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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Direito

Licenciatura em Direito

As Vantagens dos Credores do Estado

Nampula, Março de 2019


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Direito

Licenciatura em Direito

Dulce Alfredo

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira


de Finanças Públicas e Direito Financeiro,
turma A, 2º Ano, 1º semestre, leccionada
pelo docente: M/A. Barbosa Morais

Nampula, Março de 2019


Índice

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

1 CREDITO PUBLICO OU EMPRÉSTIMO PUBLICO............................................5

1. Conceito..................................................................................................................5

2. Dívida Pública........................................................................................................5

1.1.1 Em sentido restrito.......................................................................................5

1.1.2 Em sentido amplo........................................................................................6

2 AS VANTAGENS ESPECIAIS DOS CREDORES DO ESTADO.........................6

3. Isenções fiscais.......................................................................................................6

4. A impenhorabilidade..............................................................................................8

CONCLUSÃO...................................................................................................................9

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................10
INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho abordarei entorno das vantagens dos credores do Estado.

O Estado, no âmbito da actividade financeira realiza varias operações de credito


com vista a aquisição de receitas publicas para cobrir despesas publicas, que vai
culminar com a satisfação de necessidades colectivas. Para assegurar essa satisfação por
vezes recorres a meios de financiamento dentro ou fora do seu território. Neste sentido,
é obrigado a celebrar contratos para a contratação de empréstimos que ajudem a
impulsionar os objectivos do mesmo. Logo nesta senda, é imprescindível a abordagem
em torno das vantagens que os seus credores têm pelo factos de serem prestamistas do
Estado.

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1 CREDITO PUBLICO OU EMPRÉSTIMO PUBLICO
1. Conceito
Genericamente, empréstimo público é o contracto administrativo pelo qual o
E s tado recebe determinado valor que se obriga a pagar, na forma por ele
estipulada. A definição é meramente convencional, ou seja, delimita, para certos
fins, o campo de acção de uma palavra. A vontade do indivíduo em contratar com o
Estado é fundamental para que se evitem discussões sobre o denominado
empréstimo compulsório, que é tributo.

O Empréstimo Público é, pois, um acto contratual pelo qual o Estado beneficia


de uma transferência de meios de liquidez, constituindo-se na ulteriora obrigação de
reembolsar e/ou pagar juros. Existem dentro desta ideia genérica modalidades mais
diversificadas e amplas do que aquelas que existem no crédito privado, como sejam as
que isentam o Estado da obrigação de reembolsar a prestação de capital. Assim,
empréstimo público é a operação pela qual o Estado recorre ao mercado interno ou
externo em busca de recursos de que careça, face, normalmente, à insuficiência da
receita fiscal, assumindo a obrigação de reembolsar o capital acrescido de vantagens,
em determinadas condições por ele fixadas.

Andrade Waty afirma que, Empréstimo público é o acto pelo qual, através de
várias operações financeiras, o Estado se beneficia de uma transferência de meios de
liquidez, constituindo-se na ulterior obrigação de os reembolsar e/ou os pagar.1

2. Dívida Pública
Ao falar-se da divida pública tem-se em vista o conjunto de situações passivas,
que resultam para o Estado do recurso ao credito público.

Pode-se alias falar-se em dois sentidos de divida pública:

1.1.1 Em sentido restrito


Divida pública corresponde apenas a situações passivas de que o Estado é titular
em virtude do recurso a empréstimos públicos.

1
WATY, Teodoro Andrade, Direito Financeiro e Finanças públicas, W&W Editora, Maputo, 2011,
pág.: 304.

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1.1.2 Em sentido amplo
É o conjunto de situações derivadas não só do recurso ao empréstimo público, mas
também da pratica de outras operações de credito, como seja os avales, os debitos
resultantes de credito corrente ou administrativo e da assunção de onerações em
contrapartida de atribuições patrimoniais.

2 AS VANTAGENS ESPECIAIS DOS CREDORES DO ESTADO


3. Isenções fiscais
A solução de isentar, total ou parcialmente, de impostos os rendimentos
provenientes de aplicações em dívida pública foi um expediente de que os Estados
lançaram mão com frequência, com vista a assegurar uma mais fácil mobilização de
capitais e a diminuir os encargos decorrentes da contracção de empréstimos públicos.

É uma solução que se pode revestir de diversas modalidades, porquanto, a par de


isenções totais, se podem encontrar fórmulas intermédias, como aquelas que
correspondem apenas à isenção de impostos indirectos, ou de impostos sobre o
património, ou de impostos especiais sobre rendimentos da aplicação de capitais.

A solução de isentar, total ou parcialmente, de impostos os rendimentos


provenientes de aplicações em dívida pública foi um expediente de que os Estados
lançaram mão com frequência, com vista a assegurar uma mais fácil mobilização de
capitais e a diminuir os encargos decorrentes da contracção de empréstimos públicos.

É uma solução que se pode revestir de diversas modalidades, porquanto, a par de


isenções totais, se podem encontrar fórmulas intermédias, como aquelas que
correspondem apenas à isenção de impostos indirectos, ou de impostos sobre o
património, ou de impostos especiais sobre rendimentos da aplicação de capitais.

A isenção de impostos começou por ser defendida com base em considerações de


justiça, sustentando-se que, na ausência desta garantia, o Estado poderia atentar contra
os direitos dos seus credores uma vez que lhe seria possível, depois de obtido o
empréstimo, lançar um novo imposto que fosse recair sobre os juros ou o capital de tal
empréstimo, realizando, na prática, uma operação de conversão.

Quaisquer que tenham sido as dificuldades práticas no sentido de consagrar a


tributação da dívida pública parece, no entanto, que rapidamente, os argumentos de

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justiça que vinham sendo invocados foram invertidos, tendo-se passado a questionar,
isso sim, a injustiça patente na não tributação destes rendimentos.

A isenção fiscal só é aceite como justa na medida estrita em que vise garantir os
credores contra impostos especiais e nunca contra a generalidade dos impostos que
recaem sobre valores mobiliários, como se tornou claro logo no texto da lei italiana
sobre a dívida pública de 1861.

Já uma solução que consagre uma total imunidade fiscal dos rendimentos dos
títulos de dívida pública levanta problemas de ordem política, jurídica, financeira e
social.

A imunidade total dos rendimentos provenientes da dívida pública significa, de


facto, e em relação à mesma geração, uma forma de tratamento discriminatório
relativamente aos aforradores que optaram por colocar as suas poupanças noutras
modalidades de valores mobiliários, que são penalizados por essa mesma opção.

Mais do que o tratamento discriminatório entre aplicações financeiras, a


imunidade fiscal completa conduziria a situações, como ' aquela para que alertam
Gàudemet e Molinier e que se traduz na possibilidade de as grandes fortunas, se
convertidas em títulos isentos de todos os impostos, escaparem até aos direitos de
sucessão.

É, de qualquer forma, no plano do relacionamento entre gerações que se vai


colocar a questão mais melindrosa deste tipo de disposição. Com efeito, ao garantir a
não tributação de rendimentos de títulos de dívida pública, o Estado vai reduzir por
forma drástica a sua capacidade futura de obter receitas por via fiscal, caindo naquilo
que Gàudemet e Molinier designam por uma venda do poder impositivo.2

A atribuição de benefícios fiscais de carácter permanente parece acarretar consigo


a impossibilidade da sua revogação, sem se configurar um caso de violação das
obrigações contratuais por parte do Estado.

Tal interpretação merece, no entanto, ser objecto de algumas reservas já que,


independentemente do reconhecimento da necessidade de o Estado respeitar os termos
dos contratos que celebra, é duvidoso que não estejamos aqui perante uma cláusula
nula, por ser contrária à ordem pública, como sustentou Jèze.
2
FERREIRA, Eduardo Manuel, Da Divida Publica e Das Garantias dos Credores Do Estado,
Almedina, Coimbra 1995, pág. 394

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4. A impenhorabilidade
É, porventura, a impenhorabilidade dos títulos de dívida pública uma das
vantagens especiais oferecidas aos credores que se apresenta como especialmente apta a
induzir a ideia de especialidade do regime da relação Estado-credores.

A concluir-se pela existência de um regime de impenhorabilidade total dos títulos


de dívida pública, estaremos perante uma situação em que encontraríamos, associada à
emissão de empréstimos públicos, a concessão de um privilégio de tal forma exorbitante
e susceptível de lesar os interesses de terceiros, que seria forçoso concluir que se estava
no âmbito de uma relação jurídica de direito público.

Constitui um princípio de ordem geral nos modernos sistemas jurídicos o de que o


património dos devedores constitui a garantia comum dos credores, o que significa, tal
como acentuou Paulo Cunhai, que os credores dispõem de um poder virtual de
execução sobre o património dos devedores.3

A multiplicação das situações de impenhorabilidade, à qual estão ligados, em


muitos casos, compreensíveis objectivos de política v social, veio a traduzir-se em
profundas desvantagens e, especialmente, naquelas que eram apontadas por Castro
Mendes, ou seja, a redução do crédito dos próprios beneficiários da impenhorabilidade e
a injustiça resultante da impossibilidade de fazer valer determinados créditos.

3
FERREIRA, Eduardo Manuel, Ob. Cit. Pág. 314

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CONCLUSÃO
Do trabalho é possível perceber que os credores do Estado têm algumas vantagens
por simplesmente serem prestamistas do Estado, e tais vantagens podem exteriorizar
através das isenções fiscais e da impenhorabilidade dos títulos.

Desta forma, dizer que a matéria das vantagens especiais dos credores é, em
qualquer caso, uma área em que se tem vindo a verificar uma profunda alteração de
concepções, ganhando progressivamente terreno a consciência de que se trata de uma
matéria particularmente melindrosa e que o Estado deve encarar com especiais cautelas.

Com efeito, a concessão de vantagens especiais aos credores do Estado implica não
só um acréscimo que pode ser muito pesado — dos encargos do Estado, como,
sobretudo, uma forma de tratamento discriminatório, não só em relação aos sujeitos
económicos que vivem de rendimentos de trabalho, como também em relação a outros
detentores de poupanças que fizeram aplicações diferentes.

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BIBLIOGRAFIA
 FERREIRA, Eduardo Manuel, Da Divida Publica e Das Garantias dos
Credores Do Estado, Almedina, Coimbra 1995
 WATY, Teodoro Andrade, Direito Financeiro e Finanças públicas, W&W
Editora, Maputo, 2011,

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