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MANUAL DE FORMAÇÃO

UFCD N. 9821 – Produtos Financeiros Básicos

: Patrícia Diniz Gomes

1
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
CONTA DE DEPÓSITO À ORDEM ....................................................................................................... 4
CONTRAIR CRÉDITO ........................................................................................................................ 10
TIPOS DE SEGURO............................................................................................................................ 16
PREVENIR A FRAUDE ....................................................................................................................... 19
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 23

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INTRODUÇÃO

O presente Manual diz respeito à UFCD 9821 – PRODUTOS FINANCEIROS BÁSICOS.


As pessoas têm necessidade de fazer pagamentos para adquirir bens e serviços, liquidar dívidas e pagar todas
as outras despesas.
Para o efeito, devemos ter conhecimento dos diferentes produtos financeiros que existem.
Assim, o objetivo é que os formandos no final da formação consigam:
Ø Distinguir entre depósitos à ordem e depósitos a prazo
Ø Caraterizar a diferença entre cartões de débito e de crédito.
Ø Caraterizar os principais tipos de empréstimos comercializados pelas instituições de crédito para
clientes particulares.
Ø Caracterizar os principais tipos de seguros.
Ø Identificar os direitos e deveres do consumidor financeiro.
Ø Caracterizar diversos tipos de fraude.
Para o efeito serão abordados alguns aspetos essenciais das contas de depósitos à ordem e meios de
pagamento, tipos de empréstimos, tipos de seguros e tipos de fraude essenciais para uma boa gestão do dia-
a-dia.

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CONTA DE DEPÓSITO À ORDEM

Uma conta de depósito à ordem permite ao seu titular fazer depósitos em numerário, efetuar levantamentos
e realizar pagamentos.

Os pagamentos podem ser efetuados através de cartão, de cheque, de transferências ou de débitos diretos.

Os clientes que pretenderem ter acesso a estes meios de pagamento têm de os solicitar e de celebrar
contrato com a instituição de crédito para a sua utilização.

As instituições de crédito não estão obrigadas a disponibilizar aos titulares de contas à ordem cartões ou
cheques.

A conta de depósito à ordem é necessária para a contratação de outros serviços bancários, como a celebração
de um contrato de crédito ou de um depósito a prazo.

Apenas as instituições de crédito registadas no Banco de Portugal, com o estatuto de bancos, caixas
económicas e caixas de crédito agrícola mútuo, podem contratualizar a abertura de contas de depósito à
ordem.

As instituições de crédito atribuem um número a cada conta de depósito à ordem.

As contas bancárias em Portugal são identificadas pelo número de conta ou por uma versão mais alargada
deste número: o número de identificação bancária ou NIB.

NUMERÁRIO
O numerário é um meio de pagamento constituído por notas e moedas metálicas.

O numerário é um meio de pagamento universal e de aceitação obrigatória. Um comerciante pode recusar o


pagamento através de cheques ou de cartões bancários, mas não pode recusar a aceitação de numerário
como forma de pagamento.

É um meio de pagamento com liquidez imediata, já que o pagamento do bem ou do serviço fornecido é
recebido de imediato.

O cliente deve estar informado sobre as características das notas e das moedas em circulação para detetar a
sua autenticidade.

Não é aconselhável transportar grandes quantidades de notas ou moedas.

O numerário não dispõe, ao contrário de outros meios de pagamento, de sistemas de comprovação da


titularidade.

As moedas e as notas devem estar em bom estado. Se estiverem danificadas, podem não ser aceites. Mas é
possível trocar uma nota deteriorada no Banco de Portugal. Esta troca não tem qualquer custo.

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CARTÕES
Os cartões são meios de pagamento que permitem aos seus titulares realizar diversas operações, incluindo
o levantamento de numerário, o pagamento de bens e serviços e a realização de transferências bancárias.

Os cartões estão habitualmente associados a contas de depósito à ordem e são emitidos pelas instituições
de crédito, sociedades financeiras ou instituições de pagamento devidamente autorizadas.

Embora o cartão seja um meio de pagamento cómodo, é importante ter presente que os comerciantes não
estão obrigados a aceitar o pagamento de bens ou serviços através de cartões.

TIPOS DE CARTÃO

CARTÃO DE DÉBITO
O cartão de débito está sempre associado a uma conta de depósito à ordem.

É um dos meios de pagamento mais usado para movimentar a conta à ordem (permite levantamento de
numerário, pagamento de bens e serviços e transferências bancárias).

Sempre que o cliente efetua um pagamento com o cartão, o saldo da conta de depósito à ordem a que está
associado diminui no valor correspondente ao pagamento.

CARTÃO DE CRÉDITO
O cartão de crédito permite efetuar pagamentos e, frequentemente, levantamentos de numerário. Porém,
estas operações não se refletem de imediato na conta de depósito à ordem, mas numa conta autónoma,
designada conta-cartão.

Quando utiliza este cartão, o cliente está na prática a contratar um crédito. Este crédito é reembolsado mais
tarde numa data previamente acordada entre o cliente e a instituição de crédito. Se nessa data o cliente não
pagar a totalidade do montante em dívida, fica sujeito ao pagamento de juros.

O cartão de crédito tem associado um limite máximo de crédito (plafond), previamente acordado entre o
cliente e a entidade emitente do cartão. O titular do cartão pode fazer pagamentos ou levantamentos até
ao plafond acordado.

O crédito concedido através de cartão é um crédito renovável ou revolving. Cada vez que o titular do cartão
reembolsa parte ou a totalidade do crédito utilizado, volta a estar disponível novo crédito até ao limite
do plafond do cartão.

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O adiantamento de numerário através do cartão de crédito (cash advance) corresponde à possibilidade de o
titular levantar numerário em caixas automáticos ou aos balcões das instituições que disponham dessa
funcionalidade. Este levantamento corresponde a uma utilização do crédito associado ao cartão, sendo o seu
valor lançado na respectiva conta-cartão. Esta possibilidade deve estar prevista no contrato de utilização do
cartão de crédito e está sujeita ao pagamento de juros e de comissões.

CARTÃO DE DÉBITO DIFERIDO


O cartão de débito diferido é um tipo particular de cartão de crédito. Está associado à conta de depósito à
ordem e permite ao seu titular levantar numerário e efetuar pagamentos de bens e serviços sem que se
verifique um débito imediato na conta.

Aqueles valores são debitados mais tarde, numa data acordada entre o cliente e o banco, não havendo lugar
ao pagamento de juros pelo detentor do cartão. O cartão tem, geralmente, associado um limite máximo de
crédito.

CARTÃO PRÉ-PAGO
O titular de um cartão pré-pago apenas o pode utilizar se previamente efetuar um carregamento com um
determinado montante designado de saldo do cartão. Quando é utilizado pelo seu titular, o montante
disponível reduz-se no valor correspondente.

O cartão pré-pago permite efetuar os mesmos pagamentos ou levantamentos de numerário que um cartão
de débito, desde que tenha saldo disponível.

TRANSFERÊNCIAS
Uma transferência bancária consiste em movimentar o numerário de uma conta bancária para outra. Realiza-
se quando o cliente ordena à instituição onde tem depositado o seu numerário (uma instituição de crédito,
uma instituição de pagamento ou uma instituição de moeda eletrónica) a disponibilização de uma quantia
de numerário à ordem de um determinado beneficiário.

A pessoa que ordena a transferência é o ordenante. A pessoa que recebe a transferência é o beneficiário. A
instituição que executa a ordem de transferência é o prestador de serviços de pagamento e pode ser uma
instituição de crédito, uma instituição de pagamento ou uma instituição de moeda eletrónica.

Uma transferência pode ser feita numa agência de uma instituição, por telefone e ainda através de um
serviço de homebanking.

O acesso à conta bancária através do homebanking só é possível se o cliente tiver solicitado esta
funcionalidade à instituição e esta o tiver aceite. A realização de operações bancárias através da internet
acarreta riscos, pelo que a utilização do homebanking exige alguns cuidados por parte do cliente que a utilize.
É importante proteger os códigos de acesso e garantir que o computador a partir do qual acede à página da
instituição é seguro.

Os clientes bancários podem ainda efetuar “transferências Multibanco” num caixa automático Multibanco,
através de um cartão de pagamento.

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TIPOS DE TRANSFERÊNCIA

• intrabancárias – transferências que se processam entre contas abertas na mesma instituição;


• interbancárias – transferências que se efetuam entre contas abertas em diferentes instituições.
As transferências interbancárias podem ser:

• internas – quando ocorrem entre instituições localizadas em Portugal;


• transfronteiriças – quando ocorrem entre instituições localizadas em diferentes países.
Tendo em conta o modelo de pagamentos utilizado, as transferências podem ainda ser:

• Transferências SEPA (“Single Euro Payments Area” – Área Única de Pagamentos em Euros) –
transferências em euros realizadas no espaço SEPA;
• Transferências Não-SEPA – transferências em que o prestador de serviços do cliente ordenante, do
beneficiário ou de ambos não estão sediados no espaço SEPA e as que são efetuadas em moeda
diferente do euro, mesmo quando realizadas entre prestadores de serviços que integram o espaço
SEPA.
O espaço SEPA inclui todos os países da União Europeia e Islândia, Noruega, Liechtenstein, Mónaco, San
Marino e Suíça.

DÉBITOS DIRETOS
O débito direto é um serviço que permite realizar pagamentos periódicos ou pontuais por débito automático
da conta de depósito à ordem, mediante uma única autorização dada pelo cliente.

Este serviço é frequentemente utilizado no pagamento de despesas regulares, como é o caso da água, da luz
ou do gás.

Para poder fazer pagamentos por débito direto, é necessário que o cliente bancário conceda uma autorização
ao seu credor, para que este possa ordenar débitos na conta indicada, através do seu prestador de serviços
de pagamento.

O pagamento através de débito direto pressupõe a celebração de um contrato de prestação de serviços de


pagamento, que inclua a execução de débitos diretos, entre o cliente e o prestador de serviços de pagamento
onde a conta foi aberta. O prestador de serviços de pagamento pode ser uma instituição de crédito, uma
instituição de pagamento ou uma instituição de moeda eletrónica.

As instituições estão obrigadas a prestar informação sobre as condições de utilização dos débitos diretos.
Esta informação deve incluir os prazos de execução dos débitos diretos e a forma e o prazo de que o cliente
dispõe para informar a instituição sobre uma operação não autorizada ou incorretamente executada.

Quando os titulares das contas a debitar por débito direto sejam particulares que não utilizem as contas para
fins profissionais, ou microempresas, essas informações devem ser prestadas gratuitamente.

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Os débitos diretos são executados através do modelo de pagamentos SEPA. Este modelo permite a qualquer
cliente localizado no espaço SEPA efetuarem pagamentos por débito direto, em euros, através de uma única
conta e tendo por referência a aplicação das mesmas regras.

Países da SEPA: países da União Europeia e Islândia, Noruega, Liechtenstein, Mónaco, San Marino e Suíça.

CHEQUES
O cheque é uma ordem de pagamento sobre uma conta de depósito à ordem dirigida à instituição de crédito
que emitiu o cheque. Esta instrução permite fazer pagamentos ou levantar numerário disponível nessa conta.
Nos pagamentos por cheque existem três intervenientes:

• a pessoa que passa o cheque ou o sacador,


• a instituição de crédito emissora do cheque ou sacado (ou seja, a instituição que disponibilizou o
módulo de cheques ao sacador) e
• a pessoa que irá beneficiar do valor inscrito no cheque ou beneficiário.

SEGURO

PRÉMIO DO SEGURO
O prémio é o preço do seguro, que inclui os custos da cobertura do risco, os custos de aquisição e gestão do
contrato e de cobrança e os encargos relacionados com a emissão da apólice. Ao prémio somam-se os
impostos e taxas a pagar pelo tomador do seguro.

QUANDO PAGAR
O prémio deve ser pago na data em que se celebra o contrato, exceto se for acordada outra data. Caso o
prémio inicial não seja pago na totalidade, as prestações seguintes devem ser pagas nas datas estabelecidas
no contrato. O mesmo acontece com os prémios anuais seguintes e as respetivas prestações.

CONSEQUÊNCIAS DO NÃO PAGAMENTO


Na maioria dos seguros, os riscos não ficam cobertos enquanto não for pago o prémio.

Quando o prémio inicial, ou a sua primeira prestação, não é pago na data devida, o contrato resolve-se (cessa)
automaticamente. Nesta situação, considera-se que o contrato terminou logo na data em que foi celebrado.
Isto é, pode não chegar a haver cobertura dos riscos.

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Quando os prémios anuais seguintes, ou a sua primeira prestação, não são pagos na data devida, o contrato
não é prorrogado

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CONTRAIR CRÉDITO
O recurso ao crédito permite comprar certos bens que de outra forma não seria possível. É o caso da casa,
que a maioria das pessoas compra a crédito, dado o seu elevado valor.

Mas recorrer ao crédito é uma opção que deve ser ponderada caso a caso e ocorrer apenas em situações
indispensáveis. Deve também ser avaliada a sua racionalidade económica.

Há bens que não devem ser adquiridos com recurso ao crédito. Contrair um crédito para fazer uma viagem,
por exemplo, não é uma boa ideia do ponto de vista financeiro. Trata-se de um bem de consumo imediato,
cujo valor não é recuperável. O crédito, por sua vez, poderá ter de ser pago durante vários anos e o seu custo
pode alterar-se ao longo do tempo se for contraído a taxa de juro variável.

Uma decisão responsável deve também ter em conta se o bem ou serviço a que esse crédito se destina é
imprescindível.

É fundamental avaliar o impacto dos encargos com o pagamento dos empréstimos no orçamento familiar.
As prestações vão acrescer às despesas fixas todos os meses. Os encargos com as prestações de empréstimo
aumentam a taxa de esforço da família.

Caso se decida recorrer ao crédito, é importante escolher o tipo de crédito mais adequado à finalidade a que
ele se destina. Esta adequação é importante pois existem diferenças significativas nas condições e custo dos
diferentes tipos de crédito.

As principais categorias de crédito são as seguintes:

• crédito à habitação,
• crédito pessoal,
• crédito automóvel (incluindo a locação financeira ou leasing, o aluguer de longa duração),
• cartão de crédito,
• facilidade de descoberto,
• ultrapassagem de crédito,
Uma vez contratado um ou mais créditos, é importante fazer uma gestão prudente das dívidas para evitar
situações de incumprimento ou de risco de incumprimento.

É também possível que as pessoas venham a ser responsáveis pelo pagamento de créditos contraídos por
outros se tiverem prestado garantias a favor de terceiros, de familiares ou amigos.

Uma fiança é uma garantia pessoal que só deve ser prestada quando exista a total confiança de que o
comprador vai cumprir escrupulosamente o contrato. Caso o devedor deixe de pagar as prestações à
instituição de crédito, o fiador do contrato vai ter de pagar essas prestações e pode, em caso de não
pagamento, ver o seu património penhorado.

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CRÉDITO À HABITAÇÃO
A compra de uma casa representa para muitas pessoas o maior investimento da sua vida. Esta compra implica
muitas vezes a contratação de um crédito à habitação junto de uma instituição de crédito.

Trata-se de um compromisso financeiro muito importante que terá impacto no orçamento durante vários
anos. Esta decisão deve ser, por isso, refletida e ponderada. Para ajudar nessa decisão é importante rever
o orçamento familiar e nele incluir os custos associados ao crédito. O seu impacto deve ser avaliado numa
perspetiva de médio prazo.

O crédito à habitação pode ser contratado para adquirir ou construir uma habitação própria permanente,
secundária ou destinada ao arrendamento. Permite também adquirir terrenos para construção de habitação
própria.

O crédito à habitação é tipicamente um crédito hipotecário, na medida em que a hipoteca da casa é, em


regra, dada como garantia de reembolso do empréstimo.

Existem outros contratos de crédito, que por terem a garantida da hipoteca sobre um imóvel, também estão
sujeitos às regras aplicáveis ao crédito à habitação, ainda que não tenham essa finalidade.

CRÉDITO PESSOAL
O crédito pessoal é uma modalidade de crédito a que o cliente bancário pode recorrer para diferentes
finalidades.

Esta modalidade de crédito enquadra-se no designado regime do crédito aos consumidores, que estabelece
um conjunto de normas que as instituições devem cumprir na concessão deste tipo de empréstimos.

Uma das normas em vigor determina que para o crédito pessoal são definidas taxas máximas. Estas são taxas
anuais de encargos efetivas globais (TAEG), que refletem os encargos totais do crédito para o cliente. Ou seja,
as instituições de crédito não podem conceder créditos pessoais em que as TAEG, ultrapassem o valor
máximo em vigor. As taxas máximas são fixadas em função da finalidade do crédito.

É, por isso, importante que o cliente diga claramente à instituição de crédito qual a finalidade do crédito que
pretende contratar. Neste momento, se for para financiar estudos, pagar despesas de saúde ou adquirir
equipamentos de energias renováveis, por exemplo, a taxa máxima em vigor é bem mais baixa do que a
aplicável a empréstimos com outras finalidades, como, por exemplo, para pagar férias. A instituição de
crédito pode também emprestar dinheiro sem que o cliente identifique a finalidade do crédito que pretende
contratar, caso em que fica também sujeito a uma taxa máxima mais elevada.

Quando o crédito pessoal é concedido pela instituição de crédito para uma finalidade prevista no contrato,
esta pode exigir que o cliente comprove que a utilização dos fundos respeitou essa finalidade.

O regime do crédito aos consumidores, no qual o crédito pessoal se insere, atribui ao cliente bancário um
conjunto de direitos à informação antes e no momento da celebração do contrato de crédito. Este regime
abrange empréstimos de montantes entre 200 e 75 000 euros, concedidos a pessoas singulares, que não
estejam a atuar no âmbito da sua atividade comercial ou profissional.

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No momento de contratar um crédito pessoal é fundamental ter-se em conta as características e
especificidades deste tipo de crédito e conhecer os direitos e deveres que lhe estão associados.

CRÉDITO AUTOMÓVEL
O crédito que aqui se designa de crédito automóvel é o que se destina à aquisição de veículos automóveis
por pessoas singulares, fora do âmbito de atividades comerciais ou profissionais.

Esta modalidade de crédito enquadra-se no designado regime do crédito aos consumidores, que estabelece
um conjunto de normas que as instituições devem cumprir na concessão deste tipo de empréstimos. O
recurso ao crédito para aquisição de automóveis com uma finalidade relacionada com atividades comerciais
ou profissionais dos clientes bancários pode estar sujeito a regras diferentes.

É importante que o cliente pondere antecipadamente qual a modalidade de crédito automóvel que pretende
contratar. Pode optar, por exemplo, por fazer um contrato de leasing ou por contrair um crédito com reserva
de propriedade.

Uma vez que o crédito automóvel se enquadra no regime do crédito aos consumidores estão definidas taxas
máximas que as instituições de crédito podem praticar. Estas são taxas anuais de encargos efetivas globais
(TAEG), que refletem os encargos totais do crédito para o cliente. Ou seja, as instituições não podem
conceder crédito automóvel em que as TAEG ultrapassem o valor máximo em vigor. As taxas máximas são
fixadas em função da modalidade do crédito automóvel e da escolha do cliente por um carro novo ou usado.

O consumidor pode optar:

• Locação financeira (leasing) ou aluguer de longa duração (ALD);


• Crédito com reserva de propriedade;
• Outros créditos automóvel, que não envolvem a reserva de propriedade.
Neste momento, as taxas máximas dos contratos de leasing e ALD são diferentes das taxas do crédito com
ou sem reserva de propriedade.

As taxas máximas variam ainda consoante o carro seja novo ou usado. A taxa máxima associada ao crédito
para a compra de um carro usado é superior à que se aplica ao financiamento da compra de um carro novo.

No momento de contratar um crédito automóvel é fundamental ter-se em conta as características e


especificidades deste tipo de crédito e conhecer os direitos e deveres que lhe estão associados.

CARTÃO DE CRÉDITO
O cartão de crédito tem associado um contrato em que é atribuído ao cliente um limite máximo de crédito
(plafond). Isto significa que, quando o cartão é utilizado pelo cliente, este beneficia de um crédito concedido
pela instituição emitente do cartão.

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Esta modalidade de crédito enquadra-se no designado regime do crédito aos consumidores, que estabelece
um conjunto de normas que as instituições devem cumprir na concessão deste tipo de crédito. A subscrição
de um cartão de crédito com uma finalidade relacionada com atividades comerciais ou profissionais dos
clientes bancários pode estar sujeito a regras diferentes.

O cartão de crédito é um crédito renovável (revolving) porque, à medida que são pagos os valores
anteriormente utilizados, o plafond volta a ficar disponível para nova utilização.

No cartão de crédito, a dívida do cliente só surge depois de o cartão ser utilizado. A data-limite para o
pagamento do montante utilizado é definida previamente, entre o cliente e a instituição de crédito. Nessa
data, o cliente pode pagar a totalidade do montante utilizado, não ficando sujeito ao pagamento de juros. Se
o cliente optar por pagar apenas parte desse montante, paga juros sobre o montante que ficou em dívida.

Caso o cliente não reembolse o crédito na data prevista, a taxa de juro a pagar pode ser elevada. Em regra,
as taxas máximas em vigor para os cartões de crédito são as mais altas entre as praticadas nos empréstimos
que se inserem no regime do crédito aos consumidores. São, por exemplo, mais altas do que as taxas
máximas em vigor para o crédito pessoal.

Geralmente, as instituições comercializam mais do que um cartão de crédito. O cliente tem direito a ser
informado de forma clara e completa sobre as características dos vários cartões, de forma a poder compará-
los adequadamente e tomar uma decisão esclarecida sobre aquele que pretende subscrever. As instituições
de crédito, porém, não são obrigadas a disponibilizar cartões de crédito aos clientes.

CRÉDITO PARA VALORES MOBILIÁRIOS


A concessão de crédito aos investidores consiste na realização de um empréstimo, em dinheiro ou em valores
mobiliários, para que estes realizem operações em bolsa, noutros mercados ou fora de mercado.

A prestação deste serviço implica o pagamento de um juro pelos investidores, para além de outras
contrapartidas que sejam previstas no contrato de concessão de crédito celebrado com o intermediário
financeiro.

O investidor deve certifique-se junto dos supervisores financeiros, nomeadamente contactando o Banco de
Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, de que o intermediário financeiro está autorizado
para exercer essa atividade.

O investidor que adquira valores mobiliários recorrendo ao crédito está, simultaneamente, a correr um risco
inerente à possibilidade da desvalorização do instrumento financeiro em que está a investir, acrescendo a
esse eventual prejuízo os custos de financiamento. Ou seja, a carteira de investimento pode ter de
reconhecer simultaneamente uma perda de capital e um custo de financiamento. A realização de poupança
previamente ao investimento permite aplicar recursos próprios, sendo, nesse sentido, uma decisão com
menos risco.

Mesmo numa situação em que o rendimento do valor mobiliário seja positivo, o resultado de ambas as
operações pode resultar num prejuízo. Tal acontece quando o rendimento gerado pela mais-valia obtida com
a aquisição do valor mobiliário é inferior ao custo do financiamento.

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A natureza da concessão de crédito para a aquisição de valores mobiliários, pelos riscos que o investidor
incorre, exige que este tenha um profundo conhecimento do mercado financeiro. Está em causa saber que
valor mobiliário está adquirir, quando é que o mesmo deve ser alienado, quais as melhores condições de
financiamento, quais os diferentes custos de transação inerentes à aquisição do empréstimo do valor
mobiliário, entre outros aspetos.

CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA
Podem ser celebrados contratos de crédito, presencialmente, no balcão de uma instituição de crédito, mas
também através de meios de comunicação à distância, como, por exemplo, o telefone, a internet ou por
correspondência.

O cliente tem direito a ser informado sobre os elementos de identificação da instituição de crédito, o serviço
a contratar e os termos do contrato, em tempo útil e antes de ficar vinculado pelo contrato à distância. As
informações em causa e os termos do contrato devem ser prestados em papel ou noutro suporte duradouro,
disponível e acessível ao cliente.

Se celebrar um contrato à distância, o cliente tem também o direito de livre resolução do contrato, também
designado de direito ao arrependimento, que pode ser exercido durante o período de reflexão. Após a
celebração do contrato e durante 14 dias, o cliente pode desistir do contrato sem ter de apresentar qualquer
justificação perante a instituição de crédito e sem que haja lugar a qualquer penalização.

Este direito deve ser exercido através de carta dirigida à instituição de crédito, para a morada que, para esse
efeito, constar do contrato. Para maior segurança, a carta deve ser registada com aviso de receção dos
correios, de forma ao cliente poder comprovar, caso seja necessário, que exerceu o direito dentro do prazo
legal. A carta deve também ser fotocopiada antes de ser enviada para a instituição.

Se o cliente exercer o direito de livre resolução fica obrigado a restituir à instituição a quantia que tenha
recebido, no prazo de 30 dias contados a partir do envio da notificação de livre revogação. Isto significa que,
exercido esse direito de revogação, o cliente deverá pagar à instituição, nesse prazo de 30 dias, o capital e os
juros vencidos desde a data de receção dos fundos até à data do respetivo reembolso. Os juros a pagar devem
ser calculados com base na taxa de juro anual nominal do contrato.

O cliente pode ainda ser chamado a pagar eventuais despesas suportadas pela instituição, em seu nome,
perante entidades da Administração Pública, por exemplo, o pagamento do imposto do selo,
designadamente sobre o montante do crédito.

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FAZER UM SEGURO

O contrato de seguro é um acordo através do qual a seguradora assume a cobertura de determinados riscos,
comprometendo-se a satisfazer as indemnizações ou a pagar o capital seguro em caso de ocorrência de
sinistro, nos termos acordados.

Em contrapartida, a pessoa ou entidade que celebra o seguro (o tomador do seguro) fica obrigada a pagar à
seguradora o prémio correspondente, ou seja, o custo do seguro.

A prestação do que ficou acordado no contrato pode ser efetuada à pessoa ou entidade no interesse do qual
o seguro é celebrado (o segurado) ou de terceiro designado pelo tomador do seguro (o beneficiário) ou ainda
a uma terceira pessoa ou entidade que tenha sofrido prejuízos que o segurado deva indemnizar – o terceiro
lesado.

Os seguros podem ser obrigatórios (quando a respetiva celebração é exigida por lei) ou facultativos (quando
é opção do tomador do seguro celebrá-lo ou não).

APÓLICE DE SEGURO
O contrato de seguro pode ser celebrado por simples acordo entre a seguradora e o tomador do seguro, sem
necessidade de formalidades nem assinatura. No entanto, a proposta de seguro é usualmente feita através
do preenchimento pelo tomador do seguro de um formulário já existente para esse efeito.

Quando a seguradora aceita a proposta, deve formalizar o contrato através de um documento escrito, datado
e assinado, que se designa apólice de seguro.

A apólice inclui as condições do contrato de seguro acordadas entre as partes (gerais, especiais, se as houver,
e particulares).

CONDIÇÕES GERAIS, ESPECIAIS E PARTICULARES


Condições gerais são o conjunto de cláusulas contratuais previamente elaboradas e apresentadas pela
seguradora. Incluem os aspetos básicos do contrato seguro, normalmente comuns para riscos com
características semelhantes. Definem, por exemplo, as coberturas e exclusões gerais e os direitos e
obrigações das partes.

Condições especiais são o conjunto de cláusulas que complementam ou especificam as condições gerais. As
condições especiais (normalmente coberturas adicionais), que sejam realmente contratadas, encontram-se
identificadas nas condições particulares.

Condições particulares são o conjunto de cláusulas que adaptam o contrato à situação concreta de um
tomador do seguro. Identificam, nomeadamente, as coberturas constantes das condições especiais que
foram escolhidas, os valores do capital seguro que foram acordados, as franquias que as partes
estabeleceram, os beneficiários, as características relevantes da pessoa ou bem seguros e a data do início do
contrato.

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CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
O contrato de seguro considera-se celebrado quando a seguradora aceita a proposta do tomador do seguro
ou segurado. Normalmente, a seguradora confirma que aceitou a proposta através da emissão da apólice ou
de um certificado de seguro.

No caso de um contrato de seguro individual em que o tomador é uma pessoa singular (e não, por exemplo,
uma empresa), a seguradora tem 14 dias a contar da data em que recebe a proposta de seguro para dar uma
resposta. Se o não fizer, o contrato conclui-se automaticamente de acordo com a proposta feita, desde que
esta seja:

• elaborada num impresso do própria seguradora;


• corretamente preenchida;
• acompanhada dos documentos indicados pela seguradora;
• entregue no local indicado pela seguradora.
Quando a seguradora aceita a proposta, deve formalizar o contrato através de um documento escrito, datado
e assinado, que se designa apólice de seguro.

A apólice inclui as condições do contrato de seguro acordadas entre as partes (gerais, especiais, se as houver,
e particulares).

DIREITOS E OBRIGAÇÕES
O contrato de seguro dá origem a direitos e obrigações de ambas as partes, nomeadamente no que diz
respeito à declaração do risco, à informação sobre o conteúdo do contrato, ao pagamento do prémio e no
caso de ocorrer um sinistro.

VENDA POR TELEFONE E INTERNET


Podem celebrar-se contratos de seguro por telefone ou Internet. É sempre necessário que sejam prestadas
ao tomador do seguro informações sobre a seguradora e as condições do contrato, antes deste se vincular.
O tomador do seguro tem também de identificar, de um modo completo e verdadeiro, o risco que apresenta
à seguradora.

TIPOS DE SEGURO
Os seguros podem cobrir riscos relativos a coisas, bens imateriais, créditos e outros direitos patrimoniais
(seguros de danos) ou riscos relativos à vida, à saúde e à integridade física de uma pessoa (seguros de
pessoas).

Os seguros podem ser individuais ou de grupo.

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Os seguros individuais cobrem os riscos referentes a uma única pessoa, um agregado familiar ou um conjunto
de pessoas que vivam em economia comum. Os seguros de grupo são contratos através dos quais a
seguradora cobre riscos de um conjunto de pessoas ligadas ao tomador do seguro por uma relação distinta
do seguro (por exemplo, seguro de saúde do conjunto dos trabalhadores de uma empresa).

Os seguros de grupo podem ser contributivos ou não contributivos. Serão contributivos se os segurados
suportarem o pagamento de parte ou da totalidade do prémio e não contributivos se o prémio for totalmente
suportado pelo tomador do seguro (por exemplo, seguro de saúde oferecido aos trabalhadores, que são os
segurados, pela empresa em que trabalham, que é a tomadora do seguro).

Há vários tipos de seguro, sendo possível no mesmo seguro existirem coberturas de vários ramos.

SEGURO AUTOMÓVEL
O seguro automóvel de responsabilidade civil é obrigatório, devendo os proprietários dos veículos realizar a
sua contratação.

No caso de pretenderem um seguro mais alargado, poderão adicionar coberturas de danos próprios.

SEGURO DE HABITAÇÃO
O proprietário de um andar (fração autónoma de prédio em propriedade horizontal) tem a obrigação de fazer
um seguro que cubra o risco de incêndio, na sua fração e nas partes comuns do edifício.

É frequente que os proprietários de imóveis optem por um contrato de seguro mais abrangente, que englobe
outros riscos e que poderá incluir também o recheio da casa.

SEGURO DE SAÚDE
Optar por fazer um seguro de saúde pode ajudar a acautelar despesas que venham a ser necessárias em caso
de acidente ou doença.

SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL


No seguro de responsabilidade civil, a seguradora cobre o risco de o segurado ter de vir a indemnizar terceiros
por danos que lhes cause.

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SEGURO DE VIDA
O seguro de vida garante, como cobertura principal, o risco de morte ou de sobrevivência (ou ambos) de uma
ou várias pessoas seguras. Pode também incluir, como coberturas complementares, o risco de invalidez, de
acidente ou de desemprego.

No seguro de vida que cobre o risco de morte da pessoa segura (seguro em caso de morte), a seguradora
paga ao beneficiário o capital acordado, se a pessoa segura morrer durante o período fixado no contrato.

No seguro de vida que cobre o risco de sobrevivência da pessoa segura (seguro em caso de vida), a
seguradora paga ao beneficiário o capital acordado, se a pessoa segura se encontrar viva no final do contrato.
Estes seguros são usualmente utilizados para a constituição de uma poupança. Neste caso, o beneficiário
pode ser a própria pessoa segura.

Existem ainda modalidades mistas que englobam ambas as situações, ou seja, a seguradora paga em caso de
morte e em caso de vida da pessoa segura, regra geral com capitais distintos.

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PREVENIR A FRAUDE

Existem diferentes tipos de fraude financeira para os quais se devem tomar as necessárias precauções. Há
cuidados gerais a ter para proteção dos dados ou documentos pessoais. Mas há também cuidados específicos
a ter em relação aos produtos bancários, produtos de investimento e seguros.

ESQUEMAS DE FRAUDE FINANCEIRA


As fraudes financeiras podem assumir diferentes graus de sofisticação e as mais diversas formas, como por
exemplo:

• apropriação indevida de dados pessoais, por telefone, internet ou furto de documentos;


• falsas propostas de aplicação de dinheiro com remunerações elevadas, através de contactos
telefónicos, correio eletrónico ou outros meios;
• ofertas de concessão de crédito por parte de particulares ou outras entidades não autorizadas a fazê-
lo; ou
• falsificação de notas e moedas.

CONTACTOS EM CASO DE FRAUDE


As pessoas que tenham sido vítimas de fraude financeira, ou que desconfiem de alguma situação irregular,
devem contactar de imediato a instituição de crédito. Podem também contactar as seguintes entidades:

• órgão de polícia mais próximo (PSP, GNR, Polícia Judiciária),


• Ministério Público,
• Comissão Nacional de Proteção de Dados, ou
• Direção-Geral do Consumidor.

CUIDADOS GERAIS
A prevenção da fraude financeira passa por um conjunto de cuidados gerais e comuns aos vários produtos e
serviços financeiros.

É importante proteger os dados e documentos pessoais. É muitas vezes através da apropriação indevida de
dados ou documentos pessoais que os esquemas fraudulentos ocorrem.

Há também que ter cuidado na utilização da internet para acesso ou aquisição de produtos e serviços
financeiros. Os e-mails ou programas maliciosos podem permitir que terceiros tenham acesso a dados
pessoais ou a códigos de acesso que levem a esquemas de fraude.

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Há ainda que ter em atenção se a pessoa que presta o serviço financeiro está autorizada a fazê-lo. Pode haver
pessoas ou entidades a prestar serviços financeiros sem que tenham autorização para tal, desenvolvendo
atividades ilegais por que não devidamente autorizadas. As entidades com autorização para prestar serviços
financeiros em Portugal, no mercado dos produtos bancários, produtos de investimento ou produtos de
seguros, estão obrigatoriamente registadas junto dos supervisores financeiros: Banco de Portugal, Comissão
do Mercado de Valores Mobiliários ou Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

CUIDADOS A TER COM PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS


Existem riscos na utilização dos produtos e serviços bancários que é necessário não esquecer para evitar
fraudes.

Nos cartões bancários é importante proteger o código pessoal, confirmar os extratos bancários regularmente
e ter algumas precauções na sua utilização.

Os cheques devem ser usados com prudência para que não sejam indevidamente apropriados por terceiros.

Na utilização de serviços de homebanking, é importante garantir que as ligações à internet são seguras, para
evitar que terceiros tenham conhecimento dos códigos de acesso pessoais.

As notas e moedas podem ser alvo de falsificação, sendo importante verificar a sua autenticidade.

PRODUTOS DE INVESTIMENTO
A fraude no investimento em valores mobiliários, envolvendo, por exemplo ações ou obrigações, é um
fenómeno suscetível de causar graves prejuízos aos investidores. Por este motivo, as autoridades de
supervisão e as autoridades judiciárias têm vindo a reforçar os meios dedicados à investigação e punição
destes crimes.

A crescente sofisticação dos meios utilizados no contacto e persuasão dos investidores (carta, telefone e
sobretudo internet) e a diversidade de locais a partir dos quais os autores destes crimes atuam, tem vindo a
dificultar a tarefa das autoridades, inviabilizando em muitos casos a sua punição e a indemnização dos
investidores defraudados.

Apesar do estreitamento da cooperação internacional no combate às redes de fraude que operam em vários
países, a existência de “nações não-cooperantes”, paraísos fiscais ou praças off-shore, colocam muitas vezes
fora do alcance dos supervisores do sector financeiro e das autoridades judiciais as mais-valias obtidas com
as atividades fraudulentas.

SEGUROS
A fraude no setor segurador, para além de ser ilícita, constitui um grave atentado ao princípio da boa-fé que
deve sustentar o contrato de seguro.

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Embora o número de cidadãos que se envolvem em situações de fraude seja reduzida, as consequências
destas situações acabam, contudo, por ser suportadas por todos, na medida em que as indemnizações pagas
indevidamente acabam por influenciar o custo final dos seguros em geral.

Sempre que alguém tenta ludibriar uma seguradora, prestando declarações falsas ou omitindo factos, com
o objetivo de conseguir um prémio de seguro mais baixo ou uma indemnização indevida, está a cometer
fraude. Situações extremas de fraude consistem na simulação de sinistros.

TIPOS DE FRAUDE
O nível de gravidade da fraude pode também variar. Assim, por exemplo, quando alguém simula um sinistro,
ou o provoca intencionalmente com vista a obter um benefício ilegal (normalmente o valor proveniente da
indemnização) estamos perante uma fraude grave, uma situação de crime previsto e punido na legislação
nacional.

Outro exemplo, embora de menor gravidade, consiste na tentativa, perante um sinistro, de inflacionar o valor
dos bens danificados ou perdidos com vista a obter uma indemnização de valor superior ao prejuízo efetivo.

As tentativas de fraude no preenchimento da proposta de seguro passam pela prestação intencional de


informação incompleta ou mesmo falsa, em especial em seguros de vida, de saúde e de acidentes pessoais,
de acidentes de trabalho ou de automóvel.

Também a indicação, na proposta, de um capital seguro superior ao valor do bem seguro, com a intenção de
receber uma indemnização superior à devida, constitui fraude.

QUEM PODE COMETER FRAUDE


O autor da fraude pode ser um ou vários dos intervenientes no negócio segurador, nomeadamente, o
segurado, a vítima de acidente, a oficina reparadora, o mediador, o colaborador da seguradora, o rebocador,
a testemunha do acidente, entre outros.

COMO PREVENIR A FRAUDE


A prevenção da fraude passa por um conjunto de cuidados gerais a adotar pelos diversos intervenientes no
negócio segurador, nomeadamente:

• responder com verdade ao que é perguntado na proposta de seguro que pretende subscrever tendo,
também, o cuidado de informar sobre algum facto que conheça e que seja relevante, mesmo que
não lhe seja perguntado.
• informar a seguradora de todos os factos que lhe parecerem suspeitos.
• não assinar propostas de seguro nem participações de sinistro em branco.
• assegurar-se de que a versão apresentada à seguradora corresponde na íntegra à sua versão dos
factos.

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• não pagar faturas genéricas sem que estejam detalhados os serviços que estão a ser faturados.
• participar os sinistros o mais rapidamente possível e com o máximo detalhe.
• contactar de imediato a seguradora, no caso de receber alguma comunicação acerca de um sinistro
em que não foi interveniente, pois alguém pode ter acedido aos seus dados e estar a usá-los de forma
indevida para tentar obter um pagamento ilícito.
• manter os seus dados pessoais na seguradora sempre atualizados, em especial no que se refere à
sua residência.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.todoscontam.pt

https://reorganiza.pt/depositos-a-ordem-o-que-precisa-de-saber/

https://reorganiza.pt/deposito-a-prazo-tudo-o-que-precisa-saber/

https://www.fgd.pt/depositos-abrangidos

https://clientebancario.bportugal.pt/pt-pt/

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