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TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

 APRESENTA O ESTUDO DA BÍBLIA SAGRADA 


Apresenta Jesus Cristo, a mensagem do Livro

SUMÁRIO

PREFÁCIO HOLÍSTICO ........................................................................................................................................ 3


APLICAÇÃO PESSOAL DO ESTUDO ..................................................................................................................... 3
PANORAMA HOLÍSTICO .................................................................................................................................... 3
Esboço Holístico ............................................................................................................................................ 4
1. O ESTUDO DA BÍBLIA ..................................................................................................................................... 4
A Razão da necessidade das escrituras .......................................................................................................... 4
A Necessidade do Estudo das Escrituras ........................................................................................................ 4
Porque devemos estudar a Bíblia? ............................................................................................................ 4
Como devemos estudar a Bíblia?............................................................................................................... 5
2. A BÍBLIA PRIMITIVA ....................................................................................................................................... 6
Idiomas em que a Bíblia foi escrita ................................................................................................................ 6
Hebraico ................................................................................................................................................... 6
Aramaico .................................................................................................................................................. 7
Grego ........................................................................................................................................................ 7
3. TRADUÇÃO DA BÍBLIA ................................................................................................................................... 7
As primeiras traduções ................................................................................................................................. 8
Septuaginta............................................................................................................................................... 8
Vulgata Latina ........................................................................................................................................... 8
Diferenças entre Tradução, Paráfrase, Versão e Edição ................................................................................. 8
Os massoretas e os textos-padrão ................................................................................................................. 8
Os princípios que fundamentam as traduções ............................................................................................... 9
Equivalência Formal .................................................................................................................................. 9
Equivalência Dinâmica............................................................................................................................... 9
Crítica textual................................................................................................................................................ 9
Tradução de Martinho Lutero ....................................................................................................................... 9
Tradução de João Ferreira de Almeida ........................................................................................................ 10
Os manuscritos do mar morto ..................................................................................................................... 10
A Nova Versão Internacional ....................................................................................................................... 11
A Nova Versão Transformadora .................................................................................................................. 11
A busca da melhor tradução........................................................................................................................ 12
Creia no Deus da Bíblia! .............................................................................................................................. 12
4. ESTRUTURA INTERNA DA BÍBLIA.................................................................................................................. 13
Divisão da Bíblia .......................................................................................................................................... 13
O Livro ........................................................................................................................................................ 14
Antigo Testamento.................................................................................................................................. 14
Novo Testamento.................................................................................................................................... 14
Particularidades Bíblicas ............................................................................................................................. 14
Referência Bíblica.................................................................................................................................... 15
Livros que não fazem parte do cânon bíblico............................................................................................... 15
Livros Apócrifos....................................................................................................................................... 15
Livros Deuterocanônicos ......................................................................................................................... 15
PRÓXIMO PROLEHB (M>E>L) .......................................................................................................................... 15
TÍTULO 03 – MÉTODO HOLÍSTICO................................................................................................................ 15
Gratuidade.................................................................................................................................................. 16
Arquivos Digitais ......................................................................................................................................... 16
Dúvidas? ..................................................................................................................................................... 16
SAC – Serviço de Atendimento ao Cristão ....................................................................................................... 16
Código QR ................................................................................................................................................... 16

Após assistir à MINISTRAÇÃO da aula, vamos realizar o ESTUDO Holístico,


contextualizando a LEITURA da Bíblia.
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

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PREFÁCIO HOLÍSTICO

Neste Título 02 do Processo de Leitura Holística da Bíblia (PROLEHB), o nosso assunto é o estudo
introdutório e auxiliar das Sagradas Escrituras, para melhor compreensão por parte do leitor. É também
chamado Isagoge nos cursos superiores de teologia. Este estudo auxilia grandemente a compreensão dos
fatos da Bíblia. A necessidade desse estudo é que, sendo a Bíblia um livro divino, veio a nós por canais
humanos, tornando-se, assim, divino-humano, como também o é a Palavra Viva – Jesus Cristo –, que se
tornou também divino-humano (Jo.1:1; Ap.19:13).
Faremos,primeiramente, umaabordagem levando em cosideração a origem primitiva da Bíblia
Sagrada bem como temas relevantes como as traduções atuais e suas respectivas versões, para então
adentrarmos em um estudo aprofundado da sua estrutura interna.

APLICAÇÃO PESSOAL DO ESTUDO

O tempo não afeta a Bíblia. O livro mais antigo do mundo é ao mesmo tempo o mais moderno. Em
mais de 20 séculos o homem não pôde melhorá-la. Se a Bíblia fosse de origem humana, é claro que em
dois milênios, ela de há muito estaria desatualizada. Uma vez que o homem moderno se jacta de tanto
saber, era de esperar que já tivesse produzido uma Bíblia melhor! Realmente isto é uma evidência da
Bíblia como a Palavra de Deus! Tendo em vista o vasto progresso alcançado pelo homem, especialmente
nos dois últimos séculos só podemos dizer que, se ele não produziu um livro melhor, para substituir a
Bíblia, porque não pôde. Muitos também reclamam por não ser estritamente científica a linguagem da
Bíblia. Ora, a Bíblia trata primeiramente da redenção da humanidade. Além disso, termos científicos
mudam ou ficam para trás, à medida que a ciência avança. Sempre temos termos novos na Ciência.
A Bíblia nunca se torna um livro antigo, apesar de ser cheio de antiguidades. Ela é tão hodierna
como o dia de amanhã. Sua mensagem milenar tanto satisfaz a criança como o ancião encanecido. A Bíblia
pode ser lida diversas vezes sem encontrar suas profundezas e sem que o leitor perca por ela o interesse.
Acontece isso com os demais livros? Quem já se cansou de ler Salmo 23; João 3:16; Romanos 12; 1
Coríntios 12? É que cada vez que lemos essas passagens (para não falar nas demais), descobrimos coisas
que nunca tínhamos visto antes. Depois de quase 2.000 anos de escrito o último livro da Bíblia, a
impressão que se tem é que a tinta do original está ainda secando...
Até o fim dos tempos o velho e precioso Livro continuará a ser a resposta às indagações da
humanidade a respeito de Deus e do homem. Nos seus milhares de anos de leitura, a Bíblia nunca foi
esgotada por ninguém.
Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se fosse
escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece
aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua. Por exemplo, ao
lermos “O Peregrino” sabemos que ele é inglês; ao lermos “Em Seus passos que Faria Jesus? ”Sabemos que
é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a
recebemos como “nossa”. Isso acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como
livro “dos outros”. Isto prova que ela procede de Deus o Pai de todos!
Qual a pessoa que, ao ler o Salmo 23, acha que ele foi escrito para os judeus? Aos que vivemos no
Brasil, a impressão que temos é que ele foi escrito diretamente para nós. As mesmas coisas dirão os
irmãos dos demais países. A mensagem da Bíblia é a mesma em todas as línguas. Nisto vemos que ela é
diferente de todos os demais livros do mundo. Se fosse produto humano, não se ajustaria às línguas de
todas as nações. Nenhum outro livro pode igualar-se à Bíblia nessa parte. É mais uma prova da sua
origem divina.
Assim, cremos que a revelação da Palavra vem diretamente de Deus, i.e., do Espírito Santo, para os
seus filhos leitores. Assim, podemos fomentar essa leitura através de uma metodologia de estudo capaz
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

de formar um hábito no cristão desejoso de conhecer mais da Palavra de Deus. Falaremos um pouco mais
sobre isso no próximo “Título 03”do PROLEHB.

PANORAMA HOLÍSTICO

Neste Título 02, como já falado, o nosso assunto é o estudo introdutório e auxiliar das Sagradas
Escrituras. Este estudo auxilia grandemente a compreensão dos fatos da Bíblia.
De grande valia no PROLEHB, 1/3 (um terço) de todos os estudos são contextuais, para
compreendermos de forma cristalina o contexto de cada período bíblico. Mas, de nada adiantaria se não
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conhecermos a letra da Bíblia. Dentro do PROLEHB, os estudos dos 66 Livros da Bíblia representam 2/3
(dois terços) de todo o Projeto.
Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Por essa razão,
a Bíblia faz alusão a tudo que é terreno e humano. Ela menciona países, montanhas, rios, desertos, mares,
climas, solos, estradas, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos, costumes,
culturas, etc. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem como do
nosso modo de pensar. Se Deus usasse sua linguagem, ninguém o entenderia. Ele, para revelar-se ao
homem, adaptou a Bíblia ao modo humano de perceber as coisas. Destarte, o autor da Bíblia é Deus, mas
os escritores foram homens. Na linguagem figurada dos Salmos e das diversas outras partes da Bíblia,
Deus mesmo é descrito e age como se fosse homem. A Bíblia chega a esse ponto para que o homem
compreenda melhor o que Deus lhe quer dizer. Isto também explica muitas dificuldades e aparentes
contradições do texto bíblico.
Esboço Holístico
1. O ESTUDO DA BÍBLIA
2. A BÍBLIA PRIMITIVA
3. TRADUÇÕES E VERSÕES DA BÍBLIA
4. ESTRUTURA INTERNA

1. O ESTUDO DA BÍBLIA

A Razão da necessidade das escrituras


Deus tem revelado através dos tempos por meio de suas obras, isto é, da criação (Sl.19:1-6;
Rm.1:20). Porém, na Palavra de Deus temos uma revelação especial e muito maior. É dupla esta revelação:
a. Na Bíblia, que é a Palavra de Deus Escrita;
b. Em Cristo, que é a Palavra de Deus Viva (Jo.1:1)
Essa dupla revelação é especial, porque tornou-se necessária devido à queda do homem.
A Necessidade do Estudo das Escrituras
Isto está implícito (Sl.119:130; Is.34:16; 2Tm.2:15; 1Pe.3:15) e nos conduz a dois pontos de suma
importância:
a. Porque devemos estudar a Bíblia;
b. Como devemos estudar a Bíblia: estudar é mais que ler, é aplicar a mente a um assunto, de
modo sistemático e constante.
Porque devemos estudar a Bíblia?
a. Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor
O crente foi salvo para servir ao Senhor (Ef.2:10; 1Pe.2:9). Sendo a Bíblia o livro texto do cristão, é
importante que ele a maneje bem, para o fiel desempenho de sua missão (2Tm.2:15). Um bom
profissional sabe empregar com eficiência as ferramentas de seu ofício. Essa eficiência não é automática:
vem pelo estudo e prática. Assim deve ser o crente com relação ao seu Manuel – a Bíblia. Entre as
promessas de Deus nesse sentido, temos uma muito maravilhosa em Isaías 55:11. Deus declara aí que sua
Palavra não voltará vazia. Portanto, quando alguém toma tempo para estudar com propósito a Palavra de
Deus, o efeito será glorioso quanto à edificação espiritual e ao engrandecimento do reino de Deus.
b. Ela alimenta nossas almas (Jr.15:16; Mt.4:4; 1Pe.2:2)
Não há dúvida de que o estudo da Palavra de Deus traz nutrição e crecimento espiritual. Ela é tão
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indispensável à alma, como o pão ao corpo. Nas passagens acima, ela é comprada ao alimento, porém, este
só nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo. O texto de 1Pe.2:2 fala do intenso apetite dos
recém-nascidos; assim deve ser o nosso desejo pela Palavra. Bom apetite pela Bíblia é sinal de saúde
espiritual.
Como está seu apetite pela Bíblia, leitor?
c. Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa (Ef.6:17)
Se em nós houver abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá o instrumento com que
operar. É preciso, pois, meditar nela (Is.1:8; Sl.1:2). É preciso deixar que ela domine todas as esferas da

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nossa vida, nossos pensamentos, nosso coração e, assim, molde todo o nosso viver diário. Em suma:
precisamos ficar saturados da Palavra de Deus.
Um requisito primordial para Deus responder às nossas orações é estarmos saturados da sua
Palavra (Jo.15:7). Aqui está, em parte, a razão de muitas orações não serem respondidas: desinteresse
pela Palavra de Deus (leia o texto outra vez). Pelo menos três fatos estão implícitos aqui:
1. Na oração precisamos apoiar nossa fé nas promessas de Deus, e essas promessas estão na
Bíblia
2. Por sua vez, a Palavra de Deus produz fé em nós (Rm.10:17)
3. Devemos fazer nossas petições segundo a vontade de Deus (1Jo.5:14), e um dos meios de
saber-se a vontade de Deis é através da sua Palavra
Na vida cristã, e no trabalho do Senhor em geral, o Espírito Santo só nos lembrará o texto bíblico
preciso, se de antemão o conhecermos (Jo.14:26). É possível o leitor ser lembrado de algo que não sabe?
Pense se é possível! Portanto, o Espírito Santo quer não somente encher o crente, mas também encontrar
nele o instrumento com que operar: a Palavra de Deus.
Ter o Espírito e não conhecer a Palavra, conduz ao fanatismo. Pessoas assim querem usar o
Espírito em vez de Ele usá-las. Conhecer a Palavra e não ter o Espírito conduz ao formalismo. Estes dois
extremos são igualmente perigosos.
d. Ela enriquece espiritualmente a vida do cristão (Sl.119:72)
Essas riquezas vem pela revelação do Espírito, primeiramente (Ef.1:17). O leitor que procurar
entender a Bíblia somente através do intelecto, muito cedo desistirá do seu intento. Só o Espírito de Deus
conhece as coisas de Deus (1Co.2:10). Um renomado expositor cristão afirma que há 32 mil promessas na
Bíblia toda! Pensai que fone de riqueza há ali! Entre as riquezas derivadas da Bíblia está a formação do
caráter ideal, bem como a moldagem da vida cristã como um todo. É a Bíblia a melhor diretriz de conduta
humana; a melhor formadora do caráter. Os princípios que modelam nossa vida devem proceder dela.
A falta de uma correta e pronta orientação espiritual dentro da Palavra de Deus, especialmente
quanto a novos convertidos, tem resultados em inúmeras vidas desequilibradas, doentes pelo resto da
existência. Essas, só um milagre de Deus pode reajustá-las. Pessoas assim, ferem-se a si mesmas e aos que
as rodeiam.
A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Tudo que Deus tem para homem e requer do
homem, e tudo que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus quanto à sua redenção,
conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na Bíblia. Deus não tem outra revelação escrita além da
Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar o Livro e apropriar-se dele pela fé. O autor da Bíblia é
Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu tema central é o Senhor Jesus Cristo. O homem deve ler
a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo, e praticar a Bíblia para ser santo.
Como devemos estudar a Bíblia?
a. Leia a Bíblia conhecendo seu autor
Isto é de suprema importância, é a melhor maneira de estudar a Bíblia. Ela é o único livro cujo
autor está sempre presente quando é lida. O autor de um livro é a pessoa que melhor pode explica-lo. A
Bíblia é um livro fácil e ao mesmo tempo difícil; simples e ao mesmo tempo complexo. Não basta apenas
ler suas palavras e analisar suas declarações. Tudo isso é indispensável, mas não basta. É preciso
conhecer e amar o Autor do Livro. Conhecendo o Autor, a compreensão será mais fácil.
Façamos como Maria, que aprendia aos pés do Mestre (Lc.10:39). Esse é ainda o melhor lugar
para o aluno!
b. Leia a Bíblia diariamente (Dt.17:19)
Esta regra é excelente. Presume-se que 90% dos crentes não leem a Bíblia diariamente: não é de
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admirar haver tantos crentes frios nas igrejas. Não somente frios, mas anãos, raquíticos, mundanos,
carnais, indiferentes. Sem crescimento espiritual, Deus não nos pode revelar suas verdades profundas
(Mc.4:33; Jo.16:12; Hb.5:12). É de admirar haver pessoas na igreja que acham tempo para ler, ouvir e ver
tudo, menos a Palavra de Deus. Motivo: comem tanto outras coisas que perdem o apetite pelas coisas de
Deus! É justo ler boas coisas, mas, é imprescindível tomar mais tempo com as Escrituras. É também de
estarrecer o fato de que muitos líderes de igrejas não levam seus liderados a lerem a Bíblia. Não basta
assistir aos cultos, ouvir sermões e testemunhos, assistir a estudos bíblicos, ler boas obras de literatura
cristã: é preciso a leitura bíblica individual, pessoal. Há crentes que só comem espiritualmente quando
lhes dão comida na boca: é a colher do pastor, do professor da Escola Bíblica, etc. Se ninguém lhes der
comida eles morrerão de inanição.
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c. Ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual
Isto é de capital importância para o êxito no estudo bíblico. A atitude correta é a seguinte:
 Estudar a Bíblia como a Palavra de Deus, e não como uma obra literária qualquer (deixe para fazer
isso com os estudos da leitura holística, leia-os em qualquer lugar, mas leia).
 Estudar a Bíblia com o coração, em atitude devocional, e não apenas com o intelecto. As riquezas
da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor (Tg.1:21). Quanto maior for a nossa
comunhão com Deus, mais humildes seremos. Os galhos mais carregados de frutos são os que
mais abaixam! É preciso ler a Bíblia crendo, sem duvidar, em tudo que ela ensina, inclusive no
campo sobrenatural. A dúvida ou descrença, cega o leitor (Lc. 24:25).
d. Leia a Bíblia com oração, devagar, meditando
Assim fizeram os servos de Deus no passado: Davi (Sl.119:12,18); Daniel (Dn.9:21-23). O caminho
ainda é o mesmo. Na presença do Senhor em oração, as coisas incompreensíveis são esclarecidas
(Sl.73:16,17). A meditação na Palavra aprofunda a sua compreensão. Muitos leem a Bíblia somente para
estabelecerem recordes de leitura. Ao ler a Bíblia, aplique-a a si próprio, irmão, senão não haverá virtude
nenhuma.
e. Leia a Bíblia toda
Há riqueza insondável nisso! E a única maneira de conhecermos a verdade completa dos assuntos
nela contidos, visto que a revelação de Deus que nela temos é progressiva. Como o leitor pensa
compreender um livro que ainda não leu do princípio ao fim? Mesmo lendo a Bíblia toda, não a
entendemos completamente. Ela, sendo a Palavra de Deus, é infinita. Nem mesmo a mente de um gênio
poderia interpretá-la sem erros. Não há no mundo ninguém que esgote a Bíblia. Todos somos sempre
alunos (Dt.29:29; Rm.11:33,34; 1Co.13:12). Portanto, na Bíblia há dificuldades, mas o problema é do lado
humano. O Espírito Santo, que conhece as profundezas de Deus, pode ir revelando o conhecimento da
verdade, à medida que buscamos a face de Deus e andamos mais perto dele.
Como método facilitador da revelação de Deus, criamos um itinerário a ser trilhado nessa
prazerosa caminhada de conhecimento da Palavra de Deus. Assim, estabelecemos 96 aulas que estão
inseridas dentro de 24 grupos que por sua vez estão alocados nas 12 partes.

2. A BÍBLIA PRIMITIVA

A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolos (Jr.36:2). Eram feitos de
papiro ou pergaminho.
O Papiro é uma planta aquática que cresce junto a rios, lagos e banhados, no Oriente Próximo, cuja
entrecasca servia para escrever. Esse material gráfico primitivo (3.000 a.C.) é mencionado muitas vezes
na Bíblia (Ex.2:3; Jó.8:11; Is.18:2) e é dela que deriva a palavra papel.
Pergaminho é pelo de animal, cortida e polida, utilizada também na escrita. É um material gráfico
melhor que o papiro. Seu uso é mais recente que o papiro. Vem dos primórdios da Era Cristã, apesar de
ser conhecido bem antes. É também mencionado na Bíblia como em IITm.4:13.
A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo. Assim, vemosque a
princípio, os livros sagrados não estavam unidos uns aos outros com os temos agora em nossas Bíblias.
Isso só foi possível com a descoberta pelos chineses do papel e com a criação alemã da primeira
máquina de impressão de Gutemberg em 1.450 a.C.
A maior obra deste cientista, no entanto, foi a impressão da Bíblia de 42 linhas, que foi aclamada
pela sua alta estética e qualidade técnica (o primeiro livro impresso no mundo).
Idiomas em que a Bíblia foi escrita
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

Entre os Hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo uma escrita própria. A Arqueologia
revelou a existência de uma escrita a partir de meados do segundo milênio a.C. (época do Êxodo).
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico
consonantal, o grego comum e o aramaico.
Hebraico
Em hebraico foi escrito todo o Antigo Testamento, o idioma oficial da nação israelita, com exceção
de algumas passagens de Esdras, Jeremias e Daniel, que foram escritas em aramaico.
O Hebraico faz parte das línguas semíticas, que eram faladas na Ásia Mediterrânea.

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As línguas semíticas formavam um ramo dividido em grupos, sendo o hebraico integrante do
grupo cananeu. Este compreendia o litoral oriental do Mediterrâneo, incluindo a Síria, a Palestina e o
território que constitui hoje a Jordânia.
A língua hebraica é chamada no Antigo Testamento como a língua de Canaã (Is.19:18) e Língua
judaica (IIRs.18:26,28; Is.36:13).
Como a maior parte das línguas do ramo semítico, o hebraico lê-se da direita para a esquerda.
O alfabeto compõe-se de 22 letras, todas consoantes. Há sinais vocálicos, sim, mas não podemos
chamá-los de letras.
Aramaico
O aramaico é um idioma também semítico falado desde 2000 a.C. em Arã ou Síria (montanhas do
Líbano até além do Eufrates).
A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro do reino de Israel,
em 722 a.C. e continuando através do cativeiro do reino de Judá, em 587, em Babilônia.
Quando Israel começou a regressar do exílio, falava o aramaico como língua vernácula. É por essa
razão que, no tempo de Esdras, as Escrituras, ao serem lidas em hebraico, em público, era preciso
interpretá-la, para compreenderem o seu significado (Ne.8:5-8).
No tempo de Cristo, o Aramaico tornara-se a língua popular dos judeus e nações vizinhas devido a
influência dos arameus – grandes comerciantes daquela época.
Em 1000 a.C., o aramaico já era língua internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das
rotas comerciais do Oriente. O Aramaico tinha o mesmo alfabeto do hebraico, se parecendo muito com
este idioma. O aramaico foi a língua do Senhor Jesus, seus discípulos e da igreja primitiva, em Jerusalém.
Nos dias de Jesus, o aramaico já se modificara um pouco na Palestina, resultando no Aramaico
Palestinense.
O Hebraico foi de fato absorvido pelo Aramaico, mas continuou sendo a língua oficial do culto
divino no templo e nas sinagogas, dos rolos sagrados e dos rabinos e eruditos.
Grego
Em grego comum, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a
tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de
escrever visava alcançar os judeus.
O Grego faz parte do grupo das línguas arianas. Vem da fusão de dois dialetos: dórico e ático.
É língua de expressão muito precisa, e, das línguas bíblicas, é a que mais se conhece, devido a ser
mais próxima da nossa.
A língua grega tem 24 letras. A primeira é alfa e a última ômega. Os gregos receberam seu alfabeto
através dos fenícios.
O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem
da rua, dos comerciantes, dos estudantes, que todos podiam entender: era o Koiné.
Este dialeto formou-se a partir das conquistas de Alexandre, em 336 a.C. Nesse ano, Alexandre
subiu ao trono e, no curto espaço de 13 anos, alterou o curso da história do mundo.
A Grécia tornou-se um império mundial e toda a Terra conhecida recebeu influência da língua
grega. Deus preparou, deste modo, um veículo linguístico para disseminar as novas do Evangelho até os
confins do mundo, no tempo oportuno.
Até no Egito o grego se impôs, pois foi neste país que a Bíblia foi traduzida do hebraico para o
grego – a chamada Septuaginta, em 285 a.C.
Nos dias de Jesus Cristo, os judeus entendiam bem o grego e o aramaico, haja vista que a
Septuaginta em grego era popular entre os judeus. Nos primórdios do Cristianismo, o Evangelho pregado
ou escrito em grego podia ser compreendido pelo mundo todo.
Só Deus podia fazer isso! Ele não enviaria seu Filho enquanto o mundo não estivesse preparado, e
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

esse preparo incluía uma língua conhecida por todos.

3. TRADUÇÃO DA BÍBLIA

Muitos séculos antes de Cristo, os escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu
mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Esses registros tinham grande
significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas vezes, e passados de geração
em geração.
As traduções confiáveis das Escrituras Sagradas baseiam-se nas melhores e mais antigas cópias
que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas. 7
Era preciso a tradução da Bíblia para dar cumprimento às palavras do Senhor Jesus após
ressuscitar: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. (Mc.16:15).
Ora, o mundo está dividido em nações, tribos e povos, cada qual com suas línguas. Hoje, quando
vemos as Escrituras traduzidas em mais de 2000 línguas, sabemos que Aquele que comissionou os
discípulos para tão grande obra, proveria também os meios para a sua realização.
As primeiras traduções
Estima-se que a primeira Tradução foi elaborada entre 200 a 300 a.C. Como os judeus que viviam
fora de Israel não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego.
Porém, não eram apenas os judeus que viviam fora que tinham dificuldade de ler o original em hebraico:
com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.
Aproximadamente 100 a.C., todo o conteúdo das Sagradas Escrituras fora traduzido para o grego. O Novo
Testamento foi escrito na língua grega. Nossa Bíblia é uma tradução dessas línguas originais, dos
chamados Textos-Padrão.
Septuaginta
Aproximadamente em 285 a.C., os judeus de Alexandria começaram a traduzir o Pentateuco, para
o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir de seus setenta (mais
exatamente 72 – seis de cada tribo) tradutores eruditos hebreus que foram sobrenaturalmente inspirados
por Deus para produzir uma tradução infalível.
Vulgata Latina
O Bispo de Roma montaria a primeira lista de livros da Bíblia, no Concílio de Roma em 382 d.C. Ele
a encomendou ao escriba Jerônimo que produzisse um texto confiável e consistente, traduzindo os textos
originais para o latim.
Esta tradução ficou conhecida como a BÍBLIA VULGATA LATINA. Em 1546, o Concílio de Trento
declara que é a única Bíblia autêntica e oficial no rito latino da Igreja Católica.
Como vamos ver mais a frente, a Bíblia dos Católicos é uma tradução da tradução, enquanto as
utilizadas por evangélicos são traduções dos Massoretas e do Textus-recptus.
Diferenças entre Tradução, Paráfrase, Versão e Edição
De acordo com dicionário Houaiss e a Enciclopédia Wikipédia:
a. Tradução é operação que consiste em fazer passar um enunciado emitido numa
determinada língua (língua-fonte) para o equivalente em outra língua (língua-alvo), ambas
conhecidas pelo tradutor; assim, o termo ou discurso original torna-se compreensível para
alguém que desconhece a língua de origem.
b. Paráfrase consiste em, reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto,
representando uma reescritura do texto original com novas palavras sem que o sentido do
mesmo seja modificado. Assim, a paráfrase é uma reprodução da ideia do autor com as
palavras do tradutor, utilizando-se de sinônimos, inversões de períodos, etc. Trata-se de
reescrever o texto original com as suas palavras, sem alterar o sentido. O autor da
paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a ideia do texto.
c. Versão é uma variante da tradução original. Geralmente é uma melhoria da versão
anterior, levando em consideração a evolução linguística e os costumes do povo.
d. Edição é o conjunto de exemplares de uma obra, impressos em uma só tiragem, ou ainda
em várias tiragens se não houver modificação no texto ou na composição tipográfica
iniciais.
Os massoretas e os textos-padrão
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

Em torno do século VI, um grupo de competentes escribas judeus teve por missão reunir os textos
considerados inspirados por Deus, utilizados pela comunidade hebraica, em um único escrito. Este grupo
recebeu o nome de “Escola de Massorá”. Os “massoretas” escreveram a Bíblia de Massorá, examinando e
comparando todos os manuscritos bíblicos conhecidos à época. O resultado deste trabalho ficou
conhecido posteriormente como o “Texto Massorético”.
O termo “massorá” provém do hebreu “mesorah” que quer dizer “tradição”. Portanto, massoreta
era alguém que tinha por missão a guarda e preservação da tradição bíblica.
A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Trata-se, como
se viu, do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, os chamados Massoretas,
8
que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos
massoretas prolongou-se até ao Século VIII d.C.
Cuidado redobrado havia com a escrita dos livros sagrados. Devemos ser sumamente agradecidos
aos Massoretas por seu cuidado extremo na preparação e preservação dos manuscritos do AT. Aqui estão
algumas regras que eles exigiam de cada Massoreta. O pergaminho tinha de ser preparado de peles de
animais limpos, preparado somente por judeus, sendo as folhas unidas por fios feitos de peles de animais
limpos. A tinta era especialmente preparada. O escriba não podia escrever uma só palavra de memória.
Tinha de pronunciar bem alto cada palavra antes de escrevê-la.
Tinha de limpar a pena com muita reverência antes de escrever o nome de Deus. As letras e
palavras eram contadas. Um erro numa folha, inutilizava-a. Três erros numa folha, inutilizavam todo o
rolo.
Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, os Textos
Massoréticos são considerados a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.
Os princípios que fundamentam as traduções
Dos vários princípios que fundamentam as traduções, falaremos, para efeito didático dos dois
extremos.
Equivalência Formal
Por este princípio, os tradutores procuram manter o exato significado das palavras do texto que
está sendo traduzido, acreditando-se na inspiração plena e verbal das Sagradas Escrituras, crendo na
inspiração divina, não só da mensagem como também das palavras pelas quais a mensagem está sendo
transmitida. Utilizada nas traduções de Almeida, p.ex., reproduz o sentido dos textos originais,
empregando palavras e estruturas em português que não são do domínio do povo.
Equivalência Dinâmica
Por este outro princípio, os tradutores buscam transmitir o significado que seguramente deveria
ter o texto que se traduz, deixando em segundo lugar o significado concreto das palavras. Creem na
inspiração da mensagem e não das palavras. Por ser um método que utiliza um conceito de inspiração,
não correspondem à plena e verbal inspiração das Sagradas Escrituras. Utilizada na NTLH, p.ex., se
expressa em uma linguagem simples e popular.
Crítica textual
Em exegese, Crítica Textual é o nome dado ao estudo dos textos antigos e da sua preservação (ou
corrupção) ao longo do tempo. A sua tarefa é, portanto, a de reconstituir o texto de forma que seja o mais
fiel possível ao original com base nos documentos textuais disponíveis.
Pelo fato de não existirem mais os autógrafos (documentos originais) dos escritos bíblicos, é
preciso lançar mão de manuscritos, lecionários, citações nos antigos autores cristãos, óstracos e
traduções posteriores. A partir de todas estas fontes, o crítico textual estabelece um “texto original”,
reconstruído, apoiado nas probabilidades e suposições estabelecidas a partir das testemunhas utilizadas.
Através da crítica textual descobre-se que menos de 1% dos textos apresentam contradições ou
variações.
Portanto, mais de 99% do conteúdo da Bíblia tem o seu sentido preservado. Vale lembrar que a
crítica textual é um dos métodos usados com eficiência para se avaliar a autenticidade de documentos
históricos, tais como os de Aristóteles, Homero, Platão etc.
As diferenças de vocábulos entre as diversas versões bíblicas não alteram em nada o sentido
original do texto.
Tradução de Martinho Lutero
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

Precursor da Reforma Protestante na Europa, Lutero nasceu na Alemanha no ano de 1483 e fez
parte da ordem agostiniana. Em 1507, ele foi ordenado padre, mas devido as suas ideias que eram
contrárias as pregadas pela igreja católica, ele foi excomungado.
Sua doutrina, salvação pela fé, foi considerada desafiadora pelo clero católico, pois abordava
assuntos considerados até então pertencentes somente ao papado. Contudo, esta foi plenamente
espalhada, e suas inúmeras formas de divulgação não caíram no esquecimento, ao contrário, suas ideias
foram levadas adiante e a partir do século XVI, foram criadas as primeiras igrejas luteranas.
Apesar do resultado, inicialmente o reformador não teve a pretensão de dividir o povo cristão,
mas devido à proporção que suas 95 teses adquiriram, este fato foi inevitável. Para que todos tivessem
acesso as escrituras que, até então, encontravam-se somente em latim, ele traduziu a Bíblia para o idioma 9
alemão, em 1534, permitindo a todos um conhecimento que durante muito tempo foi guardado somente
pela igreja.
Com um número maior de leitores do livro sagrado, a quantidade de protestantes aumentou
consideravelmente e entre eles, encontravam-se muitos radicais. Precisou ser protegido durante 25 anos.
Para sua proteção, ele contava com o apoio do Sábio Frederico, da Saxônia.
Tradução de João Ferreira de Almeida
A primeira tradução da Bíblia inteira para o idioma português é a de João Ferreira de Almeida,
datada de 1748.
João Ferreira de Almeida nasceu em Torre de Tavares, Portugal, em1628. De família católica,
converteu-se em 1642 ao protestantismo aos 14 anos. Foi neste período que se retirou para Batávia, onde
viveu boa parte de sua vida.
Aos 35 anos, iniciou a tradução das Sagradas Escrituras para o português diretamente dos
originais, usando como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, e para o Novo Testamento o
chamado Textus Receptus. Durante a sua longa vida pastoral Almeida escreveu e publicou várias obras de
caráter religioso.
A Igreja Reformada não cabia em si de contente em se servir dos serviços de um homem jovem e
talentoso como Almeida, cuja língua materna era o português. A razão disto estava em que o Português
era a língua franca de muitas partes da Índia e sudoeste da Ásia, por causa da expansão marítimo-
comercial. O português era usado nas congregações da Igreja Reformada, por asiáticos e cristãos
protestantes por conversão.
A tradução de Almeida encerra algumas coisas notáveis:
a. Era a 13ª. Tradução numa língua moderna depois da Reforma.
b. Feita por um pastor protestante, destinava-se a um país católico, como Portugal, que só
poderia receber de bom grado uma tradução do Novo Testamento feita diretamente da
Vulgata.
c. E o mais dramático lance de sua grande obra é que até hoje nos países de língua
portuguesa, sua tradução, mesmo que sofrendo inúmeras reformas, ainda é usada e
querida.
A grande maioria dos evangélicos do Brasil associa o nome de João Ferreira de Almeida às
Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos evangélicos
brasileiros. Disponível aqui em três versões. Duas publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil — a Edição
Revista e Corrigida (RC) e a Edição Revista e Atualizada (RA) — e uma publicada pela Sociedade
Trinitariana do Brasil – a Edição Corrigida e Fiel (CF).
A tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos do País.
Os manuscritos do mar morto
Os manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um grupo de pastores de
cabras, que em busca de um de seus animais, localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros
cerâmicos contendo os rolos. Inicialmente os pastores tentaram sem sucesso vender o material em Belém.
Mais tarde, foram finalmente vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro ortodoxo sírio São
Marcos em Jerusalém e para Eleazar Sukenik, da Universidade Hebraica, em dois lotes distintos.
A autenticidade dos documentos foi atestada em 1948. Em 1954, governo israelense, que já havia
comprado o lote de Sukenik, comprou através de um representante, os documentos em posse do bispo,
por 250 mil dólares.
Outra parte dos manuscritos, encontrada nas últimas dez cavernas, estavam no Museu
Arqueológico da Palestina, em posse do governo da Jordânia, que então controlava o território de
Qumram. O governo jordaniano autorizou apenas oito pesquisadores, a maioria padres católicos
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

europeus, a trabalharem nos manuscritos. Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel apropriou-se do
acervo do museu, porém, mesmo com a entrada de pesquisadores judeus, o avanço nas pesquisas não foi
significativo. Apenas em 1991, com a quebra de sigilo por parte da Biblioteca Hutington, em relação aos
microfilmes que Israel havia enviado para algumas instituições pelo mundo, um número maior de
pesquisadores passou a ter acesso aos documentos, permitindo que as pesquisas, enfim avançassem
significativamente.
Os desdobramentos em relação aos resultados prosseguem e, recentemente, a Universidade da
Califórnia apresentou o “The Visualization Qumram Project” (Projeto de Visualização de Qumram),
recriando em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. O Museu de Israel já publicou
na Internet parte do material sob seus cuidados e o Instituto de Antiguidades de Israel do Museu
Rockefeller trabalha para fazer o mesmo com sua parte do material. 10
Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras
Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas dúvidas se se podia
mesmo confiar nesses manuscritos como cópias fiéis de manuscritos mais antigos, visto que a escrita das
Escrituras Hebraicas fora completada bem mais de mil anos antes.
Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do
Mar Morto, declarou: “O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do
texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente
fiel e cuidadosa.”
O rolo mencionado por Barrera trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, em
aramaico, contendo o inteiro livro de Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria deles é constituída
apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. Os livros bíblicos mais
populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21
exemplares).
Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos
autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que “o povo estava em
expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15.
Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no
tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do
texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise mais de perto.
Portanto, é possível que haja mais revelações. Deveras, a maior descoberta arqueológica do século XX
continua a empolgar tanto eruditos como estudantes da Bíblia.
A Nova Versão Internacional
A Nova Versão Internacional (NVI) da Bíblia é a mais aguardada tradução das Escrituras Sagradas
em língua portuguesa.
Tradução feita a partir das línguas em que os textos bíblicos foram originalmente escritos
(hebraico, aramaico e grego), a NVI apresenta um texto novo com algumas características fundamentais:
clareza, fidelidade e beleza de estilo. A NVI é uma tradução evangélica e contemporânea. Seu alvo é
comunicar a Palavra de Deus ao leitor de hoje com o mesmo impacto exercido pelas Boas Novas entre os
primeiros leitores.
O projeto de tradução para a língua portuguesa começou em 1990, com a reunião da comissão da
Sociedade Bíblica Internacional, sob coordenação do Rev. Luiz Sayão.
Inicialmente foi publicado uma versão do Novo Testamento, em 1994. A tradução definitiva e
completa em português foi publicada em 2001.
A NVI tem um perfil Protestante, não favorece nenhuma denominação em particular. É
teologicamente equilibrada e procura usar a linguagem do português atual.
Tem sido muito aceita e respeitada pela qualidade de seu trabalho, bem como por contar com a
participação de renomados estudiosos protestantes muito reconhecidos como Russell Shedd, Estevan
Kirschner, Luiz Sayão, Carlos Osvaldo Pinto e Randall Cook (arqueólogo em Israel).
A Nova Versão Transformadora
A Nova Versão Transformadora (NVT) é o resultado de um projeto iniciado em 2010 pela Mundo
Cristão, juntamente com um comitê de tradutores especializados nas línguas originais em que o texto
bíblico foi redigido. O objetivo, desde o princípio, foi produzir uma versão fiel e acessível, que
comunicasse sua mensagem aos leitores de hoje de modo tão claro e relevante quanto os textos originais
comunicaram aos leitores e ouvintes do mundo antigo.
Os tradutores da NVT se propuseram a transpor com clareza a mensagem dos textos originais das
Escrituras para o português contemporâneo. Ao fazê-lo, levaram em consideração tanto aspectos da
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

equivalência formal como da equivalência dinâmica. Isto é, traduziram o original do modo mais simples e
literal possível quando essa abordagem resultou num texto acessível e preciso. Em contrapartida,
buscaram uma abordagem mais dinâmica à mensagem quando a tradução literal era de difícil
compreensão, ambígua ou exigia o uso de termos arcaicos ou incomuns. Primeiro os tradutores
procuraram identificar o significado das palavras e das expressões no contexto antigo; depois, traduziram
a mensagem para o português com clareza e naturalidade. O resultado, acreditamos, é uma tradução
exegeticamente precisa e idiomaticamente eficaz.

11
A busca da melhor tradução
A Bíblia é um livro singular. Dentre todos os livros jamais produzidos na história da literatura
humana nenhum outro foi tão traduzido, publicado, comprado e lido. Acima de todas essas
peculiaridades, uma me chama a atenção. Em ambas as partes que a compõem, o Antigo Testamento e o
Novo Testamento, a Bíblia começou a ser traduzida antes de estar formalmente reconhecida como um
único livro.
Quando Esdras e seus companheiros levitas se dispuseram a educar o povo de Judá quanto aos
aspectos essenciais da lei mosaica (Neemias 8), foi necessário traduzir os textos sagrados do hebraico
para o aramaico, já que a população que retornara a Jerusalém cerca de 90 anos antes já não entendia
plenamente a língua em que os livros tinham sido escritos (uma diferença próxima daquela que existe
entre o português e o espanhol).
Assim é que o Cânon do Antigo Testamento ainda não estava fechado (os últimos livros ainda
estavam por escrever), e já havia esforços para tornar as Escrituras mais compreensíveis ao seu público
alvo.
Pouco tempo (cerca de 150 anos) depois de fechado o cânon, a formação de uma grande e
cosmopolita colônia judaica em Alexandria levou os governantes do Egito a solicitarem para a grande
biblioteca que ali se formava uma tradução das Escrituras hebraicas. Embora a tradição preservada na
Carta de Aristeas aponte para uma tradução milagrosamente realizada em 72 dias por setenta e dois
anciãos israelitas, a versão grega do Antigo Testamento foi produzida gradativamente, visando atender,
ao mesmo tempo, a sede acadêmica de um monarca helenista e a demanda de uma comunidade para
quem até mesmo o aramaico se tornara, na prática, incompreensível.
Ao tempo do Novo Testamento, o mesmo fenômeno aconteceu. Já escritos todos os livros, mas
ainda não formalmente reconhecidos como uma biblioteca autorizada por Deus para uso da Igreja,
porções significativas já estavam sendo traduzidas para diversas línguas do mundo mediterrâneo. Antes
que a primeira lista canônica completa fosse divulgada, o Novo Testamento já tinha livros traduzidos para
o latim, o siríaco e o copta. Nos dois séculos seguintes, dezenas de outras línguas e culturas foram
enriquecidas com versões parciais ou totais do Novo Testamento. No século V uma nova versão latina, a
Vulgata, surgiu para substituir a Ítala, que já tinha três séculos de existência no mundo romano.
A Vulgata dominou o cristianismo ocidental por quase onze séculos. Tristemente, durante esse
tempo, passou de um instrumento de libertação a uma ferramenta de escravidão espiritual e intelectual
que o romanismo impôs à Europa e exportou aos demais continentes com o advento das grandes
navegações e das conquistas.
Nos cento e cinquenta anos que precederam a Reforma protestante os focos de anseio espiritual
surgiram aqui e ali no continente europeu. Notáveis foram John Wycliffe, que lutou para dar ao povo
inglês as Escrituras em sua língua pátria e morreu banido de suas lides acadêmicas e teológicas em
Oxford. Seus seguidores, conhecidos como lolardos, continuaram sua tarefa de divulgar e ensinar a Bíblia
no idioma popular.
A Reforma e o decorrente despertar do nacionalismo no século XVI trouxeram uma sede pela
Palavra de Deus no vernáculo, e os reformadores não decepcionaram os que os seguiam. Versões
vernaculares foram surgindo em inglês (William Tyndale), alemão (Martinho Lutero), francês (Pierre
Olivetan), holandês (Nicolaas van Winghe, católico), italiano (Giovani Diodati), espanhol (Cassiodoro de
Reyna) ao longo do século XVI e nos primeiros anos do século XVII. Quando este terminava, surgiu a
primeira Bíblia completa em português, fruto dos labores do honrado João Ferreira de Almeida.
A tarefa continuou sem trégua. Milhares de idiomas ainda precisavam ser agraciados com a dádiva
das Escrituras. Tradutores anônimos labutavam em vários continentes quando William Carey, o pai das
missões modernas, iniciou sua gigantesca tarefa de levar a Palavra de Deus às etnias do subcontinente
indiano. Ao morrer, havia traduzido as Escrituras em sua totalidade ou em partes para dezenas de
idiomas e dialetos. Sua leitura frutificou em um vasto número de Sociedades Bíblicas espalhadas por três
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

continentes que tomaram sobre si a tarefa de traduzir e distribuir as Escrituras por todo o planeta. A
tarefa continua, não apenas porque ainda há línguas que nada possuem da Palavra de Deus, mas porque
aquelas que já a possuíam passam por constantes modificações, léxicas, sintáticas e semânticas, exigindo
que hoje seja satisfeito o mesmo anseio presente na Praça das Águas em Jerusalém, 430 anos antes de
Cristo – ouvir e compreender claramente a santa Palavra de Deus.
Creia no Deus da Bíblia!
Aceitemos o fato de que a Bíblia é exatamente o que parece ser, independente de qualquer teoria
da inspiração, ou de qualquer teoria de como os seus livros chegaram à forma atual, ou de quanto os

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textos possam ter sofrido por mãos dos redatores e copistas, ou do que é histórico e do que possa ser
poético. Creia que o Deus da Bíblia a guardou até aqui, para que Ele se revele a você.
Aceitemos os livros como os temos na Bíblia, como unidades, e estudemo-los a fim de
conhecermos seu conteúdo. Desejamos que os leitores versados nas Escrituras possam vê-los com um
novo olhar. É nosso desejo, também, que os leitores adquiram instrução e sabedoria para viver, mas,
acima de tudo, que encontrem o Deus da Bíblia, venham a conhecê-lo e, com isso, sejam transformados
para sempre.

4. ESTRUTURA INTERNA DA BÍBLIA

Estudaremos neste ponto a estrutura ou composição da Bíblia, isto é, a sua divisão em partes
principais e seus Livros quanto à classificação por assuntos, divisão em capítulos e versículos e, certas
particularidades indispensáveis.
A Bíblia divide-se em duas partes principais: ANTIGO e NOVO TESTAMENTO, tendo ao todo 66
livros: sendo 39 no AT e 27 no NT. Estes 66 livros foram escritos num período de 16 séculos e tiveram
cerca de 40 escritores. Aqui está um dos milagres da Bíblia. Esses escritores pertenceram às mais
variadas profissões e atividades, viveram e escreveram em países, regiões e continentes distantes uns dos
outros, em épocas e condições diversas, entretanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita. Isto
prova que um só os dirigia no registro da revelação divina: Deus.
A palavra testamento vem do termo grego “diatheke”, e significa: a) Aliança ou concerto, e b)
Testamento, isto é, um documento contendo a última vontade de alguém quanto à distribuição de seus
bens, após sua morte. Esta é a palavra empregada no Novo Testamento, como por exemplo em Lucas
22.20. No Antigo Testamento, a palavra usada é “berith” que significa apenas concerto. O duplo sentido do
termo grego nos mostra que a morte do testador (Cristo) ratificou ou selou a Nova Aliança, garantindo-
nos toda a herança com Cristo (Rm 8.17; Hb 9.15-17).
O título Antigo Testamento foi primeiramente aplicado aos 39 livros das Escrituras hebraicas, por
Tertuliano, e Orígenes.
Na primeira divisão principal da Bíblia, temos o Antigo Concerto (também chamado pacto,
aliança), que veio pela Lei, feito no Sinai e, selado com sangue de animais (Éx 24.3-8; Hb 9.19,20). Na
segunda divisãoprincipal (o NT), temos o Novo Concerto, que veio pelo Senhor Jesus Cristo, feito no
Calvário e selado com o seu próprio sangue (Lc 22.20; Hb 9.11-15). É, pois, um concerto superior.
Nas Bíblias de edição da Igreja Romana, o total de livros é 73. Os 7 livros a mais, são chamados
apócrifos. Além dos livros apócrifos, as referidas Bíblias têm mais 4 acréscimos a livros canônicos.
Divisão da Bíblia
Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo de um período de
cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais,
segundo a tradição judaico cristã.
A sua divisão em capítulos e versículos que conhecemos hoje surgiu em momentos diferentes da
história.
A primeira divisão (em capítulos) credita-se a autoria a Stephen Langton da Cantuária, no século
XIII, que fez as marcações dos mesmos através de uma seqüência numérica em algarismos romanos nas
margens dos manuscritos.
A divisão em versículos foi realizada em 1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo
humanista e impressor Robert Stephanus. Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e
versículos adotadas podem ser observadas quando se comparam as edições da Bíblia católica, protestante
ou judaica (Tanak).
A bíblia está dividida em dois testamentos: o Antigo e o Novo Testamento. Este vocábulo não se
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.


A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança,
pacto, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito
no livro de Êxodo (Êx.24:1-8; 34:10-28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo,
Deus prometeu uma nova aliança (Jr.31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo
(Mt.26:28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hb. 8:13), em
contraposição à nova (IICo.3:6-14).
Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita
correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke
tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).
13
As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos
escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança.
O termo testamento veio até nós através do latim quando a primeira versão latina do Velho
Testamento grego traduziu diatheke por testamentum. O escriba Jerônimo, revisando esta versão latina,
manteve a palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra
não tinha essa significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato",
"aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith.
As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros
sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos
apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado.
O Livro
A Bíblia contém 66 livros divididos em 2 (duas) partes chamadas “Testamento”. O Antigo
Testamento contém 39 (trinta e nove) livros divididos em 4 (quatro) partes. Da mesma forma o Novo
Testamento contém 4 (quatro) partes totalizando 27 (vinte e sete) livros.
Antigo Testamento
O Antigo Testamento, contendo 39 livros divide-se em quatro partes:
a. 5 Livros do Pentateuco,
b. 12 Livros Históricos,
c. 5 Livros Poéticos e
d. 17 Livros Proféticos (Profetas Maiores e Profetas Menores).
Novo Testamento
O Novo Testamento, contendo 27 livros divide-se também em quatro partes:
a. 4 Evangelhos,
b. 1 Livro Histórico,
c. 21 Epístolas (13 paulinas e 8 Gerais) e,
d. 1 Livro Profético.
Particularidades Bíblicas
Antes, a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. Para alguns teólogos, a divisão em
capítulos foi feita no ano de 1250, pelo cardeal HUGO DE SAINT CHER, abade dominicano e estudioso das
Escrituras.
A divisão em versículos foi feita de duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; o NT em 1551,
por Robert Stevefls, um impressor de Paris.
Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555. O
AT tem 929 capítulos e 23.214 versículos. O NT tem 260 capítulos e 7.959 versículos. A Bíblia toda tem
1.189 capítulos e 31.173 versículos O número de palavras e letras depende do idioma e da versão. O
maior capítulo é o Salmo 119, e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor, em
Êxodo 20.30. (Isso, nas versões portuguesas e com exceção da chamada “Tradução Brasileira”, onde o
menor é Lucas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35.
Os livros de Ester e Cantares não contêm a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos
fatos neles desenrolados, mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes
divinos, e 177 menções do Diabo, sob seus vários nomes.
A vinda do Senhor é referida direta e indiretamente 1.845 vezes, sendo 1.527 no AT e 318 no NT.
— Não é esse um assunto para séria meditação?
O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de 8 versículos cada uma. O número 22 corresponde ao
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

número de letras do alfabeto hebraico. Cada uma das 22 seções inicia com uma letra desse alfabeto, e,
dentro, de cada seção, todos os versículos começam com a letra da respectiva seção.
Caso semelhante há no livro de Lamentações de Jeremias. Ali, em hebraico, os capítulos 1,2,4, têm
22 versículos cada um, compreendendo as 22 letras do alfabeto, de álefe a tau. Porém o capítulo 3 tem 66
versículos, levando cada três deles, a mesma letra do alfabeto.
Há outros casos assim na estrutura da Bíblia. Isso jamais poderia ser obra do acaso. A frase “não
temas” ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano! O capítulo 19 de II Reis é
idêntico ao 37 de Isaías. O AT encerra citando a palavra “maldição”; o NT encerra citando a expressão: “a
graça do Nosso Senhor Jesus Cristo.”

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A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do prelo; isso deu-se em 1452,
em Mogúncia, Alemanha. Os números 3 e 7 predominam admiravelmente em toda a Bíblia. O nome de
Jesus consta do primeiro e do último versículo do NT.
Referência Bíblica
Todos os 96 Títulos da Leitura Holística existirão referências bíblicas necessárias ao estudo
contextualizado da Palavra de Deus. As referências quando não citadas, seguirão a versão de Almeida
Corrigida Fel (ACF). Quando utilizarmos outra versão, citaremos após a referência numérica a tradução
correspondente. Exemplo: (Hb.1:1-3, NVI).
Assim quando destacamos (Jo.3:16), queremos que o leitor abra sua Bíblia no Evangelho de João,
no capítulo 3, versículo 16.
Em (At.4:5-10), estamos fazendo referência à leitura do Livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 4,
versículos 5 até o 10.
Em (1Ts.1:4; Rm.3:18), queremos que o leitor abra sua Bíblia na primeira carta do apóstolo Paulo
aos tessalonicenses, capítulo 1, versículo 4 e em Romanos, capítulo 3, versículo 18. Essas duas leituras
deverão serem lidas conjuntamente.
Em (Gn.1-11; Jó.38:7), faremos a leitura de 11 capítulos no Livro de Gênesis em conjunto com um
versículo 7 do capítulo 38 no Livro de Jó.
Livros que não fazem parte do cânon bíblico
Livros Apócrifos
Os Livros apócrifos (do grego Apokruphoi, secreto, separado ou excluído), são os livros nos quais
os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo
e, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico.
O termo "apócrifo" foi cunhado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos
documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, Malaquias, e a vinda
de Jesus Cristo. São livros que não foram inspirados e que não fazem parte de nenhum cânon.
Os livros Apócrifos são muito estudados atualmente pelos teólogos, por revelarem fatos e
curiosidades a respeito dos primórdios do cristianismo.
Livros Deuterocanônicos
Na bíblia católica, além dos livros que fazem parte do Cânon, eles adotam os livros chamados
deuterocanônicos.
O termo "deuterocanônico" é formado pela raiz grega “deutero” (segundo) e “canônico” (que faz
parte do Cânon, isto é do conjunto de livros considerados inspirados e normativos por uma religião ou
igreja). Assim, o termo é aplicado a livros e partes de livros bíblicos que só num segundo tempo foram
considerados como canônicos.
O fato de não serem inspirados, não caracteriza o descarte ou na desvalorização desses livros. São
considerados patrimônios históricos da fé, pois refletem e fizeram parte das crenças cristãs ao longo da
História, sendo portanto de grande valor literário e religioso.
Além da Igreja Católica Apostólica Romana, outras igrejas utilizam-se dos livros Deuterocanônicos
em suas Bíblias, como a Igreja Anglicana, as Igrejas Ortodoxas (Copta, Siríacas, Grega e Russa) e a Igreja
Maronita.
São deuterocanônicos os seguintes livros bíblicos: Tobias; Judite; I Macabeus, II Macabeus,
Sabedoria, Eclesiástico (também chamado Sirácide ou Ben Sirá), Baruc.
Fora os livros deuterocanônicos podemos também encontrar fragmentos deuterocanônicas
dentro de livros canônicos como: adições em Ester e adições em Daniel (nomeadamente os episódios da
Casta Susana e de Bel e o dragão).
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

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TÍTULO 03 – MÉTODO HOLÍSTICO


1. Ministração da Aula: a apresentação será feita com recursos audiovisuais em local a definir.
2. Estudo Holístico: fundamental na contextualização e mensagem da Bíblia.

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Gratuidade
Todos os arquivos digitais do Primeiro Grupo de Estudo do PROLEHB, ficarão permanentemente
disponíveis em nossa plataforma de estudo virtual.
Arquivos Digitais
Todo o conteúdo da Bíblia Holística está disponível nos formatos de leitura e impressão:
 Arquivo PDF de apresentação – slides da Ministração da Aula para leitura;
 Arquivo PDF de impressão – documento do Estudo e Leitura da Bíblia para encadernação;
 Livro Eletrônico AZW3 – arquivo do Estudo Holístico compatível com Kindle;
 Livro Eletrônico EPUB – arquivo do Estudo Holístico compatível com Android e Apple.

Além dos arquivos de leitura, temos um Projeto que transformará todo o


conteúdo da Bíblia Holística em Áudio (Programa em Podcast), Vídeo (Programa
Gravado) e Live (Programa Ao Vivo).

NOTA: Além dos arquivos digitais autorais, o PROLEHB (Processo de Leitura Holística da Bíblia) conta
com um acervo de áudios que irá complementar e aprofundar seus estudos bíblicos:
 Através da Bíblia em MP3 – estudos da RTM com Itamir Neves;
 Rota 66 em MP3 – estudos da RTM com Luiz Sayão;
 Bíblia Dramatizada em MP3 – todo o Novo Testamento.

Dúvidas?
Os primeiros 30min da próxima aula serão reservados para as dúvidas deste Título. Não falte!
Você poderá fazer as perguntas também pelo SAC.

SAC – Serviço de Atendimento ao Cristão

Como forma de melhorar o Projeto “Bíblia Holística”, ao detectar algum erro de qualquer natureza
ou tiver qualquer dúvida, entre em contato por e-mail.
Visite a nossa plataforma de estudo virtual e desfrute de todos os recursos que o nosso site
proporciona. Você poderá montar sua própria biblioteca holística com todos os estudos para pesquisas
posteriores.
 Site: www.bibliaholistica.com.br
 E-mail: bibliaholistica@gmail.com
 Última atualização: 21 de maio de 2020
Código QR
Aponte seu QR Code e visite a nossa Loja Virtual. Escolha o formato dos estudos compatível com
seu sistema operacional (Android, Amazon ou Apple) e tenha uma excelente leitura em seu Kindle, Tablet,
iPad, Smartphone, iPhone e até mesmo no seu Notebook. Temos também diversos produtos e dezenas de
livros em Formato Digital para sua edificação.
TÍTULO 02 – BIBLIOLOGIA

A Loja Virtual não tem fins lucrativos! Toda a arrecadação é para os custos e
manutenção do Projeto “Bíblia Holística”. Seja um semeador e leve o PROLEHB
(Processo de Leitura Holística da Bíblia) para a sua comunidade e ajude a semear
a Palavra de Deus!

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Bloco de Anotações

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