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Direito da Empresa.
Bibliografia: TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial: Teoria Geral e
Direito Societário. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 1 v.
MARTIS, Fran. Curso de Direito Comercial. 40. ed. Rio de Janeiro: Grupo Editorial
Nacional, 2017.
Thaís da Silva Costa.
1. O Empresário
É perceptível a influência que o Código Civil brasileiro teve do Código Civil italiano
quando se fala em Direito da Empresa. Há uma correspondência de conceitos e
exigências.
O empresário, a partir do CC/02, é aquele que exerce “profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços”.
A troca da nomenclatura (comerciante » empresário) ampliou a possibilidade
de mais atividades econômicas serem abrangidas pelo regime jurídico próprio
da empresa.
De acordo com Fran Martins, o comerciante (intermediário) pratica atos de
comércio por natureza ou subjetivos. Quando a lei reconhece outros atos (como
os de produção), tem-se aí os atos de comércio decorrentes da vontade do
legislador ou objetivos.
Em uma definição mais detalhada, Marlon Tomazette define empresário como:
“(...) o sujeito de direito, ele possui personalidade. Pode ele tanto ser uma pessoa
física, na condição de empresário individual, quanto uma pessoa jurídica, na condição
de sociedade empresária, de modo que as sociedades empresárias não são
empresas, como afirmado na linguagem corrente, mas empresários” – pág. 43.
Diante disso, não é caracterizado “empresário” aquele que não se enquadra nos
elementos acima destacados. Mas o CC/02, no parágrafo único do art. 966, afirma
também que não são empresários “aqueles que exercem profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
Isso porque falta organização e sobra pessoalidade nesses profissionais.
Quando contratamos um advogado, por exemplo, acreditamos que ele ganhará
a causa não por fatores objetivos, mas porque há confiança nos seus atributos
pessoais.
No mesmo parágrafo, há uma ressalva que trata daqueles profissionais liberais
inseridos em uma lógica de empresa. É o caso, por exemplo, de uma sociedade
de médicos que possui uma clínica.