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 • O que está por vir



 o Abenon Menegassi


 o Não consigo respirar...


 o Os municípios de São Paulo, com seus mortos, doentes e vulneráveis estão
abandonados e deixados à própria sorte. Isso, numa pandemia que acontece no
meio de um fogo cruzado político entre o Governador João Dória e o
desajustado da milícia. Da República Miliciana Federal. Do slogan, Pátria Mata
Brasil. E seus seguidores.
 o A decisão de retomada da economia, logo, de rompimento do isolamento
social, essencial para salvar vidas, entre outras medidas que sequer foram
tomadas (LOCKDOWN E TESTES EM MASSA), visa servir apenas aos interesses da
classe econômica que detém o monopólio financeiro do país. Seguindo a cartilha
do lixo ideológico do capitalismo selvagem a decisão de retomada consciente
paulista reflete aqui o descaso do messias do caos de Brasília. DORIA E
BOLSONARO SÃO IGUAIS.
 o Dória regula de forma mais discreta a torneira da economia, já Bozo vai a
público defender a barbárie. Se olharmos de mais perto veremos que cada um à
sua maneira está atuando sem pensar no povo. Dória lança a retomada
consciente. Vale lembrar que uma das funções da consciência é recalcar tudo
aquilo que é indesejado e, no caso, o indesejado é ter que gastar com o povo
porque para eles o dinheiro está acima da vida. Vide desmonte do SUS. Diante da
pergunta que o ladrão faz à vítima "A bolsa ou a vida", o que ele está dizendo no
fundo é “você quer a vida, porém, eu quero a tua bolsa, tua vida não me
importa. Matando-te eu vivo e enriqueço mais ainda”. Essa é a lógica da
ideologia da necropolítica eugenísta e genocida. Eles descobriram, ou melhor,
inventaram que matar dá lucro, então, inventaram, também, o assassinato em
massa legalizado. É fundamental que as pessoas entendam que o que está
acontecendo é o laboratório e prenúncio do que está por vir. E que entendam
que as medidas populistas como kit merenda, auxílio emergencial etc são
máscaras da morte, disfarces da manipulação.
 o Não estamos acostumados a acreditar que o estado possa matar, mas,
quando em mãos erradas, nas mãos de governos neoliberais, ...mata. Já matou
no século passado, e em massa. Por qual motivo nossas consciências recalcam
essa verdade e se recusam a enxergá-la? Será porque queremos acreditar que o
estado nos protegerá sempre e incondicionalmente, como se fossem nossos
pais? Às vezes não, e não está sendo agora. Isso porque há uma enorme
diferença na função estatal quando está ocupado pelo pragmatismo liberal e o
neoliberal. O primeiro ainda defende e garante alguns direitos sociais e alguma
proteção à vida das pessoas, já o neoliberalismo inova ao abandonar o modelo
liberal e passa a produzir crises ou se aproveitar das existentes, como a
pandemia, e se aproveitar das mortes das pessoas para evoluir. Eles perceberam
que matar ou dá lucro ou diminui gastos. Por isso foram e são capazes de fazer
os ajustes necessários para acontecer. Seria justo que doravante nosso
ordenamento jurídico eleitoral passasse a exigir de políticos e candidatos a
cargos públicos testes psicológicos de prevenção aos transtornos do espectro de
narcisismo patológico e psicopatia. O risco, infelizmente, seria não ter candidatos
aptos ao final do certame. A saída, talvez, fosse relaxar os critérios dos testes
psicológicos. No desvão entre o legalmente instituído e decidido pelo bando em
estado de exceção, vê-se que é possível fazer.

 o Portanto, para que essa nova ordem econômica e modo de vida neoliberal
se estabeleça é necessário que emitam mensagens “Saiam às ruas”, ou “armem-
se até os dentes”, o que significa subliminar ou explicitamente: "Matai-vos uns
aos outros assim como eu (nós) vos estou matando todos os dias e ainda
matarei”. Não importa se para cada centavo que entrar na máquina registradora
dez seres humanos ou mais tenham que tombar na outra ponta da ecaosnomia.
Como na guerra, corpos devem sucumbir para que os interesses de quem
controla a bolsa de valores sejam defendidos. Só que essa guerra viral caminha a
passos largos para se tornar endêmica. Então, como vai ser? Vai ser o prato
cheio. O que os políticos neoliberais, como Doria e Bozo (e inclua-se seus
respectivos governadores, deputados, vereadores e prefeitos aliados), querem é,
seguindo o paradigma neoliberal, naturalizar a morte como efeito colateral da
economia operante. O cálculo começa com a pergunta sobre quanto de
capacidade de atendimento os hospitais públicos aguentam para poderem abrir
a torneira na mesma proporção. Por “torneira” entenda-se a regulação do
isolamento social. Mas, essa lógica do extermínio vai se perpetuar mesmo em
tempos sem pandemia. O critério será sempre o dinheiro. O que veremos então,
numa primeira fase, será o índice de exposição e morte dos trabalhadores ser
regulada pelo índice de capacidade hospitalar. Só que eles não melhorarão os
hospitais públicos, antes, os desmontarão, logo, como segunda fase da
necropolítica, imporão a sentença condenatória "vá para casa...". Essa frase, já
repetida atualmente, é emblemática. Ela sintetiza o novo papel que o estado em
sua face disciplinar irá assumir diante da população. Como se tratará de pessoas
pauperizadas, seria ironia orientar no sentido de buscar uma saúde de qualidade
paga. Então, a sentença do descaso, do abandono, da omissão será “Vá para
casa”. Portanto, a casa, o lar, será o último e único refúgio que o cidadão terá
para recorrer em seu momento de agonia, pois, o poder público, infestado, se
retirou de suas incumbências iniciais. A casa será o espaço último para onde o
doente será devolvido para ter seu tratamento, senão pelo retorno, pois essa
nunca deixou de existir, através da medicina caseira, alquímica e artesanal. Só
que agora sem opção. A casa será o ponto que o estado através da saúde fixará
como recurso de regulação. Se antes, o CROSS aparecia como sistema de
mediação entre o hospital de chegada e o hospital de referência para o
tratamento da doença do paciente, agora, não haverá mais essa intermediação.
Doravante, a regulação se dará na porta do hospital inicial. Não haverá mais
porta de entrada e nem acolhimento, muito menos atenção. A regulação, então,
será “Vá para casa”. Indiferentemente. Medicina legal só para quem puder
pagar e caro, pois, a saúde será vendida como uma mercadoria no mercado de
objetos de luxo. A lógica que vai se estabelecer é simples: seremos cada vez mais
descartados como pilhas usadas, não há dúvida. Será a naturalização da morte
generalizada e as pessoas serão computadas como excedentes de mão de obra
descartáveis no mercado de trabalho só que agora, não mais e somente pela via
da demissão e do desemprego, mas, inclusive, pela via do deixar morrer
desempregado, doente e sem assistência. Isso já acontece, só vão intensificar a
medida. a situação é catastrófica. Não tem nada de humano nas atitudes
sanitaristas deles. São paladinos da morte, marionetes da casta predadora
brasileira que parasita o Brasil há 500 anos. É difícil até de acreditar, mas está
acontecendo aqui e agora, estamos concentrados. Por isso, nunca foi tão visceral
nos fazermos a seguinte pergunta: até quando continuaremos com essa dor no
peito enquanto enxugamos as lágrimas por nossos entes caídos?
 o 28mai20

 o Última modificação: 13:59

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