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1. Leia um trecho do poema de Cora Coralina.

Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lancamos hoje no solo da vida. (...)
<http://tinyurl.com/pts55ky> Acesso em: 20.08.2015.

A palavra destacada, nesse fragmento, morfologicamente, classifica-se como um


a) artigo definido, pois determina o substantivo.
b) artigo indefinido, pois indetermina o substantivo.
c) advérbio, pois atribui uma circunstancia ao verbo.
d) pronome pessoal, pois designa a pessoa do discurso.
e) pronome relativo, pois refere-se a um termo anterior.

2. Assinale a alternativa em que o uso dos pronomes relativos está em acordo com a norma
culta da Língua Portuguesa.
a) Busca-se uma vida por onde a tolerância seja, de fato, alcançada.
b) Precisa-se de funcionários com cujo caráter não pairem dúvidas.
c) São pessoas com quem depositamos toda a confiança.
d) Há situações de onde tiramos forças para prosseguir.
e) José é um candidato de cuja palavra não se deve duvidar.

3. O texto abaixo é referência para a questão a seguir.

“Aliás versos não se escrevem para leitura de olhos mudos. Versos cantam-se, urram-se,
choram-se. Quem não souber cantar não leia Paisagem nº 1. Quem não souber urrar não leia
Ode ao Burguês. Quem não souber rezar, não leia Religião. Desprezar: A Escalada. Sofrer:
Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço, um dos solos de Minha Loucura, das
Enfibraturas do Ipiranga. Não continuo. Repugna-me dar a chave de meu livro. Quem for como
eu tem essa chave.”

Mário de Andrade. Literatura Comentada, p.131. Ed. Nova Cultural Ltda.

Tomando como base esse texto de Mário de Andrade, assinale a única alternativa falsa quanto
às classes de palavras e suas flexões no uso da língua.
a) Os verbos “escrever”, “cantar”, “urrar” e “chorar” têm como sujeito o substantivo “Versos”, por
isso estão no plural.
b) Em: “Versos cantam-se, urram-se, choram-se.”, o pronome “se” é índice de indeterminação
do sujeito.
c) A vírgula, em: “Quem não souber rezar, não leia Religião.”, de acordo com os aspectos
básicos da pontuação, está empregada indevidamente, uma vez que não se separa o sujeito
do predicado.
d) Os substantivos “Escalada”, “Colloque” e “cantiga” são, respectivamente, núcleos dos
objetos diretos do verbo “ler”, subentendido em: “Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque
Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço...”
e) Se substituirmos a preposição “a”, em: “Ode ao Burguês”, pela preposição “de”, teremos o
sentido de finalidade alterado para o sentido de posse.

4. Assinale a única opção em que a palavra “a” é artigo.


a) Hoje, ele veio a falar comigo.
b) Essa caneta não é a que te emprestei.
c) Convenci-a com poucas palavras.
d) Obrigou-me a arcar com mais despesas.
e) Marquei-te a fronte, mísero poeta.

5. Leia o conjunto de frases a seguir e responda, na sequência, quais funções são assumidas
pela palavra “que”.

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Cinco contos que fossem, era um arranjo menor...


Que bom seria viver aqui!
Leio nos seus olhos claros um quê de profunda curiosidade.
A nós que não a eles, compete fazê-lo.
Falou de tal modo que nos empolgou.
a) conjunção subordinativa consecutiva - interjeição de admiração - pronome indefinido –
conjunção subordinativa comparativa - conjunção subordinativa consecutiva
b) conjunção subordinativa concessiva - interjeição de admiração - substantivo - pronome
relativo - conjunção subordinativa consecutiva
c) conjunção subordinativa consecutiva - advérbio de intensidade - substantivo - pronome
relativo - conjunção subordinativa consecutiva
d) conjunção subordinativa concessiva - advérbio de intensidade - substantivo – conjunção
coordenativa - conjunção subordinativa consecutiva
e) conjunção subordinativa comparativa - interjeição de admiração - pronome indefinido –
palavra expletiva - conjunção subordinativa consecutiva

6. Leia a frase abaixo e assinale a alternativa que traduz, na sequência em que aparecem, as
circunstâncias grifadas.

“Num átimo, cessou de todo o ruído das vozes e ele entrou a falar à vontade, calma e
decididamente.”
a) tempo - intensidade - modo - modo - modo
b) modo - inclusão - explanação - modo - modo
c) tempo - intensidade - intensidade - modo - modo
d) modo - intensidade - intensidade - modo - modo
e) realce - intensidade - modo - afetividade - modo

7. Leia um trecho do conto “O mata-pau”, de Monteiro Lobato, em que o narrador, em visita,


pela primeira vez, à Serra do Palmital, pede ao capataz da fazenda que lhe explique o que é
mata-pau.

– Onde? Perguntei, tonto.


– Aquele fiapinho de planta, ali no gancho daquele cedro, continuou o cicerone, apontando uma
parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos escorridos para o
solo. Começa assinzinho, bota pra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai
indo, sempre naquilo, nem pra mais nem pra menos, até que o fio alcança o chão. E vai então
o fio vira raiz e pega a beber a substância da terra. A parasita cria fôlego e cresce que nem
embaúba. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel, passa a corda, passa a pau de
caibro e acaba virando tronco de árvore e matando a mãe – como este aqui, concluiu, dando
com o cabo do relho no meu mata-pau.

(Urupês, editora Brasiliense, 1972. Adaptado)

Vocabulário
tenção: intenção
relho: chicote de couro torcido com cabo de madeira
cicerone: pessoa que mostra ou explica a visitantes ou a turistas os aspectos importantes ou
curiosos de um determinado lugar.

É correto afirmar que, na fala do capataz, predominam a linguagem


a) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais de afirmação.
b) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais de lugar.
c) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais de causa.
d) científica /técnica e expressões adverbiais de lugar.
e) científica/técnica e expressões adverbiais de tempo.

8. Assinale a alternativa em que o pronome grifado não apresenta vício de linguagem.


a) Quando Ana entrou no consultório de Vilma, encontrou-a com seu noivo.
b) Caro investidor, cuide melhor de seu dinheiro.

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c) O professor proibiu que o aluno utilizasse sua gramática.


d) Aída disse a Luís que não concordava com sua reprovação.
e) Você deve buscar seu amigo e levá-lo em seu carro até o aeroporto.

9. “Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua
vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a
ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem
quer que seja. A razão de ser da sua vida é você mesmo. A sua paz interior deve ser a sua
meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo
tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade
que existe dentro de si.(...)”

Fonte: Roberto Gaefke.


(Disponível em: http://www.mensagenscomamor.com/diversas/textos_felicidade.htm
Acesso em: 27 maio de 2015.)

Com base no texto, assinale a alternativa CORRETA.


a) Em “(...) remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos (...)”, o vocábulo
destacado é um numeral.
b) Em “(...) busque a divindade que existe dentro de si (...)”, a palavra em destaque é um
pronome possessivo.
c) Em “(...) por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém
(...)”, os termos em destaque são objeto indireto do verbo “entregar”.
d) Ninguém, tudo e algo são pronomes indefinidos.
e) Em “(...) quando acreditar que ainda falta algo (...)”, as palavras destacadas são
preposições.

10. Responda, na sequência, os vocábulos cujos prefixos ou sufixos correspondem aos


seguintes significados:

QUASE; ATRAVÉS; EM TORNO DE; FORA; SIMULTANEIDADE


a) hemisfério; trasladar; justapor; epiderme; parasita
b) semicírculo; metamorfose; retrocesso; ultrapassar; circunavegação
c) penumbra; diálogo; periscópio; exogamia; sintaxe
d) visconde; ultrapassar; unifamiliar; programa; multinacional
e) pressupor; posteridade; companhia; abdicar; ambivalente

11. Considerando as palavras adolescentes, derrocada, necessário e professora, é


CORRETO afirmar:
a) As palavras derrocada e professora têm o mesmo número de sílabas.
b) Todas as palavras são substantivos abstratos.
c) A divisão silábica correta de adolescentes é: a-do-le-scen-tes, pois não se separam os
encontros consonantais.
d) Adolescentes é um substantivo sobrecomum.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Quarto de Despejo

“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”

2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu pretendia fazer o meu diario.
Mas eu pensava que não tinha valor e achei que era perder tempo.
...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu conheço com mais atenção.
Quero enviar sorriso amavel as crianças e aos operarios.
...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da noite na Delegacia do 12. Passei o dia
catando papel. A noite os meus pés doiam tanto que eu não podia andar.
Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A intimação era para ele. O José
Carlos tem 9 anos.

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3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante
verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por
não ter o que comer.

6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o João carregar. Eu estava contente.
Recebi outra intimação. Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na
Delegacia. Era 11 horas quando eu recordei do convite do ilustre tenente da 12ª Delegacia.
...o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso
conhecer a fome para saber descrevê-la.
Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo.

9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando.

10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse
que ele era tão amavel, eu teria ido na Delegacia na primeira intimação.
(...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um
ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a
patria e ao país. Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um relatorio e envia para os
politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr Adhemar de Barros? Agora falar para
mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades.(...) O Brasil
precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome tambem é professora. Quem
passa fome aprende a pensar no proximo e nas crianças.

11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer
homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não realizar os desejos de seus
filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha veio
visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou
deixar o dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu
ganhei metade da cabeça de um porco no frigorifico. Comemos a carne e guardei os ossos
para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com fome. Quando eles
passam muita fome eles não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão
ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar
pelas paredes. É assim que os favelados matam mosquitos.

13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para mim. É o dia da Abolição.
Dia que comemoramos a libertação dos escravos. Nas prisões os negros eram os bodes
expiatorios. Mas os brancos agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo.
Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...) Continua chovendo. E eu
tenho só feijão e sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola.
Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros. Com o
dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu
tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A
manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem
mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um
bilhete assim:
“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os
meninos. Hoje choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina”
(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou
a pedir comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros.
Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um pouco de banha a
Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos.
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!

(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)

12. Quanto ao uso dos pronomes, assinale a opção que traz uma INFRAÇÃO à norma padrão
da língua.
a) “Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros.”

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b) “Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz.”
c) “...as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país.”
d) “É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O BOM HUMOR FAZ BEM PARA SAÚDE

O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem

Por Fábio Peixoto

“Procure ver o lado bom das coisas ruins.” Essa frase poderia estar 1em qualquer livro
de auto-ajuda ou parecer um conselho bobo de um mestre de artes marciais 2saído de algum
filme ruim. Mas, segundo os especialistas que estudam o humor a sério, trata-se do maior
segredo para viver bem.
(...)
3
O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem. Ele depende de
fatores físicos e culturais e varia de acordo com a personalidade e a formação de cada um.
Mas, mesmo sendo o resultado de uma combinação de ingredientes, pode ser ajudado com
uma visão otimista do mundo. “Um indivíduo bem-humorado sofre menos porque produz mais
endorfina, um hormônio que relaxa”, diz o clínico geral Antônio Carlos Lopes, da Universidade
Federal de São Paulo. Mais do que isso: a endorfina aumenta a tendência de ter bom humor.
Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente,
mais bem-humorado você fica. 4Eis aqui um círculo virtuoso, que Lopes prefere chamar de
“feedback positivo”. A endorfina também controla a pressão sanguínea, melhora o sono e o
desempenho sexual. (Agora você se interessou, né?)
Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau
humor sobre o corpo já seriam suficientes para justificar uma busca incessante de motivos para
ficar feliz. Novamente Lopes explica por quê: “O indivíduo mal-humorado fica angustiado, o que
provoca a liberação no corpo de hormônios como a adrenalina. Isso causa palpitação, arritmia
cardíaca, mãos frias, dor de cabeça, dificuldades na digestão e irritabilidade”. A vítima acaba
maltratando os outros porque não está bem, sente-se culpada e fica com um humor pior ainda.
Essa situação pode ser desencadeada por pequenas tragédias cotidianas – como um trabalho
inacabado ou uma conta para pagar -, que só são trágicas porque as encaramos desse modo.
Evidentemente, nem sempre dá para achar graça em tudo. Há situações em que a
tristeza é inevitável – e é bom que seja assim. “Você precisa de tristeza e de alegria para ter
um convívio social adequado”, diz o psiquiatra Teng Chei Tung, do Hospital das Clínicas de
São Paulo. 5“A alegria favorece a integração e a tristeza propicia a introspecção e o
amadurecimento.” Temos de saber lidar com a flutuação entre esses estágios, que é
necessária e faz parte da natureza humana.
O humor pode variar da depressão (o extremo da tristeza) até a mania (o máximo da
euforia). Esses dois estados são manifestações de doenças e devem ser tratados com a ajuda
de psiquiatras e remédios que regulam a produção de substâncias no cérebro. Uma em cada
quatro pessoas tem, durante a vida, pelo menos um caso de depressão que mereceria
tratamento psiquiátrico.
6
Enquanto as consequências deletérias do mau humor são estudadas há décadas, não
faz muito tempo que a comunidade científica passou a pesquisar os efeitos benéficos do bom
humor. O interesse no assunto surgiu há vinte anos, quando o editor norte-americano Norman
Cousins publicou o livro Anatomia de uma Doença, contando um impressionante caso de cura
pelo riso. 7Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral,
chamada espondilite ancilosa, e sua chance de sobreviver era de apenas uma em quinhentas.
Em vez de ficar no hospital esperando para virar estatística, ele resolveu sair e se
hospedar num hotel das redondezas, com autorização dos médicos. Sob os atentos olhos de
uma enfermeira, com quase todo o corpo paralisado, Cousins reunia os amigos para assistir a
programas de “pegadinhas” e seriados cômicos na TV. Gradualmente foi se recuperando até
poder voltar a viver e a trabalhar normalmente. Cousins morreu em 1990, aos 75 anos. Se
Cousins saiu do hospital em busca do humor, hoje há muitos profissionais de saúde que
defendem a entrada das risadas no dia a dia dos pacientes internados.
Uma boa gargalhada é um método ótimo de relaxamento muscular. Isso ocorre porque
os músculos não envolvidos no riso tendem a se soltar – está aí a explicação para quando as

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pernas ficam bambas de tanto rir ou para quando a bexiga se esvazia inadvertidamente depois
daquela piada genial. Quando a risada acaba, o que surge é uma calmaria geral. Além disso,
se é certo que a tristeza abala o sistema imunológico, sabe-se também que a endorfina,
liberada durante o riso, melhora a circulação e a eficácia das defesas do organismo. A alegria
também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.
Evidências como essa fundamentam o trabalho dos Doutores da Alegria, que já
visitaram 170.000 crianças em hospitais. As invasões de quartos e UTIs feitas por 25 atores
vestidos de “palhaços-médicos” não apenas aceleram a recuperação das crianças, mas
motivam os médicos e os pais. A psicóloga Morgana Masetti acompanha os Doutores há sete
anos. “É evidente que o trabalho diminui a medicação para os pacientes”, diz ela.
O princípio que torna os Doutores da Alegria engraçados tem a ver com a flexibilidade
de pensamento defendida pelos especialistas em humor – aquela ideia de ver as coisas pelo
lado bom. “O clown não segue a lógica à qual estamos acostumados”, diz Morgana. “Ele pode
passar por um balcão de enfermagem e pedir uma pizza ou multar as macas por excesso de
velocidade.” Para se tornar um membro dos Doutores da Alegria, o ator passa 8num curioso
teste de autoconhecimento: reconhece o que há de ridículo em si mesmo e ri disso. “Um clown
não tem medo de errar – pelo contrário, ele se diverte com isso”, diz Morgana. Nem é preciso
mencionar quanto mais de saúde haveria no mundo se todos aprendêssemos a fazer o mesmo.

(super.abril.com.br/saúde/bom-humor-faz-bem-saude-441550.shtml - acesso em 11 de abril de


2015, às 11h.)

13. Assinale a alternativa em que a preposição de estabelece a mesma relação semântica


presente na frase abaixo.

“...num curioso teste de autoconhecimento: ...” (ref.8)


a) “...as pernas bambas de tanto rir.”
b) “Você precisa de tristeza e de alegria...”
c) “Sob os olhos atentos de uma enfermeira.”
d) “...há muitos profissionais de saúde...”

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


O FUTURO ERA LINDO

A informação seria livre. Todo o saber do mundo seria compartilhado, bem como a
música, o cinema, a literatura e a ciência. O custo seria zero. O espaço seria infinito. A
velocidade, estonteante. A solidariedade e a colaboração seriam os valores supremos. A
criatividade, o único poder verdadeiro. O bem triunfaria sobre os males do capitalismo. O
sistema de representação se tornaria obsoleto. Todos os seres humanos teriam oportunidades
iguais em qualquer lugar do planeta. Todos seriam empreendedores e inventivos. Todos
poderiam se expressar livremente. Censura, nunca mais. As fronteiras deixariam de existir. As
distâncias se tornariam irrelevantes. O inimaginável seria possível. O sonho, qualquer sonho,
poderia se tornar realidade.
1
Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo que a internet
inaugurou. Por anos esquecemos que a internet foi uma invenção militar, criada para manter o
poder de quem já o tinha. Por anos fingimos que transformar produtos físicos em produtos
virtuais era algo ecologicamente correto, esquecendo que a fabricação de computadores e
celulares, com a obsolescência embutida em seu DNA, demanda o consumo de quantidades
vexatórias de combustíveis fósseis, de produtos químicos e de água, sem falar no volume
assombroso de lixo não reciclado em que resultam, incluindo lixo tóxico.
2
Ninguém imaginou que o poder e o dinheiro se tornariam tão concentrados em
megahipercorporações norte-americanas como o Google, que iriam destruir para sempre tantas
indústrias e atividades em tão pouco tempo. Ninguém previu que os mesmos Estados Unidos,
graças às maravilhas da internet sempre tão aberta e juvenil, se consolidariam como os
maiores espiões do mundo, humilhando potências como a Alemanha e também o Brasil,
impondo os métodos de sua inteligência militar sobre a população mundial, e guiando ao
arrepio da justiça os bebês engenheiros nota dez em matemática mas ignorantes completos
em matéria de ética, política e em boas maneiras.
3
Ninguém previu a febre das notícias inventadas, a civilização de perfis falsos, as

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enxurradas de vírus, os arrastões de números de cartão de crédito, a empulhação dos


resultados numéricos falseados por robôs ou gerados por trabalhadores mal pagos em países
do terceiro mundo, o fim da privacidade, o terrorismo eletrônico, inclusive de Estado.

Marion Strecker
Adaptado de Folha de São Paulo, 29/07/2014.

14. O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre possibilidades de um futuro regido
pela internet.
O recurso linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de fatos do passado
é o uso da:
a) forma verbal
b) pontuação informal
c) adjetivação positiva
d) estrutura coordenativa

15. O termo megahipercorporações é formado por um processo que enfatiza o tamanho e o


poder das corporações econômicas atuais.
Essa ênfase é produzida pelo emprego de:
a) sufixos de caráter aumentativo
b) prefixos com sentido semelhante
c) radicais de combinação obrigatória
d) desinências de significado específico

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma
vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a
vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

16. Os conceitos a vestiram como uma segunda pele,


O vocábulo a é comumente utilizado para substituir termos já enunciados. No texto, entretanto,
ele tem um uso incomum, já que permite subentender um termo não enunciado.
Esse uso indica um recurso assim denominado:
a) elipse
b) catáfora
c) designação
d) modalização

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


A internet e os direitos autorais
1
A internet e outras tecnologias mudaram a rotina das famílias, a vida social e até a sua
percepção do mundo. Distâncias parecem menores, a ideia de privacidade está em questão, e
os relacionamentos amorosos ganharam nova dimensão. De forma tão 2avassaladora, que
3
quem não participa das redes sociais em algum momento pode se sentir excluído ou
4
desinformado.
5
A transformação trazida pela tecnologia, no entanto, não pode ser confundida com
ruptura com tudo o que havia antes. 6Os critérios para avaliar um livro continuam os mesmos,
não importa se em e-book ou edição de capa dura; 7a relação custo-benefício de uma compra
ainda precisa ser pensada com critério, seja em e-commerce ou loja de shopping; 8e o cuidado
com a publicação de uma notícia, o que inclui a sua correta apuração e a clareza do texto, deve
ser o mesmo em site ou jornal de papel.
9
O mesmo raciocínio se aplica à propriedade 10intelectual de músicas, textos, filmes e

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quaisquer outras obras, que ganham novas formas de exposição com a internet, mas
continuam a ter donos. Da mesma maneira que antes do 11aparecimento das mídias digitais.
12
Infelizmente, não é dessa forma que parecem pensar grandes empresas internacionais da
internet, que brigam na Justiça com a União Brasileira das Editoras de Música e 13impedem
assim o pagamento aos filiados à entidade dos valores relativos à exibição de seus trabalhos
nos canais de áudio e vídeo. É uma situação 14inadmissível, que já dura muitos meses.
15
O respeito aos direitos autorais na era da internet é questão 16vital porque o mercado
de CDs só faz encolher. 17As novas mídias representam a perspectiva de trabalho para os
criadores a longo prazo. É 18necessário assegurar a sua adequada 19remuneração e, por
extensão, os recursos para que a produção musical se sustente a longo prazo. 20A agilidade e a
21
onipresença da rede podem – e devem – servir para trazer mais recursos ao compositor, e
não o contrário.
22
Empresas 23jornalísticas, no Brasil e no mundo, também já viram o conteúdo da
imprensa profissional ser divulgado na internet sem contrapartida alguma ignorando os altos
custos de produção da notícia. No Brasil, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) proíbe, por
notificação judicial, que se reproduza a íntegra dos textos dos 24associados.
25
Se as novas tecnologias facilitam o 26entretenimento e aumentam a oferta de bens
culturais a consumidores no mundo 27inteiro, elas são bem-vindas. Mas isso não pode
acontecer à custa do 28sagrado direito autoral.

Rio de Janeiro, O Globo, Opinião, 23 abr. 2015, p.16. Adaptado.

17. A relação lógica estabelecida pela expressão em destaque, nas frases do texto, está
explicitada adequadamente entre colchetes em:
a) “A transformação trazida pela tecnologia, no entanto, não pode ser confundida com ruptura
com tudo o que havia antes.” (ref. 5) [contraposição]
b) “O respeito aos direitos autorais na era da internet é questão vital porque o mercado de CDs
só faz encolher.” (ref. 15) [finalidade]
c) “O mesmo raciocínio se aplica à propriedade intelectual de músicas, textos, filmes e
quaisquer outras obras, que ganham novas formas de exposição com a internet, mas
continuam a ter donos.” (ref. 9) [condição]
d) “A agilidade e a onipresença da rede podem — e devem — servir para trazer mais recursos
ao compositor, e não o contrário.” (ref. 20) [causa]
e) “Se as novas tecnologias facilitam o entretenimento e aumentam a oferta de bens culturais a
consumidores no mundo inteiro, elas são bem-vindas.” (ref. 25) [concessão]

18. Na estruturação do texto, um dos mecanismos para garantir a coesão textual é a relação
que se estabelece entre um pronome e seu referente. O referente do pronome destacado está
adequadamente indicado entre colchetes em:
a) “Se as novas tecnologias facilitam o entretenimento e aumentam a oferta de bens culturais a
consumidores no mundo inteiro, elas são bem-vindas. Mas isso não pode acontecer à custa
do sagrado direito autoral.” (ref. 25) [novas tecnologias]
b) “As novas mídias representam a perspectiva de trabalho para os criadores a longo prazo. É
necessário assegurar a sua adequada remuneração” (ref. 17) [novas mídias]
c) “A internet e outras tecnologias mudaram a rotina das famílias, a vida social e até a sua
percepção do mundo.” (ref. 1) [internet]
d) “impedem assim o pagamento aos filiados à entidade dos valores relativos à exibição de
seus trabalhos nos canais de áudio e vídeo” (ref. 13) [filiados]
e) “e o cuidado com a publicação de uma notícia, o que inclui a sua correta apuração e a
clareza do texto, deve ser o mesmo em site ou jornal de papel” (ref. 8)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Apesar do apoio popular, é bastante difícil que ocorram alterações na forma de punir
adolescentes infratores no médio prazo. Isso porque a maioridade penal em 18 anos
(estabelecida pelo artigo 228 da Constituição Federal) é considerada um direito fundamental
dos adolescentes. Por isso, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil e
especialistas argumentam que o artigo se trata de uma cláusula pétrea, que não pode ser
alterada.
“É uma cláusula imutável. Para alterar a maioridade penal seria necessário fazer uma

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nova constituição”, diz Melina Fachin, professora de Direito Constitucional da UFPR.


Ainda que Câmara e Senado tenham interpretações diferentes e aprovem uma das
Propostas de Emenda à Constituição (PECs), alterando o artigo 228 da Carta Magna, a
decisão se estenderia ao Supremo Tribunal Federal.
Outra alternativa seria mudar pontos do ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente],
prevendo outras formas e períodos de punição aos menores de 18 anos. MPF e OAB também
já se manifestaram contra a hipótese. “O ECA é uma norma infraconstitucional. Então, sua
alteração também seria inconstitucional, porque haveria conflito com o que a Constituição
disciplina”, observa Melina.
Além do viés constitucional, o doutor em sociologia e coordenador do Núcleo de
Estudos de Violência da UFPR, Pedro Bodê, defende o ECA e questiona as intenções de
alteração na legislação. “Mais uma vez, o jovem é tornado em bode expiatório da derrocada
dos governos e falência das políticas públicas que eles representam. É transformar a vítima em
réu”, afirma.
O deputado Fernando Francischini (PEN) discorda e se apega ao clamor público para
justificar a redução. “A Constituição é feita para proteger a população. A gente não pode dizer
que a Constituição é imutável, se a própria população quer mudá-la.”

Fonte: Câmara dos Deputados e Senado Federal.


(Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/90-apoiam-reducao-da-
idade-penal-c8e24o0vlosyiway5n00aryvi/ Acesso em: 27 maio de 2015.)

19. Ainda em relação ao texto, é CORRETO afirmar:


a) Na frase “Mais uma vez, o jovem é tornado em bode expiatório(...)”, a expressão em
destaque significa que “uma pessoa é culpada pela ocorrência de um fato, por ser a
responsável por isso”.
b) Em “Além do viés constitucional, o doutor em sociologia e coordenador do Núcleo de
Estudos de Violência da UFPR, Pedro Bodê, defende o ECA (...)”, o termo em destaque
pode ser substituído por “além do aspecto constitucional...”
c) Em “Mais uma vez, o jovem é tornado em bode expiatório da derrocada dos governos e
falência das políticas públicas (...)”, o vocábulo destacado significa “apogeu”, ”ápice”.
d) Na frase “A Constituição é feita para proteger a população.”, os vocábulos destacados são,
respectivamente, substantivo e adjetivo.
e) Em “A gente não pode dizer que a Constituição é imutável, se a própria população quer
mudá-la.”, a palavra grifada é um pronome possessivo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia este texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

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Heráclito não poderia ser mais certeiro ao afirmar que "um homem não pode entrar no mesmo
rio duas vezes”. Pode ser que os brasileiros nunca mais entrem no Rio Doce assim, doce.

“Lira Itabirana”

O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.

II

Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!

III

A dívida interna.
A dívida externa.
A dívida eterna.

IV

Quantas toneladas exportamos


De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?

Do Portal Vermelho, Mariana Serafini. In: http://www.vermelho.org.br/noticia/272915-11

20. Uma alternativa está errada na análise sintático-morfológica abaixo. Assinale-a


a) Em: “Rio Doce”, “Doce” é um substantivo próprio, funcionando como um aposto
especificativo, porque individualiza o substantivo “rio”, de sentido genérico.
b) A palavra “Doce”, destacada em: “Pode ser que os brasileiros nunca mais entrem no Rio
Doce assim, doce.” e em: “O Rio? É doce.”, tem as respectivas funções sintáticas: aposto e
predicativo.
c) No verso: “Mais leve a carga.”, a palavra “leve” funciona como predicativo do sujeito “a
carga”.
d) Em: “Quantos ais!”, a palavra “ais” está no plural porque é um substantivo, o que não pode
acontecer com “ai” em: “Ai, antes fosse”, que é uma interjeição.
e) As expressões “De ferro” e “Sem berro”, na última estrofe do poema, são adjuntos
adnominais de “toneladas” e “lágrimas”, respectivamente.

21. TEXTO I

Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo produtivo. Foi o que ocorreu com a
palavra sambódromo, criativamente formada com a terminação -(ó)dromo (= corrida), que
figura em hipódromo, autódromo, cartódromo, formas que designam itens culturais da alta
burguesia. Não demoraram a circular, a partir de então, formas populares como rangódromo,
beijódromo, camelódromo.

AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.

TEXTO II
Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo uma passarela para desfile de

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escolas de samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de correr, lugar de corrida”, dai as
palavras autódromo e hipódromo. É certo que, às vezes, durante o desfile, a escola se atrasa e
é obrigada a correr para não perder pontos, mas não se desloca com a velocidade de um
cavalo ou de um carro de Formula 1.

GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago, 2012.

Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. Embora o Texto II apresente um


julgamento de valor sobre a formação da palavra sambódromo, o processo de formação dessa
palavra reflete
a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras.
b) uma nova realidade limitando o aparecimento de novas palavras.
c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação de palavras por leigos.
d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos neologismos.
e) a restrição na produção de novas palavras com o radical grego.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto abaixo.
1
Hoje os conhecimentos se estruturam de modo 3fragmentado, 4separado,
5
compartimentado nas disciplinas. 8Essa situação impede uma visão global, uma visão
fundamental e uma visão complexa. 13"Complexidade" vem da palavra latina complexus, que
significa a compreensão dos elementos no seu conjunto.
As disciplinas costumam excluir tudo o que se encontra fora do 9seu campo de
especialização. A literatura, no entanto, é uma área que se situa na inclusão de todas as
dimensões humanas. Nada do humano 10lhe é estranho, 6estrangeiro.
A literatura e o teatro são desenvolvidos como meios de expressão, meios de
conhecimento, meios de compreensão da 14complexidade humana. Assim, podemos ver o
primeiro modo de inclusão da literatura: a inclusão da 15complexidade humana. E vamos ver
ainda outras inclusões: a inclusão da personalidade humana, a inclusão da subjetividade
humana, e, também, muito importante, a inclusão; do estrangeiro, do marginalizado, do infeliz,
de todos que ignoramos e desprezamos na vida cotidiana.
A inclusão da 16complexidade humana é necessária porque recebemos uma visão
mutilada do humano. 11Essa visão, a de homo sapiens, é uma 17definição do homem pela
razão; de homo faber20, do homem como trabalhador; de homo economicus21, movido por
lucros econômicos. Em resumo, trata-se de uma visão prosaica, mutilada, 12que esquece o
principal22: a relação do sapiens/demens, da razão com a demência, com a loucura.
Na literatura, encontra-se a inclusão dos problemas humanos mais terríveis, coisas
18
insuportáveis que nela se tornam suportáveis. Harold Bloom escreve: 24"Todas as 25grandes
obras revelam a universalidade humana através de destinos singulares, de situações
singulares, de épocas singulares". É essa a razão por que as 19obras-primas atravessam
7
séculos, sociedades e nações.
2
Agora chegamos à parte mais humana da inclusão: a inclusão do outro para a
compreensão humana. A compreensão nos torna mais generosos com relação ao outro 23, e o
criminoso não é unicamente mais visto como criminoso, 26como o Raskolnikov de Dostoievsky,
como o Padrinho de Copolla.
A literatura, o teatro e o cinema são os melhores meios de compreensão e de inclusão
do outro. Mas a compreensão se torna provisória, esquecemo-nos depois da leitura, da peça e
do filme. Então essa compreensão é que deveria ser introduzida e desenvolvida em nossa vida
pessoal e social, porque serviria para melhorar as relações humanas, para melhorar a vida
social.

Adaptado de: MORIN, Edgar. A inclusão: verdade da literatura. In: RÕSING, Tânia et ai. Edgar
Morin: religando fronteiras. Passo Fundo: UPF, 2004. p.13-18

22. Na coluna da esquerda, estão palavras retiradas do texto; na coluna da direita, descrições
relacionadas à formação de palavras.

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Associe corretamente a coluna da esquerda com a da direita.

( ) complexidade (refs. 13, 14, 15 e 16) 1. Constituída por composição através de


justaposição.
( ) definição (ref. 17) 2. Constituída por prefixo com sentido de
negação e sufixo formador de adjetivos a
( ) insuportáveis (ref. 18) sufixo formador partir de verbos
de adjetivos a partir de verbos. 3. Constituída por sufixo formador de
substantivo a partir de adjetivo.
( ) obras-primas (ref. 19) 4. Constituída por sufixo formador de
substantivo a partir de verbo.
5. Constituída por aglutinação, tendo em vista
a mudança silábica de um dos elementos
do vocábulo.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é


a) 4 - 3 - 2 - 1.
b) 3 - 4 - 2 - 5.
c) 4 - 3 - 1 - 5.
d) 3 - 4 - 2 - 1.
e) 3 - 2 - 1 - 5.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


O comissário Mattos passou a maior parte do dia 1procurando obter informações sobre
Anastácio, o Cegueta, e sobre o presidiário Bolão. Quem acabou lhe dando a informação
fidedigna que queria foi um repórter de O Radical, que recebia dinheiro do bicheiro Ilídio, dono
dos pontos próximos da sede do jornal, no centro.
2
“Levo um arame desse puto porque o jornal não me paga e minha mulher, você sabe, está
internada tuberculosa em Belo Horizonte.”
3
“Eu sei, eu sei.”
4
“Mattos, 5você não recebe o levado, eu sei, mas é uma das poucas exceções, 6está todo
mundo na gaveta dos bicheiros. Tem político, juiz, gente que se eu dissesse o nome você não
acreditaria. Daria uma reportagem do caralho. O diabo é que ninguém publicaria. Nem eu sou
maluco de botar isso no papel.”
7
“Esse Cegueta trabalha para o Ilídio? Você tem certeza?”
“Sem a menor dúvida. 8O Bolão também.”
Antes de se despedir, Mattos ouviu pacientemente, enquanto seu estômago ardia, o repórter
contar suas vicissitudes e sofrimentos.

Fonseca, Rubem. Agosto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010, p. 237.

23. Analise as proposições em relação à obra Agosto, Rubem Fonseca, e ao trecho retirado
do mesmo, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.

( ) No período “procurando obter informações sobre Anastácio, o Cegueta, e sobre o


presidiário Bolão” (ref. 1) as palavras destacadas constituem, sintaticamente, aposto.
( ) Nas orações “Levo um arame desse puto” (ref. 2) e “você não recebe o levado” (ref. 5) as
palavras destacadas semanticamente são diferentes, mas na linguagem oral, para os
policiais, têm o mesmo referente.
( ) Para adequar a linguagem às personagens o autor faz uso do diálogo para marcar a
linguagem coloquial, mas a narrativa também é pontuada por uma linguagem técnica, a
exemplo, os relatórios policiais.
( ) O sinal gráfico das aspas, indicado pelas referências 2, 3, 4 e 7, aponta discurso direto,
logo, se substituído por travessão não altera o sentido e a estrutura do texto.
( ) Da leitura do período “está todo mundo na gaveta dos bicheiros” (ref. 6), depreende-se
que os bicheiros, para manter suas situações, seus pontos, davam propinas, também, a
integrantes do sistema político, jurídico, policial.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

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a) V - V - V - V - V
b) V - F - V - V - V
c) F - F - F - V - F
d) F - V - F - V - F
e) F - V - V - V - V

24. Analise as proposições em relação à obra Agosto, Rubens Fonseca, e ao trecho retirado
da mesma.

I. “O Bolão também” (ref. 8) com a palavra destacada, em relação à formação de palavras,
ocorre derivação imprópria, o que ocorre também com a palavra destacada em “Esse
Cegueta trabalha” (ref. 7).
II. A narrativa fonsequiana mescla história real e ficção, pois retrata personagens participantes
dos episódios políticos do período getulista (agosto 1954) como se fossem protagonistas do
romance.
III. O comissário Mattos tem como pista do assassinato do empresário Gomes Aguiar um anel
de ouro, pelos negros, um sabonete e um lenço.
IV. Da leitura da obra, infere-se que o autor procurou ressaltar, na sua narrativa, o suborno
como prática cotidiana tanto do povo quanto no meio político (poder), a corrupção e o
protecionismo, enfim o momento caótico vivenciado do país.
V. A leitura da obra leva o leitor a inferir que úlcera, dores de estômago, azia do comissário
Mattos eram a somatização da repulsa que ele sentia pela podridão do sistema que o
circundava.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Responda a(s) questão(ões) com base no texto 1.

TEXTO 1

Entre o espaço público e o privado


12
Excluídos da sociedade, os moradores de rua 26ressignificam o único espaço 13que
lhes foi permitido ocupar, o espaço público, transformando-o em seu “lugar”, um espaço
privado. 11Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, 1fazendo comida no asfalto,
arrumando suas camas, limpando as calçadas como se estivessem dentro de uma casa:
17
assim vivem os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São Paulo, vemos essas pessoas
3
dormindo nas 28calçadas, 4passando por situações constrangedoras, 5pedindo esmolas para
sobreviver. Essa é a realidade das pessoas que 2fazem da rua sua casa e nela constroem sua
35
intimidade. 18Assim, a ideia de 33individualização que está nas 31casas, na 34separação das
coisas por 30cômodos e quartos que servem para proteger a intimidade do indivíduo, 14ganha
outro sentido. O 6viver nas 29ruas, um lugar 19aparentemente 36inabitável, tem sua própria lógica
de funcionamento, que vai além das possibilidades.
A relação que o homem 8estabelece com o espaço que ocupa é uma das mais
importantes para sua sobrevivência. As mudanças de comportamento social 15foram 21sempre
precedidas de 22mudanças físicas de local. Por 23mais que a rua não seja um local para 7viver,
já que se trata de um ambiente público, de passagem e não de permanência, ela acaba sendo,
25
senão única, a 24mais viável opção. Alguns pensadores já apontam que a habitação 9é um
ponto base e 10adquire uma importância para harmonizar a vida. O pensador Norberto Elias
comenta que “o quarto
de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas e íntimas da vida humana. Suas paredes
visíveis e 37invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’, ‘íntimos’, irrepreensivelmente
‘animais’ da nossa existência à vista de outras pessoas”.

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O modo como essas pessoas 27constituem o único espaço que lhes foi permitido indica
que conseguiram transformá-lo em “seu 20lugar”, que aproximaram, cada um à sua maneira,
16
dois mundos nos quais estamos 32inseridos: o público e o privado.

RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono. (fragmento adaptado) In:
http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp. Acesso em
21/8/2014.

25. Analise as afirmações sobre o sentido e a formação das palavras no texto.

I. Há uma relação de sinonímia entre “ressignificam” (ref. 26) e “constituem” (ref. 27).
II. “calçadas” (ref. 28) está para “ruas” (ref. 29) assim como “cômodos” (ref. 30) está para
“casas” (ref. 31).
III. A relação entre “Excluídos” (ref. 12) e “inseridos” (ref. 32) é a mesma que se estabelece
entre “individualização” (ref. 33) e “separação” (ref. 34).
IV. As palavras “intimidade” (ref. 35), “inabitável” (ref. 36) e “invisíveis” (ref. 37) têm o mesmo
prefixo.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.

26. Quanto ao emprego dos verbos no texto, NÃO é correto afirmar que
a) “fazer” tem sentido diferente nas referências 1 e 2.
b) “dormindo” (ref. 3), “passando” (ref. 4) e “pedindo” (ref. 5) indicam ações não concluídas no
presente.
c) “viver” nas ocorrências marcadas pelas referências 6 e 7 tem valor de substantivo.
d) “estabelece” (ref. 8) expressa uma realidade permanente.
e) “é” (ref. 9) e “adquire” (ref. 10) pertencem a orações sintaticamente paralelas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Utilize o texto para responder a(s) questão(ões).

A internet e a morte da imaginação

Jacques Gruman
“Nunca entendi essa obsessão por sorrisos em fotografias.
Deve ser um conluio com os dentistas.”
(Nora Tausz Rónai)

Reza uma antiga lenda que dois reinos estavam em guerra. Os perdedores acabaram
condenados ao confinamento do outro lado dos espelhos, um primitivo mundo virtual em que
eram obrigados a reproduzir tudo o que os vencedores faziam. A luta dos derrotados passava a
ser como escapar daquela prisão. O genial Lee Falk inspirou-se nesta narrativa para criar, na
década de 1940, O mundo do espelho, para mim uma das mais aterrorizantes histórias do
Mandrake. Espelhos foram, aliás, protagonistas de algumas sequências cinematográficas
assustadoras. Bóris Karloff, um clássico do gênero, aproveitou muito bem o medo que, desde
crianças carregamos, de que nossos reflexos nos espelhos ganhem autonomia. Ui! Já
imaginaram se isso virasse realidade? Teríamos de conviver com nossos opostos, um
estranhamento no mínimo desconfortável. Os quadrinhos exploraram o assunto também na
série do Mundo bizarro, do Super-Homem. Era um nonsense pouco habitual no universo
previsível dos super-heróis.

Estava pensando nos estranhamentos do mundo moderno quando me deparei com uma
pequena nota de jornal. Encenava-se a ópera Carmen, de Bizet, no Theatro Municipal do Rio.
Suponho que a plateia, que pagou caro, estava mergulhada na história e na interpretação da

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orquestra e dos solistas. Não é que um cidadão saca seu iPad e passa um tempão checando
os e-mails, dedinhos nervosos para cima e para baixo, com a tela iluminando a penumbra
indispensável para a fruição plena do espetáculo? Como esse tipo de desrespeito está
entrando na “normalidade”, apenas uma pessoa esboçou reação. Uma espécie de angústia
semelhante à incontinência urinária se espalha como praga nas relações pessoais e no uso
dos espaços público e privado. Tudo passou a ser urgente. Todos os torpedos, e-mails e
chamadas no celular viraram prioridade, casos de vida ou morte. Interrompem-se conversas
para olhar telinhas e telonas, desrespeitando interlocutores. Como este tipo de patologia tende
a se diversificar, já há gente que conversa e olha o computador ao mesmo tempo, como
aqueles lagartos esquisitos cujos olhos se movimentam sem aparente coordenação. Outros
participam de reuniões sem desligar sua tralha eletrônica (na verdade, não estão nas reuniões).
Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão
implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas. A vida é controlada
a distância e por outros.

Outro estranhamento vem da inundação de imagens, aflição que chamo de galeria dos sem
imaginação. Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual, a enorme maioria delas sem o
menor significado e perfeitamente descartáveis. O Instagram recebe 60 milhões de fotos por
dia, ou seja, quase 700 fotos por segundo! Fico pensando no sorriso irônico ou, quem sabe, no
horror em estado bruto, que Cartier-Bresson1 esboçaria se esbarrasse nisso. Ele, que
procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos
reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisinhos forçados que caracteriza a
obsessão pelos clics.

Essa história dos sorrisos foi muito bem notada pela Nora Rónai, que citei logo no início.
Vivemos a era das aparências. Com a multiplicação das imagens, vem a obrigação de “estar
bem”. Afinal de contas, quem vai querer se exibir no Facebook ou nas trocas de mensagens
com uma ponta de melancolia ou, pelo menos, um suspiro de realidade? O mundinho virtual
exige estado de êxtase permanente. Uma persona que não passa de ilusão. Criatividade não
quer dizer tristeza, claro, mas certamente precisa incorporá-la como tijolo construtor da nossa
personalidade. O resto é fofoca. Eric Nepomuceno, tradutor e escritor, fez o seguinte
comentário sobre seu amigo Gabriel Garcia Márquez, que acabara de morrer: “Tudo o que ele
escreveu é revelador da infinita capacidade de poesia contida na vida humana. O eixo, porém,
foi sempre o mesmo, ao redor do qual giramos todos: a solidão e a esperança perene de
encontrar antídotos contra essa condenação”. Nada que essas maquininhas onipresentes
possam registrar, elas que jamais entenderiam a fina ironia de Fernando Pessoa no Poema em
linha reta, que começa assim: “Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus
conhecidos têm sido campeões em tudo”. Mais adiante: “Arre, estou farto de semideuses. Onde
é que há gente nesse mundo ?”.

A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies2 depois do
sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar! Tira-se uma foto da
aparência de ambos, coloca-se no Instagram e ... pronto. O mundo inteiro será testemunha de
um momento íntimo, talvez o mais íntimo de todos. Meu estranhamento vai ao paroxismo. É a
esse mundo que pertenço? Antigamente, era costume dizer que o que não aparecia na
televisão não existia. Atualizando a frase: pelo visto, o que não está na rede não existe. É a
universalização do movimento apenas muscular, sem sentido, leviano, rapidamente perecível.

Durante o exílio, o poeta argentino Juan Gelman passou um bom tempo sem conseguir
escrever. A inspiração não vinha. Disse ele: “A poesia é uma senhora que nos visita ou não.
Convocá-la é uma impertinência inútil. Durante uns bons quatro anos, o choque do exílio fez
com que essa senhora não me visitasse”. Quando, finalmente, a senhora chega, tudo muda,
como narra o poeta: “A visita é como uma obsessão. Uma espécie de ruído junto ao ouvido.
Escrevo para entender o que está acontecendo”. Não consigo imaginar uma serenidade como
essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada
novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam
a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos. Não dá pra esperar um dia, muito
menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me
alistando neste exército de Brancaleone.3

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1
Henri Cartier-Bresson: (França 1908- 2004), fotógrafo do século XX, considerado por muitos
como o pai do fotojornalismo.
2
fazer selfies: selfie é uma palavra em inglês, um neologismo com origem no termo self-
portrait, que significa autorretrato, e é uma foto tirada e compartilhada na internet. Normalmente
uma selfie é tirada pela própria pessoa que aparece na foto, com um celular que possui uma
câmera incorporada, com um smartphone, por exemplo.
3
O Incrível Exército de Brancaleone (em italiano: L’armata Brancaleone): é um filme italiano de 1966, do gênero
comédia. Foi dirigido por Mario Monicelli. O Exército de Brancaleone é considerado um clássico italiano, que
retrata os costumes da cavalaria medieval através da comédia satírica. É um filme inspirado em Dom Quixote, do
espanhol Miguel de Cervantes.

Disponível em: <http://www.cartamaior.com.br/?/Opiniao/A-morte-da-imaginacao/


30783>. Acesso em: 16 ago. 2014. (Adaptado).

27. O emprego do diminutivo nos termos em destaque NÃO tem valor irônico em:
a) “O mundinho virtual exige estado de êxtase permanente.”
b) “Os quadrinhos exploraram o assunto também na série do Mundo bizarro, do Super-
Homem.”
c) “Nada que essas maquininhas onipresentes possam registrar, elas que jamais entenderiam a
fina ironia de Fernando Pessoa no Poema em linha reta ...”
d) “Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em
surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisinhos forçados
que caracteriza a obsessão pelos clics.”
e) “Não é que um cidadão saca seu iPad e passa um tempão checando os e-mails, dedinhos
nervosos para cima e para baixo, com a tela iluminando a penumbra indispensável para a
fruição plena do espetáculo?”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia atentamente o texto abaixo para responder à(s) questão(ões).

Agora todo mundo tem opinião

Meu amigo Adamastor, o gigante, me apareceu hoje de manhã, muito cedo, aqui na
biblioteca, e disse que vinha a fim de um cafezinho. 1Mentira, eu sei. 2Quando ele vem tomar
um cafezinho é porque está com alguma ideia borbulhando em sua mente.
E estava. 3Depois do primeiro gole e antes do segundo, café muito quente, ele afirmou
que concorda plenamente com a democratização da informação. Agora, com o advento da
internet, qualquer pessoa, democraticamente, pode externar aquilo que pensa.
4
Balancei a cabeça, na demonstração de uma quase divergência, e seu 5espanto
também me espantou. Como assim, ele perguntou, está renegando a democracia 6? Pedi com
modos a meu amigo que não 7embaralhasse as coisas. Democracia não é um termo
8
divinatório, que se aplique sempre, em qualquer situação.
Ele tomou o segundo gole com certa avidez e 9queimou a língua.
Bem, voltando ao assunto, nada contra a democratização dos meios para que se
divulguem as opiniões, as mais diversas, mais esdrúxulas, mais inovadoras, e tudo o mais. É
um direito que toda pessoa tem10: emitir opinião.
O que o Adamastor não sabia é que uns dias atrás andei consultando uns filósofos,
alguns antigos, outros modernos, desses que tratam de um 11palavrão que sobrevive até os
dias atuais: gnoseologia. Isso aí, para dizer teoria do conhecimento.
Sim, e daí?12, ele insistiu.
O mal que vejo, continuei, não está na 13enxurrada de opiniões as mais isso ou aquilo
na internet, e principalmente com a chegada do Facebook. Isso sem contar a imensa
quantidade de textos 14apócrifos, muitas vezes até opostos ao pensamento do presumido autor,
falsamente presumido. A graça está no fato de que todos, agora, têm opinião sobre tudo.
− Mas isso não é bom?
O gigante15, depois da maldição de Netuno16, tornou-se um ser impaciente.

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O fato, em si, não tem importância alguma. O problema é que muita gente lê a
enxurrada de bobagens que aparecem na internet não como opinião, mas como conhecimento.
O Platão, por exemplo, afirmava que opinião (doxa) era o falso conhecimento. O conhecimento
verdadeiro (episteme) depende de estudo profundo, comprovação metódica, teste de validade.
Essas coisas de que se vale em geral a ciência.
O mal que há nessa “democratização” dos veículos é que se formam crenças sem
fundamento, mudam-se as opiniões das pessoas, afirmam-se absurdos em que muita pessoa
ingênua acaba acreditando. Sim, porque estudar, comprovar metodicamente, testar a validade,
tudo isso dá muito trabalho.
O Adamastor não estava muito convencido da 17justeza dos meus argumentos, mas o
café tinha terminado e ele se despediu.

Texto de Menalton Braff, publicado em 03 de abril de 2015. Disponível em:


<http://www.cartacapital.com.br/cultura/agora-todo-mundo-tem-opiniao-7377.html>. Acesso em:
20 abr. 2015.

28. Julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) Na referência 9, o verbo queimar é transitivo direto, cujo complemento é o objeto direto


formado pela expressão a língua.
( ) O verbo embaralhar (ref. 7) está conjugado no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
( ) Quanto à acentuação ortográfica, as palavras café e lê distinguem-se por serem oxítona e
monossílabo tônico, respectivamente.
( ) O advérbio democraticamente é formado por processo de derivação, em que foi
acrescentado o sufixo -mente ao radical do adjetivo feminino democrática.

A sequência correta, de cima para baixo, é


a) F – V – V – F.
b) F – V – F – F.
c) V – F – V – V.
d) V – F – F – V.

29. Guia verde politicamente incorreto


Nem ecochatos nem ecocéticos. Não existem verdades absolutas na sustentabilidade. Há
sempre alguma sujeira escondida debaixo do tapete - e soluções em lugares que ninguém
esperava.
HORTA, Maurício. “Guia verde politicamente incorreto”. Superinteressante, dez. 2011, p. 57.

Considerando eco como um radical grego que significa casa, hábitat, as palavras “ecochatos” e
“ecocéticos” são formadas por __________. A primeira representa o grupo dos __________ e a
outra, o grupo dos __________ no que se refere a atividades sustentáveis.

Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas.


a) composição – enfadonhos – descrentes
b) derivação prefixal – insistentes – desconfiados
c) aglutinação – desgostosos – descrentes
d) neologismo – aborrecidos – preocupados
e) derivação parassintética – insistentes – críticos.

30. Ao se alistar, não imaginava que o combate pudesse se realizar em tão curto prazo,
embora o ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao longe.

Quanto ao processo de formação das palavras sublinhadas, é correto afirmar que sejam,
respectivamente, casos de
a) prefixação, sufixação, prefixação, aglutinação e onomatopeia.
b) parassíntese, derivação regressiva, sufixação, aglutinação e onomatopeia.
c) parassíntese, prefixação, prefixação, sufixação e derivação imprópria.
d) derivação regressiva, derivação imprópria, sufixação, justaposição e onomatopeia.

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e) parassíntese, aglutinação, derivação regressiva, justaposição e onomatopeia.

31. São palavras primitivas:


a) época – engarrafamento – peito – suor
b) sala – quadro – prato – brasileiro
c) quarto — chuvoso — dia — hora
d) casa – pedra – flor – feliz
e) temporada – narcotráfico – televisão – passatempo

32. Assinale a alternativa que contém um grupo de palavras cujos prefixos possuem o mesmo
significado.
a) compartilhar – sincronizar
b) hemiciclo – endocarpo
c) infeliz – encéfalo
d) transparente – adjunto
e) benevolente – diáfano

33. A alternativa que apresenta vocábulo onomatopaico é:


a) Os ramos das árvores brandiam com o vento.
b) Hum! Este prato está saboroso.
c) A fera bramia diante dos caçadores.
d) Raios te partam! Voltando a si não achou que dizer.
e) Mas o tempo urgia, deslacei-lhe as mãos...

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto:

Ora nesse tempo Jacinto concebera uma ideia... Este Príncipe concebera a ideia de
que o “homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado”. E por homem
civilizado o meu camarada entendia aquele que, robustecendo a sua força pensante com todas
as noções adquiridas desde Aristóteles, e multiplicando a potência corporal dos seus órgãos
com todos os mecanismos inventados desde Teramenes, criador da roda, se torna um
magnífico Adão, quase onipotente, quase onisciente, e apto portanto a recolher [...] todos os
gozos e todos os proveitos que resultam de Saber e Poder... [...]
Este conceito de Jacinto impressionara os nossos camaradas de cenáculo, que [...]
estavam largamente preparados a acreditar que a felicidade dos indivíduos, como a das
nações, se realiza pelo ilimitado desenvolvimento da Mecânica e da erudição. Um desses
moços [...] reduzira a teoria de Jacinto [...] a uma forma algébrica:

Suma ciência 

   Suma felicidade
Suma potência 

E durante dias, do Odeon à Sorbona, foi louvada pela mocidade positiva a Equação
Metafísica de Jacinto.

Eça de Queirós, A cidade e as serras.

34. Sobre o elemento estrutural “oni”, que forma as palavras do texto “onipotente” e
“onisciente”, só NÃO é correto afirmar:
a) Equivale, quanto ao sentido, ao pronome “todos(as)”, usado de forma reiterada no texto.
b) Possui sentido contraditório em relação ao advérbio “quase”, antecedente.
c) Trata-se do prefixo “oni”, que tem o mesmo sentido em ambas as palavras.
d) Entra na formação de outras palavras da língua portuguesa, como “onipresente” e “onívoro”.
e) Deve ser entendido em sentido próprio, em “onipotente”, e, em sentido figurado, em
“onisciente”.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Casimiro de Abreu pertence à geração dos poetas que morreram prematuramente, na casa dos
vinte anos, como Álvares de Azevedo e outros, acometidos do “mal” byroniano. Sua poesia,
reflexo autobiográfico dos transes, imaginários e verídicos, que lhe agitaram a curta existência,
centra-se em dois temas fundamentais: a saudade e o lirismo amoroso. Graças a tal fundo de
juvenilidade e timidez, sua poesia saudosista guarda um não sei quê de infantil.

(Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos, 2004. Adaptado.)

35. Os substantivos do texto derivados pelo mesmo processo de formação de palavras são:
a) juvenilidade e timidez.
b) geração e byroniano.
c) reflexo e imaginários.
d) prematuramente e autobiográfico.
e) saudade e infantil.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


No mundo dos animais

As relações entre os humanos e as demais espécies viventes têm merecido a atenção


de escritores, artistas e intelectuais. Essas relações, que não primam pela ética, são o objeto
de estudo da professora e escritora mineira Maria Esther Maciel.

Quando os estudos sobre ‘animais e literatura’ passaram a ser feitos de modo


sistemático no Brasil?
Maria Esther Maciel: Só recentemente; antes, havia trabalhos esparsos. Além disso, a
abordagem se circunscrevia à visão do animal como símbolo, metáfora ou alegoria do humano,
mais restrita à análise textual. Hoje, percebe-se uma ampliação desse enfoque, que deixa os
limites do texto literário para ganhar um viés transdisciplinar, em diálogo com a filosofia,
biologia, antropologia, psicologia. Aliás, esse entrelaçamento de saberes em torno da questão
animal cresceu em várias partes do mundo, propiciando a difusão de um novo campo de
investigação crítica denominado 'estudos animais'. A literatura tem conquistado espaço
importante nesse campo, graças sobretudo a escritores/pensadores como John M. Coetzee,
John Berger e Jacques Derrida, que souberam aliar, de modo criativo, literatura, ética e política
no trato da questão animal.

Como a senhora explica esse interesse crescente pelo tema?


Há um conjunto de fatores. Impossível não considerar as preocupações de ordem
ecológica, que movem a sociedade contemporânea. Há também uma tomada de consciência
mais explícita por parte de escritores, artistas e intelectuais dos problemas éticos que envolvem
nossa relação com os animais e com o próprio conceito de humano. Além disso, a noção de
espécie e a divisão hierárquica dos viventes têm provocado discussões ético-políticas
relevantes, que acabam por contaminar as artes e a literatura. A isso se soma a tentativa, por
parte dos humanos, de recuperar sua própria animalidade, que por muito tempo foi reprimida
em nome da razão e do antropocentrismo.

Por que é importante para a humanidade refletir sobre a animalidade?


Ao refletir sobre a animalidade, a humanidade pode repensar o próprio conceito de
humano e reconfigurar a noção de vida. Por muito tempo, nosso lado animal foi recalcado em
nome da razão e de outros atributos tidos como próprios do homem. Quem ler os tratados de
filosofia e teologia escritos ao longo dos séculos verá que a definição de humano e
humanidade se forjou à custa da negação da animalidade humana e da
exclusão/marginalização dos demais seres que compartilham conosco o que chamamos de
vida. Acho que os humanos precisam se reconhecer animais para se tornarem
verdadeiramente humanos.

É possível identificar modos diferentes de ‘explorar’ a figura do animal na


produção literária?

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Na literatura brasileira, podemos falar de três momentos incisivos. No primeiro, está


Machado de Assis, que escreveu no auge do racionalismo cientificista do século 19, quando os
princípios cartesianos já tinham legitimado no Ocidente a cisão entre humanos e não humanos,
e os animais eram vistos como máquinas. No século 20, a partir dos anos 30, autores como
Graciliano Ramos, João Alphonsus, Guimarães Rosa e Clarice Lispector marcam um novo
momento, ao lidar, cada um a seu modo, com as relações entre homens e animais sob um
enfoque libertário, manifestando cumplicidade com esses outros viventes e a recusa da
violência contra humanos e não humanos. Já os escritores do final do século 20 e início do 21
lidam com a questão dos animais sob o peso de uma realidade marcada por catástrofes
ambientais, extinção de espécies, experiências biotecnológicas, expansão das granjas e
fazendas industriais etc.

Como a senhora vê o futuro dos animais?


Pelo jeito como as coisas andam, preocupo-me com a possibilidade de os animais
livres desaparecerem da face da Terra. Ficariam apenas os bichos criados em reservas e
cativeiros, os expostos em zoológicos, os ‘produzidos’ em granjas e fazendas industriais para
viver uma vida infernal e morrer logo depois, além dos animais domésticos, adestrados e
humanizados ao extremo.
Há quem diga que até mesmo estes estão fadados a desaparecer, dando lugar a
animais-robôs, que já existem no Japão.
A humanidade tem destruído florestas, dizimado povos indígenas, exterminado
espécies animais. Apesar da preocupação de ativistas com o destino do planeta, falta empenho
político dos governos para frear essa destruição generalizada.
Minha utopia é que a humanidade possa um dia fazer mea-culpa em relação aos
crimes já cometidos contra os índios, os animais, a natureza. Mas, pelo que vejo, essa questão
continuará a ser um grande desafio ético e político para a nossa civilização.

Seus estudos sobre animalidade a influenciaram em seu modo de vida?


Não consigo desvincular o trabalho do meu modo de vida. Se cheguei ao tema dos
animais, foi por causa do meu apreço por eles. Há anos não como carne, por causa da
memória do tempo em que passava temporadas na fazenda do meu pai, no interior de Minas
Gerais. Vivia perto de vacas, porcos, aves, cavalos, cachorros. Toda vez que via carne de vaca
na mesa, me lembrava do olhar bovino. Já a visão da carne de porco me trazia a imagem dos
porquinhos espertos e afetuosos com que eu brincava. Foi assim também com as aves, os
coelhos e outros bichos. Como fui sempre muito tocada pelo olhar animal, decidi não comê-los
mais. Ainda mantive peixes e frutos do mar, mas deixei de comer várias espécies ao saber de
seus hábitos. Recuso também ovos de granja, em repúdio à situação absurda das aves nos
espaços de confinamento das fazendas industriais. Meu projeto de vida, certamente
influenciado por meus estudos, é parar de consumir também carne de peixe. Chegarei lá.

MACIEL, Maria Esther. No mundo dos animais. Entrevista a Roberto B. de Carvalho. Ciência
Hoje, 21 nov. 2012. Disponível em <http://cienciahoje.uol.com.br>. Acesso em: 05 nov. 2013
(Texto Adaptado).

36. Entre os vocábulos extraídos do texto, aquele no qual a sílaba “re” funciona como um
prefixo que traduz ideia de repetição é
a) “recusa”.
b) “refletir”.
c) “recuperar”.
d) “relevantes”.
e) “reconfigurar”.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular,
liberdade civil, igualdade perante a lei – 1as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que
somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo
Regime, 6os homens eram 8desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem
hierárquica que 2fora posta na natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava
privilégio – isto é, literalmente, 12“lei privada”, uma prerrogativa 13especial para fazer algo

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negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribuía privilégios, 3pois havia sido
19
ungido como 16o agente de Deus na terra.
Durante todo 17o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses
9
pressupostos, e os panfletistas profissionais conseguiram 14empanar 20a aura sagrada da
coroa. Contudo, a desmontagem do quadro mental do Antigo Regime demandou violência
iconoclasta, destruidora do mundo, revolucionária.
7
Seria ótimo se pudéssemos associar 18a Revolução exclusivamente à Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em
um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha 24não se limitaram a destruir 21um símbolo
do despotismo real. 4Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os
sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabeça e desfilaram-na por 25Paris 22na ponta
de uma lança.
Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o
mundo se afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e
pronta para ser redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e
transformar as condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis
mundos 26novos tornaram-nos 15céticos quanto ao 10planejamento social. 27Retrospectivamente,
a Revolução pode parecer um 23prelúdio ao 11totalitarismo.
Pode ser. Mas um excesso de visão 28histórica retrospectiva pode distorcer o
panorama de 1789. Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram
um conjunto de pessoas não excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas
se 29desintegraram, eles reagiram a uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido,
ordenando a sociedade segundo novos princípios. Esses princípios ainda permanecem como
uma denúncia da tirania e da injustiça. 5Afinal, em que estava empenhada a Revolução
Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade.

Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette:
mídia, cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.

37. Ao referir-se à ideia de “lei privada” como uma explicação literal de privilégio (ref. 12), o
autor está fazendo referência à origem latina dessa palavra, relacionada a algumas das formas
que tomava, naquela língua, a palavra equivalente a lei – por exemplo, legis.

Considere as seguintes palavras do português.

1. legal
2. legião
3. legítimo
4. legível

Quais têm também relação semântica com a palavra lei, revelando, por sua forma, a origem
latina?
a) Apenas 1 e 3.
b) Apenas 1, 3 e 4.
c) Apenas 2 e 3.
d) Apenas 2 e 4.
e) 1, 2, 3 e 4.

38. Na coluna da esquerda, estão quatro palavras retiradas do texto; na coluna da direita,
descrições relacionadas à formação dessas palavras.

Associe corretamente a coluna da esquerda à da direita.

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1. contém sufixo que forma substantivos a partir de


( ) desiguais (ref. 8)
verbos
( ) pressupostos (ref. 9) 2. contém prefixo com sentido de negação

( ) planejamento (ref. 10) 3. contém prefixo que designa anterioridade

( ) totalitarismo (ref. 11) 4. contém sufixo que designa movimentos ideológicos

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é


a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 3 – 1 – 2 – 4.
c) 2 – 3 – 1 – 4.
d) 1 – 4 – 2 – 3.
e) 1 – 2 – 3 – 4.

39. Examine a tira.

O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo


quadrinho, considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos
a) derivados de um mesmo verbo.
b) híbridos.
c) derivados de vocábulos distintos.
d) cognatos.
e) formados por composição.

40. Assinale o item em que o par de prefixos grifados não possua equivalência de significado:
a) dilema / bienal
b) disenteria / discordar
c) hemisfério / semicírculo
d) sinestesia / companhia
e) endoscopia / ingerir

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[E]

O termo “que” está retomando a expressão “semente boa” do verso anterior. Assim, o verso
“que lançamos hoje no solo da vida” pode ser substituído por “Lançamos a semente boa hoje
no solo da vida”.
Essa função de retomar/referir-se a um termo anterior é cumprida pelo pronome relativo, como
expresso em [E].

Resposta da questão 2:
[E]

Em [A], [B], [C] e [D] as frases apresentam desvios ao padrão da norma culta, devendo ser
substituídas por:

[A] Busca-se uma vida em que a tolerância seja, de fato, alcançada.


[B] Precisa-se de funcionários sobre cujo caráter não pairem dúvidas.
[C] São pessoas em quem depositamos toda a confiança.
[D] Há situações das quais tiramos forças para prosseguir.

Assim, é correta apenas [E].

Resposta da questão 3:
[B]

Em “Versos cantam-se, urram-se, choram-se”, “se” atua como partícula apassivadora. Assim, o
trecho poderia ser reescrito como “versos são cantados, são urrados, são chorados”, sendo
“versos” o sujeito dos três verbos.

Resposta da questão 4:
[E]

Nas opções [A], [B], [C] e [D], a palavra “a” assume função morfológica de preposição, pronome
demonstrativo, pronome pessoal oblíquo e preposição, respectivamente. Apenas em [E], por se
encontrar ligada ao substantivo “fronte”, adquire função de artigo.

Resposta da questão 5:
[D]

A palavra “que” assume, na sequência, a função morfológica de conjunção concessiva,


advérbio de intensidade, substantivo, conjunção coordenativa adversativa e conjunção
consecutiva.

Resposta da questão 6:
[A]

As expressões “num átimo”, “de todo”, “à vontade”, “calma” e “decididamente” indicam


circunstância de tempo, intensidade, modo, modo e modo como se indica em [A].

Resposta da questão 7:
[B]

O trecho se inicia com a pergunta “onde?” e, portanto, a resposta faz referencia a uma
localização. Isso faz com que se opte pelo uso de expressões e locuções adverbiais de lugar,
para localizar aquele que questiona.

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Nota-se também que a linguagem predominante é a informal, como bem marcado com o
vocábulo “tenção” para substituir “intenção”, ou a expressão com diminutivo “começa
assinzinho”, por exemplo. A linguagem não é tão objetiva nem formal e, portanto, se distancia
da científica ou técnica.

Resposta da questão 8:
[B]

Em todas as alternativas, os pronomes possessivos “seu” e “sua” apresentam ambiguidade,


exceto em [B]. O vocativo que inicia a frase indica que o termo “seu” se refere obrigatoriamente
ao receptor da mensagem, ou seja, ao “investidor”.

Resposta da questão 9:
[D]

[A] Incorreta: “mais” é advérbio.


[B] Incorreta: “si” é um pronome pessoal.
[C] Incorreta: os termos em destaque são objetos diretos do verbo “entregar” (note que não são
introduzidos por preposição para serem classificados como indiretos).
[E] Incorreta: as palavras destacadas são conjunções.

Resposta da questão 10:


[C]

A palavra “penumbra” é formada pelo prefixo “pene” (quase), “diálogo” por “dia” (movimento
através de), “periscópio por “peri” (posição em torno de), exogamia (movimento para fora) e
“sintaxe” (noção de simultaneidade). Assim, é correta a opção [C].

Resposta da questão 11:


[A]

[A] Correta: der-ro-ca-da (4 sílabas)


pro-fes-so-ra (4 sílabas)
[B] Incorreta: “adolescentes” e “professora” são substantivos concretos.
[C] Incorreta: a-do-les-cen-tes (5 sílabas).
[D] Incorreta: “adolescentes” na verdade é um substantivo comum de dois gêneros.
[E] Incorreta: apenas [A] está correta

Resposta da questão 12:


[A]

De acordo com norma padrão da Língua Portuguesa, a expressão “para eu” deve ser utilizada
quando “eu” assumir a função de sujeito.

Resposta da questão 13:


[D]

Apenas em [D], a preposição “de” apresenta noção semântica de necessidade como a da frase
do enunciado. Nas opções [A], [B] e [C], apresenta noção de causa, posse e especialidade,
respectivamente.

Resposta da questão 14:


[A]

O uso de verbos no futuro do pretérito (“seria”, “seriam”, “triunfaria”, “tornaria”, “teriam”,


“poderiam”, “deixariam”, “tornariam”, “poderia”) indica que o emissor fala de fatos que poderiam
ter acontecido no passado, mas não se concretizaram no tempo que lhes sucedeu. Ou seja, a
forma verbal expressa projeções feitas no passado sobre possibilidades de um futuro, como se
afirma em [A].

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Resposta da questão 15:


[B]

É correta a opção [B], pois o termo “megahipercorporações” é formado pelos prefixos de


origem grega mega- e hiper- que expressam noção semântica de grande quantidade,
enfatizando o tamanho e o poder das corporações econômicas atuais.

Resposta da questão 16:


[A]

É possível inferir que a narrativa trata da questão do preconceito social que condena a mulher
por infringir normas arraigadas em uma sociedade machista. Assim, é correta a opção [A], pois,
na frase “Os conceitos a vestiram como uma segunda pele”, o termo “a” é associado, por
elipse, a essa mesma mulher.

Resposta da questão 17:


[A]

[A] Correta – a locução conjuntiva no entanto estabelece relação opositiva entre a


transformação ocasionada pela tecnologia e a ruptura com o que pré-existia a ela.
[B] Incorreta – a conjunção porque estabelece relação de causa e consequência entre o
respeito aos direitos autorais e a diminuição do mercado de CDs.
[C] Incorreta – a conjunção mas estabelece relação opositiva entre as novas formas de
exposição de obras por meio da internet e a propriedade delas.
[D] Incorreta – a preposição para estabelece relação de finalidade entre a agilidade e a
onipresença da rede e a geração de renda aos compositores.
[E] Incorreta – a conjunção se estabelece uma relação de condição entre o entretenimento e a
oferta de bens culturais via novas tecnologias e sua aceitação.

Resposta da questão 18:


[D]

[A] Incorreta – o referente é “oferta de bens culturais”.


[B] Incorreta – o referente é a palavra “criadores”.
[C] Incorreta – o referente é a expressão “das famílias”.
[D] Correta – o referente é a palavra “filiados”: os valores relativos à exibição de trabalhos dos
filiados nos canais de áudio e vídeo.
[E] Incorreta – o referente é “notícia”.

Resposta da questão 19:


[B]

[A] Incorreta: a correta definição para a expressão “bode expiatório” é: pessoa que não é
culpada pela ocorrência de um fato, mas que acaba sendo responsabilizada por ele.
[C] Incorreta: “derrocada” significa “destruição” ou “decadência”.
[D] Incorreta: “a população” também é substantivo.
[E] Incorreta: a palavra grifada é um pronome pessoal oblíquo.

Resposta da questão 20:


[E]

A expressão “sem berro”, na verdade, é adjunto adverbial de modo, pois expressa o modo
como as lágrimas são disfarçadas, ligando-se, portanto, ao verbo.

Resposta da questão 21:


[A]

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A incorporação da terminação “-dromo” a uma palavra já existente na língua, “samba”, gerou


uma nova palavra, ou seja, criou um neologismo semântico, um novo termo caracterizado pela
modificação de significado de um vocábulo primitivo. Muitas vezes considerado inadequado ou
impróprio, este fenômeno linguístico coloca em evidência o dinamismo da língua, na
possibilidade de criação de novas palavras, como se afirma em [A].

Resposta da questão 22:


[D]

Complexidade: Constituída por sufixo formador de substantivo (-idade) a partir de adjetivo


(complexa).
Definição: Constituída por sufixo formador de substantivo (-ção) a partir de verbo (definir).
Insuportáveis: Constituída por prefixo com sentido de negação (in-) e sufixo formador de
adjetivos (-ável / -áveis) a partir de verbos (suportar).
Obras-primas: Constituída por composição através de justaposição, ou seja, aproximação de
duas palavras dotadas de sentido, sem que haja qualquer alteração em seus radicais (obra e
prima).

Resposta da questão 23:


[A]

[V] Nos termos destacados, a função sintática expressa é a de aposto enumerativo.


[V] Embora semanticamente as duas palavras destacadas sejam diferentes na norma culta ou
mesmo na linguagem falada mais informal, no contexto apresentado elas têm o sentido
muito semelhante, o de receber dinheiro ilícito do jogo do bicho.
[V] A linguagem é informal, urbana, dos bandidos e dos policiais. O autor faz uso, muitas vezes,
de termos próprios do submundo das ruas para compor os personagens e assim dar mais
veracidade à narrativa.
[V] O autor optou pelo uso das aspas para indicar as falas dos personagens, no entanto, se
trocasse pelo uso dos travessões não haveria alteração de sentido.
[V] Como o jogo do bicho é ilegal no país, os bicheiros pagavam propinas para as autoridades,
a fim de poder manter seus pontos de jogo.

Resposta da questão 24:


[C]

[I] Verdadeira. A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer
acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. No contexto
apresentado, -ão é sufixo para o aumentativo em português, enquanto o sufixo –eta indica
diminutivo. Neste caso especificamente, indica informalidade por tratar-se de uma forma
popular de diminutivo.

[II] Verdadeira. É uma característica das histórias de Rubem Fonseca mesclar história e ficção.

[III] Falsa. O Comissário tem uma única pista do assassinato do milionário: um anel dourado e
alguns pelos de negro no sabonete do banheiro. Não há lenço e os pelos são de um
homem negro e estão grudados no sabonete.

[IV] Verdadeira. A história é desenvolvida no final do já desgastado governo Vargas, 1954,


momento em que o Brasil se revela politicamente fragilizado.
Ao final do romance, percebe-se que a corrupção policial, as negociatas políticas no
Senado e na Câmara, a compra de favores bem como a derrota do único candidato
honesto, o Comissário Mattos, indica que política e honestidade não caminham juntas.

[V] Verdadeira. Todas as patologias apresentadas pelo personagem são típicas de estresse,
logo, cabe ao leitor inferir que o sistema político causava-lhe repulsa.

Resposta da questão 25:


[A]

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[III] Incorreta. A relação entre “excluídos” e “inseridos” é de oposição, o que não acontece nos
outros dois termos;
[IV] Incorreta. Os termos “inabitável” e “invisíveis” apresentam prefixo de negação, o que não
acontece em “íntimos”, que é palavra primitiva.

Como [I] e [I]I são corretas, é válida a alternativa [A].

Resposta da questão 26:


[C]

Na frase “O viver nas ruas, um lugar aparentemente inabitável, tem sua própria lógica”,
acontece derivação imprópria, ou seja, a determinação causada pela presença do artigo
definido “o” transforma o verbo “viver” em substantivo. Mas o mesmo não acontece na frase
“Por mais que a rua não seja um local para viver”, em que o verbo “viver” mantém a
classificação morfológica original. Assim, a alternativa [C] é incorreta.

Resposta da questão 27:


[B]

Somente no vocábulo quadrinhos não se usa o prefixo –inho com a intenção de ironizar, por
tratar-se de uma designação literal de um gênero popular de arte, mas que convencionou-se a
se chamar pelo diminutivo por remeter aos muitos quadros em que se apresentam essas
histórias.

Resposta da questão 28:


[C]

2a afirmativa: Falsa: o verbo “embaralhasse” está conjugado no pretérito imperfeito do


subjuntivo.

Resposta da questão 29:


[A]

Composição é o processo de formação de palavras a partir da junção de dois ou mais radicais,


como acontece, por justaposição, com as palavras “ecochatos” e “ecocéticos”. Está com noção
semântica de “enfadonhos” (desinteressantes, monótonos) e aquela, com sentido de
“descrentes” (que não acreditam). Assim, é correta a alternativa [A].

Resposta da questão 30:


[B]

Alistar: parassíntese. Foram acrescentados, simultaneamente, um prefixo e um sufixo à palavra


primitiva.
Combate: derivação regressiva. A parte final da palavra primitiva (combater) foi retirada,
gerando, como palavra derivada, um nome de ação.
Realizar: sufixação. Foi acrescentado o sufixo “ar” ao radical do substantivo “realização”,
levando-o a mudar de classe gramatical, de substantivo para verbo.
Embora: aglutinação. Os elementos que formam o composto se ligam e há perda da
integridade sonora de ao menos um deles. Assim, “em boa hora” torna-se “embora”.
Ribombar: onomatopeia. A palavra é formada através da imitação de um som.

Resposta da questão 31:


[D]

Em [A], “engarrafamento” é derivada; em [B], brasileiro; em [C], chuvoso; e, em [E], todas são
derivadas. Assim, a única alternativa em que todas as palavras são primitivas é [D].

Resposta da questão 32:


[A]

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O prefixo “com” (de “compartilhar”) indica contiguidade, companhia, agrupamento; e o prefixo


“sin” (de “sincronizar”) significa ação conjunta, companhia, reunião, simultaneidade. Assim,
ambos são semelhantes semanticamente.

Resposta da questão 33:


[C]

O verbo “bramir” é onomatopaico, pois sua pronúncia imita o som emitido por animais bravios.

Resposta da questão 34:


[E]

O sentido do prefixo “oni” é aplicado de forma denotativa nos dois casos, dando o sentido de
“todo”.

Resposta da questão 35:


[A]

A única alternativa que contém dois substantivos é a [A], ambos formados por sufixação.

Resposta da questão 36:


[E]

Os termos das alternativas [A], [B], [C] e [D] mantêm os seus radicais de origem latina
(recusare, reflectere, recuperare e relevans, respectivamente). Apenas a alternativa [E]
apresenta uma palavra em que a primeira sílaba funciona como prefixo indicador de repetição.

Resposta da questão 37:


[A]

Os termos “legal” e “legítimo” remetem à mesma origem latina (legis) da palavra “lei” e
pertencem, assim, ao mesmo âmbito semântico. Já as palavras “legião” e “ legível” designam
grupo e passível de ser lido, respectivamente, por isso não mantêm relação semântica com a
palavra “lei”. Portanto, é correta apenas a alternativa [A].

Resposta da questão 38:


[C]

Apenas em [C] se enumeram, de forma adequada, as descrições relacionadas à formação das


palavras inseridas na coluna da esquerda. Em “desiguais” e “pressupostos, os prefixos “des-” e
“pre-“ indicam negação e anterioridade, respectivamente. As palavras “planejamento” e
“totalitarismo” são formadas por sufixos, sendo que o primeiro dá origem a um substantivo a
partir de um verbo (planejar) e o segundo indica movimento ideológico.

Resposta da questão 39:


[D]

No último quadro, a frase da personagem permite inferir que ela considerou “carinho” e “caro”
como vocábulos cognatos, ou seja, apresentam um mesmo radical primário (car), pertencendo
a uma mesma família de significação: “carinho” apresenta noção de semântica de afeto, e caro,
o que é querido, estimado. Assim, é correta a opção [D].

Resposta da questão 40:


[B]

Em “disenteria”, o prefixo “dis-” indica separação/diluição; em “discordar”, o prefixo “dis”


significa negação, oposição.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 19/05/2016 às 23:08


Nome do arquivo: A4 - CN - Classes de palavras e form de pal

Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1.............152824.....Média.............Português......G1 - cps/2016.......................Múltipla escolha

2.............148572.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha

3.............153383.....Elevada.........Português......G1 - ifal/2016........................Múltipla escolha

4.............148575.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha

5.............148563.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha

6.............148569.....Baixa.............Português......Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha

7.............152839.....Média.............Português......G1 - cps/2016.......................Múltipla escolha

8.............148573.....Baixa.............Português......Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha

9.............152266.....Média.............Português......G1 - ifsc/2016.......................Múltipla escolha

10...........148566.....Elevada.........Português......Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha

11...........152265.....Elevada.........Português......G1 - ifsc/2016.......................Múltipla escolha

12...........142857.....Baixa.............Português......Epcar (Afa)/2016..................Múltipla escolha

13...........142922.....Baixa.............Português......G1 - epcar (Cpcar)/2016......Múltipla escolha

14...........146576.....Média.............Português......Uerj/2016..............................Múltipla escolha

15...........146579.....Média.............Português......Uerj/2016..............................Múltipla escolha

16...........146583.....Elevada.........Português......Uerj/2016..............................Múltipla escolha

17...........148733.....Média.............Português......Fmp/2016.............................Múltipla escolha

18...........148730.....Baixa.............Português......Fmp/2016.............................Múltipla escolha

19...........152264.....Média.............Português......G1 - ifsc/2016.......................Múltipla escolha

20...........153389.....Elevada.........Português......G1 - ifal/2016........................Múltipla escolha

21...........149434.....Média.............Português......Enem/2015...........................Múltipla escolha

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22...........137987.....Elevada.........Português......Ufrgs/2015............................Múltipla escolha

23...........138449.....Elevada.........Português......Udesc/2015..........................Múltipla escolha

24...........138450.....Elevada.........Português......Udesc/2015..........................Múltipla escolha

25...........139327.....Elevada.........Português......Pucrs/2015...........................Múltipla escolha

26...........139323.....Média.............Português......Pucrs/2015...........................Múltipla escolha

27...........140538.....Baixa.............Português......Cefet MG/2015.....................Múltipla escolha

28...........142137.....Média.............Português......G1 - ifsul/2015......................Múltipla escolha

29...........134236.....Média.............Português......Ufsm/2014............................Múltipla escolha

30...........127681.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2014............Múltipla escolha

31...........127695.....Baixa.............Português......Espcex (Aman)/2014............Múltipla escolha

32...........127677.....Elevada.........Português......Espcex (Aman)/2014............Múltipla escolha

33...........127689.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2014............Múltipla escolha

34...........128469.....Baixa.............Português......Fuvest/2014.........................Múltipla escolha

35...........130765.....Baixa.............Português......Unifesp/2014........................Múltipla escolha

36...........131851.....Baixa.............Português......Cefet MG/2014.....................Múltipla escolha

37...........132613.....Baixa.............Português......Ufrgs/2014............................Múltipla escolha

38...........132609.....Média.............Português......Ufrgs/2014............................Múltipla escolha

39...........123003.....Média.............Português......Unifesp/2013........................Múltipla escolha

40...........125864.....Elevada.........Português......Espm/2013...........................Múltipla escolha

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