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• A maioria dos doentes acometidos por trauma torácico pode ser tratada com procedimentos
técnicos não-cirúrgicos → permeabilização da via aérea, inserção de dreno de tórax ou
agulha;
• Lesões iatrogênicas de tórax: hemotórax, pneumotórax, lesões esofágicas;
• Frequentemente resulta em hipercapnia, hipóxia e acidose;
• Avaliação primária, normalização dos sinais vitais, avaliação secundária e tratamento
definitivo.
→ Via aérea
• Movimentos do ar no nível do nariz, boca e campos pulmonares, procurando corpos
estranhos na orofaringe e observando movimentos intercostais e supraclaviculares;
• Lesão laringe: obstrução aguda da via aérea;
• Lesões parte superior do tórax → defeito na articulação esternoclavicular: obstrução da via
aérea superior; (estridor, inabilidade de falar) → reduzir lesão com extensão dos ombros ou
pinçar clavícula → fratura torna-se estável quando em posição supina.
→ Ventilação
• Inspeção, palpação e ausculta;
• Aumento FR, movimentos respiratórios superficiais → lesões torácicas ou hipóxia.
→ Pneumotórax hipertensivo
• Choque obstrutivo;
• Ventilação mecânica com pressão positiva em pacientes com lesão da pleura visceral,
complicação de pneumotórax simples (trauma penetrante ou fechado), cateter venoso mal
colocado, lesões traumáticas da parede torácica, fraturas com desvio da coluna torácica;
• Dor torácica, dispneia, desconforto respiratório, taquicardia, hipotensão, ausência unilateral
de murmúrio vesicular, desvio da traqueia, distensão das veias do pescoço, timpanismo à
percussão;
• Necessita de descompressão rápida → agulha de grosso calibre no 2 o espaço intercostal, na
linha medioclavicular → pneumotórax simples → reavaliações!;
• Tratamento definitivo: dreno no 5o espaço intercostal (nível do mamilo), imediatamente
anterior à linha axilar média.
→ Hemotórax maciço
• Acúmulo de sangue e líquidos em um hemitórax;
• Esforço respiratório, hipotensão, choque.
CIRCULAÇÃO
• Monitor cardíaco, oxímetro de pulso;
• Trauma torácico na área esternal: contusão miocárdica! → arritmias;
• Atividade elétrica sem pulso: tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo,
hipovolemia profunda e ruptura cardíaca;
→ Hemotórax maciço
• Acúmulo rápido de 1,5 L de sangue ou mais na cavidade torácica;
• Traumas penetrantes ou traumas contusos;
• Veias do pescoço colabadas por hipovolemia ou distendidas se houver pneumotórax
hipertensivo;
• Choque + ausência de murmúrio vesicular + som maciço percussão;
• Tratamento incial: reposição volume sanguíneo + descompressão da cavidade torácica
(dreno 36-40 French, nível do mamilo, anterior à linha axilar média); infusão de cristaloides
→ sangue tipo-específico;
• Toracotomia: perda maior do que 1,5L, necessidade de frequente reposição sanguínea,
drenagem 200mL/h por 2 a 4 horas, ferimentos anteriores e mediais à linha dos mamilos,
posteriores e mediais às escápulas.
→ Tamponamento cardíaco
• Acúmulo de sangue (rápido ou lento) no saco pericárdico;
• Diagnóstico: tríade de Beck (elevação da pressão venosa, diminuição da pressão arterial,
abafamento das bulhas cardíacas), FAST, ECG;
• Pericardiocentese (se não for possível cirurgia) e intervenção cirúrgica (pericardiotomia) +
aspiração + reposição de fluidos;
TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO
• Massagem cardíaca não é suficiente p/ atividade elétrica sem pulso e parada cardíaca →
traumas penetrantes → toracotomia!;
• Restauração do volume IV + intubação + ventilação mecânica;
• Trauma fechado c/ atividade elétrica → NÃO toracotomia;
• Sinais de vida: pupilas reativas, movimentos espontâneos, atividade eletrocardiográfica
organizada;
• Manobras terapêuticas: evacuação de sangue, controle da hemorragia intratorácica
exsanguinante, massagem cardíaca aberta, clampeamento aorta desc.
→ Pneumotórax simples
• Entrada de ar na cavidade pleural;
• Murmúrio vesciular diminuído e percussão hipertimpânica no lado afetado;
• Inserção de dreno de tórax no 4º ou 5º espaço intercostal, anteriormente à linha axilar média
+ adaptação a um sistema de selo de água → rx tórax para confirmar reexpansão pulmonar;
• CUIDADO COM VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA E ANESTESIA GERAL!
→ Pneumotórax hipertensivo iatrogênico;
→ Hemotórax
• Laceração pulmonar, ruptura de vasos, fraturas da coluna torácica → sangramento
autolimitado;
• Se aparecer no rx tórax, dreno 36-40F → remove o sangue, dificulta formação de coágulos,
monitora sangramento;
• Estado fisiológico e volume de sangue → operar ou não?;
• Drenagem inicial > 1,5L sangue → exploração cirúrgica;
• Drenagem > 200mL/h por 2-4h → transufão.
→ Contusão pulmonar
• Insuficiência respiratória pode se desenvolver progressivamente;
• Hipóxia significativa e enfermidades associadas (DPOC, insuficiência renal) → intubar +
ventilar na primeira hora;
• Para um tratamento adequado → oximetria de pulso, gasometria arterial, ECG, ventilação.
→ Contusão cardíaca
• Pode resultar em contusão miocárdica, ruptura das câmaras cardíacas, trombose/dissecção
artérias coronárias e laceração valvular;
• Desconforto torácico → diagnóstico preciso só com inspeção do miocárdio! :o
• Hipotensão, arritmias, anormalidades da motilidade da parede miocárdica, alterações ECG,
elevação PVC (disfunção ventricular direita 2ária à contusão);
• Monitorar nas primeiras 24h após o trauma.