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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I. P.

Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto de Tâmega


UFCD 6669 – Títulos de Crédito e Operações Bancárias Formadora: Elisabete Serapicos

1. OPERAÇÕES BANCÁRIAS

1.1.Operações bancárias

1.1.1.Conceito

Tratam-se de negócios jurídicos levados a efeito por instituições bancárias e não apenas por
bancos, são executadas por Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. Distinguem-se
entre: 1

o Operações bancárias ativas.


o Operações bancárias passivas.
o Operações neutras.

A distinção das operações bancárias é feita pelo critério da posição adotado pela instituição.
Ativas são as operações em que a instituição se coloca na posição de credora.

Operações neutras são as operações que não são ativas nem passivas por não colocarem a
instituição em posição credora ou devedora e nem sequer são exclusivas ou específicas destas
instituições: são designadas de bancárias apenas quando e porque levadas a efeito por
instituições bancárias.

Exemplo:

o O contrato de abertura de conta,


o A prestação de garantias,
o A abertura de créditos documentários,
o A administração de bens e direitos alheios,
o A colocação e tomada firme de emissões de títulos alheios,
o Pagamento por conta de terceiros,
o Cobrança por conta de terceiros e aluguer de cofres.
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Operações passivas são as operações em que a instituição se encontra em posição devedora.


São aquelas em que as instituições procedem à recolha de fundos com que, depois,
alimentarão as suas operações ativas.
São exemplos de operações passivas as que se traduzem:

o Na constituição de depósitos bancários.


o Na emissão de títulos de dívida.
1
o Na contratação de empréstimos junto de terceiros.

1.1.2.Operações passivas

São as operações em que a instituição se encontra em posição devedora, em que os clientes


deixam seu dinheiro sob responsabilidade ou administração dos bancos, seja através de
depósito em conta, da aquisição de obrigações do banco ou outro.

São consideradas operações bancárias passivas as estabelecidas entre uma instituição bancária
e um cliente em que este cede fundos para a instituição aplicar por sua conta e risco, pagando
ao cliente uma remuneração pela sua utilização.

Exemplos
a. Os depósitos à ordem, a prazo e com pré-aviso.
b. A colocação de títulos.
c. A emissão do papel-moeda.
d. Outras operações bancárias passivas.

Relativamente ao depósito bancário, importa referir que se caracteriza por ser passiva não
pela existência do juro, que até pode não ter lugar pois não é elemento determinante do
depósito bancário, mas porque a propriedade do dinheiro se transfere com o depósito ficando,
assim, o cliente credor do banco pelo montante depositado

Contrato de depósito é um contrato através do qual alguém entrega dinheiro a um banco que
fica obrigado a restitui-lo quando solicitado nos termos e condições previamente definidos.
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o É um contrato típico,
o Nominado, (uma figura jurídica autónoma e especifica constante do DL 430/91 de 2 de
Novembro).
No Depósito Bancário, só pode figurar um Banco na posição de depositário, quer o Banco seja
de natureza universal ou especializada.
De acordo com o DL 430/91 apenas são passíveis de depósito o dinheiro e outros ativos
líquidos (notas, cheques, letras, livranças, bilhetes de lotaria premiados, vales do correio, etc.).
1

Modalidades de depósitos

o À ordem: todos os que podem ser movimentados a débito em qualquer momento


o A prazo: os que só podem ser movimentadas a débito decorrido o prazo pelo qual
foram constituídos embora seja admissível a sua movimentação antecipada com
penalização (perda de juros etc.).
o A prazo não mobilizáveis antecipadamente: não podem ser movimentadas a débito
antes de decorrido o prazo pelo qual foram constituídas;
o Com pré aviso: são apenas exigidas após o pré-aviso definido entre as partes
o Em regime especial: não enquadráveis em anteriores – ex: contas poupança-habitação,
poupança reformados, poupança emigrante.

Natureza Jurídica do depósito:


o Tem semelhanças com o depósito irregular, mas tem diferenças que permitem que
seja autónomo.
o Não é também um mútuo ao banco, pois não emprestamos dinheiro ao banco, os
bancos quando precisam de liquidez recorrem ao crédito junto de outras instituições
bancárias.
o É uma figura autónoma devido às suas características – à qualidade de um dos
sujeitos; à natureza do seu objeto (disponibilidades monetárias); às modalidades do
depósito bancário.

1.1.3.Contas especiais
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Uma conta bancária é um produto de depósito disponível em instituições financeiras


credenciadas pelo Banco de Portugal. Um depósito bancário é um contrato de guarda de
fundos (dinheiro) em que o banco é fiel depositário e os titulares da conta são proprietários.

Podemos classificar as contas bancárias por várias classes, com base em quem pode
movimentar a conta ou entidade que pretende abrir e movimentar a conta. As contas
bancárias por norma são consideradas à ordem, pois o valor destas está disponível (à ordem)
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dos clientes em qualquer altura.

Depósitos à Ordem
Consiste numa modalidade de depósito em que o cliente pode dispor a qualquer momento do
seu dinheiro depositado no Banco, sem qualquer restrição ou custo.

O montante inicial de abertura de uma conta à ordem varia de banco para banco. A
movimentação da conta pode ser feita através de numerário, cheques, cartões, transferências
a crédito, débitos diretos e, em alguns casos, cadernetas.
Os bancos fixam livremente a remuneração ou não das contas Depósito à Ordem (contas DO).

Depósitos com Pré-Aviso


O dinheiro depositado apenas ficará disponível após o Banco ser prevenido por escrito, com a
antecipação fixada na cláusula do pré-aviso.

Depósitos a Prazo
Os depósitos a prazo pressupõem a não movimentação do capital no decorrer do período
acordado, procedendo-se ao seu reembolso findo esse período.

Depósitos a Prazo com Mobilização Antecipada


Estes depósitos apenas serão exigíveis findo o prazo pelo qual foram constituídos. No entanto,
o Banco pode conceder antecipar a sua mobilização, cobrando, normalmente, uma comissão
ou penalização (p.ex. perda de juros) sobre o valor mobilizado/levantado.

Depósitos a Prazo não Mobilizáveis Antecipadamente


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Nestes depósitos a disponibilidade do capital aplicado apenas será exigível no final do prazo
pelo qual foram constituídos. Logo, não podem ser mobilizados/levantados antecipadamente.

Depósitos a prazo não mobilizáveis antecipadamente


São contas cuja disponibilidade do capital aplicado só é exigível no fim do prazo por que foram
constituídos. Não podendo ser mobilizados/levantados antecipadamente.
Veja a seguinte ilustração de um depósito a 3 anos:
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Depósitos Constituídos em Regime Especial


São depósitos criados ao abrigo de legislação específica ou por iniciativa das Instituições de
Crédito.
Caracterizam-se por poderem ter benefícios fiscais e por permitirem entregas parciais durante
a vigência do contrato. Os mais comuns:

Conta Poupança-Habitação
Trata-se de uma conta a prazo que tem como objetivo o fomento da poupança que
possibilitará a aquisição, construção, beneficiação, ampliação de habitação própria
permanente, para arrendamento ou amortização das dívidas contraídas para estes fins.

Tem também a finalidade de:


o Servir para a realização de entregas a cooperativas de habitação e construção para
aquisição quer de terrenos destinados à construção, quer de fogos destinados a
habitação própria permanente;
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o Amortizações extraordinárias de empréstimos contraídos e destinados aos fins


mencionados anteriormente.

Características
o Ser pessoa singular;
o Abrir conta DO;
o Depositar o montante mínimo exigido por cada Banco;
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o Preencher e entregar um impresso próprio.

Mobilização
A mobilização do saldo das contas poupança-habitação deverá ser realizada por meio de
cheque ou ordem de pagamento, emitidas a favor do vendedor, do construtor, da cooperativa
de que o titular seja sócio, ou do credor do preço da venda dos materiais ou serviços no caso
de construção de habitação própria por administração direta do titular da conta.

Com a entrada em vigor do Orçamento de Estado de 2005 este tipo de contas deixou de ter
benefícios fiscais.

Conta Poupança-Reformados
É uma conta de depósito em que o 1º titular tem de ser reformado e não pode usufruir de uma
reforma superior a três vezes o ordenado mínimo nacional.

Características
o Comprovar a situação de reformado;
o Abrir uma conta DO;
o Que o 1º titular seja reformado;
o Que os co-titulares, caso existam, sejam o cônjuge ou parentes em 1º grau;
o Não ter mais do que uma conta poupança-reformados, na mesma ou em outras
instituições de crédito;
o O prazo destes depósitos varia entre os 181 dias a um ano.

Mobilização
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Estes depósitos destinam-se a ser levantados na data de vencimento acordada entre o cliente
e o Banco.

Pode haver mobilização/levantamento antecipado, o que normalmente implica o pagamento


de uma taxa.

Remuneração
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Os juros desta conta são liquidados no fim do prazo contratualizado por acumulação ao capital
inicialmente depositado ou por crédito na conta DO. Os juros produzidos pelas entregas ao
longo do prazo são calculados à taxa proporcional.
O cálculo dos juros é igual ao das contas DO, já que esta modalidade também admite reforços
de capital.
Os juros das contas poupança-reformado beneficiam de isenção de IRS na parte do saldo que
não ultrapasse um determinado montante.

Conta Poupança-Emigrante
Trata-se de uma conta (a prazo) de poupança cujo primeiro titular tem de ser exclusivamente
emigrante ou equiparado.
São considerados emigrantes todos os cidadãos portugueses que tenham deixado o território
nacional para no estrangeiro exercerem uma atividade remunerada e aí residirem com
carácter permanente.
Até 2007 os juros das contas poupança-emigrante beneficiavam de uma tributação reduzida.
Atualmente, estas contas estão sujeitas à mesma tributação que as demais contas de
depósitos.

Características
o Comprovar, anualmente, no banco o estatuto de emigrante;
o Abrir conta DO;
o Que os cotitulares da conta sejam o cônjuge, quem viva com o emigrante em situações
idênticas à do cônjuge, ou os filhos;
o Que a conta seja creditada com o produto de:
o Transferências do exterior, efetuadas através do sistema bancário ou de vales postais
internacionais;
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o Meios de pagamento sobre o exterior;


o Notas estrangeiras, desde que sejam entregues pelo titular da conta e que resultem de
economias angariadas no estrangeiro o que implica a declaração formal desse facto
pelo depositante.
o Transferência de contas estrangeiras abertas em nome do titular;
o Transferência de outras contas-emigrante detidas pelo mesmo titular;
o Importâncias pagas em Portugal, como vencimentos, por entidades portuguesas a
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trabalhadores portugueses (ex: deslocados no estrangeiro ao serviço de entidades
nacionais).

Mobilização
Estes depósitos destinam-se a ser levantados no final do prazo acordado entre o cliente e o
Banco. No entanto, há uma total flexibilidade nas entregas e nos levantamentos. No caso de
levantamentos antecipados pode existir uma penalização por parte do Banco.
A mobilização/levantamento destas contas poderá ser acionada pelos titulares da conta ou por
pessoas residentes em território nacional que tenham sido autorizadas pelo emigrante.

Remuneração
Os juros desta conta são liquidados no fim do prazo contratualizado por acumulação ao capital
inicialmente depositado ou por crédito na conta DO. Os juros produzidos pelas entregas ao
longo do prazo são calculados à taxa proporcional.
O cálculo dos juros é igual ao das contas DO, já que esta modalidade também admite reforços
de capital.

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