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PARTE 1
Meio Ambiente
A Palavra ambiente vem do latim e o prefixo ambi dá idéia de “ao redor de algo” ou de
“ambos os lados”. O verbo latino ambio, ambire significa "andar em volta ou em torno
de alguma coisa”.
Cabe notar que as palavras meio e ambiente trazem a idéia de em torno e envoltório, de
modo que a expressão meio ambiente encerra uma redundância. Essa é a expressão
consagrada no Brasil e nos demais países que falam castelhanos (medio ambiente)
Meio Ambiente é tudo o que envolve ou cerca os seres vivos, se entende o ambiente
natural e o artificial, isto é, o ambiente físico e biológico originais e o que foi alterado,
destruído e construído pelos humanos, como as áreas urbanas, industriais e rurais.
Esses elementos condicionam a existência dos seres vivos, podendo-se dizer, portanto,
que o meio ambiente não é apenas o espaço onde os seres vivos existem, mas a própria
condição para a existência da vida na Terra.
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Também pode ser encontrado o termo Ambiente de suporte: O ambiente de suporte
à vida é a parte da Terra que satisfaz as necessidades fisiológicas vitais, promovendo
alimentos e outras formas de energia, nutrientes minerais, ar e água.
Ecossistema
Um ecossistema pode ser parte de outro; no limite, todos fazem parte da biosfera e o ser
humano é um de seus componentes.
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ECOLOGIA
Ecologia é a ciência que estuda as inter-relações dos organismos vivos com o seu meio
ambiente e dos organismos entre si, inclusive o homem.
Ecologia significa estudo do ambiente da casa, incluindo todos os organismos que ela
contém e os processos funcionais que a tornam habitável, constitui um vasto campo de
conhecimentos que inclui tanto as ciências biológicas e físicas quanto as humanas e
sociais.
A palavra ecologia também pode indicar ecossistema, natureza ou meio ambiente, bem
como as relações entre os componentes que os integram.
SUSTENTABILIDADE
PRESERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO
ECO DESENVOLVIMENTO
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RELAÇÃO HOMEM x MEIO AMBIENTE
A crença de que a natureza existe para servir ao ser humano contribuiu para o estado de
degradação ambiental que hoje se observa.
O lixo gerado pela população cada vez mais está composto por restos de embalagens e
de produtos industriais.
Grande parte dos problemas ambientais produzidos por agências bancárias, escritórios,
consultórios, lojas, escolas, hospitais, e outros estabelecimentos de serviço se deve aos
materiais industrializados que dão suporte às suas atividades.
A maneira como a produção e o consumo estão sendo realizados desde então exige
recursos e gera resíduos, ambos em quantidades vultosas, que já ameaçam a capacidade
de suporte do próprio Planeta, que é a quantidade de seres vivos que ela pode suportar
sem se degradar.
Há diversos sinais de que a Terra já se encontra nos limites de sua capacidade para
suportar as espécies vivas. Entre esses sinais estão os problemas ambientais provocados
pelas atividades humanas, sendo que alguns já adquiriram dimensões globais ou
planetárias, como a perda de biodiversidade, a redu¬ção da camada de ozônio, a
contaminação das águas, as mudanças climáticas decorrentes da intensificação do efeito
estufa e outros.
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serviços naturais para satisfazer as necessidades e os
desejos humanos.
- Renováveis :energia solar, ar, água, plantas, animais, beleza cênica etc.
Assim, por recurso renovável se entende aquele que pode ser obtido indefinidamente
de uma mesma fonte, enquanto o não-renovável possui uma quantidade finita, que em
algum momento vai se esgotar se for continuamente explorado.
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A água, que tecnicamente é um recurso renovável, já dá
sinais de deterioração em quase todos os cantos do Globo.
Para se ter uma idéia do tamanho do problema, some a essa quantidade, cuja magnitude
já é expressiva, as necessidades de água para as demais espécies e para outros usos
humanos (irrigação, navegação, processos industriais, limpeza pública, geração de
energia etc.). No início do século XXI, cerca de 1,2 bilhão de humanos continuam
vivendo na pobreza e sem acesso à água potável e quase 2,5 bilhões ainda carecem de
saneamento adequado. Como a oferta desse recurso é bastante desigual entre os países e
regiões, tem-se aí um pomo de discórdia explosivo.
Como qualquer ser vivo, o ser humano retira recursos do meio ambiente para prover sua
subsistência e devolve as sobras. No ambiente natural, as sobras de um organismo são
restos que ao se decomporem devolvem ao ambiente elementos químicos que serão
absorvidos por outros seres vivos, de modo que nada se perde.
Primeiro, foi no nível local, nas proximidades das unidades geradoras de poluição,
depois descobriuse que ela não respeita fronteiras entre países e regiões.
A percepção dos danos causados pela poluição se deu também de forma fragmentada
quanto a seu meio receptor, ar, água e solo, ou atmosfera, hidrosfera e litosfera,
respectivamente.
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Níveis de contaminação de resíduos
CONCEITO DE POLUIÇÃO
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SETOR POLUENTES
metano (CH4), dióxido de carbono (CO,), compostos
orgânicos voláteis (CO V), metais pesados, embalagens de
Agropecuária
agrotóxicos, fertilizantes não aproveitados, materiais
particulados
CO2, monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio
Mineração (NO2), óxidos de enxofre (SO 2), metais pesados, águas
residuais, resíduos sólidos, ruídos, vibração
Siderurgia materiais particulados, SÓ, NO, CO, DBO, escórias e Iodos
de tratamento de efluentes, ruídos
SÓ2, CO2, materiais particulados, DBO, Iodos de tratamento
Metais Não Metálicos
de efluentes, ruído
Usinas Termoelétricas CO, CO2, CH2, NO2, SÓ2,, materiais particulados, Iodos
Têxtil materiais particulados, SO2, HC, DBO, ruídos
Refinaria de Petróleo SÓ2, NO2, CO, CO2, DBO, DQO, materiais particulados,
derramamentos
Transportes CO, CO2, NO2, SO2, hidrocarbonetos, materiais particulados,
derramamentos de óleos e combustíveis, ruídos
Os poluentes são chamados de primários quando emitidos diretamente por uma fonte
geradora ou atingem o meio imediato da forma como foram emitidos.
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do meio receptor. Exemplo: o oxido nítrico (NO) é um
poluente primário gerado na queima de combustíveis fósseis, que diante da luz solar
reage com o oxigênio do ar (02) formando o dióxido de nitrogênio (NO2), um poluente
altamente nocivo ao meio ambiente. O NO2, que também é gerado pela queima de
combustíveis fósseis e em diversas atividades industriais, na presença da luz do Sol
reage com o oxigênio para formar o ozônio (O3), uma substância tóxica para os seres
vivos quando concentrada nas camadas baixas da atmosfera.
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Outros poluentes ultrapassam os limites do local de
emissão e acabam se tornando problemas de dimensão regional ou planetária, como a
chuva ácida, a destruição da camada de ozônio ou o aquecimento global.
A chuva ácida, por exemplo, afeta a cadeia alimentar, provocando danos generalizados
nos ecossistemas. Suas principais causas são as emissões de SO2 e NO2, que reagem
com outros compo¬nentes do ar formando ácido sulfúrico (H2SO4), ácido nítrico
(HNO3) e ácido nitroso (HN02). No solo, a água da chuva com uma acidez além do
normal dificulta a absorção de nutrientes pelas plantas e exige mais insumos agrícolas
para corrigir os solos, tornando as atividades agrícolas mais caras, além de exigir uma
exploração adicional sobre os recursos naturais. As precipitações ácidas também
aumentam a taxa de corrosão de materiais, equipamentos, instalações, monumentos
históricos e arqueológicos.
Todas essas questões devem ser consideradas quando se pretende enfrentar os
problemas ambientais e isso é o que de grosso modo se denomina gestão ambiental.
AQUECIMENTO GLOBAL
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Concentração de Alguns Gases de Estufa na Atmosfera
Concentração Taxa Anual de Tempo de
Concentração em
GÁS DE ESTUFA Pré-industrial Mudança da Vida na
1998
(1750) Concentração Atmosfera
Dióxido de Carbono (CO ) 280 ppm 365 ppm 1,5 ppm/ano 5 a 200 anos
Metano (CH) 700 ppb 1.745 ppb 7 ppb/ano 12 anos
Oxido Nitroso (N O) 270 ppb 314 ppb 0,8 ppb/ano 114 anos
CFC-11 zero 268 ppt - 1,4 ppt 45 anos
HFC-23 zero 14ppt 0,5 ppt/ano 260 anos
Perfluorometano (CF ) 40ppt 80 ppt 1 ppt/ano > 50.000
anos
A queima de combustíveis fósseis está entre as principais fontes geradoras de CO2, bem
como as queimadas de florestas e de resíduos, ficando décadas na atmosfera, esse gás
acabou sendo usado como base para medir o grau de aquecimento global.
Usando modelos matemáticos de clima global, chegou-se a prever que a temperatura se
elevaria entre 1,5 °C a 4,5 °C caso o nível de concentração desses gases duplicasse.
Entre os problemas decorrentes do aumento da temperatura, estão as mudanças nos
regimes de chuvas e de circulação de ar, bem como o aumento da frequência de
turbulências climáticas como furacões e maremotos. A intensificação das chuvas em
certos locais e das secas em outros são algumas consequências previstas nos modelos de
clima global.
Outra consequência prevista é a elevação do nível dos oceanos pelo derretimento das
geleiras e pela expansão do volume das águas decorrentes do aumento da temperatura.
As regiões litorâneas seriam afetadas diretamente, provocando gigantescas ondas de
migrações humanas em direção às terras firmes.
As mudanças de temperatura, pressão e luminosidade provocadas pelo aumento do nível
das águas produziriam alterações profundas nos ecossistemas marinhos com
consequências danosas para os organismos que aí vivem.
Como os efeitos previstos são catastróficos a melhor atitude é adotar o princípio da
precaução, como propõe a Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, aprovada na CNUMAD em 1992 no Rio de Janeiro e Convenção-
Quadro das Nações Unidas e seus protocolos, dos quais o de Quioto é um dos mais
importantes.
Este sistema de precaução tem como órgão supremo a Conferência das Partes (COP —
Conference of the Parties) que se reúne periodicamente para avaliar resultados,
estabelecer metas, dirimir controvérsias e criar mecanismos de gestão.
A Convenção sobre Mudança do Clima tem encontrado grande dificuldade para chegar
a resultados concretos pela resistência de países cujas economias dependem de
combustíveis fósseis, principalmente dos Estados Unidos, responsáveis por 25% dos 7
bilhões de toneladas de CO2 lançados anualmente.
Em 1995, foi realizada a primeira Conferência das Partes (COP-1) com resultados
pífios, devido à resistência dos Estados Unidos, do Japão e dos países árabes
exportadores de petróleo.
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Em dezembro de 1997, durante a COP-3, foi aprovado o
Protocolo de Quioto, pelo qual os países desenvolvidos, individual ou conjuntamente,
devem assegurar uma redução agregada de gases de efeito estufa em pelo menos 5%
abaixo dos níveis de 1990 no período compreendido entre 2008 e 2012
O ozônio (O3) é uma substância que apresenta efeitos distintos conforme a camada da
atmosfera em que se encontra. É um dos principais poluentes encontrados na baixa
atmosfera nos grandes centros urbanos, formado por gases emitidos pelos veículos que
se transformam em ozônio por meio de processos fotoquímicos.
O ozônio é um gás tóxico para as plantas e os animais, sendo que uma exposição
prolongada pode causar lesões pulmonares graves.
No entanto, na estratosfera, numa faixa entre 15km a 50km da superfície terrestre, o
ozônio gera um efeito benéfico aos seres vivos.
O ozônio estratosférico, produzido naturalmente pela ação dos raios solares sobre as
moléculas de oxigênio (02),forma uma camada, que protege das radiações ultravioleta
do Sol.
Os raios UV, com comprimento de onda de 280 a 320 nanômetros, denominados UV-B,
são prejudiciais aos seres vivos, pois estes não desenvolveram defesas naturais contra
essas radiações devido a sua ausência durante milhões de anos.
Nos humanos, quantidades ainda que pequenas de UV-B provocam queimaduras,
afetam o sistema imunológico, causam câncer de pele, doenças oculares outros males. O
UV-B também produz efeitos adversos nas plantas e nos animais, ecossistemas
marinhos, ele afeta a reprodução de fitoplânctons e de outros organismos, reduzindo os
recursos pesqueiros.
Observou-se que a diminuição do ozônio está relacionada com a presença de
substâncias que alteram seu ciclo natural de formação e dissociação, dentre elas as
emissões de clorofluorcarbonos (CFCs), hidrobromofluorcarbonos (CHFBr)
hidroclorofluorcarbonos (CHFCI), metano, oxido nitroso e outros.
Muitas destas são substâncias inexistentes na natureza, como é caso dos CFCs que
começaram a ser produzidos comercialmente por volta de 1930 pela DuPont com o
nome comercial de Freon como fluido para transferência de calor e em aerossóis etc.
Os CFCs foram saudados pela comunidade científica, tecnológica e empresarial como
uma substância altamente benéfica, pois não era corrosivo, inflamável nem tóxico,
podendo substituir com vantagens o gás de amônia
Levou quase 40 anos para se verificar que eles causavam danos significativos ao meio
ambiente. Em 1980, foi descoberto o buraco na camada de ozônio correspondente à
região da Antártida.
Com o reconhecimento da gravidade desse problema de natureza planetária, em 1985
foi assinada a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio.
Em 1987, com o Protocolo de Montreal a essa Convenção, deu-se o início efetivo de
uma gestão internacional para eliminar as substâncias destruidoras do ozônio
estratosférico.
Os países que aderirem ao Protocolo de Montreal devem proibir as importações dessas
substâncias de qualquer outro país que não fizer parte desse acordo. O prazo final para
eliminar completamente as substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal e suas
Emendas é o ano de 2010 nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
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Muitas oportunidades de negócios surgiram em
decorrência do Protocolo de Montreal, desencadeando uma corrida tecnológica para
encontrar substitutos para as substâncias controladas, como o hidrofluoreter (HFE)
desenvolvido pela 3M. Os hidrofluorcarbonos (HFC) têm sido usados no lugar dos
CFCs, mas deverão ser substituídos futuramente por serem também gases de efeito
estufa. Os halons usados em extintores de incêndio estão sendo substituídos por CO2,
água, etc.
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Casos no Mundo:
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Exercícios
- Leitura
do artigo “O que há de verdade no propalado mercado de carbono” em equipes
de no máximo 4 pessoas e entrega das respostas.
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GESTÃO AMBIENTAL
PARTE 2
Gestão Ambiental
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A preocupação com o meio ambiente, antes restrita a pequenos grupos de artistas,
cientistas e alguns políticos, extravasou para amplos setores da população de
praticamente todo o mundo dado o elevado grau de degradação observado em todas as
partes do Planeta.
(1) a dimensão espacial que concerne a área na qual se espera que as ações de gestão
tenham eficácia;
(2) a dimensão temática que delimita as questões ambientais às quais as ações se destinam;
(3) a dimensão institucional relativa aos agentes que tomaram as iniciativas de gestão.
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A essas dimensões podem-se acrescentar a dimensão filosófica que trata da visão de
mundo e da relação entre o ser humano e a natureza, questões que sempre estiveram
entre as principais preocupações humanas como mostram as incontáveis obras artísticas,
filosóficas e científicas de todos os tempos.
- Não crêem que a ciência e a tecnologia dominantes possam dar conta dos problemas
ambientais, pois elas são partes desses problemas, uma vez que foram desenvolvidas
para serem instrumentos de domínio sobre a natureza.
- Esse tipo de pensamento sugere o uso mínimo de recursos para não afetar a capacidade
de regeneração do meio ambiente, algo que só seria possível modificando
significativamente os hábitos de consumo para restringi-los às necessidades humanas
básicas.
- Esse tipo de postura não raro acaba gerando propostas escapistas como retorno à vida
campestre, vida em comunidades fechadas, ascetismo religioso e outras de cunho
elitistas e até mesmo ecofascistas disfarçadas em amor pela natureza ou propostas
malthusianas, com suas queixas sobre a bomba-relógio da explosão populacional.
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Entre esses extremos encontram-se as abordagens
socioambientais que reconhecem o valor intrínseco da natureza, mas admitem que ela
deve ser usada para atender às necessidades humanas presentes e futuras, buscando
sistemas de produção e consumo sustentáveis
Nas últimas décadas tem ocorrido uma mudança muito grande no ambiente em que as
empresas operam: as empresas que eram vistas apenas como instituições econômicas
com responsabilidades referentes a resolver os problemas econômicos fundamentais (o
que produzir, como produzir e para quem produzir) têm presenciado o surgimento de
novos papéis que devem ser desempenhados, como resultado das alterações no ambiente
em que operam.
Essa mudança baseia-se que, apesar do visível sucesso obtido pelo sistema capitalista,
de uma eficiente combinação de ciência e tecnologia,quando confrontamos seus
resultados econômicos e monetários com outros resultados sociais, tais como redução da
pobreza, degradação de áreas urbanas, controle da poluição, iniqüidades sociais, entre
outros, vemos que ainda há muito a ser conseguido e que o crescimento do PIB -
Produto Interno Bruto não é e nunca será uma medida adequada para avaliar a
performance social.
Uma quantidade crescente de atenção, por parte das organizações, tem se voltado para
problemas que vão além das considerações meramente econômicas, atingindo um
espectro muito mais amplo, envolvendo preocupações de caráter político-social como:
- proteção ao consumidor;
- controle da poluição;
- segurança e qualidade de produtos; - assistência médica e social;
- defesa de grupos minoritários etc.
Essas mudanças afetam de forma intensa o ambiente social e político em que a empresa
atua, criando novas diretrizes e limitações para que a empresa possa operar de forma
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eficaz, segundo uma ótica que leve em conta apenas a
maximização do retorno financeiro a seus proprietários.
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Sistema Integrado de Gestão:
Lucro com
responsabilidade
Merc ado
Troca de
informações Troca de
informações
Proteção/
GERENCIAMENTO Controle/
EMPRESARIAL Tratamento
Dessa forma, os administradores devem ter uma visão moderna da empresa em relação a
seu ambiente, pois ela é vista como uma instituição sociopolítica.
A linha de demarcação entre empresa e seu ambiente é vaga, não há consenso de quais
seriam as verdadeiras responsabilidades sociais de uma empresa.
A sociedade tem ficado mais atenta ao comportamento ético das empresas, bem como
sobre a atuação de seu corpo de executivos, o que tem resultado em novas leis e
regulamentos que tentam melhorar o padrão ético das corporações e tem provocado o
surgimento de novas posturas estratégicas. Os veículos de comunicação têm enfatizado
sua vigilância nos comportamentos não éticos das corporações, tem sujeitado as
empresas a um maior comprometimento e responsabilidade social em sua atuação.
Esta constatação acaba gerando um clima de relativa hostilidade para com as empresas,
que crêem que existe por parte dos jornalistas um viés anti-empresarial em seus
posicionamentos.
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intervenção na economia que têm, por seu turno,
originado uma miríade de leis, decretos, medidas provisórias, regulamentações e outras
que têm provocado desde pequenos ajustes até um verdadeiro pânico no ambiente
empresarial. Dessa forma, a lucratividade e a rentabilidade das empresas são fortemente
influenciadas pela sua capacidade de antecipar e reagir frente às mudanças sociais e
políticas que ocorrem em seu ambiente de negócios.
Essa mudança no ambiente dos negócios, do ponto de vista social e político, e o seu
impacto na administração das empresas têm mudado a forma pela qual os
administradores gerem seus negócios e provocado uma modificação no sentido de
redefinir qual é o verdadeiro papel que a sociedade espera que administradores
desempenhem na gerência das organizações.
É claro que muitos participantes do mundo dos negócios não concordam com esta
filosofia ou com a visão da forte influência do ambiente político-social no desempenho
das empresas. A verdade é que, mesmo não concordando, as empresas estão sendo
compelidas a assumir essas novas responsabilidades e com a agravante de que a
tendência futura é uma ampliação de seu espectro.
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futura que farão os futuros consumidores em relação à
preservação do meio ambiente e à qualidade de vida deverão intensificar-se.
Posicionamento da empresa
Na questão ambiental do ponto de vista empresarial, surge a dúvida que diz respeito ao
aspecto econômico. Qualquer providência que venha a ser tomada em relação à variável
ambiental traz consigo o aumento de despesas e o conseqüente acréscimo dos custos do
processo produtivo.
Algumas empresas, porém, têm demonstrado que é possível ganhar dinheiro e proteger
o meio ambiente mesmo não sendo uma organização que atua no chamado "mercado
verde", desde que as empresas possuam certa dose de criatividade e condições internas
que possam transformar as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de
negócios.
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Para responder a esse anseio, podem-se avaliar o perfil da organização segundo diversas
variáveis, onde a empresa apresenta características "amigáveis" ou "agressivas" ao meio
ambiente, conforme no Quadro seguinte:
1 = Empresa muito ameaçada pela questão ambiental 5 = Questão ambiental constitui oportunidades de crescimento
b) PRODUTOS
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A conceituação da empresa ambientalmente amigável é
determinada não só pelas características de seu processo produtivo, mas também pelos
produtos que fabrica. Produtos obtidos de matérias-primas renováveis ou recicláveis,
que não agridem o meio ambiente e que têm baixo consumo de energia devem ter a
preferência das organizações engajadas na causa ambiental
c) PROCESSO
Um processo ambientalmente amigável deve estar próximo dos seguintes objetivos:
• poluição zero;
• nenhuma produção de resíduos;
• nenhum risco para os trabalhadores; • baixo consumo de energia; e
• eficiente uso dos recursos.
Para saber quanto a empresa está próxima ou longe desses objetivos ideais, é necessário
que ela faça uma estimativa de seu balanço ambiental, levando em consideração todas
as entradas e saídas do processo produtivo.
Tal estimativa deve também levar em conta os padrões ambientais estabelecidos na
busca de não apenas obedecê-los, mas também sempre que possível, de superá-los. Esta
meta deve ser continuamente buscada porque hoje ainda não se conhecem as
conseqüências que determinadas substâncias podem acarretar no longo prazo e também
porque os padrões estabelecidos, muitas vezes por questões econômicas e políticas,
podem estar muito aquém das reais necessidades sociais.
d) CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL
A inexistência de consumidores conscientizados em relação a causa ambiental pode dar
falsa impressão de que a empresa não está ameaçada pela crescente ampliação dos
produtos amigáveis ao ambiente no mercado de bens e serviços.
Estas empresas podem ser pegas de surpresa pelos concorrentes que eventualmente já
incorporaram essa variável.
e) PADRÕES AMBIENTAIS
Há uma correlação direta entre a conscientização da sociedade e os padrões ambientais
estabelecidos. Assim, quanto maior a pressão social mais restrita é sua legislação
ambiental. Nos países onde as restrições ambientais são mais severas como Japão,
Alemanha, Suécia etc., suas organizações desenvolveram excelentes oportunidades de
novos negócios, relacionados com a questão ambiental, que estão exportando know-how
para outros países.
g) CAPACITAÇÃO DO PESSOAL
Baixos níveis de poluição podem estar ligados a novos equipamentos, tecnologias mais
novas que podem provocar mudanças nos processos e produtos. Tal posição implica
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necessariamente a existência de um pessoal competente e
treinado que seja capaz de transformar os planos idealizados em ações efetivas e
eficazes.
i) CAPITAL
A grande dúvida da empresa e que sempre se levanta é não saber se o investimento
realizado com a questão ambiental será rentável, pelo menos a curto prazo.
Para minimizar este impacto, as empresas poderão negociar com os órgãos
governamentais de controle acordos que resultem em cronogramas mais amplos e
padrões de emissão decrescentes, difíceis de ser alcançados no curto prazo.
O Modelo de Winter
- sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir uma economia orientada
para o ambiente - e sem esta última não se poderá esperar para a espécie humana uma
vida com o mínimo de qualidade;
- sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir consenso entre o público e
a comunidade empresarial e sem consenso entre ambos não poderá existir livre
economia de mercado;
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- sem gestão ambiental da empresa, serão potencialmente
desaproveitadas muitas oportunidades de redução de custos;
- sem gestão ambiental da empresa, os homens de negócios estarão em conflito com sua
própria consciência e sem auto-estima não poderá existir verdadeira identificação com o
emprego ou a profissão.
- Seja responsável em relação ao meio ambiente e torne isso conhecido. Demonstre aos
clientes, fornecedores, governo e comunidade que a empresa leva as questões
ambientais a sério e que desenvolve práticas ambientais de forma eficiente.
1. Benefícios econômicos
Redução de custos:
- Economias devido à redução do consumo de água, energia e outros insumos.
Incremento de receitas:
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- Aumento da demanda para produtos que contribuam para
a diminuição da poluição.
2. Benefícios estratégicos
- Aumento da produtividade.
1) PRIORIDADE ORGANIZACIONAL
• Reconhecer que a questão ambiental está entre as principais prioridades da
empresa e que ela é uma questão-chave para o Desenvolvimento Sustentado.
• Estabelecer políticas, programas e práticas no desenvolvimento das operações
que sejam adequadas ao meio ambiente.
2) GESTÃO INTEGRADA
• Integrar as políticas, programas e práticas ambientais intensamente em todos os
negócios como elementos indispensáveis de administração em todas suas funções.
3) PROCESSO DE MELHORIA
• Continuar melhorando as políticas corporativas, os programas e a performance
ambiental tanto no mercado interno quanto externo, levando em conta o
desenvolvimento tecnológico, o conheci mento científico, as necessidades dos
consumidores e os anseios da comunidade.
4) EDUCAÇÃO DO PESSOAL
• Educar, treinar e motivar o pessoal, no sentido de que possam desempenhar suas
tarefas de forma responsável em relação ao ambiente.
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5) PRIORIDADE DE ENFOQUE
• Considerar as repercussões ambientais antes de iniciar nova atividade ou projeto e
antes de construir novos equipamentos e instalações adicionais ou de abandonar alguma
unidade produtiva.
6) PRODUTOS E SERVIÇOS
• Desenvolver e fabricar produtos e serviços que não sejam agressivos ao ambiente e
que sejam seguros em sua utilização e consumo, que sejam eficientes no consumo de
energia e de recursos naturais e que possam ser reciclados, reutilizados ou armazenados
de forma segura.
7) ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR
• Orientar e, se necessário, educar consumidores, distribuidores e o público em geral
sobre o correto e seguro uso, transporte, armazenagem e descarte dos produtos
produzidos.
8) EQUIPAMENTOS E OPERACIONALIZAÇÃO
• Desenvolver, desenhar e operar máquinas e equipamentos levando em conta o
eficiente uso de água, energia e matérias-primas, o uso sustentável dos recursos
renováveis, a mínimização dos impactos negativos ao ambiente e a geração de poluição
e o uso responsável e seguro dos resíduos existentes.
9) PESQUISA
• Conduzir ou apoiar projetos de pesquisas que estudem os impactos ambientais das
matérias-primas, produtos, processos, emissões e resíduos associados ao processo
produtivo da empresa, visando à minimização de seus efeitos.
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• Contribuir no desenvolvimento de políticas públicas e
privadas, de programas governamentais e iniciativas educacionais que vi¬sem à
preservação do meio ambiente.
De que forma deve se estruturar uma empresa que pretende incluir a questão ambiental
em sua organização?
• Deve ter uma atividade específica ou possuir uma função administrativa determinada ?
a) COMO SE ESTRUTURAR?
Muitas empresas não têm uma atividade específica que cuida do meio ambiente,
ficando por conta do responsável pelo processo produtivo.
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Assim, se a variável ecológica é considerada
importante dentro da organização, então a função que a ela se relaciona possui status,
prestígio e autoridade; caso contrário, transforma-se em uma atividade meramente
acessória.
b) LOCALIZAÇÃO NA ESTRUTURA
A área que cuida da questão ambiental deve cobrir todas as atividades que envolvem
seu relacionamento com a estratégia da organização, com as outras áreas funcionais,
bem como com os aspectos ligados à poluição do meio ambiente, segurança do processo
e do produto, higiene e segurança dos trabalhadores e com a prevenção de acidentes e
danos ambientais, pode-se identificar que existem 3 focos administrativos importantes
que têm abrigado o surgimento dessa atividade dentro da organização funcional
Na função de Produção
Na função Qualidade
Na função de Segurança
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Exercícios
3) Algumas empresas, têm demonstrado que é possível ganhar dinheiro e proteger o meio
ambiente mesmo não sendo uma organização que atua no chamado "mercado verde",
desde que as empresas possuam certa dose de criatividade e condições internas que
possam transformar as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios.
Cite exemplos de como isso é possível.
5) Qualquer proposta de gestão ambiental inclui no mínimo três dimensões, quais são elas?
8) Quais as principais razões pelas quais um gerente deve aplicar o princípio da gestão
ambiental em sua empresa, conforme o modelo de Winter ?
De que forma deve se estruturar uma empresa que pretende incluir a questão ambiental
em sua organização?
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GESTÃO AMBIENTAL
PARTE 3
1. Definições de Lixo
“Lixo é tudo aquilo que não se quer mais e que se joga fora; coisas inúteis, velhas e
sem valor.” (Dicionário Aurélio)
Claro que dizer que todo “lixo” é inservível é relativo, pois em muitos casos o que é
considerado lixo pode se tornar matéria-prima para outro produto ou processo.
2. Legislação
“Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras
gerações”.
“Artigo 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no
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País, condições ao desenvolvimento sócio econômico, aos
interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana...”
“O lixo “in natura” não deve ser utilizado na agricultura ou na alimentação de animais.”
“Os lixos ou resíduos não devem ser lançados em cursos d’água, lagos e lagoas, salvo
na hipótese de necessidade de aterro de lagoas artificiais, autorizado pelo órgão estadual
de controle da poluição e de preservação ambiental.”
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II – Dispor de instalações adequadas devidamente
licenciadas pelo órgão ambiental competente para a substituição do óleo usado ou
contaminado e seu recolhimento de forma segura, em lugar acessível á coleta, utilizando
recipientes propícios e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio
ambiente.
III – Adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou
contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes,
água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem.
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III – Prestar ao IBAMA e, quando solicitado, ao
órgão estadual de meio ambiente, até o décimo quinto dia do mês subseqüente a cada
trimestre civil, informações mensais relativas a:
Resolução CONAMA 257/99 – Dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que contenham
em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessários ao
funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos,
bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura
de forma não substituível, e dá outras providências.
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Destinação final inadequada: disposição em aterros, mar, rios, lagos ou riachos, terrenos
baldios ou alagadiços, e queima a céu aberto.
1º janeiro de 2002 – para 4 pneus novos fabricados ou importados dar correta destinação
em 1 (4:1)
1º janeiro de 2003 – (2:1); 1º janeiro de 2004 – (1:1); 1º janeiro de 2005 – (4:5)
Domiciliar Prefeitura
Comercial Prefeitura (*)
Público Prefeitura
Serviços de Saúde Gerador
Portos e Aeroportos Gerador
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Industrial Gerador
Entulho Gerador (**)
Classe I - Perigosos
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Classe II–A: não inertes
São os resíduos que podem apresentar características de combustibilidade,
biodegrabilidade ou solubilidade em água, com possibilidade de acarretar risco a saúde
ou meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I –
Perigoso ou Classe II-B – Inertes.
• Lixo comercial
É aquele produzido em estabelecimentos comerciais e industriais e sua composição
varia conforme a natureza da instituição (embalagens, papel, restos de comida, etc.).
Pequeno gerador até 120 litros/ dia e grande gerador superior a 120 litros/ dia (é o
regulamento de limpeza urbana do município quem define esses valores limites).
• Lixo público
Em geral compreende elementos resultantes da natureza, tais como folhas, poeira, terra
e areia; restos de capinas, podas e atividades de varrição; e também animais mortos,
móveis velhos eletrodomésticos quebrados, que são descartados irregularmente pela
população.
Pilhas e Baterias
Lâmpadas Fluorescentes
Pneus
• Lixo Industrial
Os resíduos das industrias compõe-se de restos de processamento, cuja composição
depende das matériasprimas e as técnicas industrias utilizadas. O lixo industrial, por sua
vez, é coletado em 1.505 municípios dos 4.425 pesquisados pelo IBGE. Desse total,
66% não tem coleta especial e também se misturam ao lixo comum.
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- Perigosos (classe I): 643.543,19 ton/ano 4,03%
- Não Perigosos (classe II): 15.106.392 ton/ano 95,97%
• Lixo Agrícola
Formado basicamente pelos restos de embalagens impregnados com pesticidas e
fertilizantes químicos, utilizados na agricultura, que são perigosos. Muitas vezes esses
resíduos são misturados com resíduos comuns e dispostos em lixões ou queimados em
fazendas e sítios mais afastados, gerando gases tóxicos.
Classificação:
Classe A: (apresentam risco devido à presença de agentes biológicos):
- Sangue hemoderivados;
- Excreções, secreções e líquidos orgânicos;
- Meios de cultura;
- Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas; - Filtros de gases aspirados de áreas
contaminadas;
- etc.
Destinos:
*Incineração: é a queima do lixo infectante transformando-o em cinzas, uma atitude que
pode se tornar politicamente incorreta, devido aos subprodutos lançados na atmosfera
como dioxinas e metais pesados.
*Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito utilizado.
Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, mas o espaço
para todo o lixo produzido ainda é um problema em muitas cidades.
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Muitos Hospitais limitam-se ou a encaminhar a totalidade
de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais,
quando estes existem, ou lançam diretamente em lixões ou simplesmente queimam os
resíduos.
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Vidros
2% Outros
16%
Metal
2%
Plásticos
3%
Matéria Orgânica
52%
Papel
25%
Materiais R$/ kg
Papelão 0,18 ~ 0,50
Papel Branco 0,22 ~ 0,68
Latas de aço 0,15 ~ 0,29
Alumínio 2,80 ~ 3,70
Vidro incolor 0,05 ~ 0,19
Vidro colorido 0,08 ~ 0,13
Plásticos rígidos 0,55 ~ 1,10
PET 0,95 ~ 1,30
Plástico filme 0,45 ~ 1,20
Obs.: materiais limpos e prensados
Fonte: www.cempre.org.br
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Redução na Fonte: implantação de um programa na
Organização para reduzir os volumes e as toxicidades dos resíduos e que seja factível
economicamente.
• Reciclagem
Separação dos materiais, tais como papéis, plásticos, vidros e metais, com a finalidade
de trazê-los de volta à industria para serem beneficiados. Esses materiais são novamente
transformados em produtos comercializáveis no mercado de consumo.
Vantagens:
• Preservação de recursos naturais;
• Economia de energia;
• Escassez de áreas para disposição final;
• Geração de emprego e renda;
• Conscientização da população para as questões ambientais.
• Compostagem
Processo natural de decomposição biológica de materiais orgânicos pela ação de
microorganismos. Produz o húmus, matéria orgânica homogênea, totalmente
bioestabilizada, de cor escura que quando aplicado ao solo, melhora suas características
físicas, físico-químicas e biológicas para o uso agrícola.
• Co-processamento
É a destruição térmica de resíduos em fornos de cimento. Seu diferencial em relação as
demais técnicas de queima está no aproveitamento do resíduo como potencial
energético ou substituto de matéria-prima na indústria cimenteira, sem qualquer
alteração na qualidade do produto final.
• Incineração
A Incineração é um processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura - 900
a 1250 ºC com tempo de residência controlada - e utilizado para o tratamento de
resíduos de alta periculosidade, ou que necessitam de destruição completa e segura.
• Landfarming
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• Microondas
Em geral é empregado para tratamento de resíduos gerados em estabelecimentos de
saúde, que consiste basicamente na desinfecção e alteração de características, tornando
os agentes patogênicos, tais como fungos, bactérias e vírus inertes. Esse processo gera
desconfiança, pois elementos viróticos podem suportar temperaturas superiores a 100
ºC.
• Aterro Sanitário
Técnica de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de
confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de
modo a evitar danos ou riscos a saúde, minimizando os impactos ambientais.
ATERRO CLASSE II A
Destina-se à disposição de resíduos industriais não-perigosos e não-inertes, e também
para a disposição de resíduos domiciliares. Os Aterros Classe IIA possuem as seguintes
características: impermeabilização com argila e geomembrana de PEAD, sistema de
drenagem e tratamento de efluentes líquidos e gasosos e completo programa de
monitoramento ambiental.
ATERRO CLASSE II B
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Devido à característica inerte dos resíduos dispostos, o
Aterro Classe IIB dispensa a impermeabilização do solo. Esse aterro possui sistema de
drenagem de águas pluviais e um programa de monitoramento ambiental que contempla
o acompanhamento geotécnico (movimentação, recalque e deformação) do maciço de
resíduos.
• Aterro Controlado
São uma de confinar tecnicamente o lixo coletado, sem poluir o ambiente externo,
porém, sem promover a coleta e o tratamento do chorume e a coleta e a queima do
biogás.
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7. Indicadores
Aterro Controlado
37,0%
Estação de Triagem
1,0%
Compostagem
Aterro Sanitário
2,9%
36,2%
Não Informado
5,0% Aterro Controlado
18,3%
Aterro Sanitário
13,7%
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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A Classe I - Perigosos amostrados de
forma representativa, e submetidos a um contato estático ou
dinâmico com a água (teste conf. NBR 10006), não tiveram
nenhum de seus contribuintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água.
São aqueles que apresentam periculosidade em função de
suas características físicas, químicas ou infecto-contagiosas,
B Classe II–A: não podendo apresentar risco á saúde pública e ao meio
inertes ambiente, provocando a mortalidade, a incidência de
doenças ou acentuando seus índices.
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E • Microondas Tratamento
biológico no qual a parte orgânica do resíduo é decomposta
pelos microorganismos presentes na camada superficial do
solo. É muito utilizado na disposição de derivados de
petróleo e compostos orgânicos.
6) Qual a diferença entre aterro controlado, aterro sanitário e lixão a céu aberto ?
TRABALHO EM CLASSE
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GESTÃO AMBIENTAL
PARTE 4
Licenciamento Ambiental
São autorizações para atividades com prazos definidos, com começo, meio e
fim, normalmente com prazo de validade curto, de 6 a 12 meses no máximo. Permite,
eventualmente, possibilidade de renovação, porém por um novo prazo. Para tanto o
interessado deverá apresentar uma justificativa.
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Ato administrativo mediante o qual o órgão gestor
de recursos hídricos faculta ao requerente o direito de uso dos recursos hídricos, por
prazo determinado, nos termos e condições expressas no respectivo ato, consideradas as
legislações específicas vigentes.
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Processo Administrativo para Obtenção do Licenciamento Ambiental
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3.3 Licença Ambiental de Operação (LO) e respectiva renovação da Licença de
Instalação (LI), para indústrias:
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• Atividades agropecuárias: projeto agrícola, criação de
animais, projetos de assentamento e de colonização;
• Uso de recursos naturais: silvicultura, exploração econômica de madeira ou lenha e
subprodutos florestais; manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre;
utilização do patrimônio genético natural; manejo de recursos aquáticos vivos;
introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificados; uso da diversidade
pela biotecnologia.
• “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para presentes e futuras gerações”.
Conceitos
Impacto Ambiental
“É quando o efeito inclui a noção de julgamento, valor positivo (benéfico) ou
negativo (prejudicial). O conceito de impacto ambiental é, portanto, relativo, porque o
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julgamento que lhe é intrínseco varia no espaço e no
tempo. Pode-se admitir, então, que o impacto ambiental é sempre uma perturbação
ecossistêmica, proveniente de uma ação ou omissão humana (efeito ambiental),
qualificada de positiva ou negativa, por um certo grupo social, no contexto de sua
realidade espacial-temporal, ou seja, cultura”. (IARA VEROCAI MOREIRA, 1990).
• A saúde;
• A segurança e bem estar da população;
• As atividades sociais e econômicas;
• A biota;
• As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
• A qualidade dos recursos ambientais.
CARACTERÍSTICAS DO AIA
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diferencia instalação e funcionamento, para ambos poderá
ser exigido o EIA e o RIMA.
• O EIA e o RIMA só pode ser exigido pelo Poder Público, quer da esfera federal, quer
seja da esfera estadual ou da municipal.
• A AIA tem como característica a publicidade e a participação popular.
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- Consultores Autônomos – Especialistas que podem ser
contratados para auxiliarem na análise do EIA e do RIMA.
• Diagnóstico Ambiental
Físico: ar /clima, recursos minerais e solo
• Medidas Mitigadoras
Ações, capazes de diminuir o impacto negativo, ou sua gravidade, não compensando
danos. A medida mitigadora tem objetivo adotar medidas para suprimir, atenuar,
eliminar ou reduzir as conseqüências prejudiciais de uma obra ou atividade.
É importante, portanto, que sejam previstas, planejadas e implantadas desde a fase de
planejamento, para que mantenham o caráter do EIA e do RIMA.
O Órgão Ambiental (federal, estadual ou municipal) é que aprova e monitora a
efetividade da implantação das Medidas Mitigadoras. Quando determinada obra causar
impacto negativo não mitigável, adota-se a medida compensatória.
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• A fase do empreendimento em que deverão ser adotadas:
no planejamento, implantação, operação e desativação;
• Na componente ambiental afetada, ou seja, meio físico, biológico ou sócio-econômico;
• O tempo de permanência de sua ocorrência;
• Responsabilidade pela implantação do empreendimento e causador dos impactos;
• Avaliação dos custos da medida mitigadora preconizada.
Fonte: geomorfologia e Meio Ambiente, organizado por Antonio José Teixeira Guerra
e Sandra Baptista da Cunha, 2003, editora Bertand do Brasil.
• Programas de Monitoramento
RECURSOS
Correrão por conta do proponente do Projeto todas as despesas e custos referentes á
realização do Estudo de Impacto Ambiental, tais como: coletas e aquisição dos dados e
informações, trabalhos de inspeção de campo, análises de laboratório, estudos técnicos,
e científicos e acompanhamento e monitoramento dos impactos e elaboração do RIMA.
EQUIPE
EIA e o RIMA deve ser realizado por equipe interdisciplinar habilitada:
1. Biólogos
2. Químicos
3. Eng. Florestais 4. Eng. Ambientais
5. etc.
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Auditorias Ambientais Compulsórias
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§ 2º A critério do órgão estadual de meio ambiente
também serão passíveis de auditorias ambientais compulsórias as atividades públicas ou
privadas, que a qualquer tempo gerem ou venham a gerar impactos ou riscos ambientais
relevantes.
Portaria 049/IAP
Determina a realização de Auditoria Ambiental Compulsória, até 30 de junho de 2005,
pelas empresas e empreendimentos enquadrados nas tipologias listadas no Anexo I, em
cumprimento a Lei Estadual nº 13.448/2002, e Decreto nº 2.076/2003.
Perícia Ambiental
É a avaliação dos danos ambientais, que são todas as alterações aos elementos e
sistemas da natureza produzidos pela ação antrópica ou natural, que venham a
prejudicar suas condições originárias, alterando-os ou degradando-os. Quem faz: Equipe
interdisciplinar.
Bibliografia
Site: http://www.iap.pr.gov.br
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4) Explique com suas palavras o que vem a ser uma “Avaliação de Impactos Ambientais” e de
exemplos de atividades obrigadas a realizá-la.
7) Dentro do estudo de impactos ambientais (EIA), o que são medidas mitigadoras e quem aprova
e monitora sua efetividade ?
8) Quais os objetivos das “Auditorias Compulsórias” (Lei Estadual nº 13.448) e a qual órgão
ambiental deve ser apresentado os resultados ? Cite 3 exemplos de atividades que são obrigadas
a realizá-las.
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GESTÃO AMBIENTAL
PARTE 5
1. O QUE É ISO?
• constituem uma base universal para o estabelecimento dos sistemas da qualidade e meio
ambiente nas organizações;
• permitem uma linguagem comum entre clientes e fornecedores;
• são sugeridas ou impostas por clientes;
• dão uma imagem externa de empresa organizada.
Representante no Brasil
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¾ MEMBRO COM DIREITO A VOTO NO FORUM INTERNACIONAL DE
NORMALIZAÇÃO (ISO)
¾ PARTICIPANTE DO TC 207: DEFENDE PRÁTICAS NÃO TENDENCIOSAS
As normas ISO Série 14.000 são um grupo de normas que fornecem ferramentas e
estabelecem um padrão de Sistema de Gestão Ambiental. As normas abrangem seis
áreas bem definidas:
AUDITORIA
• ISO 19011 – Diretrizes para Auditorias de Sistema Gestão da Qualidade e/ ou
Ambiental, 2003.
DESEMPENHO AMBIENTAL
• ISO 14031 - Gestão Ambiental – Avaliação de desempenho ambiental - diretrizes, 2004.
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2.4 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA
• ISO 14040 - Gestão Ambiental - Análise do Ciclo de Vida - Princípios e estrutura,
2001.
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¾ MINIMIZAR OU ELIMINAR RISCOS AO MEIO
AMBIENTE E AO HOMEM;
¾ CUSTOS:
z Tempo de trabalho dos empregados Consultoria Treinamentos
z Infra - estrutura para a prevenção Auditorias internas e externas
¾ BENEFÍCIOS INTERNOS
z Redução e/ou otimização no consumo de matéria-prima Redução dos desperdícios no
consumo de água e energia Prevenção de riscos
z Promover o aumento da eficiência dos processos Atendimento da conformidade com
a Legislação
¾ BENEFÍCIOS EXTERNOS:
Muitos requisitos são comuns entre as normas ISO 9001 (Sistemas de Gestão da
Qualidade), OHSAS 18001 (Saúde e Segurança) e a ISO 14001 (Sistema de Gestão
Ambiental), podendo ser integrados em um único sistema.
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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
o 4.3 Planejamento
4.3.1 Aspectos ambientais
4.3.2 Requisitos legais e outros requisitos
4.3.3 Objetivos, Metas e Programas
o 4.5 Verificação
4.5.1 Monitoramento e medição
4.5.2 Avaliação do Atendimento a requisitos legais e outros
4.5.3 Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva
4.5.4 Controle de Registros
4.5.5 Auditoria Interna
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o 4.6 Análise pela Administração
O SGA e o PDCA:
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• seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais
de sua atividades, produtos e serviços;
Exemplo:
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¾ Aspecto Ambiental: elemento das atividades e serviços de uma organização que pode
interagir com o meio ambiente.
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Aspecto Impacto
Causa Efeito
Exemplo
A organização deve assegurar que esses requisitos legais aplicáveis e outros requisitos
da organização sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e
manutenção do SGA.O inventário de leis e outros regulamentos aplicáveis devem
englobar as legislações ambientais federais, estaduais e municipais. Outros
regulamentos podem ser requeridos pela própria organização, pelo cliente, etc.
¾ A organização deve estabelecer, implementar e manter programa (s) para atingir seus
objetivos e metas. O(s) programa(s) deve incluir:
- atribuição de responsabilidades em cada função e nível pertinente;
- os meios e prazos no qual eles devem ser atingidos.
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Exemplo de plano de ação:
Objetivo Meta Ações Resp. Prazo
-instalar hidrômetros Manutenção Dez/2006
Reduzir o Reduzir o nos pontos de predial
consumo de consumo de água consumo
água em 10% em -implementar Manutenção Dez/2006
relação a 2007 monitoramento de predial
consumo
-Promover Gestor ambiental Dez/2006
treinamento do
pessoal
A organização deve assegurar que qualquer pessoa(s) que para ela ou em seu nome,
realize tarefas que tenham o potencial de causar impactos ambientais significativos, seja
competente com base na formação, treinamento ou experiência.
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4.4.3 – Comunicação
4.4.4 - Documentação
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