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x = r cos θ,
y = r sen θ,
z = z.
Novamente, você deve tentar fazer uma figura para entender o que se passa.
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então entender como são as regiões que, em coordenadas cilı́ndricas, são
definidas por
P = {(r, θ, z) : R1 ≤ r ≤ R2 , Θ1 ≤ θ ≤ Θ2 , Z1 ≤ z ≤ Z2 } ,
onde Ri , Θi e Zi são constantes.
O primeiro passo é entendermos como são os limites desta região, ou
seja, o que significam as equações r = Ri , θ = Θi e z = Zi . A primeira
equação representa um cilindro (circular reto) de raio Ri e centrado no eixo
z; a segunda representa um semi-plano que parte do eixo z com o valor Θi
definido; a terceira é um plano, paralelo ao plano z = 0, mas na “altura” Zi .
A figura que poderı́amos chamar de “paralelepı́pedo cilı́ndrico” (mas essa
nomenclatura não é muito usual) é uma generalização natural dos retângulos
polares que estudamos na aula 3. Constitui o sólido que pode ser visto
como um “prisma” de altura ∆z = Z2 − Z1 e base o retângulo polar de
abertura ∆θ = Θ2 − Θ1 , raio menor R1 e raio maior R2 . O volume deste
“paralelepı́pedo” é
1 2
R2 − R12 ∆θ ∆z,
∆V =
2
que pode ser reescrito como
∆V = r̄ ∆r ∆θ ∆z,
onde r̄ = 12 (R2 + R1 ) é o raio médio e ∆r = R2 − R1 .
Note que há alguns casos degenerados, mas importantes, da construção
acima, como R1 = 0 ou ∆θ = 2π, mas para os quais as mesmas fórmulas
continuam valendo.
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Como um exemplo, vamos calcular a integral
Z Z Z
x3 + xy 2 dV,
R
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ângulos é manter o mesmo θ das coordenadas cilı́ndricas (que geograficamente
é a longitude) e trabalhar com um ângulo φ medido a partir do semi-eixo
z > 0 das coordenadas cilı́ndricas (muitas vezes chamado de co-latitude).
Naturalmente para cobrir todas as direções será suficente usar θ ∈ [0, 2π] e
φ ∈ [0, π]. Com essas escolhas, e chamando de ρ (lê-se rô) a distância ao pólo,
teremos a seguinte mudança de coordenadas entre esféricas e cilı́ndricas:
z = ρ cos φ,
r = ρ sen φ,
θ = θ,
que leva à seguinte relação entre polares esféricas e cartesianas (com as con-
venções já discutidas)
x = ρ sen φ cos θ,
y = ρ sen φ sen θ,
z = ρ cos φ.
É importante notar que com essas escolhas, alguns pontos são descritos
maneira ambı́gua. Por exemplo, para todo ponto do eixo z, o ângulo θ
é arbitrário. Além disso, pontos com θ = 0 ou com θ = 2π coincidem.
Voltaremos a esta questão mais adiante, para explicar porque isso não é um
problema para integração.
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5.2.2 Integrais Triplas em Coordenadas Esféricas
Se quisermos resolver uma integral tripla na região descrita acima (um “pa-
ralelepı́pedo esférico”, por que não?) podemos usar as seguintes integrais
iteradas: Z Z Z
f (x, y, z) dV =
R
Z Θ 2 Z Φ 2 Z R2
f (ρ sen φ cos θ, ρ sen φ sen θ, ρ cos φ) ρ2 sen φ dρ dφ dθ,
Θ1 Φ1 R1