarão exercer controle sobre a empresa, muitas vezes em detrimento dos
acionistas.
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1.10 Funcionamento da troca de Fluxos de Recursos entre a Empresa e os Mercados Financeiros -
Inicia-se o processo com a empresa vendendo ações e tomando dinheiro emprestado para levantar recursos. Os
recursos fluem dos mercados financeiros para a empresa (A). A empresa investe os recursos em ativos fixos (a
longo prazo) e curto prazo (B). Esses ativos geram caixa (C). Uma parcela do caixa gerado serve para pagar
impostos da pessoa jurídica (D). Após o pagamento de impostos, uma parte do caixa é reinvestida na empresa
(E). O restante volta para os mercados financeiros, como pagamentos a credores e acionistas (F).
Valor total da
Valor total dos ativos empresa para
da empresa investidores no
Mercado Financeiro
A – A empresa emite Títulos Mercados
financeiros
B – A empresa E – Reinveste caixa
investe em F – paga dividendos e dívida Dívidas a curto
ativos C – Caixa proveniente prazo
dos ativos da empresa
Ativos a Curto e Dividas a longo
a longo prazo D – Governo prazo
Outros Stakeholders
Ações
1.11 Conceito de Mercado Financeiro - O Mercado Financeiro, assim como qualquer mercado, é apenas
uma forma de reunir compradores e vendedores. Nos mercados financeiros, os produtos vendidos e
comprados são títulos de dívida e ações. Os mercados financeiros são diferentes entre si em alguns
detalhes. As diferenças mais importantes dizem respeito ao tipo de título negociado, ao modo pelo qual as
transações são conduzidas, a quem são os compradores e vendedores.
1.15 Exigência da Lei para Ofertas Públicas de dívida de Capital Próprio - Todas as ofertas públicas
de dívida de capital próprio precisam ser registradas em órgão público. O registro requer que a empresa
divulgue uma grande quantidade de informações antes da venda de qualquer título.
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1.16 Opção de venda de dívidas e ações para a empresa que não quer registrar no Órgão Público
essas ofertas - Para evitar vários dos regulamentos requeridos e as despesas de oferta pública, dívidas e
ações geralmente são vendidas privadamente (colocação privada) para grandes instituições financeiras,
como companhias de seguro de vida ou fundos mútuos.
1.18 Implicações do fato dos Mercados de Balcão não possuírem localização física - Hoje as
fronteiras dos países não representam grandes barreiras e existe atualmente enorme mercado internacional
de balcão para dívidas. Em decorrência da globalização, os mercados financeiros atingiram um ponto em
que a negociação de diversos instrumentos nunca pára: apenas viaja pelo mundo.
1.19 Conceito de Registro - Todas as ações negociadas em Bolsas de valores estão Registradas. Para ser
registrada, a empresa precisa obedecer a determinados critérios mínimos que dizem respeito, por
exemplo, a seu tamanho e à quantidade de acionistas. Esses critérios diferem de bolsa para bolsa.
1.20 Objetivo do Administrador Financeiro numa organização com fins lucrativos – AUMENTAR
O VALOR DA AÇÃO ou AUMENTAR O VALOR DE MERCADO do Patrimônio Líquido.
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Obs.: O Balanço Patrimonial acima é O Balanço Patrimonial acima está totalmente de acordo com as
apresentado por ROSS, mas já está modificações introduzidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09 (MP
desatualizado, e devemos utilizar o Balanço 449/08); isso alterou a classificação de Balanço, criando Ativo e Passivo
Patrimonial ao lado. não Circulantes, Ativo Intangível, eliminando: “Ativo Permanente”,
Ativo Diferido, Resultado de Exercícios Futuros etc.
a) Contas do ATIVO:
O lado ESQUERDO de uma Conta é chamado o lado do DÉBITO.
Um lançamento no lado esquerdo de uma conta é denominado lançamento a Débito ou
simplesmente DÉBITO.
Quando se faz o lançamento se faz o lançamento à esquerda da conta, dizemos que estamos
debitando essa conta.
Os elementos que compõem o ATIVO figuram no lado esquerdo do Balanço. Em coerência, as
contas de ATIVO (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Porém, a exceção à regra são as Contas do Ativo que sejam diminutivas dos bens e direitos, pois
essas serão consideradas de origem CREDORA, como, por exemplo: Depreciação, Amortização e
Exaustão.
Abaixo temos a forma de lançamento dos aumentos e diminuições do Ativo (bens e direitos):
Lançamentos em qualquer
CONTA de ATIVO
DÉBITO CRÉDITO
$ Aumentos $ Diminuições
b) Contas do PASSIVO:
O lado DIREITO é chamado o lado do CRÉDITO.
Um lançamento no lado DIREITO de uma conta é chamado lançamento a CRÉDITO ou
simplesmente, CRÉDITO.
Como as Contas do PASSIVO aparecem sempre no lado DIREITO do Balanço, e, portanto, terão
sempre saldo credor, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as do Ativo.
Porém, a exceção à regra são as Contas do Passivo que sejam diminutivas das obrigações
(diminuem dívidas), pois essas serão consideradas de origem DEVEDORA.
Lançamentos em qualquer
CONTA de PASSIVO
DÉBITO CRÉDITO
$ Diminuições $ Aumentos
2.2 Critérios de Classificação do ATIVO (ou Patrimônio Bruto ou Capital Aplicado ou Capital
Investido ou Recursos Aplicados) – De acordo com a Lei 6.404, de 15 Dez 76, no ATIVO as contas
devem estar dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nela registrados, nos
seguintes grupos:
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2.2.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE, divido em:
a) Realizável a Longo Prazo – as contas representativas dos bens e direitos realizáveis após o
término do Exercício seguinte e as dos bens e direitos oriundos de negócios não operacionais realizados
por coligadas, controladas, proprietários, sócios, acionistas e diretores.
Exp.: Contas a Receber a Longo Prazo, Empréstimos a Controladas, Depósitos Judiciais etc.
b) Investimentos – as contas representativas dos bens e direitos por participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, destinados a produzir benefícios pela sua
manutenção, mas que não se destinem à manutenção da atividade da sociedade.
Exp.: Participações em Coligadas, Provisões para Perdas, Obras de Arte, Imóveis não de Uso,
Propriedades para Investimento etc.
c) Ativo Imobilizado – as contas representativas dos direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercícios com essa finalidade.
Exp.: Imóveis, Veículos, Instalações, Móveis e Utensílios, Benfeitorias em Propriedades de
Terceiros, Depreciação, Exaustão e Amortização Acumulada etc.
d) Ativo Intangível – as contas representativas das aplicações de recursos em bens incorpóreos que
contribuirão para a formação do resultado do exercício(s) futuro(s).
Exp.: Marcas e Patentes, Amortização Acumulada, Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura
(Goodwill), Direito de Concessão, Direito Autoral, Provisão para Perda de Valor etc.
2.3 Critérios de Classificação do PASSIVO – De acordo com a Lei 6.404/76, no Passivo as contas
devem estar dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados, nos
seguintes grupos:
2.3.1 PASSIVO CIRCULANTE – As contas representativas das Obrigações da Sociedade que
vencerem no Exercício Social seguinte (curto prazo).
Exp.: Fornecedores, Salários e Encargos a Pagar, Empréstimos, Debêntures, Encargos Financeiros
a Pagar, Impostos a Recolher, Imposto de Renda a Pagar etc.
2.3.2 Passivo NÃO CIRCULANTE – As contas representativas das obrigações com vencimentos
após o término do Exercício Social seguinte (longo prazo), Receitas Diferidas etc.
Exp.: Financiamentos, Debêntures, Encargos Financeiros a Pagar, Retenções Contratuais,
Subvenções Governamentais a Apropriar etc.
2.4 Critérios de Classificação do PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) – De acordo com a Lei 6.404/76,
são classificadas no Patrimônio Líquido (PL) as contas representativas:
- dos investimentos dos proprietários na sociedade;
- das reservas oriundas de lucros;
- de certos ajustes de avaliação patrimonial de determinados ativos e passivos;
- de ações ou quotas próprias readquiridas dos sócios;
- de prejuízos acumulados.
2.4.1 Capital Social – são as contas representativas do Capital Subscrito (já integralizado) e, por
dedução, a parcela ainda não realizada.
As principais contas pertencentes a este grupo são: Capital e Capital a Integralizar (esta como
redutora daquela).
2.4.2 Reservas de Capital – as contas que registrarem:
- os valores recebidos, a título de ágio na subscrição de ações, que ultrapassarem a importância
destinada à formação do Capital Social;
- o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
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2.4.3 Reservas de Reavaliação – Essas contas ainda existem, não mais permitida sua criação a partir
de 2008. Compostas pelas contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do Ativo em
virtude de novas avaliações, com base em laudo aprovado pela Assembleia Geral de Acionistas.
Exp.: Reavaliação de Imóveis.
2.4.4 Reservas de Lucros – As contas constituídas pela apropriação de lucros da empresa. Essas
reservas podem ser constituídas por imposição legal (Reserva Legal), por determinação estatutária
(Reservas Estatutárias) e por propostas aprovadas pelos proprietários (sócios e acionistas), com
finalidades específicas (Exp.: Reservas para Contingências, Reservas para Expansão etc.).
2.4.5 Lucros e Prejuízos Acumulados – Os Lucros ou Prejuízos do Exercício são transferidos para a
conta Lucros (Prejuízos) Acumulados e aí permanecem até a destinação do lucro ou amortização do
prejuízo. Nas sociedades por ações os lucros precisam, obrigatoriamente, ser totalmente destinados para
reservas de lucros ou dividendos.
2.4.6 Ações ou Quotas em Tesouraria – As contas representativas de Ações ou Quotas em Tesouraria
(ações ou quotas emitidas pela própria empresa e por ela readquiridas) são destacadas no Balanço
Patrimonial como redutoras das contas do Patrimônio Líquido que registrarem a origem dos recursos
aplicados em sua aquisição. Representam capital devolvido a certos sócios.
2.4.7 Ajustes de Avaliação Patrimonial – As contas representativas de certas modificações de valor
em alguns ativos e passivos que não transitaram pelo resultado do período, como ganhos e perdas por
variação cambial e investimentos societários no exterior, ajustes a valor justo de alguns instrumentos
financeiros etc.
2.5 Conceito de Obrigações e Obrigacionistas - São termos utilizados para nos referirmos aos credores
da empresa a longo prazo.
2.6 Conceito de Patrimônio Líquido - Por definição, Patrimônio Líquido é a diferença entre o valor total
dos Ativos (Circulante e Não Circulante) e o valor total do Exigível (Circulante e a Longo Prazo). O
Patrimônio Líquido também é chamado de Capital dos Acionistas, ou Capital Próprio.
PL = ATIVO – EXIGÍVEL (Circulante e Não Circulante)
Obs.: Quando o resultado da equação é negativo, convenciona-se denominá-lo de "Passivo a Descoberto".
2.7 Finalidade do Patrimônio Líquido (PL) - Esse setor do Balanço Patrimonial procura refletir o fato de
que, se a empresa vendesse seus ativos e utilizasse o dinheiro para pagar todas as suas dívidas, o valor
residual pertenceria aos acionistas. Assim, o Balanço “fecha”, pois o valor do lado esquerdo é sempre
igual ao valor do lado direito. Ou seja, o valor dos ativos da empresa é igual à soma dos exigíveis com o
Patrimônio Líquido.
ATIVO = EXIGÍVEIS + PL
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2.9 Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) - Capital de Giro Líquido é a
diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
CGL = AC – PC ou CCL = AC - PC
2.10 CGL Positivo - O Capital de Giro Líquido é POSITIVO quando o Ativo Circulante excede o Passivo
Circulante. O Capital de Giro Líquido é normalmente positivo em empresas saudáveis. Em uma empresa
saudável o saldo do CGL ficará no AC, ou seja, no lado esquerdo do Balanço Patrimonial, uma vez que o
AC é maior que o PC.
d. Conceito de Situação Líquida (SL) – A situação líquida de uma empresa é representada pela
diferença entre o Ativo Total (AT) e o Passivo Exigível (PC + Passivo Não Circulante).
SL = AT – Passivo Exigível
Há TRÊS espécies possíveis de Situações Líquidas:
1 - Situação Líquida Nula (ou Compensada) → Ativo = Passivo Exigível
2 - Situação Líquida Positiva → Ativo > Passivo Exigível
3 - Situação Líquida Negativa (ou Passivo a Descoberto) → Ativo < Passivo Exigível
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
b. Análise Vertical – É a análise feita em um único Balanço para saber a influência, em termos
percentuais, de cada item do BP (AC, Não Circulante, etc) em relação ao BP como um todo. Geralmente é
utilizado o mesmo BP da Análise Horizontal.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2.12 Fluxos de Fundos - Por muito tempo as organizações tiveram que se contentar, exclusivamente, com os
Balanços Patrimoniais, as Demonstrações de Resultado do Exercício e as Demonstrações das Mutações no
Patrimônio Líquido. Entretanto, as organizações continuavam a demandar instrumentos mais dinâmicos, que
se propusessem a acomodar fluxos completos de toda a movimentação financeira e não se limitassem a
apresentar receitas e despesas exclusivamente segundo os regimes de competência. Como resposta a essa
demanda, com a pretensão de se tornar um Demonstrativo capaz de diferenciar-se dos demais, pela explicação
conjunta das movimentações dos fluxos, surgiu o Fluxo de Fundos.
A expressão “fundos” pode assumir diversas interpretações. Assim, para uma análise a partir das
mudanças observadas no ativo líquido decorrentes de operações, ou seja, a estruturação dos fluxos de rendas
do período. Em situações que envolvam prazos menores o enfoque recomendável será o de capital circulante
líquido, e finalmente se a situação é de curtíssimo prazo o enfoque volta-se para o caixa propriamente dito.
Note-se, que a definição mais comum para o fluxo de fundos é como capital circulante líquido, ou seja, pela
diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.
Resumidamente, o conceito de Fluxo de Fundos corresponde a Caixa e Capital de Giro Líquido.
2.16 Conceito de Bottom Line da Demonstração de Resultado - Bottom Line é o termo americano que
representa o Lucro Líquido, que é normalmente expresso também em uma base por uma ação, o famoso Lucro
por Ação (LPA).
2.18 Maneira de fazer o Lançamento das Receitas, para fim de apuração de Resultado, segundo os
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos - Para fim de apuração de Resultado as receitas são lançadas
quando são obtidas, o que não coincide necessariamente com o momento da entrada de caixa. Obedece ao
Princípio da Realização.
2.19 Conceito de Princípio da Realização - O Princípio da Realização se aplica às Receitas. É a regra geral e
consiste em reconhecer a receita quando o processo de lucro está virtualmente completo e o valor de uma
transação com bens e serviços é conhecido e pode ser determinado com confiança. Na prática, esse princípio
geralmente significa que receitas são reconhecidas durante a venda, que não necessariamente coincide com o
período de recebimento.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2.21 Relacionando a Demonstração de Resultado com o Princípio da Realização e o Regime de
Competência - Para o lançamento de Receitas e Despesas no DRE, as mesmas devem ser lançadas com
valor integral no período em que a venda acontecer, independente se o pagamento foi parcelado ou se o
custo de produção ainda não foi pago ao fornecedor. Por esse motivo o Lucro Contábil não é igual ao
fluxo de caixa.
2.22 Conceito de Itens não Monetários – São despesas lançadas contra receitas que não afetam
diretamente o fluxo de caixa, como, por exemplo depreciação. O importante da Depreciação é reconhecer
que essa dedução não é um fluxo de caixa, é na verdade um valor contábil. A verdadeira saída de caixa
ocorreu no momento em que o ativo foi comprado.
2.23 Conceito de Depreciação Linear - Por Depreciação Linear, queremos dizer que a despesa de
depreciação é a mesma em todos os anos. Por “reduzir seu valor a zero” queremos dizer que o ativo não
tem nenhum valor ao final do período previsto para a sua depreciação.
2.23.1 Valor Residual – Existem casos em que ao final do período de depreciação do bem, ele ainda
tem um valor residual de negociação. Chama-se Valor Residual, o valor final de venda, após o uso, de
um ativo imobilizado. Nesse caso, a diferença entre o custo de aquisição e o valor residual de um ativo
destinado ao uso é o valor depreciável.
2.24 Maneira que ocorre a Dedução da Depreciação - A dedução da depreciação é simplesmente outra
aplicação do Princípio da Competência em contabilidade porque as Receitas associadas ao uso do ativo
ocorreriam genericamente durante um determinado período e por esse motivo os contadores procuram
associar as despesas de compra do ativo ao benefício produzido pela sua posse.
2.25 Maneira de calcular a Alíquota Média de Impostos – Calcula-se usando o total de impostos
devidos dividido pelo lucro tributável total.
Alíquota Média (%) = Imposto total / LAIR
2.26 Maneira de calcular a Alíquota Marginal dos Impostos - A Alíquota Marginal é igual ao montante
de imposto devido sobre o próximo Real (R$) auferido. Traduzindo: Os impostos têm percentuais
crescentes de acordo com o Lucro da empresa. Então a Alíquota Marginal deve ser calculada para saber
se quando meu lucro aumentar em R$ 1,00 o imposto que incidirá sobre ele continua com a mesma
alíquota anterior ou se aumenta. Em caso de aumento, essa nova alíquota é a Alíquota Marginal.
Geralmente se compara a Alíquota Média com a Marginal para saber em quanto o imposto pode
influenciar a receita no caso de aumento de vendas.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2.28.1 Conceito de Fluxo de Caixa Operacional (FCO) - O Fluxo de Caixa Operacional é o caixa
gerado pelas atividades normais da empresa. O Fluxo de Caixa Operacional refere-se ao fluxo de caixa
resultante das atividades cotidianas de produção e venda. As despesas associadas ao financiamento dos
ativos da empresa não estão incluídas, pois não são despesas operacionais.
Obs.: O Gasto Líquido de Capital pode ser Negativo. Isso poderá acontecer se a empresa vender mais
ativos do que comprar. O termo “líquido” se refere ao fato de que estamos calculando a diferença entre as compras
e quaisquer vendas de Ativos Não Circulantes (não leva em conta ativos não circulantes de exercícios anteriores,
que não foram adquiridos ou vendidos no exercício atual), assim como as despesas não desembolsáveis.
2.28.3 O que é Variação do Capital de Giro Líquido CGL - É o montante gasto no capital de giro
líquido. Representa o aumento líquido dos ativos circulantes em relação aos passivos circulantes. Para
determinar a variação do CGL, a abordagem mais fácil consiste simplesmente em calcular a diferença
entre o CGL no final do período e o CGL no início do período.
CGL = AC – PC Variação do CGL = CGL final do período – CGL início do período
2.29 Cálculo do Fluxo de Caixa Operacional (FCO) – O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) é o
resultado da diferença entre Receita e Custos. FCO = Receita – Custos. Neste cálculo não desejamos
incluir a depreciação, pois depreciação não é uma saída de caixa, e nem desejamos incluir juros, pois
são despesas financeiras. Obs.: A Visão Contábil diverge da Visão Financeira a respeito do Fluxo de
Caixa Operacional, pois na visão contábil considera-se a fórmula de FCO = LAJIR + Depreciação.
* LAJIR também é conhecido como “Lucro Operacional”.
Visão Financeira (a que o livro utiliza): FCO = LAIR + Depreciação - Impostos
Visão Contábil (o livro dá a título de informação): FCO = LAJIR + Depreciação
2.30 Conceitos relacionados com Desembolsos – Antes de desenvolvermos os próximos assuntos, que
são Ponto de Equilíbrio, Balanço Patrimonial e etc, é importante conhecermos os conceitos abaixo:
2.30.1 Custo – Gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
Custos podem ser classificados em:
1. Custo Direto & Custo Indireto:
a. Custo Direto - É aquele facilmente identificado no produto. Não precisa de critérios de
rateio. Exp.: Quanta madeira foi necessária para fazer uma cadeira.
b. Custo Indireto - É aquele não identificado no produto. Necessita de critérios de rateio para
locação. Ex.: depreciação, mão-de-obra indireta, seguros e etc.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
3. Custo Primário & Custo de Transformação:
a. Custo Primário – soma de matéria-prima com mão-de-obra direta. Não são a mesma coisa
que Custos Diretos, já que nos Primários só estão incluídos aqueles os dois itens citados.
Custos Primários = Matéria Prima + MOD
4. Custo Total - O Custo Total é a soma dos demais custos e para achá-lo é importante sabermos
a natureza dos custos em questão.
Exp.: CT = Custos Diretos + Custos Indiretos
CT = Custos Fixos + Custos Variáveis + Custos Semivariáveis
2.30.2 Gasto - Sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço
qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente
dinheiro).
2.30.3 Investimento - Gasto ativado (ou seja, gasto feito na obtenção de algum Ativo) em função de
vida útil ou benefícios atribuídos a futuro(s) período(s). Exp.: Materiais em Estoque.
2.30.4 Despesa - Bem ou Serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de Receita.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2.31 Árvore dos Custos da Produção – Para fazermos uma Demonstração de Resultado do Exercício e
apurarmos o lucro ou prejuízo, é importante que saibamos calcular os Custos das Mercadorias Vendidas
(CMV).
Fórmulas: Siglas:
MPC = EIMP + CMP – EFMP CMP – Compras de Matéria-Prima
PA = EIPE + MPC - EFPE + (MOD + EIMP – Estoque Inicial de Matéria-Prima
CIF) EFMP – Estoque Final de Matéria Prima
CMV = EIPA + PA – EFPA MPC – Matéria Prima Consumida
Custos Primários = MP + MOD EIPE – Estoque Inicial de Produtos em
Custos Transformação = CPP – Mat Prima Elaboração
EFPE – Estoque Final de Produtos em
Atenção para as seguintes fórmulas: Elaboração
1. CPP = Custos Diretos + MOD + CIF PA – Produtos Acabados
2. EMP = EIMP + C EIPA – Estoque Inicial de Produtos Acabados
EFPA – Estoque Final de Produtos Acabados
MOD – Mão de Obra Direta
CIF – Custos Indiretos de Fabricação
CMV – Custos da Mercadoria Vendida
EMP – Estoque de Matéria-Prima (é o Estoque
total do dia)
CPP – Custos de Produção do Período (refere-
se apenas ao custo de produção do período
atual, não incluído produtos em elaboração do
período anterior que não foram concluídos)
EMP – Estoque de Matéria Prima (refere-se ao
total de matéria prima no período considerado)
2.32 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE), proposto pela Equipe de Professores da USP (2010):
Receita Bruta de Vendas (Mercadorias e Serviços)
(-) Abatimentos sobre Vendas e outras Deduções da Receita Bruta
(-) Impostos s/ Vendas
(=) Receita Líquida de Vendas
(-) Custo de Mercadorias e Serviços Vendidos (CMV)
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(=) Lucro Operacional Antes das Despesas e Receitas Financeiras (LAJIR) LAJIR: Lucro Antes do Juros e do IR
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras Líquidas Despesas Financeiras e Juros
(+ ou -) Outras Receitas e Despesas Operacionais
(=) Resultado antes do Imposto de Renda (LAIR) LAIR: Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social
(-) Participações no Resultado
(=) Lucro Líquido (LL) LL: Lucro Líquido
-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
ATENÇÃO: A Lei 6.404/76, em seu Art 187, apresenta um modelo proposto de DRE um pouco
diferente do que a Equipe de Professores da USP nos propôs, conforme abaixo demonstrado:
MODELO DE DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) – Proposto pelo Art 187 da Lei 6.404/76
Venda de Produtos
Receita Operacional Bruta Venda de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) Devoluções de Vendas
(-) Deduções da Receita Bruta (-) Abatimentos
(-) Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) Custo dos Produtos Vendidos – CPV
(-) Custos das Vendas (-) Custos das Mercadorias
(-) Custo dos Serviços Prestados
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO ou LAJIR RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Operacionais
(-) Despesas Administrativas
Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Financeiras Líquidas
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
Resultado da Equivalência Patrimonial
Outras Receitas e Despesas Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= LUCRO OPERACIONAL ou LAIR RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E
DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
Social sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes
(-) Participações
Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO = RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2.32.1 VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA) - O EVA é uma medida daqueles lucros
verdadeiros. Aritmeticamente, é o lucro operacional após pagamento de impostos menos os encargos
sobre capital, apropriado tanto para endividamento quanto para capital acionário. Tem-se mostrado eficaz
em praticamente todo lugar por ser a abordagem correta para todas as empresas em todos os momentos e
em todos os ambientes.
2.32.2 Alocação de DESCONTOS no DRE:
a) Descontos Comerciais e Abatimentos – No caso de Descontos Comerciais e Abatimentos,
devem ser considerados redutores do preço de aquisição, portanto, Descontos Comerciais e Abatimentos
são considerados redutores da Receita Bruta de Vendas.
a1) Descontos Comerciais – são aqueles contratados já no ato da compra em função da
quantidade adquirida, de uma liquidação etc.
a2) Abatimentos – são as reduções negociadas posteriormente à compra em razão de
problemas de avarias, especificações não cumpridas, atrasos etc.
b) Descontos Financeiros – Desconto Financeiro é oriundo da redução do valor desembolsado
em função de pagamentos antecipados, portanto, Descontos Financeiros recebidos são lançados, para a
empresa que está pagando a duplicata, como Receita Financeira, uma vez que essa empresa lançou o
valor da compra corretamente (ou seja, entrou no estoque o valor inicial da compra), mas deixou de
pagar parte do valor devido. Já para a empresa que está a receber a duplicata, os Descontos
Financeiros concedidos serão lançados como Despesa Financeira.
Segundo a Legislação Fiscal Brasileira, integra o valor do material o Valor Total Bruto, e os
Descontos Financeiros eventualmente aproveitados (descontos recebidos quando a empresa realiza
compra) são considerados como Receitas Financeiras, ao invés de redução do próprio custo.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Gráfico relacionando Receitas, Custos, Vendas e Produção:
Receitas / Custos ($)
Receita de Vendas
Lucro
Ponto de Equilíbrio
Prejuízo
a. MCu é a margem que permite cobrir todos os custos e despesas variáveis, podendo ser
unitária e total, sendo fornecida pela seguinte expressão:
MCu = p – Cvu
Onde “p” = Preço Unitário de Venda; e “Cvu” = Custo Variável Unitário
b. Margem de Segurança (MS) – É o valor que permite uma redução de receitas sem que a
empresa entre na faixa de prejuízo, pode ser expressa em unidades, unidades monetárias ou valores
unitários, sendo fornecida pela seguinte expressão:
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2.33.2 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE):
CF + Lucro Mínimo Onde PEO = Ponto de Equilíbrio Operacional; CF = Custos Fixos Totais; e
PEE = MCu = Margem de Contribuição Unitária.
MCu
2.33.4 PONTO DE EQUILÍBRIO DE CAIXA – Uma vez que é bastante comum que os custos de
uma empresa se originem da aplicação do regime de competência, e não da observação estrita do fluxo de
caixa, é útil fazer a análise do ponto de equilíbrio de caixa. Esse tipo de análise reconhece que os encaixes
e desembolsos podem não corresponder às receitas e despesas. Embora possa haver várias diferenças
devido à existência de contas a receber e contas a pagar, os itens principais que demandam atenção na
análise de caixa são as despesas que não precisam de desembolso, como, por exemplo, a
DEPRECIAÇÃO.
CF – Encargos
Ponto de Equilíbrio de Caixa =
Preço de venda unitário – custo variável unitário
2.34 Maneira de se calcular o Ativo Permanente Líquido ao final de um período - O Ativo Permanente
Líquido ao final de um período equivale ao Ativo Permanente no início do período menos a Depreciação.
2.35 Conceito de Fluxo de Caixa aos Credores e Fluxo de Caixa aos Acionistas:
1. Fluxo de Caixa aos Credores (ou Fluxo de Caixa aos Obrigacionistas) – corresponde aos Juros
pagos menos novos empréstimos líquidos.
Fluxo de Caixa aos Credores = Juros pagos – novos financiamentos
2. Fluxo de Caixa aos Acionistas – corresponde a dividendos pagos menos novo ingresso de capital.
Fluxo de Caixa aos Acionistas = Dividendos Pagos – Ingresso de capital novo
2.36 Taxa Referencial de Juros no Brasil - Assim como os EUA possuem a Prime que é sua taxa
referencial de juros, o Brasil possui a TR.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
c. Fórmula do Índice de Liquidez Seca (ou Liquidez Ácida): ILS = (AC – Estoque) / PC
Disponibilidades *
e. Índice de Liquidez Instantânea ou Imediata =
Passivo Circulante
* O termo “Disponibilidades” refere-se aos recursos que estão disponíveis para utilização
imediata para pagamento de contas do passivo, assim, genericamente, Disponibilidades refere-se a
Caixa e Bancos c/movimento.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
3.3.4 Medidas de Rentabilidade:
a. O que são Medidas de Rentabilidade - São medidas que servem para indicar o quão eficientemente a
empresa utiliza seus ativos para gerar lucro.
b. Fórmula da Margem de Lucro (ML): ML = LL
Esta fórmula nos indica o lucro auferido por Real de vendas. Exp: Se o ML for de Vendas
16%, significa que cada R$1,00 de vendas gera R$0,16 de lucro (ceteris paribus, ou
seja, mantidas inalteradas todas as outras coisas).
Lucro Operacional
Margem Operacional (MO) =
Vendas
Lucro Líquido
Margem Líquida (ML) =
Vendas
c1. ROI DuPont – Método utilizado pela empresa DuPont, que deu tão certo que é utilizado por
várias empresas no mundo todo.
ROI DuPont = Margem Líquida x Giro do Ativo Total
d. Fórmula do Retorno do Capital Próprio (ROE) ou Retorno do PL: ROE = LL
ROE é uma medida de desempenho do investimento dos acionistas durante o ano. A fórmula PL
do ROE nos indica o lucro auferido por Real investido em Patrimônio Líquido. Exp: Se o ROE
for de 16%, significa que cada R$1,00 investido em Patrimônio Líquido gera R$0,16 de lucro
(ceteris paribus).
* Obs.: O ROI e ROE são taxas de retorno contábeis, por isso podem ser chamadas de Retorno do Ativo
Contábil e Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido.
b. Fórmula do Índice Preço / Lucro (ou índice P/L): Índice P/L = Preço por Ação (PPA)
Índice P/L permite saber quantas vezes o preço da ação é maior Lucro por Ação (LPA)
que o lucro por ação. O Índice P/L mede quanto os investidores
estão dispostos a pagar por Real (R$) de lucro corrente, P/L mais
elevados geralmente são vistos como associados a empresas que
possuem ótimas perspectivas de crescimento futuro.
Obs.: Onde consta Valor Patrimonial das ações, deve-se colocar o valor referente ao PL dividido pelo total de número de
ações.
O Índice Preço / Valor Patrimonial compara o Valor de Mercado do investimento em uma empresa a seu custo. Valores
inferiores a 1 significam que a empresa não tem sido bem-sucedida em criar valor para seus acionistas.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
d. ROE DuPont (Identidade ROE DuPont) - Identidade DuPont é a expressão popular que decompõe o
ROE em três elementos: eficiência operacional, eficiência da utilização dos ativos e alavancagem
financeira.
Fórmula ROE DuPont: ROE DuPont = ML x GAT x Multiplicador do Capital Próprio
e. A Identidade DuPont mostra-nos que o ROE é afetado por três aspectos, a saber:
1. Eficiência Operacional (medida pela margem de lucro).
2. Eficiência no uso de ativos (medida pelo giro do ativo total); e
3. Alavancagem Financeira (medida pelo multiplicador do capital próprio).
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
3.5 Quatro fatores que levam ao crescimento sustentável de uma empresa - Sabemos que qualquer
coisa que aumente o ROE DuPont (ROE = ML x GAT x Multiplicador do Capital Próprio) irá aumentar a
taxa de crescimento sustentável tornando o numerador maior e o denominador menor. Dessa forma
podemos concluir que a capacidade de uma empresa de sustentar seu crescimento depende explicitamente
dos quatro fatores abaixo:
1. Margem de Lucro (ML) – Um aumento da margem de lucro aumentará a capacidade da empresa
de gerar fundos internamente e, portanto, aumentará o crescimento sustentável.
2. Giro do Ativo Total (GAT) – Um aumento do GAT de uma empresa eleva as vendas geradas por
Real de ativo. Isso diminui a necessidade de novos ativos da empresa à medida que as vendas crescem e,
portanto, aumenta a taxa de crescimento sustentável. Perceba que aumentar o GAT é a mesma coisa que
diminuir a intensidade de capital.
3. Política Financeira – Um aumento do quociente capital de terceiros / capital próprio aumenta a
alavancagem financeira da empresa. Com isso, torna novos financiamentos com capital de terceiros
disponíveis e aumenta a taxa de crescimento sustentável.
4. Política de Dividendos – Uma diminuição da porcentagem de Lucro Líquido distribuído como
dividendo aumentará o Índice de Retenção. Isso amplia o Capital Próprio gerado internamente e, portanto,
aumenta a taxa de crescimento interno e sustentável.
Relembrando:
Fórmula ROE DuPont: ROE DuPont = ML x GAT x Multiplicador do Capital Próprio
Onde: ML ou Margem Lucro = LL/ Vendas
GAT ou Giro do Ativo Total = Receita Operacional Total / Ativo Total Médio
Multiplicador do Capital Próprio = AT / PL
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Índices que compõem o Planejamento Financeiro de uma organização
I. Índices de solvência a curto prazo ou liquidez Continuação III.Índices de utilização de ativos ou Giro
Vendas
AC
Liquidez Corrente = Giro de Contas a receber =
Contas a receber
PC
AT
Caixa
Índice de Caixa = Intensidade de Capital =
Vendas
PC
Exigível Total LL
Capital de terceiros / Capital Próprio = Retorno do Ativo Total (ROI) =
PL Total do Ativo
AT LL
Multiplicador de Capital Próprio = Taxa de retorno do PL (ROE) =
PL PL
Ou
LAJI LL Vendas Ativo
Cobertura de Juros = ROE = x x
Juros Vendas Ativo PL
365 dias
Dias de Venda em Estoque =
GE
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
3.7 Usos internos das Demonstrações Financeiras - Internamente, uma das mais importantes
informações extraídas está a avaliação de desempenho. Outra aplicação importante envolve o
planejamento para o futuro.
3.8 Usos externos das Demonstrações Financeiras - As demonstrações financeiras são úteis para
indivíduos e organizações externas à empresa, incluindo credores a curto prazo e investidores em
potencial. Por exemplo, consideraríamos essas informações muito úteis ao decidir se concederíamos ou
não um crédito a um novo cliente. Fornecedores avaliam essas demonstrações para decidir o nível de
crédito a dar para uma empresa. Agências de rating de crédito baseiam-se em demonstrações financeiras
para avaliar a situação geral de risco de crédito de uma empresa. Também se pode usar externamente
demonstrações financeiras quando se deseja conhecer a concorrência e quando desejamos adquirir outra
empresa (estipular oferta).
3.9 Conceito de Análise de Grupos Comparáveis - Essa análise serve para identificar empresas similares
no sentido de que competem no mesmo mercado, possuem ativos semelhantes e operam de maneira
parecida. Em outras palavras, precisamos identificar um Grupo Comparável. Obviamente, existem
problemas para fazer isso, pois não há duas empresas idênticas.
3.10 Conceito de Grupos de Aspiração - Quando nossa empresa tem interesse em ser como empresas de
um determinado grupo comparável. Nesse caso, uma análise de demonstrações financeiras revelaria o
quanto ainda precisamos progredir.
3.11 Razão porque se torna difícil fazer a comparação de demonstrações financeiras entre países
distintos – É difícil fazer comparações financeiras entre países distintos porque a lucratividade é
fortemente afetada pela regulamentação à qual a empresa está sujeita; com isso, empresas em localizações
diferentes podem ser semelhantes, mas apresentar lucros distintos. Há vários outros problemas que
aparecem frequentemente. Primeiro, empresas diferentes utilizam procedimentos contábeis distintos –
para contabilizar estoque, por exemplo. Isso dificulta a comparação de demonstrações. Em segundo lugar,
empresas diferentes encerram o ano fiscal em datas distintas. Para empresas com negócios sazonais (por
exemplo varejo com grande pico de vendas no Natal), isso pode trazer dificuldades à comparação de
balanços por causa das flutuações nas contas durante o ano.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
3.12 Conceitos de VALOR DA AÇÃO:
a. Valor Nominal da Ação - O Valor Nominal de uma Ação é o valor que é mencionado no Estatuto
Social da empresa e que determina o valor de uma ação representativa de seu Capital Social. É importante
lembrar que o valor nominal é uma medida puramente contábil e, portanto, nada tem a ver com o valor de
mercado de uma ação, ou seja, o preço que os investidores pagam para comprá-la na bolsa de valores.
b. Valor Patrimonial da Ação – O Valor Patrimonial de uma Ação (ou lote de 1000 ações) é
calculado dividindo-se o Patrimônio Líquido pela quantidade total de ações (ou lote de 1.000 ações) da
empresa. Significa quanto caberia a cada ação, se do total dos bens e valores a receber pela companhia
deduzíssemos as suas dívidas.
Valor Patrimonial da Ação = PL / Número de Ações
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exercícios FINANÇAS – Assuntos: 1. Visão Geral FINANÇAS; 2. Demonstrações Financeiras, Impostos e Fluxos de
Caixa; e 3. Utilização de Demonstrações Financeiras.
01. (Questão 58 – EsAEx 2000) Quando uma situação empresarial apresenta “liquidez seca” de 0,50 , podemos afirmar:
a) Os estoques correspondem a 50% do valor do ativo circulante, caso não seja vendido, para liquidar as obrigações de longo
prazo.
b) Caso não venda os estoques, a empresa dispõe de capacidade financeira para liquidar apenas 50% de suas obrigações de
curto prazo.
c) A empresa tem condições de liquidar, com certeza, 50% de suas obrigações de curto prazo e 50% de longo prazo.
d) A empresa se encontra em situação de completa insolvência financeira e operacional devido às obrigações de curto e longo
prazo.
e) A empresa está capacitada a tomar empréstimos até o limite de 50% do valor dos estoques para liquidar as obrigações totais.
02. (Questão 30 – EsAEx 2001) Uma das principais desvantagens de uma sociedade por cotas de responsabilidade ilimitada é
a “responsabilidade solidária” que, no caso de uma sociedade de duas pessoas, significa que:
a) se um dos sócios não possui capital próprio suficiente para cobrir débitos, o outro assumirá.
b) Cada sócio responde solidariamente apenas pelo número de cotas que possui.
c) Sócio com responsabilidade ilimitada não pode ocupar a direção.
d) os sócios respondem, independentes de suas participações, com todos os encargos da sociedade.
e) no caso de morte de um dos sócios, o outro automaticamente assume a direção.
03. (Questão 62 – EsAEx 2001) O Valor do Capital de Giro ou Circulante retirado dos dados do Balanço, abaixo será:
Ativo circulante – AC ................ R$ 3.000,00
Passivo circulante – PC .............. R$ 2.800,00
Exigível a longo prazo – ELP .... R$ 500,00
Realizável a longo prazo – RLP.. R$ 1.500,00
Ativo Permanente ....................... R$ 3.500,00
Patrimônio Líquido .................... R$ 4.700,00
a) R$1.000,00 b) R$200,00 c) R$3.300,00 d) R$1.200,00 e) R$1.500,00
04. (Questão 25 – EsAEx 2002) Observe os dados de uma empresa de manufatura apresentados a seguir:
Vendas totais .............................. R$ 10.000.000,00
Salários ....................................... R$ 2.000.000,00
Materiais e serviços comprados.. R$ 7.000.000,00
Despesas fixas ............................ R$ 500.000,00
Lucro .......................................... R$ 500.000,00
Considerando a presente situação e que o objetivo da empresa é “dobrar” o lucro, assinale a alternativa que apresenta as
hipóteses sobre as providências administrativas que devam ser efetivadas para que o objetivo seja alcançado.
a) Reduzir os salários em 30% e aumentar as vendas em 80%.
b) Reduzir os custos das compras em 7% ou as despesas fixas em 70%.
c) Elevar as receitas em 100% ou reduzir as despesas fixas no mesmo percentual.
d) Diminuir as receitas em 20% ou reduzir os salários em 20%.
e) Elevar as vendas em 50% e reduzir despesas fixas em 30%.
05. (Questão 41 – EsAEx 2002) A Administração Financeira é a área da Administração que se preocupa e tem por objetivos
básicos:
a) controles contábeis e financeiros da empresa.
b) rentabilidade e liquidez da Organização.
c) controles de orçamento e de entradas e as saídas dos recursos financeiros.
d) auditagem e administração do caixa e ativos da empresa.
e) utilização e obtenção dos recursos financeiros.
06. (Questão 42 – EsAEx 2002) A Sociedade Anônima (S.A.) é uma associação de pessoas onde o Capital Social é constituído
por ações, de mesmo Valor Nominal, e tem como principal característica:
a) ser menos transparente nas suas demonstrações financeiras em face das possibilidades de manipulação das informações.
b) ter sua regulamentação restrita à área onde está situada a empresa, não podendo ser estendida.
c) ter uma carga tributária menor, pois só incide sobre os acionistas majoritários, a uma taxa variável.
d) Ser, cada acionista, um sócio com responsabilidade limitada, podendo negociar as suas ações em bolsas de valores, sem
qualquer limitação.
e) ter o seu lucro tributado pelo imposto de renda, podendo ser recuperado através de pedido de restituição à autoridade
tributária local.
34
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
07. (Questão 45 – EsAEx 2002) O gráfico abaixo refere-se ao ponto de equilíbrio empregado para análise da alavancagem
operacional.
Da análise do gráfico acima, pode-se
afirmar:
a) Um aumento no preço de venda
unitário aumenta o ponto de equilíbrio.
b) Um aumento no custo operacional
variável, por unidade, eleva o ponto de
equilíbrio.
c) Um aumento no custo operacional
fixo diminui o ponto de equilíbrio.
d) Uma diminuição no preço de venda
unitário diminui ou baixa o ponto de
equilíbrio.
e) O ponto de equilíbrio é insensível a
qualquer variação do custo operacional
variável por unidade.
08. (Questão 45 – EsAEx 2003) Uma empresa com “Capital de Giro Negativo” é caracterizada por:
a) receitas operacionais inferiores às despesas operacionais.
b) passivo circulante maior que ativo circulante.
c) patrimônio líquido menor que ativo permanente.
d) ativo permanente maior que ativo circulante.
e) lucro menor que prejuízo.
09. (Questão 44 – EsAEx 2003) Observe o gráfico do Ponto de Equilíbrio abaixo. Se a empresa vende 500 unidades a
R$10,00 cada, o seu lucro será exatamente de (em R$):
a) 5.000,00
b) 2.500,00
c) 3.500,00
d) 0,20
e) zero.
35
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10. (Questão 15 – EsAEx 2004) Uma indústria deseja selecionar o melhor processo produtivo para fabricação de 10.000
unidades de eletroportáteis. Os custos de cada processo são mostrados no quadro que se segue:
Processo Custos Fixos Anuais – R$ Custo Variável por Unidade
P1 110.000,00 2,0
P2 80.000,00 4,0
P3 75.000,00 5,0
O processo selecionado é aquele que apresenta o CT igual a:
a) R$145.000,00 b) R$130.000,00 c) R$125.000,00 d) R$120.000,00 e) R$110.000,00
11. (Questão 30 – EsAEx 2004) Uma empresa com índice de liquidez corrente (ILC) = 2,0 significa que seus ativos
circulantes podem cobrir os seus passivos circulantes, mesmo que seus ativos circulantes sejam reduzidos em:
a) 100% b) 50% c) 10% d) 70% e) 30%
13. (Questão 40 – EsAEx 2005) Com base nos dados abaixo, extraídos da demonstração de resultados, e considerando que a
empresa tem 200 mil ações, assinale a alternativa correspondente ao valor, em reais do lucro por ação:
Dados Em R$ mil
Vendas líquidas ............................... 1.500
Lucro antes de juros e impostos ...... 700
Lucro tributável .............................. 600
Lucro Líquido ................................. 400
Dividendos ...................................... 100
14. (Questão 41 – EsAEx 2005) A figura abaixo ilustra a maneira pela qual o balanço patrimonial é construído. Identifique os
itens A e B do balanço:
a) A = Caixa e B = Títulos a pagar
b) A = Caixa e B = Exigível a longo prazo
c) A = Ativo permanente tangível e B = exigível a longo prazo
d) A = Ativo permanente tangível e B = títulos a pagar
e) A = Ativo permanente tangível e B = contas a pagar
36
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15. (Questão 45 – EsAEx 2005) Os tópicos em finanças são agrupados, tradicionalmente, em áreas básicas. Assinale a
alternativa que não corresponde a uma dessas áreas:
a) Finanças corporativas. b) Investimentos c) Instituições Financeiras
d) Orçamento de capital e) Finanças internacionais
16. (Questão 41 – EsAEx 2006) Tecnicamente a capacidade de uma empresa saldar suas exigibilidades de curto prazo sem
depender da venda dos produtos estocados, representada pela divisão dos ativos de conversão rápida pelo passivo circulante
total, denomina-se:
a) índice de liquidez corrente. b) índice de liquidez seca
c) solvência de curto prazo d) capacidade de solvência e) capacidade de endividamento
17. (EsAEx 2009 – Questão 55) O consumo de tomates na fabricação das sopas pode ser classificado como:
a) ativo b) custo direto c) custo indireto d) despesa de venda e) despesa de desenvolvimento do produto
18. (EsAEx 2009 – Questão 56) O consumo de embalagens para acondicionamento das sopas pode ser classificado como:
a) ativo b) custos diretos c) custos indiretos d) despesas administrativas e) perdas de produção
19. (EsAEx 2009 – Questão 57) Os salários dos técnicos de alimentos que pesquisam uma nova receita de sopa de baixa
caloria podem ser classificados como:
a) investimentos b) custos diretos c) custos indiretos d) custos padrão e) despesas de desenvolvimento do produto
21. (EsAEx 2009 – Questão 53) O Custo dos Produtos Vendidos é da ordem de:
a) R$ 62.000,00 b) R$ 62.800,00
c) R$ 64.000,00 d) R$ 64.800,00 e) R$ 70.000,00
22. (EsAEx 2009 – Questão 54) Os Custos Primários são da ordem de:
a) R$ 16.000,00 b) R$ 20.000,00
c) R$ 24.000,00 d) R$ 44.000,00 e) R$ 46.800,00
37
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
23. (EsAEx 2010 – Questão 52) Depois de cinco anos ocupando um mesmo ponto comercial, uma empresa mandou fazer, por
peritos especializados, uma avaliação do valor do “Fundo de Comércio” desenvolvido no decorrer dos anos. É correto afirmar
que conhecendo esse valor, a empresa deve contabilizar:
a) o preço do serviço como uma despesa do exercício e o valor do fundo como ativo imobilizado.
b) o valor do fundo como ativo imobilizado, acrescendo ao mesmo o preço dos serviços dos peritos.
c) o valor do fundo como investimento permanente e o preço do serviço como despesa do exercício.
d) o valor do fundo como investimento permanente, acrescendo ao mesmo o preço dos serviços dos peritos.
e) o preço do serviço como despesa do exercício e usar o valor do fundo apenas como informação para a administração
24. (EAOT 2007 – Questão 41) A descrição sintética da posição financeira da empresa em certa data denomina-se:
a) composto salarial. b) balanço patrimonial.
c) demonstração de origem e aplicações. d) análise microambiental.
(EsFCEx 2011 – Adm – Questões 60 e 61) Para responder as questões 60 e 61, analise o Balanço Patrimonial abaixo:
25. (EsFCEx 2011 – Adm – Questão 60) Em relação ao Balanço Patrimonial apresentado, associe a segunda coluna de acordo
com a primeira e, a seguir, assinale a sequência correta.
Categorias Definição
1. ATIVO CIRCULANTE (a) R$ 3.804,00
2. PASSIVO CIRCULANTE (b) R$ 8.434,00
3. ATIVO NÃO CIRCULANTE (c) R$ 3.212,00
4. PASSIVO NÃO CIRCULANTE (d) R$ 7.266,00
5. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (e) R$ 5.929,00
(f) R$ 8.684,00
(A) 1 – d; 2 – a; 3 – e; 4 – c; 5 – b (B) 1 – b; 2 – c; 3 – d; 4 – a; 5 – f
(C) 1 – b; 2 – c; 3 – e; 4 – a; 5 – b (D) 1 – c; 2 – d; 3 – a; 4 – b; 5 – e (E) 1 – c; 2 – d; 3 – a; 4 – b; 5 – e
26. (EsFCEx 2011 – Adm – Questão 61) Complete as lacunas abaixo e assinale a alternativa que dá sentido correto ao
parágrafo:
O _________________ é da ordem de R$ 3.495,00; o ________________ totaliza R$ 2.206,00; e o _______________ é da
ordem de R$ 228,00.
(A) Ativo Circulante – Ativo Investimentos – Ativo Intangível
(B) Ativo Investimentos – Ativo Imobilizado – Ativo Intangível
(C) Ativo Circulante – Ativo Realizável a Longo Prazo – Ativo Permanente
(D) Ativo Investimentos – Ativo Realizável a Longo Prazo – Ativo Permanente.
(E) Ativo Realizável a Longo Prazo – Ativo Imobilizado – investimento em móveis e utensílios
38
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
27. (EsFCEx 2011 – Adm – Questão 62) Para responder a questão que se segue, observe o seguinte fluxo:
Compras de Estoque de
(-) Custos de mercadorias vendidas
mercadorias mercadorias
(=) R – C
28. (Marinha PS-T 2011 – Prova Amarela – Questão 14) Uma determinada empresa, para produção de um determinado
bem, dispõe das seguintes informações:
- Preço unitário de venda: R$ 8,50
- Custo e despesas fixos: R$ 2.500,00
- Custo e despesa variáveis por unidade: R$ 3,50
29. (Marinha PS-T 2011 – Prova Amarela – Questão 28) Analise as afirmativas abaixo, em relação aos critérios de
classificação dos elementos patrimoniais.
I - Classificam-se no Ativo Diferido as contas representadas das aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a
formação do resultado de exercícios futuros.
II - Um título com vencimento no final do exercício social seguinte deve ser classificado no Passivo Exigível a Longo
Prazo.
III - Depreciação, Amortização e Exaustão são contas de origem devedora.
IV – As contas do Ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de liquidez.
39
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
30. (QT Marinha 2008 – Questão 39) Analise os dados a seguir:
- Venda de mercadorias .................................. R$32.000,00
- Abatimento sobre vendas ................................R$4.000,00
- Comissões sobre vendas ..................................R$3.000,00
- Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) ........R$11.000,00
- Despesas Administrativas ................................R$1.000,00
- Impostos sobre vendas ....................................R$5.000,00
- Descontos condicionais concedidos .................R$1.000,00
Considerando os dados acima, assinale a opção que indica o valor do lucro bruto.
a) R$9.000,00 b) R$10.000,00 c) R$11.000,00 d) R$12.000,00 e) R$13.000,00
31. (EAOAp 2014/15 - Prova B – Questão 31) O ponto de equilíbrio é um dos parâmetros mais usados para a
avaliação da viabilidade de um empreendimento. Para sua determinação deve ser feita uma classificação rigorosa
dos custos quanto à sua formação, tendo-se a preocupação de separar as parcelas fixas e variável existentes da
estrutura de custos da organização. Com relação ao cálculo do ponto de equilíbrio e sua utilização para processo de
suporte à tomada de decisão, é incorreto afirmar que
a) acima do ponto de equilíbrio a empresa passar a ter lucro.
c) determina o ponto em que a empresa equilibra apenas as despesas administrativas com as receitas de vendas.
d) quando a empresa atinge exatamente o ponto de equilíbrio, significa dizer que ela não está tendo nem lucro e
nem prejuízo.
32. (EAOAp 2017/18 – Prova A – Questão 45) O quadro a seguir apresenta dados de quatro produtos fabricados
por uma indústria de brinquedos. Todos os valores estão em moeda corrente brasileira.
PRODUTO Custo Direto Variável Custo Indireto Variável Preço de Venda
Bola 9 2 30
Boneca 12 3 40
Carrinho 15 2 50
Casa 22 8 60
40
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
33. (EAOAp 2017/18 – Prova A – Questão 46) A análise das demonstrações financeiras é um ponto importante
para se compreender uma empresa e é realizada por meio de diversos índices, os quais sinalizam problemas
potenciais e são geralmente obtidos pelos balanços patrimoniais ou pelas demonstrações do resultado do exercício,
dentre outras fontes.
Avalie as afirmações sobre algumas das principais definições em análise de demonstrações financeiras.
I. O índice de liquidez seco mede a capacidade da empresa em satisfazer suas obrigações de curto prazo,
considerando todos os ativos e passivos. Para uma empresa de utilidade pública, seria aceitável se for igual a 1,0.
II. Para calcular o giro dos estoques, que varia muito conforme o tipo de empresa analisada, basta obter o quociente
entre o custo dos produtos vendidos e o valor total em estoques.
III. O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores.
Quanto maior o índice de endividamento geral, menor é o montante do capital de terceiros que vem sendo utilizado
para gerar lucros.
IV. Para se conhecer a eficiência da gestão financeira de uma empresa na geração de lucros com seus ativos
disponíveis, deve-se utilizar a taxa de retorno sobre o ativo total.
V. Se uma empresa utiliza a margem operacional como um de seus índices, significa que está ignorando quaisquer
despesas financeiras ou obrigações governamentais.
Está correto apenas o que se afirma em
34. (EAOAp 2015/16 – Prova A – Questão 45) A imobilização de capital em estoques é uma grande ação que tem
que ser planejada de forma a não prejudicar o capital de giro das empresas, para tanto, o monitoramento da
rotatividade é de grande importância para identificar se o estoque está sendo renovado e em que grau. Levando em
consideração os dados apresentados a seguir, necessários para cálculo do giro em estoques e para a idade média dos
estoques, assinale a alternativa correta.
Estoques: R$ 325.000,00;
Custo de mercadorias vendidas: R$ 2.583.750,00; e
Considere o ano com 365 dias.
41
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
35. (EAOAp 2014/15 - Prova B – Questão 50) Uma das maiores preocupações das organizações que imobilizam
capital em estoque é com relação à rotatividade. O giro de estoques é um índice que mostra claramente às empresas
em que nível de eficiência encontra-se a administração de seus estoques e o gerenciamento de suas vendas. Sobre o
giro de estoques é correto afirmar que
a) o giro de estoques é calculado através da divisão do custo das mercadorias vendidas pelo valor das receitas de
vendas de produtos.
b) uma empresa que possui um índice de giro de estoques de 5,0 vezes ao ano, significa dizer que o estoque foi
renovado a cada 73 dias.
c) o giro de estoques mede o número de vezes que determinado estoque foi renovado ao longo do ano, geralmente,
é recomendado que este índice seja sempre menor que 1, visto que quanto menor a rotatividade dos estoques
melhor será a saúde financeira da empresa.
d) o giro de estoque de um estaleiro é de 1,2 vez ao ano e o de um fabricante de peças automotivas é de 18 vezes ao
ano. Comparando o resultado das 2 empresas, pode-se chegar à conclusão de que o giro de estoques do estaleiro é
péssimo e o da fábrica de peças automotivas é acima da média.
36. (EAOAp 2014/15 – Prova B - Questão 51) O cálculo e análise de índices, com base nas demonstrações
financeiras, é uma excelente ferramenta para a disponibilização de dados e informações no suporte à tomada de
decisões. No entanto, para Gitman (2010) é necessário tomar algumas preocupações ao se realizar análises com
base em índices. Com relação às preocupações apresentadas pelo autor, é incorreto afirmar que
a) índices que revelam grandes desvios em relação à norma são apenas sintomas de um problema. Costuma ser
necessário fazer análises aprofundadas para isolar as causas desse problema.
b) os índices que estão sendo comparados devem ser calculados com demonstrações financeiras referentes à mesma
data do ano. Se isso não ocorrer, os efeitos da sazonalidade poderão levar a conclusões e decisões erradas.
c) na realização de análise de índices, é preferível usar demonstrações financeiras conseguidas através de fontes de
pesquisa, como a internet, do que esperar as fontes auditadas que são demoradas e burocratizadas, afinal, o
resultado será confiável nos 2 casos.
d) um índice por si só não costuma fornecer informações suficientes para se julgar o desempenho geral da empresa.
Todavia, se a análise estiver voltada para algum aspecto especifico da posição financeira de um negocio, um ou
dois índices talvez sejam suficientes.
-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-
37. (EAOAp 2014/15 – Prova B - Questão 52) Uma gestão financeira eficiente busca reduzir ao máximo o uso de
capital de terceiros para o financiamento de suas atividades de curto prazo. O ideal é fazer um gerenciamento, de
forma que os prazos médios de recebimento sejam, na medida do possível, menores que os prazos médios de
pagamentos. Desta forma a dependência de capital de terceiros no negócio se minimiza. Com relação às
alternativas que a empresa pode adotar como forma de aumentar a sua liquidez de curto prazo estão, exceto.
a) girar o estoque o mais rapidamente possível, sem faltas que resultem em vendas perdidas.
b) quitar as contas a pagar aos fornecedores o mais lentamente possível, sem prejudicar o rating de crédito da
empresa.
c) gerir os prazos de postagem, processamento e compensação para reduzi-los ao cobrar dos clientes e prolongá-los
ao pagar os fornecedores.
d) cobrar as contas a receber o mais rapidamente possível, mesmo que, para isso, alguns clientes sejam perdidos
por conta do uso de técnicas agressivas de cobrança, como ameaça de protestos, negativação e processos judiciais.
-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-
42
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
GABARITOS:
1b; 2a; 3b; 4c; 5b; 6d; 7b; 8b; 9e; 10d; 11b; 12 anulada; 13d; 14c; 15d; 16b; 17b; 18b; 19e; 20b; 21a; 22e; 23e; 24b;
25b; 26b; 27a; 28.d; 29.c; 30.d; 31.C (Apostila de Adm Financeira item 2.33); 32.D (Apostila de Administração Financeira –
item 2.33); 33. D (Apostila de Adm Financeira item 3.3.1); 34.D (Apostila de Adm Financeira, item 3.3.3); 35.B (Apostila de
Adm Financeira item 3.3.3/b); 36.C (Apostila de Adm Financeira item 3.3); 37.D (Apostila de Adm Financeira – item 3.3)
Questão 30 COMENTADA. (QT Marinha 2008 – Questão 39) Analise os dados a seguir:
- Venda de mercadorias .................................. R$32.000,00
- Abatimento sobre vendas ................................R$4.000,00
- Comissões sobre vendas ..................................R$3.000,00
- Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) .......R$11.000,00
- Despesas Administrativas ................................R$1.000,00
- Impostos sobre vendas ....................................R$5.000,00
- Descontos condicionais concedidos ................R$1.000,00
Considerando os dados acima, assinale a opção que indica o valor do lucro bruto.
a) R$9.000,00 b) R$10.000,00 c) R$11.000,00 d) R$12.000,00 e) R$13.000,00
DRE:
Receita Bruta de Vendas (Mercadorias e Serviços) Venda de Mercadorias: 32.000,00
Abatimento sobre vendas: (-) 4.000,00
(-) Impostos s/ Vendas Impostos sobre vendas: (-) 5.000,00
(=) Receita Líquida de Vendas (=) 23.000,00
(-) Custo de Mercadorias e Serviços Vendidos (CMV) CMV: (-) 11.000,00
(=) Lucro Bruto Lucro Bruto: (=) 12.000,00
(-) Despesas com Vendas Comissões sobre vendas: (-) 3.000,00
Descontos adicionais concedidos: (-) 1.000,00
(-) Despesas Administrativas Despesas Administrativas: (-) 1.000,00
(=) Lucro Operacional Antes das Despesas e Receitas Financeiras (LAJIR) LAJIR: (=) 7.000,00
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras Líquidas
(+ ou -) Outras Receitas e Despesas Operacionais
(=) Resultado antes do Imposto de Renda (LAIR)
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social
(-) Participações no Resultado
(=) Lucro Líquido (LL)
43
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
&
Desconto Racional (ou Por Dentro) = Valor Futuro – Valor Presente
44
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
4.1.6 Equivalência de CAPITAIS (em Juros Simples) – Dois ou mais capitais nominais, supostos
com datas de vencimento determinadas, dizem-se equivalentes quando, descontados para uma data focal,
à mesma taxa de juros, e em idênticas condições, produzem valores iguais. Deve-se especificar o tipo de
desconto, pois o resultado da operação de desconto em juros simples depende da modalidade adotada. A
data focal consiste na data considerada como base de comparação dos valores referidos a diferentes datas.
Resumindo: Equivalência de Capitais significa que mediante a aplicação da mesma taxa de juros,
fluxos de capitais somados igualam-se na mesma data focal.
ATENÇÃO:
O exercício acima nos mostra que utilizando o DC a pessoa irá receber R$4.950,00 e não os R$5.000,00
(calculado pelo DR). Conclui-se que ao fazer um DC, a taxa de desconto utilizada NÃO é mais igual à
taxa de Juros simples capaz de reproduzir o montante. Observe que se o banco ganha R$550,00 sobre
um valor de R$4.950,00 em 3 meses, a taxa de juros da operação é:
550
i= =0,11 ao trimestre, ou seja, anualmente temos 0,11 . 4 = 0,44. i = 44% a.a.
4.950
45
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
4.2 JUROS COMPOSTOS
4.2.1 Conceito de Composição - É o processo de acumular Juros em um investimento ao longo do
tempo para ganhar mais juros. Daí o termo “Juros Compostos”.
ATENÇÃO: O Decreto nº 22.626/33 proíbe terminantemente, a Capitalização Composta de
juros. Essa orientação que consta da Súmula nº 121 do STF:
“É vedada a capitalização de Juros, ainda que expressamente convencionada”.
4.2.2 Conceito de Juros sobre Juros - São os Juros ganhos sobre o reinvestimento de pagamentos
anteriores de juros.
4.2.3 Conceito de Juros Compostos - São os Juros ganhos sobre o principal e sobre o reinvestimento
de juros de períodos anteriores.
4.2.4 Conceito de Valor Futuro (VF) - Refere-se ao montante de dinheiro em que um investimento se
transformará ao longo de determinado período, dada uma taxa de juros. Em outras palavras, Valor Futuro
é o Montante em dinheiro de um investimento em algum momento futuro. O Valor Futuro é representado
pela seguinte fórmula:
VF = VP (1 + r)t
4.2.5 Fórmula do Fator de Valor Futuro (FVF) & do Fator de Valor Presente (FVP):
FVF = (1 + r)t 1
FVP =
(1 + r)t
Obs.: Na fórmula às vezes aparecem siglas diferentes, a saber:
VF (Valor Futuro) = Valor Nominal = M (montante)
VP (Valor Presente) = Valor Líquido = P (principal)
r = i = Taxa percentual
t = n = tempo
4.2.6 Conceito de Valor Presente (VP) - É o valor atual de fluxos de caixa futuros descontados a uma
taxa de desconto apropriada, ou seja, se pegarmos o Montante final e retirarmos dele o juro, acharemos o
Valor Presente, que é o valor inicialmente investido para chegar até aquele Montante.
VF
VP = (1 + r) t
4.2.7 Conceito de Fluxo de Caixa - Termo utilizado para se referir aos ingressos de capital ou às
saídas de capital. Assim, se investimos um valor “X” para recebermos retornos parcelados em 3 vezes,
nosso fluxo de caixa envolve um desembolso e 3 embolsos de capital.
4.2.8 Conceito de Avaliação de Fluxo de Caixa Descontado – É a Avaliação que calcula o Valor
Presente de um fluxo de caixa (saídas ou entradas de capital). Assim, se nos oferecem um investimento
em que entramos com uma quantia inicial e recebermos o pagamento pelo investimento em 3 parcelas,
quando trazemos essas 3 parcelas para o presente (descontando a taxa), para que o investimento realmente
valha à pena, é necessário que esse retorno descontado seja superior ao investimento inicial. Essa análise
é a avaliação de fluxo de caixa descontado.
4.2.9 Equivalência de Capitais (em Juros Compostos) – De forma similar ao conceito apresentado
para o regime de capitalização simples, dois ou mais capitais nominais, supostos com datas de
vencimento determinadas, dizem-se equivalentes quando, descontados para uma data focal, à mesma taxa
de juros compostos e em idênticas condições, produzirem valores iguais. No regime de juros compostos, a
forma de desconto será sempre a Racional. A data focal consiste na data considerada como base de
comparação dos valores referidos a diferentes datas.
46
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
4.3 TRÊS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
4.3.1 Sistema Americano – Nesse sistema, os juros são pagos periodicamente e o principal da dívida
só é pago ao final da operação. Como exemplos de dívidas que se enquadram no Sistema Americano
temos: 1. Títulos da Dívida Pública; e 2. Debêntures.
4.3.2 Sistema Francês ou Tabela PRICE – Nesse sistema, as mensalidades são sempre iguais,
portanto, caso queiramos resolver alguma questão feita sobre a Tabela PRICE devemos utilizar a fórmula
da “Anuidade” (ver item 5.4), que é a fórmula utilizada para determinar o valor de parcelas constantes
para pagamento de uma dívida. É importante observar que se a parcela é constante de valor igual, as
primeiras parcelas tenderão a ser compostas de pequena parte referente a amortização do principal da
dívida e grande parte para pagamento de juros, enquanto que as últimas parcelas serão compostas, em
grande parte, por amortização das dívidas e em pequena parte, por pagamento de juros.
VPA = C. 1- 1 C. 1- 1
(1 + r)t = (1 + 0,20)3
R 0,20
400 = C. 1- 1 C. 0,4212963
1,728 = 0,20
0,20
47
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
PASSO 2:
Preencher a Tabela abaixo com o valor das prestações constantes e o saldo inicial da dívida.
Pagamento
Período Saldo Inicial Saldo Final
Juros do mês* (P . i) Amortização Total
1 400,00 (189,89)
2 (189,89)
3 (189,89)
PASSO 3:
a) Calcular o valor dos Juros do Período por meio da fórmula “J = P . i”;
b) Subtrair os Juros do total da parcela a ser paga para achar o valor da Amortização do mês;
c) Após saber o valor da Amortização, subtrair do Saldo inicial do mês a Amortização para então achar
o Saldo Final do mês e repeti-lo como o Saldo Inicial do mês seguinte.
Obs.: Repetir todos esses passos para todos os meses envolvidos.
Pagamento
Período Saldo Inicial Saldo Final
Juros do mês* (P . i) Amortização Total
400 . 0,2 = 189,89 – 80 = 400 – 109,89 =
1 400,00 (189,89)
(80,00) (109,89) 290,11
290,11 . 0,2 = 189,89 – 58,02 = 290,11 – 131,87 =
2 290,11 (189,89)
(58,02) (131,87) 158,24
158,24 . 0,2 = 189,89 – 31,65 = 158,24 – 158,24 =
3 158,24 (189,89)
(31,65) (158,24) (0,00)
* No cálculo dos Juros do Mês, o tempo é “1”, já que é apenas 1 período.
Feitos esses cálculos teremos descoberto toda a composição de uma parcela de pagamento feito pelo
Sistema PRICE.
48
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
PASSO 2:
a) Calcular o valor dos Juros do mensal por meio da fórmula “J = P . i”;
b) Adicionar aos Juros o valor da Amortização do mês e calcular o Total da Parcela do mês;
Obs.: Repetir todos esses passos para todos os meses envolvidos.
Saldo Pagamento
Período Saldo Final
Inicial Juros do mês* (P . i) Amortização Total
VP / nº ações =
420,00 . 0,2 = 84,00 + 140,00 = 420 – 140 =
1 420,00 420,00 / 3 =
(84,00) 224,00 280,00
140,00
280,00 . 0,2 = 56,00 + 140,00 =
2 280,00 140,00 140,00
(56,00) 196,00
140,00 . 0,2 = 28,00 + 140,00 =
3 140,00 140,00 0,00
(28,00) 168,00
* No cálculo dos Juros do Mês, o tempo é “1”, já que é apenas 1 período.
Tabela-resumo dos cálculos de valor do dinheiro no tempo (Excelente para Concursos em Geral)
I. Símbolos
VP = Valor Presente, o valor hoje de fluxos de caixa futuros
VFt = Valor Futuro, o valor de fluxos de caixa no futuro
r = Taxa de juros, taxa de retorno ou taxa de desconto por período – tipicamente, mas nem sempre, 1
ano
C = Montante de caixa
t = Número de períodos – tipicamente, número de anos
II. Valor futuro de “C” aplicado a “r%” por período durante “t” períodos
VFt = C x (1 + r)t
O termo (1 + r)t é denominado Fator de Valor Futuro
III. Valor Presente de “C” a ser recebido em “t” períodos a “r%” por período
VP = C / (1 + r)t
O termo 1 / (1 + r)t é denominado Fator de Valor Presente
IV. A equação básica do valor presente que indica a relação entre valor presente e valor futuro é:
VP = VF / (1 + r)t
49
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exercícios Para Fixar: Juros Simples & Juros Compostos
01. (MPU 2010 – Analista de Orçamento 127 e 128) Um título cujo valor de face é de R$ 1.000,00 está sendo colocado à
venda pelo emissor, um ano antes do seu vencimento, por R$ 860,00. Considerando essa situação, julgue os itens que se
seguem.
127) A taxa de juros efetiva da operação apresentada é de 15% ao ano. ( )
128) Se a taxa de juros efetiva do mercado estiver em 20% ao ano, quem comprar o referido título estará perdendo a
oportunidade de ganhar mais dinheiro com seu capital. ( )
02. (MPU 2010 – Analista de Orçamento 129 a 131) A respeito de taxas de juros reais e aparentes, julgue os próximos itens.
129) Se a expectativa de inflação for de 4,5% ao ano e se os agentes do mercado exigem uma taxa de juros reais de 4% ao ano,
então, a taxa aparente de juros deverá ser de 8,68% ao ano. ( )
130) Considere que uma aplicação financeira de R$ 70.000,00 tenha sido resgatada no montante de R$ 77.000,00 após 30 dias.
Supondo-se que a inflação tenha atingido a taxa de 2% nesse período, conclui-se, então, que a taxa de juros reais foi superior a
8% no referido período. ( )
131) Considere que em uma operação contratada por 30 dias, a taxa aparente de juros foi de 3% no período, e a inflação
atingiu, no mesmo período, 0,6%. Nessa situação, para se calcular a taxa de juros reais dessa operação, subtrai-se a taxa de
inflação da taxa aparente de juros, o que resulta em exatos 2,4% de juros reais no referido período.
03. (MPU 2010 – Analista de Orçamento 132 e 134) Acerca de taxas equivalentes no regime de juros compostos, julgue os
itens subsequentes.
132) Se uma operação de crédito custou 44% no período de dois anos, então, em termos efetivos, a taxa de juros anual
equivalente foi de 20% ao ano.
134) A taxa de juros de 5% ao semestre é equivalente à taxa de juros de 10% ao ano.
04. (MPU 2010 – Analista de Orçamento 135 a 137) No que se refere a juros simples, julgue os itens seguintes.
135) Se o mercado estiver pagando a taxa líquida de 2% ao mês por capital investido, é mais vantajoso para quem tem recursos
comprar à vista um produto de R$ 20.000,00, em vez de comprá-lo a prazo com uma entrada de R$ 5.000,00 e uma prestação
de R$ 15.450,00 após dois meses.
136) Considere que existam duas opções de empréstimo para um mesmo valor principal, a prazos diferentes: a primeira, pelo
prazo de um mês, e a segunda, pelo prazo de seis meses. Nessas condições, se a taxa de juros ao mês for a mesma para as duas
opções, então, os juros cobrados na primeira opção serão iguais a um sexto daqueles cobrados na segunda.
137) No que se refere ao montante de juros pagos sobre o mesmo valor principal, uma operação de 6% ao mês por três meses
acarreta mais juros do que outra operação de 3% ao mês por seis meses.
05. (MPU 2010 – Analista de Orçamento 138 a 144) Com relação a juros compostos, julgue os itens a seguir.
138) Uma aplicação financeira de R$ 100.000,00 contratada à taxa nominal de 16% ao ano, capitalizada semestralmente,
resultará em um montante de R$ 116.640,00 após um ano.
139) Considere que o diretor financeiro da empresa Zigma consultou os gerentes de dois bancos com relação à aplicação do
excedente do fluxo de caixa da empresa. O gerente do primeiro banco ofereceu ao referido diretor a taxa nominal de juros de
16% ao ano, capitalizada trimestralmente, e o do segundo banco propôs a taxa efetiva de 16% ao ano, com capitalização
semestral. Nessa situação, a melhor opção de aplicação para a referida empresa é a oferecida pelo gerente do segundo banco.
140) Suponha que um banco tenha captado R$ 1.000.000,00 no mercado à taxa efetiva de 12% ao ano e emprestado esses
recursos a 24% ao ano de taxa nominal, capitalizada quadrimestralmente. Nessa situação, ao final do período de 1 ano, a
margem bruta do banco, resultante do empréstimo, descontado o custo da captação, foi superior a R$ 130.000,00.
141) Considere duas opções de empréstimo para determinado capital, a taxas nominais anuais idênticas e mesmo prazo de um
ano: a primeira, capitalizada trimestralmente, e a segunda, capitalizada semestralmente. Nessas condições, do ponto de vista do
tomador do empréstimo, a segunda opção é mais
vantajosa.
50
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
143) A taxa de juros de 2,7% ao trimestre é equivalente à taxa de juros de 10,8% ao ano.
144) Tomando 1,0245 como valor aproximado para 1,1561/6, é correto afirmar que a taxa de juros de 2,45% ao trimestre é
equivalente à taxa efetiva de juros de 15,6% ao ano.
06. (MPU 2010 – Analista de Orçamento 145 a 150) A respeito de descontos, julgue os itens que se seguem.
145) Considere que um título no valor de R$ 1.157.625,00 será descontado (desconto racional composto) três meses antes do
seu vencimento à taxa de 5% ao mês. Nessa situação, esse desconto será superior a R$ 180.000,00.
146) O desconto racional composto de um título com um mês para o vencimento, obtido com a utilização da taxa de 5% ao
mês, é metade do valor daquele que se obtém ao se aplicar, para o mesmo título, a taxa de 10% ao mês.
147) Suponha que sobre o preço de catálogo de um produto tenha sido oferecido desconto de 15% e, sobre o valor resultante,
mais um desconto de 10%. Nessa situação, com relação ao preço de catálogo do produto, o comprador pagou um preço 25%
menor.
148) Considere que um desconto simples de 25% tenha sido aplicado sobre o valor de uma duplicata com prazo de um ano
para o vencimento. Nessa situação, a taxa de juros efetiva dessa operação foi superior a 30% ao ano.
149) Para cobrar juros de 100% efetivos no período, basta aplicar um desconto simples de 50% sobre o valor do título.
150) Para um tomador de crédito que possui um título com um ano para o vencimento, um desconto simples à taxa de 20% ao
ano é mais oneroso que um desconto racional à taxa de 20% ao ano.
07. (EAOAp 2015/16 - Prova A – Questão 46) Em determinados momentos, as empresas necessitam utilizar o capital de
terceiros para superar picos sazonais de necessidade de financiamento. O empréstimo bancário é uma das fontes de
financiamento mais utilizadas para este fim, como, por exemplo, os de curto prazo. Tendo em vista as informações
disponibilizadas a seguir, calcule a taxa de juros do financiamento nas condições I e II e, em seguida, assinale a alternativa
correta. O resultado deverá ser apresentado em % (porcentagem).
I. Quando a taxa de juros é paga no vencimento do empréstimo.
II. Quando a taxa de juros é paga antecipadamente.
Considere:
Valor do empréstimo: R$ 12.000,00; e
Valor dos juros pagos antecipadamente ou no vencimento: R$ 1.200,00
a) 10% e 11,1%.
b) 10% e 15,1%.
c) 11% e 18%.
d) 12% e 13,1%.
-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-
08. (EAOAp 2015/16 – Prova A – Questão 47) O orçamento de caixa ou projeção de caixa é uma importante ferramenta para
a administração financeira de curto prazo. Normalmente, o orçamento de caixa visa abranger o período de um ano, dividido em
intervalos menores. Sobre os diversos aspectos inerentes ao orçamento de caixa, assinale a alternativa incorreta.
a) o saldo de caixa final é obtido através da diferença entre o saldo de caixa inicial e o fluxo de caixa líquido.
b) o fluxo de caixa líquido é a diferença entre os recebimentos e os pagamentos de uma empresa a cada período.
c) os desembolsos abrangem todas as saídas de caixa da empresa durante um período de tempo como as compras à vista, o
pagamento de fornecedores, o pagamento de alugueis etc.
d) os recebimentos abrangem todas as entradas de caixa da empresa durante um determinado período financeiro, como vendas
à vista, cobrança de contas a receber e outros recebimentos em dinheiro.
Gabarito:
01 (127E; 128C); 02. (129C; 130E; 131E); 03. (132C; 134E); 04. (135E; 136C; 137E); 05. (138C; 139E; 140C; 141E; 143E;
144E); 06.(145E; 146E; 147E; 148C; 149C; 150C); 07.A (Apostila Adm Financeira, item 4.1.1); 08.A (Apostila de Adm
Financeira item 4.2.7)
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exemplo: Se eu quiser saber quanto de fato terei em minha conta poupança em janeiro de 1012
(Valor Futuro), levando em conta que eu coloquei nessa poupança R$100,00 em janeiro de 2010 e que
colocarei R$100,00 nessa poupança em janeiro de 2011. Levando-se em conta ainda que a taxa de juros
anual é de 8%. Faremos o cálculo da seguinte forma:
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
5.3 Duas formas de se calcular o Valor Presente de fluxos de caixas futuros múltiplos:
1. Podemos calcular, para cada fluxo seu valor no início do período analisado e depois somar os
vários Montantes até encontrarmos o Valor Presente total (esse é o método mais usado).
2. Podemos calcular, do último fluxo de caixa para o primeiro, em cada fluxo o seu montante e ir
acumulando até chegar ao primeiro fluxo e, naturalmente, ao Valor Presente total.
5.4 Conceito de Anuidade - De maneira mais genérica, chamamos de Anuidade a uma série de fluxos de
caixa constantes ou iguais que ocorrem ao final de cada período durante um número fixo de períodos.
Nesse caso se diz que os fluxos de caixa assumem a forma de uma anuidade. As anuidades ocorrem muito
frequentemente em contratos de financiamento. A grosso modo uma Anuidade é o valor da Parcela
periódica do financiamento de algo, independente de a parcela ser mensal, trimestral, semestral ou anual.
Exp.: As parcelas do financiamento de um veículo são as anuidades.
Obs.: Das duas formas de se calcular o Valor Presente (VP), que aprendemos acima, aquela que
calcula os valores, um a um, nem sempre é apropriada, principalmente nos casos em que há muitas
parcelas. Por exemplo, um financiamento imobiliário típico requer prestações mensais durante 30 anos,
em um total de 360 prestações. Se estivéssemos tentando determinar o valor presente dessas prestações,
seria útil se contássemos com um método menos trabalhoso, que é a fórmula do Valor Presente da
Anuidade.
53
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
5.7 Conceito de Anuidades Ordinárias - São aquelas cujos fluxos de caixa ocorrem no final de cada
período. Quando se toma um empréstimo com prestações mensais, por exemplo, geralmente a primeira
prestação ocorre um mês após você receber o dinheiro emprestado.
5.8 Conceito de Anuidades Vencidas - É aquela na qual os fluxos de caixa ocorrem no começo de cada
período. Alugueis são exemplos de anuidades vencidas. Praticamente, qualquer tipo de acordo que exige
pagamentos iguais antecipados a cada período é uma anuidade vencida.
IMPORTANTE: Se fizermos uma comparação da anuidade vencida com a anuidade ordinária, para fim
de fórmula obteremos o seguinte: Valor da anuidade vencida = Valor da anuidade ordinária x (1 + r)
5.9 Conceito de Perpetuidade (ou Consol) - Uma anuidade na qual o fluxo de caixa continua até o
infinito. Tal ativo é denominado perpetuidade, uma vez que os fluxos de caixa são perpétuos.
Perpetuidades também são denominadas consols, particularmente no Canadá e Reino Unido. Como as
perpetuidades possuem infinitos fluxos de caixa, obviamente não podemos avaliá-las descontando todos
os fluxos.
Fórmula da Perpetuidade: VP de uma perpetuidade = C/r
Exemplo: Se um investimento promete fluxos de caixa perpétuos de $500,00 a cada ano e o retorno
requerido em tal investimento é de 8%. Qual o valor desse investimento? O Valor Presente dessa
perpetuidade é:
VP da Perpetuidade = C/r = 500 / 0,08 = 6.250,00
VP da Perpetuidade é R$6.250,00
II. Valor Futuro de “C” por período durante “t” períodos a “r%” por período
VF = C x [(1 + r)t – 1] / r
Uma série de fluxos de caixa idênticos é denominada anuidade, e o termo [(1 + r)t – 1] / r é denominado fator de valor
futuro de anuidade.
III. Valor Presente de “C” por período durante “t” períodos a “r%” por período
VP = C x {1 x [1 / (1 + r)t ] / r
O termo {1 x [1 / (1 + r)t ] / r é denominado fator de valor presente de anuidade.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
5.10 Ação Preferencial & Perpetuidade - A ação preferencial é um exemplo de Perpetuidade. Quando
uma empresa emite ações preferenciais, promete ao comprador dividendos fixos a cada período
(normalmente a cada trimestre) para sempre. Esse dividendo precisa ser pago antes de qualquer dividendo
pago a ações ordinárias. Daí o termo “Preferencial”.
5.11 Conceito de Taxa Declarada ou Cotada - A taxa de juros expressa em termos do pagamento de
juros a cada período. Também denominada taxa de juros cotada. Por exemplo, a taxa declarada por um
banco, para determinado investimento sendo de 10% semestralmente, caso analisemos na forma de juros
compostos teremos a taxa de 21% compostos anualmente. Nesse caso a Taxa Declarada ou Cotada é de
10% semestralmente, mas a Taxa Efetiva Anual é de 21%.
5.12 Conceito de Taxa Anual Efetiva (TAE) - É a taxa de juros expressa como se fosse composta uma
vez por ano. Usando o exemplo da questão anterior, a taxa anual efetiva (TAE) é de 21%.
Fórmula da Taxa Anual Efetiva (TAE): TAE = (1 + Taxa Cotada / m)m - 1
* “m” é o número de unidades de tempo considerado.
Exemplo: Suponha que lhe oferecem 12% compostos mensalmente. Nesse caso, os juros são
compostos 12 vezes ao ano, ou seja, m é 12. Você pode calcular a taxa efetiva da seguinte maneira:
TAE = (1 + Taxa Cotada / m)m – 1
= (1 + 0,12 / 12)¹² - 1
= 1,01¹² - 1
= 12,6825%
5.13 Conceito de TAP (Taxa Anual Percentual) - A TAP é a taxa de juros cobrada por período
multiplicada pelo número de períodos por ano. Pode ser definida ainda como a taxa anual de
financiamento divulgada pelo banco ou financeira com base na soma das taxas dos períodos considerados
em um ano. Por exemplo, se um banco tem uma TAP de 12%, isso significa que ele cobra 1% ao mês.
Portanto, TAP é bem diferente de TAE, apesar de ambas se referirem a taxas anuais.
TAE = (1 + TAP/12)¹² - 1
= 1,01¹² - 1 = 12,6825%
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
5.14 Taxa Nominal e Taxa Real:
5.14.1 Conceito de Taxa Nominal – É a taxa de juros ou taxa de retorno não ajustada à inflação, ou
seja, dá-se um valor de face e uma taxa de juros já determinada e com base nestes dados acha-se o valor
do juro. A taxa nominal de um investimento é a variação percentual da quantidade de dinheiro que você
possui.
Exp.: Valor de face $100; Taxa de juro nominal 10%; 1 período apenas:
M = P x (1 + R)¹
M = 100 x (1 + 0,10)¹ = 110
Obs.: Taxas Nominais também são chamadas de “Taxas de Mentirinha”, por serem aquelas que se
referem a um período que não coincide com o período de capitalização dos juros. Não corresponde,
portanto, ao ganho ou custo financeiro efetivo da operação. Logo, seu valor nunca é utilizado nos
cálculos. Para poder empregá-la nas operações, é necessário convertê-la para a unidade a ser trabalhada,
encontrando a Taxa Efetiva.
Por exemplo, diz-se que a Poupança rende 6% a.a., capitalizada mensalmente. A expressão
“Capitalizada Mensalmente” indica tratar-se de uma Taxa Nominal. A Taxa Efetiva corresponderia à
taxa mensal (no caso 6/12 = 0,50% a.m.) equivalente ao ano (no caso, 6,1678% a.a.).
5.14.2 Conceito de Taxa Real - É a taxa de juros ou taxa de retorno ajustada à inflação, usa-se o
valor de face, a taxa de juro determinada e a taxa da inflação. Primeiramente calcula-se o valor do juro
que se iria receber e em seguida abate-se (deflacionar) desse valor o correspondente à inflação do período
para achar o que realmente foi valorizado em relação ao valor de face. A taxa real de um investimento é a
variação percentual do quanto você pode comprar com seus Reais (R$), ou, em outras palavras, a variação
percentual do seu poder aquisitivo.
Outra explicação sobre Taxa Real é apresentada por Puccini (2004): “Taxa Real é a taxa de
juros obtida após se eliminar o efeito da inflação, enquanto a Taxa Nominal inclui a inflação. A Taxa
Nominal é sempre maior que a Taxa Real.”
Exp.: Aproveitando–se os dados da questão anterior, mas inserindo a taxa da inflação de 3%.
M = P x (1 + R)t / (1+ h)¹
M = 100 x (1 + 0,1)¹/ (1 + 0,03)¹
M = 110/1,03 = 106,7961 que podemos arredondar para R$107,00
logo a Taxa Real foi de 7%
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
b) Taxas Proporcionais (termo para Juros Simples) – Taxas de Juros a JUROS SIMPLES que
permitem o mesmo crescimento do dinheiro. Exp.: Em Juros Simples é possível dizer que a Taxa Efetiva
Mensal de 1% é PROPORCIONAL à Taxa Anual de 12%.
Calculando para achar a Taxa Proporcional anual: Fórmula (1 + i . t)
(1 + 0,01 . 12) = (1 + 0,12) = 1,12 ou seja, a Jr Simples 1% a.m. é Proporcional a 12% a.a.
d) Taxa Bruta e Taxa Líquida – Taxas de juros que estão ligadas à questão do imposto de
renda.
d1) Taxa Bruta – Costuma-se denominar Taxa Bruta de uma aplicação financeira a taxa
de juros obtida considerando o valor da aplicação e o valor do resgate bruto, sem levar em conta o
desconto do imposto de renda, que é retido pela instituição financeira.
d2) Taxa Líquida – Denomina-se Taxa Líquida de uma aplicação a taxa de juros obtida
considerando o valor da aplicação e o valor do resgate líquido, já levando em conta o desconto do
imposto de renda, que é retido pela instituição financeira.
Obs.: A Taxa Bruta é sempre maior do que a taxa líquida.
5.14.4 Conceito de Efeito Fisher - O Efeito Fisher (nome dado em homenagem ao grande
economista Irving Fisher) é a relação entre a taxa de retorno nominal (R), a taxa de retorno real (r) e a
inflação (h).
Fórmula do Efeito Fisher: R = r + h +( r x h)
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
6.2 Conceito de Cupom - São os juros cotados (declarados) pagos em uma obrigação. Como os cupons
são constantes e pagos a cada ano, o tipo de obrigação pode ser chamado de Obrigação de Cupom
Constante.
Por exemplo, digamos que uma empresa tome R$1.000,00 emprestados por 30 anos, com a taxa
cotada de 12% ao ano. A empresa pagará então, anualmente R$120,00 durante os 30 anos após o que,
pagará os R$1.000,00 inicialmente pagos. Nesse caso, os R$120,00 que a empresa se comprometeu a
pagar anualmente chamam-se Cupom. Como os Cupons são constantes e pagos a cada ano, o tipo de
obrigação que estamos descrevendo é algumas vezes denominado obrigação de cupom constante.
6.3 Conceito de Valor de Face ou Valor Nominal - É o valor do principal em uma obrigação, que é
devolvido ao final do prazo.
6.4 Conceito de Obrigação ao Par - É uma obrigação que está sendo vendida por seu valor de face.
Sabemos que o Valor de Face é o valor que será devolvido ao final do prazo, mas nem sempre o valor que
está sendo negociado numa obrigação é igual ao Valor de Face. Por isso, para diferenciá-las identificamos
a Obrigação ao Par.
6.5 Conceito de Taxa de Cupom ou Taxa Nominal – A taxa de cupom é igual ao cupom anual dividido
pelo valor de face da obrigação. Exp: a empresa que possui R$1.000,00 de valor de face e paga R$80,00
de cupom anual tem uma taxa de cupom de 8%.
Taxa de Cupom = Cupom anual / Valor de Face
= 80 / 1000 = 0,08 ou seja 8%
6.6 Conceito de Data de Vencimento - Data específica na qual o valor do principal (valor de face) da
obrigação será pago.
6.7 Conceito de Retorno até o Vencimento - É a taxa que o mercado oferece sobre uma obrigação. De
forma prática, para calcularmos o valor de uma obrigação precisamos comparar o Cupom dela (juros que
a empresa oferece) com a taxa de Mercado, por isso, nas fórmulas para se calcular o valor de uma
obrigação deve-se usar a taxa do cupom e a taxa de mercado.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1) Valor Presente dos R$1.000,00 pagos daqui a nove anos. Uso a taxa de mercado, 6%:
VP = 1000 / (1 + 0,06)9
= 1000 / 1,6895
= 591,89
Ou seja, R$ 1.000,00 daqui a nove anos, a uma taxa de 6% ao ano, são equivalentes a R$591,89 hoje.
2) Valor Presente da anuidade R$80,00
VPA = C x {1 - [1 / (1 + r)t]} / r
VPA = 80 x (1 – 1 / 1,069) / 0,06
= 80 x (1 – 1 / 1,6895) / 0,06
= 80 x 6,8017
= 544,14
Ou seja, R$80,00 recebidos anualmente por 9 anos com uma taxa de mercado de 6%, são
equivalentes a R$544,14 hoje.
Valor da Obrigação = Valor Presente dos + Valor Presente * F = Valor de Face da Obrigação
Cupons do Valor de Face
6.9 Conceito de Deságio - Quando calculamos o Valor da Obrigação e constatamos que ele é menor do
que o Valor de Face, diz-se que a obrigação é negociada com deságio. O Valor do Deságio é exatamente
a diferença entre o Valor da Obrigação e o Valor de Face.
Valor do Deságio = Valor da obrigação – Valor de face
6.10 Conceito de ÁGIO – Quando o Valor Presente da Obrigação hoje supera o Valor de negociação
dessa Obrigação (Valor de Face).
Obrigação Acima do PAR – É uma obrigação lançada no Mercado (Taxas de Mercado), com
características semelhantes à Obrigação que adquirimos, só que oferecendo Taxas Superiores às que
contratamos.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
6.11 Conceito de OBRIGAÇÃO - De maneira restrita, uma obrigação é uma dívida com alguma
garantia. No entanto, de maneira geral, a palavra obrigação diz respeito a todos os tipos de dívidas, com
ou sem garantia. Nesta apostila, o termo obrigação será usado para nos referirmos genericamente a
dívidas a longo prazo.
GENERICAMENTE: Quando uma empresa quer fazer um empréstimo no Mercado sem recorrer a
bancos e sem lançar mais ações, ela pode vender Obrigações. A venda de Obrigações se assemelha ao
lançamento de ações só que as pessoas que detêm obrigações não fazem jus ao Patrimônio Líquido da
empresa.
Exp.: Uma empresa vende uma Obrigação a R$1.000,00 (valor de face) e essa obrigação deverá
durar por 6 anos. Quem paga para ter essa Obrigação, recebe em troca R$80,00 anuais (cupons) e ao final
do período considerado (6 anos) receberá de volta seus R$1.000,00 e a partir de então não receberá mais
os cupons e cessa a obrigação.
Ou seja, a empresa recebe um Valor de Face (dinheiro que quem comprou a obrigação paga pela
mesma) e, até que vença o prazo e a empresa o pague de volta, ela assume a Obrigação de pagar cupons
(uma espécie de juro sobre a Obrigação) anuais ao Obrigacionista (quem comprou as obrigações).
O Obrigacionista é quem compra a obrigação por meio do pagamento de um valor de face
(investimento em ações) e espera receber cupons da empresa que colocou as Obrigações no mercado até
que o prazo vença e a empresa pague de volta o valor de face para, assim, ficar desobrigada do pagamento
dos cupons.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.2 Dois fatores que mais influenciam o risco de variação da taxa de juros:
1. Prazo até o vencimento; e
2. A taxa de cupom.
7.3 Dados que devem ser analisados para avaliar o risco de uma obrigação:
1. Mantidas todas as outras coisas constantes (ceteris paribus), quanto maior for o prazo até o
vencimento, maior será o risco de variação da taxa de juros.
2. Ceteris paribus (mantidas todas as outras coisas constantes), quanto menor for a taxa de cupom,
maior será o risco de variação da taxa de juros.
Onde:
C = Cupom pago por período
r = Taxa de juros ao período
t = número de períodos
F = Valor de Face da Obrigação
7.4 Classificação dos títulos emitidos por empresas – Empresas podem arrecadar dinheiro para o seu
funcionamento ou mesmo para financiamento de projetos, através de duas maneiras:
1. Títulos de Capital Próprio – Nesse caso são emitidas ações que fazem daqueles que compram as ações,
partícipes do Capital Próprio da empresa e, portanto, corresponsáveis em lucros e prejuízos; ou
2. Títulos da Dívida – Nesse caso a empresa pega dinheiro emprestado emitindo títulos da dívida,
que são documentos que dão aos credores o direito de, na data acertada, cobrar o que foi acordado, seja
em cupons ou anuidades.
7.5 Conceito de Credores ou Financiadores – São pessoas físicas ou empresas que emprestam o
dinheiro.
61
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.7 Principais características das Dívidas que as diferenciam do Capital Próprio (do ponto de vista
financeiro):
1. Dívida: Uma dívida não representa direitos de propriedade sobre a empresa. Os credores
geralmente não possuem direito a voto.
2. Dívida: O pagamento de juros sobre a dívida das empresas é considerado como um custo do
negócio, e é integralmente dedutível para fins fiscais. Capital Próprio: Os dividendos pagos aos
acionistas não são dedutíveis para cálculo de imposto de renda.
3. Dívida: As dívidas a serem pagas são passivos da empresa. Se não forem pagas, os credores
poderão legalmente tomar os ativos da empresa. Medidas desse tipo podem resultar em liquidação ou
reorganização, duas das consequências possíveis em caso de falência. Portanto, um dos custos de emitir
dívidas é a possibilidade de falência. Essa possibilidade não surge em emissões de ações.
Obs.: Algumas vezes não fica claro se um título deve ser classificado como dívida ou capital próprio.
Isso ocorre porque as empresas são muito hábeis na criação de títulos exóticos e híbridos que possuem
muitas características de capital próprio, mas são tratados como capital de terceiros. Obviamente, a
distinção entre capital próprio e capital de terceiros é muito importante para fins fiscais. Portanto, uma das
razões pelas quais as empresas procuram criar títulos de dívida que são na realidade capital próprio é
obter benefícios fiscais decorrentes da modalidade capital de terceiros, aliando-a ao benefício de evitar a
falência inerente à modalidade capital próprio.
7.8 Acionistas, como regra geral, são pagos após os credores – Isso ocorre porque o Capital Próprio
corresponde à participação na propriedade e a um direito residual. Assim, é necessário primeiramente
pagar as dívidas (credores), para depois então calcular o lucro e a parte dos acionistas. Como resultado, os
riscos e benefícios associados à posse de dívida ou capital são diferentes.
7.10 Conceito de Passivo a Descoberto – Passivo a Descoberto é o caso em que o valor do Patrimônio
Líquido é negativo. Isto ocorre quando o valor das obrigações para com terceiros (passivo exigível) é
superior ao dos ativos.
Exemplo de Passivo a Descoberto:
Total do Ativo ............ ...................................................................... R$ 1.500.000,00
Total das Obrigações .. ...................................................................... R$ 2.000.000,00
Passivo a descoberto.. R$ 1.500.000,00 menos R$ 2.000.000,00 = R$ 500.000,00
Obs.: As dívidas de curto prazo são chamadas algumas vezes de passivo a descoberto.
7.11 Conceito de Passivo Coberto - A expressão passivo coberto faz parte do jargão financeiro. Refere-
se, geralmente, a dívidas a longo prazo. Portanto, uma empresa que planeja cobrir suas dívidas deve
substituir os financiamentos a curto prazo por financiamentos a longo prazo.
62
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.12 Nomes que podem levar os Títulos de Dívida - Títulos de dívida geralmente são denominados
Obrigações, Notas Promissórias ou Debêntures.
7.12.1 Conceito de OBRIGAÇÕES - De maneira restrita, uma obrigação é uma dívida com alguma
garantia. No entanto, de maneira geral, a palavra obrigação diz respeito a todos os tipos de dívidas, com
ou sem garantia. Nesta Apostila, o termo obrigação será usado para nos referirmos genericamente a
dívidas a longo prazo.
7.12.2 Conceito de Debênture - Uma dívida SEM GARANTIA, normalmente com prazo de
vencimento igual ou superior a 10 anos. Muitas vezes, as obrigações representam compromissos não
garantidos da empresa. Uma debênture é uma obrigação não garantida (não utiliza Garantias nem Títulos
Hipotecários para proteção de seus credores), ou seja, não há hipoteca de qualquer bem da empresa. Os
debenturistas só têm direito sobre os bens não hipotecados da empresa; em outras palavras, seus direitos
restringem-se aos bens da empresa remanescentes após pagas as obrigações feitas com garantias reais.
7.12.3 Conceito de Nota Promissória – Difere-se da Debênture apenas no prazo. Nota Promissória
é uma dívida NÃO GARANTIDA, normalmente com prazo de vencimento inferior a 10 anos.
7.14 Dimensões de Dívidas a Longo Prazo - 1. Opções de resgate antecipado; 2. fundos de amortização;
3. Ratings; e 4. cláusulas protetoras. Muitas dessas características são detalhadas na escritura de emissão
da obrigação.
7.15 Conceito de Escritura de Emissão de Obrigações - Acordo por escrito entre a empresa (tomador de
recursos) e seus financiadores (credores), detalhando os termos da emissão de títulos de dívida. Algumas
vezes, chamada de acordo fiduciário. A Escritura de Emissão de Obrigações é um documento legal que
pode ter algumas centenas de páginas e inclui as seguintes cláusulas:
1. Os termos básicos da obrigação.
2. O valor total emitido.
3. A descrição dos bens dados em garantia
4. O esquema de pagamento.
5. As cláusulas de resgate antecipado.
7.16 Conceito de Acordo Fiduciário - Também é denominado acordo de empréstimo ou contrato de
empréstimo. O Acordo Fiduciário é uma colocação privada de título da dívida ou empréstimo a prazo
fixo. Nas Escrituras de Emissão (Acordo fiduciário) geralmente, um agente fiduciário (talvez um banco)
é nomeado pela empresa para representar os portadores de obrigações.
7.17 Atribuições do Agente Fiduciário - O agente fiduciário precisa: (1) assegurar que termos da
escritura de emissão sejam obedecidos, (2) gerir o fundo de amortização (descrito nas páginas a seguir), e
(3) representar os portadores de obrigações em caso de inadimplência, ou seja, se a empresa deixar de
efetuar os pagamentos contratados.
7.18 Valor de Face mais utilizado nas emissões de obrigações emitidas por empresas - As obrigações
emitidas por empresas geralmente têm um valor de face (isto é, uma denominação) de R$1.000,00. Isto é
denominado Valor do Principal, e é declarado no Certificado da Obrigação. Portanto, se uma empresa
desejar tomar R$ 1 milhão emprestado, precisará vender 1.000 obrigações. O valor nominal (isto é, o
valor contábil inicial) de uma obrigação quase sempre é idêntico ao valor de face e, na prática, as duas
expressões são utilizadas como sinônimos.
63
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.19 Formas de Obrigações - As Obrigações podem ser nominativas ou ao portador.
7.19.1 Conceito de Obrigações Nominativas - São emissões nas quais se registra a propriedade de
cada obrigação; o pagamento é feito diretamente ao proprietário registrado. Isto significa que a empresa
possui um livro no qual registra a propriedade de cada obrigação, bem como quaisquer alterações a esse
respeito. A empresa pagará juros e principal, enviando cheque diretamente ao endereço do proprietário
registrado. Uma obrigação pode ser registrada e ter “cupons” anexados a ela. Para receber o pagamento
de juros, o titular precisa destacar o cupom do certificado e enviá-lo ao agente pagador da empresa. As
obrigações emitidas por empresas geralmente são nominativas. Por exemplo, a escritura poderia dizer o
seguinte:
“Os juros são pagos semestralmente em 1º de julho e 1º de janeiro de cada ano à pessoa em cujo
nome a obrigação esteja registrada no fechamento do expediente em 15 de junho ou 15 de
dezembro, respectivamente.”
7.19.2 Conceito de Obrigações ao Portador - Obrigações ao portador são aquelas em que o
certificado é a evidência básica de propriedade, e a empresa irá “pagar ao portador”. Nesse caso, a
titularidade não é registrada e, assim como no caso de obrigações nominativas com cupons anexados, os
portadores dos certificados destacam os cupons e os enviam ao agente pagador da empresa para
receberem os pagamentos. Resumidamente, Obrigações ao portador são emissões realizadas sem registro
do proprietário; os pagamentos são feitos a qualquer pessoa que apresente o certificado da obrigação.
64
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.24 Conceito do termo “Subordinado” - Em caso de inadimplência, os portadores de títulos
subordinados precisam dar preferência a outros credores especificados. Geralmente, isso significa que os
credores subordinados só receberão alguma coisa após os credores especificados terem sido remunerados.
ATENÇÃO: Apesar do Título Subordinado receber sua remuneração por último, essa dívida não pode ser
subordinada a ações, ou seja, as ações pagam os proprietários da empresa e por isso, devemos primeiro
pagar as dívidas e depois sim remunerar os proprietários de ações. TÍTULOS SUBORDINADOS não
podem ser subordinados a AÇÕES.
7.25 Razão pela qual DEBÊNTURES são consideradas OBRIGAÇÕES SUBORDINADAS – Isso
ocorre porque debêntures não incluem garantias reais, e por isso só são pagas após aquelas obrigações que
possuem garantias (Preferenciais).
7.26 Resgate – É o pagamento de obrigações aos obrigacionistas. As obrigações podem ser resgatadas
somente na data de vencimento, na qual os credores recebem o valor declarado ou de face da obrigação,
ou podem ser resgatadas parcial ou integralmente antes do vencimento. O esquema de pagamentos
antecipados é a forma mais comum, sendo geralmente operacionalizado por meio de um fundo de
amortização.
7.27 Conceito de Fundo de Amortização - É uma conta gerida pelo agente fiduciário para resgate
antecipado de obrigações.
7.28 Conceito de Cláusula de Resgate Antecipado - É uma cláusula que dá à empresa a opção de
recomprar a obrigação a um determinado preço antes do vencimento. Ou seja, normalmente, a empresa
que vendeu uma obrigação para captar recursos é obrigada a pagar cupons anuais aos credores, mas caso
ela preveja que em determinado momento manter a obrigação poderá não ser mais interessante, ela pode
inserir no momento do lançamento das obrigações, uma Cláusula de Resgate Antecipado que a permita
recomprar ou “chamar” parte ou toda a obrigação emitida a preços predeterminados durante certo
período, assim ela paga ao credor um determinado valor pela obrigação e, portanto, deixa de ser obrigada
a pagar os cupons da mesma. Normalmente, as obrigações de empresas são resgatáveis antecipadamente.
7.29 Conceito de Prêmio de Resgate Antecipado - É o Montante em que o preço de resgate antecipado
excede o valor ao par da obrigação. Ou ainda, é a diferença entre o preço de resgate antecipado e o
declarado (valor de face). O prêmio de resgate antecipado é maior quando ainda estamos distantes da data
de vencimento da obrigação e à medida que o tempo vai passando o prêmio vai diminuindo.
7.30 Conceito de Cláusula de Resgate Antecipado Diferido - Como os credores adquirem Obrigações
pensando em obter um certo retorno (cupons + valor de face), para que eles confiem na empresa e
comprem essas obrigações sem medo, a empresa cria a Cláusula de Resgate Antecipado Diferido, que
estabelece um período (geralmente período inicial) em que a empresa não poderá recomprar as
obrigações. Durante este período, diz-se que a obrigação está Protegida contra resgate antecipado. Isso
faz com que os credores tenham uma preocupação a menos nos primeiros anos de vida da obrigação. Por
exemplo, uma empresa estaria proibida de resgatar suas obrigações nos 10 primeiros anos. Uma
Obrigação protegida contra resgate antecipado é uma obrigação que não pode ser resgatada pelo
emissor antes de determinado período.
7.31 Conceito de Cláusulas Protetoras - Cláusula Protetora é uma parte da escritura de emissão (ou
acordo do empréstimo) que limita determinadas ações por parte da empresa durante o prazo do
empréstimo, normalmente para proteger o credor.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.32 Classificação das Cláusulas Protetoras:
1. Cláusulas Negativas – é a cláusula do tipo “não podes fazer”. Limita ou proíbe ações que a
empresa poderia realizar. Alguns exemplos típicos são:
a. A empresa precisa limitar o montante de dividendos que pagará de acordo com determinada fórmula;
b. A empresa não pode dar ativos em garantia a outros credores;
c. A empresa não pode fundir-se com outra;
d. A empresa não pode vender ou arrendar os principais ativos sem a aprovação de credores; e
e. A empresa não pode assumir dívidas adicionais de longo prazo.
2. Cláusulas Positivas (ou Afirmativas) – Uma cláusula positiva é do tipo “deves fazer”. Especifica
determinadas ações que a empresa concorda em fazer. Alguns exemplos são:
a. A empresa precisa manter seu capital de giro pelo menos nesse nível determinado;
b. A empresa precisa fornecer periodicamente demonstrações financeiras auditadas aos credores; e
c. A empresa precisa manter as garantias e os ativos em boas condições
7.36 Conceito de obrigações com RATING classificado como “5B” ou Crossover - São aquelas
obrigações com RATING entre Médio e Baixo.
7.37 Escolha entre uma emissão de Obrigações Públicas ou Privadas - As Emissões Públicas em geral
oferecem rendimento menor que as Emissões Privadas, apesar disso em muitos casos elas ficam mais
atraentes que as emissões privadas pelo fato das emissões públicas não terem (a princípio) risco de
inadimplência, mas principalmente pelo fato das emissões públicas serem isentas de certos impostos.
Logo um investidor ao escolher entre uma emissão de obrigação pública ou uma privada, deve comparar
sua alíquota de imposto com os rendimentos oferecidos pelas duas formas de emissão.
7.38 Conceito de Alíquota de Equilíbrio - A Alíquota de Equilíbrio é aquela na qual o investidor ficaria
indiferente entre uma obrigação tributável e uma obrigação não tributável.
7.39 Conceito de Obrigação de Cupom Zero - É uma obrigação que não realiza pagamentos de cupons e,
portanto, tem preço inicial com grande deságio. Uma obrigação que não paga cupons precisa ser
oferecida a um preço bastante inferior a seu valor declarado. Suponha que uma empresa emita uma
obrigação sem cupom, com o prazo de cinco anos e com valor de face de $1.000. O preço inicial é
estabelecido a $497. Podemos verificar diretamente que, a esse preço, o rendimento da obrigação até o
vencimento é de 15%. O total de juros pagos ao longo do prazo da obrigação é $1.000 – 497 = $503.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.40 Como é a cobrança de impostos para obrigação de cupom zero - Para fins fiscais, o emitente de
uma obrigação de cupom zero deduz os juros a cada ano, mesmo não pagando juro algum. Pelo mesmo
motivo, o portador precisa recolher impostos sobre juros, mesmo que nada tenha recebido na realidade,
pois o direito ao recebimento desses juros constam como uma receita tributável.
7.41 Conceito de Obrigação Original Descontada (OID) - É uma obrigação com taxa de cupom muito
baixa.
7.42 Conceito de Obrigações com taxa flutuante - São obrigações cujos pagamentos de cupons são
variáveis. Os ajustes são ligados a um índice de taxa de juros. O valor de uma obrigação com taxa
flutuante depende de como o ajuste do cupom será definido. Na maior parte dos casos, o cupom é
ajustado com algum atraso, em relação a alguma taxa de juros. Suponha, por exemplo, que o ajuste do
cupom seja feito em 1º de junho. O ajuste pode ser feito com base em uma média simples do rendimento
das obrigações do tesouro nos últimos três meses.
7.44 Conceito de Capped - É o cupom de taxa flutuante que está limitado a uma variação que possui piso
e teto.
7.45 Conceito de Collar - É o conjunto de taxas inferior e superior a que o cupom da taxa flutuante está
limitado.
7.46 Conceito de “TIPS” (Títulos do Tesouro Protegidos contra a Inflação)- São um tipo
particularmente interessante de obrigações com taxa flutuante, pois são Obrigações Indexadas à
Inflação. Tais obrigações possuem cupons ajustados de acordo com a taxa de inflação (o principal
também pode ser ajustado).
7.47 Obrigações Raras ou Exóticas – Obrigações com características raras ou exóticas existem porque
as características das obrigações só estão limitadas à imaginação das partes envolvidas. Abaixo seguem
alguns exemplos de obrigações com características raras ou exóticas:
1. Obrigações de Desastres – um exemplo clássico é o caso de uma seguradora de residências que
lançou obrigações com prazo de vencimento de 10 anos em que os investidores iriam colocar em risco o
recebimento de juros durante os primeiros quatro anos, em caso de terremotos catastróficos.
2. Obrigações Vinculadas à Receita – são semelhantes a obrigações convencionais, exceto que os
pagamentos de cupons dependem do lucro da empresa. Especificamente, os cupons são pagos aos
portadores de obrigações apenas se a empresa tiver receita suficiente. Isto pode parecer uma
característica atraente, mas este tipo de obrigação não é muito comum.
3. Obrigações Conversíveis – podem ser trocadas por um número fixo de ações a qualquer
momento antes do vencimento, à opção do portador. As obrigações conversíveis são razoavelmente
comuns, mas o volume desses títulos vem diminuindo nos últimos anos.
4. Obrigações com Cláusulas de Liquidação Antecipada – permitem ao portador forçar o emitente
a comprar a obrigação de volta ao preço declarado. A característica de opção de liquidação antecipada
corresponde exatamente ao oposto da cláusula de resgate antecipado, e é uma criação razoavelmente
recente.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.48 Mercado de Balcão – É onde ocorre a maior parte das negociações de Obrigações. Isso significa
que não existe uma localização física especial na qual as compras e vendas ocorrem. Em vez disso, os
distribuidores interligados ao redor do país (ou do mundo) oferecem-se para comprar ou vender, tais
títulos eletronicamente.
7.49 Razões por que o Mercado de Obrigações é tão grande - Um dos motivos para que o Mercado de
Obrigações seja tão grande é que o número de emissões de obrigações excede de longe o número de
emissões de ações. Uma das razões para isso é que a empresa tipicamente possui apenas uma categoria de
ações ordinárias (existem exceções), ao passo que uma única empresa grande chega a ter facilmente uma
dúzia ou mais de títulos de dívida emitidos.
7.50 Emissão de Letras e Obrigações do Governo - Um governo, até mesmo uma cidade pequena
emitirá usualmente uma grande variedade de letras e obrigações, representando o dinheiro emprestado
para pagar estradas, esgotos e escolas.
7.51 Conceito de Rendimento Corrente - O Rendimento Corrente é igual ao Cupom de uma obrigação
dividido por seu preço de fechamento (preço no final do dia). Se tivermos uma empresa cujo valor de face
seja $1.000, o cupom seja $75, e o preço de fechamento seja $1.073,75, o rendimento corrente será igual
a $75 / $1.073,75 = 6,98%.
7.52 Conceito de Spread – Representa o lucro de quem adquiriu um título. Geralmente, em qualquer
mercado de balcão, o preço de compra indica o que o distribuidor está disposto a pagar pelo título, e o
preço de venda o que está disposto a receber. A diferença entre o preço de compra (bid) e preço de
venda (asked) é conhecida por SPREAD ENTRE COMPRA E VENDA, e representa o lucro do
distribuidor.
7.52 Conceito de Estrutura a termo de taxa de juros - É a relação entre taxas de juros nominais de
títulos livres de risco de inadimplência, do tipo desconto puro, e o prazo de vencimento, ou seja, o valor
puro do dinheiro no tempo. Diz-se também que Estrutura a termo de taxa de juros é a relação entre taxas
de juros a curto e a longo prazo. Para sermos um pouco mais precisos, ela nos mostra qual é a taxa
nominal de juros em obrigações sem risco de inadimplência, e que são do tipo desconto simples, para
todos os prazos de vencimento. Essas taxas são essencialmente taxas de juros “puras” por não terem risco
de inadimplência e envolverem um único pagamento futuro. Em outras palavras, a estrutura a termo
mostra-nos o valor puro do dinheiro no tempo, para diferentes prazos de vencimento.
68
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.54 Três componentes básicos que determinam a forma da estrutura a termo:
1. Taxa de Juros Real – É a compensação exigida pelos investidores para cederem o uso de seu
dinheiro. Você pode considerar isso como valor puro do dinheiro no tempo após levar em conta os efeitos
da inflação. Como a taxa real de juro é componente básico de qualquer taxa de juro, quando ela é alta
todas as taxas de juros tendem a ser altas, e vice-versa. Portanto, a taxa real de juros não determina
efetivamente a forma da estrutura a termo; em vez disso, influencia principalmente o nível geral das taxas
de juros.
2. Taxa de Inflação – A proteção da inflação futura tem forte influência sob a forma da estrutura a
termo. Os investidores que emprestam dinheiro por períodos longos reconhecem que a inflação futura
corrói o valor do dinheiro futuro. Investidores exigem uma compensação por essa perda sob a forma de
taxas nominais mais altas. Essa compensação é denominada Prêmio de Inflação.
3. Risco e Variação das taxas de juros – As obrigações de prazos mais longos possuem risco maior
de perda resultante de variações de taxas de juros do que as obrigações a curto prazo. Os investidores
reconhecem esse risco e exigem uma compensação adicional sob a forma de taxas mais altas para
correrem esse risco. Essa compensação adicional é denominada Prêmio pelo risco de variação de taxa de
juros.
7.55 Conceito de Prêmio de Inflação - É a parcela da taxa nominal de juros que representa a
compensação pela inflação futura esperada. Se os investidores acreditam que a taxa de inflação será
maior no futuro, as taxas de juros nominais a longo prazo tenderão a ser maiores do que as taxas a curto
prazo. Portanto, uma inclinação positiva da estrutura a termo é um reflexo de aumento esperado da
inflação. De maneira semelhante, uma inclinação negativa da estrutura a termo provavelmente reflete uma
crença de que a inflação deverá cair no futuro.
7.56 Conceito de Prêmio de Risco de Variação da Taxa de Juros ou Prêmio pelo risco de prazo de
vencimento - É a compensação exigida pelos investidores para suportar o risco de variação de taxa de juros.
Quanto maior o prazo de vencimento, maior é o risco de variação de taxa de juros, e, portanto, o prêmio pelo
risco de variação de taxa de juros é diretamente proporcional ao prazo de vencimento.
7.57 Três características importantes das obrigações do Tesouro - Elas são (1) livres de risco de
inadimplência, (2) tributadas e (3) extremamente líquidas.
7.58 Conceito de Prêmio pelo risco de inadimplência - É a porção da taxa nominal de juros ou do rendimento
da obrigação que representa a compensação pela possibilidade de inadimplência. Os investidores reconhecem
que os emissores que não sejam o tesouro americano podem ou não fazer todos os pagamentos prometidos, e
por isso exigem um rendimento maior como recompensa. Essa compensação adicional é denominada prêmio
pelo risco de inadimplência.
7.59 Conceito de Ratings - Ao começar a analisar obrigações de diferentes ratings, você notará que as
obrigações de ratings (risco de inadimplência) mais baixos possuem rendimentos maiores. Vide item 7.34.
Obs.: Rating Alto = pouco risco de inadimplência; Rating Baixo = alto nível de inadimplência.
7.60 Conceito de Prêmio pela Tributação – É a porção da taxa nominal de juros ou do rendimento da
obrigação que representa a compensação pelo tratamento fiscal desfavorável. Muitas obrigações municipais
são isentas de grande parte dos impostos e, consequentemente, oferecem rendimentos bem inferiores aos das
obrigações tributáveis. Os investidores exigem um rendimento adicional em obrigações tributáveis por causa
do tratamento tributário desfavorável. Essa compensação adicional é o prêmio pela tributação.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7.61 Conceito de Prêmio pela Liquidez - É a porção da taxa nominal de juros, ou do rendimento da
obrigação que ativos ilíquidos pagam para compensar a falta de liquidez. Ativos Ilíquidos oferecem esses
Prêmios pela Liquidez (ou seja uma taxa nominal de juros maior do que os mais líquidos) para se tornar
atrativos aos investidores. Já os ativos de alta liquidez possuem menor taxa nominal de juros (ou seja, não
oferecem Prêmio pela Liquidez) porque oferecem em compensação a rápida conversão em dinheiro.
Assim, ceteris paribus (se todo o restante permanecer constante), as obrigações menos líquidas terão
maiores rendimentos do que as obrigações mais líquidas.
70
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exercícios FINANÇAS – Assuntos: 4. Avaliação de Caixa Futuro, ações e títulos; 5. Avaliação de fluxos de caixa
descontados; 6. Tx de Juros e avaliação de obrigações; 7. Risco de variação da Tx Juros.
01. (EsAEx anterior a 1998) Um determinado indivíduo deseja ter R$300,00 daqui a um ano. Caso possa obter juros de 6%
ao ano, ele deverá aplicar hoje a quantia de:
a) R$189,42 b) R$225,70 c) R$283,70 d) R$325,40
____________________________________________________________________________________________
03. (EsAEx anterior a 1998) “Debêntures” são certificados emitidos por uma empresa conseguir dinheiro agora,
desenvolvendo-o no futuro, pagando juros em geral anualmente. Ela difere das “Ações Ordinárias” porque:
a) Os debêntures são de longo prazo e as ações ordinárias são de curto prazo, com direito a voto nas assembleias anuais.
b) As ações ordinárias pagam dividendos periódicos em dinheiro além da sua valorização e os debêntures permanecem com
seu valor de face.
c) Os debêntures são considerados como capital próprio enquanto as ações ordinárias são exigíveis de longo prazo.
d) As ações ordinárias podem ser vendidas ao longo do seu prazo e os debêntures só pelo seu valor atual, corrigido
mensalmente.
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
05. (EsAEx 2006 - Questão 47) Considerando que uma empresa possui fundos temporariamente ociosos e que existe uma
variedade de títulos à curto prazo disponíveis para aplicação, podemos afirmar que as alternativas abaixo representam as
características mais importantes desses títulos, exceto:
a) prazo de vencimento b) risco de inadimplência c) desembolso trimestral d) negociabilidade e) tributação
06. (Marinha PS-T 2011 – Prova Amarela – Questão 33) Determinado investimento apresentou o seguinte fluxo de caixa:
Mês Valor em R$
0 (-) 5.000,00
1 0,00
2 0,00
3 0.00
4 (+) 7.867,60
Analisando o fluxo de caixa acima, a partir de qual taxa este investimento possibilitará lucratividade ao investidor?
a) 12% b) 11% c) 10% d) 9% e) 8%
71
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
07. (EAOAp 2016/17 – Prova A – Questão 36) Determinada pessoa fez um empréstimo de R$1.400,00 em um banco cuja
taxa de juros mensais é de 6%. Após 2 meses, a pessoa foi à instituição financeira, amortizou R$600,00 da dívida e renegociou
o restante do saldo em 4 parcelas mensais e iguais, de modo que a primeira seria no mês seguinte. Considerando FVFi,n =
1,1236 e FVPAi,n = 3,4650 e de acordo com os dados fornecidos, o valor de cada parcela renegociada será de
(A) R$ 245,82.
(B) R$ 280,82.
(C) R$ 345,25.
(D) R$ 453,97.
GABARITO:
1c; 2 Discursiva; 3b; 4c; 5c; 06.a; 07. B (Apostila de Adm Financeira item 5.2 a 5.4)
2 Discursiva: Debêntures são títulos a portador representando um empréstimo contraído por uma S. A. com garantia de seu
ativo e preferência para resgate, sobre qualquer outro débito.
72
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
8.2 Precificando uma AÇÃO - O preço de uma AÇÃO hoje é igual ao valor presente de todos os
dividendos futuros.
Obs.: Não se exclui a possibilidade de que alguns dos dividendos futuros sejam iguais a zero. Mas não
se deve aceitar que todos os dividendos futuros sejam iguais a zero, caso contrário a AÇÃO não teria
valor algum, haja vista seu valor ser igual à soma dos dividendos futuros. Essa observação foi feita
porque podem existir empresas que não estejam pagando dividendos hoje (por qualquer razão que seja),
mas suas ações continuam tendo valor porque um dia eles voltarão a pagar dividendos.
D1 D2 D3 D4 D5
P0 = + + + + + ...
(1 + r)¹ (1 + r)² (1 + r)³ (1 + r)4 (1 + r)5
8.3 PRÁTICA: Calcule o Valor Presente do dividendo de $10 juntamente com o valor final de $70, à
taxa de 25%?
P0 = (D1 + P1 ) / (1 + r)
P0 = Preço Corrente da ação
D1 = Dividendo pago no final do período
r = taxa de retorno exigida pelo mercado para esse investimento
8.4 Característica de uma ação cujo crescimento seja igual a zero – Ela possui o dividendo constante.
Uma ação ordinária de uma empresa com dividendo constante se parece muito com uma ação
preferencial. Sabemos que os dividendos de uma ação preferencial possuem crescimento igual a zero e,
portanto, são constantes no tempo. Para uma ação ordinária de crescimento igual a zero, isso significa
que: D1 = D2 = D3 = D4 = D = CONSTANTE
73
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
8.6 Fórmula para cálculo do DIVIDENDO quando uma empresa possui taxa constante de
crescimento:
Crescimento Constante: D1 = D0 x (1 + g)
D0 = último dividendo pago
g = taxa de crescimento constante
D1 = Próximo Dividendo
Fórmula Geral para cálculo de qualquer dividendo futuro com taxa de crescimento constante
(“t” períodos):
Dt = D0 x (1 + g)t
8.7 Conceito de Perpetuidade Crescente - É um ativo cujos fluxos de caixa crescem a uma taxa
constante. A Perpetuidade Crescente existe porque em muitas empresas, o crescimento constante dos
dividendos é uma meta explícita.
8.8 Conceito de Taxa de Dividendos (Dividend Yield) - É o dividendo esperado para a ação dividido pelo
preço corrente. Como é calculado pelo quociente entre o dividendo esperado e o preço corrente, é
conceitualmente semelhante ao rendimento corrente de uma obrigação.
Fórmula: Taxa de Dividendos = D1 / P0
III. A taxa exigida r, pode ser escrita como a soma de dois componentes:
onde D1 / P0 é a taxa de dividendo e g a taxa de ganho de capital (que é igual à taxa de crescimento
dos dividendos no caso de crescimento constante).
74
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
9.2 Forma dos acionistas ordinários manterem o controle da Sociedade por Ações - Os acionistas
controlam a sociedade por ações por meio de direito de eleger o conselho de administração. Geralmente
apenas os acionistas ordinários detêm esse direito.
9.3 Significado do termo “uma ação, um voto” – Genericamente, “uma ação, um voto” significa que o
acionista vota tantas vezes quanto o número de ações que possui, ou seja, quem possui 60 ações vota 60
vezes. Os conselheiros são eleitos a cada ano em assembleias ordinárias. Embora haja exceções, a ideia
básica é “uma ação, um voto” (e não um voto para cada acionista). A Democracia na sociedade por
ações, portanto, é muito diferente de nossa democracia política. Na democracia da sociedade por ações, a
“regra do ouro” prevalece de maneira absoluta.
9.4 Conceito do termo “regra de ouro” - É um termo que significa que quem tem o ouro faz as regras.
Quem tem o ouro é quem manda. Trazendo isso para uma sociedade de ações, quem tem mais ações
manda mais.
9.5 Dois mecanismos para eleição de Conselheiros - Conselheiros são eleitos em assembleias
ordinárias de acionistas pelo voto da maioria das ações presentes e com direito a voto. Os dois
mecanismos que as empresas podem usar para a eleição dos Conselheiros são:
1. Votação Cumulativa – É um procedimento pelo qual um acionista pode direcionar todos os votos
para um único membro do conselho de administração. Acontece assim: se temos que eleger quatro
conselheiros, cada ação da direito a quatro votos, então, o acionista pode usar seus votos da maneira que
quiser, ou seja, caso seja do interesse dele, pode usar todos os votos para um único candidato de forma a
tentar garantir a sua presença no conselho. Com isso, se um acionista possui 20 ações e a votação é para
eleger quatro conselheiros, esse acionista terá direito a (4 x 20) 80 votos e como a eleição dos quatro
conselheiros é feita de uma só vez, caso seja do interesse desse acionista, ele poderá direcionar todos os
80 votos a um único candidato ou pulverizá-los em direção aos candidatos que mais lhe interessarem.
Essa forma é mais democrática, pois se alguém tem poucas ações e deseja que um candidato seja eleito
ele pode direcionar todos os seus votos para esse candidato.
2. Votação Simples – É um procedimento pelo qual um acionista pode direcionar todos os votos a
cada membro do conselho de administração. Acontece assim: cada candidato ao conselho é eleito em
uma votação específica, um de cada vez, assim, os acionistas devem, a cada nova eleição, eleger um
conselheiro e seus votos são exatamente o número de ações que possuem (diferente da cumulativa que
permite somar todos os votos e gastar como quiser). Isso pode ser ruim para quem tem poucas ações e
dificultar a representação desses no conselho por que todos os acionistas que votarem utilizarão todos os
seus votos em um único candidato a cada eleição e isso faz com que o candidato que representa os
acionistas majoritários sempre ganhe e os acionistas com poucas ações ficarão sempre para traz.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
9.7 Conceito de Votação por Procuração - Por uma questão de conveniência, grande parte das votações
em grandes empresas abertas é efetivamente feita por procuração. As grandes empresas possuem centenas
de milhares, ou até mesmo milhões de acionistas. Os acionistas podem vir pessoalmente às assembleias e
votar, ou podem transferir seus direitos de votos a terceiros por meio de Procuração. Procuração é uma
cessão de poderes por um acionista que permite a um terceiro utilizar suas ações numa votação.
9.8 Conceito de Disputa por Procurações - Como quem detém uma procuração tem o poder de votar em
nome de outro, ele acaba tendo maior poder de voto quando, além de suas ações, possui também
procurações. Obviamente, os administradores sempre tentarão obter o maior número possível de
procurações em seu nome para garantirem-se no poder. No entanto, se os acionistas não estiverem
satisfeitos com a administração, um grupo “externo” de acionistas poderá tentar reunir votos por
procuração. E assim eles poderão tentar eleger um número suficiente de conselheiros e substituir a
administração. Isso é denominado disputa por procurações.
9.9 Direitos gerais do acionista - Além dos direitos de eleição do conselho, existem outros direitos, a
saber:
1. O direito de participar proporcionalmente do pagamento de dividendos.
2. O direito de participar proporcionalmente nos ativos remanescentes após o pagamento de passivos,
em caso de liquidação.
3. O direito de deliberar sobre matérias de grande importância, tais como fusões, geralmente discutidas
numa assembleia geral ordinária ou extraordinária.
9.10 Conceito de Direito de Preferência - O Direito de Preferência é o direito que os acionistas algumas
vezes têm à participação proporcional em qualquer aumento de capital. Essencialmente o Direito de
Preferência significa que a empresa que desejar emitir novas ações precisará oferecê-las em primeiro
lugar aos acionistas existentes, antes do público em geral. A finalidade é dar aos acionistas a oportunidade
de se protegerem contra diluições de sua participação proporcional na empresa.
9.11 Conceito de Dividendos - São pagamentos realizados por sociedade anônima a seus acionistas, que tanto
podem ser feitos em dinheiro quanto em ações (bonificações). Uma característica marcante das sociedades
anônimas é a de que possuem ações, e estão autorizadas por lei a pagar dividendos aos titulares das ações. Os
dividendos pagos aos acionistas representam o retorno sobre o capital fornecido direta ou indiretamente à
empresa. O pagamento de dividendos é feito a critério do conselho de administração.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
9.13 Conceito Ação Preferencial - É a ação com prioridade em relação às ações ordinárias na
distribuição de dividendos (normalmente com uma taxa fixa de dividendos) e ativos da empresa em caso
de liquidação, algumas vezes sem direito a voto. A palavra preferência significa apenas que os portadores
de ações preferenciais devem receber seus dividendos (no caso de uma empresa em operação normal)
antes dos portadores de ações ordinárias receberem qualquer coisa. A ação preferencial é uma forma de
capital próprio do ponto de vista legal e tributário. É importante que se observe, no entanto, que os
proprietários de ações preferenciais algumas vezes não possuem o privilégio do voto.
9.17 Nomes dados aos Preços dos títulos negociados pelo Distribuidor:
1. Preço de Oferta de Compra – é o preço que um distribuidor está disposto a pagar por um título.
2. Preço de Oferta de Venda – é o preço pelo qual o distribuidor irá vender um título.
3. SPREAD – É a diferença entre o preço de compra e o preço de venda, sendo esta a fonte básica de
lucro do distribuidor.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10.3 Importância do Ativo Fixo – Diz-se que o Ativo Fixo da empresa é quem define negócio da
empresa porque os ativos fixos em geral estão intimamente ligados à atividade da empresa. As
Companhias Aéreas, por exemplo, são companhias aéreas porque operam aviões, independentemente da
maneira pela qual são financiados.
10.5 Conceito de Valor Adicionado pela administração - É o ganho que a administração tem, quando
vende um produto com valor superior ao seu custo, assim, a diferença para mais que a administração
ganhou é o Valor Adicionado. Exp.: Suponha que você compre uma casa a R$25.000,00 e gaste outros
R$25.000,00 para reformá-la e após tudo pronto percebe que o valor de mercado dela agora é de
R$60.000,00 (supera o custo total de R$50.000,00 gasto na casa). Essa diferença para mais é o valor
adicionado, ou seja, neste caso, R$10.000,00.
10.6 Conceito de Valor Presente Líquido (VPL) - É o resultado da diferença entre o valor de mercado
de um investimento e seu custo. Em outras palavras, o VPL é uma medida de quanto valor é criado ou
adicionado hoje por realizar um investimento. Um investimento será aceito se o VPL for POSITIVO.
Obs.: O Valor Presente Líquido é mais fácil de se encontrar e é mais preciso quando existe um
mercado de ativos similares ao investimento considerado, pois teremos o parâmetro de comparação “valor
de mercado”.
10.7 Conceito de Avaliação de Fluxos de Caixa Descontados (FCD) – A Avaliação de Fluxos de Caixa
Descontados (FCD) é o processo de avaliação de um investimento descontando seus fluxos de caixa
futuros, ou seja, achar o Valor Presente desses fluxos de caixa para saber quanto valem hoje.
10.8 Importância da Avaliação de Fluxos de Caixa Descontados (FCD) para o VPL - A importância
da Avaliação de Fluxos de Caixa Descontados (FCD) para o VPL é que em geral se busca achar o VPL
comparando-se os Custos do Investimento com o Valor de Mercado e assim se acha de forma simples e
direta o VPL, mas, em muitos casos (como quando você lança um novo produto no mercado), não existe
parâmetro de comparação no Mercado e então a forma de se estimar o VPL e saber se o investimento vale
a pena é comparando-se o FCD com o Custo do Investimento.
* VPL quando temos parâmetro de comparação no Mercado: VPL = Valor de Mercado – Custo
* VPL quando NÃO temos parâmetro de comparação no Mercado: VPL = FCD - Custo
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10.9 Condição para a Aceitação de um investimento, tomando por base o VPL - Um investimento
deverá ser aceito se seu VPL for POSITIVO, e rejeitado se for NEGATIVO. Na eventualidade de que o
VPL seja exatamente igual a zero, ficaríamos indiferentes entre realizar ou não o investimento.
10.10 Regra do Período de Payback - É uma forma de avaliar um investimento. O Período de Payback é
o período exigido para que um investimento gere fluxos de caixa suficientes para recuperar o custo
inicial. Funciona assim: Seleciona-se determinado período de corte, digamos, por exemplo, dois anos, e
todos os projetos de investimento com período de payback de dois anos ou menos são aceitos, e todos os
outros com payback superior a dois anos são rejeitados.
10.10.1 Regra do Período de Payback Descontado (PBD) – utiliza o mesmo conceito da Regra do
período de Payback, porém, aplicando a fórmula de Desconto { VP = VF/(1 + i)t }
10.11 Problemas do Período de Payback se comparado à regra do VPL - Quando comparada à regra
do VPL, a regra de Payback possui sérias limitações. Em primeiro lugar, o período de payback é
calculado simplesmente adicionando os fluxos de caixa futuros. Não existe nenhum procedimento de
desconto, e o valor do dinheiro no tempo é completamente ignorado. A regra do Payback também
desconsidera diferenças de risco. O período de payback poderia ser calculado da mesma maneira tanto
para projetos muito arriscados, como para projetos muito seguros.
Talvez o maior problema com a regra do período de Payback seja estabelecer o período de corte
correto, porque não temos nenhuma base objetiva para escolher um número específico. Em outras
palavras, não existe raciocínio econômico para se examinar o período de payback antes de mais nada;
portanto, não temos diretrizes para selecionar o período de corte. Como resultado, acabamos usando um
número escolhido de maneira arbitrária.
Tão sério quando os problemas citados é o fato de que ao se utilizar o período de payback, não são
considerados os fluxos de caixa após o período de corte, o que pode levar a erros na análise, pois pode
acontecer de um investimento apenas vir a gerar seus maiores retornos após o período de corte.
10.13 Motivo que leva GRANDES e sofisticadas empresas e utilizarem a Regra do Período de
PAYBACK - A regra do período de payback é geralmente utilizada por grandes e sofisticadas empresas
em decisões de investimentos relativamente menos importantes (pequena monta) e há diversas razões
para isso. A mais importante delas é a de que, no caso de muitas decisões, simplesmente não vale a pena
fazer análises detalhadas, pois o custo da análise superaria o custo de um possível erro. Por uma questão
prática, um investimento que se paga rapidamente e traz benefícios além do período de corte
provavelmente deve ter um VPL positivo.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10.14 Características positivas da Regra do Período de Payback:
1. Como tem um viés a favor de projetos de curto prazo, também tem viés favorável à liquidez. Em
outras palavras, a regra do período de payback tende a favorecer investimentos que liberam caixa para
outros usos mais rapidamente. Isso pode ser muito importante para empresas pequenas; é menos
importante para empresas grandes.
2. Os fluxos de caixa que devem ocorrer mais tarde na vida de um projeto provavelmente são mais
incertos. Pode-se argumentar que a regra do período de payback contém um ajuste pelo risco adicional de
fluxos de caixa que ocorrem mais tarde, mas a maneira pela qual faz isso é um tanto quanto draconiana –
ignorando todos os fluxos mais distantes.
10.15 Razão pela qual se diz que o período de payback, em certo sentido, é um tipo de medida
contábil de “Ponto de Equilíbrio” - Por que como o valor do dinheiro no tempo é ignorado, você pode
encarar o período de payback como sendo o tempo necessário para haver equilíbrio num sentido contábil,
mas não em um sentido econômico.
10.16 Principal deficiência da Regra do Período de Payback - Sua principal deficiência reside em não
fazer a pergunta correta. A questão relevante é o impacto que o investimento terá sobre o valor de nossa
ação, e não quanto tempo será necessário para recuperar o investimento inicial.
10.17 Conceito de Retorno Contábil Médio (RCM) - É uma outra abordagem atraente, mas deficiente,
para a tomada de decisões em orçamento de capital. O Retorno Contábil Médio (RCM) é o resultado do
Lucro Líquido Médio de um investimento dividido por seu valor contábil médio.
Lucro Líquido Médio
RCM =
Valor Contábil Médio
10.18 Duas formas de se calcular o Valor Contábil Médio de um investimento - A forma de calcular o
Valor Contábil Médio deve Levar em conta que qualquer investimento está sujeito à depreciação e que a
depreciação aceita por lei é a Depreciação em Linha Reta (aquela que subtrai do investimento um mesmo
valor constante anualmente), teremos que, se por exemplo um investimento tem valor inicial de
R$500,00, sendo sua depreciação prevista para 5 anos, ao final do quinto ano de depreciação (sexto ano
de existência) esse investimento valerá R$0,00.
Assim sendo, temos que as duas formas de cálculo do Valor Contábil Médio são as seguintes:
1. VCM = (Valor Inicial do Investimento + Valor Final do Investimento) / 2
VCM = (500 + 0) / 2 = R$250,00
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10.19 Forma de cálculo do Lucro Líquido Médio (Lucro Contábil Médio) - O Lucro Líquido Médio é resultado
da soma dos Lucros Líquidos dos períodos considerados, divididos pelo número de períodos. Assim, por exemplo,
se um investimento tem LL de 100 no primeiro ano, 150 no segundo ano, 50 no terceiro e 0,00 no quarto e -50 no
quinto; teremos o Lucro Líquido Médio de:
LL médio = [($100 + 150 + 50 + 0 -50)] / 5 = 50
10.20 Regra do Retorno Contábil Médio (RCM) - Com base na regra do Retorno Contábil Médio (RCM), um
projeto é aceitável se seu Retorno Contábil Médio é maior do que a meta de retorno contábil médio. Ou seja, a
decisão entre aceitar ou não um investimento depende da meta de retorno (em percentual) que a administração
criou para os investimentos da empresa.
10.21 Cálculo do RCM – O RCM é baseado no VCM e no LL Médio
Lucro Líquido Médio 50
RCM = = = 20%
Valor Contábil Médio 250
Receitas e Custos anuais projetados para cálculo do Retorno Contábil Médio (RCM):
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Vantagens de desvantagens do Retorno Contábil Médio (RCM)
Vantagens Desvantagens
1. Fácil de ser calculado 1. Não é uma verdadeira taxa de retorno; o valor do dinheiro no tempo é
2. Geralmente, as informações ignorado;
necessárias estarão disponíveis 2. Utiliza uma taxa de corte arbitrária;
3. Baseia-se em lucro líquido e valores contábeis, e não em fluxos de caixa e
valores de mercado.
10.23 Conceito de Taxa Interna de Retorno (TIR) - É taxa de desconto que faz com que o VPL de um
investimento seja nulo. A TIR é a alternativa mais importante ao VPL. Essa taxa é “interna”, no sentido
de que dependa unicamente dos fluxos de caixa de determinado investimento, e não de taxas oferecidas
em outro lugar.
10.24 Regra da TIR - Com base na regra da TIR, um investimento é aceito se a TIR é maior do que o
retorno exigido. Caso contrário, deve ser rejeitado. Resumindo: Caso a administração diga que um
investimento, para ser aceito, deve oferecer 7% de rendimento, se tivermos uma TIR de 10% quer dizer
que nosso investimento está sendo vantajoso.
10.25 Explicação do porquê de a Regra da TIR dizer que a TIR é a taxa que faz com que o VPL
seja igual a zero:
Veja a fórmula do VPL: VPL = Soma dos fluxos de retornos trazidos para hoje – Custo do Investimento
VPL = [Soma dos fluxos de retornos / (1 + TIR)x] – Custo do Investimento
* sendo “r” correspondente a TIR; “x” representa o número de períodos considerados.
Caso não conheçamos a taxa de desconto (TIR) precisaremos saber qual é a taxa máxima de retorno
exigida pela empresa para que o projeto ainda seja aceito (até porque ela tem que ser menor que a TIR).
Sabemos que somos indiferentes entre aceitar ou não um investimento com VPL igual a zero. Em outras
palavras, o ponto de equilíbrio econômico do projeto ocorre quando o VPL é igual a ZERO.
Convenciona-se portanto, que a TIR de um investimento é a taxa exigida de retorno que, quando
utilizada como taxa de desconto, resulta em VPL igual a zero.
Conhecemos, através da fórmula abaixo, a TIR e sabemos que para o investimento ser aceito, a taxa
máxima de retorno da empresa tem que ser igual a TIR quando o VPL é igual a zero.
VPL = [$110 / (1 + r)¹] - 100
VPL = 0 = [$110 / (1 + r)¹] – 100
0 = [$110 / (1 + r)¹] - 100
$100 = $110 / (1 + r)¹
1 + r = $110 / 100 = 1,1
r = 10% Esta taxa de 10% é o que chamamos Retorno do Investimento.
* A questão do exemplo leva em conta apenas um período.
82
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Para que o investimento seja aceito, a TIR tem que ser na pior das hipóteses, igual à taxa de retorno
exigido pela empresa e o ideal é que a TIR seja maior do que a taxa de retorno da empresa.
No exemplo acima, a TIR é 10% e, portanto, a taxa máxima de retorno exigido pela empresa deve ser
de 10%. Se a taxa de retorno exigida pela empresa for maior que 10%, superando a TIR, o investimento
será recusado; se a taxa de retorno exigida pela empresa for menor que 10%, inferior à TIR, o
investimento será aceito; se a taxa de retorno exigida pela empresa for de 10%, igual a TIR, a empresa
poderá ser indiferente na decisão entre aceitar ou não o investimento oferecido a ela.
10.25.1 TIR Incremental – Quando é solicitado que se encontre a TIR Incremental, devemos ter em
mente que se trata de uma TIR calculada com base apenas nos valores excedentes (incrementos) do
“Valor Futuro” e do “Investimento Inicial” exigido, ou seja, deve se considerar a diferença apresentada
entre os projetos que estão sendo comparados.
Exemplificando...
Em dois projetos, “A” e “B”, com características distintas abaixo descritas, encontre a TIR
Incremental:
Projeto “A”: Investimento Inicial de R$10.000,00; Retorno esperado para 1 ano é de R$40.000,00
Projeto “B”: Investimento Inicial de R$25.000,00; Retorno esperado para 1 ano é de R$65.000,00
Passo 2: Calcular o valor adicional (incremental) recebido a título de Valor Futuro decorrente de se ter
optado por sair do Projeto “A” e investir no Projeto”B”.
Valor Futuro Incremental = 65.000,00 – 40.000,00 = 25.000,00
10.26 Outros nomes para a TIR - Por causa das fórmulas que associam TIR ao VPL, a TIR recebe
outros nomes, como Retorno do Fluxo de Caixa Descontado (FCD).
10.27 Conceito de Curva Perfil de Valor Presente Líquido - É uma representação gráfica da relação
entre o VPL de um investimento e as diversas taxas de desconto. É a maneira mais fácil de ilustrar a
relação entre VPL e TIR. Essa curva é feita colocando-se os diferentes VPL no eixo vertical, e as taxas de
desconto no eixo horizontal. Se tivermos um grande número de pontos, a figura resultante será uma curva
denominada Perfil de Valor Presente Líquido que demonstra o perfil de VPL para esse projeto. O Ponto
em que a curva corta o eixo horizontal é onde o VPL é igual a zero e o valor da TIR, neste exemplo, é de
13,1%.
83
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Perfil do VPL:
10.28 Duas condições que fazem com que as regras da TIR e do VPL nos levem sempre a decisões
idênticas:
1. Em primeiro lugar, os fluxos de caixa do projeto devem ser convencionais, isto é, o primeiro fluxo
de caixa (investimento inicial) é negativo, e todo o resto é positivo.
2. Em segundo lugar, o projeto precisa ser independente, ou seja, a decisão de aceitar ou rejeitar esse
projeto não afeta nenhum outro projeto.
10.29 Significado de dizer que os fluxos de caixa de um projeto são CONVENCIONAIS – Significa
dizer que o primeiro fluxo de caixa (investimento inicial) é negativo, e todo o resto é positivo.
10.30 Conceito de Projetos INDEPENDENTES - São o oposto dos projetos mutuamente excludentes.
Projetos Independentes são aqueles em que aceitar um não implica em rejeitar o outro.
10.31 Problema das Taxas Múltiplas de Retorno, em se tratando de VPL - Quando temos que investir
num negócio cujos fluxos de caixa sejam não convencionais (num ano o lucro é maior, no outro por
necessidades de novo investimento é menor, e assim segue variando seus fluxos) podemos encontrar
VPL’s com várias taxas diferentes e por consequência a TIR também variará. O Problema das Taxas
Múltiplas de Retorno surge quando existe a possibilidade de que mais de uma taxa de desconto faça com
que o VPL de um investimento seja zero. Havendo essa possibilidade, é necessário que os
administradores tenham cuidado quando são utilizados computadores para achar os VPL’s e as TIR’s,
pois pode ser que o computador não mostre que há mais de uma possibilidade de resposta, levando o
administrador a uma decisão de investimento errônea. Muitos pacotes financeiros para computadores não
estão cientes desse problema, e divulgam apenas a primeira TIR encontrada. Outros divulgam apenas a
TIR positiva mais baixa, mesmo que essa resposta não seja melhor que a outra.
84
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Perfil do VPL (com 2 TIR)
10.32 Conceito de Decisões de Investimentos Mutuamente Excludentes - São decisões em que aceitar
um investimento impede que se aceite o outro.
A Taxa de Retorno Incremental é calculada tomando-se por base a diferença entre o valor do
Investimento “A” e o valor do Investimento “B” e a diferença entre o valor do Retorno do Investimento
“A” e o valor do Retorno do Investimento “B”.
Calculando:
85
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Basta agora, aplicarmos a fórmula do “Desconto”, para acharmos a Taxa (i) Interna de Retorno
Incremental.
VP = VF / (1+ i)t onde VP é o investimento e VF é o retorno.
15 = 25 / (1+ i)1
15 (1+ i)1 = 25
15 + 15i = 25
15i = 25 - 15
15i = 10
i = 10/15
i = 0,6666667 = 66,67% Resposta “B”
10.33 Maneira de escolha entre dois ou mais projetos mutuamente excludentes – Nesses casos,
segundo ROSS, a resposta é simples: O MELHOR É AQUELE QUE TIVER O MAIOR VPL.
10.34 Razão pela qual, no caso dos projetos mutuamente excludentes, não podemos considerar
como melhor o que possui a maior TIR - Por que a TIR não necessariamente mostrará qual é o
investimento que apresenta maior fluxo de caixa. É importante termos em mente que no final das contas
estamos interessados em criar valor para os acionistas, e portanto a opção que possui maior VPL é a
preferida, independente dos retornos relativos.
Abaixo exemplo no gráfico de que a maior TIR não leva ao maior VPL.
Perfil do VPL para investimentos mutuamente excludentes:
10.35 Conceito de Índice de Rentabilidade (IR) - É o resultado do Valor Presente dos fluxos de caixa
futuros de um investimento divididos por seu custo inicial. O Índice de Rentabilidade (IR) mede o
resultado “por Real aplicado”, ou seja, o valor criado por Real investido. Por esse motivo, é
frequentemente proposto como medida de desempenho de investimentos governamentais ou sem fins
lucrativos. Além disso, quando há limitação de capital, pode fazer sentido alocar o capital aos projetos
com maiores IRs. Também chamado Quociente benefício / custo.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10.36 Forma de funcionamento do Índice de Rentabilidade (IR):
VP dos Fluxos de Caixa Futuros Benefício
IR = Quociente Benefício / Custo = =
Custo Inicial Custo
De forma prática, para um projeto que custasse $200 e o Valor Presente dos fluxos de caixa futuros
fosse $220, o IR seria de 220 / 200 = 1,10. Note que o IR = 1,10 e o VPL desse investimento é igual a
$20, o que o transforma num investimento atraente. O IR = 1,10 nos diz que cada Real investido resulta
em R$1,10, ou R$0,10 em termos de VPL.
10.37 Em investimentos mutuamente excludentes qual será o critério de escolha, maior VPL ou
maior IR? O IR é muito parecido com o VPL. No entanto, considere um investimento que custa $5 e tem
Valor Presente de $10, e um investimento que custa $100 e tem valor presente de $150. O primeiro desses
investimentos tem VPL de $5 e IR de 2. O segundo tem VPL de $50 e IR de 1,50. Se forem investimentos
mutuamente excludentes, neste caso, o segundo será preferível, mesmo tendo um IR mais baixo.
Resumindo, não parece haver motivos para confiar no IR em lugar do VPL. Na escolha entre
investimentos mutuamente excludentes utilize o VPL para saber qual é o melhor investimento.
Vantagens de desvantagens do Índice de Rentabilidade (IR)
Vantagens Desvantagens
1. Intimamente relacionado com o VPL, 1. Pode levar a decisões erradas quando é feita comparação de
geralmente conduzindo à mesma decisão; investimentos mutuamente excludentes.
2. Fácil de ser compreendido e comunicado;
3. Pode ser útil quando os fundos disponíveis para
investimento forem limitados.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
10.38 Três critérios de avaliação de investimentos que levam em conta o Fluxo de Caixa Descontado
(FCD):
1. Valor Presente Líquido (VPL); 2. Taxa Interna de Retorno (TIR); e 3. Índice de Rentabilidade (IR).
11.2 Conceito de Fluxos de Caixa Incrementais - Os fluxos de caixa incrementais, numa avaliação de
projeto, consistem em toda e qualquer mudança nos fluxos de caixa futuros da empresa que sejam
consequência direta da execução do projeto.
11.3 Fluxos de caixa não relevantes – São quaisquer fluxos de caixa que existam independentemente de
se realizar ou não o projeto.
11.4 Conceito de Princípio da Miniempresa - Na prática, seria muito trabalhoso calcular os fluxos de
caixa futuros totais da empresa com e sem o projeto, especialmente no caso de grandes empresas. O
princípio da miniempresa leva em conta que uma vez que foi identificado o fluxo de caixa incremental de
um determinado projeto, precisamos apenas nos concentrar nos fluxos de caixa incrementais resultantes
do projeto (tratá-lo como uma empresa).
Princípio da Miniempresa é a premissa que a avaliação de um projeto pode basear-se nos fluxos de
caixa incrementais do projeto.
O Princípio da Miniempresa diz que, uma vez que tenhamos determinado os fluxos de caixa
incrementais de aceitar um projeto, podemos enxergar esse projeto como se fosse uma “miniempresa”,
com suas receitas e custos futuros próprios, seus próprios ativos, e naturalmente, seus próprios fluxos de
caixa. Estaríamos então interessados em comparar os fluxos de caixa da miniempresa aos custos de
adquiri-la. Uma consequência importante dessa abordagem é a de que avaliaremos a proposta de
investimento puramente com base em seus méritos, isolando-a de outras atividades ou projetos.
11.5 Conceito de Custos Irrecuperáveis - São custos já incorridos e que não podem ser recuperados,
portanto, não devem ser considerados na decisão de investimento. São, portanto, fluxos de caixa não
relevantes.
Exp.: Se contratamos um consultor para fazer um levantamento de custos para a execução de um novo
projeto, o preço pago ao consultor não pode constar nos custos para a execução do projeto, pois
independente de se executar ou não, o consultor será pago, ou seja, o trabalho do consultor é um Custo
Irrecuperável.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
11.6 Conceito de Custo de Oportunidade - É um custo que não é desembolsado, ele requer que
desistamos de um benefício. Uma situação usual surge quando a empresa já possui alguns ativos que o
projeto irá utilizar. Por exemplo, poderíamos cogitar em converter um velho e rústico moinho de algodão,
que compramos anos atrás em um condomínio “comercial” por $100.000 . Assim, ao destruirmos o
moinho para dar lugar ao condomínio o custo de oportunidade é o valor que perdemos ao destruí-lo (valor
de mercado do moinho) para construir o condomínio. Repare que o custo de oportunidade não é o valor
que pagamos pelo moinho anos atrás ($100.000) e sim o valor que ele vale no momento que abrimos mão
dele por uma outra oportunidade. Custo de oportunidade tem a ver com desistirmos de uma oportunidade
valiosa para fazer algo mais com ele.
O Custo de Oportunidade é a alternativa mais valiosa (mais valiosa no sentido de que ela vale algo
enquanto que o novo investimento ainda vai ter seu valor) que é sacrificada quando se faz um dado
investimento.
Repare que nesse caso, os $100.000 pagos pelo moinho anos atrás é um custo irrecuperável. No
mínimo, o custo de oportunidade que deveríamos cobrar do projeto é o preço pelo qual venderíamos o
moinho hoje (líquido de qualquer custo de venda), pois é este o montante do qual estamos desistindo por
utilizá-lo em vez de vendê-lo.
O Custo de Oportunidade do Capital Investido é conhecido também como a Taxa Mínima de
Atratividade, ou seja, é a taxa de juros própria para cada indivíduo ou empresa, funcionando ainda como
elemento de comparação para a decisão do investidor sobre aceitar ou rejeitar um investimento.
89
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
11.10 Juros pagos não são fluxos de caixa relevantes para a avaliação de projetos - Para se analisar
uma proposta de investimento, não incluiremos juros pagos ou qualquer outro custo de financiamento,
tais como dividendos ou pagamentos de principal, porque estamos interessados nos fluxos de caixa
gerados pelo ativo da empresa.
Juros pagos, por exemplo, são um componente do fluxo de caixa para credores, e não um fluxo de
caixa dos ativos. A forma de investimento (com Capital Próprio) e de financiamento (com Capital de
Terceiros) de um projeto gerará o fluxo de caixa do projeto que será repartido entre proprietários (para
compensar o investimento de Capital Próprio) e credores (para compensar o capital de terceiros). Isso não
quer dizer que o esquema de financiamento não seja importante. Apenas é algo que deve ser analisado
separadamente.
11.12 Diferença entre Fluxo de Caixa após o imposto (fluxo de caixa operacional) e Lucro Líquido
após o imposto - A diferença é que o valor que corresponde ao Fluxo de Caixa após o IR (fluxo de caixa
operacional) é igual ao Lucro Líquido acrescido do valor correspondente à Depreciação, menos os
Impostos.
Fluxo de Caixa Operacional = LAJI + Depreciação - Impostos
11.13 Conceito de Demonstrações Financeiras Projetadas - São Demonstrações Financeiras que
projetam as operações do ano seguinte. Para elaborar tais demonstrações, necessitaremos de estimativas
de variáveis tais como número de unidades vendidas, preço de venda por unidade, custo variável unitário
e custos fixos totais. Também precisaremos conhecer o investimento total exigido, incluindo qualquer
gasto com CGL.
11.15 Forma de se achar o Fluxo de Caixa de um Projeto - O fluxo de caixa de um projeto possui três
componentes: (1) fluxo de caixa operacional; (2) gastos de capital e (3) acréscimos ao CGL.
Para avaliar o projeto, ou miniempresa, precisamos obter estimativas de cada um dos componentes
acima.
Fluxo de Caixa do Projeto = Fluxo de Caixa Operacional – variação do CGL do projeto – gastos de capital
90
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
11.16 Forma de se achar o Fluxo de Caixa Operacional do Projeto:
Fluxo de Caixa Operacional = LAJI + Depreciação - Impostos
11.17 Conceito de Risco de Previsão (ou Risco de Estimação) - É a possibilidade de que erros na
projeção dos fluxos de caixa levem a decisões incorretas. Devido ao risco de previsão, existe o perigo de
pensarmos que um projeto tem VPL positivo, quando na realidade isso não ocorre.
11.18 Conceito de Fontes de Valor - Fonte de Valor é um algo específico que utilizamos como defesa
contra erros de previsão. Um exemplo de fonte de valor é achar o VPL. Um projeto com VPL positivo
tem grandes chances de dar certo e por isso, nos seguramos nessa Fonte de Valor (no caso o VPL) para
tomarmos nossas decisões. Outras fontes de valor: produto melhor que o da concorrência; baixo custo de
produção; distribuição eficiente; etc.
11.19 Conceito de Análise de Cenários (ou análise “e se?”) - A análise de cenários é a determinação do
que acontece com as estimativas de VPL quando fazemos perguntas do tipo “e se tal coisa acontecer?”.
Uma vez que começarmos a examinar cenários alternativos, deveremos descobrir que os mais plausíveis
resultam em VPL’s Positivos. Nesse caso, teremos certa confiança em prosseguir com o projeto. Se um
percentual substancial de cenários se mostrar inviável, o grau de risco de previsão será considerado alto e
investigações mais profundas se farão necessárias.
Resumindo, a análise de cenários portanto, é útil para nos mostrar o que pode acontecer e nos auxiliar
a avaliar a possibilidade de desastre, mas não nos diz se devemos realizar ou não o projeto.
91
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
11.22 Significado de dizer que uma Análise é Estática - É a análise de um projeto que, uma vez
lançado, suas características básicas não serão alteradas.
11.23 Conceito de Opções Gerenciais - Dependendo do que acontece no futuro, sempre haverá maneiras
de modificar um projeto. Opções Gerenciais são oportunidades que poderão ser exploradas pelos
administradores se certos fatos acontecerem no futuro.
11.26 Conceito de Opções Estratégicas - São opções para o futuro, relacionadas a produtos ou estratégias
de negócio. Algumas vezes, as empresas aceitam novos projetos apenas para explorar possibilidades e
avaliar o potencial de estratégias futuras de negócios. Isso é parecido com testar a água enfiando a ponta
do pé antes de mergulhar de corpo inteiro. Tais projetos são difíceis de ser analisados por meio de
métodos convencionais de fluxo de caixa descontado, porque a maior parte dos benefícios ocorre sob a
forma de opções estratégicas, ou seja, opções para o futuro relacionadas a mudanças de negócio.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
11.27 Conceito de Racionamento de Capital - É a situação na qual a empresa possui projetos com VPL
positivo, mas não consegue obter recursos necessários para financiá-los.
Há dois tipos de racionamento de Capital: Racionamento Fraco e Racionamento Forte.
1. Racionamento Fraco –O Racionamento Fraco ocorre quando, por exemplo, aloca-se uma
quantia fixa anual para gastos de capital a diferentes unidades de uma empresa. Um fato importante sobre
o racionamento fraco é o de que a empresa em sua totalidade não tem falta de capital; poderia levantar
mais recursos, em condições normais, se a administração assim o desejasse. Empresas que mantém
Racionamento Fraco permanentemente estão constantemente “perdendo dinheiro”, pois limitaram os
investimentos em novos negócios, mesmo esses oferecendo VPL positivo. Isso contradiz o objetivo de
qualquer empresa, que é maximizar valor.
2. Racionamento Forte - Racionamento Forte é a situação na qual uma empresa não consegue
obter financiamento para seus projetos sob nenhuma circunstância. Quando uma empresa está sob
racionamento forte, não é aceito nenhum novo projeto, independentemente de qual seja sua taxa de
retorno, e, portanto, todo o conceito de retorno exigido se tornará ambíguo. A única interpretação que
podemos dar a essa situação é a de que o retorno exigido torna-se tão grande que nenhum projeto tem
VPL positivo.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exercícios FINANÇAS – Assuntos: 8. Mercado e Avaliação de ações; 9. Ações Ordinárias; 10. Valor Presente Líquido e
outros critérios de investimento; 11. Tomada de Decisões de Investimento.
01. (EsAEx Anteriores a 1998) Na análise de investimentos se usa o índice conhecido como “payback”. Assim, se soubermos
que o investimento inicial de um programa é de 18.000 Unidades Monetárias (U. M.) e as entradas anuais de 5.600 U. M., o
“pay back” será:
a) 12,40 b) 6,30 c) 3,20 d) 5,60 (Item 10.10 a 10.16)
02. (EsAEx Anteriores a 1998) No Controle Administrativo, os Orçamentos são instrumentos mais amplamente usados
porque:
a) são declarações de resultados prognosticados, em termos financeiros ou não financeiros para atenderem os objetivos
organizacionais.
b) são provisões de gastos para fins de execução dos planos e metas empresariais.
c) são instrumentos para avaliação de eficiência do sistema, tendo em vista as metas e etapas a serem alcançadas.
d) são previsões assentadas em precedentes, utilizadas para elaboração dos balanços financeiros.
03. (EsAEx Anteriores a 1998) Uma organização usa o critério do período de “payback” para avaliar investimentos
alternativos e excludentes, entre diversos projetos. Por este método, o projeto escolhido será: (Itens 10.10 a 10.36)
a) o que apresentar o maior “payback” entre todos;
b) o que fornecer menor período efetivo para recuperar o investimento inicial;
c) o que permite o maior percentual de retorno sobre o investimento inicial;
d) o que resulta em menor risco para o investimento ao longo do período de aplicação;
e) o que oferece maiores ganhos para cada período do fluxo de caixa considerado.
04. (EsAEx Anteriores a 1998) As bolsas de valores realizam pregões diários para negociar com ações e títulos mobiliários.
Um desses papeis são as Ações: (Itens 5.10; 7.23; 9.1; 9.13)
a) Preferenciais Endossáveis b) Ordinárias Escriturais c) Preferenciais Nominativas d) Preferenciais Ordinárias
05. (EsAEx Anteriores a 1998) As ações são classificadas em Ordinárias e Preferenciais. Uma única sentença define o
conceito de ambas: (Itens 5.10; 7.23; 9.1; 9.13)
a) Ações Ordinárias dão direito a receber dividendos antecipados e as Preferenciais, após o resultado do balanço.
b) A Preferencial assegura um dividendo mínimo enquanto a Ordinária, só com aprovação da Assembleia Geral.
c) A Preferencial tem direito a voto proporcional e a dividendos em dinheiro e a Ordinária só dá direito a voto.
d) A Ação Ordinária assegura a propriedade da Empresa com direito a voto e a Preferencial, o direito primeiro aos dividendos.
06. (Questão 38 – EsAEx 2002) A recuperação do investimento inicial requerido por um projeto, a partir das entradas de caixa
que ele gera: (itens 10.10 a 10.36)
a) recuperação normal financeira b) período de pay back
c) período operacional de recuperação d) retorno pré-determinado e) retorno sobre investimento
07. (Questão 44 – EsAEx 2002) Assinale a alternativa que apresenta o resultado do aumento do capital social de uma empresa
através de uma incorporação de reserva e de lucros acumulados, sem variação no número de ações emitidas.
a) Há elevação do valor patrimonial das ações. b) Há diminuição no valor nominal das ações.
c) Não há qualquer alteração no valor patrimonial da ação. e) Há aumento no patrimônio líquido da empresa.
d) Há aumento simultâneo do valor nominal e patrimonial das ações. (Itens 2.32; 2.41; 3.12)
08. (Questão 17 – EsAEx 2003) Uma empresa industrial dispõe de R$100,00 para investir em matéria-prima ou máquinas. No
primeiro caso, o retorno é de R$25.000,00 e no 2º, de R$20.000,00. Se aplicar em manutenção e renovação, o retorno será
menor, gerando um custo que chamamos de: (item 11.6)
a) Custo de Retorno
d) Custo de Oportunidade
b) Custo Fixo Ponderado
e) Custo Evitável
c) Custo de Perdas de Investimento
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
09. (Questão 56 – EsAEx 2000) O Capital Social da “Móveis Penta” é de $1.000.000,00 corresponde a 1.000.000 de ações.
* reservas = $500.000,00 * lucros acumulados = $300.000,00
Com estes dados apresentados, podemos afirmar que o valor nominal e patrimonial de cada ação é de:
VALORES
Nominal Patrimonial
a) $1,00 $1,80
b) $1,00 $1,00
c) $1,80 $1,00
d) $1,80 $1,80
e) $1,00 $1,50 (Itens 2.32; 2.41; 3.12)
10. (Questão 43 – EsAEx 2005) Um projeto tem um custo inicial de R$481,59. Os fluxos de caixa são de R$100,00 no
primeiro ano, R$200,00 no segundo ano e R$300,00 no terceiro. Com base nos dados fornecidos e no gráfico abaixo,
determine a taxa interna de retorno (TIR):
a) 5,00%
b) 10,00%
c) 15,00%
d) 0,00%
e) 20,00%
(Item 10.23)
11. (Questão 30 – EsAEx 2006) Assinale a alternativa que podemos medir com o índice de rentabilidade. (item 10.35)
a) O lucro líquido médio de um investimento dividido por seu valor contábil médio.
b) o período exigido para que um investimento gere fluxos de caixa suficientes para recuperar o custo inicial.
c) A diferença entre o valor de mercado de um investimento e seu custo.
d) O valor presente dos fluxos de caixa futuros de um investimento divididos por seu custo inicial.
e) O processo de avaliação de um investimento descontando seus fluxos de caixa futuros.
12. (EsAEx 2008 – Questão 14) A abordagem custo-benefício deve ser usada para a tomada de decisões. Essa abordagem
implica em dizer-se que:
a) os benefícios esperados justificam os gastos envolvidos.
b) o volume dos custos envolvidos deve ser equivalente aos benefícios esperados.
c) é indiferente para o gestor o volume de gastos envolvidos em relação à consideração dos benefícios esperados.
d) no caso de ser difícil estimar-se os custos envolvidos, a decisão será pelos benefícios sociais esperados.
e) os benefícios esperados dos gastos devem superar os custos esperados.
13. (Marinha PS-T 2011 – Prova Amarela – Questão 31) Que método empregado na avaliação de projetos resulta do
quociente entre o valor presente dos fluxos de caixa esperados, após o investimento inicial, e o valor do investimento inicial?
a) Valor Presente Líquido. b) Índice de Rentabilidade. c) Taxa Interna de Retorno.
d) PAYBACK. e) Capital Circulante Líquido.
(item 10.35)
Gabarito: 1c; 2d; 3b; 4c; 5d; 6b; 7c; 8d; 9a; 10b; 11d; 12e; 13b.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
12.2 Conceito de Retorno sobre o Investimento - Se alguém compra um ativo de qualquer tipo, seu
ganho (ou perda) no investimento será denominado retorno sobre o investimento.
96
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
4. Agora calcule o Volume total de caixa que você receberia no final do ano:
Volume total de caixa se a ação for vendida = Investimento Inicial + Retorno Monetário Total
Volume total de caixa se a ação for vendida = $3.700 + 518
Volume total de caixa se a ação for vendida = $4.218
MUITO IMPORTANTE: Repare que depois que são conhecidas as fórmulas básicas, todos os demais
cálculos obedecem a um raciocínio objetivo. Nossa missão então é observar o
que é pedido em cada questão e usar as ferramentas (fórmulas) que
conhecemos.
12.6 Cálculo da Taxa de Dividendo – É a taxa que relaciona o dividendo recebido, com o preço pago
pela ação. A taxa de dividendo indica quanto (em percentual) recebemos de dividendo em relação ao
valor investido. No exemplo abaixo, para cada Real investido, recebemos cinco centavos de dividendos.
Fórmula: Taxa de Dividendo = Dt + 1 / Pt
Taxa de Dividendo = 1,85 / 37 = 0,05
Taxa de Dividendo = 5%
12.7 Cálculo da Taxa de Ganho de Capital - A Taxa de Ganho de Capital é calculada pela variação do
preço durante o ano (ganho de capital) dividida pelo preço inicial.
Fórmula: Taxa de Ganho de Capital = (Pt + 1 - Pt) / Pt
Taxa de Ganho de Capital = ($40,33 - 37) / 37
Taxa de Ganho de Capital = $3,33 / 37 = 9%
Taxa de Ganho de Capital = 9%
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
12.8 Conceito de Retorno Percentual - É a taxa que nos diz o “quanto receberemos por cada Real
aplicado”. Os dois componentes do Retorno Total são a Taxa de Dividendo e Taxa de Ganho de Capital.
Fórmula: Retorno Percentual = Taxa de Dividendo + Taxa de Ganho de Capital
Retorno Percentual = 5% + 9%
Retorno Percentual = 14%
12.10 Títulos das Dívidas do Governo - São os títulos que possuem menor prazo de vencimento entre
todas as dívidas do governo.
12.11 Conceito de Dívidas Retorno Livre de Risco - Como o Governo sempre pode cobrar impostos para
pagar suas contas, sua dívida é “virtualmente” livre de risco de inadimplência a curto prazo. Portanto,
chama-se a taxa de retorno de tais dívidas de retorno livre de risco.
12.12 Conceito de Medida de Retorno Excedente do Ativo com Risco Médio - Interpreta-se como uma
medida de Retorno Excedente do ativo com risco médio, a diferença entre (1) taxa de retorno
virtualmente livre de risco das letras do tesouro americano e o (2) retorno de ações ordinárias de risco
elevado. Denominamos essa diferença de retorno “excedente” porque obtemos um retorno adicional ao
mudar de uma aplicação relativamente livre de risco para uma aplicação com risco.
Retorno Excedente do Ativo com Risco Médio = Tx retorno ações de risco elevado - Tx retorno ações livres de risco
12.13 Conceito de Prêmio por Risco - É o retorno excedente exigido, de uma aplicação em um ativo com
risco, acima do exigido de uma aplicação livre de risco. É a recompensa pelo risco assumido. Com base
na explicação acima, sabe-se que o prêmio por risco das letras do tesouro é nulo porque esse título é livre
de risco.
12.14 Conceito de Variância - É a média do quadrado da diferença entre o retorno verdadeiro e o retorno
médio. Quanto maior esse número, mais o retorno verdadeiro tende a ser diferente do retorno médio. Ou
seja, quanto maior a variância ou o desvio-padrão, maior a dispersão dos retornos.
12.15 Conceito de Mercado de Capitais Eficiente - É um Mercado no qual os preços dos títulos refletem
as informações disponíveis. Um mercado é eficiente quando seus preços se ajustam rápida e corretamente
à medida que chega uma nova informação. Para sermos mais exatos, em um mercado de capitais
eficiente, os preços correntes de mercado refletem integralmente as informações disponíveis.
12.16 Conceito de Hipótese de Mercado Eficiente (HME) - A Hipótese de Mercado Eficiente (HME)
diz que mercados bem organizados, como, por exemplo, a Nyse, são eficientes, pelo menos para fins
práticos. Em outras palavras, os defensores da HME poderiam argumentar que, embora possam existir
ineficiências, elas são pequenas e raras.
12.17 O fato de um Mercado ser considerado Eficiente faz com que investimentos tenham VPL
igual a zero – Em um Mercado Eficiente as informações necessárias à escolha de um investimento estão
disponíveis e com isso os investidores conseguem o retorno que desejaram quando compraram títulos. Por
outro lado, as empresas, quando emitem ações e obrigações, recebem por elas exatamente o seu valor,
assim, com todas as informações disponíveis, a diferença entre o valor de mercado e o custo de
investimento será igual a zero e, portanto, o VPL é nulo. Consequentemente, em um mercado eficiente os
investidores conseguem exatamente aquilo pelo qual estão pagando quando compram títulos, e as
empresas, quando emitem ações e obrigações, recebem por elas exatamente o seu valor.
98
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
12.18 Três formas de eficiência existente no mercado - Dependendo do grau de eficiência do mercado,
dizemos que ele é (1) Eficiente na forma fraca; (2) Eficiente na forma semi-forte; e (3) Eficiente na forma
forte. A diferença entre essas formas está relacionada a quais informações estão refletidas nos preços.
1. Eficiente na forma forte - Neste tipo de mercado todas as informações, de quaisquer tipos, estarão
refletidas no preço de uma ação. Em tal mercado, não existe informação confidencial.
2. Eficiente na forma semi-forte – Essa forma é a mais controversa. Se um mercado for eficiente na
forma semi-forte, todas as informações publicamente disponíveis estarão refletidas no preço da ação. O
motivo pelo qual esta forma é controversa está ligado ao fato de que um analista que tentar identificar
ações incorretamente precificadas utilizando, por exemplo, dados de demonstrações financeiras, estará
perdendo seu tempo, porque essas informações já estarão refletidas no preço corrente, ou seja, não é de
muita serventia as empresas tentarem investigar umas às outras.
3. Eficiente na forma fraca – Essa forma sugere que o preço corrente da ação reflete, pelo menos,
seus próprios preços passados. Em outras palavras, estudar preços passados tentando identificar títulos
incorretamente precificados é inútil, caso o mercado seja eficiente na forma fraca (porque as empresas já
precificam suas ações com base em dados passados). Embora essa forma de eficiência possa parecer um
tanto suave, significa que a busca de padrões históricos não será útil para identificar ações incorretamente
precificadas (essa técnica é bastante comum).
99
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.1 Dois Estados da Economia - Para fim de cálculo de retorno esperado considera-se que num mercado
a economia só tem duas únicas situações possíveis, que são o Estado de Crescimento e o Estado
Recessivo.
100
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.4 Conceito de Prêmio por Risco Projetado (ou Prêmio por Risco Esperado) - Com base em nossos
retornos projetados, podemos calcular o prêmio por risco projetado, ou esperado, como sendo a
diferença entre o retorno esperado do investimento com o risco e o retorno certo de um investimento
livre de risco.
Aproveitando os números do exercício anterior e acrescentando que um investimento livre de risco esteja
atualmente oferecendo 8% de retorno, vamos agora calcular o Prêmio por Risco das ações U e L:
Prêmio por Risco = Retorno esperado – Taxa livre de risco
Prêmio por Risco = E(RU) - Rf
101
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.10 Significado de dizer que o mercado já “descontou” o anúncio - Um anúncio é um novo item
que terá influências sobre as ações. Uma forma usual de dizer que um anúncio não é novidade é dizer que
o mercado já “descontou” o anúncio. Para entender, suponha que os investidores façam previsões de que
o PIB aumentará 0,5%. Se o anúncio efetivo for exatamente 0,5%, igual à projeção, neste caso os
investidores não terão aprendido coisa alguma, e o anúncio não terá sido novidade. Não terá impacto
sobre o preço da ação. Isso é parecido com o recebimento de uma confirmação de algo de que você
suspeitava há muito; não revela nada de novo.
Quando o mercado já “descontou” o anúncio, estamos supondo que as informações relevantes
conhecidas hoje já estão refletidas no retorno esperado. Isso é o mesmo que dizer que o preço corrente
reflete as informações publicamente disponíveis. Estamos, portanto, supondo implicitamente que os
mercados sejam pelo menos razoavelmente eficientes na forma semiforte.
13.11 Conceito de Inovação ou Surpresa (em anúncio) - Quando acontece uma mudança, por exemplo,
no PIB, diferente do que se esperava, para mais ou para menos, essa diferença entre o resultado efetivo e
a previsão, um ponto percentual, em nosso exemplo, é algumas vezes denominada inovação ou surpresa.
Sobre o assunto, quando falamos de Notícias, estamos nos referindo à parte surpreendente do anúncio, e
não à porção que o mercado está esperando e, portanto, já foi descontada.
Obs.: Sabemos que a Surpresa Total U é composta de risco sistemático “m” e risco não
sistemático “E”, por isso a fórmula pode ser alterada para:
R = E(R) + m + E
* onde “m” é a parcela sistemática do risco e “E” a parcela não sistemática do risco.
102
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.15 Conceito de Diversificação - É o processo de distribuição de um investimento em mais de um
ativo (e, portanto, formando uma carteira).
Sobre a Diversificação, pode-se dizer que foi o tema central da Teoria do Portfólio, apresentada
pelo economista Harry Markowitz, segundo o qual, a diversificação é o caminho para reduzir o risco da
carteira.
A Teoria do Portfólio mostra que o risco de uma carteira não é dado simplesmente pela média do
risco dos ativos individuais, pois é preciso considerar a correlação existente entre os ativos. A teoria de
Harry Markowitz, conhecida também como Teoria da Carteira ou Teoria do Portfólio, teve como
grande diferencial apresentar o conceito de fronteira eficiente.
Pode-se dizer que Harry Markowitz formalizou matematicamente a máxima de “não colocar
todos os ovos em uma única cesta” para o contexto financeiro. Ele afirma que deve-se levar em conta
a diversificação do risco na construção de portfólios, e que é possível construir uma série de portfólios,
nos mais variados níveis de retorno exigidos, que sejam otimizados para a redução do risco.
A seguir serão mostrados mais detalhes a respeito de como a teoria de Markowitz trabalha cada um
desses pontos: risco da carteira, minimização do risco, fronteira eficiente, etc.
Assaf Neto (2007) explica que a teoria de Markowitz faz parte do processo de avaliação de carteiras
de investimentos, o qual envolve três grandes fases:
(i) a análise dos títulos, que trabalha com os fundamentos da avaliação de ativos, em que costuma-
se encontrar o valor intrínseco de um título por descontar os fluxos futuros a uma taxa de atratividade;
(ii) a análise de carteiras, que envolve projeções de retorno esperado e do risco de um conjunto de
ativos;
(iii) e a seleção de carteiras, que por sinal é o título do artigo de Markowitz (1952) – portflio
selection–, estuda a melhor combinação possível dos ativos analisados e sugere uma alocação de ativos
dentro de uma carteira que maximize a satisfação do investidor. Na teoria de Markowitz essa satisfação é
definida com base no que seria um “investidor racional”, que busca que seu risco seja mínimo para um
dado nível de retorno.
103
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.16 Elementos que compõem o Risco Total
Risco Total = Risco Sistemático + Risco Não Sistemático
13.17 Princípio do Risco Sistemático - É o princípio que diz que o retorno esperado de um ativo com
risco depende do risco sistemático daquele ativo. O Princípio do Risco Sistemático afirma que a
recompensa por assumir risco depende apenas do risco sistemático de um investimento. O raciocínio por
trás desse princípio é simples: Como o risco não sistemático pode ser eliminado virtualmente a custo nulo
por meio da diversificação (um possível prejuízo numa ação é compensado pelo lucro em outra), não
pode existir recompensa por assumi-lo. Em outras palavras, o mercado não recompensa riscos
desnecessários.
13.18 Implicação memorável do princípio do risco sistemático - O princípio do risco sistemático
implica em que o retorno esperado de um ativo depende unicamente do risco sistemático desse ativo.
Existe um corolário óbvio deste princípio: independentemente de quanto risco total um ativo tenha,
apenas a porção de risco sistemático é relevante para determinar o retorno esperado (e o prêmio por risco)
desse ativo.
13.19 Conceito de Coeficiente Beta (βM), em se tratando de mensuração do risco sistemático - Como o
risco sistemático é fator determinante crucial do retorno esperado do ativo, precisamos medir de alguma forma
os níveis de risco sistemático de diferentes investimentos. A medida específica que utilizaremos é denominada
Coeficiente Beta, e será usada a letra grega β para representá-la. O coeficiente beta, ou beta, para abreviar, nos
diz quanto risco sistemático determinado ativo tem em relação a um ativo médio.
Coeficiente Beta é a quantidade de risco sistemático presente em determinado ativo com risco,
relativamente a um ativo com risco médio.
Coeficiente Beta de algumas empresas
Empresa Coeficiente Beta (βM)
Exxon 0,80
Wal-Mart 0,95
General Motors 1,05
Microsoft 1,10
IBM 1,15
Harley-Davidson 1,20
Dell Computer 1,35
America Online 1,65
13.20 Conceito de Ativo Médio - O Ativo Médio se refere à média de risco sistemático de mercado e é
utilizado para comparação com o Coeficiente Beta β, que representa o risco sistemático de uma empresa
específica. Por definição um ativo médio tem um beta de 1,0 em relação a ele mesmo. Um ativo com
beta de 0,5 tem, portanto, a metade do risco sistemático de um ativo médio; um ativo com beta igual a 2,0
tem o dobro.
13.21 Ligação entre Prêmio por Risco de um ativo e seu Risco Sistemático - O Prêmio por Risco de
um ativo depende apenas do risco sistemático. Como ativos com betas maiores têm riscos sistemáticos
mais altos, têm retornos esperados maiores. Portanto, se observarmos a tabela do item 11.19,
perceberemos que um investidor que compre ações da Exxon, com um beta de 0,80, deveria ter um
rendimento menor, em média, do que um investidor que compre ações da General Motors, que tem um
beta de cerca de 1,05.
104
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.22 Forma de cálculo do Beta de uma Carteira (βM) - O beta de ativos de uma carteira é resultado da
multiplicação do beta de cada ativo por seu peso na carteira e soma dos resultados.
Beta da Carteira = peso da ação 1 x Beta da ação 1 + peso da ação 2 x Beta da ação 2 + ...
13.24 Ativo está Superavaliado - Diz-se que um ativo está superavaliado quando seu preço é muito alto
em face de seu retorno esperado e seu risco.
13.25 Conceito de Linha de Mercado de Títulos (SML) - É uma linha reta de inclinação positiva que
mostra a relação entre o retorno esperado e beta. Essa linha, a qual utilizamos para descrever a relação
entre risco sistemático e retorno esperado em mercados financeiros, geralmente é denominada Linha de
Mercado de Títulos, ou SML. Após o VPL, a SML talvez seja o conceito mais importante nas finanças
modernas. Enfim, através da fórmula do beta de mercado (βM.); fórmula do Retorno Esperado de Mercado
(RM.); conhecendo ainda o Retorno de ativos livres de risco; e a fórmula da inclinação da SML; a
aplicação dos resultados das fórmulas montará a Linha de Mercado de Títulos (SML), a qual nos
mostrará qual é a “taxa vigente” para assumir risco na economia. Graças à SML, dispomos de um
padrão para comparar os retornos esperados de investimentos em ativos reais, a fim de determinar se são
desejáveis.
13.26 Conceito de Carteira de Mercado - É uma carteira constituída por todos os ativos existentes no
mercado. O Retorno esperado dessa Carteira de Mercado é representado por E(RM).
13.27 Conceito de Beta da Carteira de Mercado (βM) - Como todos os ativos existentes precisam estar
situados na SML, o mesmo ocorre para a carteira de mercado composta por todos esses ativos. Para
determinar suas coordenadas na SML, precisamos conhecer o beta da carteira de mercado, βM..O
Coeficiente Beta de um ativo compara o risco sistemático desse ativo, em relação à média dos riscos dos
ativos.
Linha de Mercado de Títulos, ou SML
105
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
13.28 O Modelo de Precificação de Ativos (CAPM) mostra que o retorno esperado de determinado
ativo depende de três coisas, a saber:
1. Valor Puro do dinheiro no tempo – Medido pela taxa livre de risco, Rf, mostra a recompensa
exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir risco nenhum.
2. Recompensa por assumir risco sistemático – medida pelo prêmio por risco de mercado, [E(RM)
– Rf], esse componente corresponde à recompensa que o mercado oferece para se assumir um nível de
risco sistemático, além de esperar.
3. Nível de risco sistemático – Medido pelo βi, esse é o nível de risco sistemático presente em
determinado ativo, em relação a um ativo médio.
13.30 Conceito de Custo de Capital (ou Custo do Dinheiro) - É a taxa de retorno mínima exigida para
um novo investimento. A taxa apropriada de desconto de novos projetos é a taxa mínima de retorno
esperada que um investimento precisa oferecer para ser atraente. Custo de Capital é assim denominado
porque o retorno exigido é o que a empresa precisa gerar sobre seu capital investido num projeto, para
que atinja o equilíbrio nessa aplicação. Portanto, pode ser interpretado como custo de oportunidade
associado ao investimento de capital pela empresa. Considerando que a empresa utiliza tanto capital de
terceiros quanto capital próprio, o custo de capital será uma combinação dos retornos necessários para
compensar seus credores e acionistas.
14.2 Conceito dos termos Retorno Exigido, Taxa de Desconto Apropriada e Custo de Capital - Esses
termos podem ser utilizados como sinônimos porque eles querem dizer essencialmente a mesma coisa, ou
seja, estão ligados à fonte de financiamento de um novo investimento. Quando se investe num novo ativo,
procura-se conhecer o Retorno Exigido (ou Taxa de Desconto Apropriada ou Custo de Capital) porque
esse dinheiro investido teve alguma fonte de financiamento que pode ser o Capital Próprio ou o Capital de
Terceiros, logo o retorno desse investimento deve superar o custo desse dinheiro.
14.3 Elementos que compõem a Estrutura de Capital - A Estrutura de Capital é a combinação específica
entre Capital de Terceiros e Capital Próprio que a empresa decide utilizar.
14.4 Conceito de Estrutura de Capital Desejada - Cada empresa tem uma política específica de
financiamento de suas atividades. Quando a empresa determina um quociente fixo entre capital de
terceiros e capital próprio ela está determinando sua Estrutura de Capital Desejada. Por exemplo, se uma
empresa tem Balanço Patrimonial de R$100.000,00 e diz que sua estrutura de capital desejada é de 66%,
isso significa que CT / CP = 66%, assim, seu Capital de Terceiros será R$40.000,00 e Capital Próprio de
R$60.000,00.
106
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
14.5 Conceito de Custo de Capital Próprio de uma empresa - É o retorno que os investidores em ações
da empresa exigem por seu investimento.
14.7 Custo de Capital de Terceiros (RD) - É o retorno exigido pelos financiadores das dívidas da
empresa. O custos de capital de terceiros é o retorno que os credores exigem em novos empréstimos.
14.8 Conceito de Custo Implícito de Capital de Terceiros - É o custo de capital de terceiros calculado
com base em empréstimos passados.
14.9 Conceito de Empresa considerada uma Aposta Simples - É a empresa que está concentrada em apenas
uma linha de produtos. É importante reconhecer as Apostas Simples pelo fato de elas serem referencial em seu
ramo de atuação, pois como só atuam em apenas um ramo, suas taxas de risco, rentabilidade e etc, podem ser
tidas como referenciais desse ramo como um todo. Por exemplo, se você quisesse fazer uma aposta no preço
do petróleo comprando ações, tentaria identificar empresas que lidassem exclusivamente com esse produto,
uma vez que elas seriam mais afetadas pelas variações do preço do petróleo. Tais empresas seria denominadas
Apostas Simples no preço do petróleo.
14.10 Conceito de Abordagem da Aposta Simples - A Abordagem da Aposta Simples surge como opção para
quem quer implementar um novo negócio no qual a taxa de risco é diferente da WACC. Para saber a
viabilidade de um novo negócio com taxa de risco diferente da WACC devemos utilizar a Abordagem da
Aposta Simples, que consiste em fazer a estimação do retorno exigido de um investimento através de dados de
empresas que estejam o mais concentradas possível no tipo de projeto em que estamos interessados (Apostas
Simples).
Resumidamente: Abordagem de Aposta Simples é usar um WACC exclusivamente para um projeto
específico, com base em empresas que atuem em linhas de negócios semelhantes.
14.11 Problema da Abordagem da Aposta Simples - Já que a Abordagem da Aposta Simples é baseada
em empresas que atuem em ramo semelhante ao que queremos atuar, tendo em vista a diversidade de
empresas existentes, pode surgir a dificuldade de encontrar empresas que atuem exatamente da mesma
forma que desejamos atuar e por isso podemos não ser capazes de identificar nenhuma empresa adequada.
107
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
TABELA-RESUMO DOS CÁLCULOS DE CUSTO DE CAPITAL
I. Custo de Capital Próprio, RE.
A. Abordagem do modelo de crescimento de dividendos
RE = (D1 / P0) + g
onde D1 é igual ao dividendo esperado daqui a um período, g é a taxa de crescimento do
dividendo, e P0 é o preço corrente da ação.
B. Abordagem da SML
RE = Rf + βE x (RM – Rf)
onde Rf é a taxa livre de risco, RM o retorno esperado do mercado e βE o risco sistemático da
ação.
II. Custo de capital de terceiros, RD
A. No caso de uma empresa cujos títulos de dívida são negociados publicamente, seu custo de capital de terceiros
pode ser medido pelo retorno esperado até o vencimento dos títulos existentes. A taxa de cupom é irrelevante.
B. No caso de a empresa não ter títulos de dívida negociados, o custo de capital de terceiros pode ser medido pelo
retorno esperado de obrigações com classificação de risco de crédito (rating) semelhante.
108
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exercícios FINANÇAS – 12. Retorno de Investimentos; 13. Risco e Retorno; e 14. Custo de capital.
01. (Questão 31 – EsAEx 2001) Sobre o “fator chave” que diferencia o mercado monetário (MM) do mercado de capitais
(MC), é correto afirmar:
a) o MC cria um mercado contínuo enquanto o MC aloca recursos escassos de alta liquidez.
b) O MC aumenta a volatilidade dos preços dos títulos e o MM atua em sentido inverso.
c) O MM através das bolsas monetárias, aproxima compradores de vendedores enquanto o MC limita e seleciona este
relacionamento.
d) ambos os mercados são importantes mas só o MM oferece recursos para alavancar a produção a baixo custo.
e) O MC fornece fundos permanentes ou à longo prazo enquanto o MM fornece financiamento a curto prazo.
02. (Questão 38 – EsAEx 2003) O risco é sempre uma possibilidade de perda e o retorno é uma possibilidade de ganho. Um
dos objetivos básicos da Administração Financeira é conciliar estas duas possibilidades. Com relação ao assunto, é desejo de
toda organização:
a) minimizar as perdas para reduzir o custo de vendas.
b) aplicar em ativos baratos, mesmo com menor receita, para aumentar ganhos.
c) manter os saldos menores possíveis para minimizar os riscos.
d) aumentar os ativos para reduzir os investimentos e os custos.
e) aumentar o volume de receitas, reduzindo os custos.
3.2 (Questão 117) O retorno esperado de um investimento, representado pela remuneração solicitada pelos investidores
para a manutenção de suas aplicações em determinado ativo, é, em um mercado eficiente, sempre igual ao retorno exigido.
3.3 (Questão 118) Um indivíduo aplicou, em certificado de depósito bancário (CDB), o capital de R$5.000,00 para
receber, após três meses, R$5.300,00. Nessa situação, considerando que não incidam quaisquer outras taxas ou tarifas sobre a
aplicação e que o regime seja o de capitalização composta, a taxa efetiva de juros mensal será superior a 2,1%.
3.4 (Questão 119) Diferentemente do que ocorre na capitalização composta, no regime de capitalização simples o montante
de juros relativo a cada período é crescente, em razão da incorporação dos juros do período anterior ao capital investido.
3.5 (Questão 120) O valor futuro de um investimento é igual ao montante a ser devolvido ao final do período de sua
aplicação.
109
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.2 Conceito de Reestruturações de Capital - São atividades ligadas a decisões sobre emissão
obrigações e emissão de ações, atividades essas que alteram a estrutura de capital existente (quociente
entre dívidas e capital próprio).
15.3 Decisão sobre qual é a Estrutura de Capital melhor - Sabemos que quanto menor o WACC (Custo
médio ponderado de capital) mais será maximizado o valor da empresa. Por esse motivo, diremos que
uma Estrutura de Capital é melhor do que outra se o resultado for diminuir o custo médio ponderado de
capital (WACC).
15.4 Conceito de Estrutura Ótima de Capital - A Estrutura Ótima de Capital é aquela cujo quociente
específico entre dívidas e capital próprio resulta no menor WACC possível. Essa estrutura ótima de
capital algumas vezes também é denominada estrutura “desejada” de capital.
15.5 ALAVANCAGENS
15.5.1 Conceito de Alavancagem Financeira - Alavancagem Financeira é a intensidade com a qual a
empresa está endividada. Quanto mais financiamento por meio de capital de terceiros a empresa utilizar,
maior será a alavancagem financeira empregada. A Alavancagem Financeira pode alterar dramaticamente
os resultados para os acionistas de uma empresa. Curiosamente, porém, a alavancagem financeira pode
não alterar o custo geral do capital da empresa. A Alavancagem Financeira é definida como a capacidade
da empresa usar encargos financeiros fixos para maximizar os efeitos de variações no LAJIR sobre o
lucro por ação (LPA).
A alavancagem financeira resulta da presença de encargos fixos financeiros no fluxo de lucros da
empresa. Esses encargos fixos não variam com o LAJIR da empresa; eles precisam ser pagos
independentemente do LAJIR disponível para cobri-los. Os dois encargos financeiros normalmente
encontrados na Demonstração de Resultado são: 1) Juros sobre empréstimo; e 2) Dividendos sobre
ações preferenciais.
A Dívida funciona como uma “Alavanca”, no sentido em que utilizá-la pode aumentar tanto ganhos
como perdas. Portanto a Alavancagem Financeira aumenta o potencial de remuneração para os
acionistas, mas ao mesmo tempo aumenta o potencial de situações de insolvência e falência.
Variação percentual do LPA ou LAJIR
GAF = GAF =
Variação percentual do LAJIR (fórmula mais usada em concurso) LAIR
* GAF - Grau de Alavancagem Financeira
15.5.2 Conceito de Alavancagem Operacional – Variações nos custos operacionais fixos afetam
significativamente a alavancagem operacional. Por ser linear o conceito de alavancagem, variações
positivas e negativas de igual magnitude sempre resultarão em idênticos graus de alavancagem, quando se
usar o mesmo nível de base de vendas como ponto de referência.
Quanto maiores forem os custos operacionais fixos relativos aos variáveis, tanto maior será o
grau de alavancagem operacional. Uma vez que a alavancagem é uma faca de dois gumes – aumenta tanto
prejuízos como lucros – a alteração de custos através de maiores custos fixos tende a elevar a magnitude
de prejuízos potenciais. O ponto de equilíbrio mais elevado reflete o fato de que a empresa precisa atingir
um nível maior de vendas para cobrir seus maiores custos operacionais fixos.
110
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.5.3 Conceito de Alavancagem Combinada (GAC) – É o efeito do uso combinado dos dois tipos
de alavancagem. Pode ser definido como a capacidade da empresa usar custos fixos, tanto operacionais
como financeiros, para aumentar o efeito de variações nas vendas sobre o LPA. A Alavancagem
Combinada, portanto, pode ser considerada como o impacto total dos custos fixos na estrutura
operacional e financeira da empresa.
GAC = GAO x GAF
* GAC – Grau de Alavancagem Combinada
15.6 Conceito de Ponto de Indiferença, na relação LPA versus LAJI – Ponto de Indiferença é o ponto
em que, se o LAJI estiver acima desse nível, a alavancagem será benéfica; se estiver abaixo deste ponto,
ela será prejudicial.
Alavancagem financeira: LPA e LAJI (Exemplo da Trans Am Corporation)
111
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.7 Conceito de Alavancagem Feita em Casa - É o uso de empréstimos pessoais para alterar o
montante geral de alavancagem financeira ao qual o indivíduo está exposto. Assim, o indivíduo que
deseja alavancar o valor a receber por suas ações, pega um empréstimo a juro fixo com a própria empresa
e investe esse dinheiro na produção da empresa, assim, ele consegue fazer com que a produção aumente e
por consequência a lucratividade aumente, fazendo com que o Lucro Líquido seja maior e
consequentemente o LPA também seja maior. Do seu LPA aumentado ele abate a parcela do empréstimo
e os juros para ver quanto ele realmente conseguiu de ganho com essa Alavancagem feita em casa.
15.10 Alavancagem e suas consequências para o Custo do Capital Próprio – O Custo de Capital
Próprio da empresa sobe com o aumento do uso da alavancagem financeira porque o Risco Financeiro
do Capital Próprio cresce enquanto o Risco Operacional permanece o mesmo.
15.12 Benefício Fiscal do uso de capital de terceiros – Quando uma empresa financia seu funcionamento
com base em Capital de Terceiros, por ser essa modalidade uma espécie de “empréstimo”, os juros pagos,
por não serem renda da empresa, não são computados fins fiscais e, com isso, a empresa tem um ganho de
capital por deixar de pagar a parte do imposto referente aos juros.
112
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.14 Conceito de Falência - É um procedimento legal para liquidar ou reorganizar uma empresa.
15.15 Duas opções para empresas que não podem ou não querem fazer os pagamentos contratados
a credores - Liquidação ou Reorganização. Essas opções resultam de procedimentos judiciais. A
ocorrência de uma ou outra depende de se a empresa vale mais “morta” ou “viva”.
15.15.1 Conceito de Liquidação – É o término da empresa como organização ativa e envolve a
venda de seus ativos. Os recursos obtidos, descontando os custos de venda, são distribuídos aos credores
na ordem de prioridade estabelecida.
15.15.2 Conceito de Reorganização - É a reestruturação financeira de uma empresa falida que tenta
manter a empresa como organização ativa. Geralmente a reorganização envolve a emissão de novos
títulos para substituir os antigos.
15.16 Conceito de Custos de Falência - Um dos limites ao montante de endividamento que a empresa
pode utilizar surge na forma de custos de falência. Em princípio, uma empresa torna-se falida quando o
valor de seus ativos se iguala ao valor de sua dívida. Quando isso acontece, o valor das ações é nulo e os
acionistas entregam o controle da empresa aos credores. Nesse ponto, os credores recebem ativos que têm
um valor exatamente igual ao valor devido pelo empréstimo. Em um mundo perfeito, não há custo
associado a essa transferência de propriedade, e os acionistas não perdem nada.
15.17 Conceito de Custos Diretos de Falência - São custos associados diretamente à falência, tais como
despesas legais e administrativas.
15.18 Situação em que a empresa pode ser considerada economicamente falida (Falência
Econômica) - Quando o valor dos ativos da empresa se iguala ao valor da dívida, a empresa está
economicamente falida, no sentido de que o capital próprio não tem valor nenhum. Falência Econômica
é a que ocorre em situações nas quais a empresa foi liquidada com perdas para os credores, mas até
mesmo uma empresa financiada unicamente por capital próprio pode falir economicamente.
15.19 Conceito de Falência Legal - Empresas ou credores requerem falências perante um tribunal
federal. A Falência Legal é um procedimento legal para liquidar ou reorganizar uma empresa.
15.20 Conceito de Insolvência Técnica - A insolvência técnica ocorre quando uma empresa se torna
incapaz de honrar suas obrigações financeiras.
15.21 Conceito de Insolvência Contábil - Empresas com patrimônio líquido negativo são insolventes em
termos contábeis. Isso ocorre quando o valor contábil do passivo é maior do que o valor contábil do ativo
total.
15.22 Conceito de Custos Indiretos de Falência - São os custos de evitar um processo de falência,
incorridos por uma empresa em dificuldades financeiras.
15.23 Conceito de Custos de Dificuldades Financeiras - São os custos diretos e indiretos associados à
falência (entrar em falência ou evitar o processo de falência) ou a dificuldades financeiras.
15.24 Conceito de Teoria Estática da Estrutura de Capital - É a teoria que diz que a empresa toma
dinheiro emprestado até determinado ponto, no qual os benefícios fiscais de um “Real” adicional de
dívida são iguais ao custo adicional, decorrente do aumento da probabilidade de dificuldades financeiras.
Grosso modo: ponto a partir do qual não vale a pena tomar dinheiro emprestado.
113
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.25 Importância da Tangibilidade para a política de endividamento das empresas - Uma empresa
cuja maior parte dos ativos seja tangível, podendo ser vendidos sem grande perda de valor, terá maior
incentivo para endividar-se. No caso de empresas em que os ativos são em grande parte intangíveis, como
por exemplo, o talento de empregados e oportunidades de crescimento, o endividamento deve ser menos
atraente, uma vez que os ativos não podem ser efetivamente vendidos.
15.26 Conceito de Regra de Prioridade Absoluta (RPA) - É a regra que estabelece prioridades de
recebimentos em caso de liquidação.
15.28 O direito de pedir concordata tem um valor elevado - Há diversos motivos para o valor ser
elevado. Do ponto de vista operacional, quando uma empresa entra com um pedido de concordata, os
credores imediatamente “cessam” de receber, pagamentos, e são obrigados a esperar o resultado do
processo para descobrir se receberão algo, e quanto. Com isso, a empresa ganha tempo para avaliar suas
opções e evita a “corrida para tribunais” de credores e outros.
15.29 Conceito de Dividendos - São distribuições de lucros da empresa aos acionistas, sob a forma de
dinheiro ou ações. É aceitável referir-se à distribuição de lucros como um dividendo e à distribuição de
capital como dividendo de liquidação. Mais genericamente, qualquer pagamento direto feito pela
empresa aos acionistas pode ser considerado como um dividendo, ou como parte da política de
dividendos.
15.30 Conceito de Distribuições - São pagamentos feitos pela empresa a seus donos de outras fontes que
não os lucros correntes ou acumulados.
114
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.32 Diferença do Dividendo de Liquidação para os demais tipos de dividendos - Todos os
dividendos reduzem os saldos de caixa e lucros retidos da empresa, exceto no caso de dividendos de
liquidação (quando o capital e as reservas podem estar sendo reduzidos).
15.34 Mecanismo de pagamento de dividendos – Para o pagamento dos dividendos são acertadas datas a
serem seguidas, a saber:
1. Data de Declaração – Data na qual o conselho de administração aprova a resolução de pagar um
dividendo e anuncia o pagamento de dividendos.
2. Data ex-dividendo – Dois dias úteis antes da data de registro, identificando os indivíduos que
receberão os dividendos. Uma ação torna-se ex-dividendo na data em que o titular da ação mantém o
direito de receber o dividendo.
3. Data de registro – Data na qual os titulares precisam estar registrados para receber dividendos. Na
data de registro os dividendos declarados são distribuídos aos acionistas registrados nesta data específica.
4. Data de pagamento – Data na qual os cheques de dividendos são enviados por correio aos acionistas
registrados.
15.35 Herdeiros & Imposto sobre ganho de capital herdado - Herdeiros não pagam imposto sobre
ganho de capital herdado porque não se considera que herdeiros tenham tido ganhos de capital e,
portanto, o passivo morre com o acionista que falece.
15.36 Restrições ao pagamento de dividendos - Em alguns casos, uma empresa pode sofrer restrições a
sua capacidade de pagar dividendos. Por exemplo, uma característica comum em escrituras de emissão de
obrigações é uma cláusula proibindo pagamentos de dividendos acima de certo nível. Além disso, podem
existir leis estaduais que proíbem as empresas de pagar dividendos, caso o montante dos dividendos
exceda os lucros retidos.
15.37 Conceito de Efeito Clientela - Argumento segundo o qual ações atraem grupos particulares com
base na taxa de dividendos e no efeito fiscal resultante. O argumento do Efeito Clientela diz que grupos
distintos de investidores desejam níveis de dividendos diferentes. Quando a empresa se decide por uma
política de dividendos, o único efeito é atrair uma determinada clientela. Se a empresa altera sua política,
passa então a atrair uma clientela diferente.
15.38 Razões para índices baixos de distribuição de dividendos - A empresa pode optar por índices
baixos de distribuição de dividendos quando quer reinvestir parte do lucro líquido e assim não ter que
financiar parte de suas operações com terceiros. Existe também a questão do Imposto de Renda, pois
pagando pouco LPA o proprietário da ação tem menos renda a declarar e consequentemente menos
imposto a pagar.
15.39 Razões para empresas evitarem distribuir dividendos elevados – Empresas com índices de
distribuição de dividendos mais elevados serão obrigadas a emitir ações mais frequentemente. Se uma
empresa desejar evitar novas emissões de ações, precisará utilizar seus fluxos de caixa gerados
internamente para financiar novos projetos com VPL positivo. Os dividendos só poderão ser pagos com o
que sobrar. Esta sobra é denominada resíduo e tal política de dividendos é denominada abordagem
residual.
115
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.40 Política da Abordagem Residual - É a política segundo a qual a empresa paga dividendos apenas
após ter financiado suas necessidades de investimento, mantendo o quociente desejável entre capital de
terceiros e capital próprio.
15.43 Conceito de Recompra de ações – A recompra de ações é uma alternativa aos dividendos. Quando
a empresa deseja fazer pagamento em dinheiro a seus acionistas, geralmente distribui dividendos. Uma
outra maneira é recomprar suas ações. A recompra de ações tem sido uma das principais atividades
financeiras nos últimos anos e, aparentemente, continuará a sê-lo. Uma grande vantagem da Recompra de
Ações é que quando a empresa recompra ações, além do acionista receber dinheiro em troca de parte das
ações que possuía, a empresa passa a ter menor número de ações no mercado e como o valor da empresa
permanece o mesmo (ou aumenta), diminuindo o número de ações, o valor por ação aumenta e
consequentemente o LPA (Lucro por Ação) também aumenta.
Resumindo: Recompra de ações é um outro método utilizado para distribuir lucros da empresa a seus
donos, que proporciona um tratamento fiscal mais vantajoso do que o de dividendos.
15.44 Conceito de Bonificação - Pagamento feito pela empresa a seus acionistas na forma de ações,
diluindo o valor de cada ação existente. Uma bonificação não é, na realidade, um dividendo, porque não é
paga em dinheiro. O efeito da bonificação é aumentar o número de ações que cada acionista possui. Como
passam a existir mais ações, cada ação passa a valer menos. Bonificações são expressas em termos
percentuais, ou seja, pode-se, por exemplo, receber 20% de bonificações, assim, quem tinha 100 ações
passa a ter 120 ações.
116
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.47 Conceito de Intervalo de Negociação - Os defensores de bonificações e desdobramentos
frequentemente argumentam que os títulos têm um Intervalo de Negociação adequado. Quando títulos
estão cotados acima do limite superior do intervalo, muitos investidores não têm recursos para comprar o
lote padrão de 100 ações. Resumindo: Intervalo de Negociação é o intervalo entre o preço mais alto e o
mais baixo ao qual a ação é negociada.
15.55 Conceito de Empresas Butiques - São empresas pequenas, mais flexíveis e menos burocráticas e
por isso envolvem-se intensamente nas operações de risco do dia-a-dia e na tomada de decisão quanto a
investimentos de risco.
117
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.56 Conceito de Prospecto, na oferta pública de títulos – É um documento legal que descreve
detalhes de emissões de empresas e da oferta proposta a potenciais investidores.
15.57 Conceito de Isca Vermelha, na oferta pública de títulos - É um prospecto preliminar distribuído
a investidores em potencial em uma emissão de novos títulos.
15.60 Conceito de Oferta Pública Inicial (OPI) - É a primeira emissão de ações oferecida ao público
por uma empresa.
15.61 Conceito de Oferta de Títulos Amadurecidos (OTA) - É uma nova emissão de ações de uma
empresa que já possui títulos em poder do público.
15.62 Conceito de Consórcio - É um grupo de agentes de subscrição formado para dividir o risco e
auxiliar na venda da emissão.
15.63 Conceito de Spread (ou desconto) - É a remuneração básica do agente de subscrição determinada
pela diferença entre o preço de venda e o preço de compra da subscrição.
15.64 Conceito de Warrants - Algumas vezes, o agente de subscrição recebe uma remuneração não
monetária, sob a forma de warrants e ações, além do spread. Warrants são essencialmente opções de
compra de ações a um preço fixo durante um período predeterminado.
15.65 Conceito de Agentes de Subscrição - São empresas de investimento que agem como
intermediários entre a empresa que está vendendo os títulos e os investidores.
15.66 Escolha do Agente de Subscrição - Uma empresa poderá oferecer seus títulos ao agente de
subscrição que der o lance mais alto, numa oferta por meio de licitação, ou poderá negociar diretamente
com um agente de subscrição.
118
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.68 Conceito de AFTERMARKET, em subscrições - É o período após a venda inicial de novos
títulos ao público. Durante esse período (AFTERMARKET), os membros do consórcio de subscrição,
geralmente, não vendem títulos por menos do que o preço de lançamento. Nesse período o agente
principal de subscrição tem autorização para comprar ações caso o preço de mercado caia abaixo do preço
de lançamento. A finalidade é sustentar o mercado e proteger o preço contra pressão temporária de
queda. Se os títulos permanecerem sem ser vendidos após algum tempo (por exemplo, 30 dias), os
membros do consórcio poderão abandoná-lo e vender suas ações a qualquer preço que o mercado aceite.
15.70 Conceito de Cláusula Green Shoe (Opção de Excesso de Rateio), em subscrições - Muitos
contratos de subscrição contêm uma Cláusula Green Shoe (às vezes conhecida como opção de excesso
de rateio), que dá aos membros do consórcio a opção de adquirir ações adicionais da empresa emitente ao
preço de lançamento.
15.71 Significado de “excesso de subscrição” - Quando o preço de lançamento de uma ação está muito
baixo, diz-se que houve excesso de subscrição. Isso significa que os investidores não são capazes de
adquirir todas as ações que desejam (porque como está muito barato e todos querem comprar muitas
ações, mas não há tantas disponíveis), e os agentes de subscrição acabam rateando-as entre os
investidores (ou seja, limitam em bases iguais a quantidade de ações que cada investidor poderá adquirir).
Quando há excesso de subscrição (demanda maior que a oferta) isso significa que o Agente de Subscrição
subavaliou as ações, ou seja, precificou as ações abaixo do que o mercado poderia pagar.
15.72 Conceito de “maldição do vencedor”, em aquisição de Ações - É quando o investidor médio não
consegue comprar as ações subavaliadas de um OPI pelas seguintes causas:
1. Opção Shoe que dá o direito ao agente de subscrição a prioridade da compra; e
2. Os Altos Investidores, que possuem as melhores informações e sabem que esse OPI é um bom
investimento correm para comprá-lo, o que dificulta a aquisição do mesmo, pois todos o querem.
A Maldição do Vencedor surge, então, quando aquele investidor médio, que não possui todas as
informações sobre as ações que estão sendo negociadas, não consegue comprar as melhores ações, pois
quando fica sabendo que se trata de um bom investimento, as ações já foram vendidas. Na ânsia de não
perder outros bons negócios, resolve investir todo o seu dinheiro em alguma ação que consiga comprar e
com isso acaba adquirindo ações super-avaliadas. Essa é a maldição do vencedor, ele vence, porque
consegue comprar as ações que desejava, mas perde porque elas nunca serão tão boas, caso contrário
dificilmente ele conseguiria comprar todas as ações que desejasse.
15.73 Conceito de Custos de Lançamento - A emissão pública de títulos não é de graça, e o custo dos
diversos métodos é um fator determinante importante de qual método será escolhido. Os custos
associados ao lançamento de novos títulos são genericamente denominados custos de lançamento.
119
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.74 Seis categorias em que se classificam os Custos de Venda (emissão) de ações / títulos:
Custo de Emissão de Títulos
1. Spread O Spread consiste nas comissões diretas pagas pela empresa emitente ao consórcio de agentes
de subscrição – a diferença entre o preço recebido pela empresa e o preço de lançamento.
2. Outras Despesas São custos diretos incorridos pela empresa emitente, que não fazem parte da remuneração dos
Diretas agentes de subscrição. Esses custos incluem taxas de registro, honorários advocatícios e
impostos – todos divulgados no prospecto.
3. Despesas Indiretas Estes custos são informados no prospecto e incluem os custos do tempo gasto pelos
administradores na preparação do novo lançamento.
4. Retornos anormais Em emissões de ações de empresas maduras, o preço das ações existentes cai em média 3% à
época do anúncio da emissão. Esta queda é denominada retorno anormal.
5. Subavaliação No caso de ofertas públicas iniciais, as perdas são devidas às ações que são vendidas a um
preço inferior a seu valor verdadeiro.
6. Opção Green Shoe A Opção Green Shoe dá ao gerente de subscrição o direito de comprar ações adicionais ao
preço de oferta para cobrir um excesso de demanda pelos investidores.
15.76 Principais características do Financiamento Privado Direto a Longo Prazo que o diferenciam
das Ofertas (colocações) Públicas de Títulos:
1. Colocação Privada:
a. O empréstimo direto a longo prazo não tem custo de registro;
b.Tende a apresentar cláusulas mais restritivas;
c. É mais fácil renegociar um empréstimo a prazo fixo ou uma colocação privada em caso de
inadimplência.
d. As companhias de seguro de vida e fundos de pensão dominam o segmento de colocação
privada de obrigações. Os bancos comerciais são participantes importantes do mercado de empréstimos a
prazo fixo.
e. Os custos de distribuição de obrigações são menores no mercado de colocação privada.
2. Oferta Pública - É mais difícil renegociar uma oferta pública, porque normalmente há centenas de
investidores envolvidos.
15.77 Conceito de Registro de Prateleira - O Registro de Prateleira permite a uma empresa registrar de uma
única vez todas as emissões que espera fazer dentro dos próximos dois anos, fazendo o lançamento e a venda
no momento preferido, assim os investidores podem prever a possibilidade de aquisição de ações da empresa
que fez o registro de prateleira.
15.78 Método Conta-Gotas para o lançamento de novas ações no Registro de Prateleira - O Registro de
Prateleira possibilita às empresas utilizar um Método de Conta-Gotas para lançar novas ações. Nesse tipo de
operação, uma empresa registra a oferta e contrata um agente de subscrição como agente de venda. A empresa,
então, vende os títulos aos poucos, de tempos em tempos, diretamente numa bolsa de valores.
120
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
15.79 Resumo sobre Emissão de Títulos de empresas:
1. O Mercado de Capital de Risco é a principal fonte de financiamento para novas empresas com risco
elevado.
2. O Custo de Emitir Títulos pode ser bem alto. São bem menores em termos percentuais para as
emissões maiores.
3. A Subscrição por Oferta Firme é muito mais comum em emissões de grande porte do que a
Subscrição por Melhores Esforços. Isso talvez seja explicado pela incerteza associada às emissões de
menor porte. Numa oferta de um certo tamanho, as despesas diretas de subscrição por melhores esforços e
oferta firme são de magnitude semelhante.
4. Os Custos Diretos e Indiretos de abertura de capital podem ser substanciais. Entretanto, uma vez
que a empresa abre seu capital, ela pode levantar recursos adicionais muito mais facilmente.
121
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.2.1 Três pessoas envolvidas com a Venda a Prazo - A venda a prazo envolve pelo menos três
pessoas diferentes: o gerente de crédito, o gerente de marketing e o controller. Dessas três pessoas,
somente duas são subordinadas ao vice-presidente de finanças (geralmente, a gerência de marketing é
subordinada à diretoria comercial).
16.3 Diferença mais importante entre Finanças a Curto Prazo e Finanças a Longo Prazo - A diferença
mais importante é a distribuição de fluxo de caixa no tempo. As decisões financeiras a curto prazo tipicamente
envolvem entradas e saídas de caixa que ocorrem no prazo de um ano, ou menos.
16.4 Exemplos de questões que se situam na categoria geral de administração financeira a curto prazo:
1. Qual é o Nível razoável de caixa a ser mantido (num banco) para pagar contas?
2. Quanto a empresa deve tomar emprestado a curto prazo?
3. Quanto crédito deve ser concedido aos clientes?
16.5 Composição do Ativo Circulante – O AC é composto pelo Caixa e outros ativos que, espera-se, sejam
convertidos em caixa no prazo de um ano. Os ativos circulantes são apresentados no balanço contábil em
ordem decrescente de liquidez contábil. Os quatro itens mais importantes encontrados no ativo circulante de
um balanço são: Caixa e contas correntes, aplicações financeiras, contas a receber e estoques.
16.6 Conceito de Passivos Circulantes - Passivos Circulantes são as diversas formas de dívidas a curto
prazo (exigem pagamento dentro do prazo de um ano) que as empresas utilizam.
16.8 Identidade Básica do Balanço (ou Fórmula básica do Balanço Patrimonial -BP):
Capital de Giro Líquido + Ativos Não Circulantes = Passivo Total + Patrimônio Líquido.
* Passivo Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
122
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.9 Capital de Giro Líquido - Frequentemente, a expressão Capital de Giro Líquido é associada à
tomada de decisões financeiras a curto prazo. Capital de Giro Líquido é a diferença entre Ativo
Circulante e Passivo Circulante. Usualmente, a administração financeira a curto prazo é denominada
administração de capital de giro líquido. As duas expressões têm o mesmo significado.
CGL = AC - PC
16.10 Cálculo do CAIXA - Através da Fórmula do Capital de Giro Líquido podemos chegar à formula
do CAIXA, a saber:
Caixa = (PC + ELP + PL) – {AC (exceto caixa) + RLP + AP}
Onde: EPL = Exigível a Longo Prazo; RLP = Realizável a Longo Prazo; PL = Patrimônio Líquido
AC = Ativo Circulante; AP = Ativo Permanente; PC = Passivo Circulante
16.12 Alterações do Saldo de Caixa - Com base na fórmula do Caixa, podemos encontrar atividades que
são Fontes de Caixa (aumentam o saldo de caixa) e atividades que são Aplicações de Caixa (reduzem o
saldo de caixa), a saber:
1. FONTES DE CAIXA (Atividades que aumentam o saldo de caixa):
- Aumento do Passivo Não Circulante (obtenção de um empréstimo a longo prazo);
- Aumento do PL (lançamento de novas ações);
- Aumento do PC (obtenção de um empréstimo por mais de 90 dias);
- Redução dos AC, exceto Caixa (venda de mercadoria à vista);
- Redução de Ativo Não Circulante (venda de algum bem).
2. APLICAÇÕES DE CAIXA (Atividades que reduzem o saldo de caixa):
- Redução do Passivo Não Circulante (liquidação de um empréstimo a longo prazo);
- Redução do PL (recompra de novas ações);
- Redução do PC (Liquidação de um empréstimo por mais de 90 dias);
- Aumento dos AC, exceto Caixa (compra de mercadoria à vista);
- Aumento de Ativo Não Circulante (compra de alguns bens).
123
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.14 Conceito de PERÍODO DE ESTOQUE - É o período entre a compra de matéria-prima e a venda de
mercadoria. Traduzindo: período desde que adquiro a matéria-prima para meu estoque (ainda como matéria-prima)
até quando o produto acabado sai definitivamente do meu estoque (venda do produto acabado).
16.16.1 Ciclo Financeiro - Período entre assumirmos a dívida referente à compra de matéria-prima
até o momento em que vendemos o produto final (mesmo que seja a prazo e não gere caixa naquele
momento).
-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-
124
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
VISÃO DE ASSAF da Administração Financeira (Bibliografia do QCIM – página 673)
-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-
125
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.20 Conceito de GIRO DE ESTOQUES (GE) - Genericamente, o Giro de Estoques (GE) nos diz
quantas vezes compramos e vendemos nosso estoque durante o período considerado (normalmente um
ano). Note que, no cálculo do GE, usamos o Estoque Médio (EM), em lugar do Estoque Final (EF).
CMV 360
GE = GE =
EM Tp médio dos estoques
* CMV = Custo de Mercadorias Vendidas
16.21 Cálculo do Período de Estoques – A fórmula do Período de Estoque tem por finalidade conhecer
quantos dias dura um estoque até que ele acabe. O Período de Estoque é resultado do quociente entre o
número de dias do período analisado dividido pelo GE.
Período de Estoque = Período entre a entrada e a saída do material do estoque.
365 dias
Período de Estoque =
GE
126
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.26 Cálculo do Ciclo Operacional:
Ciclo Operacional = Período de Estoque + Período de Contas a Receber
onde:
a) PMEmp é o saldo médio em dias em que os materiais permanecem estocados à espera de
ingressarem no processo de produção
Fórmula: PMEmp = [Saldo Médio de Materiais / Consumo Anual] x 360
b) PMF é o prazo médio (em dias) que a empresa despende em fabricar o produto final.
Fórmula: PMF = [Valor Médio dos Produtos em Elaboração / Custo de Produção Anual] x 360
c) PMV prazo médio (em dias) que o produto acabado permanece estocado à espera de ser vendido,
isto é, prazo médio de estocagem do Produto Acabado.
Fórmula: PMV = [Valor Médio de Produtos Acabados / Custo de Produtos Vendidos] x 360
d) PMC = Prazo Médio em dias em que a empresa recebe as vendas realizadas a prazo
Fórmula: PMC = [Valor Médio das Duplicadas a Receber / Vendas Anuais a Prazo] x 360
e) PMPF = Prazo Médio (em dias) em que a empresa paga seus fornecedores.
Fórmula: PMPF = [Prazo Médio de Duplicatas a Pagar / Compras Anuais a Prazo] x 360
16.29 Efeito Líquido de uma Política Flexível (ou Conservadora) - Se tomarmos essas duas áreas (da
questão anterior) em conjunto, uma empresa com uma Política Flexível teria um investimento
relativamente vultoso em ativos circulantes. Financiaria esse investimento com proporcionalmente menos
capital de terceiros a curto prazo. O efeito líquido de uma Política Flexível, portanto, é um nível
relativamente elevado de Capital de Giro Líquido (CGL). Em outras palavras, quando adota uma política
flexível, a empresa mantém elevado nível geral de liquidez.
16.30 Características de uma Política Financeira Restritiva (ou Agressiva):
127
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1. Manutenção de saldos reduzidos de caixa e pequenas aplicações em títulos negociáveis;
2. Manutenção de Estoques reduzidos;
3. Realização de muito poucas vendas a prazo, minimizando assim o saldo de contas a receber.
16.31 Conceito de Orçamento de Caixa - É uma ferramenta básica do planejamento financeiro a curto
prazo. É uma projeção das entradas e saídas de caixa para o período de planejamento seguinte. Fazendo o
Orçamento de Caixa, criamos uma tabela para as ENTRADAS DE CAIXA e uma tabela para as SAÍDAS
DE CAIXA levando se em conta as entradas e saídas ao longo do período considerado, por exemplo,
vendas à vista, vendas a prazo para 30, 60 e 90 dias, pagamentos à vista, pagamentos a prazo e etc. Assim
o administrador financeiro saberá suas entradas e saídas a cada mês e poderá orçar necessidades de
financiamentos a curto prazo ou investimentos a curto prazo.
16.33 Conceito de Entradas Líquidas de Caixa - Correspondem à diferença entre recebimentos e saídas
de caixa.
Exemplo de Entradas e Saídas de Caixa da Fun Toys (em milhão)
Saídas de Caixa da Fun Toys
128
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Saldo de Caixa da Fun Toys
16.35 Conceito de Linha de Crédito (são empréstimos sem garantias) - É um tipo de financiamento
(empréstimo) bancário a curto prazo sem garantias, firmado com um acordo mediante o qual uma
empresa é autorizada a sacar até um limite estipulado.
Linhas de Crédito podem ser negociadas das seguintes maneiras:
16.35.1 Linhas de Crédito Comprometidas ou Linhas de Crédito Formalmente Negociadas –
São acordos legais mais formais, e geralmente envolvem uma “comissão de comprometimento” que a
empresa paga ao banco. As taxas de juros de linhas de crédito geralmente são flutuantes. Uma empresa
que paga comissão de comprometimento por uma linha comprometida está comprando essencialmente
um seguro para garantir que o banco não pode desistir do acordo (desde que não haja nenhuma alteração
significativa da situação da empresa devedora).
16.35.2 Linhas de Crédito Não Comprometidas ou Linhas de Crédito Negociadas de maneira
informal – Neste caso há um esquema informal pelo qual as empresas sacam até determinado limite sem
que seja preciso preparar toda a papelada usual (um processo parecido com o que você faz para obter um
cartão de crédito).
* Atenção: Em ambos os casos, Linhas de Crédito são empréstimos SEM GARANTIA!!!!!
16.36 Conceito de Período de Limpeza - Para assegurar que a linha seja usada para finalidades a curto
prazo (e não seja renovada constantemente, o que levaria a parecer com uma linha de longo prazo), às
vezes se obriga a empresa a liquidar totalmente a linha, zerando o saldo devedor e mantendo-o neste nível
durante alguma parte do ano, tipicamente 60 dias, denominada período de limpeza.
16.37 Conceito de Financiamento Garantido por Contas a Receber - O financiamento garantido por
contas a receber envolve transferência de direitos ou factoring das contas a receber.
1. TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS: Numa transferência o financiador recebe como garantia as
contas a receber, mas o tomador ainda é responsável pelo não-pagamento das contas do cliente.
2.FACTORING:
2.1 Factoring Convencional – Nele as contas a receber são descontadas e vendidas ao financiador
de recursos (factor). Uma vez vendidas, a cobrança passa a ser problema da empresa de factoring, que
assume o risco total de inadimplências por parte de maus clientes.
2.2 Factoring por vencimento – A empresa de factoring adianta o dinheiro numa data futura
preestabelecida.
129
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.38 Financiamento / Empréstimo Garantido por Estoques - É um empréstimo garantido a curto prazo,
para a compra de estoques.
130
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
16.41 Outras Fontes de Empréstimo a CURTO PRAZO - Existem diversas outras fontes de fundos a
curto prazo empregadas pelas empresas. Duas das mais importantes são a emissão de Commercial Paper
e o Crédito Mercantil.
16.41.1 Commercial Paper – é uma nota promissória a curto prazo emitida por empresas de grande
porte e risco de crédito baixo. Tipicamente, o prazo de vencimento é de 270 dias. Como a empresa vende
tais notas diretamente ao público investidor, a taxa de juros obtida pode ser significativamente inferior
àquela que seria cobrada por um banco num empréstimo direto.
16.41.2 Crédito Mercantil – Outra alternativa disponível às empresas é ampliar o período de
pagamento a fornecedores; em outras palavras, uma empresa pode optar por levar mais tempo para pagar
suas contas. Isso equivale a tomar emprestado de seus fornecedores, sob a forma de Crédito Mercantil.
Essa é uma forma extremamente importante de financiamento, particularmente para as pequenas
empresas. Uma empresa que recorre a crédito de fornecedores pode acabar pagando um preço muito mais
elevado pelo que adquire, e por isso ela tende a ser uma fonte muito cara de financiamento.
16.41.3 Duplicatas a pagar – São geralmente criadas pela compra de matérias-primas “em conta-
corrente”. Compras em conta corrente são, para as empresas, a principal fonte de financiamento a curto
prazo não-garantido. Incluem todas as transações em que a mercadoria é comprada, sem que assine uma
Nota Promissória formal e evidenciando a obrigação do comprador para com o vendedor. Essas condições
de crédito são de importância fundamental ao comprador e devem ser levadas em consideração, ao se
planejar todas as compras.
131
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
17.4 Conceito de Float de Desembolso - Os cheques emitidos por uma empresa geram float de
desembolso, ocasionando uma redução no saldo contábil da empresa (porque quando o cheque é emitido,
imediatamente seu valor é abatido no livro-caixa da empresa), mas não alterando o saldo disponível na
conta da empresa (pelo menos até que o cheque seja compensado). Enquanto essa situação perdurar
significa que existe um Float de Desembolso.
17.5 Conceito de Float de Recebimento - Os cheques recebidos pela empresa geram o float de
recebimento. O float de recebimento aumenta o saldo contábil da empresa (porque é lançado no livro-
caixa no momento do recebimento do cheque), mas não altera imediatamente o saldo disponível na conta
da empresa (porque ainda não aconteceu a compensação do cheque).
17.6 Conceito de Float Líquido - É o efeito líquido, ou seja, a soma do total dos floats de recebimento e
desembolso. O Float Líquido a qualquer momento é simplesmente a diferença entre o saldo disponível e
o saldo contábil. Se o Float Líquido for positivo, o float de desembolso estará sendo maior do que o float
de recebimento, ou seja, o saldo disponível é superior ao saldo contábil. Se o saldo disponível for menor
do que o saldo contábil, então a empresa terá um float líquido de recebimento.
Uma empresa deve preocupar-se mais com seu float líquido e seu saldo disponível do que com seu
saldo contábil.
17.7 Três partes em que podem ser decompostos os períodos totais de recebimento e desembolso:
1. O prazo de remessa postal – é o tempo durante o qual os cheques permanecem no serviço de
correios, nos processos de cobrança e pagamento.
2. O prazo de processamento – é o período necessário para que o destinatário de um cheque processe o
pagamento e deposite num banco para cobrança.
3. O prazo de disponibilidade – refere-se ao tempo necessário para compensar um cheque no sistema
bancário.
132
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Decomposição dos Períodos Totais de Recebimento e Desembolso:
17.8 Conceito de Caixa Postal - Caixa de correio especialmente preparada para interceptar e acelerar os
recebimentos de contas. Quando a empresa recebe pagamento por correio, precisa decidir para onde os
cheques serão enviados e como os cheques serão recolhidos e depositados.
17.10 Conceito de Conta de Saldo Nulo, na Gestão de Desembolsos - É uma conta de desembolso na
qual a empresa mantém saldo igual a zero, transferindo fundos de uma conta-mestre apenas quando
necessário para cobrir o pagamento de cheques apresentados.
17.11 Conceito de Conta de Desembolso Controlado - É uma conta de desembolso para a qual a empresa
transfere uma quantidade de recursos suficiente para cobrir as exigências de pagamento.
17.12 Duas mais importantes razões que levam empresas a terem superávits temporários de caixa:
1. Atividades Sazonais ou Cíclicas – Algumas empresas têm fluxo de caixa de comportamento
previsível. Há fluxos líquidos positivos durante parte do ano e fluxos líquidos negativos no restante do
ano. Nesse caso a empresa pode ter que usar empréstimos bancários ou títulos negociáveis para obter um
montante que atenda a suas necessidades financeiras temporárias para o período em questão, o que gera
um superávit temporário até que os saldos negativos consumam todo o montante obtido.
2. Gastos Planejados ou Prováveis – As empresas frequentemente acumulam investimentos
temporários em títulos negociáveis como fonte de caixa para um programa de construção de fábricas,
pagamentos de dividendos, ou outros gastos significativos. Dessa maneira, emitem obrigações e ações
antes de chegar o momento em que os fundos serão necessários, aplicam os recursos captados em títulos
negociáveis a curto prazo e finalmente os vendem para financiar os gastos.
17.13 Conceito de Negociabilidade - Refere-se à facilidade com a qual se converte um ativo em dinheiro;
portanto, negociabilidade e liquidez querem dizer praticamente a mesma coisa.
133
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
17.14 Alguns tipos diferentes de títulos de mercado monetário:
1. Commercial Paper – é título a curto prazo emitido por companhias de financiamento, bancos e
empresas em geral. Tipicamente, são títulos sem garantia real. Os prazos de vencimento variam de
algumas semanas a 270 dias. Não existe um mercado secundário ativo de commercial paper. Em
decorrência disso, sua negociabilidade pode ser bastante reduzida; entretanto, as empresas emitem
commercial paper geralmente o recompram antes de seu vencimento. O risco de inadimplência, nesse
caso, depende da saúde financeira do emitente.
2. Certificados de Depósito (CDs) – são empréstimos a curto prazo a bancos comerciais.
Normalmente, são lançados em unidades superiores a $100 mil. Há mercados ativos de CDs de 3, 6, 9 e
12 meses.
17.18 Características de uma Política Ótima de Crédito - Em princípio, o montante ótimo de crédito é
determinado pelo ponto no qual os fluxos de caixa incrementais resultante do aumento de vendas são
exatamente iguais aos custos incrementais de carregamento devidos aos aumentos do investimento em
contas a receber.
17.19 Três formas que os custos de carregamento associados à concessão de crédito podem assumir:
1. O retorno exigido do investimento em contas a receber.
2. As perdas com a inadimplência de clientes.
3. Os custos com a gestão de crédito e cobrança.
134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
17.20 Conceito de Curva de Custo Total de Crédito - É a representação gráfica da soma dos custos de
carregamento com os custos de oportunidade de uma política de crédito.
O Custo de Concessão de Crédito:
17.21 Conceito de Subsidiária Financeira - É uma empresa pertencente na sua totalidade ao mesmo
grupo, que é responsável pela função de crédito da matriz.
17.22 Cinco C’s do Crédito - Os clássicos Cinco C’s do Crédito representam os fatores básicos a serem
considerados na gestão do crédito:
1. Caráter – A disposição do cliente para saldar seus compromissos de crédito.
2. Capacidade – As possibilidades com que conta o cliente para saldar seus compromissos usando os
fluxos de caixa gerados por suas operações.
3. Capital – As reservas financeiras do cliente.
4. Colateral (ou Garantias) – Ativos oferecidos pelo cliente como garantia em caso de inadimplência.
5. Condições – Condições econômicas gerais no setor de atividade do cliente.
17.24 Sequência de procedimentos a serem tomados para com clientes cujas contas estão vencidas:
1. Enviar uma carta avisando o cliente de que sua conta está vencida.
2. Telefonar ao cliente.
3. Contratar uma agência de cobrança.
4. Entrar na justiça contra o cliente.
135
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
2. Custos Básicos em Estoques – (1) Custos de Emissão de Pedidos, (2) Custos de Manutenção do
Estoque e (3) Custos Totais.
a. Custos de Pedir – Os custos de pedir incluem os custos fixos administrativos ao se efetuar e
receber um pedido. Custo de Pedir = O x S/Q
b. Custos de Manter Estoques – O custo de manter estoques é o estoque médio (Q/2) multiplicado
pelo custo de manter uma unidade por período. Custo de Manter estoque = C x Q/2
3. Custo Total de Estoques = Custo de Pedir + Custo de Manter.
4. Fórmula do LOTE ECONÔMICO (LE) – Em se tratando de Custos de Pedir e Custos de Manter
Estoques, é importante que o administrador saiba o tamanho do Lote de Materiais a ser adquirido, de
maneira que consiga ter um baixo Custo de Pedir e baixo Custo de Manter, pois Lotes grandes, em geral
possuem Custo de Pedir mais baixo, porém, o Custo de Manter se torna alto devido ao tempo em que o
produto ficará estocado e os cuidados necessários (seguro, manipulação etc). Já um lote pequeno, possui
um menor Custo de Manter, mas o Custo de Pedir fica maior e leva a empresa à possibilidade de incorrer
no Custo de Falta.
Um caminho para encontrar o melhor tamanho de lote a ser adquirido é usar a fórmula do LOTE
ECONÔMICO, a saber:
Onde:
LE – Lote Econômico
S – Demanda em unidades no período
C – Custo de manutenção do estoque por unidade
no período
O – Custo de Obtenção (pedir) do estoque por
pedido
Q – Quantidade de unidades do pedido
5. Custos de Falta – É um outro tipo de custo associado a Estoques. Estes são custos decorrentes de
estoque insuficiente. Em geral não é fácil contabilizar Custos de Falta porque envolvem custos diretos de
falta (que são possíveis de calcular), como, por exemplo, deixar de lucrar com a venda de um produto por
ter deixado acabar no estoque. E, existem ainda, os Custos Indiretos de Falta, como, por exemplo, perder
o cliente que, ao não encontrar o produto que queria, leva o similar da concorrência.
Custos de Falta caem com o aumento do nível de investimentos em ativos circulantes porque a
empresa fica em condições de produzir sempre que necessário.
6. Dois componentes do custo de falta:
1. Custo de Reabastecimento; e
2. Custos relacionados a reservas de segurança - Dependendo do tipo de atividade da empresa,
os custos de reabastecimento ou pedido são representados pelos custos de colocação de um pedido junto a
fornecedores ou pelos custos de preparação de um novo lote de produção.
136
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Exercícios FINANÇAS – ASSUNTOS: 15. Alavancagem e Estrutura de Capital; 16. Planejamento Financeiro a Curto
Prazo; e 17. Administração de Capital de Giro.
03. (Questão 59 – EsAEx 2000) A representação gráfica, que é apresentada a seguir, retrata o “dia-a-dia” das obrigações de
uma empresa.
Ela nos mostra o:
a) fluxo de mercadorias com suas entradas e saídas.
b) Fluxo de caixa com suas entradas e saídas.
c) Fluxo orçamentário com dados de entrada e saída.
d) Demonstrativo de giro de estoque com o fluxo de entrada e
saída.
e) Fluxo de pagamentos de contas e obrigações com entradas
e saídas.
04. (Questão 60 – EsAEx 2000) Duas empresas “A” e “B”, possuem o mesmo ramo de atividade (econômica) e diferentes
remunerações de capital de terceiros, cuja situação é representada pelo gráfico mostrado abaixo, nos leva a deduzir que:
a) as empresas “A” e “B” possuem o mesmo “Risco econômico” e diferentes riscos financeiros.
b) Ambas possuem os mesmos riscos financeiros para as mesmas atividades econômicas.
c) A empresa “A” possui risco financeiro maior que o risco econômico da empresa “B”.
d) A empresa “B” possui maior risco econômico que o risco financeiro de “A”.
e) Ambas possuem o mesmo risco econômico e, apesar das mesmas atividades, os mesmos riscos financeiros.
05. (Questão 32 – EsAEx 2001) O índice de valor que mede a sensibilidade (melhor valor entre dois ativos) em que os pesos
usados são as probabilidades dos vários resultados (retorno médio ponderado) é conhecido com o nome:
a) Retorno Médio Variável b) Valor esperado c) valor Relativo do Risco
d) Valor Médio do Retorno e) Valor Médio da Perda
137
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Lucro Operacional
2. Margem operacional (MO) =
Vendas
Lucro Líquido
3. Margem líquida (ML) =
Vendas
07. (Questão 34 – EsAEx 2001) Para cálculo do retorno sobre o investimento – ROI, na prática, usa-se a fórmula de DUPONT
– composta apenas do lucro líquido antes do imposto de renda – LLAIR e dos ativos totais – AT.
Se LLAIR = R$280.000.000,00
AT = R$3.600.000,00
O ROI será:
a) 12,86 b) 7,78% c) 0,65% d) 7,8 e) 128,6%
08. (Questão 03 Discursiva – EsAEx 2001) Elabore o orçamento de caixa para uma empresa, utilizando os dados abaixo:
VENDAS MENSAIS Condições de Pagamento para as vendas de
Janeiro a Março
JANEIRO .............................................. 200.000,00 20% À VISTA
FEVEREIRO ........................................ 250.000,00 50% - 30 DIAS
MARÇO ................................................ 300.000,00 30% - 60 DIAS
ABRIL: Outros Recebimentos (todos à
vista)........................................ 60.000,00
TOTAL 810.000,00
09. (Questão 36 – EsAEx 2002) Os títulos emitidos por empresa de grande porte, de elevado conceito de crédito e sem
garantias (semelhantes as promissórias de curto prazo) têm o nome de:
a) debêntures b) factoring c) commercial papers d) CDB simples e) fundo mútuo por cotas
10. (Questão 37 – EsAEx 2002) Assinale a proposta correta dentre as apresentadas abaixo, referentes às origens e aplicações
de caixa.
a) dividendos pagos em dinheiro caracteriza origem de caixa.
b) vendas de ação significa uma aplicação de caixa.
c) diminuição no passivo provoca uma origem de caixa.
d) uma diminuição no ativo com redução de caixa é uma origem.
e) Aumento de ativo significa aumento de caixa.
11. (Questão 49 – EsAEx 2002) Os acionistas de uma empresa são distinguidos por ganhos que podem ser Dividendos – D ou
Bonificações – B. A diferença básica entre ambos é que:
a) “D” são distribuídos em ações ordinárias e “B” em ações preferenciais.
b) “B” são feitas em títulos endossáveis e “D” em debêntures.
c) “D” são pagos em dinheiro e “B” em ações.
d) “B” são distribuídas em letras de câmbio e “D” em promissórias.
e) “D” são feitos em CDB e “B” em cheques nominais.
138
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
12. (Questão 48 – EsAEx 2004) No estudo da administração do capital de giro, nos defrontamos com a necessidade de
conciliar o retorno (lucro) com o risco (possibilidade de perda). Classificamos o risco em “econômico” e “financeiro”. Assinale
a alternativa cuja afirmação está correta:
a) O risco econômico é inerente ao negócio da empresa e o risco financeiro à não obtenção da remuneração do investimento.
b) O risco financeiro está ligado à estrutura dos ativos da empresa e de suas atividades.
c) o risco econômico é inerente à proporção de emprego de recursos que exigem remuneração fixa.
d) Comparativamente, quando o risco econômico é elevado, procuramos sempre elevar o grau de endividamento.
e) O risco financeiro pode ser reduzido, elevando-se o nível de capital de terceiros.
13. (Questão 50 – EsAEx 2004) A operação financeira em que o comprador assina um contrato com uma financeira, com a
intermediação do vendedor, para aquisição de um produto final com alienação fiduciária é o:
a) desconto de duplicata b) crédito mercantil
c) crédito de factoring d) crédito direto ao consumidor e) crédito bancário
14. (Questão 23 – EsAEx 2006) Comparando-se o ativo com o Passivo de um Balanço, chega-se a algumas conclusões.
Analise as proposições abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.
15. (Questão 01 discursiva – EsAEx 2004) Elabore o orçamento de caixa, com a programação de recebimentos e pagamentos
considerando as informações a seguir:
* Período de avaliação: mensal
* Previsão das vendas mensais
- Agosto ...................R$50.000,00
- Setembro .............R$100.000,00
- Outubro .............. R$200.000,00
- Novembro .......... R$300.000,00
139
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
EsAEx 2007- Analise a Demonstração Financeira abaixo e, a seguir, responda as questões 16, 17 e 18 (valores em reais):
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO CIRCULANTE 54.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 25.849,00
Caixa 1.000,00 Fornecedores 15.000,00
Contas a receber 40.000,00 Salários a Pagar 4.900,00
Estoque de mercadorias 5.000,00 Imposto de Renda a Pagar 5.949,00
Despesas antecipadas de alugueis 8.000,00
ATIVO REAL. A LONGO PRAZO 6.000,00 PASSIVO EXIG. A LONGO PRAZO 5.000,00
Títulos a receber 6.000,00 Títulos a Pagar 5.000,00
ATIVO PERMANENTE 14.500,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.651,00
Imobilizado Capital Social 20.000,00
Equipamentos 14.500,00 Lucros acumulados 23.651,00
TOTAL 74.500,00 TOTAL 74.500,00
16. (Questão 09 – EsAEx 2007) Analisando a situação financeira da empresa abaixo pode-se afirmar que é:
a) desfavorável porque o Ativo Permanente é menor que o Ativo Circulante.
b) favorável porque a empresa possui um Capital de Giro no valor de R$ 20.849,00.
c) favorável porque a empresa possui um Ativo Circulante no valor de R$ 54.000,00.
d) favorável porque a empresa possui um Capital Circulante líquido no valor de R$ 28,151,00.
e) desfavorável porque a empresa possui em Caixa o valor de R$ 1.000,00.
17. (Questão 10 – EsAEx 2007) Analisando a capacidade dessa empresa em saldar seus compromissos, pode-se verificar que
um item representativo no cumprimento de suas obrigações a curto prazo se constitui nas (os):
a) contas a receber que representam 74% do Ativo Circulante.
b) títulos a receber que compõem o Realizável a Longo Prazo.
c) equipamentos que compõem o Ativo Imobilizado da organização.
d) estoques da empresa que compõem um dos itens do Ativo Circulante.
e) valores que compõem o Capital Social da empresa.
18. (Questão 11 – EsAEx 2007) O Balanço Patrimonial exposto evidencia que o capital próprio da empresa é da ordem de:
a) R$ 30.849,00 b) R$20.000,00 c) R$ 23.651,00 d) 25.849,00 e) 43.651,00
19. (EsAEx 2008 – Questão 12) Analisando-se o Balanço Patrimonial de uma instituição, é correto afirmar-se que o Capital de
Giro corresponde a (ao)(s):
a) somatório dos recursos do Ativo Circulante e Passivo Circulante
b) diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante
c) recursos aplicados no Ativo Circulante
d) recursos originários do Passivo Circulante
e) recursos originários do Passivo Exigível a Longo Prazo
140
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Considere o fluxo abaixo para responder os itens de 20 a 24.
141
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
GABARITOS:
01d; 02e; 03b; 04a; 05b; 06c; 07 anulada; 08 Disc; 09c; 10d; 11c; 12a; 13d; 14d; 15 Disc; 16d; 17a; 18e; 19c; 20c; 21b;
22a; 23d; 24e.
Discursiva 08:
Discursiva 15
PROGRAMAÇÃO DE RECEBIMENTOS
PAGAMENTOS AGOSTO SET OUT NOV DEZ JAN
Compras à vista
15.000,00 30.000,000 60.000,00 90.000,00 ----- -----
– 10%
Cobranças após
--- 25.000,00 50.000,00 100.000,00 150.000,00 ----
30 dias – 50%
Cobranças após
---- -------- 10.000,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00
60 dias – 20%
Outros
--- 30.000,00 --- ------- ----- ----- TOTAL
recebimentos
∑ 15.000,00 85.000,00 120.000,00 210.000,00 190.000,00 60.000,00 680.000,00
PROGRAMAÇÃO DE PAGAMENTOS
PAGAMENTOS AGOSTO SET OUT NOV DEZ JAN
Compras à vista –
2.500,00 5.000,00 10.000,00 15.000,00 ---- ----
10%
Duplicatas c/ 30 dias
---- 15.000,00 30.000,00 60.000,00 90.000,00 -----
– 60%
Duplicatas c/ 60 dias
----- ---- 7.500,00 15.000,00 30.000,00 45.000,00 TOTAL
– 30%
∑ 2.500,00 20.000,00 47.500,00 90.000,00 120.000,00 45.000,00 325.000,00
142