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A COMUNHÃO SACRAMENTAL

– Jesus Cristo espera-nos todos os dias.

– Presença real de Cristo no Sacrário.

– O Senhor nos sara e purifica na Sagrada Comunhão.

I. UM LEPROSO aproximou-se do lugar em que Jesus se encontrava1, pôs-


se de joelhos e disse-lhe: Se quiseres, podes limpar-me. E o Senhor, que
sempre deseja o nosso bem, compadeceu-se dele, tocou-o e disse-lhe: Quero,
fica limpo. E imediatamente desapareceu dele a lepra e ficou limpo.

“Aquele homem ajoelha-se prostrando-se por terra – o que é sinal de


humildade –, para que cada um de nós se envergonhe das manchas da sua
vida. Mas a vergonha não deve impedir a confissão: o leproso mostrou a chaga
e pediu o remédio. A sua oração está, além disso, repleta de piedade, isto é,
reconheceu que o poder de ser curado estava nas mãos do Senhor”2. E nas
mãos divinas continua a estar o remédio de que necessitamos.

Cristo espera-nos cada dia na Sagrada Eucaristia. Está ali verdadeira, real e
substancialmente presente, com o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Encontra-se ali com todo o resplendor da sua glória, pois Cristo ressuscitado já
não morre3. O Corpo e a Alma permanecem inseparáveis e unidos para
sempre à Pessoa do Verbo. Todo o mistério da Encarnação do Filho de Deus
está contido na Hóstia Santa, em toda a riqueza profunda da sua Santíssima
Humanidade e na infinita grandeza da sua Divindade, ambas veladas e ocultas.
Na Sagrada Eucaristia encontramos o mesmo Jesus Cristo que disse ao
leproso: Quero, fica limpo, o mesmo que é contemplado e louvado pelos anjos
e santos por toda a eternidade.

Quando nos aproximamos de um Sacrário, encontramo-lo ali. Talvez


tenhamos repetido muitas vezes na sua presença o hino com que São Tomás
expressou a fé e a piedade da Igreja e que tantos cristãos converteram numa
oração pessoal:

Adoro-vos com devoção, Deus escondido, que sob estas aparências estais
presente. A Vós se submete o meu coração por inteiro, e ao contemplar-vos se
rende totalmente.

A vista, o tato, o gosto enganam-se sobre Vós, mas basta o ouvido para crer
com firmeza. Creio em tudo o que disse o Filho de Deus; nada de mais
verdadeiro que esta palavra de verdade.

Na Cruz estava oculta a divindade, mas aqui se esconde também a


humanidade; creio, porém, e confesso uma e outra, e peço o que pediu o
ladrão arrependido.
Não vejo as chagas, como as viu Tomé, mas confesso que sois o meu
Deus. Fazei que eu creia mais e mais em Vós, que em Vós espere, que Vos
ame4.

Esta maravilhosa presença de Jesus entre nós deveria renovar a nossa vida
cada dia. Quando o recebemos, quando o visitamos, podemos dizer em sentido
estrito: Hoje estive com Deus. Tornamo-nos semelhantes aos Apóstolos e aos
discípulos, às santas mulheres que acompanhavam o Senhor pelos caminhos
da Judéia e da Galiléia. “Non alius sed aliter”, não é outro, mas está de outro
modo, costumam dizer os teólogos5. Encontra-se aqui connosco; em cada
cidade, em cada vilarejo. Com que fé o visitamos? Com que amor o
recebemos? Como preparamos a nossa alma e o nosso corpo quando vamos
comungar?

II. SÃO TOMÁS DE AQUINO6 ensina que o Corpo de Cristo está presente
na Sagrada Eucaristia tal como é em si mesmo, e a Alma de Cristo está
presente com a sua inteligência e vontade; excluem-se apenas aquelas
relações que dizem respeito à quantidade, pois Cristo não está presente na
Hóstia Santa do modo como uma quantidade está localizada no espaço7. Está
presente com o seu Corpo glorioso de um modo misterioso e inexplicável.

A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade está, pois, nesse Sacrário que


podemos visitar todos os dias, talvez muito perto da nossa casa ou do
escritório, na capela da Universidade, do hospital em que trabalhamos ou do
aeroporto; e está presente com o soberano poder da sua Divindade. Ele, o
Filho Unigénito de Deus, em cuja presença tremem os Tronos e as
Dominações, por quem tudo foi feito, que tem o mesmo poder, sabedoria e
misericórdia que as outras Pessoas da Santíssima Trindade, permanece
perpetuamente connosco, como um de nós, sem nunca deixar de ser Deus.
Efectivamente, no meio de vós está quem vós não conheceis 8. Será que,
apesar de estarmos absortos nos nossos negócios, no trabalho, com as suas
preocupações diárias, pensamos com frequência em que, muito perto da nossa
residência ou do local de trabalho, mora realmente o Deus misericordioso e
omnipotente?

O nosso grande fracasso, o maior erro da nossa vida, seria que em algum
momento pudessem aplicar-se a nós aquelas palavras que o Espírito Santo
pôs na pena de São João: Veio aos que eram seus e os seus não o
receberam9, porque estavam ocupados nas suas coisas e nos seus trabalhos –
podemos acrescentar –, em assuntos que sem Ele não têm a menor
importância. Mas fazemos hoje o propósito firme de permanecer com um amor
vigilante: alegrando-nos muito quando vemos a torre de uma igreja, fazendo
durante o dia muitas comunhões espirituais, actos de fé e de amor,
manifestando o nosso desejo de desagravar o Senhor por aqueles que passam
ao seu lado sem lhe dirigirem um pensamento sequer.

III. SENHOR JESUS, bom pelicano, limpai-me a mim, imundo, com o vosso
Sangue, com esse Sangue do qual uma só gota pode salvar do pecado o
mundo inteiro10.

O Senhor dá a cada homem em particular, na Sagrada Eucaristia, a mesma


vida da graça que trouxe ao mundo pela sua Encarnação11. Se tivéssemos
mais fé, realizar-se-iam em nós verdadeiros milagres, como os que se
operaram nas pessoas que Jesus curou: ficaríamos limpos das nossas
fraquezas e imperfeições, até o mais fundo da alma. Fazei que eu creia mais e
mais em Vós, é o que nos convida a clamar e a suplicar interiormente o hino
eucarístico. Se tivermos fé, ouviremos as mesmas palavras que foram dirigidas
ao leproso: Quero, fica limpo. Ou veremos como o Senhor se levanta perante
as ondas, tal como no lago de Tiberíades, para acalmar a tempestade; e far-se-
á também na nossa alma uma grande bonança.

Senhor Jesus, bom pelicano... Na Comunhão, o Senhor não só nos oferece


um alimento espiritual, como Ele próprio se dá a nós como Alimento.
Antigamente, pensava-se que, quando morria o filhote de um pelicano, este
feria o seu próprio peito e com o seu sangue alimentava o filhote morto, que
assim retornava à vida... Cristo dá-nos a vida eterna. A Comunhão, recebida
com as devidas disposições, traz-nos o Mestre que vem até nós com o seu
amor pessoal, eficaz, criador e redentor, como o Salvador que é das nossas
vidas.

A nossa alma purifica-se ao contacto com Cristo. Obtemos então o vigor


necessário para praticar a caridade, para viver exemplarmente os deveres
próprios, para proteger a nossa pureza, para realizar o apostolado que Ele
mesmo nos indicou...

A Sagrada Eucaristia é remédio para as fraquezas diárias, para esses


pequenos desleixos e faltas de correspondência que não matam a alma, mas a
debilitam e conduzem à tibieza. Faz-nos vencer as nossas covardias.

Na Sagrada Eucaristia, Jesus espera-nos para restaurar as nossas


forças: Vinde a mim todos os que estais fatigados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei12. Jesus não exclui ninguém: Vinde a mim todos. Se alguém quiser
aproximar-se de mim, eu não o lançarei fora13. Enquanto durar o tempo da
Igreja militante, Jesus permanecerá connosco como a fonte de todas as graças
que nos são necessárias. Sem Ele, não poderíamos viver. Com palavras de
São Tomás em outra oração, podemos dizer a Jesus presente na Sagrada
Eucaristia: “Aproximo-me de Vós como um doente do médico da vida, como um
imundo da fonte de misericórdia, como um cego da luz da claridade eterna,
como um pobre e necessitado do Senhor do céu e da terra. Imploro a
abundância da vossa infinita generosidade para que vos digneis curar a minha
enfermidade, lavar a minha impureza, iluminar a minha cegueira, remediar a
minha pobreza e vestir a minha nudez, a fim de que me aproxime a receber o
Pão dos Anjos, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, com tanta reverência e
humildade, com tanta contrição e piedade, com tanta pureza e fé, e com tal
propósito e intenção como convém à saúde da minha alma”14.

A Virgem Maria, nossa Mãe, anima-nos sempre a relacionar-nos cada vez


mais intimamente com Jesus sacramentado: “Aproxima-te mais do Senhor...,
mais! – Até que se converta em teu Amigo, teu Confidente, teu Guia”15.

(1) Mc 1, 40-45; (2) São Beda, Comentário ao Evangelho de São Marcos; (3) Rom 6, 9; (4)
Hino Adoro te devote; (5) cfr. M. M. Philipon, A nossa transformação em Cristo, pág. 116; (6)
cfr. São Tomás, Suma Teológica, III, q. 76, a. 5, ad. 3; (7) cfr. ib., III, q. 81, a. 4; (8) Jo 1, 26; (9)
Jo 1, 11; (10) Hino Adoro te devote; (11) cfr. São Tomás, op. cit., I, q. 3, a. 79; (12) Mt 11, 28;
(13) cfr. Jo 6, 37; (14) Missal Romano, Praeparatio ad Missam; (15) São Josemaría
Escrivá, Sulco, n. 680.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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