Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Actualmente, diversos países, dentre eles o Moçambique, utilizam o regime de metas para a
inflação como principal guia de condução da política monetária. Seus proponentes advogam que
esse regime resulta em uma melhor – e mais crível maneira de conduzir a política monetária,
levando a um maior nível de transparência e responsabilidade da autoridade monetária, além de
se tornar com o tempo a melhor âncora para as expectativas de inflação. Com relação às
características citadas acima, existem muitas controvérsias quanto aos efeitos da política
monetária sobre a economia, assim como a respeito da forma de actuação da autoridade
monetária e dos objectivos que persegue. Em termos teóricos, os motivos que explicam a
preferência pela liquidez, ou a maneira como se dá o processo inflacionário, ou como são
formadas as expectativas dos agentes, traz consequências directas sobre os resultados dos
modelos quando analisada a condução da política monetária. trabalho encontra-se dividido da
seguinte maneira: a Seção 1 apresenta um modelo caracteristicamente de princípios da teoria
monetaria, ortodoxo de funcionamento da economia, seus principais resultados e, por
conseguinte, sua aceitação por parte do “novo consenso” macroeconómico; além disso, a seção
mostra, também, as funcoes do banco central; a Seção 2 expõe um modelo de exercicios
relacionados a economia capaz de apontar a influência da política monetária sobre o lado real e
nominal da economia, demonstrando que os resultados obtidos para o produto são melhores
quando a autoridade monetária se preocupa em reagir aos desvios do produto em relação a uma
meta para o produto e quando a autoridade monetária
Este trabalho discute a essência da teoria econômica, evidenciando seus aspectos relacionados a
discussões sobre as relações econômicas internacionais, principalmente no que se refere a blocos
regionais. O presente trabalho tem como principal objetivo conhecer os principios da teoria
monetária, quando conduzida por meio de uma regra de manipulação da taxa de juros voltada
exclusivamente para controlar a inflação (em um regime de metas para a inflação), embora
consiga atingir tal objetivo, apresenta um resultado pior se comparada a uma política monetária
que seja implementada, também, para atingir uma meta para o nível do produto. O modelo
proposto enfatiza: o papel das expectativas, o papel da autoridade monetária por meio de sua
função de reação à luz da hipótese de não neutralidade da moeda e a influência da reputação da
autoridade monetária sobre os resultados observados na economia.
Objectivo geral
conhecer os principios da teoria monetária discutir a teoria e a politica monetaria a partir da
abordagem ortodoxa, com enfase na posicao dos economistas brasileiros que formam esta
corrente.
Objectivos especificos
Identificar tipos de moedas, os instrumentos de política monetária, de um modo genérico,
são as variáveis que o banco central controla diretamente.
Descrever o processo de criação/destruição de moeda, calcular multiplicadores
monetários e explicitar os seus determinantes.
Explicitar os objectivos, instrumentos e mecanismos de transmissão das políticas
orçamental, monetária e cambial em economia aberta.
1.2 Metodologia
A pesquisa bibliográfica, segundo Lakatos e Marconi (2010), visa apresentar uma revisão da
literatura, não apenas repetindo informações já publicadas, mas analisando-as para sugerir novos
estudos acerca da temática investigada.
A teoria neoclássica é, sem dúvida, a teoria económica de maior influência nos dias correntes.
Suas teses e recomendações não apenas ocupam o mainstream académico, mas também
influenciam a condução da gestão pública da moeda em todo o globo. O presente item versará
brevemente sobre algumas assunções acolhidas pela teoria económica neoclássica a respeito da
natureza da acção humana e do funcionamento da economia e da moeda, procurando identificar
os aspectos que merecem reformulação, a fim de preparar o terreno para uma proposta de
compreensão adequada da moeda nas sociedades contemporâneas.
O modelo económico neoclássico representa a economia como uma rede de trocas de
mercadorias e de serviços entre produtores independentes, organizada segundo a divisão social
do trabalho e dotada de ínsita harmonia, a qual, como uma mão invisível, concatena acções
individuais egoístas num conjunto ordenado e virtuoso. A ideia desequilíbrio é fundamental para
a descrição neoclássica da economia. A ordem e a coesão da rede de trocas são vistas como o
resultado espontâneo de uma série de acções voltadas ao interesse próprio, de tal maneira que a
actuação estatal é potencialmente desestabilizadora do equilíbrio “natural” do mercado. O
parâmetro normativo acolhido pela teoria neoclássica é a busca da maior eficiência.
Carvalho et al. (2000, p. 2) definem a moeda como sendo “[...], um objecto que responde a uma
necessidade social decorrente da divisão do trabalho”,
Mankiw (2005, p. 628) define moeda como sendo “[...] o conjunto de activos da economia que as
pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços de outras pessoas”.
A moeda aparece, desta forma, como unidade de contas, meio pelo qual ela constitui uma
primeira forma de representação simbólica unitária da totalidade social. Mas a moeda é também
o que permite a circulação destas dívidas e créditos entre os membros desta sociedade, dando-lhe
por aí um segundo tipo de unidade no decorrer de sua reprodução no tempo, uma unidade
dinâmica. Ela é, então, meio de pagamento de dívidas, que tomam a forma de dívidas
reembolsáveis para o devedor no correr de sua existência ou de rendas transitórias e perpétuas
não reembolsáveis. A moeda que circula na cadeia de pagamentos é que permite que as dívidas
sejam pagas e, portanto, relançadas num ciclo que constitui o coração da reprodução social. Por
ser unidade e meio de pagamento, a moeda é, consequentemente, um elo-chave, um operador de
totalização unificando os sistemas de dívida e os reproduzindo de modo dinâmico. Ela é uma
representação activa da sociedade como um todo, pois participa desde o início de sua construção.
1.3.2.2 Funções da Moeda
Para considerarmos um bem como uma moeda, ele precisa desempenhar basicamente três
funções:
ser meio de troca, ou seja, ser exactamente aquele elemento que vai viabilizar a
ocorrência de milhares
de trocas a cada momento; servir como unidade de conta, o que implica ser uma medida
que as pessoas usam para estabelecer os preços de seus serviços e bens, e fazer seus
cálculos económicos; e
funcionar como reserva de valor já que a moeda precisa guardar poder de compra ao
longo tempo. Guardar poder de compra de hoje para amanhã.
Quando estamos falando de política monetária, estamos nos referindo às acções do governo no
sentido de controlar as condições de liquidez da economia. Diante disso, a política monetária
pode ser definida como o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que
sejam atingidos os objectivos da política económica global do governo. Alternativamente,
também pode ser definida como a actuação das autoridades monetárias, por meio de
instrumentos de efeitos directos ou induzidos, com o propósito de controlar a liquidez global do
sistema económico.
A política monetária diz respeito à actuação do Banco Central para dimensionar os meios de
pagamento e os níveis das taxas de juros, adequando essas variáveis aos objectivos de
crescimento da produção e do emprego, com estabilidade de preços.
A actuação do Banco Central opera-se pela determinação do volume de reservas obrigatórias dos
bancos, dependendo do comportamento do público e dos banco sem relação às quantidades de
moedas que desejam reter. Uma vez passado em revista as principais teorias monetárias
entendidas como sendo aquelas que formam a base de sustentação do pensamento de cunho
ortodoxo (bem como as suas respectivas sugestões de politicas), fica agora a evidente a
necessidade de uma definição, ainda que abrangente, do significado de ortodoxia, pelo menos
para efeito dos propósitos deste trabalho.
1.3.3.1 Objectivos da Política Monetária
O objectivo final da política monetária é o bem estar da sociedade. Embora seja difícil discordar
deste objectivo, certamente existe grande divergência entre os economistas de como implementá-
lo na prática. Os monetaristas enfatizam a estabilidade do nível de preços; os economistas
keynesianos preferem o nível de emprego. A controvérsia sobre a curva de Philips terminou
convencendo os economistas keynesianos que no longo prazo a política monetária afecta
somente o nível de preços e não o nível de actividade económica. Todavia, os economistas
keynesianos acreditam que mesmo assim o banco central pode contribuir para que a duração de
uma recessão seja abreviada com uma política monetária mais expansionista. A relação entre o
objectivo final da política monetária e o instrumento do dia a dia no procedimento operacional
do banco central.
Após o fim da paridade entre o ouro e o dólar no início da década de setenta, a gestão da política
monetária ganhou relevo diante do maior espaço à discricionariedade. Vale lembrar que no
mesmo período a economia mundial apresentava fraco desempenho, graças à presença do
fenómeno conhecido como estagflação, o que depunha contra o activismo da política económica
de inspiração keynesiana, em voga desde os anos trinta, particularmente nas décadas de
cinquenta e sessenta. Outros países desenvolvidos e em desenvolvimento na Europa, Ásia e
América do Sul conferiram maior autonomia aos bancos centrais por meio do simples ajuste dos
procedimentos operacionais da política monetária ou de modificações na legislação dos
respectivos bancos centrais.
Salientar que o Banco Central é o órgão responsável pela política monetária que tem como
objectivo regular o montante de moeda e de crédito, e as taxas de juros, de forma compatível
com o nível de actividade económica. Para exercer suas macro funções, o Banco Central utiliza
os instrumentos de política monetária, sendo também a instituição responsável pela emissão de
moeda.
Conclusão
O sistema monetário não se resume, contudo, a um punhado de relações técnicas entre órgãos
públicos e instituições financeiras. Para a compreensão adequada de seu funcionamento, é
preciso levar em consideração a existência de agudos conflitos sociais a respeito da produção de
moeda. As mudanças e evoluções que a moeda apresentou foram de essencial importância para
as mudanças em nosso ambiente económico. Pensando como consumidor, foi graça a essa
evolução que hoje há maior conforto ao realizar uma compra ou pagamento, que pode ser feito
até mesmo dentro de casa, por meio da evolução da informática, que a cada dia surpreende mais.
O sistema monetário vem constantemente sendo aprimorando, podendo formular novas possíveis
formas de meios de pagamento, para facilitar ainda mais a vida no cotidiano dos consumidores e
as relações comerciais entre as empresas dos diferentes segmentos produtivos e distantes
mercados.
Bibliografia
AGLIETTA, Michel; ORLÉAN, André. A violência da moeda. Trad. Sónia T. Tomazini. São
Paulo: Brasiliense, 1990.
BLANCHARD, O. J.. Is there a core of usable macroeconómicas? In: The American Economic
Review, vol., 87, n. 2, pp., 244-246, May, 1997.
BLONDET, José Luís; MICHELENA, Corina. Que son los bancos? Cadernos BCV: Serie
Educativa. Caracas: Departamento de Publicaciones BCV, 1996.
CARVALHO, F. C.. Teorias e politicas monetárias: uma visão pessoal sobre uma relação difícil.
In: Revista Económica. Dossie. Rio de Janeiro: V. 6, n. 2, Dezembro, 2004.
CARVALHO, F. C & et alli. Economia monetária e financeira. Teoria e política. 2 ed., Rio de
Janeiro: Campus/Elsevier, 2007.
CYSNE, R. P.. Aspectos macro e microeconómicos das reformas brasileiras. Serie Reformas
Económicas, CEPAL, 2000.
DORNELLES, F.. Ajuste fiscal do Plano Collor. Revista Brasileira de Economia. V. 45 (espec.),
260-3, Janeiro/1991
PILAGALLO, Oscar. A aventura do Dinheiro: uma Crónica da História Milenar da Moeda. São
Paulo: Publifolha, 2000