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NUTRIÇÃO INTELIGENTE
BOVINOS
PROGRAMA NUTRON PARA ALIMENTAÇÃO
DE BOVINOS DE LEITE
O programa NUTRON para alimentação de bovinos Genética, Sanidade, Manejo e Instalações. Falhas que eventual-
leiteiros tem como objetivo principal a obtenção de animais mente venham a acontecer em uma ou mais destas áreas
sadios e produtivos. Estas metas são essenciais para o resultarão em queda no desempenho proporcional à intensidade
produtor moderno, que se defronta com um mercado cada do erro.
vez mais competitivo e eficiente. O programa NUTRON para alimentação de bovinos
É importante ressaltar que além da nutrição, outros fatores leiteiros está dividido em 4 fases:
interferem significativamente na obtenção dessas metas:
Peso (kg)
800 150
ocorre ao redor de 8 a 9 meses de idade, com aproximada-
mente 270 a 280 Kg de peso vivo para raças grandes e 200 700 140
a 210 Kg para raças pequenas), o que atrasa a idade de ALTURA
cobertura e conseqüentemente a idade do primeiro parto. 600 130
Altura (cm)
ocorrência de problemas relativos ao primeiro parto. Isto Crítica (2)
400 110
é decorrente do insuficiente crescimento dos ossos que
compõem a área pélvica. Além do mais, esses animais Zona
300 Crítica (1) 100
podem apresentar menor taxa de concepção. Novilhas
excessivamente gordas apresentam deposição exagera- 200 PESO 90
Tabela 4: Recomendação nutricional para vacas leiteiras em diferentes estágios de lactação e gestação.
Vacas em lactação
Vaca Seca Recém-parida
NUTRIENTE Início Meio Final
(na base seca) Pré-parto 0 a 21 dias 22 a 80 dias 80 a 200 dias > 200 dias
Início
Proteína Bruta(PB)% 12,0 – 13,0 14,0 – 15,0 19,0 – 19,5 17,5 - 18,0 16,0 – 16,5 14,0 – 14,5
PDR (1): % da PB (MS) 75,0 – 80,0 75,0 – 80,0 55,0 – 60,0 55,0 – 60,0 60,0 – 65,0 65,0 – 70,0
PIR (1): % da PB (MS) 20,0 – 25,0 20,0 – 25,0 40,0 – 45,0 40,0 – 45,0 35,0 – 40,0 30,0 – 35,0
Proteína Metabolizável: % da PB (MS) 60,0 – 61,0 64,0 – 65,0 70,0 –71,0 69,0 – 70,0 67,0 – 68,0 65,0 – 66,0
NDT% 60,0 – 65,0 66,0 – 68,0 94,0 – 96,0 76,0 – 78,0 72,0 – 74,0 68,0 – 70,0
Energia Líquida Lactação (Mcal/Kg) 1,35 – 1,47 1,50 – 1,55 2,18 –2 2,23 1,74 – 1,79 1,64 – 1,69 1,55 – 1,60
Cálcio (Ca) (%) 0,55 - 0,60 0,50 (*1,20) 0,80 - 1,10 (3) 0,72 - 1,00 (3) 0,70 3- 1,00 0,70 - 1,00 (3)
Fósforo (P) (%) 0,27 - 0,30 0,30 (*0,40) 0,42 - 0,45 0,38 - 0,42 0,35 - 0,40 0,32 - 0,35
Magnésio (Mg) (%) 0,14 - 0,16 0,20 (*0,40) 0,29 - 0,38 0,21 - 0,30 0,19 - 0,25 0,18 - 0,20
Potássio (K) (%) 0,60 - 0,65 0,68 (*0,65) 1,15 - 1,24 1,00 - 1,10 1,00 - 1,10 0,90 - 1,00
Sódio (Na) (%) 0,11 - 0,12 0,15 (*0,05) 0,34 - 0,38 0,30 - 0,25 0,25 - 0,20 0,25 - 0,20
Cloro (Cl) (%) 0,16 - 0,20 0,22 (*0,80) 0,20 - 0,31 0,25 - 0,29 0,25 - 0,26 0,24 - 0,25
Enxofre (S) (%) 0,18 - 0,22 0,22 (*0,40) 0,20 - 0,25 0,20 - 0,25 0,20 - 0,25 0,20 - 0,25
Iodo (I) (ppm) 0,3 - 0,4 0,3 - 0,4 0,3 - 0,4 0,3 - 0,4 0,3 - 0,4 0,3 - 0,4
Vitamina A (UI/dia) 92.500 - 105.500 100.000 - 121.200 100.000 - 165.000 100.000 - 165.000 50.000 - 165.000 50.000 - 165.000
Vitamina D (UI/dia) 25.750 - 30.000 24.200 - 30.000 30.000 - 46.200 30.000 - 46.200 20.000 - 46.200 20.000 - 46.200
Vitamina E (UI/dia) 1.170 - 1.200 1.000 - 1.100 545 - 860 545 - 600 400 - 600 200 - 600
Adaptado: Universidade Illinois (1998)
NRC Bovinos Leiteiros (2001)
(1) PDR = proteína degrada no rúmen, PIR= proteína não degrada no rúmen
(2) Estes animais vão perder peso (valores acima de 1,8 são impossíveis)
(3) Dietas para animais em lactação com adição de gordura devem procurar os níveis mais elevados. Quando o nível gordura for acima 6% na MS, usar gordura
protegida
(4) Referente a níveis adicionados via suplementação
Proporção de minerais na dieta total: zinco:cobre 4:1, ferro:cobre 40:1, potássio:Mg 4:1, cobre:molibdênio 6:1, potássio: sódio 3:1, nitrogênio:enxofre 11:1
(5) Durante período de estresse térmico: aumentar o nível de potássio (1,3 a 1,5%) e sódio (0,30 a 0,50%) nas dietas dos animais em lactação
* Carboidrato não fibroso (CNF)
CONDIÇÃO CORPORAL
Condição corporal refere-se à quantidade de gordura
corporal subcutânea do animal. Trata-se de uma importante
ESCORE 1
ferramenta de manejo que ajuda a maximizar a produção de
leite e a eficiência reprodutiva, além de ajudar a reduzir
incidências de doenças metabólicas no pós-parto.
Basicamente o escore da condição corporal (ECC)
classifica subjetivamente os animais, de acordo com o grau
de "carne" (principalmente gordura) que cobre as vértebras
lombares, pélvis e inserção da cauda.
Usando escala de 1 a 5 pontos, onde 1 significa um
animal extremamente magro e 5 um outro extremamente
gordo, temos que cada unidade correspondente a 56 Kg de
ESCORE 2
Gráfico 3:
5
CONDIÇÃO CORPORAL
2
ESCORE 4
0 4 8 12 16 20 24
IDADE (MESES)
ESCORE 5
Cavidade profunda ao Cavidade rasa ao redor da Nenhuma cavidade ao Pregas de tecido adiposo Inserção da cauda imersa
redor da inserção da inserção da cauda, redor da inserção da ao redor da inserção da em camada espessa de
cauda. revestida de um pouco de cauda. cauda. tecido adiposo.
Ossos da pelve e das tecido adiposo. Tecido adiposo pode ser Pequenas porções de Ossos pélvicos não são
costelas mais posteriores Fácil de sentir a pelve e facilmente sentido ao gordura encobrindo mais sentidos, nem com
são pronunciados e fáceis costela porém mais redor de toda a área. ísquios. pressão firme.
de ser sentidos. arredondadas e fáceis de Pelve pode ser sentida Pelve pode ser sentida Costelas posteriores
Não há tecido adiposo na ser sentidas com ligeira com ligera pressão. fazendo-se pressão firme. cobertas por espessa
pelve ou área do lombo. pressão. camada de tecido
Espessa camada de tecido Costelas mais posteriores
Profunda depressão do Visível depressão na área cobrindo a parte superior não são sentidas.
lombo. do lombo. das costelas. Não há depressão na área
Ligeira depressão na área do lombo.
Secagem 3,5 - 4,0 Recomposição da condição corporal deve ser feita no final da lactação.